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FCE- FACULDADE CAMPOS ELÍSEOS

Legislação Educacional: Constituição Federal de 1988 e Lei de


Diretrizes e Base de 1996 e sua importância para o acesso à
Educação Básica.

Odair 1

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Professor de Ensino Fundamental ciclo 1 na Rede municipal de Indaiatuba
Artigo apresentado como requisito parcial para aprovação do Trabalho de Conclusão do Curso de
Especialização em Gestão Escolar
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RESUMO

O Artigo apresenta importância da legislação educacional a partir da


Constituição Federal de 1988 para o crescimento do acesso e permanecia e
conclusão no sistema público brasileiro de educação.

Com a nova constituição e as garantias de cidadania o Estado busca através


de diversos mecanismos garantir o acesso de toda a população à educação
básica.
Dentro desse contexto que surge a nova LDBEN (Lei de Diretrizes e Base da
Educação Nacional) em 1996, uma lei que regulamenta vários pontos já
previstos na constituição, organizando de forma sistêmica a Educação Pública
Nacional, estabelecendo responsabilidades com os direitos e deveres de cada
membro da sociedade: crianças, adultos e Estado em busca da universalização
da educação básica.

Palavras-chave: Legislação educacional; Constituição Federal; (Lei de Diretrizes e Base


da Educação.
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INTRODUÇÃO

Neste artigo será abordado como a legislação educacional a partir da


Constituição Federal de 1988 onde o acesso à educação pública de qualidade
se torna um direito de todos e dever do Estado, fez o Brasil dar salto em busca
universalização da educação básica, em 2017 segundo o Anuário Brasileiro de
Educação Bás1ica 93% das crianças de 4 a 5 anos frequentavam a escola. Em
1996 com a criação da nova LDBEN (Lei de Diretrizes e Bases da Educação)
que tem como eu maior mérito pensar a educação de sistêmica, legislando
sobre a responsabilidades de Uniao, Estados e Municípios no sistema
educacional brasileiro, prevendo também um currículo mínimo e dias letivos a
ser cumpridos por todo os 27 estados membro da federação, aumentar o
investimento em educação e a valorização da carreira do magistério com um
piso salarial nacional.

A Educação como direito de todo dever do Estado a sua oferta que tem
como objetivo o pleno desenvolvimento da pessoa para o exercício da
cidadania e para o trabalho, a nova constituição ao definir a educação como
um direito essencial e um meio para o Brasil crescer como Nação, diminuir
desigualdades sendo o método mais eficaz para que um membro da sociedade
possa se mover dentro da pirâmide social deixa claro para a sociedade qual é o
papel da educação dentro de uma sociedade.

O QUE É LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL?


A expressão legislação educacional designa o conjunto de leis que
objetivam disciplinar a matéria educacional.

Entende-se por educação um processo pelo qual uma pessoa ou grupo


de pessoas adquire conhecimentos gerais, científicos, artísticos, técnicos
especializados. Além disso, pela educação, o cidadão adquire certos hábitos e
atitudes, em estabelecimentos de ensino especialmente organizados para esse
fim tais como escolas, faculdades, centros universitários e universidade ou
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através da experiência cotidiana, por intermédio do contato social, leitura de


jornais, revistas, livros, televisão, rádio, teatro, viagens e conferencias. A
Constituição Federal trata a educação dentro dessa concepção, ou seja, direito
de todos e dever do Estado e da Família.

A legislação da educação pode ser considerada como um conjunto de


leis voltada ao ensino ou às questões relativas à matéria educacional como,
por exemplo, a profissão de professor, a democratização do ensino ou as
mensalidades escolares.

Com relação e legislação educacional PESSOA (2003, 192) define em


três significados distintos: a ciência das leis; ato de legislar, de fazer, de
elaborar leis; conjunto de leis sobre determinada matéria.

NATUREZA DA LEGISLAÇÃO EDUCACIONAL.

A legislação educacional brasileira possui duas espécies de natureza: uma


reguladora e outra regulamentadora.

A características principal da regulação é a sua força de regular, designando


atos e formalidades pelos quais se dispõe ou se ordena o modo ser de uma
coisa. Para Silva a regulação significa a: “Instituição de regras e princípios
sobre o modo por que as coisas se devam conduzir, sem se restringir somente
à forma. Desse modo, os princípios e preceitos dispostos pela regulação tanto
podem atingir à forma como à substância da matéria que vem regular ou
disciplinar. ” (SILVA, 1990; 77).

