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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE GOIÁS

FACULDADE LIONS

LEANDRO GOETZ
JUNEIR ALVES DE SOUZA

DIREITO CIVIL III

Contrato de Seguro

Goiânia – Goiás

Dezembro, 2018
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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................... 02
2. DESENVOLVIMENTO.............................................................................. 02
2.1 CARACTERES JURÍDICOS............................................................... 03
2.2 ELEMENTOS E REQUISITOS........................................................... 04
2.2.1 Sujeitos.................................................................................... 05
2.2.2 Objeto....................................................................................... 07
2.3 CLASSIFICAÇÃO DOS SEGUROS.................................................... 08
2.4 EXTINÇÃO......................................................................................... 09
3. CONCLUSÃO........................................................................................... 10
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................ 10
II

1. INTRODUÇÃO

A finalidade deste trabalho é apresentar a forma como se dá a


formação do contrato de seguros, bem como os principais direitos e obrigações destes
contratos, apresentaremos também a culpa e causalidade, estabelecendo os
elementos da responsabilidade civil.

Iremos estudar esta forma de contrato onde o segurador se obriga a


garantir, contra riscos não determinados, referente a uma coisa ou pessoa, sendo este
garantido através do pagamento de prêmio no caso de ser acionado o sinistro.

2. DESENVOLVIMENTO

Podemos conceituar o seguro através das diversas concepções de


doutrinadores, mas isso não impede de uniformizar estes conceitos básicos, temos
alguns conceitos de alguns dos principais doutrinadores, e são eles:

“O seguro é a compensação, segundo as leis da estatística ou outros dados


científicos, de um conjunto de riscos da mesma natureza, permitindo, mediante remuneração chamada
prêmio ou cotização, fornecer, pela garantia mútua e nas condições fixadas, certas prestações em caso
de realização de uma eventualidade suscetível de criar um estado de carência”. (Félix Monette, Albert
de Villé e Robert André, Traité des assurances terrestres, Bruxelas, 1949, V.1, P.46).

E segundo Maria Helena Diniz (2003, p.441):


III

“O contrato de seguro é aquele pelo qual uma das partes (segurador) se obriga para
com a outra( segurado),mediante pagamento de um prêmio, a garantir-lhe interesse legítimo relativo a
pessoa ou a coisa e a indenizá-la de prejuízo decorrente de riscos futuros previstos no contrato”.

No Código Civil Brasileiro o contrato de seguro é conceituado no artigo


757, com a seguinte redação:

“Pelo contrato de seguro, o segurador se obriga, mediante o


pagamento do prêmio, a garantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa ou
a coisa, contra riscos predeterminados”.

2.1 CARACTERES JURÍDICOS

É um contrato de natureza bilateral e isso ocorre


devido aos efeitos que são criados pelo mesmo, pois constitui
obrigações para ambos os contraentes. Podemos afirmar que no
contrato de seguro existe uma relação de reciprocidade de
obrigações.

No contrato de seguro tanto o segurado como o


segurador, são considerados sujeitos de direitos e deveres, ou seja,
o segurado tem o dever de pagar o prêmio e o segurador possui o
dever de pagar a indenização, caso o risco se concretize.

Os contratos de seguros estão classificados no grupo


de contratos onerosos, pois estes trazem consigo prestações e
contraprestações, pois ambas as partes deste contrato têm o objetivo
de obter vantagem patrimonial. É também considerado como um
contrato aleatório, pois não possuem equivalência entre as
prestações, pois o segurado nunca poderá antever, de imediato, o que
este receberá em troca da sua prestação, pois é o segurador quem
assume o elemento essencial desse contrato, que é o risco, pois este
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deverá ressarcir o segurado quando este sofrer algum dano de evento


incerto e que está previsto em contrato.

Estes contratos possuem caráter formal de acordo


com a jurista Maria Helena Diniz, uma vez que estes possuem como
obrigatoriedade estarem firmados da forma escrita, e este contrato
passa a ser considerado perfeito quando o segurador envia a apólice
de seguro ao segurado, ou faz nos livros o lançamento usual da
operação, de acordo com os arts. 758 e 759, CC. Porém no artigo 758
percebe-se que o documento exigido possui apenas caráter
probatório.

