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Definição de Cultura

"É perfeitamente conhecido o fato de que o bem-estar do homem não depende


exclusivamente de uma saúde física mas também de uma correta adaptação ao
meio, com uma capacidade adequada para enfrentar as necessidades sociais,
econômicas e industriais da vida moderna" (Curso básico de psicanálise.
Alberto Taljaferro; 2 ed. - São Paulo: Martins Fontes, 1996).

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De acordo com Jessé Torres: "Socialização é integração social do homem, isto é, sua
incorporação a grupos e sua aceitação nos mesmos. É o mecanismo pelo qual a
Sociedade transmite suas normas,valores e crenças aos membros. É automática,
imputada, inculcada e assimilada." (pg.11)

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Personalidade, pg. 70 de "LE RACISME DEVANT LA SCIENCE Nouvelle édition UNESCO
PARIS 1973":

La personnalité s’identifiant objectivement à l’ensemble des


activités et des attitudes psychologiques propres à un individu
ensemble organisé en un tout original qui exprime la
singularité de cet individu à quelque type connu qu’on puisse
le rattacher...

Tradução (Google):
A personalidade identifica-se objetivamente com todas atividades e atitudes
psicológicas específicas de um indivíduo juntas organizadas em um todo original que
expressa a singularidade deste indivíduo para algum tipo conhecido que pudermos
recolocá-lo...

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FATORES CULTURAIS E SUPRACULTURAIS NA COMUNICAÇÃO DOEVANGELHO
NICHOLLS, BRUCE J., Contextualização: Uma Teologia do Evangelho eCultura.

A CULTURA: UM ENREDO PARA A VIDA

Nas mentes de muitas pessoas, a palavra cultura é associada com atividades tais
como o teatro, a música, a arte, a poesia, a literatura; e uma pessoa culta é
considerada como sendo quem adquiriu um conhecimento sofisticado destasatividades e
que vive uma vida de refinamento e boas maneiras de acordo com os ideais da
sociedade. Esta definição popular é por demais estreita, porque a cultura abrange a
totalidade da vida. Nas palavras de Louis Luzbetak: “A cultura é um enredo para a
vida. É um plano segundo o qual a sociedade se adapta ao seu ambiente social e
ideal.” O termo cultura como tal é um conceito abstrato. Sempre se deve ter um
conceito dele como sendo o envolvimento na vivência.O professor John S.Mbiti, na
Assembleia Pan Africana de Liderança Cristã, em Nairobi, 1976, deu uma definição
prática da cultura como sendo “o padrão humano de vida como resposta ao ambiente do
homem” – expressado em formas físicas tais como a agricultura, as artes, a
tecnologia; nos relacionamentos inter-humanos tais como as instituições, as leis,
os costumes; e nas formas de reflexão sobre a realidade total da vida, tais como a
linguagem, a filosofia, a religião, os valores espirituais, a cosmovisão.
O comportamento cultural não é biologicamente transmitido de uma geração para
outra. Deve ser aprendido por toda geração que sucede à anterior. É a soma total
dos padrões comportamentais e atitudes aprendidos por uma determinada comunidade. O
termo enculturação é empregado para o processo mediante o qual as pessoas aprendem
o modo de vida da sua sociedade. Este processo ocorre através da instrução direta e
consciente pelos pais, mestres ou pelos mais idosos.É aprendido pela observação e
imitação deliberada como quando a criança copia os adultos na vida de todos os
dias. É aprendido, também, pela imitação e assimilação inconsciente. Porque a
cultura é adquirida, está em mudança constante. É relativa. Quando a mudança é mais
rápida do que a capacidade da comunidade adaptar-se a ela, podemos falar
corretamente de um “choque de culturas.” G.Linwood Barney, deu um modelo útil da
disposição deste conhecimento adquirido. Sugere que cada cultura é uma série de
camadas, das quais a mais profunda consiste em ideologia, cosmologia e cosmovisão.
Uma segunda camada, que está estreitamente relacionada com ela, e provavelmente
derivada dela, é a dos valores. Brotando destas duas camadas há uma terceira camada
de instituições, tais como o casamento, a lei, e a educação. Estas instituições são
uma ponte para a quarta camada, da superfície, de artefatos materiais e de
comportamento e costumes observáveis. Esta superfície é facilmente descrita e mais
facilmente alterada. Cada camada é mais complexa e abstrata e é mais difícil
definir os relacionamentos funcionais entre elas. Destarte, a cultura é um todo
sistemático funcional integrativo comum, o que Barney chama de ”Orientação
Cognitiva Compartilhada” do conhecimento em comum. Será notado que os níveis se
correspondem, grosso modo, ao padrão de Mbiti: o físico, o inter-humano, e a
reflexão sobre a totalidade da vida. Todos os modelos têm suas limitações, e este,
de uma escada de camadas, não demostra suficientemente a interação de cada nível
com os demais como um sistema dinamicamente operante. Talvez um modelo melhor fosse
uma esfera, da qual cada segmento está próximo dos demais, ou, também, de uma
pirâmide que tem a cosmovisão como base invisível, e os valores, as instituições e
o comportamento observável como os três lados em interação mútua.

