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CONCURSO:
profalidianecoutinho
@lidianecoutinho
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP: 1 Ministério Público da União. 1.1 Lei Orgânica do Ministério Público da União (Lei
Complementar nº 75/1993). 1.2 Perfil constitucional do Ministério Público e suas funções institucionais. 1.3 Conceito. 1.4
Princípios institucionais. 1.5 A autonomia funcional e 19 administrativa. 1.6 A iniciativa legislativa. 1.7 A elaboração da proposta
orçamentária. 1.8 Os vários Ministérios Públicos. 1.9 O Procurador-Geral da República: requisitos para a investidura e
procedimento de destituição. 1.10 Os demais Procuradores-Gerais. 1.11 Funções exclusivas e concorrentes. 1.12 Membros:
ingresso na carreira, promoção, aposentadoria, garantias, prerrogativas e vedações. 2 Conselho Nacional do Ministério Público
(CNMP). 2.1 Composição. 2.2 Atribuições constitucionais.
O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, sendo responsável pela
defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
Aparece na Constituição Federal no capítulo das funções essenciais à Justiça, sem vinculação funcional com
quaisquer dos Poderes do Estado.
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LEGISLAÇÃO DO MPU PARA CONCURSOS
| Módulo 1 – Profa. Lidiane Coutinho
OS: 0102/8/18-Gil
ATENÇÃO:
Antes da CF de 1988 o MP integrou o Poder Judiciário (CF de 1967)
e o Poder Executivo (CF de 1969).
MINISTÉRIO PÚBLICO
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OS: 0102/8/18-Gil
O Ministério Público abrange o Ministério Público da União e os Ministérios Públicos dos Estados.
O Ministério Público da União é uma instituição que acomoda quatro diferentes ramos, com áreas de atuação,
organização e administração distintas: o Ministério Público Federal, o Ministério Público do Trabalho, o Ministério Público
Militar e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. Pode-se dizer que o MPU não tem uma, e sim várias sedes. A
Procuradoria Geral da República é a sede administrativa do MPF, situada em Brasília. Não existe o MPU em determinado
local, com existência concreta e separada de seus ramos. O MPU engloba diferentes Ministérios Públicos, mas não existe por
si só.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 128. O Ministério Público abrange:
I - o Ministério Público da União, que compreende:
a) o Ministério Público Federal;
b) o Ministério Público do Trabalho;
c) o Ministério Público Militar;
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;
II - os Ministérios Públicos dos Estados.
§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República
dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos
membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução.
§ 2º A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República, deverá ser precedida de
autorização da maioria absoluta do Senado Federal.
§ 3º Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice dentre integrantes da
carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo,
para mandato de dois anos, permitida uma recondução.
§ 4º Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos por deliberação da
maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva.
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MINISTÉRIO PÚBLICO
PROCURADOR DA REPÚBLICA,
MPF PROCURADOR REGIONAL DA REPÚBLICA E
SUBPROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA
PROCURADOR DO TRABALHO
MPT PROCURADOR REGIONAL DO TRABALHO E
SUBPROCURADOR GERAL DO TRABALHO
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CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 129 § 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão residir na
comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45,
de 2004)
§ 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a
participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos
de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação. (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 45, de 2004)
§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45,
de 2004)
§ 5º A distribuição de processos no Ministério Público será imediata. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
PRINCÍPIOS
INSTITUCIONAIS
INDEPENDÊNCIA
UNIDADE INDIVISIBILIDADE
FUNCIONAL
NÃO CONFUNDIR:
INSTITUIÇÃO MEMBRO DO MP
PRINCÍPIO DO PROMOTOR NATURAL:
Esse princípio não está expresso na Constituição, mas foi reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal como decorrente da
independência funcional e da inamovibilidade dos integrantes do Ministério Público. De acordo com esse princípio, a chefia
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da instituição não pode efetuar designações casuísticas, afastando um procurador e designando outro para atuar em
determinada causa. Assim, os procuradores que atuam no ofício do meio ambiente, por exemplo, recebem todos os
processos cíveis que tratem desse assunto. Eles são os promotores naturais desses processos, dos quais somente se afastam
quando se declaram impedidos por algum dos motivos previstos em lei, ou quando mudam de área ou cidade. Em outras
palavras, somente o promotor natural pode atuar no processo.
