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ÍNDICE
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Pr. Anor Afonso Serio [2006]…Pág. 1 de 36
ACADEMIA TEOLÓGICA
I. A EXISTÊNCIA DE DEUS
“De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele
que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que
o buscam" (Hebreus 11:6).
Não fosse o fato de que Deus tem-se revelado ao homem, as opiniões acerca da Natureza
de Deus seriam completamente arbitrárias ou arrogantes.
Históricamente os cristãos têm percebido que há três lugares onde podemos constatar a
auto-revelação de Deus: na Criação, na Encarnação, e na Bíblia.
1. Cosmológico
2. Teleológico
3. Antropológico
4. Ontológico
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ACADEMIA TEOLÓGICA
II. O PAI
A. Os Relacionamentos do Pai
A. Definição
Um atributo é uma propriedade intrínseca ao seu sujeito, pela qual ele pode
ser distinguido ou identificado.
B. Classificações
1. Simplicidade
b. Texto: Jo 4:24
c. Problema: A simplicidade de Deus invalida a doutrina da Trindade?
2. Unidade
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ACADEMIA TEOLÓGICA
b. Texto: Dt 6:4
3. Infinitude
4. Eternidade
c. Problema:
5. Imutabilidade
b. Texto: Tg 1:17
c. Problema:
Será que Deus muda de idéia ou Se arrepende (Gn 6:6), como parece
acontecer de nossa perspectiva? Ou é uma maneira antropomórfica
de descrever aparentes mudanças no curso dos acontecimentos?
6. Onipresença
a. Significado: Deus está em todo lugar (e não em todas as coisas, como crê
o panteísmo).
b. Texto. Sl 139:7-12
7. Soberania
b. Texto. Ef 1
8. Onisciência
9. Onipotência
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ACADEMIA TEOLÓGICA
b. Texto: Ap 19:6
10. Justiça
11. Amor
b. Texto: Ef 2:4-5
12. Verdade
b. Texto: Jo 14:6
13. Liberdade
b. Texto. Is 40:13-14
14. Santidade
a. Texto. 1 Jo 1:5
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ACADEMIA TEOLÓGICA
Temendo dar a impressão de que Deus tem um corpo, os teólogos preferem falar da
essência de Deus em vez de tratar de Sua substância.
Portanto, a essência de Deus refere-se à Sua Natureza fundamental, que é a fonte de todos
os Seus atributos.
Às vezes, o cristão não entende e muito menos simpatiza com algumas preocupações da
Teologia.
A propósito, foi Tertuliano o primeiro a ensinar que o Pai e o Filho são de uma só substância
ou essência.
Subdividimos o tema em duas partes, ainda que todo o nosso estudo poderia ser conduzido
com apoio nos atributos de Deus.
Uma das razões desta divisão é que os teologos imaginam que certas características de
Deus são absolutas ou imanentes, compondo a essência de Deus.
Outras características são vistas como uma manifestação de Deus, em relação à Sua
criação. Portanto, são chamadas de relativas ou transitivas. Toda criação nos revela algo
sobre Deus, e que quanto mais elevada a criação, especialmente o homem que é feito à
imagem de Deus, mais plenamente o revela.
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ACADEMIA TEOLÓGICA
I - ESPIRITUALIDADE
1) Deus, por ser Espírito, não é matéria, nem uma forma refinada da matéria, e sim uma
pessoa imaterial, invisível, indestrutível.
2) Deus não depende da matéria, nem tem nenhuma conexão necessária com ela.
Através da afirmação de Jesus, entendemos que Deus não tem uma forma corpórea como o
homem, embora às vezes a Biblia O descreva por meio de caracteristicas humanas
(antropormorfismo).
“Por isso, diga aos israelitas: Eu sou o SENHOR. Eu os livrarei do trabalho imposto pelos
egípcios. Eu os libertarei da escravidão e os resgatarei com braço forte e com poderosos
atos de juízo”. (Ex. 6:6)
É importante lembrar que Deus é tambem descrito como tendo caracteristicas animais:
"Cobrir-te-á com as suas penas, e, sob suas asas, estarás seguro" (Sl 91:4).
Ainda Moisés, por sua vez, O descreve com termos minerais: "Olvidaste a Rocha que te
gerou; e te esqueceste do Deus que te deu o ser" (Dt 32:18).
I. 1 - Vida
As Escrituras representam Deus não apenas como Espírito, mas como um Deus
Vivo, que tem vida própria (Jr 10:10; I Ts 1:9; Jo 5:26).
Este fato serve de base para um dos contrastes mais gritantes entre Jeová e os
demais deuses das nações.
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“Não vos assombreis, nem temais; acaso, desde aquele tempo não vo-lo fiz ouvir, não vo-lo
anunciei? Vós sois as minhas testemunhas. Há outro Deus além de mim? Não, não há outra
Rocha que eu conheça. Todos os artífices de imagens de escultura são nada, e as suas
coisas preferidas são de nenhum préstimo; eles mesmos são testemunhas de que elas nada
vêem, nem entendem, para que eles sejam confundidos" (Is 44:8-9).
I. 2 - Personalidade
“E disse Deus a Moisés: “Eu SOU o que SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel:
EU SOU me enviou a vós” (Ex 3:14). EU SOU implica tanto em pessoalidade como em
presença.
"A quem, pois, me comparareis para que eu lhe seja igual? - diz o Santo. Levantai ao alto os
olhos e vede. Ouem criou estas coisas? Aquele que faz sair o seu exército de estrelas, todas
bem contadas, as quais ele chama pelo nome; por ser ele grande em força e forte em poder,
nem uma só vem a faltar"
(Is 40:25-26).
