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Entende- se por pré -avaliação, a fase do processo de AIA, pelo qual se seleccionam as
actividades que necessitam ou não de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA) bem como o nível
de sua avaliação, quer seja completo ou simplificado. Esta fase envolve o julgamento sobre os
impactos esperados de uma proposta serem ou não significativos sobre o ambiente de
implantação.
A pré- avaliação é importante porque algumas actividades identificadas não possuem impactos
significativos sobre o ambiente, e portanto podem ser implantadas, enquanto outras possuem
impactos significativos sobre o ambiente biofísico, social, cultural e saúde humana.
Esta fase deve ser realizada bem cedo do início do ciclo de desenvolvimento da proposta para
que os proponentes estejam informados das suas obrigações e dos passos a seguir.
Os métodos para a pré- avaliação podem compreender uma avaliação caso por caso por parte dos
decisores, um exame inicial do ambiente, o uso de uma lista mandatária de actividades e a lista
de exclusão de actividades.
Para as actividades que não cabem nos casos acima mencionados deverão passar por uma
avaliação caso a caso tendo em conta as características da actividade e seus potenciais impactos,
a área de inserção, as preocupações públicas com relação a actividade e às políticas de gestão
ambiental e outros requisitos aplicáveis.
Para o efeito, vários são os metodos que podem ser usados na definição do âmbito, dentre eles a
(1) identificação de preocupações científicas e das comunidades em relação a proposta da
actividade, (2) avaliação dessas preocupações para determinar as questões significantes para o
Estudo do Impacto Ambiental (e eliminação das questões insignificantes) e (3) a organização e
comunicação dessa informação para apoiar a análise das questões e tomada de decisão.
A fase de definição do âmbito serve para facilitar a realização do EIA, focando para as questões
chave, preocupações e alternativas que necessitam de investigação adicional, reduzindo assim as
deficiências dos estudos, o tempo para a sua elaboração e aprovação, poupando dinheiro,
evitando a colecta excessiva de dados ou omissão de informação relevante.
2. Quais são as alternativas que deveriam ser consideradas para uma determinada actividade
3. Descreva a informação que deveria ser incluída nos Termos de Referência para o EIA.
8.3. Avaliação
A pré -avaliação determina se uma proposta necessita ou não de um estudo, enquanto que a
definição do âmbito identifica as questões importantes para investigação detalhada no estudo do
impacto ambiental, garantindo que o tempo e dinheiro não são gastos em questões irrelevantes.
Na avaliação ocorre a maior parte do trabalho de avaliação dos impactos e compreende três
principais tarefas:
2. Análise detalhada dos impactos para determinar a sua natureza, magnitude, extensão e
efeitos.
3. Julgamento da significância dos impactos (quer seja ou não importante e as medidas para
a sua mitigação)
A avaliação deve ser devidamente planificada e gerida de forma correcta para que os resultados
esperados sejam devidamente alcançados. Para tal, as seguintes fases são importantes considerar
(1) a metodologia para a planificação e condução do EIA, (2) o desenvolvimento da proposta, (3)
a formação da equipa interdisciplinar, (4) a selecção do líder da equipe interdisciplinar, (5) a
gestão geral do EIA, e (6) controlo fiscal.
I) Elaboração do relatório
A escrita de um relatório deve ser de tal maneira que os capítulos focam aspectos essências do
EIA, seja perceptível e claro para um não especialista na área. A lei do ambiente, o Regulamento
sobre o processo de AIA e Directiva Geral para EIA apresenta um formato que deve ser seguido
para a elaboração dos REIAs.
Para esta segunda etapa deve ser preparado um cronograma de acções sequenciadas para o EIA e
o respectivo orçamento. Os custos de um EIA variam em função da sua complexidade, natureza,
características do ambiente de inserção da actividade entre outros aspectos. Os custos devem
incluir as etapas, as viagens de campo, os honorários dos técnicos envolvidos, a calendarização
das actividades. De notar que os custos podem subir quando (1) haver necessidade de extensão
do período para a recolha adicional de dados e informação, (2) mudança do desenho da
actividade, (3) necessidade de conduzir estudos da situação de referencia, (4) há controvérsias ou
conflitos de interesse e, (5) descoberta de fatalidades ou riscos que impeçam a implementação da
actividade.