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Tomazi, Nelson Dacio


Sociologia para o ensino médio / Nelson Dacio Tomazi. —
2. ed. — São Paulo : Saraiva, 2010.

Capítulo 18, pg. 171.

Cultura e ideologia talvez sejam os conceitos mais amplos das ciências sociais, com
diferentes definições. Neste capítulo, vamos examinar os significados
e usos desses dois conceitos de acordo com diferentes autores.

Os significados de cultura

O emprego da palavra cultura, no cotidiano, é objeto de estudo de diversas ciências


sociais. Félix Guattari, pensador francês (1930-1992) interessado nesse
tema, reuniu os diferentes significados de “cultura” em três grupos, por ele
designados cultura-valor, cultura-alma coletiva e cultura-mercadoria.

- Cultura-valor é o sentido mais antigo e aparece claramente na ideia de “cultivar


o espírito”. É o que permite estabelecer a diferença entre quem tem cultura e
quem não tem ou determinar se o indivíduo pertence a um meio culto ou inculto,
definindo um julgamento de valor sobre essa situação.

- O segundo significado, designado cultura-alma coletiva, é sinônimo de “civi-


lização”. Ele expressa a ideia de que todas as pessoas, grupos e povos têm cultura
e
identidade cultural.

- O terceiro sentido, o de cultura-mercadoria, corresponde à “cultura de massa”.


Ele não comporta julgamento de valor, como o primeiro significado, nem delimitação
de um território específico, como o segundo. Nessa concepção, cultura compreende
bens ou equipamentos — como os centros culturais, os cinemas, as bibliotecas —, as
pessoas que trabalham nesses estabelecimentos, e os conteúdos teóricos e
ideológicos de produtos — como filmes, discos e livros — que estão à disposição de
quem quer e pode comprá-
los, ou seja, que estão disponíveis no mercado.

As três concepções de cultura estão presentes em nosso dia a dia, marcando sempre
uma diferença bastante clara entre as pessoas — seja no sentido mais elitista
(entre as que têm e as que não têm uma cultura clássica e erudita, por exemplo),
seja no sentido de identificação com algum grupo específico, seja ainda em relação
à possibilidade de consumir bens culturais. Todas essas concepções trazem uma carga
valorativa, dividindo indivíduos, grupos e povos entre os que têm e os que não têm
cultura ou, mesmo, entre os que têm uma
cultura superior e os que têm uma cultura inferior.

Cultura segundo a Antropologia

O conceito de cultura com frequência é vinculado à Antropologia, como se fosse


específico dessa área do conhecimento. Por isso, vamos verificar como os
antropólogos, partindo de uma visão universalista para uma visão particularista,
definiram esse conceito.

- Uma das primeiras definições de cultura apareceu na obra do antropólogo inglês


Edward B. Tylor (1832-1917). De acordo com esse autor, cultura é o conjunto
complexo de conhecimentos, crenças, arte, moral e direito, além de costumes e
hábitos adquiridos pelos indivíduos em uma sociedade. Trata-se de uma definição
universalista, ou seja, muito ampla, com a qual se procura expressar a totalidade
da vida social humana, a cultura universal.

- Já o antropólogo alemão Franz Boas (1858-1942), que desenvolveu a maior parte de


seus trabalhos nos Estados Unidos, tinha uma visão particularista. Ele pesquisou as
diferentes formas culturais e demonstrou que as diferenças entre os grupos e
sociedades humanas eram culturais, e não biológicas.

