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UFDPar – Universidade Federal do Delta do Parnaíba

FATORES QUE CONTRIBUEM PARA AS FALÊNCIAS DAS PEQUENAS


EMPRESAS NO BRASIL

¹Luís Victor dos Santos Araújo

²Rodrigo Vítor da Silva de Lima

RESUMO

Este trabalho de uma forma geral busca identificar e discutir vários dos fatores
que contribuem para a falência da pequena empresa no Brasil, além de analisar a
situação do empreendedorismo brasileiro atual, servindo como um auxiliar no dia-a-
dia do futuro ou já estabelecido empreendedor na sobrevivência de seu
empreendimento no mercado, tomando como referência o contexto daqueles que não
conseguiram estabilidade e sucesso no mesmo. A metodologia adotada foi a
quantitativa pois para a compreensão dos fenômenos foram usados dados numéricos
e estatísticos, apontando preferências, comportamentos e ações dos indivíduos
estudados. Essa pesquisa se caracteriza como explicativa, tendo em vista que
identifica e descreve o problema, também comentando possíveis soluções para a
diminuição das falências causadas pelos problemas apresentados em artigos e
relatórios internacionais como o GEM (Global Entrepreneurship Monitor) e nacionais,
como o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).

Palavras chaves: fatores; falência; empreendedor

ABSTRACT

This work in a general way seeks to analyze several of the factors contributing
to the bankruptcy of the small business in Brazil,
In addition to analyzing the current Brazilian entrepreneurship situation, serving as an
auxiliary in the day-to-day of the future or already established entrepreneur in the
survival of his venture in the market, taking as reference the context of those who did
not achieve stability and success in the same. The methodology adopted was
quantitative because for the comprehension of the phenomena, numerical and
statistical data were used, pointing out preferences, behaviors and actions of the
individuals studied. This research is characterized as explanatory, in view of identifying
¹ Luís Victor – Técnico em Edificações pelo IFPI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
¹ Rodrigo Vítor – Técnico em Administração pelo SESI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
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and describing the problem, also commenting on possible solutions for the reduction
of bankruptcies caused by the problems presented in international articles and reports
such as the GEM (Global Entrepreneurship Monitor) And national, such as SEBRAE
(Brazilian service for Micro and Small business support).

Keywords: factors; Bankruptcy; Entrepreneur

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho de uma forma geral busca explicitar vários fatores que
contribuem para a falência da pequena empresa no Brasil, e de forma mais incisiva,
destacar as principais causas das falências, também comentando algumas das
possíveis soluções para a diminuição das mesmas, auxiliando o futuro ou já
estabelecido empreendedor, para que não sigam o mesmo caminho daqueles que não
conseguiram obter estabilidade e sucesso no seu próprio negócio, tendo em vista os
problemas apresentados em artigos e relatórios internacionais como o GEM (Global
Entrepreneurship Monitor) e nacionais, como o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio
às Micro e Pequenas Empresas) acerca do assunto.

O GEM (Global Entrepreneurship Monitor) tem como propósito principal


aprofundar a percepção sobre o papel que a atividade empreendedora cumpre para o
desenvolvimento econômico e social dos países, e por sua vez, com base nos dados
adquiridos permitir que os responsáveis por políticas e programas voltados ao
empreendedorismo possam cada vez mais aprimoramo-los com cerne nas realidades
identificadas e percebidas por meio dos dados e informações alcançadas.

O GEM engloba todo e qualquer tipo de empreendedorismo, desde aqueles


localizados na base da pirâmide, muito simples, concentrados talvez na exclusiva
subsistência daquele que empreende, como também em negócios de alto valor
agregado e com conteúdo inovador.

As principais informações produzidas pelo GEM são resultantes de dois


processos de coleta de dados distintos, e fundamentalmente dois públicos diferentes
que respondem aos questionários aplicados. O primeiro deles, é o processo de coleta
de dados a partir do qual se busca identificar as atitudes, atividades e aspirações da
população em relação ao empreendedorismo, chamado “Pesquisa com a População
¹ Luís Victor – Técnico em Edificações pelo IFPI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
¹ Rodrigo Vítor – Técnico em Administração pelo SESI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
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Adulta”. Essa pesquisa consiste em um levantamento junto a uma amostra


representativa da população adulta (18 - 64 anos) do país com a intenção de gerar as
informações de natureza quantitativa, sobretudo identificar e caracterizar a parcela da
população envolvida com alguma atividade empreendedora, assim como
determinadas características relevantes dos empreendimentos com os quais estejam
envolvidos.

O segundo processo de coleta de dados mencionado anteriormente busca


avaliar as circunstâncias objetivas para o desenvolvimento de atividades
empreendedoras e criação de novos negócios no país. Essa pesquisa é conduzida
por meio de entrevistas com profissionais “especialistas” na temática do
empreendedorismo e suas variantes. Trata-se de uma amostragem intencional, em
que os especialistas selecionados são instigados a identificar e avaliar os fatores que
contribuem e os fatores que limitam a atividade empreendedora no País. Esse
processo é chamado de “Pesquisa com Especialistas”.

Já o Sebrae, de uma forma geral, oferece conhecimentos operacionais e


técnicos para que as micro e pequenas empresas se fortaleçam no mercado — por
meio de cursos, palestras, programas e outros recursos afins —, com o intuito de
fomentar o empreendedorismo no país. Existem sucursais do Sebrae em todos os
Estados brasileiros, inclusive no Distrito Federal, oferecendo, assim, abrangência
nacional — há uma unidade coordenadora central e mais 27 unidades regionais, todas
administrativamente autônomas, além de pontos locais de atendimento em municípios
estratégicos. A entidade, dessa maneira, presta consultorias para que os
empreendedores tirem suas dúvidas e saibam cumprir todas as etapas do seu negócio
— cobrindo desde a abertura, oferecendo auxílio para a obtenção de crédito e
microcrédito, até o planejamento e a execução da gestão financeira e a contratação
de recursos humanos, por exemplo.