A equipe que vai conduzir a avaliação deve ser interdisciplinar ao invés de multidisciplinar, pois
esta ultima denota que os indivíduos versados em diferentes matérias trabalham juntos sem
interligação específica previamente estabelecida.
Uma equipe interdisciplinar para a condução de um EIA deve ser a entidade temporária indicada
e estabelecida para alcançar um propósito identificado, o de conduzir um EIA de uma proposta
de actividade.
O líder de uma equipe interdisciplinar orienta a equipa para alcançar de uma tarefa e um
propósito - o sucesso de um EIA.
Será tarefa de um líder orientar diariamente a equipe de trabalho sobre o calendário estabelecido
para a sua finalização, controlo de custos, coordenação com varias instituições, integração da
política, técnica e cientifica da proposta de actividade.
O líder deve: (1) demonstrar conhecimentos e habilidades numa área especifica, (2) habilidades
de comunicação com ambos técnicos e não técnicos, (3) ser confidente, (4) ter reputação de fazer
as coisas acontecerem, (5) assumir responsabilidades de todo EIA.
Seis são as funções de uma equipe multidisciplinar que podem fazer suceder bem uma equipe
interdisciplinar: (1) funções claras e concisas do propósito da equipa, (2) sumario dos objectivos
que a equipa deve alcançar, (3) identificação das tarefas que devem ser alcançadas divididas por
cada individuo, (4) a discussão da estratégia relativamente as politicas, programas,
procedimentos, planos, orçamentos e outros recursos, (5) a afirmação da organização da equipe
com tarefas, actividades e responsabilidades de todos os membros, e (6) os recursos e serviços de
suporte a serem usados pela equipe interdisciplinar. Deverão existir encontros regulares
devidamente agendados e os membros deverão ter independência em trabalhar na sua própria
área.
Para a identificação dos impactos uma metodologia valida deveria ser usada para a refinação dos
impactos que precisam ser investigados com detalhes, para assegurar que toda causa dos
impactos e suas interacções são identificadas. Deste modo, a escolha dos métodos deve ser parte
dos EIAs e para a sua selecção deve ser considerado o seguinte: (1) o tipo e a natureza da
actividade, (2) o tipo de alternativas a serem consideradas, (3) a natureza dos impactos, (4) será
apropriado para a presente tarefa (identificação ou comparação de alternativas), (5) não viciara a
informação ou os dados, (3) será economicamente viável, (6) a experiência da equipe em usar
tais métodos, (7) requisitos ou procedimentos, etc.
O termo metodologia refere – se a [maneira estruturada] para a realização de uma das básicas
actividades de identificação dos impactos. Os métodos formais mais comuns usados para a
identificação dos impactos são as listagens, matrizes, sistema de redes, sobreposições e sistema
de informação geográfica, sistemas de computação especializados e experiência profissional.
Este método consiste na listagem dos aspectos ambientais ou acções da actividade que precisam
ser investigadas com possíveis impactos ambientais. As listagens variam desde a uma simples
lista [questionário] aos sistemas descritivos que consideram a significância dos impactos através
de medições [escalas, peso, valores dos impactos], predição e interpretação das mudanças para os
factores ambientais afectados. As listagens podem ser desenvolvidas a adaptarem- se as
condições locais, assim que forem sendo usados ou desenvolvidos para sectores específicos de
actividade como, por exemplo, a gestão de lixos, uso de pesticidas, etc. As listagens tem a
desvantagem de não serem muito aplicáveis para identificação dos impactos, por não poderem
identificar os impactos indirectos da actividade, ou seja, não são efectivas para a identificação
das inter relações entre os impactos.
8.4.2. Matriz
As matrizes são [tabelas] que podem ser usadas para identificar a interacção entre as acções da
actividade e os aspectos ambientais a serem afectados durante as diversas fases de sua
implementaçãoe. Assim coloca- se numa das colunas as acções da actividade e noutra coluna os
aspectos ambientais que podem ser afectados. Nos quadradinhos da tabela podem ser incluídos
comentários sobre a severidade dos impactos ou outros aspectos relacionados com a natureza dos
impactos, tais como símbolos que podem indicar o tipo de impactos (directo ou indirecto),
números ou uma série de pontos a indicarem a escala e podem ser feitos comentários descritivos.
