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RESUMO
Este trabalho de uma forma geral busca identificar e discutir vários dos fatores
que contribuem para a falência da pequena empresa no Brasil, além de analisar a
situação do empreendedorismo brasileiro atual, servindo como um auxiliar no dia-a-
dia do futuro ou já estabelecido empreendedor na sobrevivência de seu
empreendimento no mercado, tomando como referência o contexto daqueles que não
conseguiram estabilidade e sucesso no mesmo. A metodologia adotada foi a
quantitativa pois para a compreensão dos fenômenos foram usados dados numéricos
e estatísticos, apontando preferências, comportamentos e ações dos indivíduos
estudados. Essa pesquisa se caracteriza como explicativa, tendo em vista que
identifica e descreve o problema, também comentando possíveis soluções para a
diminuição das falências causadas pelos problemas apresentados em artigos e
relatórios internacionais como o GEM (Global Entrepreneurship Monitor) e nacionais,
como o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
ABSTRACT
This work in a general way seeks to analyze several of the factors contributing
to the bankruptcy of the small business in Brazil,
In addition to analyzing the current Brazilian entrepreneurship situation, serving as an
auxiliary in the day-to-day of the future or already established entrepreneur in the
survival of his venture in the market, taking as reference the context of those who did
not achieve stability and success in the same. The methodology adopted was
quantitative because for the comprehension of the phenomena, numerical and
statistical data were used, pointing out preferences, behaviors and actions of the
individuals studied. This research is characterized as explanatory, in view of identifying
¹ Luís Victor – Técnico em Edificações pelo IFPI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
¹ Rodrigo Vítor – Técnico em Administração pelo SESI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
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and describing the problem, also commenting on possible solutions for the reduction
of bankruptcies caused by the problems presented in international articles and reports
such as the GEM (Global Entrepreneurship Monitor) And national, such as SEBRAE
(Brazilian service for Micro and Small business support).
1. INTRODUÇÃO
Este trabalho de uma forma geral busca explicitar vários fatores que
contribuem para a falência da pequena empresa no Brasil, e de forma mais incisiva,
destacar as principais causas das falências, também comentando algumas das
possíveis soluções para a diminuição das mesmas, auxiliando o futuro ou já
estabelecido empreendedor, para que não sigam o mesmo caminho daqueles que não
conseguiram obter estabilidade e sucesso no seu próprio negócio, tendo em vista os
problemas apresentados em artigos e relatórios internacionais como o GEM (Global
Entrepreneurship Monitor) e nacionais, como o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio
às Micro e Pequenas Empresas) acerca do assunto.
Desde que passou a ser um serviço social autônomo, a entidade atraiu para
si o compromisso de intensificar a cultura do empreendedorismo, tendo uma ampla
liberdade no desenvolvimento de suas ações e organização de seus programas. E
tudo isso ocorre nos moldes de uma parceria entre o governo e a iniciativa privada,
de modo que boa parte dos recursos que sustentam o Sebrae e permitem sua
exemplar atuação são provenientes de um desconto irrisório sobre a folha de
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¹ Rodrigo Vítor – Técnico em Administração pelo SESI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
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Tabela 1.1 - Taxas¹ (em %) e estimativas² (em unidades) de empreendedorismo segundo o estágio
dos empreendimentos - Brasil - 2017
Taxas Estimativas
TOTAL DE EMPREENDEDORES 36,4 49.332.360
² Estimativas calculadas a partir de dados da população brasileira de 18 a 64 anos para o Brasil em 2017: 135,4 milhões. Fonte:
IBGE/Diretoria de Pesquisas. Projeção da população do Brasil e Unidades da Federação por sexo e idade para o período 2000-
2030 (ano 2017).