Ao falarmos da infinitude de Deus, referimo-nos ao fato de que Deus não tem nenhum
limite, nem fronteira conhecida ou restrição, nem está limitado ao universo ou confinado
nele (transcendência)
A infinitude somente pode pertencer a um Ser, e portanto, não pode ser repartida com o
universo.
A infinitude de Deus implica na Sua auto-suficiência e sublinha o fato de que não precisa de
nada ou ninguém para O completar.
II.1 Auto-existência
“Assim diz o SENHOR, que te redime, o mesmo que te formou desde o ventre materno: Eu
sou o SENHOR, que faço todas as coisas, que sózinho estendi os céus e sózinho espraiei a
terra; que desfaço os sinais dos profetizadores de mentiras e enlouqueço os adivinhos; que
faço tornar atrás os sábios, cujo saber converto em loucuras" (Is 44:24-25).
II. 2 Imutabilidade
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Imutabilidade não quer dizer que as decisões ou estratégias de Deus não mudem.
O seu amor se adapta a cada circunstância decorrente da liberdade de seus filhos,
porém o Seu propósito sempre será atingido (Jó 42:2).
O apóstolo Paulo disse aos atenienses: "Ora, não levou Deus em conta os tempos da
ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam;
porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um
varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando-o dentre os mortos" (At
17:30-31).
O que a doutrina de imutabilidade quer dizer é que a natureza de Deus não muda;
ela não se transforma:
“Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos" (Ml
3:6).
“Deus não é homem para que minta, nem filho do homem para que se arrependa” (Nm
23:19)
Tiago descreve a Deus como o "Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra
de mudança" (Tg 1:17).
II. 3 Unidade
A unidade de Deus quer dizer que a Natureza divina não se divide, é indivisível (unus);
não se compõe ou se decompõe; não se fragmenta. Deus é um só ! (Dt 6:4)
Existe um único Deus infinito e perfeito (unicus).
III. PERFEIÇÃO
A Perfeição, quando usada em relação a Natureza ou essência de Deus, não quer dizer
apenas plenitude quantitativa e sim excelência qualitativa.
“Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5:48)
“O caminho de Deus é perfeito” (Sl 18:30)
“... perfeita vontade de Deus” (Rm 12:2)
São três os atributos morais de Deus, que caracterizam o Seu ser de eternidade a
eternidade:
III.1 Verdade
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" Mas tu, Senhor, és Deus compassivo e cheio de graça, paciente e grande em misericórdia
e em verdade" (Sl 86:15).
João escreveu: "Também sabemos que o Filbo de Deus é vindo a nós e nos tem dado
entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em Seu Filho,
Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna" (1 Jo 5:20).
III. 2 Amor
Amor é o atributo da natureza divina em virtude do qual Deus é eternamente movido para
se autocomunicar com suas criaturas. “Deus é amor” (Jo 4:8; Jo 17:24; Jo 3:35; Rm 5:8;
Jo 3:16)
“E nós conhecemos e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor, e aquele que
permanece no amor permanece em Deus, e Deus, nele" (1 Jo 4:16).
O Amor imanente de Deus não deve ser confundido com misericordia e bondade para com
as criaturas, pois estas são manifestações do Amor de Deus.
A Justiça e Verdade não são redutíveis à benevolência, da mesma forma que todo o fruto do
Espirito não se reduz ao amor (Gl 5:22-23).
"Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste, para
que vejam a minha glória que me conferiste, porque me amaste antes da fundação do
mundo" (Jo 17:24).
O Amor de Deus acha sua razão de ser na própria Natureza de Deus; não no objeto
de Seu amor:
“Nao vos teve o SENHOR afeição nem vos escolheu porque fosseis mais numerosos do que
qualquer povo, pois éreis o menor de todos os povos, mas porque o SENHOR vos amava e,
para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o SENHOR vos tirou com mão poderosa
e vos resgatou da casa da servidão, do poder de Faraó, rei do Egito" (Dt 7:7-8).
III.3 Santidade
Esta é a última caracteristica da essência de Deus (Ex 26:33; Sl 24:3; Ex 20:11: Gn 2:3).
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A santidade é energia da vontade, isto é, uma qualidade ativa porque é permeada pela
vontade.
Por este motivo, o apóstolo Paulo diz: “Tendo, pois, ó amados, tais promessas,
purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne como do espirito, aperfeiçoando a nossa
santidade no temor de Deus" (2 Co 7:1)
SUMÁRIO
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IV.1 Eternidade
Eternidade é infinitude em relação ao tempo. Deus não está sujeito ao tempo ainda
que seja o criador dele.
O apóstolo Pedro disse: “Há, todavia, uma coisa, amados, que não deveis esquecer: que,
para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia”. (2 Pe 3:8).
Mais que o relógio, parece que são as épocas ou estações que enfocam a atenção
de Deus:
“Ainda lhes propôs uma parábola, dizendo: Vêde a figueira e todas as árvores. Quando
começam a brotar, vendo-o, sabeis, por vós mesmos, que o verão está próximo. Assim
tambem, quando virdes acontecerem estas coisas, sabei gue está próximo o reino de Deus.
Em verdade vos digo que não passará esta geração, sem que tudo isto aconteça" (Lc
21:29-32).
IV.2 Imensidão
Deus não está no espaço. O espaço é que está em Deus, porque Ele o criou.