As matrizes são muito aplicadas para identificação dos impactos.
Exemplo de Matriz de Leopold:
1. Identificar todas acções que são parte da actividade e coloque em cima da tabela,
2. Para cada acção, procure abaixo na lista de factores ambientais e coloque uma linha
diagonal onde os impactos são possíveis de ocorrer,
3. Para cada quadradinho contendo a linha diagonal atribua um valor da magnitude, que
indica a intensidade ou escala do impacto, no valor de 1 (menor) e 10 (maior) e em cima
do canto esquerdo de cada quadradinho +(positivo) e – (negativo). A atribuicao destes
valores devera basear- se numa avaliacao objectiva de factos relacionados com os
impactos antecipados.
4. Por outro lado a importancia de um impacto relaciona- se com a sua significancia, ou a
avaliacao da probalidade das consequencias dos impactos antecipados. A escala da
importancia, pode variar de 1 indicando menor e 10 indicando maior importancia
5. Portanto, na parte baixa da mão direita de cada quadradinho coloque um valor 1 (menor)
e 10 (maior) para indicar a significância ou importância do impacto, e
6. A atribuicao dos valores numericos da importancia dos impactos baseia- se no
julgamento subjectivo de individuos, pequenos grupos ou uma equipa interdisciplinar
trabalhando no estudo.
7. As matrizes podem identificar os impactos negativos e positivos
8. Nas matrizes podem ser usados codigos pre definidos para as caracteristicas dos
impactos.
Sobreposição de mapas ou imagens de computador podem ser usados para mostrar os impactos.
Os sistemas mais avançados em uso actualmente são os baseados em dados de computador do
sistema de informação geográfica (GIS). Os GISs dividem os mapas em células pequenas e estas
armazenam muita informação que pode ser usada para análise e modelações. As desvantagens
deste sistema relaciona –se com a inexistência de dados apropriados e os custos envolvidos para
a sua operacionalidade. Contudo, pode ser considerado um instrumento útil para a identificação e
gestão de impactos cumulativos.
Embora não sejam métodos formais, muitos profissionais usam seus conhecimentos e
especialidade que ganham no seu trabalho para desenvolverem um banco de dados e
instrumentos de apoio técnicos para ajudar futuros projectos.
Assim que uma série de impactos tiverem sido identificadas, a natureza e a grandeza de cada um
deles deve ser prevista. As predições devem ter em conta os dados e as técnicas para o meio
biológico, físico, sócio - económico e antropológico e deverá empregar modelações matemáticas,
modelacoes físicas, tecnicas sócio – culturais e económicas, experiências laboratoriais e
julgamentos profissionais, mas sempre de acordo com o âmbito do estudo para evitar gastos
desnecessários. Os impactos deverão ser preditos quantitativamente para facilitar a comparação
das alternativas.
As mudanças causadas por um determinado impacto poderão ser avaliadas comparando o futuro
esperado do estado das componentes ambientais se a proposta não for implementada com o
estado das componentes ambientais se a actividade prosseguir. Deste modo, uma das primeiras
acções na predição e análise dos impactos será a de identificar as condições da situação de
referência num determinado período de implementação da actividade.
Alguns critérios para a avaliação da significância dos impactos devem ter em consideração a
importância ecológica, social, padrões de qualidade e estatísticas de significância.
A importância ecológica deve considerar os efeitos nas plantas e animais, espécies indígenas e
raras, a sensibilidade, resiliência, biodiversidade e capacidade de carga dos ecossistemas e a
disponibilidade da população de espécies locais. Por outro lado, a importância social inclui
efeitos na saúde e segurança humana, perdas de espécies com valor comercial ou produção
disponível, valores estéticos ou recreativos, demanda nos serviços públicos e sociais, demanda
nos transportes ou outras infraestruturais e efeitos demográficos. Os padrões ambientais sãos os
meios mais comuns para avaliação da significância, eles incluem os limites de emissão, as
politicas, os planos de uso de certos recursos. Finalmente, as estatísticas de significância podem
apresentar mudanças das características ambientais.
