Sie sind auf Seite 1von 27

1

SOCIEDADE EDUCACIONAL DE SANTA CATARINA


INSTITUTO SUPERIOR TUPY
CURSO EM ENGENHARIA MECÂNICA

Estudo das propriedades mecânicas e microestruturais de um corpo de prova de


aço SAE 1020 através de ensaios mecânicos

Heitor João Valendolf, Mateus Hartmann, Vitor Negrini e Willian Felipe Ribeiro
EME3AN-BVA
Projeto Interdisciplinar 3AN-BVA1
Professor Orlando

Unisociesc
10/2019
2

SUMÁRIO

RESUMO ......................................................................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 4
2 REVISÃO DA LITERATURA ..................................................................................... 5
2.1 TESTE DE TRAÇÃO ................................................................................................ 5
2.2 METALOGRAFIA ..................................................................................................... 6
2.3 DUREZA VICKERS .................................................................................................. 7
3 PLANEJAMENTO / DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL ............................. 9
3.1 ENSAIO DE TRAÇÃO .............................................................................................. 9
3.2 METALOGRAFIA ................................................................................................... 11
3.3 ENSAIO DE DUREZA VICKERS .......................................................................... 13
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................... 15
5 CONCLUSÃO ............................................................................................................. 18
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA .......................................................................... 19
ANEXOS ........................................................................................................................ 21
3

RESUMO

Este relatório destaca a importância da realização do ensaio de tração, ensaio de dureza e


análise metalográfica do aço tendo como principal objetivo, conhecer as propriedades
mecânicas do material em questão, como: ductilidade, alongamento, resistência
mecânica, dentre outras, a fim de descobrir exatamente o material que foi escolhido como
corpo de prova. Para ser realizado isso, é feito um ensaio de tração do material, buscando
saber as propriedades mecânicas por meio de realização de cálculos e análise gráfica
através do computador, relacionando com a estrutura interna, vista com a ajuda da
metalografia e complementada pelo ensaio de dureza,. Após verificar os resultados,
concluiu-se que o material é um SAE 1020, a quantidade média de teor de carbono
presente no aço é baixa, devido à análise da microestrutura, que apresenta só perlita e
ferrita, no que influenciam diretamente na comparação com um aço SAE 1045, podendo
confirmar que se trata de um SAE 1020 sem tratamento térmico, por causa da forma com
que se apresenta as microestruturas.

Palavras chave: Perlita, ferrita, aço, metalografia, tração.


4

1 INTRODUÇÃO

A frequente procura de materiais que possuem um bom desempenho e principalmente de


baixo custo, é o que vem preocupando principalmente as grandes empresas responsáveis
por manter o mercado sempre com inovações e grandes tecnologias.

O mundo atual é um completo campo tecnológico que vem inovando suas mercadorias e
é por isso que se torna necessário o conhecimento e desenvolvimento de alguns materiais
para que assim, se torna crescente as qualidades, variações e a segurança dos objetos que
são usados no cotidiano.

Cada vez mais vêm recebendo atenções especiais quando se fala de técnica de
manutenção, comportamento mecânico e algumas aplicações os aços bifásicos,
multifásicos e os aços TRIP. Estudos comprovam que possuem uma ótima propriedade
mecânica e um alto nível de resistência.

Entre os materiais de construção, o aço tem uma posição de relevo, pois combina
resistência mecânica, trabalhabilidade, disponibilidade e baixo custo. Assim sendo, é fácil
compreender a importância e a extensão da aplicação dos aços em todos os campos da
engenharia, nas estruturas fixas, como de edifícios, ponte, como nas móveis, na indústria
ferroviária, automobilística, naval, aeronáutica etc. Entretanto, para trabalhar
corretamente com este ou com os demais materiais metálicos, é necessário conhecer as
suas propriedades, as quais são importantes para realizar trabalhos de projeção estrutural
e de componentes mecânicos, evitando assim, falhas.