Desde que passou a ser um serviço social autônomo, a entidade atraiu para
si o compromisso de intensificar a cultura do empreendedorismo, tendo uma ampla
liberdade no desenvolvimento de suas ações e organização de seus programas. E
tudo isso ocorre nos moldes de uma parceria entre o governo e a iniciativa privada,
de modo que boa parte dos recursos que sustentam o Sebrae e permitem sua
exemplar atuação são provenientes de um desconto irrisório sobre a folha de
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pagamento das empresas brasileiras, que é recolhido mensalmente e repassado à


entidade pelo Instituto Nacional de Seguridade Social, o INSS. E é por isso que tem
dentre seus objetivos a prestação de assistência ao empreendedorismo para propiciar
a inclusão social e para regionalizar os pequenos negócios, de modo a incrementar
soluções de vasto interesse nacional.

Um dos fatores que transformou o Sebrae em referência no mundo


empresarial é o fato de ele se comprometer a divulgar informações e conhecimentos
que ajudem os negócios de todo o Brasil a crescerem. Por isso, nem sempre você
precisa ir até a sede da entidade para obter uma consultoria. Muitas vezes, seu desejo
é estar por dentro das tendências do mercado. Assim, no site da instituição você
encontra uma fonte variadíssima de conhecimento sobre o setor em que atua, assim
como do cenário econômico em geral. Anualmente, ele ainda publica um grande guia
de tendências de consumo nos mais variados setores de produtos e serviços, que
podem orientar os empresários de como os clientes estão agindo, que tipo de
atendimento eles desejam e até dar ideias de melhorias para negócios mais antigos
se modernizarem.

Outros serviços positivos oferecidos pelo Sebrae são os mais de 40 cursos,


podendo ser presenciais ou a distância, que focam em ensinar o básico do
empreendedorismo e de gestão de negócios. Isso ajuda o empresário a ter mais
certeza das suas ações, a saber conduzir o dinheiro do negócio com mais segurança
e tomar decisões com mais firmeza, resultando em menos perda e mais crescimento.

O Sebrae é uma das mais reconhecidas instituições brasileiras do segmento


de negócios, mas muitos empreendedores só o conhecem pelo nome. Porém,
conhecer o trabalho deles mais profundamente pode ajudar (e muito) a desenvolver
seu negócio, pensar em soluções criativas para os problemas e até mesmo tirar a sua
empresa da crise.

¹ Luís Victor – Técnico em Edificações pelo IFPI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
¹ Rodrigo Vítor – Técnico em Administração pelo SESI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
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2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO EMPREENDEDORISMO NO BRASIL

Os pequenos negócios representam mais de um quarto do Produto Interno


Bruto (PIB) brasileiro. Juntas, as cerca de 9 milhões de micro e pequenas empresas
no País representam 27% do PIB, um resultado que vem crescendo nos últimos anos,
a produção gerada pelas micro e pequenas empresas quadruplicou em dez anos,
saltando de R$ 144 bilhões em 2001 para R$ 599 bilhões em 2011. A apuração foi
feita com a soma das riquezas geradas por empresas de todos os portes nos setores
de Comércio, Indústria, Serviços e Agroindústria – exceto o setor público e as
intermediações financeiras, uma vez que não há micro e pequenas empresas nestes
setores.

Em 2017, no Brasil, a taxa total de empreendedorismo foi de 36,4% (tabela


1.1), o que significa que de cada 100 brasileiros e brasileiras adultos (18 – 64 anos),
36 deles estavam conduzindo alguma atividade empreendedora, quer seja na criação
ou aperfeiçoamento de um novo negócio, ou na manutenção de um negócio já
estabelecido.

Tabela 1.1 - Taxas¹ (em %) e estimativas² (em unidades) de empreendedorismo segundo o estágio
dos empreendimentos - Brasil - 2017

Taxas Estimativas
TOTAL DE EMPREENDEDORES 36,4 49.332.360

Iniciais 20,3 27.482.078


Estabelecidos 16,5 22.337.649

Fonte: GEM Brasil 2017

¹ Percentual da população de 18 a 64 anos.

² Estimativas calculadas a partir de dados da população brasileira de 18 a 64 anos para o Brasil em 2017: 135,4 milhões. Fonte:
IBGE/Diretoria de Pesquisas. Projeção da população do Brasil e Unidades da Federação por sexo e idade para o período 2000-
2030 (ano 2017).

¹ Luís Victor – Técnico em Edificações pelo IFPI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
¹ Rodrigo Vítor – Técnico em Administração pelo SESI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
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Gráfico 1.1 - Taxas1 (em%) de empreendedorismo segundo estágio do empreendimento - Brasil


- 2002:2017

Fonte: GEM Brasil 2017

1 Percentual da população de 18 a 64 anos

O GEM propõe-se a medir, entre outras variáveis, a parcela de indivíduos


que, em cada país, lança-se ao empreendedorismo, e a “avaliar os motivos dos
empreendedores”. Como salientado pelo GEM, pessoas podem ser levadas ao
empreendedorismo por dois motivos alternativos: necessidade ou oportunidade.
Tais motivações permitiriam enquadrar o empreendedor em duas categorias
distintas, mutuamente excludentes: empreendedores por necessidade e
empreendedores por oportunidade.