- Bronislaw Malinowski(1884-1942), antropólogo inglês, afirmava que, para fazer uma


análise objetiva, era necessário examinar as culturas em seu estado atual, sem
preocupações com suas origens. Concebia as culturas como sistemas funcionais e
equilibrados, formados por elementos interdependentes que lhes davam
características próprias, principalmente no tocante às necessidades básicas, como
alimento, proteção e reprodução. Por ser interdependentes, esses elementos não
poderiam ser examinados isoladamente.

Relações entre cultura e personalidade

Duas antropólogas estadunidenses, Ruth Benedict (1887-1948) e Margareth Mead (1901-


1978), procuraram investigar as relações entre cultura e personalidade.

- Benedict desenvolveu o conceito de padrão cultural, destacando a prevalência de


uma homogeneidade e coerência em cada cultura. Em suas pesquisas, identificou dois
tipos culturais extremos: o apolínico, representado por indivíduos conformistas,
tranqüilos, solidários, respeitadores e comedidos na expressão de seus sentimentos,
e o dionisíaco, que reunia os ambiciosos, agressivos, individualistas, com uma
tendência ao exagero afetivo. De acordo com ela, entre os apolínicos e os
dionisíacos haveria tipos intermediários que mesclariam algumas características dos
dois tipos extremos.

- Mead, por sua vez, investigou o modo como os indivíduos recebiam os elementos de
sua cultura e a maneira como isso formava sua personalidade.
1. Suas pesquisas tinham como objeto as condições de socialização da personalidade
feminina e da masculina.

2. Ao analisar os Arapesh, os Mundugumor e os Chambuli, três povos da Nova Guiné,


na Oceania, Mead percebeu diferenças significativas.

i. Entre os Arapesh não havia diferenciação entre homens e mulheres, pois ambos
eram educados para ser dóceis e sensíveis e para servir aos outros.

ii. Também entre os Mundugumor não havia diferenciação: indivíduos de ambos os


sexos eram treinados para a agressividade, caracterizando-se por relações de
rivalidade, e não de afeição.

iii. Entre os Chambuli, finalmente, havia diferença entre homens e mulheres, mas de
modo distinto do padrão que conhecemos: a mulher era educada para ser extrovertida,
empreendedora, dinâmica e solidária com os membros de seu sexo. Já os homens eram
educados para ser sensíveis, preocupados com a aparência e invejosos, o que os
tornava inseguros. Isso resultava em uma sociedade em que as mulheres detinham o
poder econômico e garantiam o necessário para a sustentação do grupo, ao passo que
os homens se
dedicavam às atividades cerimoniais e estéticas.

Baseada em seus achados, Mead afirmou que a diferença das personalida des não está
vinculada a características biológicas, como o sexo, mas à maneira como em cada
sociedade a cultura define a educação das crianças.

- Para Claude Lévi-Strauss (1908-2009), antropólogo que nasceu na Bélgica, mas


desenvolveu a maior parte de seu trabalho na França, a cultura deve ser considerada
como um conjunto de sistemas simbólicos, entre os quais se incluem a linguagem, as
regras matrimoniais, a arte, a ciência, a religião e as normas econômicas. Esses
sistemas se relacionam e influenciam a realidade social e física das diferentes
sociedades.

[Isso fez-me lembrar dos FATORES CULTURAIS E SUPRACULTURAIS NA COMUNICAÇÃO


DOEVANGELHO
A CULTURA: UM ENREDO PARA A VIDA]

i.A grande preocupação de Lévi-Strauss foi analisar o que era comum e constante em
todas as sociedades, ou seja, as regras universais e os elementos indispensáveis
para a vida social. Um desses elementos seria a proibição do incesto (relações
sexuais entre irmãos ou entre pais e filhos), presente em todas as sociedades.
Partindo dessa preocupação, ele desenvolveu amplos estudos sobre os mitos,
demonstrando que os elementos essenciais da maioria deles se encontram em todas as
sociedades ditas primitivas.