O aço contém, geralmente, de 0,008% a 2,0% de carbono, definindo sua classificação


quanto à quantidade desse último. O aço classificado como baixo carbono possui, no
máximo, 0,30% do elemento, com baixa resistência e dureza e alta tenacidade e
ductilidade, sendo usinável e soldável, além de apresentar baixo custo de produção, pois,
geralmente, esse tipo de aço não é tratado termicamente. O de médio carbono apresenta
de 0,30 a 0,60%, possui maior resistência e dureza e menor tenacidade e ductilidade, em
relação ao de baixo carbono. Apresenta quantidade de carbono suficiente para receber
tratamento térmico de têmpera e revenimento, embora o tratamento, para ser efetivo, exija
taxas de resfriamento elevadas e em seções finas. Por último, o de alto carbono possui de
0,60 a 1,00% desse elemento, sendo o de maior resistência e dureza. (METALICA, 2019)
5

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 TESTE DE TRAÇÃO

O ensaio de tração consiste em aplicar uma carga axial, nas extremidades do corpo de
prova cujo formato e tamanho são padronizados, seguindo a NBR 6152, como mostra a
Figura 1. As extremidades da amostra são fixadas a uma máquina de ensaios, responsável
por aplicar cargas crescentes na direção axial, sendo então, medidas as deformações
correspondentes, até ocorrer a ruptura do material. (POLAKOWSKI e RIPLING, 1966)

Este ensaio revela o comportamento do material em relação a aplicação da carga, por


meio do gráfico tensão x deformação, cuja análise é de fundamental importância, pois um
produto é formado através da deformação plástica, que ocorre devido as imperfeições
presentes na estrutura cristalina dos materiais. As imperfeições possibilitam o
escorregamento de planos atômicos, conformando assim os metais e ligas. (CALLISTER,
1999)

Sua ampla utilização na indústria de componentes mecânicos deve-se à vantagem de


fornecer dados quantitativos das características mecânicas dos materiais, como: Tensão
máxima (τmáx), tensão de escoamento (τesc), deformação (ε), e estricção (φ).

Deformação: A deformação é representada pelo aumento percentual do comprimento


final do corpo de prova após o ensaio em relação ao seu comprimento inicial.

𝐿𝑓 − 𝐿𝑖 𝐶𝑜𝑚𝑝. 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 (𝑚𝑚) − 𝐶𝑜𝑚𝑝. 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙(𝑚𝑚)


ε= 𝑥100 = 𝑥100
𝐿𝑖 𝐶𝑜𝑚𝑝. 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 (𝑚𝑚)

Tensão máxima: A tensão máxima (ou limite de resistência a tração) serve para
especificar os materiais, da mesma forma que a análise química identifica os materiais.

𝐹𝑚á𝑥 𝐹𝑜𝑟ç𝑎 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎 (𝐾𝑔𝑓)


τmáx = =
𝐴i Á𝑟𝑒𝑎 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 (𝑚𝑚2 )

Tensão de escoamento: O limite de escoamento do material é utilizado quando, após a


consideração de um coeficiente de segurança, como garantia de que o metal especificado
trabalhará no regime elástico, pois a deformação plástica deverá ser evitada. (SENAI,
1997).

𝐹𝑒𝑠𝑐 𝐹𝑜𝑟ç𝑎 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 (𝐾𝑔𝑓)


τesc = =
𝐴i Á𝑟𝑒𝑎 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 (𝑚𝑚2 )
6

Ductilidade: todo material que é capaz de se submeter a grandes deformações antes da


ruptura é chamado de material dúctil. Uma das maneiras de quantificar a ductilidade do
material é informar a porcentagem da redução da área no instante da quebra. Outra
maneira de quantificar a ductilidade é, por meio da estricção, que é a redução porcentual
da área da seção transversal do corpo de prova na região onde ocorre a ruptura. Quanto
maior for a porcentagem de estricção, maior será a ductilidade do material
(HIBBELER,2004).

𝐴𝑖 − 𝐴𝑓 Á𝑟𝑒𝑎 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 (𝑚𝑚2 ) − Á𝑟𝑒𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 (𝑚𝑚2 )


φ= 𝑥100 = 𝑥100
𝐴𝑖 Á𝑟𝑒𝑎 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 (𝑚𝑚2 )

2.2 METALOGRAFIA

A mobilidade de discordâncias dos planos cristalinos, pode ser alterada por fatores como,
composição e processamento de obtenção do aço. Havendo então, relação direta entre as
características microestrutural do material e suas propriedades mecânicas. E isto, pode
ser visto na Figura 2.2.1, em que cada tipo de aço, apresentam comportamentos gráficos
de tensão por deformação diferentes, de acordo com a porcentagem de carbono (HOWE,
2000).

