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PRAGMÁTICA

Breves considerações

IBICT/UFRJ
17 de maio, 2013
Maria de Fatima S. de O. Barbosa
Fonte: Armengaud, 2006, p. 150-151
PEIRCE
Decorre de nossa própria existência (que é provada pela
ocorrência da ignorância e do erro) que tudo que está
presente a nós é uma manifestação fenomenológica de nós
mesmos. Isso não impede que seja também a manifestação
de algo fora de nós, do mesmo modo que o arco-íris é, ao
mesmo tempo, uma manifestação tanto do sol quanto da
chuva. Quando pensamos, então nós mesmos, tal como
somos naquele momento, aparecemos como um signo.

(PEIRCE, C. S. The Essential Peirce. Ed. N. Houser et al. Bloomington:


Indiana University Press, 1992a. v. 1. p. 38)
Conceituação do termo
O termo pragmática é derivado do grego pragma = coisa, objeto, no
sentido de algo feito ou produzido e o verbo pracein = agir, fazer e foi
introduzida pela primeira vez em filosofia por Charles Peirce, em 1878.

A pragmática se caracteriza pelo estudo da linguagem em uso. “É a ciência


do uso linguístico, estuda as condições que governam a utilização da
linguagem, a prática linguística.” (FIORIN, 2005, p. 161)

O pragmatismo originou-se no final do século XIX e desenvolveu-se,


sobretudo, ao longo do século XX, principalmente nos Estados Unidos.
Charles Sanders Peirce (1839-1914), William James (1842-1910) e
posteriormente John Dewey (1859-1952), são os principais
representantes desse pensamento em suas várias vertentes.
Contemporaneamente Richard Rorty (1931-) se destaca como
defendendo o que tem sido caracterizado como neopragmatismo.
Segundo a definição de CHARLES MORRIS (1938) pragmática é “a ciência
que trata da relação entre os signos e seus intérpretes”.

RUDOLF CARNAP (1938), lógico e filósofo da ciência, de origem alemã,


com quem Morris trabalhou em Chicago, definiu pragmática como o
estudo da linguagem em relação aos seus falantes, ou usuários”, e
acrescenta: “a pragmática está na base de toda a linguística”.

MORRIS e CARNAP fazem distinção no campo de estudos da linguagem


entre:
 pragmática, que considera a linguagem em seu uso concreto,
 semântica, que examina os signos linguísticos em sua relação com os
objetos que designam ou a que se referem, e
 sintaxe, que analisa a relação dos signos entre si.
Uma outra concepção de pragmática se desenvolveu com base em
correntes na filosofia da linguagem e na linguística. Essa concepção
vincula a linguagem e o uso concreto da linguagem como a principal
instância de investigação da linguagem, tratando a semântica e a sintaxe
apenas como construções teóricas. Destacam-se nesse corrente:

WITTGENSTEIN (1926), STRAWSON (1950) (concepção de jogos de


linguagem) GILBERT RYLE (filosofia da linguagem ordinária) AUSTIN
(1962) e SEARLE (1965) (teoria dos atos de fala), e UMBERTO ECO
(semiótica), FRANCIS JACQUES (relação interlocutiva), LEVINSON,
(1983) dentre outros.

Essa corrente constitui-se em uma visão filosófica segundo a qual o estudo


da linguagem deve ser realizado em uma perspectiva pragmática, como
prática social concreta, examinando, portanto, a constituição do
significado linguístico a partir da interação entre falante e ouvinte, do
contexto de uso, dos elementos socioculturais pressupostos pelo uso, e
dos objetivos, efeitos e consequências desses usos.
WITTGENSTEIN e os jogos de linguagem
WITTGENSTEIN, em sua segunda fase, agora no Philosophical
Investigations (1953), reformula seus pressupostos e assume que não
mais será importante especular sobre as propriedades intrínsecas das
proposições. Importará saber, a partir da observação empírica, como
funcionam o que rotulou de “jogos da linguagem”, vistos por ele como
parte de uma atividade, ou – como também chamaria – “formas de
vida”.
“A expressão jogo de linguagem deve indicar aqui que falar uma língua faz
parte de uma atividade, de um modo de viver. Imagine a variedade dos
jogos de linguagem com a ajuda dos exemplos seguintes e de outros
mais: - ordenar ou agir segundo regras; - descrever um objeto em
função de sua aparência ou de suas medidas; - fabricar um objeto
seguindo instruções [...] (WITTGENSTEIN, 1996, in: ARMENGAUD, 2006,
p.37)
Outros teóricos
J. HABERMAS (Pragmática universal e Teoria da ação comunicativa) e
K.O. APEL (Pragmática transcendental) inspirados no pragmatismo e na
filosofia pragmática da linguagem, desenvolveram concepções de
pragmática voltadas para a análise das condições de possibilidade da
comunicação, de seus pressupostos e de suas implicações, inclusive nos
campos da ética e da política.

