Jurema - Catimbó - Encantaria

Hierarquia básica da Jurema

MESTRE:
Aquele que disponibiliza sua ciência e conhecimento as pessoas.
Padrinho: É aquele que inicia novos discípulos na Ciência da Jurema.
Padrinho Mestre: É aquele que já possui vários afilhados que são Padrinhos.

Processo de iniciação:

 CONFIRMAÇÃO
 CONSAGRAÇÃO
 ENSINAMENTO

Guias da Jurema
Mestres e Mestras: Espíritos que quando vivos foram Guardiões Sagrados da Jurema.
Estes podem trabalhar na direita, para construção e na esquerda para desfazer.
Encantados: Espíritos que estão ligados a natureza. Não morrerão, se transformaram em
um elemento da natureza. Se encantarão.
Príncipes: Estes se encantaram, mas não se transformação em elementos da natureza.
Reis e Rainhas: Espíritos antigos que nos passam conhecimento, sobre os mistérios da
vida e da magia.
Caboclos: Índios miscigenados com brancos, de origem do norte e nordeste brasileiro.
Boiadeiros: Espíritos de fazendeiros, vaqueiros e sertanejos.
Pajés: Índios feiticeiros do Brasil. Uma espécie de Xamã.
Ciganos: Ciganos que vieram da Europa e Oriente, e que tiveram contato com os índios
do Norte do Brasil.

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Pretos Velhos: Espíritos de pessoas que foram escravizados no Brasil. Nem todos são
Mestres da Jurema.
O termo catimbó, muito utilizado dentro do culto da Jurema, significa “prática espírita
afro-indígena, de finalidade terapêutica, originada da fusão de elementos da pajelança e
de cultos bantos e Nagô Vodum, que vem dos Voduns, muito cultuado no Maranhão e
algumas cidades da África. É conduzida por um “mestre” e resume-se, basicamente, em
sessões de passes, defumações e banhos lustrais, com cânticos propiciatórios.

REINO DA JUREMA SAGRADA:

A Jurema é composta por 12 Reinos. Alguns Mestres são consagrados a uma específica,
enquanto outros trabalham com todas misturadas. Sete cidades, Sete ciências: Ajucá,
Junça, Catucá, Manacá, Angico, Aroeira e Jurema. Enquanto outro Mestre, se dividiria
em outros onze reinos: Juremal, Ajucá, Ondina, Rio Verde, Fundo do Mar, Cova de
Salomão, Cidade Santa, Florestas Virgens, Vento, Sol e Urubá.

1ª REINO DO JUREMÁ:
Composto pelas cidades: Estrela Dalva, Campos Verdes e Jurema. São feiticeiros e
trabalham com ervas. Formam as primeiras famílias de Catimbozeiros, que se iniciaram
na Jurema. O governante é Tupã também chamado de Rei Tanaruê. Este não se incorpora
ou se aproxima, transmitindo a sua energia e ciência, por se tratar do Deus Maior dos
Índios. Aqui trabalha toda a família de Tupinambá. Os Mestres que tomam a frente desta
cidade são: Mestre Inácio de Oliveira, Roldão de Oliveira e Maria do Acá. Trabalham
diretamente com a Ciência da Jurema, com a prosperidade, o conhecimento e na saúde.

2ª REINO AJUCÁ:
Constituído pelas cidades: Aldeia Ajucá, Aldeia Mata Virgem e Aldeia Arruanda. Muitos
caboclos e pretos velhos trabalham neste reino, que dizem estar situada na direção
norte de RN e PB. Ele esta divido em duas partes, uma por uma floresta, habitada por
índios bravos e a outra parte é a Caatinga. O governante é Rei Heron, senhor das doenças
e das pestilências da Terra. Usa um chapéu de palha com franja de agave. Trabalham com

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a manipulação da terra através da argila, por exemplo: fabricam receitas com plantas,
para usar em cachimbo e defumação. Os Mestres que tomam a frente desta cidade são:
Mestre Carlos, João da Mata e Mestra Faustina.