Figura 2.2.1: Diagrama de Tensão-deformação para quatro tipos diferentes de aço

Fonte: FEPESE – Engenheiro (CELESC)

A microestrutura do material pode ser analisada após realizarmos um ensaio


metalográfico. A metalografia microscópica (ou micrografia dos metais) estuda os
produtos metalúrgicos, com o auxílio do microscópio, visando à determinação de seus
7

constituintes e de sua textura, pondo assim em evidência os diversos grãos de que é


formado. As etapas básicas são: corte, embutimento, lixamento, polimento, ataque
químico e análise. A amostra deve ser representativa do material da peça que deseja
analisar e deve ter área de 1 a 2 cm², que não pode sofrer alterações, aquecimento acima
de 100° C e nem deformação plástica. COLPAERT,1989

Por meio da metalografia, pode-se identificar através do percentual de microestruturas


como perlita, cementita, martensita, bainita, ferrita e outras, o tipo de material que está
sendo testado.

2.3 DUREZA VICKERS

Atualmente, a técnica de indentação está estabelecida como uma metodologia simples e


versátil para avaliação da dureza superficial. Os ensaios de indentação consistem em
comprimir lentamente um penetrador esférico (Brinell) ou piramidal (Vickers), de um
material rígido, sobre uma superfície plana, quase sempre polida e limpa, de uma amostra
a ser analisada, através de uma carga P, durante um determinado intervalo de tempo.
Como o penetrador é um diamante, ele é praticamente indeformável e sendo suas
impressões semelhantes, não importando o tamanho, a dureza Vickers (H) é independente
da carga, ou seja, dentro de certos limites o valor da dureza obtida é o mesmo qualquer
que seja a carga usada, para materiais homogêneos. Esta compressão provocará uma
impressão permanente na superfície da amostra com o formato do indentador. A dureza
da amostra ensaiada (HV) pode ser definida como o quociente entre a carga aplicada e a
área da impressão superficial. (Dias, 2004) A Figura 2.3.1 ilustra um indentador piramidal
Vickers de base quadrada com ângulo de abertura entre as faces de 136° aplicando uma
força em uma amostra de material, mostra também o formato da impressão obtido após
aplicação da carga. Utiliza-se uma carga de 1 até 100kgf, e durante o teste é necessário
aplicar a carga total durante um período de 10 a 15 segundos. (Mascarenhas, 2016)
8

Figura 2.3.1: Impressão de indentador Vickers

Fonte: CIMM - Teste da Microdureza

Após a indentação no material, é necessário auxílio de um microscópio para medir as


diagonais feitas pelo diamante na peça. Após coleta dos valores, se calcula a média
aritmética entre os valores d1 e d2 para chegar num valor ‘d’, e depois se calcula a área
da superfície inclinada da indentação. Podemos resumir a fórmula do cálculo de dureza
conforme a seguinte fórmula:

2𝐹 sin(136°/2) 𝐹 𝐹𝑜𝑟ç𝑎 (𝐾𝑔𝑓)


𝐻𝑉 = 𝑑²
≅ 1,854 𝑑2
= 𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝑑 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑎𝑠 𝑑𝑖𝑎𝑔𝑜𝑛𝑎𝑖𝑠 (𝑚𝑚)

Uma das principais vantagens do teste de dureza vickers é a utilização de apenas um tipo
de indentador para todos os tipos de superfícies e materiais, sendo aplicável do mais duro
até o mais mole, pois existe uma ampla faixa de ajuste de carga. Porém em contrapartida
é um equipamento de custo mais elevado em relação a máquinas de ensaio Brinell e
Rockwell. (Dias, 2004)
9

3 PLANEJAMENTO / DESENVOLVIMENTO EXPERIMENTAL

3.1 ENSAIO DE TRAÇÃO

Antes de começar o experimento, foi marcado o corpo de prova, em seu comprimento


útil, na parte inferior e superior, para fins de medir o alongamento do corpo de prova após
ensaio, foi também realizado a medição do diâmetro útil com auxílio de um paquímetro
a fim de calcular a área e assim obter a estricção do material, medições podem ser vistas
conforme ilustra figura 3.1.1:
Figura 3.1.1: Medições realizadas no corpo de prova

