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UNIDADE I - INTRODUÇÃO
Em Introdução, veremos os conceitos gerais referentes à violência, sua definição e tipologia. Em seguida,
analisaremos o impacto da violência na saúde, o motivo pelo qual tornou-se uma questão de saúde pública e seus
custos.
Estudaremos também a família e sua relação com a equipe da Atenção Domiciliar como elemento fundamental no
cuidado do dependente e veremos como a deficiência torna o indivíduo mais vulnerável à violência.
Por fim, estudaremos as estratégias de prevenção e proteção da Equipe de AD, com foco na notificação e na
importância do trabalho intersetorial.
Nesta unidade, falaremos sobre conceitos gerais no que diz respeito à violência na Atenção Domiciliar.
Veja, na história a seguir, a reunião de uma equipe de Atenção Domiciliar. Clique nos botões com a seta para avançar
as cenas ou revê-las.
1. Conceitos Gerais
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a violência como o uso intencional da força física ou do poder, real ou
em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha
grande possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação.
(KRUG et al., 2002, p.5)
De acordo com Minayo e Souza (1998), a violência é representada por ações humanas que ocasionam danos físicos,
emocionais, morais e espirituais.
A violência é uma construção social, pois é um fenômeno biopsicossocial relativo aos processos históricos e a vida em
sociedade. E considerá-la como fenômeno social importa em compreender sua perspectiva cultural, política, social e
econômica.
1.2. Tipologia (tipos e natureza)
Existem diversos tipos de violência. Para analisarmos essa classificação, utilizaremos a tipologia adotada pelo
Ministério da Saúde bem como outras categorias apontadas por pesquisadores da área.
Observe o gráfico a seguir e passe o mouse nos locais indicados com a lupa para conhecer os tipos de violência,
abordados pelo Ministério da Saúde.
o COMPORTAMENTO SUICIDA - O comportamento suicida está relacionado a tentativa de acabar com a vida e a
automutilação, que pode ser grave (amputar os próprios dedos, por exemplo), estereotipada (bater a cabeça,
morder-se ou arrancar os cabelos) ou superficial.
o SUICÍDIO - O suicídio se caracteriza pela morte provocada pela própria vítima e alcançada por meio da
elaboração de um plano e seus meios.
o INTRAFAMILIAR - Ocorre entre os membros da própria família, entre pessoas que têm grau de parentesco ou
vínculos afetivos.
o COMUNITÁRIA - É praticada entre pessoas sem laços de parentesco, conhecidos ou desconhecidos. Está
relacionada à concentração de riquezas, à falta de oportunidades, à desigualdade e ao desemprego. O
desrespeito humano, a desagregação familiar e as injustiças sociais também são fatores causais.
COLETIVA - em geral cometida por grandes grupos ou pelo Estado. É caracterizada por qualquer distinção,
exclusão ou restrição baseada, por exemplo, em origem racial/étnica e social, que tenha o propósito ou o
efeito de anular ou prejudicar o exercício de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político,
econômico, social, cultural ou em qualquer outro domínio da vida pública. Ela pode ocorrer nos seguintes
âmbitos:<h1>Sociais,Políticos e Econômicos.
Para conhecer as definições das naturezas da violência, clique em:
Violência Física
Violência Sexual
Violência Psicológica
Negligência
Existem outras definições apontadas por autores como Minayo (1994 e 2004).
São elas:
Violência estrutural
– “Ocorre pela desigualdade social. É naturalizada nas manifestações de pobreza, de
miséria e de discriminação.”.
<http://atencaobasica.org.br/comunidades/melhor-em-casa>
2.1. Por que a violência é uma questão de saúde pública?
Apesar de não ser específica da área da saúde, a violência é reconhecida como um problema de saúde pública porque
é nesse campo em que se exterioriza de forma mais evidente, ultrapassando o âmbito da justiça e da polícia.
Os diversos dados epidemiológicos comprovam essa natureza social e cultural da violência, especialmente no contexto
social brasileiro. Segundo estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), o custo total com violências foi
de 90 bilhões de reais em 2004, ou seja, 5% do PIB brasileiro.
As consequências da violência como danos, lesões e traumas têm altos custos para o indivíduo e família tais como
perda de vida, prejuízos econômicos ou de produtividade bem como para o sistema de saúde, que possui gastos
maiores com emergência, assistência e reabilitação.
BRICEÑO-LEÓN (2002) estima que cerca de 3,3% do PIB brasileiro foram gastos com custos diretos da violência,
aumentando para 10,5% quando se consideram os custos indiretos e transferências de recursos. Observe esses
dados na figura a seguir:
3. Família
Você sabe em que local é maior o índice de violência?
Ao entrar no domicílio as equipes se confrontam com a violência, mesmo não relacionada diretamente ao paciente,
mas ao núcleo familiar em que ele está inserido.