Os empreendedores por necessidade representariam uma “parcela da


população envolvida com o empreendedorismo por não ter outra opção de
trabalho” (GEM. 2011, p. 89). Já os empreendedores por oportunidade formariam
a parcela da população “envolvida com o empreendedorismo não por não ter outra
opção de trabalho, e, sim, por ter identificado uma oportunidade de negócio que
pretende perseguir” (GEM, 2011, p. 89).

Em 2017, se observou um pequeno aumento na relação entre


empreendedores por oportunidade e por necessidade. Interessante notar que a
diminuição na proporção de empreendedores por necessidade se alinha a
respeito dos sinais de recuperação, mesmo que lenta, do mercado formal de
trabalho no Brasil.

¹ Luís Victor – Técnico em Edificações pelo IFPI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
¹ Rodrigo Vítor – Técnico em Administração pelo SESI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
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Tabela 1.2 - Motivação dos empreendedores iniciais: taxas¹ (em %) para oportunidade e
necessidade, proporção sobre a TEA² (em %), estimativas³ (em unidades) e razão oportunidade e
necessidade - Brasil - 2017

Motivação Taxas Percentual Estimativas


Oportunidade 12,1 59,4 16.313.253
Necessidade 8,1 39,9 10.965.755
Razão Oportunidade/ Necessidade 1,5
Fonte: GEM Brasil 2017

¹ Percentual da população de 18 a 64 anos.

² Proporção sobre a TEA: A soma dos valores pode não totalizar 100% quando houverem recusas e/ou respostas ausentes.

³ Estimativas calculadas a partir de dados da população de 18 a 64 anos para o Brasil em 2017: 135,4 milhões. Fonte:
IBGE/Diretoria de Pesquisas. Projeção da população do Brasil e Unidades da Federação por sexo e idade para o período
2000-2030 (ano 2017).

Gráfico 1.2 - Empreendedorismo por oportunidade e necessidade como proporção (em%) da


taxa de em- preendedorismo inicial- Brasil - 2002:2017

Oportunidade Necessidade

Fonte: GEM, IBGE, Banco do Brasil e Ipeadata

* A soma pode não totalizar 100% pelo fato de que alguns empreendimentos não são possíveis de distinguir se são
por oportunidade ou necessidade.

O nível de escolaridade é outro importante parâmetro para entender o


fenômeno do empreendedorismo no Brasil (gráfico 1.5). Entre os
empreendedores iniciais, chama a atenção que o grupo mais ativo de
empreendedores é aquele composto por pessoas com apenas o ensino
fundamental completo, 23,9% deles são empreendedores iniciais, quase 10
pontos percentuais a mais do que aqueles que possuem diploma de nível superior
(14,3%).

Dos que não possuem nem o ensino fundamental completo, 22,5% podem
ser caracterizados como empreendedores estabelecidos. É o grupo de
escolaridade que mais se destaca pela intensidade da atividade nesse estágio do
empreendedorismo. Chega a quase 12 milhões o número de empreendedores
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estabelecidos no Brasil que sequer completaram o ensino médio. Tem-se como


contraponto que 17% dos brasileiros com ensino superior completo são
empreendedores estabelecidos, taxa essa que coloca esse grupo de escolaridade
em segundo lugar entre os mais empreendedores nesse estágio. Entretanto em
números absolutos estimados esses representam aproximadamente 1/6 daqueles
com ensino fundamental completo ou incompleto, ou seja, dois milhões de
empreendedores estabelecidos.

Gráfico 1.5 - Taxas (em %) específicas 1 e estimativas 2 (em milhões) do número de


empreendedores por níveis de escolaridade 3 segundo estágios do empreendimento - Brasil -
2017
11,8 mi

2,0 mi

14,6 mi

11,1 mi

20,2 mi
8,6 mi
6,9 mi

7,2 mi

1,6 mi

7,9 mi

3,5 mi
3,9 mi

Total

Fonte GEM Brasil 2017


¹ Percentual da população referente a cada categoria da população (ex. 19,6% dos que tem Fundamental incompleto no
Brasil são empreendedores iniciais).
² Estimativas calculadas a partir de dados da população brasileira de 18 a 64 anos para o Brasil em 2017: 135,4 milhões.
Fonte: IBGE/ Diretoria de Pesquisas. Projeção da população do Brasil e Unidades da Federação por sexo e idade para o
período 2000-2030 (ano 2017).
³ Fundamental incompleto = Nenhuma educação formal e ensino fundamental incompleto; Fundamental completo = Ensino
fundamental completo e ensino médio incompleto; Médio completo = Ensino médio completo e superior incompleto;
Superior completo ou maior = Superior completo, especialização incompleta e completa, mestrado incompleto e completo,
doutorado incompleto e doutorado completo.

3. DIVISÃO DOS EMPREENDEDORES SEGUNDO AS CARACTERÍSTICAS


DO NEGÓCIO

Para a melhor compreensão da realidade do empreendedorismo no Brasil,


não é suficiente co- nhecer apenas as características específicas dos em-
preendedores, é fundamental também que se co- nheça os principais elementos
que caracterizam o tipo, em sentido amplo, de negócio que está sendo criado,
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estruturado ou mantido pelo empreendedor brasileiro.

3.1. SETOR DA ATIVIDADE

O primeiro ponto para entender melhor o perfil dos empreendimentos


liderados pelos empreendedores brasileiros identificados na pesquisa GEM 2017
é o setor de atividade econômica a que eles pertencem (tabela 2.1). Nesse
sentido percebe-se que 72% dos empreendedores em estágio inicial atuam no
setor de serviços, mais especificamente, aproximadamente 67% deles no setor
de serviços orientados ao consumidor final. Os empreendedores estabelecidos
que atuam no setor de serviços correspondem a 55,8%, aproximadamente 49%
focam suas atividades no consumidor final.