Fonte: HASSMANN (2016)


Em seguida, o corpo de prova foi acoplado na máquina e fixado em suas duas
extremidades através de sua rosca M12 conforme mostra figura 3.1.2 Após sua fixação
corpo foi tracionado a uma velocidade de 10 mm/min e rompeu como mostra a figura
3.1.3:
10

Figura 3.1.2: Corpo de prova posicionado para dar início ao teste Figura 3.1.3: Corpo de prova rompido após aplicação da carga

Fonte: Própria (2019) Fonte: Própria (2019)

Para o ensaio foi usado uma máquina eletromecânica universal de testes EMEC com
capacidade de 300 kN. Após o material se romper, foi possível medir o comprimento e o
diâmetro final do material conforme figuras 3.1.4 e 3.1.5:

Figura 3.1.4: Corpo de prova posicionado para medição do comprimento útil

Fonte: Própria (2019)


11

Figura 2.1.5: Medição do diâmetro útil do corpo de prova

Fonte: Própria (2019)

A máquina fica conectada a um computador com o qual pode-se gerar o gráfico de tensão
e deformação, além de fornecer os dados com os valores de forças e variação de
alongamento, ao longo do experimento.

3.2 METALOGRAFIA

Para realizar o experimento, primeiramente foi necessário cortar uma amostra do corpo
de prova, com uma serra manual. Em seguida, foi realizado o embutimento do corpo de
prova com o BAQUELITE, através da máquina ARATEC PRE-30, com uma pressão
alternada entre 100 e 150 kgf/cm², durante 15 minutos totais (10 min de aquecimento e 5
min de resfriamento). Após este processo, foi usado a máquina AROTEC AROPOL 2V
para que fosse feito o lixamento da peça, em ordem crescente com as seguintes lixas
d'água: 80, 120, 320, 600 e 1200, até que a peça fique em condições de ser polida, no
caso, sem riscos na face do material. Após lixada, para se ter um excelente acabamento
superficial, foi realizado o polimento da peça com auxílio de uma máquina Politriz
Metalográfica, foram usados abrasivos a base de diamante de 0,03 e 0,01 µm. Para
finalizar o processo de metalografia, fez-se o ataque químico na peça com uma solução
de Nital 4%, Ácido nítrico 4% e Álcool absoluto, durante exatos 6 segundos e após retirá-
lo do mergulho foi borrifado álcool na face da peça para remover a solução. Logo em
seguida, o material foi lavado em água corrente e secado com um secador, tomando os
12

cuidados necessários para não interferir na face recém polida. A caracterização


microestrutural foi feita com um microscópio modelo BX41M-LED – OLYMPUS, com
um aumento de 100x. A seguir, pode-se observar na Figura 3.2.1, a sequência realizada
do processo de metalografia:

Figura 3.2.1: Sequência do processo de metalografia, com maquinário e ferramentas.

EMBUTIMENTO LIXAMENTO

POLIMENTO ATAQUE QUÍMICO


13

MICROSCOPIA

Fonte: Própria (2019)

3.3 ENSAIO DE DUREZA VICKERS

Para realizar o ensaio de dureza vickers, primeiramente foi analisado se a amostra que
estava embutido no BAQUELITE estava higienizada e limpa como também a superfície
fixadora do durômetro, para assim ter uma certeza que o indentamento do material não
tivesse nenhum vestígio de impureza que fosse atrapalhar o ensaio.

Figura 3.3.1: Corpo de prova depois de polido, limpo e pronto para indentação

Fonte: Própria (2019)


14

O instrumento usado para realizar a indentação foi o DURÔMETRO


MICROVICKERS LEIZ, apresentado na figura 3.3.2, ele possui um indentador de
diamante no formato de pirâmide de base reta quadrada e ângulo de 120° entre suas faces
opostas. Foi realizado 5 indentações no material para obter um resultado mais confiável
com uma carga total de 200g, durante 15 segundos. Em seguida foi liberada a carga e
movido do indentador para a lente com zoom de 400x onde foi possível observar a
indentação no material.

