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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO PARA TRT-RJ

PROFESSOR: GUILHERME NEVES

Aula 6
Condição Necessária e Condição Suficiente ...................................................................................................... 2
Negação de proposições compostas ................................................................................................................. 7
Negação de proposições quantificadas ........................................................................................................... 11
Diagramas de Euler-Venn ................................................................................................................................ 21
Lógica de Argumentação ................................................................................................................................. 30
Relação das questões comentadas.................................................................................................................. 41
Gabaritos ......................................................................................................................................................... 48

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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO PARA TRT-RJ
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Condição Necessária e Condição Suficiente

Vamos considerar as seguintes proposições:

: ℎ é .

: ℎ é .

Considere agora a proposição composta → :

→ : ℎ é , ã ℎ é .

Imagine que alguém te informou que de fato Guilherme é pernambucano. Você já pode garantir
que Guilherme é brasileiro? Sim!!

Desta forma, dizemos que Guilherme ser pernambucano é condição suficiente para
Guilherme ser brasileiro.

Por que é condição suficiente? Porque basta saber que Guilherme é pernambucano para garantir
que Guilherme é brasileiro.

Generalizando, dizemos que no condicional → , é condição suficiente para .

Imagine agora que alguém te informou que Guilherme é brasileiro. Você garante que Guilherme é
pernambucano? Não!!

Ou seja, saber que Guilherme é brasileiro NÃO É SUFICIENTE para saber que Guilherme é
pernambucano.

Mas uma coisa podemos garantir: para que Guilherme seja pernambucano, ele necessariamente
tem que ser brasileiro. Ou seja,

Guilherme ser brasileiro é condição necessária para Guilherme ser pernambucano.

Diz-se que p é condição suficiente de (ou para) q sempre que p → q . Em outras palavras, uma
condição suficiente aparece como antecedente de uma proposição condicional. Usando a mesma
expressão, q se diz condição necessária de (ou para) p. Em outras palavras, uma condição
necessária aparece como consequente de uma condicional. Por exemplo, a proposição “Se
Guilherme é pernambucano, então Guilherme é brasileiro” pode ser lida das seguintes maneiras:

Guilherme ser pernambucano é condição suficiente para Guilherme ser brasileiro.

Guilherme ser brasileiro é condição necessária para Guilherme ser pernambucano.

Resumindo...

p→q p é condição suficiente para q


q é condição necessária para p

Exemplo: Considere a frase “Penso, logo existo”. Esta frase significa que “Se penso, então existo”.

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Lembre-se que o primeiro componente do “se..., então” é a condição suficiente.

Desta forma: Pensar é condição suficiente para existir.

O segundo componente do “se..., então...” é a condição necessária.

Desta forma: Existir é condição necessária para pensar.

Lembra da equivalência → ⇔ ~ → ~ que estudamos na aula passada? Pois bem, a


proposição “Se penso, então existo.” é equivalente à proposição:

“Se não existo, então não penso”, que pode ser escrita como:

Não existir é condição suficiente para não pensar.

Não pensar é condição necessária para não existir.

Vamos agora considerar as seguintes proposições:

: ℎ é .

: ℎ .

Considere agora a proposição composta ⟷ :

⟷ : ℎ é ℎ .

Esta frase tem o seguinte significado:

“Se Guilherme é recifense, então Guilherme nasceu no Recife e se Guilherme nasceu no Recife,
então Guilherme é recifense.”. Trata-se, portanto, de um bicondicional.

Diz-se que p é condição necessária e suficiente de (ou para) q, ou que q é condição necessária e
suficiente de (ou para) p sempre que p ↔ q . Por exemplo, a proposição “Guilherme é recifense
se e somente se nasceu no Recife” pode ser lida das seguintes maneiras:

Guilherme ser recifense é condição necessária e suficiente para ter Guilherme nascido no
Recife.

Guilherme ter nascido no Recife é condição necessária e suficiente para Guilherme ser
recifense.

Em resumo:
p→q p é condição suficiente para q
q é condição necessária para p
p↔q p é condição necessária e suficiente para q
q é condição necessária e suficiente para p

01. (MEC/2008/FGV) Com relação à naturalidade dos cidadãos brasileiros, assinale a alternativa
logicamente correta:

a) Ser brasileiro é condição necessária e suficiente para ser paulista.


b) Ser brasileiro é condição suficiente, mas não necessária para ser paranaense.
c) Ser carioca é condição necessária e suficiente para ser brasileiro.
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d) Ser baiano é condição suficiente, mas não necessária para ser brasileiro.
e) Ser maranhense é condição necessária, mas não suficiente para ser brasileiro.

Resolução

a) Brasileiro ↔ paulista. Falso, pois pode ocorrer o caso de uma pessoa ser brasileira e não ser
paulista. Contradição, pois os valores lógicos das proposições componentes de uma bicondicional
devem ser iguais. Uma proposição bicondicional equipara-se a dois condicionais: Se uma pessoa
é brasileira, então ela é paulista e, se uma pessoa é paulista, então ela é brasileira.

b) Brasileiro → paranaense. Falso, pois pode ocorrer o caso de uma pessoa ser brasileira e não
ser paranaense. Como vimos, não pode ocorrer VF em uma condicional.

c) Carioca ↔ brasileiro. Falso, pela mesma razão da alternativa A.

d) Baiano → brasileiro. Verdadeiro, pois é impossível que uma pessoa seja baiana e não seja
brasileira. Neste caso é impossível ocorrer VF. É impossível que o antecedente seja verdadeiro e
o consequente falso.

e) Brasileiro → maranhense. Falso, pela mesma razão da alternativa B.

Letra D

02. (Bacen/2006/FCC) Sejam as proposições:


p: atuação compradora de dólares por parte do Banco Central.
q: fazer frente ao fluxo positivo.
Se p implica q, então:

a) Fazer frente ao fluxo positivo é condição necessária e suficiente para a atuação compradora de
dólares por parte do Banco Central.
b) A atuação compradora de dólares por parte do Banco Central não é condição suficiente e nem
necessária para fazer frente ao fluxo positivo.
c) A atuação compradora de dólares por parte do Banco Central é condição necessária para fazer
frente ao fluxo positivo.
d) Fazer frente ao fluxo positivo é condição suficiente para a atuação compradora de dólares por
parte do Banco Central.
e) A atuação compradora de dólares por parte do Banco Central é condição suficiente para fazer
frente ao fluxo positivo.

Resolução

“p implica q” é o mesmo que → .

Desta forma:

p é condição suficiente para q.

A atuação compradora de dólares por parte do Banco Central é condição suficiente para
fazer frente ao fluxo positivo.

Letra E

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03. (BB/2008-2/CESPE) A proposição “Se as reservas internacionais em moeda forte aumentam,


então o país fica protegido de ataques especulativos” pode também ser corretamente expressa
por “O país ficar protegido de ataques especulativos é condição necessária para que as reservas
internacionais aumentem”.

Resolução

“Se as reservas internacionais em moeda forte aumentam, então o país fica protegido de
ataques especulativos”.

O primeiro componente é condição suficiente.

Aumentar as reservas internacionais em moeda forte é condição suficiente para o país ficar
protegido de ataques especulativos.

O segundo componente é condição necessária.

“O país ficar protegido de ataques especulativos é condição necessária para que as reservas
internacionais em moeda forte aumentem”.

Observe que a frase que nós construímos não foi a mesma do enunciado. A frase do enunciado é
a seguinte:

“O país ficar protegido de ataques especulativos é condição necessária para que as reservas
internacionais aumentem”.

Está faltando a expressão “em moeda forte”. Mesmo assim, o CESPE considerou o item como
certo.

O item está certo.

(UNIPAMPA 2009/CESPE-UnB) Uma proposição é uma sentença declarativa que pode ser
julgada como verdadeira (V) ou falsa (F), mas não como V e F simultaneamente. As proposições
são representadas por letras maiúsculas A, B, C etc. A partir de proposições dadas, podem-se
construir novas proposições usando símbolos lógicos, como nos exemplos seguintes.
- conjunção: A˄B (lê-se “A e B”), que terá valor lógico V se as proposições A e B forem ambas V,
caso contrário, será F;
- disjunção: A˅B (lê-se “A ou B”), que terá valor lógico F se as proposições A e B forem ambas F,
caso contrário, será V;
- condicional: A→B (lê-se “se A, então B”), que terá valor lógico F se A for V e B for F, caso
contrário, será V;
- disjunção exclusiva: A ˅ B, que será V sempre que as proposições A e B tiverem valores lógicos
distintos.

A negação da proposição A, simbolizada por ¬A (lê-se “não A”), será V se A for F e, F se A for V.

O artigo 5.º, XL, da Constituição Federal de 1988 estabelece que a lei penal não retroagirá, salvo
para beneficiar o réu, isto é, “se a lei penal retroagiu, então a lei penal beneficiou o réu”. À luz
dessa regra constitucional, considerando as proposições P: “A lei penal beneficiou o réu” e Q: “A
lei penal retroagiu”, ambas verdadeiras, e as definições associadas à lógica sentencial, julgue os
itens a seguir.

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04. A proposição “Ou a lei penal retroagiu, ou a lei penal não beneficiou o réu” tem valor
lógico F.

Resolução

O enunciado nos mandou considerar como verdadeiras as seguintes proposições:

P: “A lei penal beneficiou o réu”


Q: “A lei penal retroagiu”

Podemos representar simbolicamente a proposição composta “Ou a lei penal retroagiu, ou a lei
penal não beneficiou o réu” assim: v ~!.

Neste caso, a proposição Q é verdadeira e a proposição ~P é falsa (pois é a negação de P). Uma
proposição composta pelo “ou exclusivo” é verdadeira quando apenas um dos componentes for
verdadeiro. É exatamente o que está acontecendo. Portanto, a proposição tem valor lógico
verdadeiro.

O item está errado.

05. A proposição “É necessário que a lei penal não retroaja para não beneficiar o réu” tem
valor lógico V.

Resolução

A proposição dada é a seguinte.

“se a lei penal retroagiu, então a lei penal beneficiou o réu”

Esta proposição é verdadeira, pois P e Q são verdadeiras.

A proposição “se a lei penal retroagiu, então a lei penal beneficiou o réu”
é equivalente a:

Se a lei penal não beneficiou o réu, então a lei penal não retroagiu.