Atividades industriais são a área de atuação de 27% dos empreendedores


iniciais e 42,1% dos empreendedores estabelecidos. É possível então perceber
que a medida que os negócios vão se consolidando ocorre uma derivação para
atividades de maior complexidade técnica e gerencial, ou seja, entre os
empreendedores estabelecidos aumenta a proporção daqueles que atuam no
ramo industrial e no setor de serviços voltados para empresas (business-to-
business – B2B) e diminui consideravelmente aqueles empreendedores que
atuam no segmento de serviços para o consumidor. Contudo, vale ressaltar que
as atividades industriais aqui mencionadas, por certo se caracterizam por
atividades manufatureiras simples e pouco intensivas em conhecimento ou
tecnologia, como por exemplo a preparação de alimentos ou confecção de
vestuário.
Tabela 2.1 - Distribuição percentual dos empreendedores iniciais e
estabelecidos segundo o setor da ativi- dade econômica - Brasil - 2017

Setor extrativo 1,0 2,1


Indústria de transformação 27,0 42,1
Serviços orientados para negócio 5,3 7,1
Serviços orientados para o consumidor 66,7 48,7
Total 100,0 100,0
Fonte: GEM 2017

3.2.NÚMERO DE EMPREGADOS

Um dos aspectos mais relevantes para a caracterização do


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empreendedorismo brasileiro é a sua capacidade de geração de empregos. A partir


da tabela 2.3 nota-se uma forte ênfase no empreendedorismo de caráter individual,
ou seja, o desenvolvimento de uma atividade empreendedora com objetivos de
alcançar as condições materiais necessárias para si próprio e família ou a auto
ocupação. Estima-se que estes empreendedores são cerca de 31 milhões dos 49
milhões de empreendedores iniciais ou estabelecidos existentes no país. O dado que
atesta essa afirmação é o elevado percentual, 68,4% de empreendedores
estabelecidos que não gera nenhum posto de trabalho no negócio que criou.

Apesar disso, não se pode deixar de mencionar que apesar dos fortes traços
de um empreendedorismo para auto ocupação, a atividade empreendedora no Brasil
é responsável também por geração expressiva de ocupação e renda para
empregados e/ou familiares. Ao combinar as informações da tabela 2.3 e da tabela
1.1, é possível concluir que os empreendedores iniciais, em 2017, empregam, formal
ou informalmente, mais de 8 milhões de pessoas, e os empreendedores
estabelecidos, aproximadamente 11 milhões. Não é possível desprezar a relevância
do empreendedorismo para o desenvolvimento econômico e social do País.
Tabela 2.3 - Distribuição percentual dos empreendedores iniciais e estabelecidos segundo o
número de empregos gerados - Brasil - 2017
% de empreendedores
Faixas de empregados
Iniciais Estabelecidos

Não informou 20,7 0,3


Nenhum empregado 58,3 68,4
1 empregado 14,5 18,5
2 empregados 3,4 6,1
3 ou mais empregados 3,1 6,7
Total 100,0 100,0
Fonte: GEM 2017

4. CAUSAS DAS FALÊNCIAS DAS PEQUENAS EMPRESAS


Como mostrado por diversas pesquisas, apesar do índice de mortalidade das
pequenas empresas vir diminuindo ao passar do tempo, no Brasil esse índice ainda é
bem significativo, principalmente quando se trata do estágio inicial do negócio (os
primeiros dois anos de existência), devendo o empreendedor atentar quais os
principais fatores que levam a empresa à falência.
Drucker (1984) observa que o sucesso pode não ser permanente. Pois as
empresas são criações humanas desprovidas de permanência real, devendo estas
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sobreviverem além do período de vida de seu fundador, prestando a contribuição que


deve a economia e a sociedade. O autor finaliza dizendo que: “Perpetuar a empresa
é tarefa básica que cabe ao espírito empreendedor – e a capacidade de consegui-lo
pode muito bem constituir o teste mais definitivo para sua administração”.
Como citado por Chiavenato (2008, p. 15), “nos novos negócios, a mortalidade
prematura é elevadíssima, pois os riscos são inúmeros e os perigos não faltam. ”

Incompetência do empreendedor
Inexperiência- 72 % Falta de Experiência de campo
Falta de experiência profissional
Experiência desequilibrada
Lucros insuficientes
Juros elevados
Fatores econômicos - 20 % Perda de mercado
Mercado consumidor restrito
Nenhuma viabilidade futura
Fraca competitividade
Vendas Insuficientes - 11 % Recessão econômica
Vendas Insuficientes
Dificuldade de estoques
Dividas e cargas demasiadas
Despesas excessivas - 8 %
Despesas operacionais
Negligencia
Capital insuficiente
Outras causas - 3 % Clientes insatisfeitos
Fraudes
Ativos insulficientes
Fonte: Chiavenato (2008, p.15)
Maximiano (2006) destaca que dentre as principais razões de mortalidade
das pequenas empresas nos primeiros anos de existência estão: a falta de políticas
publicas que viabilizem a consolidação de novos empreendimentos; a falta de
financiamento; as elevadas cargas tributárias; e por ultimo a demora e a burocracia
para se abrir e legalizar uma empresa.
Dornelas (2005) aponta como as principais causas para o insucesso de
pequenas empresas a falta de planejamento, deficiência na gestão, políticas de apoio
insuficientes, conjuntura econômica e fatores pessoais.