Os métodos para a predição dos impactos são o julgamento profissional, método quantitativo de
modelações matemáticas, experiências laboratoriais, modelações físicas e estudos de caso.
Modelações são expressões desenvolvidas para simular situações reais. Assim que desenvolvidos
não é difícil alterar as condições iniciais dos modelos e verificar como os resultados são
influenciados com as alterações iniciais. Por exemplo, diferenças na poluição do ar poderão ser
calculadas mudando apenas a altura da chaminé. Dada a natureza destes modelos, os
especialistas na sua interpretação, tomam muitas vezes suposições, que deverão ser devidamente
justificadas para a sua validação. Alguns exemplos de modelações quantitativas matemáticas são
os usados para a dispersão de emissoes do ar para prever as suas concentrações num determinado
ponto, modelações hidrológicas para prever as mudanças no regime das correntes de água num
determinado rio.
Este valor adicionado a probabilidade deste impacto acontecer da - nos um valor que
comparando com os outros numa determinada escala indica- nos valores significativos e não
significativos.
Uma das principais tarefas da AIA é a previsão e prevenção de ocorrência de impactos negativos
significativos no ambiente durante a implementação da actividade, nas suas diferentes fases,
através de consideração de modificações adequadas no desenho do projecto (mitigação).
Os seus objetivos são de identificar melhores maneiras de fazer as coisas, minimizar ou eliminar
os impactos negativos, melhorar os efeitos benéficos da proposta, salvaguardar a saúde pública e
proteger os direitos individuais e do público compensando- os.
1. O quê?
Será o problema associado com a saúde da população, risco ecológico, diminuição dos recursos
naturais?
Será o problema ligado com emissões de fontes difusas ou localizadas?
2. Quando
Será um problema imediato ou necessita de ser remediado a longo prazo?
Será possível reduzir ou adiar o problema tomando passos ou medidas completas de mitigação?
3. Onde?
Deverá o problema ser resolvido localmente, regionalmente ou globalmente?
4. Como?
Serão as vítimas capazes de minimizar, mitigar os impactos?
Quais são os incentivos para que eles possam o fazer?
5. Quem?
Que partes interessadas ganham e quais as que perdem?
Dependendo dos impactos e da sua significancia,, os caminhos para a sua minimização podem
ser os seguintes (1) desenvolvemento de caminhos alternativos de ir ao encontro das
necessidades, (2) implementação de mudanças na planificação e no desenho do projecto, (3)
melhoramento da monitorização e práticas de gestão, (4) compensando em termos monetários, e
(5) substituindo, realocando ou reabilitando.
Quanto mais cedo forem considerados os aspectos ambientais, menos custos seriam requeridos e
portanto fácil de redesenhar a proposta de actividade. Deste modo, deve haver uma ligação entre
a engenharia, a planificação e o ambiente. Portanto, o desenho da actividade deve ter em conta as
estratégias que irão reduzir os impactos no ambiente. Por exemplo, deve evitar se a
movimentação de terra no período chuvoso para evitar maior escoamento superficial e as
explosões devem ocorrer na altura depois da desova de aves migratórias.
O Plano de Gestão Ambiental elaborado para a gestão dos impactos deve conter:(1) uma
afirmação dos proponente sobre a política ambiental e seu compromisso em aderir a
implementação da actividade e a legislação aplicável, (2) a indicação da pessoa responsável para
implementar tal plano, (3) um cronograma de acções a serem implementados para conformar- se
com as recomendações do EIA, as condições de aprovação e de licenciamento, (4) a alocação de
responsabilidades para levar a cabo as diversas acções propostas, (5) a inclusão de um sistema de
reportar o progresso das tarefas alocadas, (6) a inclusão de um sistema de monitorização e
auditorias do progresso e alcance do plano sobre a protecção e melhoramento ambiental, e (7) o
plano de contingência e acções a implementar caso os resultados da monitorização mostrem que
os impactos não estão dentro dos limites previstos.
