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LEGISLAÇÃO DO MPU PARA CONCURSOS

| Módulo 1 – Profa. Lidiane Coutinho


OS: 0102/8/18-Gil

CONCURSO:

ASSUNTO: O Ministério Público na Constituição Federal

Profa. Lidiane Coutinho

profalidianecoutinho

@lidianecoutinho

PROGRAMA DE LEGISLAÇÃO DO MPU - ÚLTIMO EDITAL

LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP: 1 Ministério Público da União. 1.1 Lei Orgânica do Ministério Público da União (Lei
Complementar nº 75/1993). 1.2 Perfil constitucional do Ministério Público e suas funções institucionais. 1.3 Conceito. 1.4
Princípios institucionais. 1.5 A autonomia funcional e 19 administrativa. 1.6 A iniciativa legislativa. 1.7 A elaboração da proposta
orçamentária. 1.8 Os vários Ministérios Públicos. 1.9 O Procurador-Geral da República: requisitos para a investidura e
procedimento de destituição. 1.10 Os demais Procuradores-Gerais. 1.11 Funções exclusivas e concorrentes. 1.12 Membros:
ingresso na carreira, promoção, aposentadoria, garantias, prerrogativas e vedações. 2 Conselho Nacional do Ministério Público
(CNMP). 2.1 Composição. 2.2 Atribuições constitucionais.

MODULO I- O MINISTÉRIO PÚBLICO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, sendo responsável pela
defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
Aparece na Constituição Federal no capítulo das funções essenciais à Justiça, sem vinculação funcional com
quaisquer dos Poderes do Estado.

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Possui independência e autonomia, com orçamento, carreira e administração próprios.


Possui como princípios institucionais a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
1) O que é o Ministério Público?
É uma instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do
regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
2) O MP integra algum dos Poderes da República (Executivo, Legislativo, Judiciário)?
Não. O Ministério Público é uma instituição independente, essencial à função jurisdicional do Estado.
3) O Ministério Público é igual aos demais ministérios?
Não. Os demais Ministérios são órgãos do Poder Executivo da União, e podem ser:
 Criados e extintos e por lei (CF- art. 61 §1º II e).
O Ministério Público não pertence a qualquer um dos três Poderes e tem garantia constitucional de:
 Não ser extinto;
 Não ter suas atribuições repassadas a outras instituições.

ATENÇÃO:
Antes da CF de 1988 o MP integrou o Poder Judiciário (CF de 1967)
e o Poder Executivo (CF de 1969).

4) Como é a estrutura do Ministério Público no Brasil?


O Ministério Público brasileiro (MP) compreende:
 O MPU e
 Os ministérios públicos estaduais (MPE’s).
O Ministério Público da União (MPU) compreende:
 O Ministério Público Federal (MPF);
 O Ministério Público do Trabalho (MPT);
 O Ministério Público Militar (MPM) e
 O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

ORGANOGRAMA DO MINISTÉRIO PÚBLICO

MINISTÉRIO PÚBLICO

MINISTÉRIO PÚBLICO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO (MPU)


DOS ESTADOS

MPF MPT MPM MPDFT

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O Ministério Público abrange o Ministério Público da União e os Ministérios Públicos dos Estados.
O Ministério Público da União é uma instituição que acomoda quatro diferentes ramos, com áreas de atuação,
organização e administração distintas: o Ministério Público Federal, o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público
Militar e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. Pode-se dizer que o MPU não tem uma, e sim várias sedes. A
Procuradoria Geral da República é a sede administrativa do MPF, situada em Brasília. Não existe o MPU em determinado
local, com existência concreta e separada de seus ramos. O MPU engloba diferentes Ministérios Públicos, mas não existe por
si só.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 128. O Ministério Público abrange:
I - o Ministério Público da União, que compreende:
a) o Ministério Público Federal;
b) o Ministério Público do Trabalho;
c) o Ministério Público Militar;
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;
II - os Ministérios Públicos dos Estados.
§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República
dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos
membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução.
§ 2º A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de
autorização da maioria absoluta do Senado Federal.
§ 3º Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da
carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo,
para mandato de dois anos, permitida uma recondução.
§ 4º Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação da
maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva.