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Tabela 1.2 - Motivação dos empreendedores iniciais: taxas¹ (em %) para oportunidade e
necessidade, proporção sobre a TEA² (em %), estimativas³ (em unidades) e razão oportunidade e
necessidade - Brasil - 2017
² Proporção sobre a TEA: A soma dos valores pode não totalizar 100% quando houverem recusas e/ou respostas ausentes.
³ Estimativas calculadas a partir de dados da população de 18 a 64 anos para o Brasil em 2017: 135,4 milhões. Fonte:
IBGE/Diretoria de Pesquisas. Projeção da população do Brasil e Unidades da Federação por sexo e idade para o período
2000-2030 (ano 2017).
Oportunidade Necessidade
* A soma pode não totalizar 100% pelo fato de que alguns empreendimentos não são possíveis de distinguir se são
por oportunidade ou necessidade.
Dos que não possuem nem o ensino fundamental completo, 22,5% podem
ser caracterizados como empreendedores estabelecidos. É o grupo de
escolaridade que mais se destaca pela intensidade da atividade nesse estágio do
empreendedorismo. Chega a quase 12 milhões o número de empreendedores
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2,0 mi
14,6 mi
11,1 mi
20,2 mi
8,6 mi
6,9 mi
7,2 mi
1,6 mi
7,9 mi
3,5 mi
3,9 mi
Total
3.2.NÚMERO DE EMPREGADOS
Apesar disso, não se pode deixar de mencionar que apesar dos fortes traços
de um empreendedorismo para auto ocupação, a atividade empreendedora no Brasil
é responsável também por geração expressiva de ocupação e renda para
empregados e/ou familiares. Ao combinar as informações da tabela 2.3 e da tabela
1.1, é possível concluir que os empreendedores iniciais, em 2017, empregam, formal
ou informalmente, mais de 8 milhões de pessoas, e os empreendedores
estabelecidos, aproximadamente 11 milhões. Não é possível desprezar a relevância
do empreendedorismo para o desenvolvimento econômico e social do País.
Tabela 2.3 - Distribuição percentual dos empreendedores iniciais e estabelecidos segundo o
número de empregos gerados - Brasil - 2017
% de empreendedores
Faixas de empregados
Iniciais Estabelecidos
Incompetência do empreendedor
Inexperiência- 72 % Falta de Experiência de campo
Falta de experiência profissional
Experiência desequilibrada
Lucros insuficientes
Juros elevados
Fatores econômicos - 20 % Perda de mercado
Mercado consumidor restrito
Nenhuma viabilidade futura
Fraca competitividade
Vendas Insuficientes - 11 % Recessão econômica
Vendas Insuficientes
Dificuldade de estoques
Dividas e cargas demasiadas
Despesas excessivas - 8 %
Despesas operacionais
Negligencia
Capital insuficiente
Outras causas - 3 % Clientes insatisfeitos
Fraudes
Ativos insulficientes
Fonte: Chiavenato (2008, p.15)
Maximiano (2006) destaca que dentre as principais razões de mortalidade
das pequenas empresas nos primeiros anos de existência estão: a falta de políticas
publicas que viabilizem a consolidação de novos empreendimentos; a falta de
financiamento; as elevadas cargas tributárias; e por ultimo a demora e a burocracia
para se abrir e legalizar uma empresa.
Dornelas (2005) aponta como as principais causas para o insucesso de
pequenas empresas a falta de planejamento, deficiência na gestão, políticas de apoio
insuficientes, conjuntura econômica e fatores pessoais.
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Isto nos mostra que dos poucos que procuram uma orientação eles preferem
a opinião daqueles que conhecem o ramo da atividade e não a realidade que o
empreendedor está inserido no contexto econômico e social, nos dias de hoje, existe
uma política maior para que o inovador procure agencias como o SEBRAE para que
seja apresentado as oportunidades de se empreender em cada região e quanto o
auxílio de um profissional contábil faz-se necessário a presença desde o período
inicial do empreendedor.