Portanto, a legislação é reguladora quando se manifesta através de leis, sejam


federais, estaduais ou municipais.

A Natureza primordial da regulamentação é a prescrição, ou seja, a


regulamentação não cria direito porque limita-se a instruir normas sobre a
execução da lei, tomando as providências indispensáveis para o funcionamento
dos serviços educacionais.
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Portanto quando nos referimos a regulamentação sua legislação está


limitada aos decretos Presidenciais, as portarias ministeriais e interministeriais,
as resoluções e processos dos Órgãos do Ministério da Educação, como o
Conselho Nacional da Educação ou o Fundo de Desenvolvimento da Educação
que dispõe sobre a forma como serão executadas as regras ou das
disposições legais contidas no processo de regulação da educação nacional
sem, no entanto, estabelecer princípios.

EDUCAÇÃO NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988.

A promulgação da Constituição de 1988 trouxe em seus artigos do 205 ao 214


uma nova visão sobre como o pais deve pensar e esperar da educação e três
pontos principais fez o oferta e qualidade de ensino observar um grande salto:
Organização Sistêmica do ensino público, vinculação constitucional do
investimento em educação da União Estados e Município e valorização dos
profissionais de educação.

A carta magna elenca de forma clara e sucinta quais são os objetivos,


princípios e quais as responsabilidades de cada ente da federação em relação
a oferta da educação, estabelecendo um sistema de ensino onde União,
Estados e Municípios devem se organizar em regime de colaboração seus
sistemas de ensino.

Os investimentos em educação com a fixação de uma porcentagem mínima


que Uniao, Estados e Municípios devem destinar anualmente para educação
obedecendo as prioridades de oferta elencadas na CF e a primeira
consequência da consolidação da vinculação constitucional de recursos foi
uma ampliação dos recursos disponíveis para a educação .Assim, segundo
dados do Ministério da Educação (MEC) (BRASIL, 1985), em 1970, os gastos
governamentais com educação (conceito mais amplo que manutenção e
desenvolvimento do ensino) correspondiam a 2,8% do Produto Nacional Bruto
(PNB). Com a introdução da vinculação constitucional esse patamar passou
para a faixa de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) e em 2018 segundo o MEC o
pais investiu 6% do PIB.
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O terceiro ponto que a CF de 88 trás e tem grande impacto na qualidade da


educação é a valorização dos docentes, com a previsão de plano de carreira e
criação de um piso salarial nacional, as garantias de gestão democrática e a
busca por um padrão mínimo de qualidade são um ponto positivo e que trouxe
fruto nas próximas décadas.

LEI DE DIRETRIZES E BASE DA EDUCAÇÃO E O SISTEMA BRASILEIRO


DE EDUCAÇÃO.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) define e regulariza o sistema


de educação brasileiro com base nos princípios presentes na Constituição.

O presidente João Goulart foi o responsável pela primeira LDB foi publicada em
20 de dezembro de 1961, já no regime militar em 1971 foi criada um segundo
verão, que vigorou até a promulgação da mais recente em 1996.

Várias mudanças foram impulsionadas pelos 92 artigos da lei: o aumento do


tempo letivo para pelo menos 200 dias e 800 horas anuais, a LDB tornou
obrigatória e gratuita a Educação Básica, além de especificar quais etapas são
contempladas: pré-escola, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Com o tempo,
expandiu o ensino básico para nove anos e passou a determinar a matrícula de
crianças a partir dos 4 anos.

Outro avanço foi a especificação dos recursos que a União deveria aplicar
anualmente em Educação (os 18% do PIB). O regime de colaboração entre a
União, os Estados e os Municípios, definido pela lei ajudou a melhorar o
sistema educacional.

Os currículos do ensino fundamental e médio passam a compreender uma


base nacional comum que deve ser complementada por uma parte
diversificada, de acordo com as características regionais e dá atenção
específica à questão dos professores, estabelecendo critérios de ingresso e
falando da necessidade do plano de carreira nas instituições.
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A Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional também conhecida como Lei


Darcy Ribeiro não foi capaz de resolver todos os problemas da educação
nacional, mais foi responsável por grandes avanços e com relação ao acesso
quanto a qualidade de ensino.

