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Universidade Federal do Rio Grande

Escola de Química e Alimentos


Operações Unitárias II
Prof. Roberto G. da Silva

Aula 2: Evaporação (Parte 2)


7. Balanços e desempenho em evaporadores Evaporação Pg 2

7.2. Múltiplos efeitos

Variáveis geralmente conhecidas em problemas de evaporação


▪ Vapor saturado: Ps ou Ts
▪ Evaporador 3: P3 ou T3
▪ Alimentação: F e xF
▪ Concentrado final: x3
▪ Calores específicos e entalpias das correntes de líquido e de vapor
▪ U1 , U2 e U3
7. Balanços e desempenho em evaporadores Evaporação Pg 3

7.2. Múltiplos efeitos

As taxas de transferência de calor em cada efeito são obtidas pelas eq. 10, 11 e 12:
▪ 1º Efeito: qሶ 1 = U1 A1 ∆T1 = U1 A1 (Ts − T1 ) (10a) E qሶ 1 = S hfg,S (10b)

▪ 2º Efeito: qሶ 2 = U2 A2 ∆T2 = U2 A2 (T1 − T2 ) (11a) E qሶ 2 = V1 hfg,1 (11b)

▪ 3º Efeito: qሶ 3 = U3 A3 ∆T3 = U3 A3 (T2 − T3 ) (12a) E qሶ 3 = V2 hfg,2 (12b)


7. Balanços e desempenho em evaporadores Evaporação Pg 4

7.2. Múltiplos efeitos


Se os coeficientes globais de transferência de calor forem próximos U1 ≅ U2 ≅ U3 ≅ U e as áreas de
transferência de calor forem iguais (A1 = A2 = A3 = A), teremos:
qሶ 1 ≅ qሶ 2 ≅ qሶ 3 (13) qሶ T = qሶ 1 + qሶ 2 + qሶ 3 (14)

qሶ T = UA(∆T1 + ∆T2 + ∆T3 ) (15) qሶ T = UA[ Ts − T1 + T1 − T2 + (T2 − T3 )] (16)

∆T qሶ T = UA(Ts − T3 ) (17)

Admitindo (em primeira aproximação) que as quantidades de vapor produzidas sejam iguais em cada
efeito:
V = V1 + V2 + V3 (18)

Em geral, os evaporadores industriais de múltiplos efeitos são construídos com áreas iguais em todos
os efeitos. Portanto:
qሶ
= U1 ∆T1 ≅ U2 ∆T2 ≅ U3 ∆T3 (19)
A
7. Balanços e desempenho em evaporadores Evaporação Pg 5

7.2. Múltiplos efeitos


A redução de temperatura em cada efeito produz um aumento nos valores de Ui de modo que:
∆T1 ∆T2 ∆T3 Ts − T3 (20)
≅ ≅ ≅
1 1 1 1 1 1
U1 U2 U3 U1 + U2 + U3

Agora é possível estimar os decréscimos de temperatura em cada efeito:


1
∆Ti Ui
= (21)
∆T 1 1 1
+
U1 U2 U3+

∆T = Ts − T3
i: número do efeito considerado
7. Balanços e desempenho em evaporadores Evaporação Pg 6

7.2. Múltiplos efeitos


Caso exista EPE nos efeitos, estas devem ser consideradas em cada efeito onde ocorre a EPE

Como a variação de temperatura em cada efeito é função da EPE no referido efeito:


∆T1 = Ts − T1 + EPE1 (22) ∆T2 = T1 − T2 + EPE2 (23) ∆T3 = T2 − T3 + EPE3 (24)

Então, o valor de ∆T é obtido subtraindo cada EPE


∆T = ∆T1 + ∆T2 + ∆T3 = Ts − T3 − EPE1 + EPE2 + EPE3 (25)

OBS: Nos casos onde existe EPE, o vapor formado e que é usado no efeito seguinte, condensa nas
correspondentes temperaturas de saturação Ti , e não em na temperatura de superaquecimento Ti ′.
7. Balanços e desempenho em evaporadores Evaporação Pg 7