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Incompetência Gerencial 45%


Inexperiência no Ramo 9%
Inexperiência em Gerenciamento 18%
Expertise Desbalanceada 20%
Negligencia nos Negócios 3%
Fraudes 2%
Desastres 1%
Total 98%
Apenas 2% são fatores desconhecidos
Fonte: Dornelas (2005, p. 95)
Os perigos mais comuns nos novos negócios para Chiavenato (2008, p. 16):
 Não identificar adequadamente qual será o novo negócio;
 Não reconhecer apropriadamente qual será o tipo de cliente a ser atendido;
 Não saber escolher a forma legal de sociedade mais adequada;
 Não planejar sufi cientemente bem as necessidades financeiras do novo negócio;
 Errar na escolha do local adequado para o novo negócio;
 Não saber administrar o andamento das operações do novo negócio;
 Não ter conhecimento sobre a produção de bens ou serviços com padrão de
qualidade e de custo;
 Desconhecer o mercado e, principalmente, a concorrência;
 Ter pouco domínio sobre o mercado fornecedor;
 Não saber vender e promover os produtos/serviços;
 Não saber tratar adequadamente o cliente.

4.1. PRINCIPAIS CAUSAS DAS FALÊNCIAS DAS PEQUENAS EMPRESAS NO


BRASIL
As principais causas de encerramento apontadas por empreendedores de
empresas ativas e extintas para o fechamento destas pode-se citar, as falhas
gerencias 68%, seguidas das causas econômicas conjunturais 62 %, e as políticas
publicas e arcabouços legais 54%. Apesar da principal causa apontada ser as falhas
gerenciais, poucos empreendedores admitem possuir falta de conhecimentos
gerenciais 13%, talvez o que faz com que estes não procurem auxilio profissional ou
algum tipo de capacitação contribuindo para a mortalidade da empresa.

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Em acordo com o relatório sobre os fatores condicionantes as falências das


empresas no Brasil.
Na questão relativa a tipos de assessorias e auxílios considerados mais
importantes na condução dos negócios, a maior parcela das empresas
extintas, 34%, indicou que se deve procurar “pessoas que conheciam o
ramo”; 32% indicaram o contador, e 20% indicaram o SEBRAE. (SEBRAE,
2004)

Isto nos mostra que dos poucos que procuram uma orientação eles preferem
a opinião daqueles que conhecem o ramo da atividade e não a realidade que o
empreendedor está inserido no contexto econômico e social, nos dias de hoje, existe
uma política maior para que o inovador procure agencias como o SEBRAE para que
seja apresentado as oportunidades de se empreender em cada região e quanto o
auxílio de um profissional contábil faz-se necessário a presença desde o período
inicial do empreendedor.
Os especialistas “ouvidos” na pesquisa GEM 2017, ao avaliarem as condições
para abrir e manter um novo negócio, indicam, na sua maioria, que fatores
relacionados a políticas governamentais e programas necessitam de mais iniciativas
para a melhoria do ambiente para abrir e manter novos negócios no Brasil. São
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apontados, por exemplo, aspectos que poderiam ser melhorados, em áreas como a
tributária e da desburocratização.
Outro aspecto que se destaca é o apoio financeiro, os especialistas percebem
que as dificuldades associadas à disponibilização e acesso a recursos financeiro para
o fomento das atividades empreendedoras ainda se constituem como fatores
importantes a serem melhorados. Em terceiro lugar, entre os fatores mais citados
pelos especialistas, aparece o contexto político e clima econômico. Nos anos recentes
é a primeira vez que esse fator figura com tamanho destaque, porém as explicações
são óbvias e decorrentes da crise política que se asseverou em 2016 e 2017 com
consequências evidentes para o animus empreendedor do brasileiro.
Em ambos os estudos apresentados (GEM e SEBRAE) de forma sucinta,
recai na falta do conhecimento acadêmico e prático da confecção de um plano de
negócio. Para que se possa visualizar antes, toda uma problemática empresarial,
evitando problemas que venha reduzir a sobrevivência dos inovadores fica resumida
na citação abaixo.
A principal razão para o fechamento da empresa está centrada no bloco de
falhas gerenciais, destacando-se: ponto/local inadequado, falta de
conhecimentos gerenciais e desconhecimento do mercado, seguida de
causas econômicas. Fator crucial para as empresas é a dificuldade
encontrada no acesso ao mercado, principalmente nos quesitos propaganda
inadequada; formação inadequada dos preços dos produtos/ serviços;
informações de mercado e logística deficiente, caracterizando a falta de
planejamento dos empresários. (SEBRAE, 2007, p.40).

O conhecimento de três conceitos, um inovador terá sobre uma análise


apurada nas tomadas de decisões grandes armas contra as variantes
mercadológicas, seriam eles: Plano de negócios, Fluxo de caixa e tributação.