1. O propósito
O REIA tem o propósito de fornecer informação ao (1) proponente para planificar, desenhar e
implementar a proposta de actividade de tal maneira que os impactos negativos são minimizados
nas diversas componentes ambientais e os benefícios são maximizados para todas as partes no
menor custo possível, (2) os decisores (governo ou autoridade competente em AIA) a decidirem
o prosseguir ou não com a aprovação da actividade, e se aprovam, as condições em que a
proposta deve ser aprovada e implementada, (3) o publico para entender a proposta e seus
impactos na comunidade e no ambiente. Deste modo, os REIAs deverão ser (1) documentos
proactivos cujos objectivos são de assistir os proponentes a alcançarem um bom desenho do
projecto, (2) ter informação de tal maneira organizada que seja acessível e disponível para todas
partes, e (3) informação suficientemente clara para um não especialista nas matérias nele
descritos.
2. A estrutura e composição
A estrutura e composição do REIA depende da legislação e regulamentos aplicáveis para cada
pais. No caso de Moçambique a estrutura esta descrita nas Directiva Geral para o EIAs, Lei do
ambiente 20/97 e no Regulamento sobre o processo de AIA (Decreto 45/2004). Para todos os
casos, comumente os REIAs apresentarem a seguinte informação:
1.Resumo executivo
Esta é a parte do REIA que será lida por muitos intervenienrtes. Assim, dependendo da dimensão
da actividade, o número de páginas pode variar de duas (2) a três (3) páginas para pequenos
projectos a dez (10) páginas para grandes projectos, devendo conter a seguinte informação: (1)
titulo e localização da actividade, (2) nome do proponente, (3) nome da instituição responsável
pela elaboração do REIA, (4) descrição breve da proposta, (5) os impactos significantes, (6)
recomendações para a mitigação e compensação, e (7) proposta de monitorização.
Deve ser apresentada a descrição detalhada da proposta e alternativas razoáveis para o alcance
das necessidades do projecto incluindo de não implementar a actividade. As alternativas e os
detalhes deverão focalizar as maiores diferenças entre as alternativas. Deve ser incluido neste
capítulo o seguinte (1) o estado actual da proposta no ciclo de projecto (pre- viabilidade,
viabilidade, desenho detalhado), (2) a descrição da planificação, desenho e as estratégicas de
implementação num detalhe suficiente para que a previsão dos impactos e as medidas de gestão
sejam percebidas e apreciadas, (3) as necessidades de matéria prima, agua, energia,
equipamentos, (4) as características das operações a serem usadas – processos, produtos, etc, (5)
mapas, diagramas e fotografias, (6) a comparação das opções da actividade (tamanho, tecnologia,
desenho, origem de energia e das matérias primas) dentro dos constrangimentos económico,
técnico, social e ambiental, (7) um sumários dos aspectos técnicos, económicos e ambientais da
actividade.
Este capítulo deve mostrar de como a proposta enquadra – se no actual sistema, nas políticas,
estratégias, e a sua consistência em relação a estes aspectos. Os seguintes aspectos deverão ser
incluídos (1) os limites espaciais e temporais adoptados para os vários aspectos do estudo, (2) a
situação ambiental de referência para todos aspectos ambientais (bio físicos, económicos,
ambientais) e as tendências futuras antecipadas das condições ambientais que possam impedir a
não implantação da proposta, (3) as áreas sensíveis ou de cenário único (científicos, sócio
económicos, visual, etc).
Os impactos adversos e benéficos para cada alternativa deverão ser descritos. Deve- se incluir (1)
a avaliação na população local, (2) os dados ambientais relevantes e os métodos de predição
usados para as suposições feitas, (3) qualquer lacuna de conhecimento e incertezas encontradas,
(4) a conformação com legislação e padrões de qualidade ambiental, (5) a avaliação da
significância dos impactos, descrevendo os critérios e padrões usados para o julgamento, (6) as
medidas para minimizar e evitar impactos. Os possíveis impactos cumulativos e sinérgicos
deverão ser mencionados.