Anselm, um dos Pais da Igreja, disse: “Nada a Ti contém, mas Tu a tudo conténs."
“Mas, de fato, habitaria Deus na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus não Te podem
conter, quanto menos esta casa que eu edifiquei" (1 Rs 8:27).
EM RELAÇÃO À CRIAÇÃO
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V. 1 Onipresença
“Para onde me ausentarei do Teu Espirito? Para onde fugirei da Tua face? Se subo aos céus,
lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas
da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e
a Tua destra me susterá" (Sl 139:7-10).
Rejeitamos toda idéia socianista (Lélio Socino, fundador da seita herética unitarista conhecida
por Socianismo, que surgiu durante o século XVI), de que a essência de Deus está no céu e
só seu poder está na terra.
Quando se diz que “Deus habita no céu”, deve-se entender como linguagem simbólica ou
exaltação de que Ele está acima das coisas terrenas, ou ainda que Suas manifestações
gloriosas são próprias aos espíritos do céu (Sl 24:8).
V. 2 Onisciência
Significa que Deus conhece perfeita e eternamente todas as coisas que são objeto
do seu conhecimento, quer reais ou possíveis, passadas, presentes ou futuras.
Deus conhece as coisas como são. Ele conhece as seqüencias necessárias de sua criação
como necessárias, os atos livres das criaturas como livres, ou idealmente possíveis como
idealmente possíveis.
Quando Deus perdoa os nossos pecados por meio de uma decisão consciente, Ele
decide não se lembrar deles, mas não de se esquecer deles:
“Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim e dos teus
pecados não me lembro" (Is 43:25).
Não precisamos nos esquecer da ofensa; precisamos simplesmente decidir não nos
lembrar dela, ou seja, não a levar em conta !
V. 3 Onipotência
È o poder de Deus pra fazer todas as coisas que são objeto do seu poder, com ou
sem o uso de meios, ou seja, mesmo do nada Deus pode criar (barah Gn 1:1).
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A onipotência de Deus significa que Deus detém todo poder, e pode ou não
exercitá-lo. Deus tem poder sobre o Seu poder. Deus pode fazer tudo o que ele
quer, mas não quer tudo o que Ele pode.
O desejo de Deus é agir de acordo com Seus demais atributos e, portanto, nunca iria
desejar algo incoerente com a essência da Sua Natureza.
Deus pode fazer o que quiser; precisamos lembrar que, na Sua onipotência, Ele detém o
poder de também não fazer.
Isto explica o mistério de como Ele deixa de agir em certas circunstâncias, adiando Sua
intervenção de acordo com Seus próprios motivos. Talvez o melhor exemplo disso, é o
adiamento do julgamento de Satanás e do mundo:
“Quando ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido
mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam.
Clamaram em grande voz dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro,
não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? Então, a cada um
deles foi dada uma vestidura branca, e lhes disseram que repousassem ainda por pouco
tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e seus irmãos
que iam ser mortos como igualmente eles foram" (Ap 6:9-11).
O relacionamento de Deus com as Suas criaturas, e em particular com seu povo redimido, é
de veracidade e fidelidade (Jr 10:10; Jo 17:3); Is 40:8):
"Seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a Palavra de nosso Deus permanece eternamente"
(Is 40:8).
Isto significa que Deus não nos irá enganar com falsas promessas de bênção ou de
maldição.
Em virtude da sua Fidelidade, Ele cumpre todas as suas promessas ao Seu povo,
quer expressas em palavras, quer implicadas na constituição que lhes conferiu.
Neste sentido, Ele é transparente no trato conosco. Mesmo quando somos infiéis, Deus
continua fiel:
"se somos infiéis, ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo"
(2 Tm 2:13).
“Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é Fiel e não permitirá que
sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos
proverá livramento, de sorte que a possais suportar" (1 Co 10:13).
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Com misericórdia Ele busca o bem temporal e a Salvação eterna daqueles que têm-se
oposto a Sua vontade.
Misericórdia quer dizer que Deus não nos dá o justo pagamento (retribuição) dos
nossos pecados.
Através da Sua bondade, Deus distribui para nós tudo aquilo que precisamos para
uma vida de piedade.
"Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem á
vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua propria
glória e virtude, pelas quais nos têm sido doadas as suas preciosas e mui grandes
promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina, livrando-vos
da corrupção das paixões que há no mundo" (2 Pe 1:3-4).
Veja também Ex. 34:6; Sl 103:8; Sl 100:5; Lc 18:19; Em 12:2; Tg 1:17.
“Longe de ti o fazeres tal coisa, matares o justo com o ímpio, como se o justo fosse igual ao
ímpio; longe de ti. Não fará justiça o Juiz de toda a terra?” (Gn 18:25)
Mesmo quando chega a hora de juízo, podemos ter confiança, porque Deus é um
justo juiz:
“Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele
Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda." (2 Tm 4:8)
Até os pecadores podem ter certeza de que é um Deus justo que irá julgá-los:
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“para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e
toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai" (Fl 2:10-11)
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Unicidade
Unidade
Resolvido o acirrado debate sobre a divindade de Jesus Cristo, e mais tarde do Espírito
Santo, a Igreja começou a preocupar-se com o relacionamento entre os membros da
Trindade.
Quando os teólogos falam da Unidade de Deus, querem dizer que existe um só Deus,
apesar dEle subsistir em três Pessoas.
Assim como o homem pode ser macho, ou fêmea, e nem por isso serem parcialmente
humanos, nenhum membro da Trindade é parcialmente divino.