Lembremos: o primeiro componente é condição suficiente e o segundo componente é condição


necessária. Portanto, a proposição dada é equivalente a:

A lei penal não retroagir é condição necessária para a lei penal não beneficiar o réu. Que é
exatamente a proposição que consta no enunciado.

O item está certo.

06. A proposição “Embora a lei penal não tenha retroagido, ela beneficiou o réu” tem valor
lógico F.

Resolução

O significado lógico desta frase é o seguinte:

A lei penal não retroagiu e a lei penal beneficiou o réu.


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Como o primeiro componente é falso, então a proposição é falsa (lembre-se que a proposição
composta pelo conectivo “e” só é verdadeira quando os dois componentes são verdadeiros.

O item está certo.

Curiosidade

Pode-se ver com bastante frequência nos textos a expressão condição sine qua non. Esta
expressão, originada do latim, significa condição necessária.

Portanto, dizer que “Existir é condição necessária para pensar” é o mesmo que dizer “Existir é
condição sine qua non para pensar”.

Literalmente, “condição sine qua non” significa “condição sem a qual não”.

Em tempo: A frase “Penso, logo existo” em latim é “Cogito ergo sum”.

Negação de proposições compostas

Aprenderemos agora a construir a negação de proposições compostas.

Dada uma proposição p qualquer, uma outra proposição, chamada negação de p, pode ser
formada escrevendo-se “É falso que ...” antes de p ou, se possível, inserindo a palavra “não”.
Simbolicamente, a negação de p é designada por ~ p ou ¬p . Para que ~ p seja uma
proposição, devemos ser capazes de classificá-la em verdadeira (V) ou falsa (F). Para isso vamos
postular (decretar) o seguinte critério de classificação: A proposição ~ p tem sempre o valor
lógico oposto de p , isto é, ~ p é verdadeira quando p é falsa e ~ p é falsa quando p é
verdadeira.

p ~p

V F

F V

Exemplo:

p : Paris está na França.

~ p : É falso que Paris está na França.

~ p : Paris não está na França.

~ p : Não é verdade que Paris está na França.

Devemos ter certo cuidado ao negar as proposições. Em termos de lógica, a negação de uma
proposição p será a proposição ~ p . A negação de “A parede é branca” é “A parece não é

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branca”. A negação efetua a simples troca do valor verdade de p . Assim, quando p é


verdadeira, ~ p é falsa; quando p é falsa, ~ p é verdadeira. Essa simplicidade lógica se opõe às
várias complicações que a negação coloca nos discursos. Considere então a proposição:

“Guilherme jogou um livro na perna de João”.

A negativa, de acordo com a Lógica, limita-se a trocar o valor-verdade da afirmação feita. Limita-
se a dizer que a afirmativa é falsa. Entretanto, essa falsidade pode recair em vários itens da
afirmação.

i) Não foi Guilherme quem jogou o livro, foi Alberto.

ii) Não jogou, apenas encostou.

iii) Não foi um livro, e sim um caderno.

iv) Não foi na perna, foi na barriga.

v) Não foi em João, foi em Paulo.

Como nos revela este exemplo, há uma negação “externa”, aplicável a uma proposição inteira, e
uma negação interna, aplicável a algum componente da proposição. Queremos com isso mostrar
que, por exemplo, não são equivalentes as proposições ~ ( p ∧ q ) e ~ p ∧ ~ q . Para evitar
dúvidas, enunciaremos as “fórmulas” de negação das proposições compostas, demonstraremos e,
em seguida, aplicaremos nas diversas questões de concurso.

Negação das proposições usuais

Afirmação Negação

p ~p

p∧q ~ p∨ ~ q

p∨q ~ p∧ ~ q

p→q p∧ ~ q

p↔q ( p ∧ ~ q) ∨ (q ∧ ~ p)

⟷~

~ ⟷

Poderíamos montar esta tabela em uma linguagem informal para um melhor entendimento do
leitor iniciante.

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Observe que há várias maneiras de negar a proposição composta pelo “se e somente se”.
Raramente a negação deste conectivo aparece em provas.

Afirmação Negação

p∧q Negue as duas proposições e troque o conectivo “e” pelo


conectivo “ou”

p∨q Negue as duas proposições e troque o conectivo “ou” pelo


conectivo “e”

p→q Afirme o antecedente, troque o conectivo condicional pelo


conectivo “e” e negue o consequente.

p↔q Afirme a primeira “e” negue a segunda, coloque o


conectivo “ou” e em seguida afirme a segunda “e” negue a
primeira.

Negue apenas o segundo componente e mantenha o


conectivo.

Negue apenas o primeiro componente e mantenha o


conectivo.

Troque o conectivo “se e somente se” pelo conectivo “ou


exclusivo”.

p q ~ p ~ q p ∧ q ~ ( p ∧ q) ~ p ∨ ~ q p ∨ q ~ ( p ∨ q) ~ p ∧ ~ q
V V F F V F F V F F
V F F V F V V V F F
F V V F F V V V F F
F F V V F V V F V V

Mostramos que ~ ( p ∧ q ) é equivalente a ~ p ∨ ~ q e que ~ ( p ∨ q ) é equivalente a ~ p ∧ ~ q .

~ ( p ∧ q) ⇔ ~ p∨ ~ q

~ ( p ∨ q) ⇔ ~ p∧ ~ q

Estas duas equivalências são chamadas Leis de De Morgan em homenagem ao matemático


inglês Augustus De Morgan (1806-1871).

Demonstremos agora as fórmulas de negação do condicional e do bicondicional.

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p q ~ p ~ q p → q ~ ( p → q) p ∧ ~ q q ∧ ~ p p ↔ q ~ ( p ↔ q) ( p ∧ ~ q) ∨ (q ∧ ~ p)
V V F F V F F F V F F
V F F V F V V F F V V
F V V F V F F V F V V
F F V V V F F F V F F

⟷~ ~ ⟷ v
F F F
V V V
V V V
F F F

~ ( p → q) ⇔ p∧ ~ q

~ ( p ↔ q) ⇔ ( p ∧ ~ q) ∨ (q ∧ ~ p )

~( ⟷ ) ⟺ ⟷~

~( ⟷ ) ⟺ ~ ⟷

~( ⟷ ) ⟺ v

Não daremos muita ênfase à negação do bicondicional (se e somente se) devido a sua pouca
importância em matéria de concursos públicos.

O mais importante de tudo é manter em mente a seguinte tabela:

Afirmação Negação

p∧q Negue as duas proposições e troque o conectivo “e” pelo


conectivo “ou”

p∨q Negue as duas proposições e troque o conectivo “ou” pelo


conectivo “e”

p→q Afirme o antecedente, troque o conectivo condicional pelo


conectivo “e” e negue o consequente.

Vejamos alguns exemplos.

Exemplo 1: Conjunção ~ ( p ∧ q ) ⇔ ~ p ∨ ~ q

Afirmação: Vou ao cinema e vou ao teatro.

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Negação: Não vou ao cinema ou não vou ao teatro.

Exemplo 2: Disjunção ~ ( p ∨ q ) ⇔ ~ p ∧ ~ q

Afirmação: Eu te ensino Lógica ou meu nome não é Guilherme.

Negação: Não te ensino Lógica e meu nome é Guilherme.

Exemplo 3: Condicional ~ ( p → q ) ⇔ p ∧ ~ q

Afirmação: Se for beber, então não dirija.

Negação: Bebo e dirijo.

Negação de proposições quantificadas

Observe as seguintes expressões:

a) 2 x + 6 = 0
b) x − 3 > 0

Elas contêm variáveis e seus valores lógicos (verdadeira ou falsa) dependem do valor atribuído à
variável.

a) 2 x + 6 = 0 é verdadeira se trocarmos x por −3 e é falsa para qualquer outro valor atribuído a


x.

b) x − 3 > 0 é verdadeira, por exemplo, para x = 8 e falsa, por exemplo, para x = 1 .

Expressões que contêm variáveis são chamadas de sentenças abertas ou funções proposicionais.
Como já comentamos, tais expressões não são proposições, pois seus valores lógicos dependem
dos valores atribuídos às variáveis. Entretanto, temos duas maneiras de transformar funções
proposicionais em proposições: atribuir valor às variáveis ou utilizar quantificadores.

Quantificadores são palavras ou expressões que indicam que houve quantificação. São exemplos
de quantificadores as expressões: existe, algum, todo, cada, pelo menos um, nenhum. Note que
os dicionários, de modo geral, não registram “quantificador”. Esse termo, no entanto, é de uso
comum na Lógica.

Uma proposição é dita categórica quando é caracterizada por um quantificador seguido por uma
classe ou de atributos,um elo e outra classe de atributos. Vejamos exemplos de proposições
quantificadas.

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Proposição universal afirmativa Todo recifense é pernambucano.

Proposição universal negativa Nenhum recifense é pernambucano.

Proposição particular afirmativa Algum recifense é pernambucano.

Proposição particular negativa Algum recifense não é


pernambucano.

Observe que a proposição universal negativa “Nenhum recifense é pernambucano” equivale a


dizer que “Todo recifense não é pernambucano”. Dessa forma, a expressão “nenhum” pode ser
substituída pela expressão “todo... não ...”.

O quantificador universal é indicado pelo símbolo ∀ , que se lê: “todo”, “qualquer que seja”, “para
todo”.

O quantificador existencial é indicado pelo símbolo ∃ , que se lê: “algum”, “existe”, “existe pelo
menos um”, ”pelo menos um”, “existe um”.

Note que uma função proposicional (ou sentença aberta) quantificada é uma proposição. Então,
como proposição, pode ser negada.

Negação de proposições quantificadas

Em resumo, temos o seguinte quadro para negação de proposições quantificadas.

Afirmação Negação

Particular afirmativa (“algum...”) Universal negativa (“nenhum...” ou “todo... não


...”)

Universal negativa (“nenhum...” ou “todo... Particular afirmativa (“algum...”)


não...”)

Universal afirmativa (“todo...”) Particular negativa (“algum... não”)

Particular negativa (“algum... não”) Universal afirmativa (“todo...”)

Vejamos alguns exemplos:

p : Algum político é honesto.


p : Existe político honesto.
~ p : Nenhum político é honesto.
~ p : Todo político não é honesto.

q : Nenhum brasileiro é europeu.


q : Todo brasileiro não é europeu.