3ª REINO TANEMA:
Reino das renovações, da transmutação, da transformação, do equilíbrio e da harmonia.
Trabalham com ervas e animais, são eles: Pajés, Ciganos e curandeiros.

4ª REINO ANGICO:
Um dos Reinos mais importantes da Jurema, onde trabalham as Mestras Aninha, Joana
Pé de Chita e Mestre Sibanba. Manipulam os segredos das águas. Trazem proteção,
limpeza, fechamento de corpo.

5ª REINO DO TIGRE:
Aqui habitam espíritos que foram torturados e massacrados, acusados de magia e
bruxaria. Trabalha com este reino na esquerda, ou seja, trabalhos de destruição e para
desmanchar energias negativas.

6ª REINO DO BOM FLORAL:

São especialistas nas artes da cura. Aqui trabalham grandes mestres iluminados.

7ª REINO URUBA:
É a capital da raça negra na Jurema. Encontra aqui culto aos Voduns, Orixas e Pretos
Velhos.

8ª REINO 7 COVAS DE SALOMÃO:

Reino do Oriente, do Povo Cigano, da sabedoria. Muda de local de 12 em 12 horas, e
poucos conseguem contato com este Reino. Trabalham com orações, invocações,
conjurações e cânticos.

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9ª REINO RIO VERDE:
Este Reino encontra se debaixo das águas. Aqui habitam botos, marinheiros, caravelas,
sereias, ondinas e tritões.
Suas Aldeias são: Aldeia Rio Verde, Aldeia Riacho Bonito, Aldeia das Ondinas. A Rainha é a
Princesa Aurora, mãe da Princesinha Flora, Príncipe Rio Verde, Príncipe Boço Jara em
outras nações Logunede, Rio Negro e Maresia. Rainha Aurora se casou com o Príncipe
Fleximar, ele teve com ela dois rios (Verde e Negro), que eram gêmeos e acabaram por
ordem do Rei Tanaruê, gerando o príncipe Solimões, com uma cuia mágica dada por
Tanaruê. Maresia é um encantado filho de um branco, com a rainha Aurora, e Boço Jara é
filho do Rei da Turquia. O Príncipe Rio Negro se encanta num pé de Taioba roxo e o Rio
Verde num Irapuru. Água Clara é uma das 12 meninas da saia verde, é também outro
nome como é conhecido o Reino do Rio Verde. Rio Verde também trabalha com o
caboclo, porém da o nome de caboclo Lírio.

10ª REINO DO ACAES:

É porta de passagem para os Mestre mais importantes da Jurema. São eles: Mestre
Manoel Cadete, Mestre Machado Bravo, Mestre José Pelintra entre outros.

11ª REINO DE CANINDÉ:

Reino do Rei Canindé, filho de Tupã, senhor das guerras, festas e bebidas. Daqui vem as
explicações para os sacrifícios de animais na Jurema.

12ª REINO DE TRONOS:

Reino dos Principados, empossados, Anjos e Tronos. É o mais misterioso de todos. Aqui
os anjos atuam com trabalhos de purificação.

ENCANTADOS:
A Encantaria é um mix de muitos povos e culturas diferentes. Celtas, Egípcios, Índios,
Xamãs, Ciganos, Gregos, Africanos entre muitas outras culturas e povos, encontram se

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neste sistema religioso como espíritos sábios e conselheiros. Sua base é indígena, em
especial a cultura Tupi Guarani. Recebe nomes diferentes em outras partes do Brasil:
 PAGELANÇA NO NORTE
 TERECÔ NO MARANHÃO
 CATIMBÓ NO NORDESTE
 QUIMBANDA NA BAHIA
 MACUMBA EM SÃO PAULO E NO RIO
 BATUQUE NO RIO GRANDE DO SUL ENTRE MUITOS OUTROS.
 NÃO HÁ RAÍZES OU TRADIÇÕES SUCESSÓRIAS. CADA CASA TEM SUA PRÓPRIA
PRÁTICA, COSTUME E FORMA DE CULTO.