Como ambos os sexos são humanos, sem sugerir que existam duas raças humanas,
todos os três membros da Trindade são Deus, sem que existam três Deuses.
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Dt. 6:4 - "Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor"; ou, "O Senhor nosso Deus é
Senhor único". Is. 44:6-8 - "Primeiro ... último, e além de mim não há Deus". Is. 45:5 - "Não
há outro; além de mim não há Deus". I Tm. 2:5 - "Há um só Deus". I Co. 8:4 - "E que não há
senão um só Deus".
Que Deus é um, que não há outro, que Ele não tem ninguém que se lhe compare, é o
testemunho enérgico de mais de 50 passagens bíblicas. O dever fundamental da vida, isto é,
a devoção de todo o ser ao Senhor, fundamenta-se na unidade de Deus: "Um só Deus ... o
único ... Amarás o teu Deus de todo o teu coração", etc.
Nenhuma outra verdade das Escrituras, particularmente do Antigo Testamento, recebe mais
destaque do que a unidade de Deus. Esta verdade encontra-se claramente evidenciada
também no universo físico; é a introdução e a conclusão de todas as pesquisas científicas.
Qualquer outra exposição de fatos contradiz tanto a criação como a revelação. Sua negação é
ridícula para lodo homem que pensa, e não pode ser aceita por nenhum cristão ortodoxo.
Que esta seja, então, a nossa primeira e necessária conclusão: a Divindade, na criação, na
inspiração, ou em qualquer outra forma que se manifeste, é um Deus único; um, não mais.
Uma multiplicação de deuses é uma contradição; só pode haver um Único Deus.
Só pode haver um Ser absolutamente perfeito, supremo e todo poderoso. Tal Ser não pode
ser multiplicado, nem pluralizado. Só pode haver um único Deus, final e todo-inclusivo. O
monoteísmo, então, não o triteísmo, é a doutrina apresentada nas Escrituras.
Gn. 2:24 -"Tomando-se os dois uma só carne". Gn. 11:6 -"O povo é um". I Co. 3:6-8 - "O
que planta e o que rega são um". I Co. 12:13 - "Todos nós fomos batizados em um corpo".
João 17:22, 23 - "Para que sejam um, como nós o somos... a fim de que sejam aperfeiçoados
na unidade".
A palavra "um" nessas passagens bíblicas foi usada no sentido coletivo; a unidade
aqui citada é composta, como a usada nas expressões "um cacho de uvas" ou "as pessoas
todas se levantaram como se fossem um único homem".
A palavra hebraica para "um" (yacheed) no sentido absoluto, e que foi usada nas
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expressões como "apenas um", nunca foi usada para expressar a unidade da Divindade.
Pelo contrário, foi a palavra hebraica "echad", com o significado de "um" no sentido de
uma unidade composta, conforme vemos nas passagens bíblicas acima citadas, a palavra
sempre usada para descrever a Unidade divina.
d) O nome divino "Deus" é uma palavra plural; pronomes plurais foram usados com
Deus
A palavra hebraica para Deus (Elohim) é usada com mais freqüência na forma plural. Deus
geralmente usa pronomes plurais quando fala de si mesmo, como, por exemplo, em
Gn.1:26: "Façamos o homem à nossa imagem"; Is. 6:8 - "E quem há de ir por nós?"; Gn.
3:22 - "Eis que o homem se tornou como um de nós".
Há quem diga que o "nós" de Gn. 1:26: "Façamos o homem", refere-se à consulta que Deus
fez aos anjos com os quais se aconselha antes de fazer alguma coisa importante; porém Is.
40:14: "Com quem tomou ele conselho, para que lhe desse compreensão? Quem o instruiu
na vereda do juízo e lhe ensinou sabedoria e lhe mostrou o caminho de entendimento?",
indica que não é esse o caso; e Gn. 1:27 contradiz essa idéia, pois repete a declaração "à
imagem de Deus (não à imagem dos anjos) o criou".
O "nós" de Gn. 1 :27, portanto, entende-se que seja plural de majestade, indicando a
dignidade e a majestade de quem fala. A tradução adequada deste versículo não é
"façamos", mas "faremos", indicando a linguagem de resolução, e não de consulta.
A DOUTRINA DA TRINDADE
A doutrina da Trindade é, em sua última análise, um mistério profundo que não pode ser
esquadrinhado pela mente finita. Contudo não pode haver dúvida de que se encontra
ensinado nas Escrituras.
É uma doutrina que deve ser aceita embora não possa ser completamente compreendida.
Definição:
Significando que:
A Natureza divina subsiste em três distinções: Pai, Filho, e Espírito Santo; não são
parcialmente divinos; não existem três Divindades.
A Doutrina da Trindade afirma três verdades:
• Há apenas um Único Deus.
• O Pai, o Filho e o Espírito Santo são individualmente Deus.
• O Pai, o Filho e o Espírito Santo são, cada um, pessoas distintas.
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Alguns teólogos têm sugerido que o termo Trindade não é o melhor e propuseram
um termo alternativo: Triunidade.
Uma definição correta precisa não apenas enunciar a distinção e a equidade entre os
membros da Trindade, como também precisa proclamar a Unidade entre a Deidade.
O termo apareceu no fim do século II d.C. e foi utilizado por Tertuliano, que se
referiu à "trindade da única Divindade – Pai, Filho, e Espírito Santo".
A trindade não achou um lugar formal na Teologia da Igreja até o século IV d.C.
Prova Doutrinária
I. Insinuações no A.T.
O A.T. não revela explicitamente a Trindade, mas dá lugar a indícios para uma revelação
posterior.