A pragmática pressupõe uma concepção segundo a qual o significado é


relativo a contextos determinados e deve ser considerado a partir do uso
dos termos e expressões linguísticos utilizados nesses contextos. O
significado não é visto como arbitrário, mas como dependente do
contexto.
Questões filosóficas da pragmática

Subjetividade: o que é que muda na concepção de sujeito quando ele é


considerado como falante e como interlocutor, quando nos
aproximamos dele não mais a partir do pensamento mas a partir da
comunicação?
Alteridade: o “outrem” é percebido a partir da interlocução. O outro é
aquele com quem eu falo.
“Cogito” cartesiano: “eu penso” é sempre verdadeiro quando eu pronuncio.
Verdadeiro por uma necessidade pragmática. Sua contraditória é
pragmaticamente falso quando digo: “eu não existo”.
Dedução transcendental das categorias em Kant. Trata-se de estabelecer
o valor objetivo dos principais tipos de síntese do pensamento, cujo uso
objetivo é regulado por princípios. [...]
Controvérsias - quem marcam as ciências.
Fundamenta-se pela lógica.
Questões surgidas dos estudos pragmáticos

Que fazemos quando falamos?


Que dizemos exatamente quando falamos?
Por que perguntamos a nosso vizinho de mesa se ele pode nos passar o
sal, quando sabemos que ele pode?
Quem fala e para quem?
Quem você acha que sou para me falar desse modo?
Precisamos saber o quê para que outra frase deixe de ser ambígua?
Como alguém pode dizer uma coisa completamente diferente daquilo
que queria dizer?
Quais são os usos da linguagem?
Em que medida a realidade humana é determinada por sua capacidade
de linguagem?
Nos estudos pragmáticos são analisados elementos que operam no
processamento dos atos de fala como referências para a compreensão e
para a interação. Os participantes de uma comunidade discursiva
armazenam roteiros (scripts) e enquadres (frames) que balizarão a
interpretação dos conteúdos e formas integrados nos atos de fala.
Mediante a repetição de determinados atos de fala, constroem-se rituais
que caracterizam um e outro ato, de modo a criar expectativas nos
sujeitos acerca de cada realização. Exemplos: conferências, aulas,
palestras, defesa, argumentação etc.

Em sua obra Frame Analysis, Goffman (1979) define enquadres como uma
metáfora tangível para se compreender o que inúmeros sociólogos
denominam “conhecimento prévio”, “contexto”, “situação social”.
Enquadre é a busca do sentido implícito da mensagem, é a busca de
tentar entender o que não está dito, mas que está significado.
(BARBOSA, 2010, p. 64)

Scripts: Conjunto de informações sobre dado tema, por meio das quais se recuperam
as referências e se constroem inferências sobre um enunciado.
Frames: Conjuntos de quadros (imagens) que formam um contexto de comunicação.
Conhecimentos reunidos em torno de um certo conceito.
Conceitos importantes da pragmática
Conceito de ATO: a linguagem não serve só, nem primeiramente, nem
sobretudo para representar o mundo, mas ela serve para realizar ações.
Falar é agir, agir sobre outrem. É fazer um “ato de fala”.

Conceito de CONTEXTO: situação concreta em que os atos de fala são


emitidos, ou proferidos, o lugar, o tempo, a identidade dos falantes, etc,
enfim, tudo o que é preciso saber para entender e avaliar o que é dito.

Uma teoria cognitiva da pragmática deverá elucidar as relações existentes


entre os vários sistemas cognitivos (conceituais) e as condições de
adequação dos atos de fala aos seus contextos de ocorrência, ou
situações de produção (VAN DIJK, 1996).