JURISPRUDÊNCIA
STF- HC 102147 / GO – GOIÁS
HABEAS CORPUS
Relator(a): Min. CELSO DE MELLO
Julgamento: 16/12/2010
DECISÃO:
(...) O Supremo Tribunal Federal, ao julgar o HC 67.759/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO, reconheceu a existência do princípio
do Promotor Natural em nosso ordenamento constitucional, em decisão que, proferida pelo Plenário desta Corte, está assim
ementada: “o postulado do Promotor Natural, que se revela imanente ao sistema constitucional brasileiro, repele, a partir da
vedação de designações casuísticas efetuadas pela Chefia da Instituição, a figura do acusador de exceção.
Esse princípio consagra uma garantia de ordem jurídica destinada tanto a proteger o membro do Ministério Público, na
medida em que lhe assegura o exercício pleno e independente do seu ofício, quanto a tutelar a própria coletividade, a quem
se reconhece o direito de ver atuando, em quaisquer causas, apenas o Promotor cuja intervenção se justifique a partir de
critérios abstratos e pré-determinados estabelecidos em lei. A matriz constitucional desse princípio assenta-se nas cláusulas
da independência funcional e da inamovibilidade dos membros da Instituição. O postulado do Promotor Natural limita, por
isso mesmo, o poder do Procurador-Geral que, embora expressão visível da unidade institucional, não deve exercer a Chefia
do Ministério Público de modo hegemônico e incontrastável. (...).” A consagração constitucional do princípio do Promotor
Natural significou o banimento de “manipulações casuísticas ou designações seletivas efetuadas pela Chefia da Instituição”
(HC 71.429/SC, Rel. Min. CELSO DE MELLO), em ordem a fazer suprimir, de vez, a figura esdrúxula do “acusador de exceção”
(HC 67.759/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO).
AUTONOMIA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 127 § 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o disposto no
art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso
público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização
e funcionamento. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias.
§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo estabelecido na lei de
diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os
valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 3º. (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma
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do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações
que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a
abertura de créditos suplementares ou especiais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
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DISPOSITIVOS LEGAIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 128 § 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais,
estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus
membros:
I - as seguintes garantias:
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado;
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério
Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III,
153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
II - as seguintes vedações:
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas processuais;
b) exercer a advocacia;
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério;
e) exercer atividade político-partidária; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas,
ressalvadas as exceções previstas em lei. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único, V. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
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JURISPRUDÊNCIA
STF- REPERCUSSÃO GERAL - Promotor: Exercício de Atividade Político-Partidária e Reeleição após a EC 45/2004 – 1
RE 597994/PA, rel. orig. Min. Ellen Gracie, rel. p/ o acórdão Min. Eros Grau, 4.6.2009. (RE-597994)
O Tribunal, por maioria, deu provimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão do Tribunal Superior Eleitoral -
TSE que, dando provimento a recursos especiais eleitorais, indeferira o registro da candidatura da ora recorrente ao cargo de
Prefeita, ao fundamento de ser ela inelegível, em razão de pertencer a Ministério Público estadual, estando dele licenciada,
mas não afastada definitivamente. Alegava a recorrente ofensa aos artigos 5º, XXXVI, 14, § 5º, e 128, § 5º, II, e, da CF.
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Sustentava, em síntese, que os membros do Ministério Público que ingressaram na carreira após 1988 e que já estavam no
exercício de mandato eletivo quando do advento da EC 45/2004 possuiriam direito adquirido à reeleição, e que referida
emenda, ao estabelecer limitações à atividade político-partidária de membros do Ministério Público, não poderia
comprometer esse direito adquirido. Na espécie, a ora recorrente ingressara na carreira do Ministério Público em 14.8.90.
Tendo se licenciado do cargo para concorrer às eleições de 2004, exercera o mandato de Prefeita no período de 2005 a 2008.
Em 2008, concorrera à reeleição ao cargo, ainda vinculada ao Ministério Público, saindo-se vencedora. O registro da
candidatura fora deferido perante o juízo eleitoral e mantido pelo Tribunal Regional Eleitoral - TRE, tendo o TSE cassado
essas decisões. Preliminarmente, por votação majoritária, reconheceu-se a repercussão geral da matéria debatida.
