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Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro - UENF

Laboratório de Engenharia e Exploração de Petróleo – LENEP

LEP 01363 - Métodos Geofísicos Experimentais

RELATÓRIO 3 – ELETRO-RESISTIVIDADE

Professor: Marco Antônio Rodrigues de Ceia


Aluno: Mateus Ventura dos Santos

Macaé – Dezembro/2018
SUMÁRIO:

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................3
2. TEORIA ..................................................................................................................................3
4. METODOLOGIA ...................................................................................................................4
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES .........................................................................................5
6. CONCLUSÕES.......................................................................................................................5

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1. INTRODUÇÃO

A determinação da resistividade e como ela se comporta em subsuperfície é de fundamental


importância para as atividades de exploração e produção de petróleo. Através das leituras de
resistividade é possível determinar informações como contato água-óleo e zonas com possíveis
acumulações de hidrocarbonetos.

No entanto, um dos problemas mais críticos na indústria do petróleo é a estimativa de


propriedades petrofísicas devido ao caráter heterogêneo dos reservatórios. Este problema se torna
ainda mais difícil de ser resolvido quando se trata da resistividade, que é um dos parâmetros
petrofísicos mais importantes e sensíveis organização de poros nas rochas.

Este relatório objetiva apresentar os resultados obtidos provenientes do experimento de Eletro-


Resistividade performados no LENEP e discutir a importância e aplicação do estudo da matéria
para a indústria do petróleo.

2. TEORIA

A resistividade elétrica (ρ) é uma propriedade física que relaciona a capacidade de permitir ou
não a passagem de corrente elétrica em um determinado material ou meio. Quanto menor o valor
da resistividade, mais facilidade a carga elétrica terá para percorrer o material. Este parâmetro é
função da natureza e do estado físico do material no qual a corrente elétrica passa.

A resistividade ρ, em ohm x m (Ω .m), deste material, é dada por

𝐴
𝜌= 𝑅
𝐿
Em que A é a área da seção transversal por onde passa a corrente elétrica, L é o comprimento
do material e R a resistência elétrica.

Além disso, Archie desenvolveu uma relação entre porosidade, saturação de água e duas
constantes, m e n, que determinou-se como sendo fatores geométricos da rocha, m o expoente de
cimentação e n o expoente de saturação. A equação empírica de Archie é dada por:

𝑎 𝑅𝑜
𝐹= 𝑚
=
∅ 𝑅𝑤

A resistividade é utilizada no âmbito de perfilagem de poços, para determinação da


permoporosidade de formações de acordo com o grau de invasão de lama. Altos valores de
resistividade podem indicar a presença de óleo, uma vez que o óleo possui uma solubilidade de
sais muito baixa, tornando-o pouco condutivo e muito resistivo. Já baixos valores de resistividade
indicam a presença de água salgada, pois nela estão presentes mais íons. Além disso, a resistividade
é um importante fator na análise da litologia de uma formação. Carbonatos por exemplo tem
resistividade média de 50 a 100 Ω .m enquanto folhelhos podem ter resistividades menores devido
à presença de mais água quando hidratadas.
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Para que os valores de resistividade das rochas pudessem ser determinados desenvolveram-se
tecnologias que permitissem calcular essa propriedade, sendo um dos métodos mais utilizados o
da eletrorresistividade.
A eletrorresistividade é um método geoelétrico que se baseia na determinação da resistividade
elétrica dos materiais, sendo utilizado nos mais variados campos de aplicação das geociências, ainda
mais na área de exploração de petróleo. O Método Geofísico de Eletro-resistividade é performado
construindo-se um circuito, que será atravessado por uma corrente elétrica no solo, por meio de um par
de eletrodos. Assim, o potencial resultante poderá ser verificado utilizando-se de outro par de eletrodos.
Uma representação do método pode ser vista na figura 1.

Figura 1: Esquema representativo da técnica de eletrorresistividade

Para o experimento em questão, utilizou-se o arranjo Schlumberger e para determinar a


resistividade, a fórmula descrita abaixo foi utilizada:

𝜋 𝐴𝐵 2 ∆𝑉
𝜌= ( )
𝑀𝑁 2 𝑙

3. OBJETIVOS

O presente experimento tem por objetivo, portanto, adquirir alguns conhecimentos básicos
sobre as técnicas de medição de resistividade, especificamente a eletro-resistividade, utilizando-se
o arranjo Schlumberger.

4. METODOLOGIA

Para o experimento foram utilizados os seguintes equipamentos: Resistivímetro, Eletrodos,


cabos de ligação dos eletrodos, Bateria, Cabos de ligação da bateria, Bomba com salmoura, trena e
GPS portátil.

No arranjo do experimento, quatro eletrodos, aqui denominados A, M, N, B foram dispostos


na superfície, os eletrodos de corrente A e B apresentando uma separação que aumentava à
medida que o experimento fosse sendo feito e os eletrodos de potencial M e N permanecendo
fixos durante o desenvolvimento do ensaio.

Conforme a distância entre os eletrodos A e B fosse incrementada, a profundidade investigada


aumenta e assim, o sinal ΔV se torna bastante pequeno, causando uma maior a imprecisão dos

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dados medidos. Para que este efeito seja minimizado, utiliza-se um intervalo inicial MN e várias
medições com diferentes valores de AB são feitos, para, em seguida, aumentar a distância MN,
evitando deslocar ao mesmo tempo os eletrodos de corrente e de potencial.
Para o nosso experimento, o valor inicial de MN foi 0,5m, sendo que se a voltagem
inicial é tão baixa que o instrumento não consegue registrar. Dessa forma foi necessário fazer um
aumento no espaçamento MN. AB foi iniciado com 2,5m e seguidamente aumentado para 5m,
10m, 20m e 40m.

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Utilizando-se a equação do arranjo Schlumberger e com os dados obtidos no experimento,


construiu-se a tabela abaixo com os resultados:

MN AB ΔV I ρa
0.5 1.25 194.5 139 3.43
0.5 2.5 180.75 135.34 13.73
0.5 5 33.25 17.23 52.04
0.5 10 91.35 185.5 294.25
0.5 20 23.47 226.75 309.19

Com esses dados, foi possível construir um gráfico de AB/2 vs resistividade aparente. É possível
perceber que a resistividade aparente aumenta com a profundidade das camadas, já que com o
aumento da distância entre os eletrodos aumenta-se também a profundidade de investigação.

6. CONCLUSÕES

Pode-se concluir, com os experimentos, que a utilização do método de Eletrorresistividade


através do método Schlumberger mostrou que para um aumento na distância AB/2 há também
um aumento nos valores da resistividade. Esse aumento ocorre, devido ao aumento da
profundidade investigada com o aumento da distância.
Esse resultado foi obtido, pois à medida que a profundidade de investigação aumenta a
porosidade por soterramento diminui, reduzindo portanto a quantidade de água que satura esse
meio poroso, resultando em uma maior resistividade nas rochas.

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