NÃO HÁ RITUAL DE INICIAÇÃO OU DOUTRINA PROPRIAMENTE DITA.

ALHANDRA:
Situada entre a Paraíba e Recife Alhanda é a capital da Jurema. Onde tudo começou. Na
cidade há mais Três cidades encantadas: Acais, Tapuiú e Estiva. Nestas cidades que
descansam os túmulos dos maiores Mestres Brasileiros da Jurema.

MESTRES FAMOSOS DA JUREMA:

 Mestra Maria do Acais (Maria Gonçalves de Barros)

 Mestre José Pilintra (José de Aguiar dos Anjos)
 Mestre Major do Dia
 Mestre Cabeleira (Dom José do Vale)
 Mestre Zezinho do Acais
 Mestre Cangaruçu
 Princesa de Leusa
 Mestra Maria Elisiara
 Mestra Joana Pé de Chita (Joana Malhada)
 Mestra Damiana Guimarães

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 Mestre Emanoel Maior do Pé da Serra (Emanoel Cavalcante de Albuquerque)
 Mestre Manoel Cadete
 Mestre Marechal Campo Alegre
 Mestre Arcoverde
 Mestre Tertuliano
 Mestre Malunguinho
 Mestra Piorra
 Mestre Carlos Velho (José Carlos Gonçalves de Barros)
 Mestra Maria Solomona
 Mestra Judith do Barracão
 Mestra Maria Padilha
 Mestre Antônio Macieira
 Rei Eron
 Mestre Cesário
 Mestra Jardecilia ou Zefa de Tiíno
 Mestre Tandá
 Mestra Izabel
 Mestre Zé Quati
 Mestre Casteliano Gonçalves
 Mestra Fortunata do Pina (Baiana do Pina)
 Mestre Nêgo do Pão
 Mestra Maria Magra
 Mestre Candinho
 Mestra Ritinha
 Mestra Mariana
 Mestra Quitéria
 Mestra Erondina

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CIDADE DO SEGREDO DA JUREMA TAMBABA AS 7 CIDADES SAGRADAS:
Jurema, Ajucá, Junça, Angico, Aroeira, Manacá e Catucá. Todas (cantigas) de alguns
Mestres do Catimbó ou Jurema:

MESTRE MALUNGUINHO:
Malunguinho está nas matas, abrindo mesa para um Rei. Me abra esta mesa
Malunguinho e não tire os Espinhos do caminho. Espinho aqui, espinho acolá, para os
inimigos não passar. Espinho aqui, Espinho acolá, para os inimigos não me derrotar.

MESTRE MAJOR DO DIA:

Ó meu Major, ó meu Major, Major de Cavalaria. És meu major, és meu Major, és Meu
Major do Dia.

MESTRE ZEZINHO DO ACAES:

De longe venho saindo, de longe venho chegando, tocando a minha viola e as meninas
apreciando. Cantando eu venho folgando assim eu estou. Cantando eu venho da minha
cidade. Na minha barquinha nova nela eu venho navegando, feita de aroeira que é o pau
marinho. Quem vem dentro dela é o meu Bom Jesus, de braços abertos, cravado na Cruz.
Aurora é Canindé, Aurora é Canindé.

MESTRE CABELEIRA - (ZÉ DO VALE)

Eu venho de porta em porta caindo de déu em déu. A casa que eu conheço é a sombra do
meu chapéu. Fecha a porta gente que o Cabeleira aí vem. Pegando rapaz, menina
também. Pegando rapaz, menina também. Minha mãe sempre dizia, meu filho tome
abenção, meu filho nunca mate, menino pagão, Subi a serra de fogo com a bucha de
algodão, se a bucha pega fogo, o boto desce de pé no chão. E o meu cavalo, é maresia,
ele vadeia lá na praia do lençol.