Conceito de DESEMPENHO: é a realização do ato em contexto, seja


atualizando a competência dos falantes, seu saber, seu domínio das
regras, seja integrando o exercício linguístico a uma noção mais
compreensiva, como a da competência comunicativa.
Competência - Desempenho
CHOMSKY (1966, p. 32). Para o linguista, a ‘competência’ de um falante
é comprovada por seu conhecimento tácito sobre sua própria língua, daí
sua competência gramatical. A capacidade de um falante para detectar a
gramaticalidade ou a ambiguidade de um enunciado em uma língua, por
exemplo, comprovaria sua competência naquela determinada língua.

Para Chomsky, as gramáticas são modelos de competência, onde


competência é o conhecimento de uma língua idealizada, distanciada
da irregularidade e do erro. O conceito de ‘competência linguística’
pode ser interpretado como uma teoria de competência gramatical,
com componentes fonológicos, semânticos, sintáticos e morfológicos.
Se a pragmática se interessa pelo contexto, pode-se afirmar que, por
definição, a pragmática não é parte da competência, e, portanto, não
está dentro do âmbito das descrições gramaticais. (LEVINSON, 2007, p.
39)
DELL HYMES (1972, p. 271-279) consagra a expressão ‘competência
comunicativa’ a partir de sua proposta de expansão do construto de
‘competência’ apresentado por Chomsky (1966).

Para Hymes, a criança adquire conhecimento sobre construções, não


apenas como gramaticais, mas também como adequadas. Ela adquire
uma competência a respeito de quando falar, quando se calar, e quanto
ao que falar com quem, quando, onde e de que maneira. Em suma,
uma criança se torna capaz de realizar um repertório de atos de fala,
para participar em eventos de fala, e avaliar a sua realização por
outros. Acrescenta, ainda, que tal competência é adquirida
concomitantemente a um conjunto de atitudes, valores e motivações
concernentes à língua, suas características e usos.
Avançando sobre o conceito de Chomsky
Assim, Dell Hymes amplia o modelo de Chomsky, ao defender a
necessidade de uma teoria mais abrangente, que explique a
competência de um falante para além de sua habilidade de identificar e
utilizar estruturas gramaticais características da língua. O autor
preconiza a existência da competência de uso citando diversas
maneiras de diferentes culturas reconhecerem comportamento
interrogativo apropriado.

CHOMSKY (1980, p. 59). Essa dicotomia – entre regras gramaticais e


regras de uso – não foi ignorada por Chomsky, que também traça
considerações a respeito de uma competência pragmática. O autor
afirma que “é possível em princípio que uma pessoa tenha
competência gramatical total e nenhuma competência pragmática, e,
portanto, nenhuma habilidade para usar a língua adequadamente,
apesar de uma sintaxe e semântica perfeitas”.
Competência fora da pragmática
PERRENOUD: Na área da educação, final do século XX e início do
século XXI, o sociólogo suíço Philippe Perrenoud publica várias obras
em que defende um ensino no qual o estudante desenvolva
‘competências’ para atuar efetiva e independentemente na sociedade
moderna. Na visão do autor, ‘competência’ refere-se ao uso orquestrado
de conhecimentos diversos (ou esquemas) para atingir determinado
objetivo prático; seria um ‘savoir-faire’ (PERRENOUD, 1999, p. 26-
27) adquirido após acúmulo de conhecimentos e de experiência.

EDGAR MORIN: define competência como “uma aptidão organizacional


para condicionar ou determinar certa diversidade de ações /
transformações /produções” (MORIN, 2002, p. 185), em contraste com
práxis, que é definida como um “conjunto de atividades que efetuam
transformações, produções, realizações a partir de uma competência”
(MORIN, 2002, p. 186).
Pressuposições e Implicaturas

PRESSUPOSIÇÃO (Strawson, 1952): diz-se que um enunciado pressupõe


outro se a verdade desse último é uma pré-condição da verdade do
primeiro.
Todos os gatos do Arnaldo fazem a sesta.
Pressupõe
Arnaldo tem gatos.

IMPLICATURAS (Grice, 1982): sugestão, insinuação. Grice distingue


implicaturas conversacionais ou discursivas e implicaturas
convencionais ou lexicais. A implicatura é discursiva e contextual não
tem vínculo com os valores de verdade, nem com a linguística. Pode
revelar-se falsa.
Pressuposições e Implicaturas
A preocupação central de Grice era encontrar uma forma de descrever e
explicar os efeitos de sentido que vão além do que é dito. Em última
análise, como é possível que um enunciado signifique mais do que
literalmente expresso?