DOS CHEFES DO MINISTÉRIO PÚBLICO E O PROCESSO DE ESCOLHA:

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ESTRUTURA DO MINISTÉRIO PÚBLICO

DAS CARREIRAS DOS MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO


Os cargos do Ministério Público são organizados em carreira, tanto MPE como MPU. No MPU, as carreiras dos membros dos
diferentes ramos são independentes entre si. Dessa forma, para ser membro do MPF, deve-se prestar concurso público para
o MPF. Para ser membro do MPT, deve-se prestar concurso para o MPT, e assim por diante. Independente da escolha, exige-
se para ingresso na carreira do Ministério Público que o pretendente a vaga tenha sido aprovado previamente em concurso
público de provas e títulos.

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MINISTÉRIO PÚBLICO

PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO


Ministério Público dos Estados PROMOTOR DE JUSTIÇA E
PROCURADOR DE JUSTIÇA

PROCURADOR DA REPÚBLICA,
MPF PROCURADOR REGIONAL DA REPÚBLICA E
SUBPROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA

PROCURADOR DO TRABALHO
MPT PROCURADOR REGIONAL DO TRABALHO E
SUBPROCURADOR GERAL DO TRABALHO

Ministério Público da União PROMOTOR DA JUSTIÇA MILITAR


MPM PROCURADOR DA JUSTIÇA MILITAR E
SUBPROCURADOR GERAL DA JUSTIÇA MILITAR

PROMOTOR DE JUSTIÇA ADJUNTO


MPDFT PROMOTOR DE JUSTIÇA E
PROCURADOR DE JUSTIÇA

O JUDICIÁRIO E A ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO

O Ministério Público atua junto ao Judiciário, no desenvolvimento da função jurisdicional do Estado.


O Ministério Público do Estado atua junto à Justiça Estadual e perante à Justiça Eleitoral de 1ª instância (por delegação do
MPF). O Ministério Público Federal atua junto à Justiça Federal e Justiça Eleitoral. O Ministério Público do Trabalho atua junto
à Justiça do Trabalho. O Ministério Público Militar atua junto à Justiça Militar. E o Ministério Público do DFT(MPDFT) atua
junto ao TJDFT.

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CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 129 § 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir na
comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45,
de 2004)
§ 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a
participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos
de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação. (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004)
§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45,
de 2004)
§ 5º A distribuição de processos no Ministério Público será imediata. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS DO MINISTÉRIO PÚBLICO


São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.

PRINCÍPIOS
INSTITUCIONAIS

INDEPENDÊNCIA
UNIDADE INDIVISIBILIDADE
FUNCIONAL

UNIDADE Diz respeito ao perfil organizatório, de atribuições e finalidades.


A Instituição é uma só. Os membros do Ministério Público integram um só órgão, uma só vontade,
que está sob a direção de um só Chefe.
INDIVISIBILIDADE Diz respeito à atuação dos membros como representantes da Instituição.
Caracteriza-se pelo fato que os membros da instituição podem substituir-se reciprocamente sem que
haja prejuízo para o exercício do ministério comum. Tal princípio significa que quando um Membro
atua no processo, faz isso em nome da Instituição.
INDEPENDÊNCIA Diz respeito a não subordinação na sua atuação.
FUNCIONAL
Não devem subordinação intelectual a quem quer que seja, nem mesmo a superior hierárquico.
Significa dizer que o membro do Ministério Público tem liberdade de atuação.
Agem de acordo com a lei e a sua consciência.

NÃO CONFUNDIR:

AUTONOMIA FUNCIONAL INDEPENDENCIA FUNCIONAL

INSTITUIÇÃO MEMBRO DO MP
PRINCÍPIO DO PROMOTOR NATURAL:
Esse princípio não está expresso na Constituição, mas foi reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal como decorrente da
independência funcional e da inamovibilidade dos integrantes do Ministério Público. De acordo com esse princípio, a chefia