A atenção domiciliar, por ser realizada na residência do paciente, expõe as equipes à realidade social na qual a família
está inserida. Por isso, é importante que os profissionais estejam aptos a identificar e atuar mesmo que o paciente em
questão não seja a vítima da violência.
Outra questão consiste na tomada de decisão sobre quem assume os cuidados do paciente. De fato, esta decisão
segue a dinâmica de cada família. Por exemplo, existem diversas situações em que a família não consegue assumir os
cuidados sozinha, gerando um contexto potencial de descuido e abandono.
A intervenção e o tratamento do problema a longo prazo, em geral, são tarefas das equipes de Atenção Domiciliar e
da Rede de Serviço Social.
<http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/cad_vol2.pdf>
1.2. Atenção Domiciliar X Família
A equipe de Atenção Domiciliar deve cuidar da família. Segundo o Ministério da Saúde, isso implica em:br>
4. Dependência X Vulnerabilidade
Um tópico que merece destaque é a violência contra as pessoas com deficiência, pois:
Além disso, esta prática está associada a fatores sociais, culturais e econômicos da coletividade que vê a deficiência
como algo negativo.
4.1. Mecanismos de prevenção
5. Estratégias
a notificação;
o trabalho intersetorial com as demais redes de apoio.
5.1. Notificação
Contudo, ainda percebe-se a subnotificação dos casos de violência pelo sistema de notificação de óbito e de
internação. Por exemplo, em relação à morbidade hospitalar, as consequências de agressões e traumas são pouco
computadas porque não incluem os casos atendidos nas emergências, prontos-socorros e as internações atendidas
em unidades não conveniadas pelo SUS.
5.1.1. Notificação x denúncia
Ao contrário da denúncia, a notificação não pretende identificar o agressor ou acusá-lo, mas acolher a vítima e sua
família, promovendo as ações de proteção além de coletar dados para melhorar o sistema de acolhimento e de
combate à violência, ampliando suas políticas públicas.
A ficha de notificação, devidamente preenchida pela equipe de AD, segue um fluxo de comunicação, conforme
representado a seguir:
A situação de violência requer a intervenção de uma política intersetorial. As instituições, os organismos e os serviços
que compõem a rede de proteção e defesa de direitos estão definidas pelos marcos legais. No entanto, o
fortalecimento e a efetivação de suas ações é um processo dinâmico que se constrói por meio do diálogo e do
dinamismo dos agentes envolvidos com a questão.
De acordo com a Política Nacional de Assistência Social, a inserção na Seguridade Social, da qual fazem parte a
saúde, a previdência e a assistência social, aponta também para seu caráter de política de proteção social articulada a
outras políticas do campo social, voltadas para a garantia de direitos e de condições dignas de vida. A proteção social
deve garantir as seguintes seguranças:
sobrevivência (de rendimento e de autonomia);
acolhida;
convívio ou vivência familiar.
Na seção anterior, propusemos que você, com sua equipe, identificasse seus parceiros – os órgãos e as instituições
que promovem a proteção social e a garantia dos direitos dos cidadãos – e construísse o mapa da rede de sua
localidade.
Agora, observe um modelo de rede de proteção que atende aos diversos grupos – crianças, adolescentes, homens e
mulheres adultos, população LGBT e idosos:
7. Síntese
Propomos agora que você reflita sobre como transpor esses conhecimentos teóricos
para sua atividade individual e sua ação integrada aos profissionais que compõem a
equipe de AD.
Na unidade anterior, abordamos os conceitos gerais da violência. Nesta unidade, analisaremos os aspectos específicos
referentes a violência sofrida por crianças, adolescentes, homens e mulheres adultos, população LGBT e idosos. Em
seguida, trataremos da atuação do profissional da AD com foco na identificação, manejo e encaminhamento no
sentido de prevenir a violência e proteger as vítimas. Por fim, estudaremos a violência a que a equipe de AD está
exposta ao entrar nas comunidades, onde o tráfico de drogas influencia fortemente nos casos de violência.
Violência e criança
Violência e adolescente
Violência de gênero
Violência e idoso
Violência e criança
1. Importância do tema
Ao contrário das mortes por causas naturais, que diminuíram nos últimos 30
anos, as mortes de crianças por causas externas estão crescendo de forma
acelerada. Isso se deve ao crescimento significativo das situações de violência no
Brasil.
Antes de tratarmos da violência contra a criança, precisamos saber como definir este grupo.
A divisão em ciclos de vida, adotada pelo Ministério da Saúde, visa atender às especificidades nas fases de
crescimento e desenvolvimento da criança e o início da puberdade.
Outro ponto importante diz respeito à dificuldade de se obter dados precisos, pois
nem todas as lesões são encaminhadas ao serviço de saúde e, muitas das que são
levadas, não são notificadas.