Asseverou-se haver uma questão constitucional evidente, já que tudo teria sido decidido com base em normas
constitucionais, que repercutiria para além dos direitos subjetivos questionados. Considerou-se que não só poderia haver
repetição em outros casos, como que, na situação dos autos, cuidar-se-ia, também, do direito de eleitores que exerceram
seu direito/dever de votar, acreditando no sistema então vigente. Vencidos, no ponto, a Min. Ellen Gracie, relatora, e os
Ministros Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa e Cezar Peluso, que não vislumbravam a existência dessa repercussão geral
e, salientando tratar-se de hipótese excepcionalíssima e irreproduzível, reputavam que a análise do direito adquirido
questionado estaria limitada pelo aspecto temporal, não sendo aplicável a eleições posteriores à citada emenda
constitucional. Quanto ao mérito, entendeu-se estar-se diante de uma situação especial, ante a ausência de regras de
transição para disciplinar a situação fática em questão, não abrangida pelo novo regime jurídico instituído pela EC 45/2004.
Tendo em conta que a recorrente estava licenciada, filiada a partido político, já tendo sido eleita para exercer o cargo de
Prefeita na data da publicação dessa emenda, concluiu-se que ela teria direito, não adquirido, mas atual à recandidatura, nos
termos do § 5º do art. 14 da CF (“O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e
quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período
subseqüente.”). Vencidos, no mérito, a Min. Ellen Gracie, relatora, e os Ministros Joaquim Barbosa, Cezar Peluso e Celso de
Mello, que negavam provimento ao recurso. Ressaltaram que, antes da EC 45/2004, admitia-se que, licenciado, o membro do
parquet podia se filiar e concorrer, mas que, após tal emenda em face da absoluta proibição da atividade político-partidária
por membros do Ministério Público, prevista no art. 128, § 5º, II, e, da CF, de aplicação imediata e linear, se desejasse exercer
atividade político-partidária, deveria exonerar-se ou aposentar-se, não havendo se falar em direito adquirido ao regime
anterior à emenda, para beneficiar a recorrente, nem em direito dela ou do eleitorado assegurado pela norma viabilizadora
da reeleição. Aduziram que, a cada eleição, para requerer o registro de sua candidatura, o postulante a cargo eletivo deveria
demonstrar a satisfação das condições de elegibilidade, o que não se dera no caso. RE 597994/PA, rel. orig. Min. Ellen
Gracie, rel. p/ o acórdão Min. Eros Grau, 4.6.2009. (RE-597994).
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta
Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia;
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de
outros interesses difusos e coletivos;
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos
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Qualquer cidadão ou entidade pode se dirigir ao Conselho Nacional do Ministério Público para fazer reclamações contra
membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares.
DO CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Da Composição Da Competência Da Corregedoria
- Compõe-se de quatorze membros - Compete ao Conselho Nacional do - O Conselho escolherá, em votação
nomeados pelo Presidente da Ministério Público o controle da secreta, um Corregedor nacional,
República, depois de aprovada a atuação administrativa e financeira do dentre os membros do Ministério
escolha pela maioria absoluta do Ministério Público e do cumprimento Público que o integram, vedada a
Senado Federal, para um mandato de dos deveres funcionais de seus recondução, competindo-lhe, além das
dois anos, admitida uma recondução, membros, cabendo-lhe: atribuições que lhe forem conferidas
sendo: pela lei, as seguintes:
I zelar pela autonomia funcional e
I o Procurador-Geral da República, que administrativa do Ministério Público, I receber reclamações e denúncias, de
o preside; podendo expedir atos regulamentares, qualquer interessado, relativas aos
no âmbito de sua competência, ou membros do Ministério Público e dos
II quatro membros do Ministério
recomendar providências; seus serviços auxiliares;
Público da União, assegurada a
representação de cada uma de suas II zelar pela observância do art. 37 e II exercer funções executivas do
carreiras; apreciar, de ofício ou mediante Conselho, de inspeção e correição
provocação, a legalidade dos atos geral;
III três membros do Ministério Público
administrativos praticados por
dos Estados; III requisitar e designar membros do
membros ou órgãos do Ministério
Ministério Público, delegando-lhes
IV dois juízes, indicados um pelo Público da União e dos Estados,
atribuições, e requisitar servidores de
Supremo Tribunal Federal e outro pelo podendo desconstituí-los, revê-los ou
órgãos do Ministério Público.