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~ q : Algum brasileiro é europeu.


~ q : Existe brasileiro que é europeu.

r : Todo concurseiro é persistente.


~ r : Algum concurseiro não é persistente.
~ r : Existe concurseiro que não é persistente.

t : Algum recifense não é pernambucano.


t : Existe recifense que não é pernambucano.
~ t : Todo recifense é pernambucano.

Observação: Como saberemos se uma questão qualquer se refere à negação?


De três maneiras:

i) A questão explicitamente pede a negação de uma proposição dada.


ii) A questão fornece uma proposição verdadeira e pede uma falsa.
iii) A questão fornece uma proposição falsa e pede uma verdadeira.

07. (AFC/2002/Esaf) Dizer que não é verdade que Pedro é pobre e Alberto é alto é logicamente
equivalente a dizer que é verdade que:

a) Pedro não é pobre ou Alberto não é alto.


b) Pedro não é pobre e Alberto não é alto.
c) Pedro é pobre ou Alberto não é alto.
d) se Pedro não é pobre, então Alberto é alto.
e) se Pedro não é pobre, então Alberto não é alto.

Resolução

Comentamos que quando uma questão nos fornece uma proposição falsa e nos pede uma
verdadeira, deveremos assinalar a negação da proposição dada. Assim, quando a questão fala
que “não é verdade que Pedro é pobre e Alberto é alto”, temos que a proposição “Pedro é pobre e
Alberto é alto” é falsa. Para assinalarmos uma proposição verdadeira, deveremos negar a
proposição dada. Lembremos: para negar uma proposição composta pelo conectivo “e”, negamos
as duas proposições constituintes e trocamos o conectivo “e” pelo conectivo “ou” (Lei de De
Morgan).

Afirmação Pedro é pobre e Alberto é alto


Negação Pedro não é pobre ou Alberto não é alto

Dessa forma, a negação de “Pedro é pobre e Alberto é alto” é “Pedro não é pobre ou Alberto não
é alto”.

Letra A

08. (TRT/9ª Região/2004/FCC) A correta negação da proposição "todos os cargos deste concurso
são de analista judiciário. é:

a) alguns cargos deste concurso são de analista judiciário.


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b) existem cargos deste concurso que não são de analista judiciário.


c) existem cargos deste concurso que são de analista judiciário.
d) nenhum dos cargos deste concurso não é de analista judiciário.
e) os cargos deste concurso são ou de analista, ou no judiciário.

Resolução

A negação de uma proposição universal afirmativa (“todo...”) é a particular negativa (“algum...


não”). Lembrando que o quantificador existencial “algum” equivale à expressão “existe”.

Afirmação Todos os cargos deste concurso são de analista judiciário.


Negação Existem cargos deste concurso que não são de analista judiciário.

Dessa forma, a negação da proposição dada é “existem cargos deste concurso que não são de
analista judiciário”.

Na verdade, o correto é que o quantificador existencial fique no SINGULAR. Desta forma, estamos
assinalando a alternativa “menos” errada.

O correto, a rigor, seria: Existe cargo deste concurso que não é de analista judiciário.

Para negar uma proposição com a expressão “todo...”, troca-se o quantificador por “algum/existe”
e modifica-se o verbo, nega-se o verbo.

Letra B

09. (TJ/PE/2007/FCC) Considere a afirmação abaixo. Existem funcionários públicos que não são
eficientes. Se essa afirmação é FALSA, então é verdade que:

a) nenhum funcionário público é eficiente.


b) nenhuma pessoa eficiente é funcionário público.
c) todo funcionário público é eficiente.
d) nem todos os funcionários públicos são eficientes.
e) todas as pessoas eficientes são funcionários públicos.

Resolução

Como vimos, quando o enunciado nos fornece uma proposição falsa e nos pede uma proposição
verdadeira, devemos obter a sua negação. Assim, a negação de uma proposição particular
negativa (”algum... não”) é a proposição universal afirmativa (todo...).

Afirmação Existem funcionários públicos que não são eficientes.


Negação Todo funcionário público é eficiente.

Temos então que a negação de “Existem funcionários públicos que não são eficientes” é “todo
funcionário público é eficiente”. Em outras palavras, para negar uma proposição com a expressão
“existe/algum”, trocamos o quantificador por “todo” e modificamos o verbo, negamos o verbo.
Como a negação de “não ser eficiente” é “ser eficiente”, temos o resultado acima.

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Letra C

10. (SEBRAE 2010/CESPE-UnB) A negação da proposição “A ginástica te transforma e o futebol


te dá alegria” está assim corretamente enunciada: “A ginástica não te transforma nem o futebol te
dá alegria”.

Resolução

Esta “casca de banana” aparece com muita frequência em questões do CESPE-UnB.

Observe: A proposição “Não vou à praia nem ao cinema” significa “Não vou à praia e não vou ao
cinema”.

A proposição dada pelo enunciado foi “A ginástica te transforma e o futebol te dá alegria”. Para
negar uma proposição composta pelo conectivo “e”, devemos negar os dois componentes e trocar
o conectivo pelo “ou”.

CUIDADO!! A expressão “nem” que o enunciado colocou na suposta negação significa “e”!!

A correta negação é: “A ginástica não te transforma ou o futebol não te dá alegria.

O item está errado.

(TRT 17ª Região 2009/CESPE-UnB) Julgue os itens 11 a 13.

11. A proposição “Carlos é juiz e é muito competente” tem como negação a proposição “Carlos
não é juiz nem é muito competente”.

Resolução

O item está errado.

Ao negar uma proposição composta pelo conectivo “e” devemos negar os dois componentes e
trocar o conectivo pelo “ou”. Não podemos colocar “nem” na negação!!

A correta negação é: “Carlos não é juiz ou não é muito competente.

12. A proposição “A Constituição brasileira é moderna ou precisa ser refeita” será V quando a
proposição “A Constituição brasileira não é moderna nem precisa ser refeita” for F, e vice-versa.

Resolução

O quesito pede, na verdade, para julgarmos se uma proposição dada é a negação da outra (já que
quando uma é V, a outra é F, e vice-versa).

A negação da proposição “A Constituição brasileira é moderna ou precisa ser refeita” é “A


Constituição brasileira não é moderna e não precisa ser refeita”, que tem o mesmo significado de
“A Constituição brasileira não é moderna nem precisa ser refeita.”

O item está certo.

13. A negação da proposição “O juiz determinou a libertação de um estelionatário e de um ladrão”


é expressa na forma “O juiz não determinou a libertação de um estelionatário nem de um ladrão”.

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Resolução

Ao negar uma proposição composta pelo conectivo “e” devemos negar os dois componentes e
trocar o conectivo pelo “ou”. Não podemos colocar “nem” na negação!!

A correta negação é: O juiz não determinou a libertação de um estelionatário ou não determinou a


libertação de um ladrão.

O item está errado.

14. (BB/2008-2/CESPE) A negação da proposição A→B possui os mesmos valores


lógicos que a proposição A∧(¬B).

Resolução

Vimos que para negar uma proposição composta pelo “se..., então” devemos negar apenas o
consequente (a segunda frase) e trocar o conectivo pelo “e”.

O item está certo.

15. (BB/2008-3/CESPE) A negação da proposição “Existe banco brasileiro que fica com mais de
32 dólares de cada 100 dólares investidos” pode ser assim redigida: “Nenhum banco brasileiro fica
com mais de 32 dólares de cada 100 dólares investidos.”

Resolução

Vimos o seguinte quadro-resumo:

Afirmação Negação

Particular afirmativa (“algum...”) Universal negativa (“nenhum...” ou “todo... não


...”)

Desta forma, para negar uma proposição quantificada com “existe”, devemos simplesmente trocá-
lo por “nenhum” e copiar o restante da frase.

Afirmação Existe banco brasileiro que fica com mais de 32 dólares de cada 100
dólares investidos.
Negação Nenhum banco brasileiro fica com mais de 32 dólares de cada 100
dólares investidos.

O item está certo.

16. (Agente de Polícia Federal/2009/CESPE) Se A for a proposição “Todos os policiais são


honestos”, então a proposição ¬A estará enunciada corretamente por “Nenhum policial é
honesto”.

Resolução

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Para negar uma proposição universal afirmativa (todo), devemos trocá-la pela particular negativa
(algum...não).

Afirmação Todos Os policiais são honestos.


Negação Algum Policial não é honesto.

O item está errado.

17. (ME 2008/CESPE-UnB) Considere as seguintes proposições.


A: Está frio.
B: Eu levo o agasalho.

Nesse caso, a negação da proposição composta “Se está frio, então eu levo o agasalho” —
A → B — pode ser corretamente dada pela proposição “Está frio e eu não levo o agasalho” —
A ∧ (¬B ) .

Resolução

O item está certo, pois para negar uma proposição composta pelo conectivo “se...,então...”
devemos negar apenas a segunda proposição componente e trocar o conectivo pelo “e”.

18. (PCPA 2007/CESPE-UnB) Uma proposição da forma ¬A v ¬B é equivalente a uma proposição


da forma ¬(A˄B), isto é, essas proposições têm exatamente os mesmos valores V e F. Considere
que A simbolize a proposição “Pedro tem 20 anos de idade” e B simbolize “Pedro é assistente
administrativo”. Assinale a opção equivalente à negação da proposição “Pedro tem 20 anos de
idade e é assistente administrativo”.
A) Pedro não tem 20 anos de idade e não é assistente administrativo.
B) Pedro não tem 20 anos de idade ou Pedro não é assistente administrativo.
C) Pedro tem 20 anos de idade e não é assistente administrativo.
D) Pedro não tem 20 anos de idade ou Pedro é assistente administrativo.

Resolução

Para negar uma proposição composta pelo “e”, devemos negar os dois componentes e trocar o
conectivo pelo “ou”.

Desta forma, a negação da proposição “Pedro tem 20 anos de idade e é assistente administrativo”
é “Pedro não tem 20 anos de idade ou não é assistente administrativo.