Figura 3.3.2: Durômetro microvickers leiz

Fonte: Própria (2019)

Foi analisado a indentação por meio da lente ocular do durômetro e em seguida pudemos
realizar as medições através da escala vertical e da horizontal (nônio), a qual foi observada
em mícrons (µ).
15

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Através da análise metalográfica foi possível observar um aço hipoeutetóide, observado


também que o material não possui elementos de liga e não apresenta nenhum tipo de
tratamento térmico, devido a presença de uma microestrutura com somente ferrita e
perlita, como mostra a Figura 4.1, onde as partes claras referem-se a estrutura ferritica,
enquanto a escura, a perlitica.

Figura 4.1: Imagem metalográfica do material com zoom de 500x

Fonte: Própria (2019)

Conforme mostra imagem 4.2, foi possível analisar que a fabricação do material foi
através de conformação mecânica devido a orientação das perlitas estarem equiaxiais, ou
seja, estão orientadas de mesma forma em relação ao eixo, acomodando-se à ferrita
conforme o processo de conformação, possívelmente se o mateiral fosse fundido ele
apresentaria uma orientação mais dispersa.
16

Figura 4.3: Imagem metalográfica do material com zoom de 100x

Fonte: Própria (2019)

Com o teste de tração realizado no laboratório foram obtidos os seguintes valores:

Tabela 1: Valores obtidos antes e após teste de tração

Diâmetro I Diâmetro F F Máx F Esc Lo Lf


8 mm 5 mm 2339 kgf 1533 kgf 40 mm 50,8 mm
Fonte: Própria (2019)

Tabela 2: Valores obtidos no teste de tração através dos cálculos

Deformação Estricção
Área I Área F T Máx T Esc
(%) (%)
50,26 mm² 19,63 mm² 456 MPa 321 MPa 27 60,94
Fonte: Própria (2019)

O aço SAE 1020 tem sua microestrutura composta por perlitas e ferritas, tornando-o
altamente dúctil (visivelmente notável durante o ensaio de tração) e tenaz, porém com
baixa resistência mecânica. De modo geral, esse aço possui uma tensão de escoamento
em 275 Mpa, tensão máxima entre 415 Mpa e 550 Mpa e deformação entre 25% a 30%.

Os resultados do ensaio de tração realizado em laboratório respeitaram todos os limites


citados acima, exceto a tensão de escoamento, que obteve um resultado de 321Mpa.

Essas características do SAE 1020 permitem que ele seja utilizado em alguns
componentes mecânicos como engrenagem, eixos, pinos guias, entre outros.
17

Tabela 3: Tabela das indentações medidas por mícrons

Indentações (µm) Dureza Vickers (HV)

Primeira indentação 43,9 192,44

Segunda indentação 45,5 179,14

Terceira indentação 46,6 170,7

Quarta indentação 49,1 153,84

Quinta indentação 46,0 175,27

Média 46,22 174,27

Fonte: Própria (2019)

Tabela 4: Tabela dos valores obtidos através dos cálculos

SX (d) Desvio SX (HV) Desvio X (d) Média µm X (HV) Média HV


padrão padrão
1,896 14,00 46,22 174,30
Fonte: Própria (2019)

O fator que afeta a dureza de um aço carbono é a quantidade de perlita, que é relacionada
com a quantidade de carbono em sua composição. Dessa forma, quanto menor a
quantidade de carbono, menor a dureza.

Assim, analisando a média dos resultados de 174,27 HV, temos um aço de baixo carbono
(carbono menor que 0,30%). O aço de baixo carbono que entra nessa faixa de dureza
medida é o aço SAE 1020, que atinge uma dureza de aproximadamente 176 HV
(CONTECC,2016)
18

5 CONCLUSÃO

Através da metalografia foi possível observar de forma nítida a distribuição da perlita e


ferrita no aço, e relacionar a um material não tratado termicamente e nem com elementos
de liga. Foi feito teste de dureza vickers e foi verificado que o material possui
característica de um material com baixo teor de carbono, através dos valores de limite de
escoamento, tensão máxima, estricção e alongamento obtidos no teste de tração, foi visto
que o material se trata de um aço SAE 1020, com propriedades, como a ductilidade e o
alongamento, se destacando em regime elástico.
19

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

DIAS, A.M.S. Análise Numérica do Processo de Fratura no Ensaio de Indentação


Vickers em uma Liga de Carboneto de Tungstênio com Cobalto. 2004. Tese de
Doutorado (Curso de Pós-Graduação em Engenharia Metalúrgica e de Minas) -
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS, 2004.