Deve haver algum tipo de regra que permita a um falante (A) transmitir
algo além da frase e a um ouvinte (B) entender esta informação extra. O
autor introduz os termos técnicos implicitar (implicate), implicatura
(implicature) implicitado (implicatum) com objetivo de organizar um
sistema explicativo dessa significação que (A) e (B) podem entender,
mas que, efetivamente, não foi dito. Quando dois indivíduos estão
dialogando, existem leis implícitas que governam o ato comunicativo.
Isso significa que, mesmo inconscientemente, os interlocutores
trabalham a mensagem linguística de acordo com certas normas comuns
que caracterizam um sistema cooperativo entre eles, para que as
informações possam ser trocadas o mais univocamente possível.
Implicaturas conversacionais e
Implicaturas convencionais ou lexicais

A implicatura conversacional está na base do procedimento comunicativo


como um subentendido. Do lado do ouvinte, é a habilidade de
entender o subentendido.Têm como suporte o léxico, a língua, ou seja,
significados convencionalmente vinculados às palavras.
[Didier, meu colega, e, ainda por cima, amigo...]
[Maria está grávida, mas José está encantado com isso... ]
Máximas conversacionais de Grice (1968)
Grice chama, a esse conjunto de regras, "princípio de cooperação". As
Máximas são empréstimos dos juízos de Kant.

Máxima da quantidade: torne seu discurso tão rico de


informação(ões) mas não em excesso, quanto requerido pelo objetivo da
comunicação.
(Máxima de informatividade)

Máxima da qualidade: não afirme o que você acredita ser falso, nem
aquilo que não tem prova suficiente.
(Máxima de sinceridade)

Máxima da relação: seja pertinente.


(Máxima de pertinência)

Máxima da modalidade: “Seja claro, sem equívocos, sintético e


ordenado.
(Máxima de civilidade)
Atos de fala
Pragmática de modalidades de enunciação
TEORIA DOS ATOS DE FALA (TAF)

A Teoria dos atos de fala, baseada nas conferências de Austin, sob o título
de How to do things with words de 1955 e publicada em 1962. Esse
autor argumentava que a língua não se presta somente a descrever a
“realidade”, mas também a alterá-la e/ou a criar novas realidades. Esses
atos foram cunhados por Austin de atos ilocucionários (latim in: dentro,
e locutio: discurso).

A TAF emergiu como reação à semântica das condições de verdade (truth-


conditional semantics). Essa última postulava que uma frase ou
segmento linguístico só seria significativo se pudesse ser avaliado em
termos de verdade ou falsidade – perspectiva que se funda na
concepção de uma realidade externa objetiva e sobre a qual a linguagem
verbal é capaz de produzir assertivas verdadeiras ou falsas.
Atos de fala
Pragmática de modalidades de enunciação
A Teoria estabelece duas categorias de entidades linguísticas – as frases e
os enunciados. As primeiras têm relação com as condições de verdade,
enquanto os últimos implicam as condições de felicidade; as primeiras
seriam puramente constatativas (relacionadas com a veracidade ou
falsidade dos estados de coisas descritos) e os últimos seriam
performativos (implicariam a realização de uma determinada ação).

A TAF é um estudo sistemático da relação entre os signos e seus


intérpretes. A realização (performance) de alguns tipos de atos acarreta
na comunicação humana.