Esta doutrina se encontra mais insinuada que declarada no Antigo Testamento. O peso
da mensagem do Antigo Testamento parece consistir na Unidade de Deus.
Mas a doutrina da Trindade encontra-se claramente insinuada sob quatro aspectos:
1: Nos nomes plurais da Divindade; como, por exemplo, Elohim. Gn 1:1, 26
2: Os pronomes pessoais usados para com a Divindade. Gn. 1:26; 11:7; Is. 6:8.
3: As teofanias, especialmente o "Anjo do Senhor". Gn. 16 e 18; Gn 22:11, 15-16.
4: A obra do Espírito Santo. Gn. 1:2; Jz. 6:34.
Os versículos abaixo são exemplos de como o texto bíblico, às vezes, usa um termo
plural para Deus (Elohim).
"Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança;
tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais
domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra" (Gn 1:26)
"Então disse o SENHOR Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor
do bem e do mal,; assim, que não estenda a mão, e tome também da árvore da vida, e
coma, e viva eternamente" (Gn 3:22)
“... e o SENHOR disse: Eis que o povo é um, e todos têm a mesma linguagem. Isto é apenas
o começo; agora não haverá restrição para tudo que intentam fazer. Vinde, desçamos e
confundamos ali a sua linguagem, para que um não entenda a linguagem de outro" (Gn
11.6-7)
Estes dois versículos de Gênesis 11 são, sobremaneira, interessantes, porque não
só mostram a pluralidade de Deus, como também Seu conhecimento do poder da
unidade humana.
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“Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós?
Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim" (Is 6:8)
Outros indícios incluem a distinção entre o Senhor que fala e o Senhor que Salva:
“Porém da casa de Judá me compadecerei e os salvarei pelo SENHOR, seu Deus, pois não
os salvarei pelo arco, nem pela espada, nem pela guerra, nem pelos cavalos, nem pelos
cavaleiros" (Os 1:7)
O Anjo do Senhor abençoa a Abraão em Gn 22:15-18 com a mesma bênção que Jeová
havia pronunciado em Gn 12.
"O Pai é toda a plenitude da Trindade invisível, Jo 1:18; o Filho é toda a plenitude da
Trindade manifesta, Jo 1:14-18; o Espírito é toda a plenitude da Divindade agindo
imediatamente sobre a criatura, I Co. 2:9-10.
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É ponto pacifico entre os teólogos, que o Pai, a quem Jesus se refere nos
Evangelhos é Jeová.
“ora, todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e, neles, eu sou
glorificado. Já não estou no mundo, mas eles continuam no mundo, ao passo que eu vou
para junto de ti. Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um,
assim como nós” (Jo 17:10-11).
“Eu lhes tenho transmitido a glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o
somos." (Jo 17:22)
A Imutabilidade: “Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre" (Hb 13:8)
A Onipotência: “Eu sou o Alfa e o Omega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que
há de vir, o Todo-Poderoso" (Ap 1:8)
Jesus garante a seus discípulos que irá enviar um outro (gr. allos) Consolador".
A presença do Pai, Filho e Espírito Santo na hora de batismo de Jesus. Mais tarde notam-se
os ensinos concernentes ao batismo cristão, com a fórmula batismal aplicada aos
destinados, tentando reconstruir esta bendita convivência.
"A todos os amados de Deus, que estais em Roma, chamados para serdes santos, graça a
vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo". (Rm 1:7)
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“Paulo, apóstolo, não da parte de homens, nem por intermédio de homem algum, mas por
Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dentre os mortos,” (Gl1: 1)
“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de
Emanuel (que quer dizer: Deus conosco).”
(Mt 1:23)
“Então, disse Pedro: Ananias, por que encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao
Espírito Santo, reservando parte do valor do campo?”. Conservando-o, porventura, não seria
teu? E, vendido, não estaria em teu poder? Como, pois, assentaste no coração este
desígnio? Não mentiste aos homens, mas a Deus." (At 5:3-4)
Constituíram-se dois grandes grupos: os que afirmavam que o Filho havia sido criado por
Deus no princípio, e que, portanto, não podia identificar-se com Ele , que se agruparam ao
redor de Ario e de Eusébio de Nicomeia,
e,
os que afirmavam que o Filho era consubstancial (homoousios) com o Pai, liderados pelo
Bispo Alexandre de Alexandria e especialmente por seu sucessor, Atanásio.
Não obstante, o Arianismo perduraria pelos reinos dos godos que ocuparam o Império Romano
do Ocidente, em meados do século VI.
No sentido literal, a Trindade não é uma doutrina bíblica, pois não há nenhum texto bíblico
que ensine a doutrina da Trindade distintamente.
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À medida que Deus foi-se desvendando a nós, tornou-se evidente que não somente Jeová,
mas também Jesus Cristo e o Espírito Santo foram reconhecidos como Deus.
Não há nenhuma doutrina como a Trindade, que resolva tão bem os dados bíblicos,
ainda que outras tentativas tenham sido feitas, como veremos a seguir:
Resposta:
Deus existe eternamente como três pessoas — Pai, Filho e Espírito Santo — e cada pessoa é
plenamente Deus, e existe só um Deus.
Há só um Deus.
Deus é três pessoas.
Cada pessoa é plenamente Deus.
Há só um Deus:
As três diferentes pessoas da Trindade são um, não apenas em propósito e em concordância
no que pensam, mas um em essência, um na sua natureza essencial. Em outras palavras,
Deus é um só ser.