Superior Tribunal de Justiça; fixar prazo para que se adotem as
providências necessárias ao exato
V dois advogados, indicados pelo
cumprimento da lei, sem prejuízo da
Conselho Federal da Ordem dos
competência dos Tribunais de Contas;
Advogados do Brasil;
III receber e conhecer das reclamações
VI dois cidadãos de notável saber
contra membros ou órgãos do
jurídico e reputação ilibada, indicados
Ministério Público da União ou dos
um pela Câmara dos Deputados e outro
Estados, inclusive contra seus serviços
pelo Senado Federal.
auxiliares, sem prejuízo da competência
disciplinar e correicional da instituição,
podendo avocar processos disciplinares
- Os membros do Conselho oriundos do
em curso, determinar a remoção, a
Ministério Público serão indicados
disponibilidade ou a aposentadoria com
pelos respectivos Ministérios Públicos,
subsídios ou proventos proporcionais
na forma da lei.
ao tempo de serviço e aplicar outras
sanções administrativas, assegurada
ampla defesa;
IV rever, de ofício ou mediante
provocação, os processos disciplinares
de membros do Ministério Público da
União ou dos Estados julgados há
menos de um ano;
V elaborar relatório anual, propondo as
providências que julgar necessárias
sobre a situação do Ministério Público
no País e as atividades do Conselho, o
qual deve integrar a mensagem prevista
no art. 84, XI.
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DISPOSITIVOS LEGAIS
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros nomeados pelo Presidente da
República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida
uma recondução, sendo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
I o Procurador-Geral da República, que o preside;
II quatro membros do Ministério Público da União, assegurada a representação de cada uma de suas carreiras;
III três membros do Ministério Público dos Estados;
IV dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior Tribunal de Justiça;
V dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VI dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos Deputados e outro pelo Senado
Federal.
§ 1º Os membros do Conselho oriundos do Ministério Público serão indicados pelos respectivos Ministérios Públicos, na
forma da lei.
§ 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério
Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros, cabendo lhe:
I zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos regulamentares, no âmbito de
sua competência, ou recomendar providências;
II zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos atos administrativos
praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar
prazo para que se adotem as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos
Tribunais de Contas;
III receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União ou dos Estados, inclusive
contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e correicional da instituição, podendo avocar
processos disciplinares em curso, determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos
proporcionais ao tempo de serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;
IV rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do Ministério Público da União ou dos
Estados julgados há menos de um ano;
V elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação do Ministério Público no País e
as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista no art. 84, XI.
§ 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os membros do Ministério Público que o
integram, vedada a recondução, competindo-lhe, além das atribuições que lhe forem conferidas pela lei, as seguintes:
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I receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do Ministério Público e dos seus serviços
auxiliares;
II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral;
III requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes atribuições, e requisitar servidores de órgãos do
Ministério Público.
§ 4º O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil oficiará junto ao Conselho.
§ 5º Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes para receber reclamações e
denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Ministério Público, inclusive contra seus serviços auxiliares,
representando diretamente ao Conselho Nacional do Ministério Público.
LEI Nº 11.372, DE 28 DE NOVEMBRO DE 2006.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Os membros do Conselho Nacional do Ministério Público oriundos do Ministério Público da União serão escolhidos
pelo Procurador-Geral de cada um dos ramos, a partir de lista tríplice composta por membros com mais de 35 (trinta e cinco)
anos de idade, que já tenham completado mais de 10 (dez) anos na respectiva Carreira.
§ 1º As listas tríplices serão elaboradas pelos respectivos Colégios de Procuradores do Ministério Público Federal, do
Ministério Público do Trabalho e do Ministério Público Militar, e pelo Colégio de Procuradores e Promotores de Justiça do
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.
§ 2º O nome escolhido pelo Procurador-Geral de cada um dos ramos será encaminhado ao Procurador-Geral da República,
que o submeterá à aprovação do Senado Federal.
Art. 2º Os membros do Conselho Nacional do Ministério Público oriundos dos Ministérios Públicos dos Estados serão
indicados pelos respectivos Procuradores-Gerais de Justiça, a partir de lista tríplice elaborada pelos integrantes da Carreira de
cada instituição, composta por membros com mais de 35 (trinta e cinco) anos de idade, que já tenham completado mais de
10 (dez) anos na respectiva Carreira.
Parágrafo único. Os Procuradores-Gerais de Justiça dos Estados, em reunião conjunta especialmente convocada e realizada
para esse fim, formarão lista com os 3 (três) nomes indicados para as vagas destinadas a membros do Ministério Público dos
Estados, a ser submetida à aprovação do Senado Federal.