Letra B

19. (TRE-MA 2009/CESPE-UnB) Com base nas regras da lógica sentencial, assinale a opção que
corresponde à negação da proposição “Mário é contador e Norberto é estatístico.”
A) Se Mário não é contador, então Norberto não é estatístico.
B) Mário não é contador e Norberto não é estatístico.
C) Se Mário não é contador, então Norberto é estatístico.
D) Se Mário é contador, então Norberto não é estatístico.
E) Se Mário é contador, então Norberto é estatístico.

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Resolução

Para negar a proposição composta pelo “e”, devemos negar os dois componentes e trocar o
conectivo pelo “ou”. Desta forma, a negação de “Mário é contador e Norberto é estatístico.” é
“Mário não é contador ou Norberto não é estatístico.”

O problema é que esta frase não se encontra nas alternativas. Observe que há várias alternativas
com o conectivo “se...,então...”. O que devemos fazer então?

Ora, devemos marcar uma alternativa que tenha o mesmo significado lógico de “Mário não é
contador ou Norberto não é estatístico.” Vamos, portanto, assinalar uma proposição
equivalente a ela.

Para transformar uma proposição composta pelo conectivo “ou” em uma condicional, devemos
negar apenas o primeiro componente e trocar o conectivo.

Desta forma, são equivalentes as proposições:

“Mário não é contador ou Norberto não é estatístico.”


Se Mário é contador, então Norberto não é estatístico.

Letra D

20. (TRE-BA 2009/CESPE-UnB) A negação da proposição “O presidente é o membro mais antigo


do tribunal e o corregedor é o vice-presidente” é “O presidente é o membro mais novo do tribunal
e o corregedor não é o vice-presidente”.

Resolução

A negação dada está errada por dois motivos:

i) Só porque o presidente não é o membro mais antigo, não significa que ele seja o mais novo. Ou
seja, a negação de “O presidente é o membro mais antigo do tribunal” é “O presidente não é o
membro mais antigo do tribunal”.
ii) Para negar uma proposição composta pelo “e” devemos negar os dois componentes e trocar o
conectivo pelo “ou”.

O item está errado.

21. (MPS 2009/CESPE-UnB) A negação da proposição “Pedro não sofreu acidente de trabalho ou
Pedro está aposentado” é “Pedro sofreu acidente de trabalho ou Pedro não está aposentado”.

Resolução

O item está errado porque para negar uma proposição composta pelo “ou” devemos trocar o
conectivo pelo “e”, além de negar os dois componentes.

22. (Administrador – FUNASA – CESGRANRIO 2009) Qual é a negação da proposição “Alguma


lâmpada está acesa e todas as portas estão fechadas”?

(A) Todas as lâmpadas estão apagadas e alguma porta está aberta.


(B) Todas as lâmpadas estão apagadas ou alguma porta está aberta.

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(C) Alguma lâmpada está apagada e nenhuma porta está aberta.


(D) Alguma lâmpada está apagada ou nenhuma porta está aberta.
(E) Alguma lâmpada está apagada e todas as portas estão abertas.

Resolução

Vamos negar os componentes separadamente e, em seguida, trocar o conectivo pelo “ou”.

P: Alguma lâmpada está acesa.

A negação da proposição particular afirmativa é a universal negativa.

~P: Todas as lâmpadas não estão acesas. Ou seja, todas as lâmpadas estão apagadas.

Q: Todas as portas estão fechadas.

A negação da proposição universal afirmativa é a particular negativa.

~Q: Alguma porta não está fechada. Ou seja, alguma porta está aberta.

A negação da proposição dada é:

Todas as lâmpadas estão apagadas ou alguma porta está aberta.

Letra B

23. (Analista CAPES CESGRANRIO 2008) Sejam p e q proposições simples e ~p e ~q,


respectivamente, as suas negações. A negação da proposição composta

p →~q é

(A) ~p →~q
(B) ~p →q
(C) p →q
(D) p ∧ ~q
(E) p ∧ q

Resolução

A proposição dada pelo enunciado é a seguinte: →~

Para negar uma proposição composta pelo “se...,então...” devemos negar apenas o segundo
componente e trocar o conectivo pelo “e”.

Lembre que a negação de ~q é q.

Portanto, a negação da proposição composta →~ é ∧ .

Letra E

24. (Agente de Estação – Metro – SP 2010/FCC) Considere as proposições simples:


p: Maly é usuária do Metrô e q: Maly gosta de dirigir automóvel
A negação da proposição composta p ∧ ~ q é:
(A) Maly não é usuária do Metrô ou gosta de dirigir automóvel.
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(B) Maly não é usuária do Metrô e não gosta de dirigir automóvel.


(C) Não é verdade que Maly não é usuária do Metrô e não gosta de dirigir automóvel.
(D) Não é verdade que, se Maly não é usuária do Metrô, então ela gosta de dirigir
automóvel.
(E) Se Maly não é usuária do Metrô, então ela não gosta de dirigir automóvel.

Resolução

Lembre-se que o símbolo ∧ representa o conectivo “e”. Para negar uma proposição
composta pelo “e”, negue as duas proposições e troque o conectivo “e” pelo conectivo
“ou”.

Desta forma, a negação de p ∧ ~ q é ~ p ˅ q.

~p : Maly não é usuária do Metrô.


q: Maly gosta de dirigir automóvel.

~ p ˅ q: Maly não é usuária do Metrô ou Maly gosta de dirigir automóvel.

Letra A

25. (METRO-SP 2009/FCC) São dadas as seguintes proposições simples:


p : Beatriz é morena;
q : Beatriz é inteligente;
r : Pessoas inteligentes estudam.
Se a implicação ( ∧ ~ ) → ~ é FALSA, então é verdade que
(A) Beatriz é uma morena inteligente e pessoas inteligentes estudam.
(B) Pessoas inteligentes não estudam e Beatriz é uma morena não inteligente.
(C) Beatriz é uma morena inteligente e pessoas inteligentes não estudam.
(D) Pessoas inteligentes não estudam mas Beatriz é inteligente e não morena.
(E) Beatriz não é morena e nem inteligente, mas estuda.

Resolução

O enunciado fornece uma proposição falsa e pede uma verdadeira. Devemos negar a
proposição dada. E como negamos uma proposição composta pelo “se..., então...”?

Afirme o antecedente, troque o conectivo condicional pelo conectivo “e” e negue o


consequente.

Na proposição ( ∧ ~ ) → ~ o antecedente é ( ∧ ~ ) e o consequente é ~ .

Afirmamos o antecedente ( ∧ ~ ). Colocamos o conectivo “e”.

( ∧~ )∧

Negamos o consequente ~ . Ora, a negação de ~ é a proposição .

( ∧~ )∧

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: Beatriz é morena;
~ : Pessoas inteligentes não estudam.
q: Beatriz é inteligente;

( ∧ ~ ) ∧ : Beatriz é morena e pessoas inteligentes não estudam e Beatriz é inteligente.

(C) Beatriz é uma morena inteligente e pessoas inteligentes não estudam.

Diagramas de Euler-Venn

O estudo das proposições categóricas pode ser feito utilizando os diagramas de Euler-
Venn. É habitual representar um conjunto por uma linha fechada e não entrelaçada.

Relembremos o significado, na linguagem de conjuntos, de cada uma das proposições


categóricas.

Todo A é B ↔ Todo elemento de A também é elemento de B.

Nenhum A é B ↔ A e B são conjuntos disjuntos, ou seja, não possuem elementos


comuns.

Algum A é B ↔ Os conjuntos A e B possuem pelo menos 1 elemento em comum.

Algum A não é B ↔ O conjunto A tem pelo menos 1 elemento que não é elemento de B.

Vejamos como representar cada uma das proposições categóricas utilizando os


diagramas de Euler-Venn.

Todo A é B

A proposição categórica “Todo A é B” é equivalente a:

A é subconjunto de B.
A é parte de B.

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A está contido em B.
B contém A.
B é universo de A.
B é superconjunto de A.

Se sabemos que a proposição “Todo A é B” é verdadeira, qual será o valor lógico das
demais proposições categóricas?

“Algum A é B” é necessariamente verdadeira.


“Nenhum A é B” é necessariamente falsa.
“Algum A não é B” é necessariamente falsa.

Algum A é B

A proposição categórica “Algum A é B” equivale a “Algum B é A”.

Se “algum A é B” é uma proposição verdadeira, qual será o valor lógico das demais
proposições categóricas?

“Nenhum A é B” é necessariamente falsa.

“Todo A é B” e “Algum A não é B” são indeterminadas.

Observe que quando afirmamos que “Algum A é B” estamos dizendo que existe pelo
menos um elemento de A que também é elemento de B.

Nenhum A é B

A proposição categórica “Nenhum A é B” equivale a:

Nenhum B é A.
Todo A não é B.
Todo B não é A.
A e B são conjuntos disjuntos.

Se “nenhum A é B” é uma proposição verdadeira, qual será o valor lógico das demais
proposições categóricas?

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“Todo A é B” é necessariamente falsa.


“Algum A não é B” é necessariamente verdadeira.
“Algum A é B” é necessariamente falsa.

Algum A não é B

Observe que “Algum A não é B” não equivale a “Algum B não é A”. Por exemplo, dizer
que “Algum brasileiro não é pernambucano” não equivale a dizer que “Algum
pernambucano não é brasileiro”.

Se “algum A não é B” é uma proposição verdadeira, qual será o valor lógico das demais
proposições categóricas?

“Nenhum A é B” é indeterminada, pois poderia haver elementos na interseção dos


conjuntos A e B.

“Algum A é B” é indeterminada, pois pode haver ou não elementos na interseção dos


conjuntos A e B.

“Todo A é B” é necessariamente falsa.

26. (TRF 2004/FCC) Considerando “todo livro é instrutivo” como uma proposição
verdadeira, é correto inferir que:

a) “Nenhum livro é instrutivo” é uma proposição necessariamente verdadeira.


b) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição necessariamente verdadeira.
c) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição verdadeira ou falsa.
d) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição verdadeira ou falsa.
e) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição necessariamente verdadeira.

Resolução

Diante do diagrama e da teoria exposta, concluímos facilmente que a resposta correta é a


letra B. Se todo livro é instrutivo, podemos afirmar que algum livro é instrutivo.