Para iniciarmos o estudo sobre a abordagem da violência contra a criança, leia o caso a seguir:
Ao analisar esse caso, em específico, recomenda-se o seguinte passo a passo para o profissional da AD:
3. Atuação do Profissional da AD
Nós, profissionais da Atenção Domiciliar, devemos notificar as situações de violência com o objetivo de proteger a
criança e sua família. Já a denúncia e a punição do agressor cabem à justiça e seus equipamentos.
3.1. Identificação
Uma mesma ação pode representar algo diferente em contextos distintos. Por exemplo,
uma criança cujos pais efetuaram escarificação em seu corpo pode ser uma expressão
cultural, como no caso dos indígenas, ou uma mutilação abusiva, quando o objetivo é ferir
sem trazer "benefícios" para a criança naquele grupo social.
A violência contra a criança não é um problema novo para nós, profissionais de saúde, que vivemos em contato com
essa realidade. Contudo, o problema é identificado, principalmente, quando a agressão provoca repercussões graves
para o desenvolvimento da criança e as relações familiares.
Os motivos para a falta de identificação dos sinais e dos sintomas das violênciassão vários, dentre eles estão:
Nossa participação, como profissionais da saúde no atendimento à violência, no âmbito domiciliar, não se encerra
com a notificação.
Ainda no acolhimento, antes de notificar, devemos começar a identificar e a contatar os equipamentos que comporão
a rede de proteção.
A violência contra a criança requer a intervenção de uma política intersetorial. A rede intersetorial de proteção se
organiza em um conjunto ampliado de instituições definidas pelos marcos legais.
No contexto da violência contra a criança, destacamos alguns Órgãos. Passe o mouse sobre eles para conhecê-los:
Os serviços de saúde são compostos por hospitais, postos de saúde e unidades de saúde da família.
Nestes espaços, é oferecido a continuidade do acompanhamento de saúde.
O Conselho Tutelar foi instituído pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), tendo suas atribuições definidas no
artigo 136.
Ele possui a missão de zelar para que as crianças tenham acesso aos seus direitos, tendo a responsabilidade de
verificar se a família, a comunidade, a sociedade em geral e o Poder Público estão assegurando com absoluta
prioridade a efetivação dos direitos das crianças, cobrando esse cumprimento.
- atender e aconselhar pais e responsáveis das crianças que tiverem seus direitos ameaçados ou violados,
podendo aplicar-lhes medidas;
- requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança,
representando junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de suas deliberações.
De acordo com o que dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a Justiça da Infância e Juventude tem
competência para:
O Ministério Público é um órgão independente e não pertence a nenhum dos três Poderes – Executivo, Legislativo e
Judiciário. Possui autonomia na estrutura do Estado e não pode ser extinto ou ter suas atribuições repassadas a outra
instituição.
fiscalizar o cumprimento das leis que defendem o patrimônio nacional e os interesses sociais e individuais;
fazer controle externo da atividade policial;
promover ação penal pública e expedir recomendação sugerindo melhoria de serviços públicos.
4. Síntese
Chegamos ao final do estudo sobre violência contra a criança e alguns aspectos são
relevantes:
Propomos agora que você reflita sobre como transpor esses conhecimentos teóricos
para sua atividade individual e sua ação integrada aos profissionais que compõem a
equipe de AD.
Em seguida, que tal exercitar seus conhecimentos com a realização de alguns exercícios?
Violência e adolescente
1. Importância do tema
A violência que envolve os adolescentes afeta a saúde do grupo, mas não é uma questão exclusiva da saúde pública,
pois trata-se de um fenômeno sócio-historico. Para esse segmento social, a violência urbana é prevalente.
Vejam as definições para a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Ministério da Saúde (MS) e o Estatuto da Criança
e do Adolescente (ECA):
Vivemos em um país onde as imensas desigualdades econômicas, sociais e culturais são evidentes. Uma parcela
significativa de adolescentes vive uma realidade marcada pela pobreza e pela privação de bens e serviços, o que os
torna mais vulneráveis às situações de violência.
1.3. Causas externas
violência urbana;
acidentes em geral;
acidentes de trânsito.
2. No cotidiano da AD
A violência urbana, assim chamada por ocorrer prioritariamente nas grandes cidades, refere-se às formas de
violências tipificadas pela lei penal:
assassinatos;
lesões por arma de fogo;
sequestros;
roubos;
crimes contra a pessoa ou patrimônio.
Ela provoca efeitos fragiliza as relações sociais e prejudica a qualidade de vida nos grandes centros urbanos.
2.2. Jovens: principais atores da violência urbana
Podemos dizer que a realidade brasileira aponta os jovens como sendo os principais atores no cenário da violência
urbana. Quando traçamos o perfil dos jovens que são diretamente atingidos pela violência urbana, podemos afirmar
que, em sua grande maioria, são homens, negros ou pardos, com baixa escolaridade e moradores de periferia.