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da instituição não pode efetuar designações casuísticas, afastando um procurador e designando outro para atuar em
determinada causa. Assim, os procuradores que atuam no ofício do meio ambiente, por exemplo, recebem todos os
processos cíveis que tratem desse assunto. Eles são os promotores naturais desses processos, dos quais somente se afastam
quando se declaram impedidos por algum dos motivos previstos em lei, ou quando mudam de área ou cidade. Em outras
palavras, somente o promotor natural pode atuar no processo.
JURISPRUDÊNCIA
STF- HC 102147 / GO – GOIÁS
HABEAS CORPUS
Relator(a): Min. CELSO DE MELLO
Julgamento: 16/12/2010
DECISÃO:
(...) O Supremo Tribunal Federal, ao julgar o HC 67.759/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO, reconheceu a existência do princípio
do Promotor Natural em nosso ordenamento constitucional, em decisão que, proferida pelo Plenário desta Corte, está assim
ementada: “o postulado do Promotor Natural, que se revela imanente ao sistema constitucional brasileiro, repele, a partir da
vedação de designações casuísticas efetuadas pela Chefia da Instituição, a figura do acusador de exceção.
Esse princípio consagra uma garantia de ordem jurídica destinada tanto a proteger o membro do Ministério Público, na
medida em que lhe assegura o exercício pleno e independente do seu ofício, quanto a tutelar a própria coletividade, a quem
se reconhece o direito de ver atuando, em quaisquer causas, apenas o Promotor cuja intervenção se justifique a partir de
critérios abstratos e pré-determinados estabelecidos em lei. A matriz constitucional desse princípio assenta-se nas cláusulas
da independência funcional e da inamovibilidade dos membros da Instituição. O postulado do Promotor Natural limita, por
isso mesmo, o poder do Procurador-Geral que, embora expressão visível da unidade institucional, não deve exercer a Chefia
do Ministério Público de modo hegemônico e incontrastável. (...).” A consagração constitucional do princípio do Promotor
Natural significou o banimento de “manipulações casuísticas ou designações seletivas efetuadas pela Chefia da Instituição”
(HC 71.429/SC, Rel. Min. CELSO DE MELLO), em ordem a fazer suprimir, de vez, a figura esdrúxula do “acusador de exceção”
(HC 67.759/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO).

AUTONOMIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO


O Ministério Público possui autonomia administrativa, funcional e financeira, com orçamento, carreira e administração
próprios.

AUTONOMIA

ADMINISTRATIVA FUNCIONAL FINANCEIRA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 127 § 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o disposto no
art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso
público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização
e funcionamento. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias.
§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de
diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os
valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 3º. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma
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do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações
que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a
abertura de créditos suplementares ou especiais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

GARANTIAS E VEDAÇÕES AOS MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO


O Artigo 128, §5º da Constituição Federal estabelece aos membros do Ministério Público da União, garantias e vedações.
GARANTIAS VEDAÇÕES
 Vitaliciedade, após dois anos de exercício, não  Receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto,
podendo perder o cargo senão por sentença judicial honorários, percentagens ou custas processuais;
transitada em julgado;
 Exercer a advocacia;
 Inamovibilidade, salvo por motivo de interesse
vide ADCT- art. 29
público, mediante decisão do órgão colegiado
competente do Ministério Público, pelo voto da  Participar de sociedade comercial, na forma da lei;
maioria absoluta de seus membros, assegurada
vide LC 75/93- art. 237, III
ampla defesa; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)  Exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra
função pública, salvo uma de magistério;
 Irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art.
39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, vide Resoluções 73, 132 e 133 do CNMP
150, II, 153, III, 153, § 2º, I; (Redação dada pela
 Exercer atividade político-partidária; (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
vide ADCT- art. 29
vide LC 75/93- art. 237, V
 Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou
contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou
privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. (Incluída
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único, V.*
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
*Art. 95, Parágrafo único. Aos juízes é vedado:
V exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por
aposentadoria ou exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

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DISPOSITIVOS LEGAIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 128 § 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais,
estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus
membros:
I - as seguintes garantias:
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado;
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério
Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III,
153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
II - as seguintes vedações:
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais;
b) exercer a advocacia;
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério;
e) exercer atividade político-partidária; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas,
ressalvadas as exceções previstas em lei. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único, V. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)

ADCT – ATOS E DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS


Art. 29. Enquanto não aprovadas as leis complementares relativas ao Ministério Público e à Advocacia-Geral da União, o
Ministério Público Federal, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, as Consultorias Jurídicas dos Ministérios, as
Procuradorias e Departamentos Jurídicos de autarquias federais com representação própria e os membros das Procuradorias
das Universidades fundacionais públicas continuarão a exercer suas atividades na área das respectivas atribuições.
§ 3º - Poderá optar pelo regime anterior, no que respeita às garantias e vantagens, o membro do Ministério Público admitido
antes da promulgação da Constituição, observando-se, quanto às vedações, a situação jurídica na data desta.