27. (IPEA 2004/FCC) Considerando “toda prova de Lógica é difícil” uma proposição
verdadeira, é correto inferir que:

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a) “nenhuma prova de Lógica é difícil” é uma proposição necessariamente verdadeira.


b) “alguma prova de Lógica é difícil” é uma proposição necessariamente verdadeira.
c) “alguma prova de Lógica é difícil” é uma proposição verdadeira ou falsa.
d) “alguma prova de Lógica não é difícil” é uma proposição necessariamente verdadeira.
e) “alguma prova de Lógica não é difícil” é uma proposição verdadeira ou falsa.

Resolução

Questão idêntica à anterior.

Ora, se todas as provas de lógica são difíceis, podemos garantir que alguma prova de
lógica é difícil.

Letra B

28. (TRT/2006/FCC) As afirmações seguintes são resultados de uma pesquisa feita entre
os funcionários de certa empresa. “Todo indivíduo que fuma tem bronquite”. “Todo
indivíduo que tem bronquite costuma faltar ao trabalho”. Relativamente a esses
resultados, é correto concluir que:

a) existem funcionários fumantes que não faltam ao trabalho.


b) todo funcionário que tem bronquite é fumante.
c) todo funcionário fumante costuma faltar ao trabalho.
d) é possível que exista algum funcionário que tenha bronquite e não falte habitualmente
ao trabalho.
e) é possível que exista algum funcionário que seja fumante e não tenha bronquite.

Resolução

Pelo diagrama exposto, percebemos que todo funcionário fumante costuma faltar ao
trabalho.

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Letra C

29. (TRT-PR 2004/FCC) Sabe-se que existem pessoas desonestas e que existem
corruptos. Admitindo-se verdadeira a frase "Todos os corruptos são desonestos", é
correto concluir que:

a) quem não é corrupto é honesto.


b) existem corruptos honestos.
c) alguns honestos podem ser corruptos.
d) existem mais corruptos do que desonestos.
e) existem desonestos que são corruptos.

Resolução

Vamos analisar cada uma das alternativas de per si.

a) Esta alternativa é falsa, pois podem existir pessoas que não são corruptas e que são
desonestas.

b) Esta alternativa é falsa, pois todo corrupto é desonesto.

c) Esta alternativa é falsa, pois todo corrupto é desonesto.

d) Esta alternativa é falsa, pois podem existir pessoas que não são corruptas e que são
desonestas.

e) Esta alternativa é verdadeira, pois todos os corruptos são desonestos e, portanto,


existem desonestos corruptos.

Letra E

30. (TCE-PB 2006/FCC) Sobre as consultas feitas a três livros X, Y e Z, um bibliotecário


constatou que:
Todas as pessoas que haviam consultado Y também consultaram X.
Algumas pessoas que consultaram Z também consultaram X.
De acordo com suas constatações, é correto afirmar que, com certeza:

a) pelo menos uma pessoa que consultou Z também consultou Y.


b) se alguma pessoa consultou Z e Y, então ela também consultou X.
c) toda pessoa que consultou X também consultou Y.

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d) existem pessoas que consultaram Y e Z.


e) existem pessoas que consultaram Y e não consultaram X.

Resolução

A proposição “Todas as pessoas que haviam consultado Y também consultaram X” é


representada assim:

Algumas pessoas que consultaram Z também consultaram X. Isto significa que há


elementos comuns aos conjuntos X e Z. Porém, não sabemos qual a relação que existe
entre o conjunto Z e o conjunto Y. Por essa razão, deixaremos uma parte do conjunto Z
pontilhada para demonstrar esta incerteza.

Observe que não sabemos se o conjunto Z e o conjunto Y possuem elementos comuns.


Vamos analisar as alternativas.

a) pelo menos uma pessoa que consultou Z também consultou Y.

Não temos certeza se os conjuntos Z e Y possuem elementos comuns. Esta alternativa é


falsa.

b) se alguma pessoa consultou Z e Y, então ela também consultou X.

Esta alternativa é verdadeira. Se alguma pessoa consultou Z e Y, então esta pessoa


consultou Y. Se esta pessoa consultou Y, então ela também consultou X.
Concluímos que se alguma pessoa consultou Z e Y, então ela também consultou X.

c) toda pessoa que consultou X também consultou Y.

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Esta alternativa é falsa. Podemos apenas afirmar que toda pessoa que consultou Y
também consultou X.

d) existem pessoas que consultaram Y e Z.

Não temos certeza se os conjuntos Z e Y possuem elementos comuns. Esta alternativa é


falsa.

e) existem pessoas que consultaram Y e não consultaram X.

Esta alternativa é falsa, pois todas as pessoas que haviam consultado Y também
consultaram X.

Resposta: Letra B

31. (SEFAZ-SP 2009/FCC) Considere o diagrama a seguir, em que U é o conjunto de


todos os professores universitários que só lecionam em faculdades da cidade X, A é o
conjunto de todos os professores que lecionam na faculdade A, B é o conjunto de todos
os professores que lecionam na faculdade B e M é o conjunto de todos os médicos que
trabalham na cidade X.

Em todas as regiões do diagrama, é correto representar pelo menos um habitante da


cidade X. A respeito do diagrama, foram feitas quatro afirmações:

I. Todos os médicos que trabalham na cidade X e são professores universitários lecionam


na faculdade A.

II. Todo professor que leciona na faculdade A e não leciona na faculdade B é médico.

III. Nenhum professor universitário que só lecione em faculdades da cidade X, mas não
lecione nem na faculdade A e nem na faculdade B, é médico.

IV. Algum professor universitário que trabalha na cidade X leciona, simultaneamente, nas
faculdades A e B, mas não é médico.

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Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I.
(B) I e III.
(C) I, III e IV.
(D) II e IV.
(E) IV.

Resolução

Vamos analisar cada uma das alternativas de per si.

I. Todos os médicos que trabalham na cidade X e são professores universitários


lecionam na faculdade A.

O item I é falso, como pode bem ser visto no diagrama acima. A região pintada de
vermelho possui pelo menos um elemento que é médico que trabalha na cidade X (pois é
elemento de M), é professor universitário que só leciona em faculdades da cidade X e não
leciona na faculdade A.

II. Todo professor que leciona na faculdade A e não leciona na faculdade B é


médico.

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O item II é falso, como pode ser visto no diagrama acima. A região pintada de vermelho
possui pelo menos um elemento que leciona na faculdade A, não leciona na faculdade B
e não é médico.

III. Nenhum professor universitário que só lecione em faculdades da cidade X, mas


não lecione nem na faculdade A e nem na faculdade B, é médico.

A região pintada de vermelho indica o conjunto das pessoas que só lecionam em


faculdades da cidade X (elementos de U), não leciona nem na faculdade A e nem na
faculdade B e não são médicos. O item III é falso.

IV. Algum professor universitário que trabalha na cidade X leciona,


simultaneamente, nas faculdades A e B, mas não é médico.

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De acordo com a região pintada de vermelho, percebemos que todos os professores


universitários que trabalham na cidade X e que lecionam simultaneamente nas faculdades
A e B não são médicos. O item IV é verdadeiro.

Letra E

Lógica de Argumentação

Vamos começar com a resolução de uma questão recente da FCC para explicar a teoria.

32. (SEFAZ-SP 2009/FCC) Considere as seguintes afirmações:


I. Se ocorrer uma crise econômica, então o dólar não subirá.
II. Ou o dólar subirá, ou os salários serão reajustados, mas não ambos.
III. Os salários serão reajustados se, e somente se, não ocorrer uma crise econômica.
Sabendo que as três afirmações são verdadeiras, é correto concluir que,
necessariamente,
(A) o dólar não subirá, os salários não serão reajustados e não ocorrerá uma crise
econômica.
(B) o dólar subirá, os salários não serão reajustados e ocorrerá uma crise econômica.
(C) o dólar não subirá, os salários serão reajustados e ocorrerá uma crise econômica.
(D) o dólar subirá, os salários serão reajustados e não ocorrerá uma crise econômica.
(E) o dólar não subirá, os salários serão reajustados e não ocorrerá uma crise econômica.

Resolução

Vamos “dar nomes” às proposições simples envolvidas:

: ô
: 'ó á
: á ã + '

I. Se ocorrer uma crise econômica, então o dólar não subirá.


II. Ou o dólar subirá, ou os salários serão reajustados, mas não ambos.

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III. Os salários serão reajustados se, e somente se, não ocorrer uma crise econômica.

Em símbolos, temos:

I. →~
II. ∨
III. ↔~

De acordo com o enunciado, as três proposições compostas são verdadeiras. Vamos


construir a tabela verdade correspondente e verificar quando é que isso ocorre. Como são
três proposições simples envolvidas, então a tabela terá 2/ = 8 linhas. Lembre-se que o
número de linhas de uma tabela verdade com proposições simples é igual a 22 .

Devemos lembrar as regras dos conectivos. A proposição composta pelo “se..., então...” é
falsa quando o antecedente é verdadeiro e o consequente é falso.

A proposição composta pelo conectivo da disjunção exclusiva “ou...ou” é verdadeira


quando apenas um dos componentes é verdadeiro.

A proposição composta pelo bicondicional “se e somente se” é verdadeiro quando os


componentes têm o mesmo valor lógico (ou ambos são verdadeiros ou ambos são falsos).

A tabela começa assim:

~ ~ →~ ∨ ↔~
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F

A proposição ~ é a negação da proposição , portanto seus valores lógicos são opostos


aos valores de .

A proposição ~ é a negação da proposição , portanto seus valores lógicos são opostos


aos valores de .

~ ~ →~ ∨ ↔~
V V V F F

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V V F F F
V F V F V
V F F F V
F V V V F
F V F V F
F F V V V
F F F V V

A proposição → ~ só é falsa quando é verdadeiro e ~ é falso (linhas 1 e 2).

~ ~ →~ ∨ ↔~
V V V F F F
V V F F F F
V F V F V V
V F F F V V
F V V V F V
F V F V F V
F F V V V V
F F F V V V

A proposição ∨ é verdadeira quando apenas um dos componentes for verdadeiro. Ou


seja, ∨ é verdadeira quando é verdadeira e é falso ou quando é falso e é
verdadeiro (linhas 2, 3, 6 e 7).

~ ~ →~ ∨ ↔~
V V V F F F F
V V F F F F V
V F V F V V V
V F F F V V F
F V V V F V F
F V F V F V V
F F V V V V V
F F F V V V F

A proposição ↔ ~ só é verdadeira quando e ~ têm valores lógicos iguais.