Alguns autores afirmam que são muitas as questões que compõem e estruturam a violência urbana, no entanto, as
variáveis idade e gênero são consenso, mundialmente. Ou seja, homens jovens assumem o protagonismo nas
questões relacionadas à violência urbana.
Vamos retornar à história de Jairo e tratar do compromisso da equipe de saúde em assisti-lo adequadamente:
Podemos perceber que a situação de Jairo, que foi vítima da violência urbana, extrapola as sequelas do crime em si. A
nova condição do adolescente impactou toda a dinâmica familiar, tornando-o mais vulnerável nas relações
interpessoais que estabelece no seu cotidiano.
3.1. Acolhimento
As Instituições, os Órgãos e os Serviços que compõem a rede de proteção e defesa de direitos do adolescente já
estão definidos pelos marcos legais. No entanto, o fortalecimento e a efetivação de suas ações é um processo
dinâmico, que se constrói por meio do diálogo e do dinamismo das pessoas envolvidas.
O Conselho Tutelar foi instituído pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), tendo suas atribuições definidas no
artigo 136.
Ele possui a missão de zelar para que as crianças tenham acesso aos seus direitos, tendo a responsabilidade de
verificar se a família, a comunidade, a sociedade em geral e o Poder Público estão assegurando com absoluta
prioridade a efetivação dos direitos das crianças, cobrando esse cumprimento.
- atender e aconselhar pais e responsáveis das crianças que tiverem seus direitos ameaçados ou violados,
podendo aplicar-lhes medidas;
- requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança,
representando junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de suas deliberações.
De acordo com o que dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a Justiça da Infância e Juventude tem
competência para:
O Ministério Público é um órgão independente e não pertence a nenhum dos três Poderes – Executivo, Legislativo e
Judiciário. Possui autonomia na estrutura do Estado e não pode ser extinto ou ter suas atribuições repassadas a outra
instituição.
fiscalizar o cumprimento das leis que defendem o patrimônio nacional e os interesses sociais e individuais;
fazer controle externo da atividade policial;
promover ação penal pública e expedir recomendação sugerindo melhoria de serviços públicos.
3.6. Manejo
Um ponto fundamental na abordagem da violência é a criação do vínculo de confiança com o adolescente e sua
família a fim de estabelecer o diagnóstico e planejar as condutas.
Para isso, o profissional de saúde necessita ser competente para seguir o fio da história contada pelo adolescente e
pela família bem como dar sentido a sua linguagem simbólica, manifestada por palavras, gestos, emoções e sinais
inscritos nos corpos.
Nesta seção, ressaltaremos alguns aspectos que poderão sugerir a existência de situações de violência. Eles estão
agrupados em:
3.6.1 Indicadores corporais
Cabe ressaltar que, acima de todos os sinais e sintomas, o que deve prevalecer é o vínculo estabelecido com o
usuário. Esse encontro com os adolescentes e familiares deve ser pautado no respeito, confidencialidade e confiança.
Os sinais e sintomas devem servir de alerta para a equipe, mas com muito cuidado para que não haja uma verdadeira
“caça às bruxas”, visto que eles podem não ter relação com situações de violência.
Por outro lado, há dinâmicas violentas vividas por alguns adolescentes que não deixam marcas físicas e nem
comportamentais.
4. Síntese
Propomos agora que você reflita sobre como transpor esses conhecimentos teóricos
para sua atividade individual e sua ação integrada aos profissionais que compõem a
equipe de AD.
Violência de gênero
1. Importância do tema
Contudo, destacamos algumas observações a respeito do uso do termo “violência de gênero”. Veja:
tem sido ampliado para incorporar a grande gama dos atos de violência que as mulheres sofrem de seus
parceiros, membros da família e outras pessoas fora da família;
está relacionado à tentativa de dar destaque às desigualdades entre homens e mulheres que criam condições
de vulnerabilidade à violência;
também se refere à violência praticada contra homossexuais ou contra ou entre homens, ou seja, qualquer
tipo de violência em que o gênero contribui para que essa violência seja exercida.
1.1. Conceito de gênero
A violência contra a mulher, além de ser um grave problema social e de saúde, está associada à vulnerabilidade em
relação à saúde sexual e a saúde reprodutiva, principalmente, no que diz respeito à infecção pelo HIV.
Em um relacionamento no qual a mulher sofre violência, dificilmente ela se sentirá com o poder de negociar o uso do
preservativo com o parceiro.
Muitas mulheres relatam que os efeitos da violência emocional ou psicológica persistem por muito mais tempo que o
físico e que suas consequências são mais devastadoras, uma vez que mina sua autoestima e sua capacidade de sair
da relação violenta em que vive.
Assista ao vídeo produzido pelo Ministério da Saúde, como campanha para o dia internacional da mulher, em que
mulheres infectadas pelo HIV comentam o desafio que enfrentam no dia a dia.
https://www.youtube.com/watch?v=pk_YYNFNwuM
Fonte: Dia da Mulher 2013 - A vida pode ser positiva. Com ou sem aids. Disponível em: aids.gov.br/mulheres/2013.