4.1.1. Plano de negócios


Quando falamos em plano, pensamos em organizar as idéias que surgem e
colocá-las em uma lista de prioridades, sendo assim um conjunto de métodos para a
elaboração de uma opinião servindo como um projeto da empresa. Em acordo com
Souza e Qualharini (2007) em seu artigo, O Planejamento Estratégico nas Micro e
Pequenas Empresas. Em linhas gerais, Planejamento diz respeito à capacidade de
organizar e prever os efeitos de uma série de eventos, atuando assim de forma
preventiva às possíveis consequências indesejáveis, resultante dos mesmos.
Um plano de negócio é um documento que descreve por escrito os objetivos
de um negócio e quais passos devem ser dados para que esses objetivos
sejam alcançados, diminuindo os riscos e as incertezas. Um plano de negócio
permite identificar e restringir seus erros no papel, ao invés de cometê-los no
mercado. (SEBRAE, 2009 p.9)
¹ Luís Victor – Técnico em Edificações pelo IFPI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
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Nele, devemos colocar qual o ramo a serem investidos, quais seus principais
produtos ou serviços prestados, quem são nossos principais clientes, onde vai ser
realizada a instalação da empresa, o ponto comercial, o quanto será necessário para
abrir a empresa, o quanto aproximadamente iremos faturar por mês, qual será o lucro
da empresa após serem retirados todos os seus custos e despesas, contas redutoras
do lucro.
Com o plano de negócios também é vantajoso criar situações desfavoráveis
para que o empreendedor se torne versátil e com respostas rápidas a possíveis
contratempos em seu empreendimento. Tudo isto se torna viável com uma boa
elaboração de um plano de contas se possível com a participação de um contador
para melhor auxiliar nos planejamentos das metas pretendidas.

4.1.2. Fluxo de caixa


Em termo sucinto, a definição de Fluxo de caixa nada mais é que o controle
da entrada e saída de recursos financeiros em um determinado período. Sendo
definido para o SEBRAE como:
Um instrumento gerencial que controla e informa todas as movimentações
financeiras (entradas e saídas de valores) de um dado período, pode ser
diário, semanal, mensal, etc., é composto dos dados obtidos dos controles de
contas a pagar, contas a receber, de vendas, de despesas, de saldos de
aplicações, e de todos os demais elementos que representem as
movimentações de recursos financeiros da empresa. (SEBRAE- GO, 2011)

Já elaborado todo um planejamento, é verificado que se deve saber o quanto


está gastando e com o que se está gastando para verificar se não estão ocorrendo
excessos e desperdícios, através desta ferramenta financeira pode-se verificar se
houve sobras, lucros, ou faltas, prejuízos.

VANTAGENS DO FLUXO DE CAIXA


Avaliar se as vendas presentes serão suficientes Planejar e controlar as entradas e saídas de
para cobrir os desembolsos futuros já caixa num período de tempo determinado.
identificados.

Auxiliar o empresário a tomar decisões Verificar se a empresa está trabalhando com


antecipadas sobre a falta ou sobra de dinheiro aperto ou folga no período avaliado
na empresa.
Verificar se ha necessidade de promoções e Verificar se os recursos financeiros próprios
liquidações, aumento ou redução de preços. são suficientes para tocar o negócio em
determinado período ou se há necessidade de
recursos com terceiros.
FONTE: SEBRAE. Controles Gerenciais: Fluxo de Caixa.

¹ Luís Victor – Técnico em Edificações pelo IFPI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
¹ Rodrigo Vítor – Técnico em Administração pelo SESI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
UFDPar – Universidade Federal do Delta do Parnaíba

4.1.3. Tributação

Segundo o Código Tributário Nacional (CTN), em seu artigo 3° define tributo


como: Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor
nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Entenda
compulsória como obrigatório, e pecuniário, em dinheiro.
Sabemos agora que para que seja cobrado algum tributo, primeiro será
instituída uma lei que poderá ser da União, Estados, Distrito Federal e Municipais,
onde deva esta descriminada um fato gerador e o seu momento que se caracterize o
fato incidente do tributo, como será calculado, ou seja, qual o valor que será
adicionado uma alíquota para a mensuração do total do tributo incidente do fato
gerador, podendo ser especifica, com valor expresso, ou ad valorem, em forma de
percentual sobre um determinado produto ou serviço.

Os tributos, em acordo com Rezende (2010, p. 47-48), são classificados em


impostos, taxas (para interesse público e a utilização de seus serviços prestados
a sociedade), Contribuição de melhoria, (saneamento que passa na sua rua),
contribuições sociais, ( destinado a financiar a própria atividade. Exemplo
OAB,CRC CREA,) e empréstimos compulsórios (atender despesas
extraordinárias).

5. FATORES QUE TORNAM UM NEGÓCIO BEM SUCEDIDO

Já no que toca aos fatores mais favoráveis para se empreender no Brasil


em 2017 (tabela 3.3), 65% dos especialistas mencionam aspectos relacionados às
características da população brasileira, sua capacidade de realização e superação
de desafios. Este item também faz referência à diversidade étnica e cultural que,
para os especialistas, é motivo de inspiração e esperança para quem decide realizar
uma atividade empreendedora. O Brasil, para 50% dos especialistas é reconhecido
como sendo um território que impõe poucas barreiras para a abertura de novos
negócios e consequentemente o acesso aos mercados consumidores se torna
favorecido. Também é importante mencionar e esclarecer, que ao passo que os
especialistas avaliam os programas e políticas governamentais como um fator que
limita o empreendedorismo, 26,7% deles também apontam esse mesmo fator como
um aspecto favorável.
¹ Luís Victor – Técnico em Edificações pelo IFPI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
¹ Rodrigo Vítor – Técnico em Administração pelo SESI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
UFDPar – Universidade Federal do Delta do Parnaíba

Não há aqui contradição, pois, é pertinente pensar que na opinião dos


especialistas possa haver gradientes de efetividade entre essas políticas e
programas que justifiquem essa avaliação aparentemente contraditória.

De acordo com Bateman (2006 p. 235), o sucesso é uma função não apenas
de características pessoais, mas também de fazer boas escolhas sobre a empresa
que irá começar. Bateman retrata as empresas ao longo de duas dimensões:
inovação e risco. A nova empresa pode envolver níveis elevados ou baixos de
inovação, ou a criação de algo novo ou diferente. Ela também pode ser caracterizada
por um risco baixo ou elevado. O risco se refere à probabilidade de uma grande
perda financeira. Mas também é mais do que isso; é o risco psicológico como
percebido pelo empreendedor, incluindo o risco à reputação e o ego.