Os contratos de seguro são de execução continuada


ou sucessiva, pois visa desta forma proteger uma pessoa ou um bem.
A contratação de seguros ocorre através de contrato por adesão e
quando o segurado adere ao contrato, este não pode discutir as
cláusulas que foram impostas pelo segurador na apólice impressa e
no caso de se fazer necessário realizar modificações especiais estas
serão feitas através de ressalvas inseridas através de justaposição ou
carimbo.

Os artigos 765, 766 e § único do CC afirma que como


o contrato de seguro exige uma conclusão rápida, determina então
que o segurado possua uma conduta leal e sincera nas declarações
realizadas por ele quanto aos riscos e conteúdos deste contrato, pois
caso isto não aconteça ele sofrerá sanções por proceder com má-fé.
Isto quer dizer que se o segurador não tiver como realizar as aferições
necessárias que confirmem as afirmações do segurado, como
inspeções ou exames médicos ou vistorias, as declarações do
segurado serão consideradas verdadeiras e completas.

2.2 ELEMENTOS E REQUISITOS


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2.2.1 Sujeitos

A) Segurador: ele assume todo o risco, pois


mediante o pagamento do prêmio este se
obriga a pagar a indenização estipulada em
contrato. Sendo assim podemos afirmar
que para que haja a indenização, caso
ocorra o sinistro, é necessário o pagamento
do prêmio pois esta é a garantia pecuniária
para a indenização que vem com o intuito
de evitar a diminuição patrimonial do
segurado. Somente companhias
especializadas com autorização prévia do
governo federal, conforme
(ASSP,1.852:74; CF 88,art.192,II, com
redação da EC 13/96; lei nº 8.177/91, art.
21;CC, art.757, parágrafo único) ou de
cooperativas devidamente autorizadas pelo
Decreto - Lei nº 73166, art.24 e
Regulamento nº 59.195/66.

B) Segurado: o segurado é a parte do contrato


que possui o interesse direto da
conservação da pessoa ou da coisa, ele é
responsável por efetuar pagamentos
periódicos e de forma moderada,
caracterizados como prêmio, em troca do
risco que o segurador assume em caso de
ocorrer os sinistros determinados em
contrato, sendo indenizado pelos danos
sofridos. Dessa forma, ao contrário do que
se dá com o segurador, qualquer pessoa
pode figurar na posição de segurado,
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sendo necessário, em princípio ter


capacidade civil.

C) Beneficiário: a figura do beneficiário


aparece nos contratos de acidentes
pessoais, bem como de contratos de
seguro de vida, e consiste na pessoa a
quem será pago o valor do seguro
(indenização) o caso da ocasião do sinistro.
Este tipo de contrato onde um terceiro, que
é estranho a relação deste contrato, fica
designado é uma estipulação em favor de
terceiro. Para nomear um terceiro
participante do contrato é necessário que
seja observado os requisitos contidos nos
arts. 793 e 1814, CC.

D) Co Segurador: este personagem surge


quando falamos de seguros extremamente
vultuosos onde se faz necessário a
participação de seguradoras em
pluralidade para ser possível cobrir o risco
por parte do segurador sem ocasionar
danos ao mesmo, neste caso o segurador
pode celebrar diversos contratos, cobrindo
os mesmos riscos e relativos ao mesmo
bem, e sendo necessário o pagamento de
indenização devido a sinistro o segurado
receberá o valor integral de todos os
seguradores.
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E) Ressegurador: a figura do resseguro


consiste na transferência de parte ou toda
responsabilidade do segurador para o
Ressegurador, com a finalidade de
distribuir para mais de um segurador a
responsabilidade pelo adimplemento da
contraprestação. Na verdade, o resseguro
consiste no “seguro do seguro”, uma vez
que é o segurador que transfere a sua
responsabilidade ou “um seguro mediato”,
na medida em que é um seguro assumido
entre o segurador e a resseguradora.

2.2.2 Objeto

A) Interesse: de acordo com Sílvio Venosa


aponta como objeto do seguro o interesse
segurável, este é o posicionamento
predominante entre os doutrinadores.
Tudo o que puder ser passível de
apreciação econômica e até aquilo que
não pode, como a doutrina aponta, a vida
pode ser objeto de seguro. Atualmente,
praticamente todos os interesses são
passíveis de cobertura, com exceção dos
excluídos pela lei, tais como, os relativos a
atos dolosos ou ilícitos e os de valor
superior ao do bem.