Acesso em: 20 mai. 2013.
Sim. Mas na maioria dos casos, o uso da violência por parte da mulher é provocado pelo contexto do relacionamento
do casal e se trata de uma resposta à violência cometida contra elas por seus próprios parceiros.
1.3.1. Violência urbana x homens
No âmbito domiciliar, é mais comum encontrar homens que sofreram violência nas ruas.
O uso da violência para a resolução de conflitos ou como uma questão de honra é algo aceito entre os homens, por
conta dos padrões de gênero.
Assista ao vídeo Minha vida de João – Parte I e reflita sobre esse assunto. Depois, se desejar, você pode visitar o site
do Promundo, indicado abaixo, e assistir aos demais vídeos.
https://www.youtube.com/watch?v=QIelPL7Yedw
As normas de gênero descrevem comportamentos considerados próprios para homens e mulheres. Deste modo,
promovem pouca tolerância com as pessoas que não se comportam da forma esperada.
Homens e mulheres que demonstram interesse por pessoas do mesmo sexo ou comportamento de gênero
considerado não adequado para seu sexo podem sofrer:
1.4.1. Indicadores de violência contra LGBT
Os entrevistados que já foram vítimas de algum ato de discriminação por causa de sua orientação sexual:
o Em 2006, em Pernambuco: 70,8%
o Em 2005, em São Paulo: 72,1%
o Em 2004, no Rio de Janeiro: 64,8%
Na lição anterior, estudamos as relações de poder pelas quais a desigualdade determina o comportamento dos
sujeitos, criando condições de vulnerabilidade à violência.
Nesta lição, analisaremos um caso clínico que se encaixa em nosso estudo. Leia o caso a seguir:
Com base na leitura do caso clínico, procure refletir sobre as seguintes questões:
Que tipos de violência provavelmente sofre Juliana? A que esta relacionada essa violência?
O que o profissional da atenção básica poderia fazer nessa situação, para ajudar Juliana?
3. Atuação do Profissional da Atenção Domiciliar
É muito comum que as vítimas de violência em casa não relatem sua situação aos profissionais que as atendem ou
busquem os serviços com a queixa da violência.
3.1. Identificação
Para identificar uma situação de violência, é preciso estar atento não somente para a doença como para as relações
vividas dentro daquele núcleo familiar.
Existem sinais que nos ajudam a reconhecer que uma pessoa está passando por uma situação de violência?
Sim, o Caderno de Atenção Domiciliar (vol 2, cap 7) sugere que, para isso, nossa equipe de AD utilize todas as
oportunidades de contato com a família e com a pessoa.
Deste modo, devemos aproveitar um momento em que estejamos sozinhos com a pessoa que se encontra em
condição de vulnerabilidade para confirmarmos ou excluirmos a suspeita.
Veja algumas questões abordadas pelo Caderno de Atenção Domiciliar que podem nos auxiliar nesse processo:
3.2. Manejo
Manejo implica em criar estratégias e uma delas consiste em romper o silêncio, tarefa complicada para quem vive
uma situação de violência.
dependência financeira;
dependência de cuidado;
relação de afeto com o agressor.
3.3. Encaminhamento (Articulação da rede)
A fase do encaminhamento envolve articular a rede de proteção social para reduzir a violência.
Segundo o Caderno de Atenção Domiciliar, nós, profissionais da AD, além de cuidar dos pacientes no domicílio, temos
o seguinte papel:
<https://sistema3.planalto.gov.br//spmu/atendimento/atendimento_mulher.php>
3.3.1.1. Lei Maria da Penha
Precisamos compreender como a legislação protege as mulheres para saber orientá-las adequadamente.
No Brasil, desde 2006, as mulheres contam com mais um mecanismo de proteção às mulheres que sofrem de
violência doméstica, um reconhecimento pelo governo brasileiro das lutas dos movimentos de mulheres.
Assista ao vídeo em que Maria da Penha relata a importância de sua história na luta contra a violência doméstica:
https://www.bbc.co.uk/portuguese/videos_e_fotos/2012/11/121123_maria_da_penha_as.shtml
Fonte: BRASIL, Lei 11.340, de 07 de agosto de 2006. Fonte: IMP - Instituto Maria da Penha.
Quanto aos homens que sofrem de violência, não há serviços especializados, mas eles podem buscar ajuda em qualquer
delegacia.
4. Síntese
Propomos agora que você reflita sobre como transpor esses conhecimentos teóricos para sua atividade individual e
sua ação integrada aos profissionais que compõem a equipe de AD.
Em seguida, que tal exercitar seus conhecimentos com a realização de algumas atividades?
Violência e idoso
1. Importância do tema
Observe os dados abaixo coletados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) a respeito das
notificações de violência contra pessoas acima de 60 anos no período de 2009 a 2013.