As alternativas propostas deverão ser comparadas, focalizando nos impactos significantes, nas
medidas de mitigação e monitorização. A opção preferida deve incluir (1) os impactos
considerados significativos e as medidas de evitar e ou de minimização, redução, ou mesmo de
gestão, (2) os impactos que os proponentes se propõem a mitigar durante a operação da
actividade e os impactos residuais, ou seja, os impactos que não podem ser mitigados ou
minimizados, (3) a distribuição de custo benefício a nível local e regional, (4) uma declaração
das medidas de protecção ou de reassentamento da população ou grupos afectados, indicando as
reacções para as questões propostas, (5) as oportunidades de melhoramente.
Este plano de gestão de impactos e de monitorização deve: (1) conter a descrição da actividade e
a proposta das acções de mitigação, (2) um cronograma para a sua implementação, (3) alocação
das responsabilidades indicando o nome ou posição da responsabilidade (4) apresentar o
programa de monitorização para avaliar o desempenho, (5) apresentar a proposta de relatórios de
monitorização e procedimentos de revisão, e (6) apresentar as necessidades de treinamento para
garantir a implementação cabal do plano de gestão dos impactos.
8. Apêndices
Os apêndices devem conter os documentos referência para o seu uso durante a revisão. Toda
informação técnica, as maneiras e os métodos que conduziram as conclusões do REIA deverão
ser incluídos nos apêndices quando não podem ser incluídos no texto. Os apêndices devem
incluir (1) o glossário, (2) a explicação dos acrónimos, (3) o sumario da gestão do EIA e das
consultas e participações publicas bem como a lista de todas instituições consultadas durante as
diferentes fases do EIA, (4) fontes de informação e referencias usadas, (5) a lista dos nomes e
das qualificações da equipe interdisciplinar que conduziu o EIA e, (6) os Termos de Referencia
do EIA e dos especialistas.
Os REIAs podem ser claros, alcançar os objectivos e serem consistentes. Estes aspectos são
esperados de um trabalho que envolve uma equipe de diferentes especialidades que trabalham
para terminar os trabalhos nos prazos predeterminados. Os REIAs não poderão ter a devida
qualidade se os fazedores destes relatórios não conhecerem as fraquezas e deficiências, dentre
elas:
(1) a descrição dos objectivos da actividade são limitadas uma única opção. Exemplo o
transporte de bens e pessoas considera apenas por estrada, (2).a descrição da actividade omite
outras actividades ou partes dela. Exemplo, uma actividade de mineração não descreve o
transporte do minério processado, (3) alguns aspectos ambientais não são considerados na
selecção das alternativas. Exemplo, para uma exploração mineira os aspectos para as alternativas
não inclui os usos de água, (4) não descrição dos problema chave afectado pela actividade.
Exemplo, que na área de concessão existem outras actividades de mineração que usam as
mesmas fontes de água e que a capacidade destas fontes para o sua uso foi esgotada, (5) os
apêndices não incluem como as conclusões do REIA foram obtidos, (7) ambientes sensíveis na
área de implantação da actividade não são considerados. Exemplo, para uma linha de estrada, o
REIA não afirma que a mesma iria atravessar uma área com importância ecológica.
A revisão é uma fase do AIA para (1) determinar se o REIA de uma determinada actividade tem
a qualidade, relevância e avaliação adequada dos impactos ambientais para a tomada de decisão,
(2) reunir as opiniões das partes interessadas e afectadas sobre a aceptabilidade da proposta de
actividade e da qualidade da AIA usada, (3) assegurar que o REIA corresponde aos Termos de
Referencia aprovados, e (4) determinar se a proposta de actividade corresponde as politicas,
planos e padrões existentes
O propósito da revisão é de (1) fornecer aos decisores informação sobre a aceitabilidade dos
impactos, (2) permitir um julgamento imparcial quando há conflitos de interesse de uma das
partes evitando demoras desnecessárias, e (3) identificação de informação adicional a ser
incluída no REIA ou medidas de mitigação adicionais para a implementação da actividade.
A revisão geralmente é feita pela entidade competente em AIA, podendo igualmente ser feita por
uma entidade independente acreditada para tal ou por uma comissão designada, podendo
começar antes do REIA ter sido submetido para apreciação final.