A maioria de pequenas empresas esta na célula de inovação pequena / risco


elevado. São as entradas razoavelmente convencionais em campos bem-
estabelecidos. Desta forma a matriz é útil pra ajudar os empreendedores a pensar
sobre as suas empresas e avaliar se elas satisfazem aos seus objetivos particulares,
identificar estratégias eficazes e ineficazes, e lembrar que as empresas de sucesso
nem sempre exigem uma tecnologia de ponta ou um produto novo ou excelente.

Além do modelo apresentado, Bateman(2006) também destaca as


características pessoais do empreendedor como comprometimento e determinação;
liderança; obsessão por oportunidades; tolerância aos riscos, ambiguidades e
incertezas; criatividade , autoconfiança e habilidade de adaptação; e motivação para
a excelência, como fatores que levam ao sucesso.

Para Chiavenato (2008) o que torna um negócio bem sucedido é saber evitar
ou neutralizar as ameaças e saber identificar as oportunidades em ambientes
turbulentos, sabendo escolher o negócio mais oportuno e suscetível ao êxito. O autor
também destaca fatores relacionados ao espírito empreendedor, como o desejo de
independência profissional, oportunidade de trabalhar no que gosta desejo pessoal
de reconhecimento e prestigio descoberta de oportunidades que outros ignoram ou
subestimam desafios de aplicar recursos próprios e habilidades pessoais em um
ambiente desconhecido. Além de um planejamento sólido e detalhado daquilo que
se pretende fazer e o capital financeiro adequado para se tocar o negócio.

Por último Dornelas (2005) também destaca a importância de um bom

¹ Luís Victor – Técnico em Edificações pelo IFPI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
¹ Rodrigo Vítor – Técnico em Administração pelo SESI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
UFDPar – Universidade Federal do Delta do Parnaíba

planejamento para o sucesso de um empreendimento, além da capacitação


gerencial continua.

Neste caso conforme observado por alguns autores nota-se que além da
capacitação e recursos financeiros necessários para se abrir um negócios, o
sucesso de um empreendimento também esta relacionado com as características
pessoais do empreendedor, apresentadas como o “espírito empreendedor”.

6. CONCLUSÃO

Em análise ao assunto abordado mostra-se que a grande causa da falência


das empresas no Brasil está direcionada a falhas gerencias, seguidas das causas
econômicas conjunturais, e das políticas públicas e arcabouços legais, o que
também é observado por Chiavenato(2008). iniciadas desde a maturação do
investimento até o momento de concretizar o sonho, o emocional dos
empreendedores chocam-se na realidade econômica nacional onde a
competitividade, o menor preço e a evolução tecnológica são obstáculos grandiosos
a serem enfrentados pelos novos investidores.

Já os principais fatores apontados como geradores de sucesso para manter


tais empresas ativas por um período maior são, em primeiro lugar a influencia da
capacidade empreendedora, seguida da logística operacional e por fim as
habilidades gerencias.Portanto, vale ressaltar a importância que a sobrevivência da
MPE representa para o desenvolvimento econômico e social do país, pois, a
quantidade de empregos mantidos e o faturamento em reais obtidos por essas
empresas representam valores significantes para a nossa economia, com
participação de cerca de 27% no PIB.

Além de avaliar o ambiente para se empreender no Brasil, também foram


elaboradas recomendações com vistas à implementação de melhorias que possam
resultar no aperfeiçoamento das diversas condições necessárias para a atividade
empreendedora. Naturalmente, uma vez que o fator políticas e programas foi o que
mereceu mais apontamentos como limitante, também é relativo a ele o maior número
de recomendações.

Em seguida aparecem os fatores educação e capacitação e apoio


financeiro. Interessante destacar que diferentemente de anos anteriores, “educação
¹ Luís Victor – Técnico em Edificações pelo IFPI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
¹ Rodrigo Vítor – Técnico em Administração pelo SESI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
UFDPar – Universidade Federal do Delta do Parnaíba

e capacitação” não figurou entre os três fatores mais citados como desfavoráveis ao
empreendedorismo, contudo, aparece como um dos tópicos que mais precisa sofrer
intervenções a fim de efetivamente favorecer a atividade empreendedora no País.
Principais recomendações dos especialistas para melhoria das condições para
empreender no Brasil

POLíTICAS GOVERNAMENTAIS E
PROGRAMAS
 Reforma do Sistema Tributário Nacional, buscando fundamentalmente sua simplificação e benefícios
para as empresas novas que teriam uma carência no pagamento de tributos por um determinado período
de tempo, ou até que comecem a gerar lucros efetivos. Inclusive desoneração da folha de pagamentos
para empreendedores nascentes.
 Desburocratização efetiva. Simplificação dos processos burocráticos e desoneração para quem quer
produzir. Startups poderiam se formalizar, tal como MEI e acessar com mais facilidade o mercado e
demais programas para apoio a esse tipo de empreendimento.
 Política de desenvolvimento para os pequenos negócios. A Lei Geral da Micro e Pequena Empresa
em vigor deve ser consolidada em planos de governo com foco no desenvolvimento e relacionada a um
novo ambiente de atuação das em- presas no âmbito da tributação, trabalhista e do licenciamento. É
preciso desonerar e simplificar a vida dos empreendedo- res para que eles possam crescer e empregar
mais.
 Acompanhamento dos efeitos da reforma trabalhista no contexto de criação de novos
empreendimentos.
 Políticas públicas para o empreendedorismo devem ser estimuladas e desenvolvidas em periferias.
 Promover intercambio e programas para receber empreendedores interessados em se instalar no
Brasil.