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LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR 75/93


Art. 237. É vedado ao membro do Ministério Público da União:
III - exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, exceto como cotista ou acionista;
V - exercer atividade político-partidária, ressalvada a filiação e o direito de afastar-se para exercer cargo eletivo ou a ele
concorrer.
CNMP- RESOLUÇÃO Nº 73/ 2011
Art. 1º. Ao membro do Ministério Público da União e dos Estados, ainda que em disponibilidade, é defeso o exercício de
outro cargo ou função pública, ressalvado o magistério, público ou particular. (Redação dada pela Resolução nº 133, de 22 de
setembro de 2015)
§1º. A coordenação de ensino ou de curso é considerada compreendida no magistério e poderá ser exercida pelo membro do
Ministério Público se houver compatibilidade de horário com as funções ministeriais.
§2º Haverá compatibilidade de horário quando do exercício da atividade docente não conflitar com o período em que o
membro deverá estar disponível para o exercício de suas funções institucionais, especialmente perante o público e o Poder
Judiciário.
§3º Consideram-se atividades de coordenação de ensino ou de curso, para os efeitos do parágrafo anterior, as de natureza
formadora e transformadora, como o acompanhamento e a promoção do projeto pedagógico da instituição de ensino, a
formação e orientação de professores, a articulação entre corpo docente e discente para a formação do ambiente acadêmico
participativo, a iniciação científica, a orientação de acadêmicos, a promoção e a orientação da pesquisa e outras ações
relacionadas diretamente com o processo de ensino e aprendizagem.
§4º. Não estão compreendidas nas atividades previstas no parágrafo anterior às de natureza administrativo institucional e
outras atribuições relacionadas à gestão da instituição de ensino.
Art. 2º. Somente será permitido o exercício da docência ao membro, em qualquer hipótese, se houver compatibilidade de
horário com o do exercício das funções ministeriais, e desde que o faça em sua comarca ou circunscrição de lotação, ou na
mesma região metropolitana. (Redação dada pela Resolução nº 132, de 22 de setembro de 2015)
§1º. Fora das hipóteses previstas no caput deste artigo, a unidade do Ministério Público, através do órgão competente,
poderá autorizar o exercício da docência por membro do Ministério Público, quando se tratar de instituição de ensino
sediada em comarca ou circunscrição próxima, nos termos de ato normativo e em hipóteses excepcionais, devidamente
fundamentadas. (Redação dada pela Resolução nº 132, de 22 de setembro de 2015)
§2º. O cargo ou função de direção nas entidades de ensino não é considerado exercício de magistério, sendo vedado aos
membros do Ministério Público.
Art. 3º. Não se incluem nas vedações referidas nos artigos anteriores as funções exercidas em curso ou escola de
aperfeiçoamento do próprio Ministério Público ou aqueles mantidos por associações de classe ou fundações a ele vinculadas
estatutariamente, desde que essas atividades não sejam remuneradas.
Art. 4º. O exercício de docência deverá ser comunicado pelo membro ao Corregedor-Geral da respectiva unidade do
Ministério Público, ocasião em que informará o nome da entidade de ensino, sua localização e os horários das aulas que
ministrará. Parágrafo único. O Corregedor de cada unidade do Ministério Público deverá informar anualmente à
Corregedoria Nacional os nomes dos membros de seu órgão que exerçam atividades de docência e os casos em que foi
autorizado pela unidade o exercício da docência fora do município de lotação.”
Art. 5º. Ciente de eventual exercício do magistério em desconformidade com a presente Resolução, o Corregedor-Geral, após
oitiva do membro, não sendo solucionado o problema, tomará as medidas necessárias, no âmbito de suas atribuições.