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MESTRA MARIA DE ELISIARA:
Que campos tão lindos, vejo o meu gado todo espalhado, lá vem Maria de Elisiara, que
vem ajuntando o gado. Lá vem Maria de Elisiara, rainha de Salomão, que já foi Mestra e
hoje é discípula do nosso querido Rei João. Que Campos lindos e Varandas formosa,
assim vem Maria Elisiara.

MESTRA JOANA PÉ DE CHITA:

(Joana Malhada) Eu sou Joana da cidade de Santa Rita, tenho um Cachimbo respeitado,
eu sou Joana Pé de Chita.

MESTRE EMANUEL MAIOR DO PÉ DA SERRA:

Campos Verdes, meus Campos Verdes, tua luz estou avistando, da cidade de Campos
Verdes, Emanuel Maior já vem chegando. Campos Verdes, meus Campos Verdes vejo o
meu gado todo espalhado, da cidade de Campos Verdes, Emanuel Maior vem ajuntando
todo o seu gado. É fogo na gaita e toque na maracá, bote água aqui na cuia, pra Emanuel
Maior aqui tomar.

MESTRE REI DOS CIGANOS (BARÔ ROMANÓ):

Eu estava sentado na pedra fria, e o Rei dos Ciganos mandou me chamar. Rei dos Ciganos
e Cabocla Índia, Índia Africana lá na Jurema. Quem traz a flecha é a Cabocla Índia, Rei dos
Ciganos mandou me entregar. Quem traz a flecha é a cabocla Índia, e a arma é a flecha
que eu vou flechar. Quem traz a flecha é a Cabocla Índia, com esta arma vamos guerrear.

MESTRE TERTULIANO:
É de Ipanema, é de Ipanema, Tertuliano trabalhando na Jurema.

MESTRE MARECHAL CAMPO ALEGRE:

Eu dei quatro volta no mundo e o sino da capela gemeu. Sou eu Marechal Campo Alegre,
e o dono do Mundo sou eu.

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MESTRA JUDITH DO BARRACÃO:
Judith ó minha Judith, Judith lá do Barracão e os campos de Judith, são campos de
Sebastião. E atira, Judith atira, pedaço de mulher. E os campos de Judith, são verdes
campos. E atira, Judith atira cabocla negra de Ioruba, e os campos de Judith são campos
de pé no chão. E o bueiro de Judith, é bueiro, é bueiro. E o molambo de Judith, é
molambo, é molambo. E o baralho de Judith, é baralho, é baralho.

MESTRE NAVISALA:
Eu venho de longe bem longe, sem conhecer ninguém. Venho colher as rosas, que na
roseira tem. Sou boiadeiro, não nego o meu natural. Quem quiser falar comigo, venha no
meu Juremal.

MESTRA MARIA PADILHA:

Que grito foi aquele que o mundo estremeceu, que suas varandas até se mexeu. Foi
Maria Padilha a dona do mundo dona da varanda, que a terra estremeceu.

MESTRE LÉGUA BOGI-BUÁ TRINDADE:

Légua, eu sou Légua, Légua Bogi Buá. Mas eu plantei a Légua no tronco do Juremá.

MESTRE ZÉ PILINTRA - (JOSÉ AGUIAR DOS ANJOS) - RITUAL DE CATIMBÓ. RAIZ DE JUNÇA E AJUCÁ:

Mandei chamar Zé Pilintra, nego do pé derramado e quem mexer com Zé Pilintra, ou fica
doido ou vem danado. Seu doutor, seu doutor, Zé Pilintra chegou. Se você não queria,
para que lhe chamou. Dilim-Dilim, bravo senhor, dilim-dilá, bravo senhor, Zé Pilintra
chegou, bravo senhor, para trabalhar. Bravo Senhor.

Lá na Vila do Cabo, ele é primeiro sem ser segundo. Só na boca de quem não presta, o Zé
Pilintra é vagabundo. Zé Pilintra no Reino, Eu sou um Rei Real. Zé Pilintra no reino eu vim

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trabalhar. Trunfei, Trunfei, Trunfei Trunfá. Zé Pilintra no Reino, estou no Juremá.
Trunfariá para trabalhar.