De acordo com BENVENISTE, a enunciação é a colocação em


funcionamento da língua por um ato individual de utilização, em outras
palavras, o falante utiliza-se da língua para produzir enunciados.
Atos de fala
Critérios de Searle para atos ilocucionários
1. Diferença quanto à finalidade do ato. Qual é o ponto?
2. Diferença quanto à orientação de ajuste entre as palavras e as coisas.
Faz parte do ponto ilocucionário de algumas sentenças ajustar o
melhor possível as frases à realidade.
3. Diferença acerca dos estados psicológicos expressos. Aquele que
afirma, explica, reivindica p exprime a crença de que p.
4. Diferenças de intensidade de investimento ou de comprometimento
manifesto na apresentação do ponto ilocucionário. “Sugiro irmos ao
cinema”. “Insisto em que vamos ao cinema.”
5. Diferenças de estatuto ou de posição do falando e do ouvinte, na
medida em que a força ilocucionária da sentença é sensível a isso.
(Quem manda quem pede).
6. Diferenças de na maneira com que a sentença se relaciona com
interesses do falante e do ouvinte.
Atos de fala
Critérios de Searle para atos ilocucionários
7. Diferenças na relação com o todo do discurso. (Respondo, concluo,
deduzo, etc)
8. Diferenças de conteúdo proposicional determinadas por marcas ou
procedimentos indicativos da força ilocucionária. A diferença entre um
relato e um relatório e de uma predição – passado e futuro.
9. Diferenças entre os atos que são sempre atos de fala e os que podem ser
realizados como atos de fala, mas que não são necessariamente
realizados como tal.
10. Diferenças entre os atos que requerem instituições extralinguísticas
para a sua realização e aqueles que não o requerem.
11. Diferenças entre os atos em que o verbo ilocucionário correspondente
tem um performativo e aqueles que não o tem.
12. Diferenças no estilo de realização do ato ilocucionário.
Teoria da Polidez
A Teoria da Polidez de Brown e Levinson (1978; 1987) tem sido usada
para explicar uma das principais metas e/ou objetivos dos atores
sociais: atender aos desejos de face e de manter seu território
respeitado. Pressupostamente, é interessante para todos os
participantes de um encontro social trabalhar para que tanto os desejos
de face do self quanto do outro sejam mantidos. A meta é alcançada
com o uso de estratégias de polidez que, como veremos adiante, são
estratégias que os agentes utilizam para manter a interação em
harmonia.

Brown e Levinson (op. cit) demonstram que, durante a interação, são


postos em evidência vários atos verbais e não-verbais que
constantemente ameaçam a face de uma ou de outra das quatro faces,
duas do ouvinte e duas do falante. Quando uma das faces é ameaçada,
temos o que B-L denominam de Atos de Ameaça à Face (AAF), do
inglês Face Threatening Act (FTA).
(BARBOSA, 2010, p. 52)
Conclusões

Vivemos inseridos em diversos contextos sociais e em constante interação


com o outro. Produzimos e interpretamos atos, mensagens, verbais e
não verbais, os quais nos impulsionam para ação. As palavras dizem o
que não está explícito e mesmo assim as interpretamos, de modo a que
o outro nos permita dar curso à comunicação.

Que fazemos quando falamos? e Que dizemos exatamente quando


falamos? só encontram respostas se olharmos as situações em que
produzimos nosso discurso à luz das teorias pragmáticas acima descritas
e de outros modelos não apresentados nesse trabalho.

A pragmática nos permite sair de nosso confortável lugar de falante para


olhar o outro, ouvir o outro e tentar entender o discurso do outro, “para
olharmos fora de nós”.
Referências
ARMENGAUD, F. A Pragmática. São Paulo: Parábola Editorial, 2006.
BARBOSA, M.F. S.O. ( Im)polidez em EAD. Tese (Doutorado em Linguística) - UFRJ, Rio
de Janeiro, 2010.
FIORIN, J. L. Pragmática. In: FIORIN, J.L. (Org.) Introdução à linguística II - Princípios de
análise. São Paulo: Contexto, 2003. (p. 161-186)
GONÇALVES, J.L. V. R. Desenvolvimentos da pragmática e a teoria da Relevância aplicada
à tradução. Linguagem em (Dis)curso - LemD, Tubarão, v. 5, n. esp., p. 129-150, 2005.
LEVINSON, S. Pragmática. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
PINTO, J. Plaza. Pragmática. In: MUSSALIN, F.; BENTES, A. C. Introdução à linguística:
domínios e fronteiras. V. 2. São Paulo: Cortez, 2006. (p. 47-68)
SIMÕES, Darcilia. O que é pragmática? Congreso Internacional Venezolano de Semiótica,
Maracaibo, 2002.
VAN DIJK, Teun A Cognição, discurso e interação. São Paulo: Contexto, 1996.
SOUZA, R. A. de; HINTZE, A. C. J. Pragmatismo e linguística: interfaces e intersecções.
COGNITIO-ESTUDOS: Revista Eletrônica de Filosofia, São Paulo, Volume 7, Número
2, julho - dezembro, 2010, pp. 108-120

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