JURISPRUDÊNCIA
STF- REPERCUSSÃO GERAL - Promotor: Exercício de Atividade Político-Partidária e Reeleição após a EC 45/2004 – 1
RE 597994/PA, rel. orig. Min. Ellen Gracie, rel. p/ o acórdão Min. Eros Grau, 4.6.2009. (RE-597994)
O Tribunal, por maioria, deu provimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal Superior Eleitoral -
TSE que, dando provimento a recursos especiais eleitorais, indeferira o registro da candidatura da ora recorrente ao cargo de
Prefeita, ao fundamento de ser ela inelegível, em razão de pertencer a Ministério Público estadual, estando dele licenciada,
mas não afastada definitivamente. Alegava a recorrente ofensa aos artigos 5º, XXXVI, 14, § 5º, e 128, § 5º, II, e, da CF.
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Sustentava, em síntese, que os membros do Ministério Público que ingressaram na carreira após 1988 e que já estavam no
exercício de mandato eletivo quando do advento da EC 45/2004 possuiriam direito adquirido à reeleição, e que referida
emenda, ao estabelecer limitações à atividade político-partidária de membros do Ministério Público, não poderia
comprometer esse direito adquirido. Na espécie, a ora recorrente ingressara na carreira do Ministério Público em 14.8.90.
Tendo se licenciado do cargo para concorrer às eleições de 2004, exercera o mandato de Prefeita no período de 2005 a 2008.
Em 2008, concorrera à reeleição ao cargo, ainda vinculada ao Ministério Público, saindo-se vencedora. O registro da
candidatura fora deferido perante o juízo eleitoral e mantido pelo Tribunal Regional Eleitoral - TRE, tendo o TSE cassado
essas decisões. Preliminarmente, por votação majoritária, reconheceu-se a repercussão geral da matéria debatida.
Asseverou-se haver uma questão constitucional evidente, já que tudo teria sido decidido com base em normas
constitucionais, que repercutiria para além dos direitos subjetivos questionados. Considerou-se que não só poderia haver
repetição em outros casos, como que, na situação dos autos, cuidar-se-ia, também, do direito de eleitores que exerceram
seu direito/dever de votar, acreditando no sistema então vigente. Vencidos, no ponto, a Min. Ellen Gracie, relatora, e os
Ministros Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa e Cezar Peluso, que não vislumbravam a existência dessa repercussão geral
e, salientando tratar-se de hipótese excepcionalíssima e irreproduzível, reputavam que a análise do direito adquirido
questionado estaria limitada pelo aspecto temporal, não sendo aplicável a eleições posteriores à citada emenda
constitucional. Quanto ao mérito, entendeu-se estar-se diante de uma situação especial, ante a ausência de regras de
transição para disciplinar a situação fática em questão, não abrangida pelo novo regime jurídico instituído pela EC 45/2004.
Tendo em conta que a recorrente estava licenciada, filiada a partido político, já tendo sido eleita para exercer o cargo de
Prefeita na data da publicação dessa emenda, concluiu-se que ela teria direito, não adquirido, mas atual à recandidatura, nos
termos do § 5º do art. 14 da CF (“O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e
quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período
subseqüente.”). Vencidos, no mérito, a Min. Ellen Gracie, relatora, e os Ministros Joaquim Barbosa, Cezar Peluso e Celso de
Mello, que negavam provimento ao recurso. Ressaltaram que, antes da EC 45/2004, admitia-se que, licenciado, o membro do
parquet podia se filiar e concorrer, mas que, após tal emenda em face da absoluta proibição da atividade político-partidária
por membros do Ministério Público, prevista no art. 128, § 5º, II, e, da CF, de aplicação imediata e linear, se desejasse exercer
atividade político-partidária, deveria exonerar-se ou aposentar-se, não havendo se falar em direito adquirido ao regime
anterior à emenda, para beneficiar a recorrente, nem em direito dela ou do eleitorado assegurado pela norma viabilizadora
da reeleição. Aduziram que, a cada eleição, para requerer o registro de sua candidatura, o postulante a cargo eletivo deveria
demonstrar a satisfação das condições de elegibilidade, o que não se dera no caso. RE 597994/PA, rel. orig. Min. Ellen
Gracie, rel. p/ o acórdão Min. Eros Grau, 4.6.2009. (RE-597994).