EDUCAÇÃO: ACESSO, PERMANENCIA E CONCLUSÃO.

A democratização do acesso à educação pública com o fim do regime militar e


a promulgação da CF de 88 observou um salto, em 1985 apenas 28,6% das
crianças de 4 a 6 anos encontravam- se na pré-escola, já na faixa etária de 7 a
14 anos esse número chegava a 80% ,o número de acesso a agora designada
pela LDB de Educação Básica teve um crescimento significativo ,em 2017 o
atendimento das crianças de 4 e 5 anos foi de 93% e de 6 a 14 anos o
atendimento chega a 99,3% da população segundo dados do Anuário Brasileiro
da Educação Básica 2019,´imporntate observar que nesses 33 anos mais que
a CF 88 e a LDB ,uma grande quantidades de ações foram implementadas
para garantir ao cidadão o acesso ,ainda que sem a qualidade ideal há uma
educação pública e gratuita ,mas ainda 1,5 milhão de crianças estão fora da
escola e quase 50% deste número são jovens de 15 a 17 anos.

O país conseguiu nas últimas décadas trazer a maioria da sua população em


idade escola para as salas de aulas, mas um dado ainda é preocupante é
quantidade de jovens que concluem o ensino médio em 2018 apenas 63%, um
número que preocupa e revela que a escola não tem conquistado os jovens e
tem se mostrado incapaz que montar sua relevância nas suas vidas.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS.

Em 2018 o Brasil tinha matriculado na Educação Básica 48,5 milhões de


alunos, um número que é superior que a população da maioria dos países e
garantir educação de qualidade e gratuita para essa verdadeira nação não uma
tarefa simples. Nas ultimas 3 décadas o pais tem cursado o trilho da
universalização da educação básica e uma democratização do acesso ao
ensino superior. Apesar de quase 100 % de matriculas o índice de jovens que
concluem o ensino médio está muito abaixo do ideal configurando como um
dos grandes desafios das políticas educacionais.

A importância dada pela CF de 88 a educação aliado com a modernização da


LDB fez com que novas leis e políticas públicas como o PROUNI (Programa
Universidade para Todos, PNLD (Programa Nacional do Livro de Didático) ,o
FUNDEF e posteriormente o FUNDEB (Fundo Nacional Desenvolvimento da
Educação Básica ,também foram criadas avalições externas como a Provinha
Brasil e ENEM como o objetivo de medir a qualidade e nortear as ações do
MEC em relação a suas políticas futuras em busca de um padrão de qualidade.

Portanto a educação no Brasil nas últimas décadas registrou um grande


avanço com um aumento substancial de investimentos em busca da
universalização o que se observa agora é desafio onde a busca pela qualidade
e uma educação que segundo a CF 88” visando ao pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho “ ou segundo a LBD” tem por finalidade o pleno desenvolvimento do
educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho “ dois artigos quase idênticos ,mas que na pratica várias décadas
depois não foram cumpridos de forma integral.
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REFERÊNCIAS

ESTATÍSTICAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL. Disponível em:

http://portal.inep.gov.br/documents/186968/484154/Estat%C3%ADsticas+da+e
duca%C3%A7%C3%A3o+b%C3%A1sica+no+Brasil/e2826e0e-9884-423c-
a2e4-658640ddff90?version=1.1
Acesso em outubro de 2019
Anuário Brasileiro da Educação Básica 2019. . Disponível em:

https://www.todospelaeducacao.org.br/_uploads/_posts/302.pdf
Acesso em outubro de 2019
SILVA, De Plácido. Vocabulário jurídico III e IV. Rio de Janeiro: Forense, 1990.

BRASIL. Constituição: República Federativa do Brasil, Brasília: Senado


Federal,
Centro Gráfico, 1988.
BRASIL. Presidência da República. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996.
Casa
Civil: Subchefia para assuntos jurídicos: 1996.
PESSÔA, E. Dicionário jurídico. Rio de janeiro: Ideia Jurídica, 2003.
Educ. Soc. vol.39 no.145 Campinas out./dez. 2018 Epub 14-Nov-2018

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