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~ ~ →~ ∨ ↔~
V V V F F F F F
V V F F F F V V
V F V F V V V F
V F F F V V F V
F V V V F V F V
F V F V F V V F
F F V V V V V V
F F F V V V F F

Como as três proposições compostas são verdadeiras, estamos interessados apenas na


sétima linha desta tabela.

~ ~ →~ ∨ ↔~
V V V F F F F F
V V F F F F V V
V F V F V V V F
V F F F V V F V
F V V V F V F V
F V F V F V V F
F F V V V V V V
F F F V V V F F

Para que as compostas sejam verdadeiras, a proposição deve ser falsa, a proposição
deve ser falsa e a proposição deve ser verdadeira.

: ô
: 'ó á
: á ã + '

Concluímos que não ocorrerá uma crise econômica, o dólar não subirá e os salários serão
reajustados.

(E) o dólar não subirá, os salários serão reajustados e não ocorrerá uma crise
econômica.

Letra E

Vejamos novamente o final do enunciado:

Sabendo que as três afirmações são verdadeiras, é correto concluir que,


necessariamente,

Basicamente, isto indica a construção de um argumento válido. Tem-se um conjunto de


proposições pressupostamente verdadeiras (chamadas de premissas) e o objetivo é
“extrair” uma conclusão compatível com as premissas.

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Obviamente, como foram apenas 3 proposições simples, então a tabela verdade possuía
8 linhas. E se fossem 5 proposições simples? Você iria construir uma tabela com 32
linhas na hora da prova?

Vamos começar...

O que é um argumento?

“A expressão concreta do raciocínio lógico é o argumento. Um argumento se sustenta ou


cai à medida que o raciocínio que incorpora é bom ou ruim. Cada argumento é composto
de dois elementos básicos, dois diferentes tipos de proposições: uma proposição
‘premissa’ e uma proposição ‘conclusão’. Uma premissa é uma proposição que sustenta.
É o ponto inicial de um argumento que contém a verdade conhecida, da qual parte o
processo inferencial. Uma conclusão é uma proposição sustentada, a proposição aceita
como verdade na base da premissa.” (D.Q. McInerny)

Argumento é toda afirmação de que uma sequência finita de proposições, chamadas


premissas, P1 , P2 , P3 ,..., Pn tem como consequência uma proposição final Q, chamada
conclusão do argumento. Diz-se que um argumento é válido se e somente se a conclusão
for verdadeira, todas as vezes que as premissas forem verdadeiras. Desse modo, a
verdade das premissas é incompatível com a falsidade da conclusão. A validade de um
argumento depende tão somente da relação existente entre as premissas e a conclusão.
Um argumento não válido é chamado de sofisma ou falácia. Um argumento composto de
duas premissas e uma conclusão é chamado de silogismo.

Vejamos um exemplo para sedimentar a teoria.

Jair está machucado ou não quer jogar. Mas Jair quer jogar, logo:

a) Jair não está machucado nem quer jogar.


b) Jair não quer jogar nem quer jogar.
c) Jair não está machucado e quer jogar.
d) Jair está machucado e não quer jogar.
e) Jair está machucado e quer jogar.

O enunciado nada fala sobre a verdade das proposições expostas. Perguntamo-nos:


Quem é Jair? Quem está nos falando que Jair está machucado? Isto é verdade? Como
podemos inferir uma conclusão se não tenho certeza sobre o valor lógico das premissas?
Em suma, como testar a validade de um argumento? Existe um teste semântico, isto é,
um teste que se baseia nos valores de verdade das suas premissas e conclusão. Um
argumento é válido se, e só se, não for possível ter conclusão falsa e premissas
verdadeiras. Portanto, para termos um argumento válido devemos supor que as
premissas são verdadeiras. Se (e este é um grande se) as premissas forem verdadeiras,
então a conclusão também será.

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Ora, se admitimos a proposição “Jair quer jogar” como verdadeira, devemos assumir a
proposição “Jair não quer jogar” como falsa. Temos então o seguinte esquema:

Perguntamo-nos: Quando é que uma disjunção (proposição composta pelo conectivo


“ou”) p ∨ q é verdadeira? Se ao menos uma das proposições p ou q é verdadeira;
p ∨ q é falsa se e somente se ambas p e q são falsas. No nosso caso, temos uma
disjunção que é verdadeira, e uma das proposições que a compõe é falsa. Concluímos
que a outra proposição “Jair está machucado” é verdadeira.

Letra E

Jair está machucado e quer jogar.

Temos então o seguinte argumento VÁLIDO.

Jair está machucado ou não quer jogar.


Mas Jair quer jogar, logo:

Jair está machucado e quer jogar.

Não estamos afirmando que premissas do enunciado são verdadeiras nem que a
conclusão também o seja. Dizemos apenas que, SE as premissas forem verdadeiras,
então a conclusão também será verdadeira.

Proposições são verdadeiras ou falsas. Argumentos são válidos ou inválidos. A validade


de um argumento depende da conexão das premissas com a conclusão, não do valor
lógico das premissas que formam o argumento.

Então, como determinar a validade de um argumento?

Admita que as premissas sejam verdadeiras, mesmo que não sejam. Há a possibilidade
de, considerando-se as premissas verdadeiras, a conclusão ser falsa? Se isso pode

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acontecer (premissas verdadeiras e conclusão falsa) então o argumento é inválido, um


sofisma, uma falácia. Se não, então o argumento é válido.

Utilizaremos agora as ferramentas que temos a disposição (proposições, conectivos e


argumentação) para resolver algumas questões de concursos.

33. (Aneel/2004/Esaf) Surfo ou estudo. Fumo ou não surfo. Velejo ou não estudo. Ora,
não velejo. Assim:

a) estudo e fumo.
b) não fumo e surfo.
c) não velejo e não fumo.
d) estudo e não fumo.
e) fumo e surfo.

O que esta questão está nos pedindo? Que escolhamos uma conclusão adequada para
que o argumento seja válido. Devemos então, de acordo com a teoria exposta, assumir
que as premissas são verdadeiras. Temos o seguinte esquema:

A proposição “Não velejo” é verdadeira. Como a proposição “Velejo” é a sua negação,


temos que seu valor lógico é falso.

A proposição acima é uma disjunção e, para que seja verdadeira, ao menos uma das
proposições que a compõe deve ser verdadeira. Como a proposição “Velejo” é falsa,
concluímos que “Não estudo” é verdadeira. “Estudo”, que é a negação de “Não estudo”, é,
portanto, falsa.

Analogamente, a proposição “Surfo” é verdadeira e a sua negação “Não surfo” é falsa.

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Da mesma maneira, temos que a proposição “Fumo” é verdadeira.

Conclusão: Surfo, não estudo, fumo, não velejo.

Letra E

Observação: Daqui em diante, por motivos tipográficos, também para evitar uma
“poluição visual”, não colocaremos mais as chaves nas proposições compostas que
assumiremos como verdadeiras. Estará implícito, levando em consideração a teoria
exposta. Simplesmente aplicaremos as regras dos conectivos para que as compostas
sejam verdadeiras. Por exemplo:

Em resumo, as seguintes regras tornam as proposições compostas verdadeiras.

Conjunção p ∧ q As duas proposições p, q devem ser verdadeiras

Disjunção p ∨ q Ao menos uma das proposições p, q deve ser verdadeira. Não


pode ocorrer o caso de as duas serem falsas.

Condicional p → q Não pode acontecer o caso de o antecedente ser verdadeiro e o


consequente ser falso. Ou seja, não pode acontecer V(p)=V e
V(q)=F. Em uma linguagem informal, dizemos que não pode
acontecer VF, nesta ordem.

Bicondicional Os valores lógicos das duas proposições devem ser iguais. Ou as


p↔q duas são verdadeiras, ou as duas são falsas.

34. (CGU/2003-2004/Esaf) Ana é prima de Bia, ou Carlos é filho de Pedro. Se Jorge é


irmão de Maria, então Breno não é neto de Beto. Se Carlos é filho de Pedro, então Breno
é neto de Beto. Ora, Jorge é irmão de Maria. Logo:

a) Carlos é filho de Pedro ou Breno é neto de Beto.


b) Breno é neto de Beto e Ana é prima de Bia.
c) Ana não é prima de Bia e Carlos é filho de Pedro.
d) Jorge é irmão de Maria e Breno é neto de Beto.
e) Ana é prima de Bia e Carlos não é filho de Pedro.

Resolução

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Relembrando o que falamos a respeito de argumentação. Em um argumento válido, é


impossível ao assumirmos que as premissas sejam verdadeiras que a conclusão seja
falsa. Dessa forma, admitiremos que TODAS as proposições, simples e compostas, são
verdadeiras. Para tal, deveremos aplicar as regras de cada um dos conectivos. Assim,
supomos que a proposição “Jorge é irmão de Maria” é verdadeira. Ora, uma proposição
condicional não pode ter o antecedente verdadeiro e o consequente falso. De fato, na
proposição condicional “Se Jorge é irmão de Maria, então Breno não é neto de Beto”, o
antecedente é verdadeiro. Para não ocorrer VF, o consequente não pode ser falso, deve
ser verdadeiro. Assim, “Breno não é neto de Beto” é verdade. A sua negação é falsa.
Novamente, na condicional “Se Carlos é filho de Pedro, então Breno é neto de Beto”, o
consequente é falso. Para não ocorrer VF, o antecedente não pode ser verdadeiro, deve
ser falso. Consequentemente “Carlos é filho de Pedro” é falso. Para que uma disjunção
seja verdadeira, ao menos uma das proposições que a compõe deve ser verdade. Na
composta “Ana é prima de Bia ou Carlos é filho de Pedro”, tem-se que “Carlos é filho de
Pedro” é falsa. Dessa forma, “Ana é prima de Bia” deve ser verdade. Temos então que
Ana é prima de Bia e Carlos não é filho de Pedro.

Letra E

As questões que seguem apresentam uma peculiaridade em relação às questões


anteriormente resolvidas. Até agora, as questões apresentavam uma proposição simples,
que servia de passo inicial para a nossa estratégia de argumentação. As próximas
questões não apresentam proposições simples. A solução geral é a seguinte: escolha
uma proposição qualquer e dê o seu palpite: escolha V ou F. Se o seu palpite der certo,
ótimo! Caso contrário, troque-o. Se você escolheu V, troque por F e vice-versa.