Você conhece os dados do SINAN referentes a sua região?
Acesse: http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/tabnet/dh?sinannet/violencia/bases/violebrnet.def
Nesta unidade, estamos tratando da violência contra o idoso. Para tratarmos desse assunto, é fundamental
compreendermos o envelhecimento e nosso papel no cuidado da saúde do idoso.
Assista ao vídeo a seguir que trata do envelhecimento, o que esse fenômeno representa para a sociedade e os
desafios que traz para a área da saúde:
https://www.youtube.com/watch?v=9CO1P_oBsn8
Para que as situações de violência sejam reconhecidas e, por conseguinte, minimizadas, é fundamental que haja
vínculo entre equipe de AD, idoso e família, construindo uma rede de proteção e segurança.
2.3. Manejo
No atendimento domiciliar não podemos apenas identificar a violência, mas também criar estratégias para prevenção.
2.3.1. Papel da equipe no enfrentamento das situações de violência
Para enfrentar a situação de violência, é fundamental contemplar algumas atribuições tais como:
3. Panorama da legislação
1994 - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8842.htm
1996 - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d1948.htm
1999 - http://dtr2004.saude.gov.br/susdeaz/legislacao/arquivo/Portaria_1395_de_10_12_1999.pdf
2003 - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm
2006 -
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/2528%20aprova%20a%20politica%20nacional%20de%20saud
e%20da%20pessoa%20idosa.pdf
2006 - http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/prtgm399_20060222.pdf
Vimos que a violência contra o idoso é uma temática complexa, suas pesquisas são recentes e os fatores envolvidos
nesta situação são diversos, ou seja, implicam no processo de envelhecimento e nas demandas ocasionadas por esse
processo.
Assista ao vídeo em que as Professoras-Autoras desta unidade, comentam a abordagem da violência contra a pessoa
idosa no contexto da atenção domiciliar.
https://www.youtube.com/watch?v=b-C7-jy24uA
Fonte: Violência contra o idoso. Acesso em: 10 set. 2013.
5. Síntese
Neste momento, propomos que você reflita sobre como transpor esses conhecimentos teóricos para sua atividade
individual e sua ação integrada aos profissionais que compõem a equipe de AD.
Avance para a próxima seção e realize sua atividade para verificar seus conhecimentos.
5. Estudo Dirigido
Após a leitura do caso, serão propostas algumas questões para reflexão. Mas não se preocupe, pois ao final,
apresentaremos as respostas comentadas.
5.1. No cotidiano da AD
5.2. Questões
Em Violência e Atenção Domiciliar, abordaremos brevemente o cenário atual da violência urbana nas
comunidades bem como seu impacto na segurança das equipes de AD.
Em seguida, apresentaremos orientações sobre a atuação do profissional de AD nas comunidades e nos domicílios.
Também destacaremos alguns fatores de atenção e prevenção a fim de minimizar os riscos.
1. Cenário atual
Isso ocorre pela aproximação desses serviços com os problemas das comunidades
e a extensão do cuidado em saúde para o domicílio.
A situação é mais evidente nos grandes centros e aglomerados de pessoas, com a presença de todas as formas de
violência:
agressão interpessoal;
discriminação dos diversos tipos;
criminalidade;
abusos contra crianças, mulheres, idosos e deficientes.
Neste contexto, destacamos a grande influência das atividades do tráfico de drogas nessas áreas.
A equipe de AD deve ter em mente o conceito ampliado de saúde, não devendo permanecer restrita às condições
relacionadas à doença ou sua prevenção.
Para atuar nesses casos, não basta somente conhecer a clínica, é necessário também desenvolver habilidades tais
como:
boa comunicação;
disponibilidade de tempo;
dedicação;
criação de vínculo com o paciente e sua família;
escuta qualificada.
Quando sua equipe atuar em locais com alto índice de violência urbana, é necessário que todos estejam atentos para
os seguintes fatores:
Como você, profissional de AD, não deve lidar somente da doença, siga as dicas para obter uma boa atuação:
O profissional de AD sempre que possível deverá ligar para os pacientes no dia anterior à visita para notificá-
lo, ou a seu cuidador de que estará lá no dia seguinte, para o atendimento, se acontecer algo que impeça o
profissional de comparecer no horário agendado, o mesmo deverá comunicar o familiar ou paciente.
O profissional deverá pedir ao cuidador que notifique o SAD, caso uma mudança repentina de planos ocorrer,
como uma hospitalização do paciente, ou o mesmo no caso de ter que sair, não estando em seu local de
residência.
Nunca deve-se entrar em uma propriedade, sem antes anunciar a presença e se possível ter alguém que
resida no local para lhe dar supervisão, por mais que a equipe já tenha estado no local.
CUIDANDO DO MATERIAL
Sempre tenha o equipamento e suprimentos médicos preparados antes de chegar à residência; não fique
muito tempo selecionando itens enquanto estacionado na rua em áreas consideradas de risco.