O fato de ser Deus três pessoas significa que o Pai não é o Filho; são pessoas distintas.
Significa também que o Pai não é o Espírito Santo, mas são pessoas distintas.
Além do fato de serem as três pessoas distintas, as Escrituras também dão farto
testemunho de que cada pessoa é plenamente Deus.
O Credo de Atanásio:
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O Credo de Atanásio, em 400 d.C, serve como exemplo das discussões e decisões
tomadas pela Igreja no tocante a doutrina da Trindade.
Quando Atanásio refere-se à igreja católica ele se refere à Igreja de Cristo como um
todo (católica = universal), e não somente à Igreja Católica Apostólica Romana.
“Quem desejar estar em estado de Salvação, antes de qualquer coisa precisa aderir à fé
católica (apostólica, universal) a qual não sendo preservada totalmente, resulta na perdição
eterna.
Agora, a fé católica está em que adoremos um Deus em Trindade e em Unidade, não
confundindo as Pessoas, nem dividindo a substância; pois há Uma Pessoa do Pai, outra do
Filho, outra do Espírito Santo, mas a Deidade do Pai, do Filho, e do Espírito Santo, é Uma, e
a Gloria igual à Majestade co-eterna.
Como é o Pai, tal é o Filho, e tal é o Espírito Santo; o Pai incriado, o Filho incriado, e o
Espírito Santo incriado. O Pai infinito; o Filho infinito e o Espírito Santo infinito. O Pai
eterno, o Filho eterno e o Espírito Santo eterno. E ainda, não três eternais, mas um eterno;
como também, não três infinitos, nem três incriados; mas um incriado, e um infinito. Assim,
igualmente, o Pai é Todo-Poderoso, o Filho é Todo-Poderoso, e o Espírito Santo é
Todo-Poderoso; e ainda, não três Todo-Poderosos, mas um Todo-Poderoso.
Assim o Pai é Deus; o Filho, Deus e o Espírito Santo, Deus; a ainda, não três Deuses, mas
um Deus. Assim o Pai é Senhor; o Filho, Senhor é o Espírito Santo, Senhor; e ainda não três
Senhores; mas um Senhor. Pois como somos compelidos pela verdade cristã a reconhecer
que toda Pessoa por si mesma seja Deus e Senhor, assim somos proibidos pela religião
católica de dizer que haja três Deuses ou três Senhores.
O Pai não é feito de nenhum, nem é criado, nem é procriado. O Filho é do Pai, sozinho: não
feito nem criado, mas procriado. O Espirito Santo é do Pai e do Filho; não feito nem criado,
nem procriado, mas procedente. Assim, há um Pai, não três Pais; um Filho e não três Filhos
e um Espirito Santo, não três Espíritos Santos. E nesta Trindade não há ninguém antes ou
depois. Ninguém maior ou menor, mas todas as três Pessoas são juntamente co-eternas e
co-iguais.
Mas é necessário, para a obtenção da Salvação eterna, que a pessoa também acredite
fielmente na encarnação de nosso Senhor Jesus Cristo. A fé certa é, então, que acreditemos
e confessemos que nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, é Deus e Homem.
Ele é Deus da substância do Pai, procriado antes dos mundos, e Ele é o homem da
substância da sua mãe: nascido no mundo. Deus perfeito; homem perfeito, subsistindo de
uma alma racional e carne.“
ERROS HISTÓRICOS SOBRE A TRINDADE - TEORIAS REPROVADAS
Triteísmo
Nega que só existe um único Deus. Cedo, na História Eclesiástica, havia pessoas como
João Ascunages e João Philoponus, que ensinavam que existiam três Deuses, e que
tinham apenas uma associação forte, como por exemplo, Pedro, Tiago e João, na
condução dos discípulos. O erro do triteísmo, é que abandona o conceito de unidade
existente entre a Trindade, de tal maneira, que ensinavam que havia três Deuses em
vez de três Pessoas na Deidade.
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Afirma que existe só uma única pessoa, que se revela a nós de três diferentes
modos ou formas.
Sabelius ensinava que o Pai, o Filho e o Espírito Santo, eram apenas manifestações
de um só Deus.
Ora, Deus revelou-se como Pai, no Antigo Testamento; como Filho, no tempo dos
Evangelhos e como o Espírito Santo, depois.
Arianismo
Nega a plena divindade do Filho e do Espírito Santo, posição hoje defendida pelas
Testemunhas de Jeová.
Ário, um bispo que seguiu um erro de Orígenes (Pai da Igreja), que subordinava o
Filho ao Pai, em relação a Sua essência, fazendo-O assim, inferior ao Pai.
Ário ensinava que apenas o Pai não era criado; porque Cristo, sendo o filho
Unigênito do Pai, significava que fora criado pelo Pai. De acordo com Ário, houve, sim,
um tempo, quando Cristo não existia. Ário e seus ensinamentos foram rejeitados no
Concilio de Nicéia, em 325 d.C.
Subordinacionismo
Adocianismo
Concepção de que Jesus viveu como homem comum até seu batismo, quando Deus
o “adotou” como “Filho”.
Expressão filioque
I
Se Jesus é meramente um ser criado, e não plenamente Deus, então é difícil compreender
como ele, uma criatura, pôde suportar toda a ira de Deus contra todos os nossos pecados.
Será que qualquer criatura, por maior que seja, poderia realmente nos salvar?
II
Se Jesus não é plenamente Deus, temos todo o direito de duvidar de que ele de fato possa
nos salvar totalmente. Será que realmente podemos confiar com fé absoluta em que uma
criatura vá nos salvar?