7.2. Múltiplos efeitos (considerando 3 efeitos e sem EPE)


▪ Desempenho
✓ Economia de vapor EV
Somando todas as quantidades de vapor produzidas, obtém-se a taxa de evaporação total:
N N
qሶ i
෍ Vi = ෍ (26)
hfg (Ti )
i=1 i=1

A economia de vapor de um evaporador de 3 efeitos é calculada sabendo-se as vazões mássicas de


vapor secundário e de vapor primário consumido:
N qሶ i
σ
σNi=1 Vi
i=1 h (T )
fg i V
EV = = = (27)
S qሶ 1 S
hfg (Ts )

Uma vez que o consumo de vapor primário ocorre apenas no 1º efeito, o consumo de vapor é:
qሶ 1
S= (10b)
hfg (Ts )
7. Balanços e desempenho em evaporadores Evaporação Pg 8

7.2. Múltiplos efeitos (considerando 3 efeitos e sem EPE)


▪ Desempenho
✓ Economia de vapor EV
Quanto maior o número de efeitos, maior será a economia de vapor

Valores típicos de economia de vapor para o número de efeitos


Número de efeitos Economia (𝐤𝐠 á𝐠𝐮𝐚/𝐤𝐠 𝐯𝐚𝐩𝐨𝐫)
1 0,9-0,98
2 1,7-1,9
3 2,4-2,8
6 4,6-4,9
Evaporação Pg 9

Problema 6
Um evaporador de três efeitos concentra um líquido sem EPE. No 1º efeito, a temperatura do vapor
de aquecimento é 108 °C e a temperatura de ebulição da solução no último efeito é 52 °C. Sabendo
que os coeficientes globais de transferência de calor em cada efeito (em W/m2 °C) são U1 = 2500,
U2 = 2000 e U3 = 1500, calcule as temperaturas de ebulição das soluções no 1º e no 2º efeitos,
assumindo que as áreas de transferência de calor sejam iguais nos equipamentos.
Resolução:
1) A diferença global de temperatura (1º e 3º efeitos): 4) Substituindo os valores correspondentes, é possível
estimar os decréscimos de temperatura em cada efeito.
∆T = Ts − T3 = 108 − 52 = 56 °C
Então:
2) Assumimos que A1 = A2 = A3 ∆T1 = 14,3 °C
∆T2 = 17,9 °C
3) Então podemos usar a eq. 21
1 5) Logo, as temperaturas nos efeitos 1 e 2 serão:
∆Ti Ui
= T1 = Ts − ∆T1 = 108 − 14,3 = 93,7 °C
∆T 1 1 1
+ + T2 = T1 − ∆T2 = 93,7 − 17,9 = 75,8 °C
U1 U2 U3
8. Dimensionamento: evaporadores de múltiplo efeito Evaporação Pg 10

O dimensionamento é baseado na estimativa da área de transferência de calor. Podemos ter duas


abordagens:
▪ Resolução manual (tentativa e erro)
Método interativo que exige boa intuição do projetista
Cálculos muito extensos se o número de efeitos for significativo

▪ Resolução computacional
Uso de algoritmos adequados

Usando temperaturas e entalpias estimadas, o conjunto de equações pode ser resolvido para obter as
vazões mássicas de líquido e vapor.

Com estes valores, as propriedades termodinâmicas são recalculadas, sendo o procedimento repetido
até haver convergência das soluções.
8. Dimensionamento: evaporadores de múltiplo efeito Evaporação Pg 11