Para a revisão do REIA uma metodologia e um critério deverão ser definidos. Geralmente a
revisão observa os seguintes critérios e questoes (1) o REIA cumpre com os termos de referência
aprovados, (2) o REIA contém informação suficiente sobre os objectivos da proposta, os
aspectos ambientais descritos, as alternativas, os impactos, as medidas de mitigação e de
monitorização, etc., (3) o REIA contém informação cientifica e técnica aceitável, (4) o processo
de AIA foi conduzido de forma adequada e reflecte as posições de todas as partes afectadas e
interessadas, (5) a informação apresentada é perceptível tanto para o publico como para os
decisores, (6) a informação apresentada é relevante para as partes envolvidas no processo de
revisão, e (7) o REIA contém informação sobre as consequências dos impactos ambientais para a
avaliação pelos decisores. Em Moçambique existe um Manual sobre os aspectos que deverão ser
observados aquando da revisão dos REIAs.
Para uma revisão alguns passos devem ser considerados, nomeadamente a (1) colocação de uma
escala ou nível de revisão, (2) selecção da equipa para a revisão, (3) consideração dos
comentários da público resultantes da participação pública, (4) identificação dos critérios de
revisão, (5) revisão do REIA, e (6) publicação do REIA.
12.Tomada de decisão
Depois de elaborados os REIAs eles terminam com a tomada de decisão, que é uma escolha
politica sobre o prosseguir ou não com a implementação da actividade e as respectivas condições
em casos de aprovacao. Em AIA, o termo tomada de decisão significa aprovação final ou
autorização da proposta.
As possíveis decisões sao as seguintes:
(1) Comunidade local: refere- se a indivíduos ou grupo de pessoas da comunidade local afectadas
pela actividade que gostariam de conhecer a proposta, os seus prováveis impactos, que gostariam
de ver seus valores e sugestões considerados. Gostariam, igualmente, que os proponentes
escutassem e considerassem suas preocupações. Terão um conhecimento local que poderia ser
aproveitado.
(2) Os proponentes: são os donos do projecto ou seus representantes. Estes poderão compartilhar
os objectivos da comunidade local. Os proponentes gostariam de alinhavar a proposta para o seu
sucesso. E este sucesso só pode acontecer quando o público entender e aceitar a proposta através
do fornecimento da informação. O desenho poderá ser melhorado através do uso do
conhecimento local.
(3) Instituições públicas: quando as instituições do governo, os ministérios são devidamente
envolvidas, é improvável que as actividades sejam controversas nas fases seguintes da sua
implementação.
(4) Organizações não governamentais (ONGs): estas organizações poderão dar uma visão geral
sobre a actividade na perspectiva do público. Essas visões poderão ser úteis quando seja difícil o
envolvimento das comunidades locais, mas não podem substituir as comunidades locais.
(5) Outros grupos: incluem os académicos e podem contribuir em grande medida para o
melhoramento da implementação da actividade pelos conhecimentos que ostentam.
2. Os objectivos
Os objectivos da participação pública são a seguir resumidos (1) informar os potenciais afectados
e interessados pela actividade de modo que esses sintam se parte da actividade [criar senso de
propriedade], (2) dar oportunidade aqueles que não seriam parte para apresentarem suas visões e
valores, para que as medidas de mitigação considerem varias sensibilidades, (3) incluir as partes
no processo de planificação para que os benefícios sejam maximizados e os impactos não sejam
omitidos, (4) obter o conhecimento local (correctivo e criativo) antes da tomada de decisão, e (5)
reduzir conflitos através da identificação quanto cedo de questões polémicas.
4. Tipo de envolvimento público. O público pode ser envolvido de diferentes maneiras na AIA.
O nível de envolvimento do público varia de mera informação acerca da proposta ou seu
envolvimento para influenciar a tomada de decisão. Deste modo, os termos consulta e
participação deverão ser entendidos e clarificados. Entende - se por informação quando tem um
único sentido, do proponente para o público. Consulta seria informação em dois sentidos.