FUNÇÕES INSTITUCIONAIS DO MINISTÉRIO PÚBLICO

CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta
Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia;
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de
outros interesses difusos e coletivos;
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos
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previstos nesta Constituição;


V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;
VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos
para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior;
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas
manifestações processuais;
IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a
representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.
§ 1º A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas
hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei.
§ 5º A distribuição de processos no Ministério Público será imediata. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

O MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS


Esse órgão, apesar do nome, tem natureza diversa e especial. Seus procuradores pertencem à estrutura do TCU, e sua função
consiste em observar o cumprimento das leis pertinentes às finanças públicas. Esse Ministério Público não possui as
atribuições constitucionais do artigo 129 da Constituição Federal, devendo atuar exclusivamente na área própria de
competência dos Tribunais de Contas, que é a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial da
União e das entidades da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo
Poder Público Federal.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as disposições desta seção pertinentes
a direitos, vedações e forma de investidura.

O CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO- CNMP


O Conselho Nacional do Ministério Público foi instituído pela Emenda Constitucional nº 45, de 30 de dezembro de
2004, com atribuição de controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres
funcionais de seus membros.
O CNMP é composto por quatorze membros, incluindo-se o Procurador-Geral da República, que o preside, quatro
membros do Ministério Público da União, três membros do Ministério Público dos Estados, dois juízes, indicados um pelo
Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior Tribunal de Justiça, dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da
Ordem dos Advogados do Brasil e dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos
Deputados e outro pelo Senado Federal.
Entre as competências do CNMP, conforme artigo 130-A, §2º, da Constituição Federal, estão:
 zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos regulamentares, no
âmbito de sua competência, ou recomendar providências;
 zelar pela observância do art. 37 da Constituição Federal e apreciar a legalidade dos atos administrativos praticados
por membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos Estados;
 receber reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive contra
seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da instituição, podendo avocar
processos disciplinares em curso, determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou
proventos proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;
 rever os processos disciplinares de membros do Ministério Público da União ou dos Estados julgados há menos de
um ano;
 elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação do Ministério Público no
País e as atividades do Conselho.

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Qualquer cidadão ou entidade pode se dirigir ao Conselho Nacional do Ministério Público para fazer reclamações contra
membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares.
DO CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Da Composição Da Competência Da Corregedoria
- Compõe-se de quatorze membros - Compete ao Conselho Nacional do - O Conselho escolherá, em votação
nomeados pelo Presidente da Ministério Público o controle da secreta, um Corregedor nacional,
República, depois de aprovada a atuação administrativa e financeira do dentre os membros do Ministério
escolha pela maioria absoluta do Ministério Público e do cumprimento Público que o integram, vedada a
Senado Federal, para um mandato de dos deveres funcionais de seus recondução, competindo-lhe, além das
dois anos, admitida uma recondução, membros, cabendo-lhe: atribuições que lhe forem conferidas
sendo: pela lei, as seguintes:
I zelar pela autonomia funcional e
I o Procurador-Geral da República, que administrativa do Ministério Público, I receber reclamações e denúncias, de
o preside; podendo expedir atos regulamentares, qualquer interessado, relativas aos
no âmbito de sua competência, ou membros do Ministério Público e dos
II quatro membros do Ministério
recomendar providências; seus serviços auxiliares;
Público da União, assegurada a
representação de cada uma de suas II zelar pela observância do art. 37 e II exercer funções executivas do
carreiras; apreciar, de ofício ou mediante Conselho, de inspeção e correição
provocação, a legalidade dos atos geral;
III três membros do Ministério Público
administrativos praticados por
dos Estados; III requisitar e designar membros do
membros ou órgãos do Ministério
Ministério Público, delegando-lhes
IV dois juízes, indicados um pelo Público da União e dos Estados,
atribuições, e requisitar servidores de
Supremo Tribunal Federal e outro pelo podendo desconstituí-los, revê-los ou
órgãos do Ministério Público.
Superior Tribunal de Justiça; fixar prazo para que se adotem as
providências necessárias ao exato
V dois advogados, indicados pelo
cumprimento da lei, sem prejuízo da
Conselho Federal da Ordem dos
competência dos Tribunais de Contas;
Advogados do Brasil;
III receber e conhecer das reclamações
VI dois cidadãos de notável saber
contra membros ou órgãos do
jurídico e reputação ilibada, indicados
Ministério Público da União ou dos
um pela Câmara dos Deputados e outro
Estados, inclusive contra seus serviços
pelo Senado Federal.
auxiliares, sem prejuízo da competência
disciplinar e correicional da instituição,
podendo avocar processos disciplinares
- Os membros do Conselho oriundos do
em curso, determinar a remoção, a
Ministério Público serão indicados
disponibilidade ou a aposentadoria com
pelos respectivos Ministérios Públicos,
subsídios ou proventos proporcionais
na forma da lei.
ao tempo de serviço e aplicar outras
sanções administrativas, assegurada
ampla defesa;
IV rever, de ofício ou mediante
provocação, os processos disciplinares
de membros do Ministério Público da
União ou dos Estados julgados há
menos de um ano;
V elaborar relatório anual, propondo as
providências que julgar necessárias
sobre a situação do Ministério Público
no País e as atividades do Conselho, o
qual deve integrar a mensagem prevista
no art. 84, XI.