8.1. Procedimento
Considerando um evaporador de triplo efeito e sem EPE:
a) As equações são usadas, para uma primeira aproximação, direcionadas para a obtenção de áreas
de transferência iguais, isto é, A1 = A2 = A3

b) Sabendo P3 e x3 , obtem-se a temperatura de ebulição no último efeito (considera-se a EPE quando


for o caso)

c) Com um balanço global de massa determina-se a quantidade total de vapor secundário gerado.
Assume-se numa primeira aproximação, que são iguais as quantidades de vapor evaporados em cada
efeito (V1 = V2 = V3 )

d) Obtém-se L1 , L2 e L3 por um balanço de massa em cada efeito

e) Calcula-se a concentração de soluto em cada efeito (x1 , x2 e x3 ) através de um balanço de


componentes em cada efeito
8. Dimensionamento: evaporadores de múltiplo efeito Evaporação Pg 12

8.1. Procedimento
Considerando um evaporador de triplo efeito e sem EPE:
f) Estima-se os decréscimos de temperaturas ∆T1 , ∆T2 e ∆T3 , e com estes valores, determina-se as
temperaturas em cada efeito (T1 , T2 e T3 )
∆Ti 1/Ui
= (21)
∆T 1/U1 + 1/U2 + 1/U3

g) Com as composições obtidas no item “e”, determinam-se os calores específicos da alimentação


(cp,F ) e da corrente de líquido do 1º efeito (cp,L1 ) para então determinar as entalpias destas correntes
(hF e hL1 )

h) Determinam-se as entalpias das correntes de vapor secundário em cada Ti (HV1 , HV2 , HV3 e hfg1 ,
hfg2 , hfg3 )

i) Com as temperaturas determinadas no item “f” e com as entalpias dos itens “g” e “h”, faz-se um
balanço de energia para obter a vazão mássica de vapor de aquecimento (S)
8. Dimensionamento: evaporadores de múltiplo efeito Evaporação Pg 13

8.1. Procedimento
Considerando um evaporador de triplo efeito e sem EPE:
j) Calculam-se os valores dos calores transferidos em cada efeito
qሶ 1 = S hfg,s (10b) qሶ 2 = V1 hfg,1 (11b) qሶ 3 = V2 hfg,2 (12b)

k) Com os coeficientes globais de transferência de calor em cada efeito, determinam-se as áreas de


cada efeito (A1 , A2 e A3 )
qሶ 1 qሶ 2 qሶ 3
A1 = (10a) A2 = (11a) A3 = (12a)
U1 ∆T1 U2 ∆T2 U3 ∆T3
8. Dimensionamento: evaporadores de múltiplo efeito Evaporação Pg 14

8.1. Procedimento
Considerando um evaporador de triplo efeito e sem EPE:
l) Calcula-se a área média aritmética das áreas (Am )
A1 + A2 + A3
Am = (28)
3
O cálculo termina se estas áreas forem aproximadamente iguais entre si (erro de até 10%), o que
significa que os ∆Ti estão bem distribuídos nos efeitos
Ai − Am
≤ 0,1 (29)
Am

Para os casos em que as áreas forem diferentes, seguir para o item “m”

m) Corrige-se a área média (A′m ) a qual será usada nos cálculos dos novos valores de ∆Ti′ em cada
efeito

∆T1 A1 + ∆T2 A2 + ∆T3 A3
Am = (30)
∆T1 + ∆T2 + ∆T3
8. Dimensionamento: evaporadores de múltiplo efeito Evaporação Pg 15

8.1. Procedimento
Considerando um evaporador de triplo efeito e sem EPE:
n) Corrige-se a variação de temperatura nos efeitos com base na área média corrigida (A′m ):
′ Ai
∆Ti = ∆Ti ′ (31)
Am

O somatório de ∆Ti′ é o ∆TT (o qual deve ser igual ao somatório das variações de temperatura inicial)
∆T1′ + ∆T2′ + ∆T3′ = ∆TT = ∆T1 + ∆T2 + ∆T3 (32)

o) Com os valores de ∆Ti ′ é possível obter as temperaturas corrigidas em cada efeito (Ti′ ), pois:
T1′ = Ts − ∆T1′ (33) T2′ = T1′ − ∆T2′ (34) T3′ = T2′ − ∆T3′ (35)

p) Com as temperaturas corrigidas em cada efeito, determinam-se os valores das entalpias


correspondentes
8. Dimensionamento: evaporadores de múltiplo efeito Evaporação Pg 16