[Isso fez-me lembrar dos FATOR MELQUISEDEQUE]

Convivência com a diferença: o etnocentrismo

- Ter uma visão de mundo, avaliar determinado assunto sob certa ótica, nascer e
conviver em uma classe social, pertencer a uma etnia, ser homem ou mulher são
algumas das condições que nos levam a pensar na diversidade humana, cultural e
ideológica, e, consequentemente, na alteridade, isto é, no outro ser humano, que é
igual a cada um de nós e, ao mesmo tempo, diferente.

- observa-se, no entanto, grande dificuldade na aceitação das diversidades em uma


sociedade ou entre sociedades diferentes, pois os seres humanos tendem a tomar seu
grupo ou sociedade como medida para avaliar os demais. Em outras palavras, cada
grupo ou sociedade considera-se superior e olha com desprezo e desdém os outros,
tidos como estranhos ou estrangeiros. Para designar essa tendência, o sociólogo
estadunidense William G. Summer (1840-1910) criou em 1906 o termo etnocentrismo.

- O etnocentrismo foi um dos responsáveis pela geração de intolerância e


preconceito — cultural, religioso, étnico e político —, assumindo diferentes
expressões no decorrer da história. Em nossos dias ele se manifesta, por exemplo,
na ideologia racista da supremacia do branco sobre o negro ou de uma etnia sobre as
outras. Manifesta-se, também, num mundo que é globalizado, na ideia de que a
cultura ocidental é superior, e os povos de culturas diferentes devem assumi-la,
modificando suas crenças, normas e valores. Essa forma de etnocentrismo pode levar
a conseqüências sérias em nossa convivência com os outros e nas relações entre os
povos.

Trocas culturais e culturas híbridas

- No mundo globalizado em que vivemos, tendo nosso cotidiano invadido por situações
e informações provenientes dos mais diversos lugares, é possível afirmar que há uma
cultura “pura”? Até que ponto chegou o processo de mundialização da cultura?

- Em seu livro Culturas híbridas, o pensador argentino Néstor Garcia Canclini


analisa essas questões.

i. Lançando um olhar sobre a história, ele declara que, até o século XIX, as
relações culturais ocorriam entre os grupos próximos, familiares e vizinhos, com
poucos contatos externos. Os padrões culturais resultavam de tradições transmitidas
oralmente e por meio de livros, quando alguém os tinha em casa, porque bibliotecas
públicas ou mesmo escolares eram raras. Os valores nacionais eram quase uma
abstração, pois praticamente não havia a consciência de uma escala tão ampla.

ii. Já no século XIX e início do século XX, cresceu a possibilidade de trocas


culturais, pois houve um grande desenvolvimento dos meios de transporte, do sistema
de correios, da telefonia, do rádio e do cinema. As pessoas passaram a ter contato
com situações e culturas diferentes. As trocas culturais efetivadas a partir de
então ampliaram as referências para avaliar o passado, o presente e o futuro. O
mundo não era mais apenas o local em que um grupo vivia. Tornou-se muito mais
amplo, assim como as possibilidades culturais. A cultura nacional passou a ter
determinada constituição e os valores e bens culturais de vários povos ou países
cruzaram-se, com a conseqüente ampliação das influências recíprocas.

iii. No decorrer do século XX, com o desenvolvimento das tecnologias de


comunicação, o cinema, a televisão e a internet tornaram-se instrumentos de trocas
culturais intensas, e os contatos individuais e sociais passaram a ter não um, mas
múltiplos pontos de origem. Desde então as trocas culturais são feitas em tal
quantidade que não se sabe mais a origem delas. Elementos de culturas antes pouco
conhecidas aparecem com força em muitos lugares, ao mesmo tempo. As expressões
culturais dos países centrais, como os Estados Unidos e algumas nações da Europa,
proliferam em todo o mundo. As culturas de países distantes ou próximos se mesclam
a essas expressões, construindo culturas híbridas que não podem ser mais
caracterizadas como de um país, mas como parte de uma imensa cultura mundial.

Isso não significa que as expressões representativas de grupos, regiões ou até de


nações tenham desaparecido. Elas continuam presentes e ativas, mas coexistem com
essas culturas híbridas que atingem o cotidiano das pessoas por meios diversos,
como a música, a pintura, o cinema e a literatura, normalmente fomentadas pela
concentração crescente dos meios de comunicação.

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