Art. 3o Durante o exercício do mandato no Conselho Nacional do Ministério Público, ao membro do Ministério Público é
vedado:
I – integrar lista para promoção por merecimento;
II – integrar lista para preenchimento de vaga reservada a membro do Ministério Público na composição do Tribunal;
III – integrar o Conselho Superior e exercer a função de Corregedor;
IV – integrar lista para Procurador-Geral.
Art. 4o Compete ao Conselho Superior de cada Ministério Público estabelecer o procedimento para a elaboração das listas
tríplices mencionadas nos arts. 1o e 2o desta Lei.
Art. 5o (VETADO)
Art. 6o (Revogado pela Lei nº 11.967, de 2009)
Art. 7o Ficam criados os cargos efetivos nas Carreiras de Analista e Técnico do Ministério Público da União para atender a
estrutura do Conselho Nacional do Ministério Público, conforme o Anexo III desta Lei.
Parágrafo único. O provimento dos cargos efetivos de Analista e Técnico poderá ser efetuado com a nomeação de
candidatos já aprovados em concursos públicos realizados pelo Ministério Público da União.
Art. 8o O Conselho Nacional do Ministério Público poderá utilizar a estrutura administrativa da Procuradoria-Geral da
República para atender as suas necessidades gerenciais, operacionais e de execução orçamentária.
Art. 9o (VETADO)
Art. 10. Aos Conselheiros são asseguradas as prerrogativas conferidas em lei aos membros do Ministério Público.
Art. 11. As despesas decorrentes da aplicação desta Lei correrão à conta das dotações orçamentárias do Conselho Nacional
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LEGISLAÇÃO DO MPU PARA CONCURSOS
| Módulo 1 – Profa. Lidiane Coutinho
OS: 0102/8/18-Gil
QUESTÕES DE CONCURSOS
1. (CESPE- 2013- MPU- TÉCNICO DO MPU) No que se refere ao MPU, julgue o item a seguir. A destituição, pelo
presidente da República, do procurador-geral da República depende de autorização da maioria absoluta do Congresso
Nacional.
2. (CESPE- 2010- MPU- Analista- Contador) A destituição do procurador-geral de justiça do Distrito Federal e territórios
exige a deliberação da maioria absoluta dos membros da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
3. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial) A Constituição Federal confere ao Ministério Público autonomia para
elaborar sua proposta orçamentária anual, que deverá consistir nos valores aprovados na lei orçamentária em vigor,
ajustados até os novos limites estabelecidos pela lei de diretrizes orçamentárias.
4. (CESPE- 2015- MPU- Técnico- Seg. Transporte) No que se refere aos vários MPs, ao procurador-geral da República e aos
demais procuradores-gerais, julgue o próximo item. Com carreiras independentes entre si e com organizações próprias,
o MP junto ao TCU e o MPF integram o MPU.
5. (CESPE - 2012 - TRE-RJ - Técnico Judiciário) Entre as garantias asseguradas pela CF aos membros do Ministério Público
se inclui a inamovibilidade; no entanto, por motivo de interesse público, mediante decisão judicial, o Membro do
Ministério Público poderá ser removido do cargo ou função.
6. (CESPE- 2010- MPU- Analista- Contador) O princípio do promotor natural decorre da independência funcional e da
garantia da inamovibilidade dos membros da instituição.
7. (CESPE- 2010- MPU- Analista Processual) Pelo princípio da indivisibilidade, há possibilidade de um procurador substituir
outro no exercício de suas funções.
8. (CESPE - 2012 - MPE-PI - Analista Ministerial) Compete privativamente ao MP promover o inquérito civil e a ação civil
pública para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos.
9. ( CESPE - 2012 - TJ-RR - Técnico Judiciário) O Conselho Nacional do Ministério Público, presidido pelo procurador-geral
da República, é o órgão máximo do Ministério Público da União e atua junto ao Supremo Tribunal Federal.
10. (CESPE- 2016- TCE-PA- AUDITOR DE CONT. EXTERNO) Com relação às competências do Poder Judiciário e do
Ministério Público, julgue o item que se segue. Cabe ao próprio Ministério Público a iniciativa de propor ao Poder
Legislativo a edição de lei ordinária que disponha sobre a criação e a extinção de seus cargos e serviços auxiliares, bem
como sobre a política remuneratória e seus planos de carreira.
GABARITO:
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
E E E E E C C E E C
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