Chegou José Pilintra, sou o assombro do mundo inteiro. Sou faísca de fogo, sou trovão do
mês de janeiro.
Na passagem de um rio, Maria me deu a mão. E o prometido é devido, é chegada a
ocasião.

Eu matei meu pai e minha mãe. Jurei padrinho e Madrinha. Matei um cego na igreja e um
aleijado na linha do trem. Seu doutor, seu doutor bravo senhor, Zé Pilintra sou eu, bravo
senhor. Se você não queria, Bravo senhor, para que me chamou, bravo senhor, Ze Pilintra
chegou.

O RITUAL DA JUREMA:
Uma das formas de Encantaria é a Jurema que se destaca em seu rito. Acácia Negra é a
arvore, que da nome a este culto indígena tão poderoso. Muitas tribos indígenas
cultuavam esta arvore, como sendo sagrada. Também conhecida como Catimbó, por
muitos Mestres de Jurema que incorporam em cultos de nações brasileiras, disfarçados
de caboclos, exus e pretos velhos.
O Ritual pode ser feito no chão ou sobre uma mesa. Onde encontra se os príncipes,
princesas e a raízes das cidades encantada.

OS ADEPTOS UTILIZAM:
 Cachimbos, fumo de tabaco com ervas, maracás e troncos de arvores místicas,
onde se acende velas para as cidades da Jurema. No mínimo 4 velas são acessas.
 Sino de metal ou caxixi.
 2 ou mais copos com água.
 Toalha vermelha se for no chão e branca se for na mesa.

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ALTAR DE JUREMA:
Cada Mestre é consagrado a um dos doze Reinos. A Cidade da Jurema é um deles.

A direita do Mestre fica a Princesa Mestra. É uma taça ou bomboniere de cristal ou vidro
com água. Representa o Caboclo e serve para harmonia e equilíbrio. No seu interior vai
um cristal de torre. Exceto no Reino das 7 Covas de Salomão.
Ao redor do Principie Mestre ficam mais sete príncipes (copos) ou princesas (taças) com
água. Cada um possui um significado especifico.
A frente deste conjunto há um castiçal de 3 pilares com três velas. Sendo a de esquerda o
guardião das Almas. A do meio, o guardião da cidade espiritual do Mestre ou discípulo e
a da direita o guardião das matas.
A direita também encontramos a cabaça de caboclo, com uma quartinha com água.
Representa a abertura de caminhos.
Na esquerda, fica o cruzeiro e um rosário representando os Mestres. Representa
proteção. E por último elemento da cidade há uma garrafa de Jurema (Cauim) e um sino
(campa). Uma garrafa de banho de purificação, um recipiente com mel, outro com vinho
e outro com incenso. Garrafa de água benta. Maracá e um cachimbo para marcar.
 Receita de fumo para o cachimbo:
 Erva doce, alfazema, alecrim, aniz estrelado e fumo entre outros.
 Debaixo da mesa há um tronco de jurema ou outras arvores sagradas, dependendo
da cidade. O tronco representa a cidade.
 Nos assentamentos vão elementos como: brincos, pulseiras, anéis, leques entre
outros que o Mestre ou Mestra exigir.

RITUAL:
Faz defumações, preces. Canta se para Malunguinho para pedir proteção.
 Depois caboclo.
 Então os discípulos ajoelham se diante da mesa para pedir licença a Jurema e
então chama os Mestres.

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 Jurema Preta Sagrada

Eu andei, eu andei, eu andei, Eu andei, eu andei vou andar, (bis).

Sete anos eu andei foi em terra,

Outros sete eu andei foi no mar. (bis).

Oh Jurema Preta senhora rainha,

Abre a cidade mais a chaves é minha. (bis).

Oh tupirarague ou tupiraragua,
Sou filho da jurema e venho trabalhar. (bis).

São Paulo. 26 de junho 2018.

Comendador Don Renato Lopes

Sacerdote Afro-Brasileiro

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