EDUCAÇÃO E CAPACITAÇÃO
 Investimento em capacitação e mentorias, ou seja, programas governamentais que financiem ativos
de conhecimento, e não somente estruturas.
 Apoiar as instituições que já fomentam o empreendedorismo (Sebrae, Endeavor, Senac, etc.),
integrando-as a um pro- jeto estruturado.
 Incentivo ao empreendedorismo nas mídias de massa: compartilhamento de experiências e de casos
sucesso e insuces- so por meio de programas televisões, propagandas, entre outros.

 A aproximação da atividade empreendedora praticada intuitivamente com ambientes escolares, com


a universidade, como a academia. Isso é fundamental para a qualificação do empreendedorismo no Brasil.
O mesmo vale para aproximação entre pesquisa e boas tecnologias com quem se interessa em abrir um
novo negócio.
 A inserção da educação empreendedora desde a escola fundamental. Quanto mais cedo o espírito
empreendedor for disseminado, maior será a chance de se ter jovens empreendedores no futuro, com
uma boa base desconhecimento sobre plano de negócios, estudo de mercado, fatores econômicos que
afetam o negócio, dentre outros aspectos essenciais para se ter êxito.

APOIO FINANCEIRO
 Oferecer novas fontes de financiamento que sejam adequadas para novas e pequenas empresas.
 Melhorar substancialmente as condições de financiamento para o empreendedor ter mais segurança
na manutenção e expansão de seus negócios.

¹ Luís Victor – Técnico em Edificações pelo IFPI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
¹ Rodrigo Vítor – Técnico em Administração pelo SESI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
UFDPar – Universidade Federal do Delta do Parnaíba

7. Cronograma

ATIVIDADES / MESES Março Abril Maio Junho

Escolha do tema e Pesquisa Bibliográfica

Estruturação do Projeto

Coleta de dados

Análse dos dados

Organização do Roteiro

Revisão / correção do texto

Entrega do Projeto de Pesquisa

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração. 2014.


Motivações para o Empreendedorismo: Necessidade Versus Oportunidade.
Disponível em http://www.scielo.br/pdf/rac/v18n3/v18n3a05.pdf/. acessado em 19 de
maio de 2019

BATEMAN, Thomas S.; SNELL, Scott A. Administração: novo cenário competitivo.


2.ed. São Paulo : Atlas, 2006.

CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: Dando asas ao espírito


empreendedor. 2. ed. São Paulo : Saraiva, 2008.

DORNELAS, Jose Carlos Assis. Empreendedorismo: Transformando idéias em


Negócios. 2.ed. Rio de janeiro : Elsevier , 2005.

GLOBAL ENTREPRENEURSHIP MONITOR. 2017. Empreendedorismo no Brasil:


Relatório executivo 2017. Disponível em
https://m.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/Relat%C3%B3rio%20Exe
cutivo%20BRASIL_web.pdf/ acessado em 30 de maio de 2019

LAKATOS, E.M.; MARCONI, M.A. Fundamentos da metodologia científica. 6.ed.


SãoPaulo: Atlas, 2005.

MAXIMIANO, Antonio Cezar Amaru. Administração para empreendedores:


fundamentos da criação e da gestão de novos negócios. São Paulo : Pearson
Prentice Hall , 2006 .
https://www.diferenca.com/pesquisa-quantitativa-e-pesquisa-qualitativa/

¹ Luís Victor – Técnico em Edificações pelo IFPI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
¹ Rodrigo Vítor – Técnico em Administração pelo SESI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
UFDPar – Universidade Federal do Delta do Parnaíba

http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ufs/mt/noticias/micro-e-pequenas-
empresas-geram-27-do-pib-do-
brasil,ad0fc70646467410VgnVCM2000003c74010aRCRD/ acessado em 27 de maio
de 2019
__________ . 2007. Fatores Condicionantes e taxa de sobrevivência e
mortalidades das micro e pequenas empresas no Brasil : 2003-2005. Disponível
em:<http://www.bibliotecas.sebrae.com.br/chronus/ARQUIVOS_CHRONUS/bds/bds.
nsf/8F5BDE79736CB99483257447006CBAD3/$File/NT00037936.pdf >acesso em :
25 de maio 2019.

REZENDE, J.R; PEREIRA, C.A; ALENCAR, R.C. Contabilidade Tributária. São


Paulo: atlas, 2010.

SEGET. 2010. Fatores de mortalidade de micro e pequenas empresas: um


estudo sobre o setor de serviços. Disponível em
https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos09/195_Mortalidade_nas_MPEs.pdf/
acessado em 02 de maio de 2019

SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICROS E PEQUENAS EMPRESAS. 2004.


Fatores determinantes da longevidade das micro e pequenas empresas.
Disponível em:<http://www.sebrae.com.br/main.asp?Team= {87A1981E-1C20-41AE-
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SOUZA, L. M. A importância da contabilidade gerencial na criação e manutenção


das micro e pequenas empresas do Brasil. Disponível em
https://semanaacademica.org.br/system/files/artigos/monografialeandromartins.pdf
acessado em 15 maio de 2019.

¹ Luís Victor – Técnico em Edificações pelo IFPI – Bacharelando em Administração pela UFDPar
¹ Rodrigo Vítor – Técnico em Administração pelo SESI – Bacharelando em Administração pela UFDPar

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