PROMOVENDO A SEGURANÇA DO TRABALHO
O Motorista ou qualquer profissional que estiver responsável pela condução do veiculo, deverá verificar para
ter certeza de que se encontra em bom estado de manutenção, tem combustível o suficiente, está equipado
com pneu reserva, ferramentas para troca do pneu, equipamento de sinalização de emergência, extintor de
incêndio, equipamento de primeiros socorros.
É expressamente proibido o profissional desviar o caminho de sua rota para resolver assuntos particulares.
Não estacione nas ruas e em lugares sem movimento para escrever ou fazer anotações clínicas, faça sempre
no domicilio do usuário ou na sede do SAD.
Não tente gerenciar um peso acima de sua capacidade fisica; solicite auxílio.
MANTENDO A ÉTICA
Nunca se torne um “membro da família”, mantenha uma postura amigável, gentil, mas sempre profissional.
Não se envolva com os conflitos da família, a não ser que seja para defender a saúde e segurança do usuário
ou em um episódio de violência.
Notifique a equipe e seu coordenador se houver qualquer coisa que ocorrer anormal no domicilio durante o
atendimento.
Notifique se houver qualquer menção de desejo de suicídio por parte do paciente ou qualquer outro
integrante da familiar.
Sempre saiba o que fazer em caso de urgência e/ou emergência; não deixe para o último segundo.
Quando, dentro de uma residência ao perceber uma situação suspeita, com descrição deve se retirar o mais
rápido possível. Se não puder sair ligue para a sede do SAD, e use uma palavra código para indicar que está
em perigo, uma palavra que já foi escolhida pela equipe para alertá-la de uma situação de necessidade de
auxilio.
GLOSSÁRIO
-A
Autonegligência: Trata-se da conduta da pessoa idosa que ameaça sua saúde e segurança pela recusa ou fracasso de prover a
si própria os cuidados adequados. (BRASIL, 2004.)
-C
Casuística: Segundo o Aurélio, casuística deriva de casuísta e, no contexto da medicina, implica em registro de casos clínicos ou
cirúrgicos.
Suas outras acepções são:
1. Ét. Estudo dos casos de consciência, i. e., dos problemas concretos que se apresentam à ação moral.
2. Discussão e/ou análise dos casos feita mediante sutilezas e artifícios. (AURÉLIO, 2013)
-E
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): Dentre os principais objetivos da lei de 13 de julho de 1990 está o detalhamento
sobre direitos e deveres das crianças e dos adolescentes, pais, gestores públicos, profissionais da saúde e conselhos tutelares.
Além de estabelecer punições para maus tratos, o ECA contém políticas de atendimento e assistência e, inclui também medidas de
proteção e socioeducativas.
Muitos avanços foram ocasionados pelo Estatuto e entre eles está o aumento no número de denúncias de maus tratos e punições
aos agressores. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm
-L
Lei 11.340/06 – Lei Maria da Penha: assinatura de documentos internacionais compromete os países a gerarem respostas
locais para alcançarem suas metas. No Brasil podemos notar a criação de departamentos no governo, especializados nas questões
de gênero em que a violência contra a mulher é prioridade. No entanto, a resposta legal mais recente e completa, encontra-se na
Lei Maria da Penha.
A Lei Maria da Penha, sancionada em 07 de agosto de 2006, cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a
mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de
Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher.
Dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, altera o Código de Processo Penal, o
Código Penal e a Lei de Execução Penal.
A Lei recebeu esse nome em homenagem à biofarmacêutica cearense Maria da Penha Maia Fernandes que se tornou paraplégica
após receber um tiro de seu marido enquanto dormia. Meses depois, seu marido a empurrou da cadeira de rodas e tentou
eletrocutá-la no chuveiro. Após a denúncia, o agressor cumpriu apenas dois anos de prisão.
Apenas com a ajuda de ONGs, Maria da Penha conseguiu levar o caso à Comissão Interamericana de Direitos Humanos que
condenou o Brasil por negligência e omissão em relação à violência doméstica, tendo como uma das punições a recomendação
para que fosse criada uma legislação adequada a esse tipo de violência. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2006/lei/l11340.htm
-L
Lei 12.461/2011: Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmação de violência praticada contra idosos serão objeto de notificação
compulsória pelos serviços de saúde públicos e privados à autoridade sanitária, bem como serão obrigatoriamente comunicados
por eles a quaisquer dos seguintes órgãos: autoridade policial, Ministério Público, Conselhos do Idoso.
-N
Negligência: Também conhecido como abandono, negligência é a omissão pela qual se deixou de prover as necessidades e
cuidados básicos para o desenvolvimento físico, emocional e social da pessoa atendida/vítima. Ex.: privação de medicamentos;
falta de cuidados necessários com a saúde; descuido com a higiene; ausência de proteção contra as inclemências do meio, como o
frio e o calor; ausência de estímulo e de condições para a frequência à escola. O abandono é uma forma extrema de negligência.