B) Risco: a obrigação de garantia contida no


seguro, só obriga a seguradora a pagar a
indenização quando o risco se concretiza,
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de maneira que este acontecimento se


torna essencial.

C) Forma: Maria Helena Diniz defende que o


seguro é formal, bem como por outros
doutrinadores, porém grande parte da
doutrina defende que o contrato de seguro
é consensual, bastando o acordo de
vontades para tornar o contrato concluso.
Importante observar o que diz o art. 758,
CC – “o contrato de seguro prova-se com
a exibição da apólice ou do bilhete do
seguro, e, na falta deles, por documento
comprobatório do pagamento do
respectivo prêmio”.

2.3 CLASSIFICAÇÃO DOS SEGUROS

Os contratos de seguro classificam-se quanto às


normas que o disciplinam (arts. 778 a 802), quanto ao número de
pessoas, sendo eles individuais, coletivos ou em grupo, quanto ao
meio em que o risco se desenrolará, quanto ao objeto que visam
garantir (patrimoniais, reais ou pessoais, arts. 778 a 802), quanto à
prestação dos segurados (a prêmio, mútuos e mistos) e quanto às
obrigações do segurador (dos ramos elementares, de pessoas ou de
vida – dentre estes o que possui maior importância são os seguros de
vida stricto sensu e os seguros contra acidentes)
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2.4 EXTINÇÃO

A extinção do contrato de seguro poderá o correr de


acordo com os seguintes casos:

A) pelo distrato, se ambos os contraentes


concordarem em dissolver os vínculos que os
sujeitavam (Dec.-Lei nº73-66, art.13);

B) pelo decurso do prazo estipulado;

C) pela superveniência do risco, porque então, o


contrato deixará de ter objeto e a seguradora
pagará o valor segurado. Mas se tal indenização
for parcial, o contrato terá vigência apenas pelo
saldo da indenização;

D) pela resolução por inadimplemento de obrigação


legal ou de cláusula contratual que, por efeito ex
nunc, não afetará as situações consumadas e os
riscos verificados;

E) pela nulidade, que não é causa que extingue o


contrato, mas apenas o torna ineficaz por força de
lei, como ocorre nos arts. 762, 766 e 768 do
Código Civil, e nos arts. 677 e 678 do Código
Comercial;

F) pela cessação do risco, em seguro de vida, se o


contrato se configurar sob a forma de seguro de
sobrevivência.
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3. CONCLUSÃO

Estudamos neste trabalho os contratos de seguro no Direito


Brasileiro, examinando todas as suas peculiaridades, características e modalidades.
Constatamos que estes contratos possuem enorme importância sócio – econômicas
atualmente, garantindo a tranquilidade e segurança ao segurado. Pois assim sendo o
contrato de seguro cobrirá o prejuízo que o segurado acarretaria e que agora se torna
responsabilidade do segurador, pois através do pagamento dos prêmios de todos os
segurados o segurador forma um fundo propiciando dessa forma a possibilidade de
pagamento das indenizações.

É através dos contratos de seguro que podemos ficar descansados e


despreocupados com as situações inesperadas, pois com a garantia de recebimento
da indenização conseguimos garantir a restituição de um patrimônio perdido devido a
algum sinistro, minimizando assim os riscos a que seus bens estão sujeitos.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DINIZ, Maria Helena. Tratado Teórico e Prático dos Contratos. 5. ed. São Paulo:
Saraiva, 2003.

LOUREIRO, Carlos André Guedes. Contrato de Seguro. Disponível em:< http:


jus.com.br/ revista/ texto/377/contrato – de –seguro/>. Acesso em: 15/10/2012.

GOMES, Orlando. Contratos. 24. ed. Rio de Janeiro, 2001.

WALD, Arnoldo. Obrigações e Contratos. 16. ed. São Paulo: Saraiva, 2004.

MORRIS, Amanda Zoe e BARROSO, Lucas Abreu. Direito dos Contratos. São Paulo:
RT, 2008.

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