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III
Se Jesus não é o Deus infinito, será que devemos nos dirigir a Ele em oração ou adorá-lo?
Na verdade, se Jesus é meramente uma criatura, por maior que seja, seria idolatria adorá-lo
e, no entanto, o Novo Testamento nos ordena fazê-lo (Fp 2.9-11; Ap 5.12-14).
IV
Se alguém prega que Cristo foi um ser criado e, mesmo assim, nos salvou, então esse
ensinamento atribui erroneamente o mérito da salvação a uma criatura, e não ao próprio
Deus.
V
Se a Trindade não existe, então não houve relacionamentos interpessoais dentro do Ser
divino antes da criação, e, sem relacionamentos pessoais, é difícil entender como Deus
poderia ser genuinamente pessoal, ou como não teria a necessidade da criação para com ela
relacionar-se.
VI
Se não há pluralidade perfeita e unidade perfeita no próprio Deus, então também não temos
fundamento para pensar que possa existir alguma unidade última entre os diversos
elementos do universo.
A ECONOMIA DA TRINDADE
Pai
Filho
Espírito Santo
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OS NOMES DE DEUS
1. Jave (Yahweh)
a. Significado: O Auto-Existente.
c. Caracteristicas
2. Elohim
a. Significado: O Forte.
b. Características
3. Adonai
b. Caracterfsticas
Nomes Compostos do A. T.
1. Com El
a. El Elyon, traduzido por Altíssimo (lit., o mais forte dos fortes, Is 14:13-14).
2. Com Javé
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j. Javé Shammah, o Senhor que está presente (lit., lá) (Ez 48:35).
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O DECRETO DE DEUS
Definição:
"O Decreto de Deus é o Seu eterno propósito, segundo o conselho de Sua própria
vontade, pelo qual, para Sua própria glória, Ele preordenou tudo que acontece". (Ef
3:10-12)
O Decreto de Deus abrange Sua Vontade eficaz ou perfeita e Sua Vontade permissiva.
A Vontade eficaz ou perfeita de Deus ocorre quando o ser humano age em conformidade
com a vontade divina.
A Vontade Permissiva acontece quando, mesmo a seu contragosto, Deus permite que o ser
humano aja conforme o seu querer, que escolha livremente e colha o fruto de suas
ações.
Dentro do Seu Plano Soberano, Deus deu ao Homem a liberdade de escolher, e assim este é
responsável por suas decisões (Jz 21:25; At 2:23). Podemos descansar no Seu poder e
promessas!( Rm 8:28-32).
Seu Decreto é Eterno: Sl 33:11; Sábio: Sl 104:24; Livre (sem obrigação interna ou externa,
mas em harmonia com Sua Natureza): Is 40:13-14, Sl 135:6; Eficaz (tudo que Deus Decretou
acontecerá): Is 14:24,27; traz Glória a Si Mesmo: Ap 4:11.
Termos Relacionados
1. Onisciência
Conhecimento de todas as coisas, reais ou possíveis.
2. Presciência
Conhecimento prévio de todas as coisas incluídas no curso real dos eventos.
3. Predestinação
A determinação prévia do destino dos eleitos.
4. Eleição
A escolha de um povo por Deus para Si mesmo.
5. Preterição
A omissão dos não-eleitos.
6. Retribuição
Punição merecida dos ímpios.
A Natureza do Decreto
4. Tudo que Deus decretou tem como fim ultimo a Sua glória.
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5. O mal não se torna bem simplesmente pelo fato de o pecado ter sido incluído
como parte do propósito de Deus.
Objeções ao Decreto
1. Não é coerente com a liberdade humana
Refutação: Todavia, todos os meios, como oração e testemunho, por exemplo, são
parte do plano de Deus.
Refutação: Embora Deus tenha incluído o pecado em Seu plano, Ele nunca é
responsável pela prática do pecado.
"Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as
riquezas da sua graça, que Ele tornou abundante para conosco em toda a
sabedoria e prudência, descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu
beneplácito, que propusera em si mesmo, de tornar a congregar em Cristo todas
as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus
como as que estão na terra; nele, digo, em quem também fomos feitos herança,
havendo sido predestinados conforme o propósito daquele que faz todas as coisas,
segundo o conselho da sua vontade, com o fim de sermos para louvor da sua
glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo”.
(Ef 1:7-12)
Para sermos mais claros, podemos descrevê-los como sendo as regras do jogo!
A doutrina dos Decretos parte do princípio de que Deus "não inventa" Seus planos ao longo
daquilo que nos chamamos de Historia.
A doutrina trabalha com uma hipótese, informada pelas Escrituras, de que tudo
que Deus fez foi planejado e determinado antes da fundação do mundo.
“Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes
resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram".
(1 Pe 1:18-20)
“e adora-la-ão todos os que habitam sobre a terra, aqueles cujos nomes não foram escritos
no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo".(Ap 13:8)
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da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da
promessa”. (Sl 33:6-11).
O Decreto
“Fez Deus os dois grandes luzeiros: o maior para governar o dia, e o menor para governar a
noite; e fez também as estrelas. E os colocou no firmamento dos céus para alumiarem a terra,
para governarem o dia e a noite e fazerem separação entre a luz e as trevas. E viu Deus que isso
era bom”. (Gn 1:16-18)
“Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha
ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre
toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra”. (Gn 1:26)
“Quando o Altíssimo distribuía as heranças às nações, quando separava os filhos dos homens
uns dos outros, fixou os limites dos povos, segundo o número dos filhos de Israel”. (Dt 32:8)
“de um só fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os
tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação”. (At 17:26)
"Visto que os seus dias estão contados, contigo está o número dos seus meses; tu ao homem
puseste limites além dos quais não passará". (Jó 14:5)
Não precisamos, nem pretendemos comprovar a seqüência lógica destes decretos que seguem.