8.1. Procedimento
Considerando um evaporador de triplo efeito e sem EPE:
q) Após, faz-se um balanço de massa, um balanço de componentes e um balanço de energia em cada
efeito, para calcular as vazões mássicas de líquido (L′i ), de vapor (Vi′ ), vapor de aquecimento (S′) e as
frações de sólido em cada corrente

r) Calculam-se os valores corrigidos de qሶ i ′ (conforme item “j”)

s) Calculam-se os valores corrigidos das áreas Ai ′ e verifica-se o critério da convergência das áreas
(conforme itens “j”, “k” e “l”)

t) Se o critério da convergência não for obedecido, obter novas distribuições de temperatura (∆Ti ′), e
novos valores de temperatura de ebulição em cada efeito (Ti ), e repetir os cálculos até a convergência
das áreas
8. Dimensionamento: evaporadores de múltiplo efeito Evaporação Pg 17

8.1. Procedimento
Ts , P3 , x3 , TA , A, xA , Ui

Balanço massa ∆Ti


Li , Vi , xi Eq. 20

cp,i (Ti , xi ) Ti

hi (Ti , xi , cp,i )

Balanço energia S

qሶ i
Ti ′
Ai

Am

Ai Não Ai − Am Sim
∆Ti′ = ∆Ti ≤ 0,1 Ai , S, Vi , Li
Am Am

Economia de vapor
Evaporação Pg 18

Problema 7
Um evaporador de duplo efeito é usado para concentrar uma solução aquosa a 20°C e 10% (em
massa), que entra no 1º efeito a 10000 kg/h. A solução final concentrada sai a 20% (em massa).
Sabe-se que a solução não apresenta EPE significativo. O vapor de aquecimento entra saturado a
105°C também no 1º efeito, e o vapor gerado no 2º efeito sai a 50°C. Os coeficientes globais de
transferência de calor são (estimados em kJ/h m² °C) U1 = 7534,4 e U2 = 6278,7. Os calores
específicos das soluções em todas as concentrações de operação são próximos aos da água pura.
Calcule:
a) A temperatura e a pressão de trabalho em cada efeito;
b) As quantidades de água evaporadas em cada efeito;
c) As áreas de transferência de calor em cada efeito (admitindo que devam ser aproximadamente
iguais em cada efeito) e a área média.
Respostas:
a) T1 = 75,1°C; T2 = 50°C
b) V1 = 2362 kg/h; V2 = 2638 kg/h
c) A1 = 36,8 m²; A2 = 34,8 m²; Am = 35,8 m²
Evaporação Pg 19

Problema 8
Um evaporador de triplo efeito concentra 22500 kg/h de uma corrente aquosa a 21,8°C com 5% de
açúcar, até atingir 25% de sólidos (ambos em massa), usando vapor saturado (200 kPa). O calor
específico (em kJ/°C kg) de cada solução é dado por cp = 4,19 − 2,35x, onde x é a fração mássica do
soluto. A pressão no interior do último efeito é 15 kPa e os coeficientes globais de transferência de
calor de cada efeito (em W/m2 °C) são U1 = 2319, U2 = 2194 e U3 = 1296. Desprezando a EPE em
cada solução, calcule:
a) A vazão mássica da solução concentrada que sai do 3º efeito;
b) A área de cada efeito, admitindo que devam ser iguais em cada efeito;
c) A vazão mássica de vapor de aquecimento;
d) As temperaturas de ebulição das soluções dentro de cada efeito;
e) A economia de vapor do evaporador;
f) As concentrações no 1º e 2º efeitos.
Respostas:
a) L3 = 4500 kg/h d) T1 = 97°C; T2 = 81,2°C; T3 = 53,9°C
b) Am = 104,3 m² e) EV ≅ 2
c) S = 8936,5 kg/h f) x1 = 0,067; x2 = 0,104

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