Finalmente, na participação, tanto os proponentes como o público compartilham as análises e
agendas da AIA. Ambos são envolvidos na tomada de decisão através de consensos.
A participação pública pode acontecer em cada uma das fases do processo de AIA. Na fase de
screening as autoridades poderão consultar as pessoas prováveis de serem afectadas pela
actividade de modo a avaliar a significância dos impactos da proposta. Esta informação poderá
ajudar a determinar se para actividade será necessário um EIA ou não. Na fase de scoping a
participação pública seria importante para identificar os impactos chave da proposta, informação
local e caminhos alternativos de alcançar os objectivos do EIA. Na avaliação e mitigação, a
participação pública pode evitar não acuracia da análise, pode revelar os valores locais e
preferências e pode ajudar na formulação das medidas de mitigação que irão incorporar a
alternativa favorável. Durante a revisão a participação seria útil para comentários do REIA. As
audiências públicas são geralmente realizadas nesta fase onde encontros formais e informais
podem ser realizados para aquisição de visões.
A implementação da actividade deve ser acompanhada pelas seguintes razsões, (1) pouca
atenção é dada aos impactos gerados durante as fases de construção e operação, (2) sem um
acompanhamento da tomada de decisão, os REIAs reduziriam- se a documentos meramente
formais apenas para obtenção da licença, em vez de documentos de gestão ambiental que trazem
benefícios ambientais para o alcance da sustentabilidade ambiental, (3) depois de muito público
envolvido, muitos recursos e tempo são gastos para os EIAs, é necessário salvaguardar o retorno
em termos de benefícios ambientais e a qualidade da tomada de decisão.
2. Tipos de acompanhamentos
Por outro lado, a auditoria ambiental seria a noção de verificação de praticas e certificação de
dados ou a verificação do estado de saúde de um determinado empreendimento. Os objectivos da
auditoria ambiental incluem- se (1) a organização e interpretação dos dados de monitorização
ambiental para estabelecer mudanças relacionadas com a implementação ou operação da
actividade, (2) verificação de todos parâmetros com vista a observar a sua conformação com os
politicas, padrões e regulamentos, e estabelecimento dos limites da execução ambiental, (3)
comparação dos impactos previstos com os que decorrem para avaliar a acuracia das previsões,
(4)avaliação da eficácia do sistema de gestão, das praticas e dos procedimentos e, (5) determinar
o âmbito e o nível das acções de remediacao a implementar em casos de não conformação.
Os resultados de uma auditoria são úteis para (1) determinar os impactos actuais ou resultados da
actividade ou decisões submetidas a AIA, (2) avaliar se as condições estabelecidas pela entidade
licenciadora para a mitigação dos impactos terão sido implementados e se essas medidas
garantem a protecção ambiental, (3) identificar a natureza e acuracia das previsões dos impactos
na gestão ambiental dos impactos da actividade, (4) avaliar a eficácia do processo de AIA de
modo a identificar áreas que poderia ser revistas ou focalizadas, (5) examinar a eficácia do EIA
de modo a identificar oportunidades de melhoramento. A auditoria resulta em: (1) melhoramento
da imagem do produto dada a protecção do ambiente, (2) redução da oposição pública, (3)
redução de multas que poderiam resultar em inconformidades.
(1) programa de colheita de amostras (quando e onde?), (2) métodos de colheita nas fontes, (3)
colecção da qualidade de dados, (4) compatibilidade entre novos dados com os dados relevantes,
(5) custo eficácia na colecção de dados, (6) controle de qualidade nas medições e analises, (7)
banco de dados, (8) relatórios para a gestão interna ou para verificação externa.
2. Condução da auditoria ambiental: (a) pré auditoria: plano de auditoria (onde, o que, como,
quem, quando?), preparação do questionário (agua, lixos, monitorização, emissões, etc), revisão
de documentos, visita preliminar; (b) Auditoria no local: reunião de abertura, revisão de
documentos, vistoria dos locais, entrevistas, reunião de fecho, (c) Pos auditoria: compilação da
informação, preparação do relatório.
Bibliografia
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2. Corson, W. ed. (1993): Manual Global de Ecologia. O que você pode fazer a respeito da
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