35. (CGU/2003-2004/Esaf) Homero não é honesto, ou Júlio é justo. Homero é honesto, ou


Júlio é justo, ou Beto é bondoso. Beto é bondoso, ou Júlio não é justo. Beto não é
bondoso, ou Homero é honesto. Logo,

a) Beto é bondoso, Homero é honesto, Júlio não é justo.


b) Beto não é bondoso, Homero é honesto, Júlio não é justo.
c) Beto é bondoso, Homero é honesto, Júlio é justo.

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d) Beto não é bondoso, Homero não é honesto, Júlio não é justo.


e) Beto não é bondoso, Homero é honesto, Júlio é justo.

Resolução

Esta questão não apresenta a proposição simples que usualmente aparece em questões
de argumentação. Adotaremos então a estratégia descrita acima. Escolheremos uma
proposição qualquer e arbitrariamente daremos um valor lógico a ela. Por exemplo,
escolheremos a primeira “Homero não é honesto” e diremos que ela é verdadeira. Não há
razão específica para termos feito essa escolha. Como estamos assumindo que “Homero
não é honesto” é uma proposição verdadeira, a sua negação “Homero é honesto” é falsa.
Para que a disjunção “Beto não é bondoso,ou Homero é honesto” seja verdadeira, a
proposição “Beto não é bondoso” deve ser verdadeira e, consequentemente, a sua
negação “Beto é bondoso” é falsa. Analogamente, “Júlio não é justo” é verdade, e sua
negação “Júlio é justo” é falsa. Dessa forma, “Homero é honesto, ou Júlio é justo, ou Beto
é bondoso” é uma proposição composta falsa, pois é uma disjunção em que todas as
proposições que a compõem são falsas. Ora, mas, para testarmos a validade de um
argumento, temos que ter TODAS as premissas verdadeiras. Temos então que trocar a
nossa escolha inicial. Admitiremos então que a proposição “Homero não é honesto” seja
falsa. Construiremos então o seguinte esquema:

Letra C

36. (Técnico/MPU/Administrativa/2004/Esaf) Ricardo, Rogério e Renato são irmãos. Um


deles é médico, outro é professor e o outro é músico. Sabe-se que: 1) ou Ricardo é
médico, ou Renato é médico;, 2) ou Ricardo é professor, ou Rogério é músico; 3) ou

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Renato é músico, ou Rogério é músico; 4) ou Rogério é professor, ou Renato é professor.


Portanto, as profissões de Ricardo, Rogério e Renato são respectivamente:

a) professor, médico, músico.


b) médico, professor, músico.
c) professor, músico, médico.
d) músico, médico, professor.
e) médico, músico, professor.

Resolução

Utilizando a mesma estratégia da questão anterior, escolhemos uma proposição qualquer


e arbitrariamente damos um valor lógico a ela. Escolhemos (ao acaso) a proposição
“Ricardo é médico” e diremos que ela é verdadeira. Como cada um deles possui uma
única profissão, a proposição “Ricardo é professor” é falsa. Assim, para que a disjunção
seja verdadeira, “Rogério é músico” tem que ser uma proposição verdadeira (uma
disjunção é verdadeira quando pelo menos uma das proposições que a compõe é
verdadeira). Sendo “Rogério é músico” uma verdade, “Rogério é professor” é falsa.
Portanto, “Renato é professor” é verdade. Não tivemos proposições compostas falsas,
nenhuma contradição. O nosso palpite foi correto, por acaso.

Letra E

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Relação das questões comentadas

01. (MEC/2008/FGV) Com relação à naturalidade dos cidadãos brasileiros, assinale a alternativa
logicamente correta:

a) Ser brasileiro é condição necessária e suficiente para ser paulista.


b) Ser brasileiro é condição suficiente, mas não necessária para ser paranaense.
c) Ser carioca é condição necessária e suficiente para ser brasileiro.
d) Ser baiano é condição suficiente, mas não necessária para ser brasileiro.
e) Ser maranhense é condição necessária, mas não suficiente para ser brasileiro.

02. (Bacen/2006/FCC) Sejam as proposições:


p: atuação compradora de dólares por parte do Banco Central.
q: fazer frente ao fluxo positivo.
Se p implica q, então:

a) Fazer frente ao fluxo positivo é condição necessária e suficiente para a atuação compradora de
dólares por parte do Banco Central.
b) A atuação compradora de dólares por parte do Banco Central não é condição suficiente e nem
necessária para fazer frente ao fluxo positivo.
c) A atuação compradora de dólares por parte do Banco Central é condição necessária para fazer
frente ao fluxo positivo.
d) Fazer frente ao fluxo positivo é condição suficiente para a atuação compradora de dólares por
parte do Banco Central.
e) A atuação compradora de dólares por parte do Banco Central é condição suficiente para fazer
frente ao fluxo positivo.

03. (BB/2008-2/CESPE) A proposição “Se as reservas internacionais em moeda forte aumentam,


então o país fica protegido de ataques especulativos” pode também ser corretamente expressa
por “O país ficar protegido de ataques especulativos é condição necessária para que as reservas
internacionais aumentem”.

(UNIPAMPA 2009/CESPE-UnB) Uma proposição é uma sentença declarativa que pode ser
julgada como verdadeira (V) ou falsa (F), mas não como V e F simultaneamente. As proposições
são representadas por letras maiúsculas A, B, C etc. A partir de proposições dadas, podem-se
construir novas proposições usando símbolos lógicos, como nos exemplos seguintes.
- conjunção: A˄B (lê-se “A e B”), que terá valor lógico V se as proposições A e B forem ambas V,
caso contrário, será F;
- disjunção: A˅B (lê-se “A ou B”), que terá valor lógico F se as proposições A e B forem ambas F,
caso contrário, será V;
- condicional: A→B (lê-se “se A, então B”), que terá valor lógico F se A for V e B for F, caso
contrário, será V;
- disjunção exclusiva: A ˅ B, que será V sempre que as proposições A e B tiverem valores lógicos
distintos.

A negação da proposição A, simbolizada por ¬A (lê-se “não A”), será V se A for F e, F se A for V.

O artigo 5.º, XL, da Constituição Federal de 1988 estabelece que a lei penal não retroagirá, salvo
para beneficiar o réu, isto é, “se a lei penal retroagiu, então a lei penal beneficiou o réu”. À luz

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dessa regra constitucional, considerando as proposições P: “A lei penal beneficiou o réu” e Q: “A


lei penal retroagiu”, ambas verdadeiras, e as definições associadas à lógica sentencial, julgue os
itens a seguir.

04. A proposição “Ou a lei penal retroagiu, ou a lei penal não beneficiou o réu” tem valor
lógico F.

05. A proposição “É necessário que a lei penal não retroaja para não beneficiar o réu” tem
valor lógico V.

06. A proposição “Embora a lei penal não tenha retroagido, ela beneficiou o réu” tem valor
lógico F.

07. (AFC/2002/Esaf) Dizer que não é verdade que Pedro é pobre e Alberto é alto é logicamente
equivalente a dizer que é verdade que:

a) Pedro não é pobre ou Alberto não é alto.


b) Pedro não é pobre e Alberto não é alto.
c) Pedro é pobre ou Alberto não é alto.
d) se Pedro não é pobre, então Alberto é alto.
e) se Pedro não é pobre, então Alberto não é alto.

08. (TRT/9ª Região/2004/FCC) A correta negação da proposição "todos os cargos deste concurso
são de analista judiciário. é:

a) alguns cargos deste concurso são de analista judiciário.


b) existem cargos deste concurso que não são de analista judiciário.
c) existem cargos deste concurso que são de analista judiciário.
d) nenhum dos cargos deste concurso não é de analista judiciário.
e) os cargos deste concurso são ou de analista, ou no judiciário.
09. (TJ/PE/2007/FCC) Considere a afirmação abaixo. Existem funcionários públicos que não são
eficientes. Se essa afirmação é FALSA, então é verdade que:

a) nenhum funcionário público é eficiente.


b) nenhuma pessoa eficiente é funcionário público.
c) todo funcionário público é eficiente.
d) nem todos os funcionários públicos são eficientes.
e) todas as pessoas eficientes são funcionários públicos.

10. (SEBRAE 2010/CESPE-UnB) A negação da proposição “A ginástica te transforma e o futebol


te dá alegria” está assim corretamente enunciada: “A ginástica não te transforma nem o futebol te
dá alegria”.

(TRT 17ª Região 2009/CESPE-UnB) Julgue os itens 11 a 13.

11. A proposição “Carlos é juiz e é muito competente” tem como negação a proposição “Carlos
não é juiz nem é muito competente”.

12. A proposição “A Constituição brasileira é moderna ou precisa ser refeita” será V quando a
proposição “A Constituição brasileira não é moderna nem precisa ser refeita” for F, e vice-versa.

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13. A negação da proposição “O juiz determinou a libertação de um estelionatário e de um ladrão”


é expressa na forma “O juiz não determinou a libertação de um estelionatário nem de um ladrão”.

14. (BB/2008-2/CESPE) A negação da proposição A→B possui os mesmos valores


lógicos que a proposição A∧(¬B).

15. (BB/2008-3/CESPE) A negação da proposição “Existe banco brasileiro que fica com mais de
32 dólares de cada 100 dólares investidos” pode ser assim redigida: “Nenhum banco brasileiro fica
com mais de 32 dólares de cada 100 dólares investidos.”

16. (Agente de Polícia Federal/2009/CESPE) Se A for a proposição “Todos os policiais são


honestos”, então a proposição ¬A estará enunciada corretamente por “Nenhum policial é
honesto”.

17. (ME 2008/CESPE-UnB) Considere as seguintes proposições.


A: Está frio.
B: Eu levo o agasalho.

Nesse caso, a negação da proposição composta “Se está frio, então eu levo o agasalho” —
A → B — pode ser corretamente dada pela proposição “Está frio e eu não levo o agasalho” —
A ∧ (¬B ) .