(OMS, 2002).
Notificação: A Ficha Individual de Notificação (FIN) é um registro que alimenta o Sistema de Informação de Agravos de
Notificação (Sinan) auxiliam no planejamento da saúde, pois seus indicadores ajudam a definir prioridades de intervenção, além de
permitir que seja avaliado o impacto das intervenções.
Esse instrumento, pelo qual o ciclo de violência pode ser interrompido, deve ser preenchido pelos profissionais de saúde. Suas três
vias são encaminhadas ao serviço de Vigilância em Saúde/Epidemiológica da Secretaria de Saúde do Município, às autoridades
competentes (Conselho Tutelar, Ministério Público, entre outros) e a última permanecendo na Unidade.
A ficha de notificação deverá ser encaminhada pela direção da instituição para que haja garantia do sigilo e da segurança dos
profissionais envolvidos.
Segundo a Portaria 104/2011, a notificação compulsória é obrigatória a todos os profissionais de saúde médicos, enfermeiros,
odontólogos, médicos veterinários, biólogos, biomédicos, farmacêuticos e outros no exercício da profissão bem como os
responsáveis por organizações e estabelecimentos públicos e particulares de saúde e de ensino, em conformidade com os arts. 7º
e 8º, da Lei nº 6.259, de 30 de outubro de 1975.
-O
Organização Pan-Americana da Saúde (OMS): A Organização Pan-Americana da Saúde é um organismo internacional de
saúde pública com um século de experiência, dedicado a melhorar as condições de saúde dos países das Américas. A integração às
Nações Unidas acontece quando a entidade se torna o Escritório Regional para as Américas da Organização Mundial da Saúde. A
OPAS/OMS também faz parte dos sistemas da Organização dos Estados Americanos (OEA) e da Organização das Nações Unidas
(ONU).
A Organização exerce um papel fundamental na melhoria de políticas e serviços públicos de saúde, por meio da transferência de
tecnologia e da difusão do conhecimento acumulado por meio de experiências produzidas nos Países-Membros, um trabalho de
cooperação internacional promovido por técnicos e cientistas vinculados à OPAS/OMS, especializados em epidemiologia, saúde e
ambiente, recursos humanos, comunicação, serviços, controle de zoonoses, medicamentos e promoção da saúde.
Todo esse esforço é direcionado para alcançar metas comuns, como iniciativas sanitárias multilaterais, traçadas pelos governos que
fazem parte da OPAS/OMS, sempre com uma atenção especial aos grupos mais vulneráveis: mães e crianças, trabalhadores,
idosos, pobres, refugiados e desabrigados. http://www.paho.org/bra/
-P
Parceiro íntimo: É o esposo, namorado, noivo ou qualquer outro homem com quem a mulher desenvolva relação íntimo-afetiva.
-R
Resiliência: O conceito de resiliência refere-se à capacidade individual de superação. É uma habilidade que o indivíduo
desenvolve para lidar e reagir às adversidades.
-V
Violência financeira: Também chamada de patrimonial, é o ato de violência que implica dano, perda, subtração, destruição, ou
retenção de objetos, documentos pessoais, bens e valores da pessoa atendida/vítima. Consiste na exploração imprópria ou ilegal,
ou no uso não consentido de seus recursos financeiros e patrimoniais. Esse tipo de violência ocorre, sobretudo, no âmbito familiar,
sendo mais frequente contra as pessoas idosas e mulheres. (OMS, 2002).
Violência física: Também denominada sevícia física, maus-tratos físicos ou abuso físico são atos violentos, nos quais se fez uso
da força física de forma intencional, não acidental, com o objetivo de ferir, lesar, provocar dor e sofrimento ou destruir a pessoa,
deixando, ou não, marcas evidentes no seu corpo. (OMS, 2002).
Violência psicológica: É toda forma de rejeição, depreciação, discriminação, desrespeito, cobrança exagerada, punições
humilhantes e utilização da pessoa para atender às necessidades psíquicas de outrem. É toda ação que coloque em risco ou cause
dano à auto-estima, à identidade ou ao desenvolvimento da pessoa. Esse tipo de violência também pode ser chamado de violência
moral, a exemplo do assédio moral. O bullying é outro exemplo de violência psicológica, que se manifesta em ambientes escolares
ou outros meios, como o cyberbullying. (OMS, 2002).
Violência sexual: É qualquer ação na qual uma pessoa, valendo-se de sua posição de poder e fazendo uso de força física,
coerção, intimidação ou influência psicológica, com uso ou não de armas ou drogas, obriga outra pessoa, de qualquer sexo, a ter,
presenciar, ou participar de alguma maneira de interações sexuais ou a utilizar, de qualquer modo a sua sexualidade, com fins de
lucro, vingança ou outra intenção. (OMS, 2002).
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CRÉDITOS