- Permitindo O Pecado
Sabemos que Deus não induz ninguém ao pecado (Tg 1:13-14), no entanto, como
Criador, Deus é, obrigatoriamente, o autor das condições que permitiram o
surgimento do Mal.
Quando Ele fez a criação, colocou no jardim do Éden a Arvore do Conhecimento do
Bem a do Mal.
"Do solo fez o SENHOR Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boas para
alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem
e do mal.” (Gn 2:9)
Através do Bem, Deus irá subjugar o Mal. A vida de José é um excelente exemplo
deste decreto:
"Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer,
como vedes agora, que se conserve muita gente em vida".
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(Gn 50:20)
“Pois até a ira humana há de louvar-te; e do resíduo das iras te cinges". (Sl 76:10)
- Salvando do Pecado
Este é o Decreto de Redenção, e tem várias facetas, como se pode ver abaixo.
De acordo com seu entendimento ou tradição teológica, você irá dar mais ênfase a um
Decreto ou a outro.
A Liberdade do Homem
Quanto à liberdade do homem, entende-se que ele foi criado tanto com capacidade para não
pecar como também para pecar.
Mesmo com uma natureza decaída, ele continua responsável por suas ações, que
sinalizam, no mínimo, uma liberdade condicional.
Graça Proveniente
É claro que o homem nunca iria se salvar, se não fosse a graciosa intervenção de
Deus em seu favor. Isto é o que se chama de graça proveniente.
Presciência Divina
“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles
que são chamados segundo o seu propósito. Porquanto aos que de antemão conheceu,
também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja
o primogênito entre muitos irmãos.” (Rm 8:28-29)
Eleição Graciosa
"assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e
irrepreensíveis perante ele; e em amor." (Ef 1:4)
Graça Especial Ou Salvadora
Esta graça especial é comunicada ao pecador à medida que ele coopera com Deus,
respondendo à pregação do Evangelho com fé e arrependimento.
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de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e
recebereis o dom do Espírito Santo.” (At 2:37-38)
Deus, na Sua bondade, não apenas salva imerecidamente o pecador, como também
decreta que o tal receberá um galardão, de acordo com seu serviço a Deus.
"Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão, segundo o
seu trabalho" (1 Co 3:8)
Por outro lado, Deus decretou a punição eterna daqueles que rejeitam Sua oferta de
Salvação:
"Então, o Rei dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim,
malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos." (Mt 25:41)
Neste decreto, entendemos que Deus decidiu criar o ser humano como um ser
social, que haveria de prosperar em um ambiente familiar.
"Disse mais o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora
que lhe seja idônea. “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une a sua mulher, tornando-
se os dois uma só carne.” (Gn 2:18, 24)
“Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores; porque não há autoridade que não
proceda de Deus; e as autoridades que existem foram por ele instituídas.De modo que
aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão
sobre si mesmos condenação. (Rm 13:1-2)
A Providência Divina
Deus tem um propósito em tudo o que faz no mundo, e através da Providência
Divina está continuamente envolvido com todas as coisas criadas, de forma tal
que:
c) Governa ou dirige todas as coisas a fim de que cumpram esses propósitos divinos
(Governo)
Sl 103.19; Dn 4.35; 1Co 15.27; Ef 1.11; Fp 2.10-11; Rm 8.28
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Soberanamente, Deus escolheu a Abraão e através dele a nação de Israel, para ser
a fonte de extraordinárias bênçãos para o mundo.
“Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela, e da casa de teu pai,
para a terra que eu te mostrarei. Eu farei de ti uma grande nação; abençoar-te-ei, e
engrandecerei o teu nome; e tu, sê uma bênção. Abençoarei aos que te abençoarem, e
amaldiçoarei àquele que te amaldiçoar; e em ti serão benditas todas as famílias da
terra.”(Gn 12:1-3)
Não obstante a restauração da nação do Israel, Deus elegeu a lgreja para uma missão de
enorme responsabilidade.
"para que, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida, agora, dos
principados e potestades nos lugares celestiais, segundo o eterno propósito que estabeleceu
em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Ef 3:10-11)
Este fato é muito bem ilustrado no livro do Apocalipse, onde encontramos a profecia do
triunfo final de Deus sabre todos os seus inimigos.
O Paraíso, que foi destruído em Gênesis, será restaurado, e Deus enxugará todas
as lágrimas!
"E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já se foram o primeiro céu e a primeira terra, e
o mar já não existe. E vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que descia do céu da parte de
Deus, adereçada como uma noiva ataviada para o seu noivo.E ouvi uma grande voz, vinda
do trono, que dizia: Eis que o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles
habitará, e eles serão o seu povo, e Deus mesmo estará com eles.
Ele enxugará de seus olhos toda lágrima; e não haverá mais morte, nem haverá mais
pranto, nem lamento, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.E o que estava
assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve;
porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.Disse-me ainda: está cumprido: Eu sou o Alfa
e o èmega, o princípio e o fim. A quem tiver sede, de graça lhe darei a beber da fonte da
água da vida.
Aquele que vencer herdará estas coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho.." (Ap
21:1-7)
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