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DISPOSITIVOS LEGAIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros nomeados pelo Presidente da
República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida
uma recondução, sendo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
I o Procurador-Geral da República, que o preside;
II quatro membros do Ministério Público da União, assegurada a representação de cada uma de suas carreiras;
III três membros do Ministério Público dos Estados;
IV dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior Tribunal de Justiça;
V dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VI dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado
Federal.
§ 1º Os membros do Conselho oriundos do Ministério Público serão indicados pelos respectivos Ministérios Públicos, na
forma da lei.
§ 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério
Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo lhe:
I zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de
sua competência, ou recomendar providências;
II zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos
praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar
prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos
Tribunais de Contas;
III receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive
contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da instituição, podendo avocar
processos disciplinares em curso, determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos
proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;
IV rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do Ministério Público da União ou dos
Estados julgados há menos de um ano;
V elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação do Ministério Público no País e
as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI.
§ 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os membros do Ministério Público que o
integram, vedada a recondução, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pela lei, as seguintes:

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I receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do Ministério Público e dos seus serviços
auxiliares;
II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral;
III requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de órgãos do
Ministério Público.
§ 4º O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil oficiará junto ao Conselho.
§ 5º Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes para receber reclamações e
denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares,
representando diretamente ao Conselho Nacional do Ministério Público.
LEI Nº 11.372, DE 28 DE NOVEMBRO DE 2006.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Os membros do Conselho Nacional do Ministério Público oriundos do Ministério Público da União serão escolhidos
pelo Procurador-Geral de cada um dos ramos, a partir de lista tríplice composta por membros com mais de 35 (trinta e cinco)
anos de idade, que já tenham completado mais de 10 (dez) anos na respectiva Carreira.
§ 1º As listas tríplices serão elaboradas pelos respectivos Colégios de Procuradores do Ministério Público Federal, do
Ministério Público do Trabalho e do Ministério Público Militar, e pelo Colégio de Procuradores e Promotores de Justiça do
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.
§ 2º O nome escolhido pelo Procurador-Geral de cada um dos ramos será encaminhado ao Procurador-Geral da República,
que o submeterá à aprovação do Senado Federal.
Art. 2º Os membros do Conselho Nacional do Ministério Público oriundos dos Ministérios Públicos dos Estados serão
indicados pelos respectivos Procuradores-Gerais de Justiça, a partir de lista tríplice elaborada pelos integrantes da Carreira de
cada instituição, composta por membros com mais de 35 (trinta e cinco) anos de idade, que já tenham completado mais de
10 (dez) anos na respectiva Carreira.
Parágrafo único. Os Procuradores-Gerais de Justiça dos Estados, em reunião conjunta especialmente convocada e realizada
para esse fim, formarão lista com os 3 (três) nomes indicados para as vagas destinadas a membros do Ministério Público dos
Estados, a ser submetida à aprovação do Senado Federal.
Art. 3o Durante o exercício do mandato no Conselho Nacional do Ministério Público, ao membro do Ministério Público é
vedado:
I – integrar lista para promoção por merecimento;
II – integrar lista para preenchimento de vaga reservada a membro do Ministério Público na composição do Tribunal;
III – integrar o Conselho Superior e exercer a função de Corregedor;
IV – integrar lista para Procurador-Geral.
Art. 4o Compete ao Conselho Superior de cada Ministério Público estabelecer o procedimento para a elaboração das listas
tríplices mencionadas nos arts. 1o e 2o desta Lei.
Art. 5o (VETADO)
Art. 6o (Revogado pela Lei nº 11.967, de 2009)
Art. 7o Ficam criados os cargos efetivos nas Carreiras de Analista e Técnico do Ministério Público da União para atender a
estrutura do Conselho Nacional do Ministério Público, conforme o Anexo III desta Lei.
Parágrafo único. O provimento dos cargos efetivos de Analista e Técnico poderá ser efetuado com a nomeação de
candidatos já aprovados em concursos públicos realizados pelo Ministério Público da União.
Art. 8o O Conselho Nacional do Ministério Público poderá utilizar a estrutura administrativa da Procuradoria-Geral da
República para atender as suas necessidades gerenciais, operacionais e de execução orçamentária.
Art. 9o (VETADO)
Art. 10. Aos Conselheiros são asseguradas as prerrogativas conferidas em lei aos membros do Ministério Público.
Art. 11. As despesas decorrentes da aplicação desta Lei correrão à conta das dotações orçamentárias do Conselho Nacional