Os especialistas “ouvidos” na pesquisa GEM 2017, ao avaliarem as condições
para abrir e manter um novo negócio, indicam, na sua maioria, que fatores
relacionados a políticas governamentais e programas necessitam de mais iniciativas
para a melhoria do ambiente para abrir e manter novos negócios no Brasil. São
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apontados, por exemplo, aspectos que poderiam ser melhorados, em áreas como a
tributária e da desburocratização.
Outro aspecto que se destaca é o apoio financeiro, os especialistas percebem
que as dificuldades associadas à disponibilização e acesso a recursos financeiro para
o fomento das atividades empreendedoras ainda se constituem como fatores
importantes a serem melhorados. Em terceiro lugar, entre os fatores mais citados
pelos especialistas, aparece o contexto político e clima econômico. Nos anos recentes
é a primeira vez que esse fator figura com tamanho destaque, porém as explicações
são óbvias e decorrentes da crise política que se asseverou em 2016 e 2017 com
consequências evidentes para o animus empreendedor do brasileiro.
Em ambos os estudos apresentados (GEM e SEBRAE) de forma sucinta,
recai na falta do conhecimento acadêmico e prático da confecção de um plano de
negócio. Para que se possa visualizar antes, toda uma problemática empresarial,
evitando problemas que venha reduzir a sobrevivência dos inovadores fica resumida
na citação abaixo.
A principal razão para o fechamento da empresa está centrada no bloco de
falhas gerenciais, destacando-se: ponto/local inadequado, falta de
conhecimentos gerenciais e desconhecimento do mercado, seguida de
causas econômicas. Fator crucial para as empresas é a dificuldade
encontrada no acesso ao mercado, principalmente nos quesitos propaganda
inadequada; formação inadequada dos preços dos produtos/ serviços;
informações de mercado e logística deficiente, caracterizando a falta de
planejamento dos empresários. (SEBRAE, 2007, p.40).
Nele, devemos colocar qual o ramo a serem investidos, quais seus principais
produtos ou serviços prestados, quem são nossos principais clientes, onde vai ser
realizada a instalação da empresa, o ponto comercial, o quanto será necessário para
abrir a empresa, o quanto aproximadamente iremos faturar por mês, qual será o lucro
da empresa após serem retirados todos os seus custos e despesas, contas redutoras
do lucro.
Com o plano de negócios também é vantajoso criar situações desfavoráveis
para que o empreendedor se torne versátil e com respostas rápidas a possíveis
contratempos em seu empreendimento. Tudo isto se torna viável com uma boa
elaboração de um plano de contas se possível com a participação de um contador
para melhor auxiliar nos planejamentos das metas pretendidas.
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4.1.3. Tributação
De acordo com Bateman (2006 p. 235), o sucesso é uma função não apenas
de características pessoais, mas também de fazer boas escolhas sobre a empresa
que irá começar. Bateman retrata as empresas ao longo de duas dimensões:
inovação e risco. A nova empresa pode envolver níveis elevados ou baixos de
inovação, ou a criação de algo novo ou diferente. Ela também pode ser caracterizada
por um risco baixo ou elevado. O risco se refere à probabilidade de uma grande
perda financeira. Mas também é mais do que isso; é o risco psicológico como
percebido pelo empreendedor, incluindo o risco à reputação e o ego.
Para Chiavenato (2008) o que torna um negócio bem sucedido é saber evitar
ou neutralizar as ameaças e saber identificar as oportunidades em ambientes
turbulentos, sabendo escolher o negócio mais oportuno e suscetível ao êxito. O autor
também destaca fatores relacionados ao espírito empreendedor, como o desejo de
independência profissional, oportunidade de trabalhar no que gosta desejo pessoal
de reconhecimento e prestigio descoberta de oportunidades que outros ignoram ou
subestimam desafios de aplicar recursos próprios e habilidades pessoais em um
ambiente desconhecido. Além de um planejamento sólido e detalhado daquilo que
se pretende fazer e o capital financeiro adequado para se tocar o negócio.