MASCARENHAS, RAFAEL. Como é feito o teste de dureza Vickers?. GURU, 6 ago.


2016.

CENTRO DE INFORMAÇÕES METAL MECÂNICA, CIMM. Teste da Microdureza.


1997. Disponível em: https://www.cimm.com.br/portal/material_didatico/6560-teste-da-
microdureza. Acesso em: 17 out. 2019.

POLAKOWSKI, N.H.; RIPLING, E.J. Strength and structure of engineering


materials. USA. PrenticeHall, Inc. 1966

CALLISTER, W. D. Ciência e Engenharia dos Materiais: Uma Introdução. Rio de


Janeiro: LTC, 1999.

HOWE, A.A. Ultrafine Grained Steels: Industrial Perspectives. Materials Science and
Technology, 16:11, November-December 2000, p. 1264-1266.

SOLDAGEM – COLEÇÃO TECNOLÓGICA SENAI – 1ª ED. 1997, SENAI. Ensaio


mecânico: Tração, 2013.

COLPAERT, P. H. Metalografia dos Produtos siderúrgicos comuns. 3. ed. São Paulo:


Editora Edgard Blucher Ltda., 1989.

HASSMANN , Augusto. ESTUDO COMPARATIVO DE AÇO-CARBONO


MICROLIGADO E AÇOS-CARBONO LIGADOS PARA FABRICAÇÃO DE
PARAFUSOS FORJADOS A FRIO. 2016. TCC (CURSO DE ENGENHARIA
MECÂNICA) - CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIVATES, 2016.
20

GIASSI, Ferro & Aço. Qual a especificação dos aços 1020 e 1045?, 2019. Disponível
em: https://giassiferroeaco.com.br/qual-a-especificacao-dos-acos-1020-e-1045/. Acesso
em: 17 out. 2019.

CONGRESSO TÉCNICO CIENTÍFICO DA ENGENHARIA E DA AGRONOMIA,


2016, Rafain Palace Hotel & Convention Center- Foz do Iguaçu -
PR. MICROESTRUTURA E MICRODUREZA DO AÇO SAE 1020 EM
DIFERENTES TRATAMENTOS TÉRMICOS, 2016.

BRANCO, F. K.. Influência da Microestrutura na Anisotropia de Chapas Metálicas


de Diferentes Aços Estruturais. 2007. Projeto de Iniciação Científica; 2007, FEI,
Centro Universitário da FEI, São Paulo, 2007.
PORTAL METÁLICA (Brasil). Disponível em: Acesso em: https://metalica.com.br/o-
que-e-aco-carbono-2/ 17 out. 2019.
21

ANEXOS

Figura 2.2.1: Diagrama de Tensão-deformação para quatro tipos diferentes de aço


Fonte: FEPESE – Engenheiro (CELESC)

Figura 2.3.1: Impressão de indentador Vickers


Fonte: CIMM - Teste da Microdureza
22

Figura 3.1.1: Medições realizadas no corpo de prova


Fonte: HASSMANN (2016)

Figura 3.1.2: Corpo de prova posicionado para dar início ao teste


Fonte: Própria (2019)
23

Figura 3.1.3: Corpo de prova rompido após aplicação da carga


Fonte: Própria (2019)

Figura 3.1.4: Corpo de prova posicionado para medição do comprimento útil


Fonte: Própria (2019)
24

Figura 4.1.5: Medição do diâmetro útil do corpo de prova


Fonte: Própria (2019)

Figura 3.3.1: Corpo de prova depois de polido, limpo e pronto para indentação
Fonte: Própria (2019)
25

Figura 3.2.1: Sequência do processo de metalografia, com maquinário e ferramentas.


Fonte: Própria (2019)
26

Figura 3.3.2: Durômetro microvickers leiz


Fonte: Própria (2019)

Figura 4.1: Imagem metalográfica do material com zoom de 500x


Fonte: Própria (2019)
27

Figura 4.5: Imagem metalográfica do material com zoom de 100x


Fonte: Própria (2019)

Das könnte Ihnen auch gefallen