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João Manuel Amaro.

Nº 99959
1º ano Mestrado Ensino da Musica.
Grupo 8

1.

As funções principais do sistema educacional como apontadas por K. Robinson


focam-se primariamente em haver estruturas pedagógicas mais horizontais e que
permitam que os alunos explorem as suas capacidades individuais e talentos próprios de
uma forma mais heterogénea.
a.
O entrevistado, critica os modelos de ensino existentes que ainda se baseiam em
modelos antigos do pós “Bom” da economia industrial, onde através desses mesmos
modelos os alunos fariam a assimilação da informação de uma forma homogénea e
repetitiva que não valorizava os valores intelectuais de cada um, este modelo assentava
na premissa de formar maioritariamente trabalhadores capazes, que muitas vezes
trabalhariam a vida toda na mesma área de trabalho como técnicos de linhas de produção
onde o trabalho era repetitivo e com pouco valor intelectual.
Também existe uma forte critica á maneira como as disciplinas estão
hierarquizadas no sistema educacional, onde as cadeiras como as matemáticas, físicas
são mais valorizadas em relação as línguas e desporto e por sua vez, todas as anteriores,
são consideradas mais importantes que as artes e processos criativos. Isto mais uma vez
deve-se ao modelo de ensino existente ainda se focar principalmente em formar
trabalhadores para o mundo laboral.

b.
Considero que existe de facto uma tendência no sistema artístico de musica em
Portugal para o anacronismo no mesmo. Os programas educacionais pouco se alteraram
nos últimos anos e ao mesmo tempo a forma como vemos a musica e o papel dela
sociedade tem se vindo a alargar, seja através da criação de novos estilos, seja através
da difusão dos mesmo em novas plataformas digitais. Os programas nas escolas de
musica e conservatórios ainda assentam muito em valores tradicionais. Tanto R. Allsup
como K. Robinson apresentam uma preocupação em considerar as “máximas”
institucionalizadas como as mais corretas e logo como as mais importantes. O papel da
tradição artística seja ela no domínio e compreensão de musica ou noutras áreas é
importante, mas deve estar continuamente a ser posta em causa de modo a não estagnar
e assim evoluir.

Por exemplo, a uniformização do reportório nos conservatórios através de inclusão


de obras, métodos e programas obrigatórios que cada aluno deve tocar em determinado
ano académico, parece ser ,hoje em dia, obsoleto para mim. Não encoraja á exploração
de novos reportórios e ao mesmo tempo torna os músicos mais homogéneos em termos
de interpretação e execução.

Outro falha no sistema educacional artístico em Portugal que alem de não


promover a diferença e originalidade de cada musico dando programas mais alargados e
horizontais, ainda falha na preparação dos mesmo para o mundo profissional. Hoje em dia
um musico só por tocar bem certo reportório erudito não vai ter a facilidade que teria em
épocas anteriores a ter sucesso do ponto de vista profissional, tem que haver uma
preocupação em encontrar pontos únicos fortes em cada musico e encoraja-los a
explorarem os mesmos.

2.

O aspeto mais positivo do nosso sistema educacional é que os programas de


musica são feitos para criar instrumentistas altamente habilitados seja na execução seja
na compreensão analítica de material musical.

O aspeto que considero mais negativo presente nas nossas escolas de musica é a
homogeneização dos instrumentistas, não criando novas formas de abordar e apresentar
musica, pensando qual o seu papel como artista na sociedade.

Referencias Bibliográficas

Allsup, R. E. (2010). Choosing music literature. In H. Abeles & L. Custodero (Eds). Critical issues in music
education: Contemporary theory and practice. Oxford: Oxford university press, 215-235.

Vasconcelos, A. (2016). O ensino especializado de música entre diferentes mundos, complexidades e


desafios: artigo online em:
http://antonioangelovasconcelos.blogspot.com/2016/05/o-ensino-especializado-de-
musica-entre.html

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