¹ Luís Victor – Técnico em Edificações pelo IFPI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
¹ Rodrigo Vítor – Técnico em Administração pelo SESI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
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Neste caso conforme observado por alguns autores nota-se que além da
capacitação e recursos financeiros necessários para se abrir um negócios, o
sucesso de um empreendimento também esta relacionado com as características
pessoais do empreendedor, apresentadas como o “espírito empreendedor”.
6. CONCLUSÃO
e capacitação” não figurou entre os três fatores mais citados como desfavoráveis ao
empreendedorismo, contudo, aparece como um dos tópicos que mais precisa sofrer
intervenções a fim de efetivamente favorecer a atividade empreendedora no País.
Principais recomendações dos especialistas para melhoria das condições para
empreender no Brasil
POLíTICAS GOVERNAMENTAIS E
PROGRAMAS
Reforma do Sistema Tributário Nacional, buscando fundamentalmente sua simplificação e benefícios
para as empresas novas que teriam uma carência no pagamento de tributos por um determinado período
de tempo, ou até que comecem a gerar lucros efetivos. Inclusive desoneração da folha de pagamentos
para empreendedores nascentes.
Desburocratização efetiva. Simplificação dos processos burocráticos e desoneração para quem quer
produzir. Startups poderiam se formalizar, tal como MEI e acessar com mais facilidade o mercado e
demais programas para apoio a esse tipo de empreendimento.
Política de desenvolvimento para os pequenos negócios. A Lei Geral da Micro e Pequena Empresa
em vigor deve ser consolidada em planos de governo com foco no desenvolvimento e relacionada a um
novo ambiente de atuação das em- presas no âmbito da tributação, trabalhista e do licenciamento. É
preciso desonerar e simplificar a vida dos empreendedo- res para que eles possam crescer e empregar
mais.
Acompanhamento dos efeitos da reforma trabalhista no contexto de criação de novos
empreendimentos.
Políticas públicas para o empreendedorismo devem ser estimuladas e desenvolvidas em periferias.
Promover intercambio e programas para receber empreendedores interessados em se instalar no
Brasil.
EDUCAÇÃO E CAPACITAÇÃO
Investimento em capacitação e mentorias, ou seja, programas governamentais que financiem ativos
de conhecimento, e não somente estruturas.
Apoiar as instituições que já fomentam o empreendedorismo (Sebrae, Endeavor, Senac, etc.),
integrando-as a um pro- jeto estruturado.
Incentivo ao empreendedorismo nas mídias de massa: compartilhamento de experiências e de casos
sucesso e insuces- so por meio de programas televisões, propagandas, entre outros.
APOIO FINANCEIRO
Oferecer novas fontes de financiamento que sejam adequadas para novas e pequenas empresas.
Melhorar substancialmente as condições de financiamento para o empreendedor ter mais segurança
na manutenção e expansão de seus negócios.
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¹ Rodrigo Vítor – Técnico em Administração pelo SESI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
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7. Cronograma
Estruturação do Projeto
Coleta de dados
Organização do Roteiro
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
¹ Luís Victor – Técnico em Edificações pelo IFPI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
¹ Rodrigo Vítor – Técnico em Administração pelo SESI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
UFDPar – Universidade Federal do Delta do Parnaíba
http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/mt/noticias/micro-e-pequenas-
empresas-geram-27-do-pib-do-
brasil,ad0fc70646467410VgnVCM2000003c74010aRCRD/ acessado em 27 de maio
de 2019
__________ . 2007. Fatores Condicionantes e taxa de sobrevivência e
mortalidades das micro e pequenas empresas no Brasil : 2003-2005. Disponível
em:<http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.
nsf/8F5BDE79736CB99483257447006CBAD3/$File/NT00037936.pdf >acesso em :
25 de maio 2019.
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