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do Ministério Público, e seus efeitos financeiros retroagirão à data de sua implantação.


Art. 12. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

QUESTÕES DE CONCURSOS

1. (CESPE- 2013- MPU- TÉCNICO DO MPU) No que se refere ao MPU, julgue o item a seguir. A destituição, pelo
presidente da República, do procurador-geral da República depende de autorização da maioria absoluta do Congresso
Nacional.

2. (CESPE- 2010- MPU- Analista- Contador) A destituição do procurador-geral de justiça do Distrito Federal e territórios
exige a deliberação da maioria absoluta dos membros da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

3. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial) A Constituição Federal confere ao Ministério Público autonomia para
elaborar sua proposta orçamentária anual, que deverá consistir nos valores aprovados na lei orçamentária em vigor,
ajustados até os novos limites estabelecidos pela lei de diretrizes orçamentárias.

4. (CESPE- 2015- MPU- Técnico- Seg. Transporte) No que se refere aos vários MPs, ao procurador-geral da República e aos
demais procuradores-gerais, julgue o próximo item. Com carreiras independentes entre si e com organizações próprias,
o MP junto ao TCU e o MPF integram o MPU.

5. (CESPE - 2012 - TRE-RJ - Técnico Judiciário) Entre as garantias asseguradas pela CF aos membros do Ministério Público
se inclui a inamovibilidade; no entanto, por motivo de interesse público, mediante decisão judicial, o Membro do
Ministério Público poderá ser removido do cargo ou função.

6. (CESPE- 2010- MPU- Analista- Contador) O princípio do promotor natural decorre da independência funcional e da
garantia da inamovibilidade dos membros da instituição.

7. (CESPE- 2010- MPU- Analista Processual) Pelo princípio da indivisibilidade, há possibilidade de um procurador substituir
outro no exercício de suas funções.

8. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial) Compete privativamente ao MP promover o inquérito civil e a ação civil
pública para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos.

9. ( CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário) O Conselho Nacional do Ministério Público, presidido pelo procurador-geral
da República, é o órgão máximo do Ministério Público da União e atua junto ao Supremo Tribunal Federal.

10. (CESPE- 2016- TCE-PA- AUDITOR DE CONT. EXTERNO) Com relação às competências do Poder Judiciário e do
Ministério Público, julgue o item que se segue. Cabe ao próprio Ministério Público a iniciativa de propor ao Poder
Legislativo a edição de lei ordinária que disponha sobre a criação e a extinção de seus cargos e serviços auxiliares, bem
como sobre a política remuneratória e seus planos de carreira.

GABARITO:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

E E E E E C C E E C

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