18. (PCPA 2007/CESPE-UnB) Uma proposição da forma ¬A v ¬B é equivalente a uma proposição


da forma ¬(A˄B), isto é, essas proposições têm exatamente os mesmos valores V e F. Considere
que A simbolize a proposição “Pedro tem 20 anos de idade” e B simbolize “Pedro é assistente
administrativo”. Assinale a opção equivalente à negação da proposição “Pedro tem 20 anos de
idade e é assistente administrativo”.
A) Pedro não tem 20 anos de idade e não é assistente administrativo.
B) Pedro não tem 20 anos de idade ou Pedro não é assistente administrativo.
C) Pedro tem 20 anos de idade e não é assistente administrativo.
D) Pedro não tem 20 anos de idade ou Pedro é assistente administrativo.

19. (TRE-MA 2009/CESPE-UnB) Com base nas regras da lógica sentencial, assinale a opção que
corresponde à negação da proposição “Mário é contador e Norberto é estatístico.”
A) Se Mário não é contador, então Norberto não é estatístico.
B) Mário não é contador e Norberto não é estatístico.
C) Se Mário não é contador, então Norberto é estatístico.
D) Se Mário é contador, então Norberto não é estatístico.
E) Se Mário é contador, então Norberto é estatístico.

20. (TRE-BA 2009/CESPE-UnB) A negação da proposição “O presidente é o membro mais antigo


do tribunal e o corregedor é o vice-presidente” é “O presidente é o membro mais novo do tribunal
e o corregedor não é o vice-presidente”.

21. (MPS 2009/CESPE-UnB) A negação da proposição “Pedro não sofreu acidente de trabalho ou
Pedro está aposentado” é “Pedro sofreu acidente de trabalho ou Pedro não está aposentado”.

22. (Administrador – FUNASA – CESGRANRIO 2009) Qual é a negação da proposição “Alguma


lâmpada está acesa e todas as portas estão fechadas”?

(A) Todas as lâmpadas estão apagadas e alguma porta está aberta.


(B) Todas as lâmpadas estão apagadas ou alguma porta está aberta.
(C) Alguma lâmpada está apagada e nenhuma porta está aberta.

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(D) Alguma lâmpada está apagada ou nenhuma porta está aberta.


(E) Alguma lâmpada está apagada e todas as portas estão abertas.

23. (Analista CAPES CESGRANRIO 2008) Sejam p e q proposições simples e ~p e ~q,


respectivamente, as suas negações. A negação da proposição composta

p →~q é

(A) ~p →~q
(B) ~p →q
(C) p →q
(D) p ∧ ~q
(E) p ∧ q

24. (Agente de Estação – Metro – SP 2010/FCC) Considere as proposições simples:


p: Maly é usuária do Metrô e q: Maly gosta de dirigir automóvel
A negação da proposição composta p ∧ ~ q é:
(A) Maly não é usuária do Metrô ou gosta de dirigir automóvel.
(B) Maly não é usuária do Metrô e não gosta de dirigir automóvel.
(C) Não é verdade que Maly não é usuária do Metrô e não gosta de dirigir automóvel.
(D) Não é verdade que, se Maly não é usuária do Metrô, então ela gosta de dirigir
automóvel.
(E) Se Maly não é usuária do Metrô, então ela não gosta de dirigir automóvel.

25. (METRO-SP 2009/FCC) São dadas as seguintes proposições simples:


p : Beatriz é morena;
q : Beatriz é inteligente;
r : Pessoas inteligentes estudam.
Se a implicação ( ∧ ~ ) → ~ é FALSA, então é verdade que
(A) Beatriz é uma morena inteligente e pessoas inteligentes estudam.
(B) Pessoas inteligentes não estudam e Beatriz é uma morena não inteligente.
(C) Beatriz é uma morena inteligente e pessoas inteligentes não estudam.
(D) Pessoas inteligentes não estudam mas Beatriz é inteligente e não morena.
(E) Beatriz não é morena e nem inteligente, mas estuda.

26. (TRF 2004/FCC) Considerando “todo livro é instrutivo” como uma proposição
verdadeira, é correto inferir que:

a) “Nenhum livro é instrutivo” é uma proposição necessariamente verdadeira.


b) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição necessariamente verdadeira.
c) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição verdadeira ou falsa.
d) “Algum livro é instrutivo” é uma proposição verdadeira ou falsa.
e) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposição necessariamente verdadeira.

27. (IPEA 2004/FCC) Considerando “toda prova de Lógica é difícil” uma proposição
verdadeira, é correto inferir que:

a) “nenhuma prova de Lógica é difícil” é uma proposição necessariamente verdadeira.


b) “alguma prova de Lógica é difícil” é uma proposição necessariamente verdadeira.
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c) “alguma prova de Lógica é difícil” é uma proposição verdadeira ou falsa.


d) “alguma prova de Lógica não é difícil” é uma proposição necessariamente verdadeira.
e) “alguma prova de Lógica não é difícil” é uma proposição verdadeira ou falsa.

28. (TRT/2006/FCC) As afirmações seguintes são resultados de uma pesquisa feita entre
os funcionários de certa empresa. “Todo indivíduo que fuma tem bronquite”. “Todo
indivíduo que tem bronquite costuma faltar ao trabalho”. Relativamente a esses
resultados, é correto concluir que:

a) existem funcionários fumantes que não faltam ao trabalho.


b) todo funcionário que tem bronquite é fumante.
c) todo funcionário fumante costuma faltar ao trabalho.
d) é possível que exista algum funcionário que tenha bronquite e não falte habitualmente
ao trabalho.
e) é possível que exista algum funcionário que seja fumante e não tenha bronquite.

29. (TRT-PR 2004/FCC) Sabe-se que existem pessoas desonestas e que existem
corruptos. Admitindo-se verdadeira a frase "Todos os corruptos são desonestos", é
correto concluir que:

a) quem não é corrupto é honesto.


b) existem corruptos honestos.
c) alguns honestos podem ser corruptos.
d) existem mais corruptos do que desonestos.
e) existem desonestos que são corruptos.

30. (TCE-PB 2006/FCC) Sobre as consultas feitas a três livros X, Y e Z, um bibliotecário


constatou que:
Todas as pessoas que haviam consultado Y também consultaram X.
Algumas pessoas que consultaram Z também consultaram X.
De acordo com suas constatações, é correto afirmar que, com certeza:

a) pelo menos uma pessoa que consultou Z também consultou Y.


b) se alguma pessoa consultou Z e Y, então ela também consultou X.
c) toda pessoa que consultou X também consultou Y.
d) existem pessoas que consultaram Y e Z.
e) existem pessoas que consultaram Y e não consultaram X.

31. (SEFAZ-SP 2009/FCC) Considere o diagrama a seguir, em que U é o conjunto de


todos os professores universitários que só lecionam em faculdades da cidade X, A é o
conjunto de todos os professores que lecionam na faculdade A, B é o conjunto de todos
os professores que lecionam na faculdade B e M é o conjunto de todos os médicos que
trabalham na cidade X.

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Em todas as regiões do diagrama, é correto representar pelo menos um habitante da


cidade X. A respeito do diagrama, foram feitas quatro afirmações:

I. Todos os médicos que trabalham na cidade X e são professores universitários lecionam


na faculdade A.

II. Todo professor que leciona na faculdade A e não leciona na faculdade B é médico.

III. Nenhum professor universitário que só lecione em faculdades da cidade X, mas não
lecione nem na faculdade A e nem na faculdade B, é médico.

IV. Algum professor universitário que trabalha na cidade X leciona, simultaneamente, nas
faculdades A e B, mas não é médico.

Está correto o que se afirma APENAS em

(A) I.
(B) I e III.
(C) I, III e IV.
(D) II e IV.
(E) IV.

32. (SEFAZ-SP 2009/FCC) Considere as seguintes afirmações:


I. Se ocorrer uma crise econômica, então o dólar não subirá.
II. Ou o dólar subirá, ou os salários serão reajustados, mas não ambos.
III. Os salários serão reajustados se, e somente se, não ocorrer uma crise econômica.
Sabendo que as três afirmações são verdadeiras, é correto concluir que,
necessariamente,
(A) o dólar não subirá, os salários não serão reajustados e não ocorrerá uma crise
econômica.
(B) o dólar subirá, os salários não serão reajustados e ocorrerá uma crise econômica.
(C) o dólar não subirá, os salários serão reajustados e ocorrerá uma crise econômica.
(D) o dólar subirá, os salários serão reajustados e não ocorrerá uma crise econômica.
(E) o dólar não subirá, os salários serão reajustados e não ocorrerá uma crise econômica.

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33. (Aneel/2004/Esaf) Surfo ou estudo. Fumo ou não surfo. Velejo ou não estudo. Ora,
não velejo. Assim:

a) estudo e fumo.
b) não fumo e surfo.
c) não velejo e não fumo.
d) estudo e não fumo.
e) fumo e surfo.

34. (CGU/2003-2004/Esaf) Ana é prima de Bia, ou Carlos é filho de Pedro. Se Jorge é


irmão de Maria, então Breno não é neto de Beto. Se Carlos é filho de Pedro, então Breno
é neto de Beto. Ora, Jorge é irmão de Maria. Logo:

a) Carlos é filho de Pedro ou Breno é neto de Beto.


b) Breno é neto de Beto e Ana é prima de Bia.
c) Ana não é prima de Bia e Carlos é filho de Pedro.
d) Jorge é irmão de Maria e Breno é neto de Beto.
e) Ana é prima de Bia e Carlos não é filho de Pedro.

35. (CGU/2003-2004/Esaf) Homero não é honesto, ou Júlio é justo. Homero é honesto, ou


Júlio é justo, ou Beto é bondoso. Beto é bondoso, ou Júlio não é justo. Beto não é
bondoso, ou Homero é honesto. Logo,

a) Beto é bondoso, Homero é honesto, Júlio não é justo.


b) Beto não é bondoso, Homero é honesto, Júlio não é justo.
c) Beto é bondoso, Homero é honesto, Júlio é justo.
d) Beto não é bondoso, Homero não é honesto, Júlio não é justo.
e) Beto não é bondoso, Homero é honesto, Júlio é justo.

36. (Técnico/MPU/Administrativa/2004/Esaf) Ricardo, Rogério e Renato são irmãos. Um


deles é médico, outro é professor e o outro é músico. Sabe-se que: 1) ou Ricardo é
médico, ou Renato é médico;, 2) ou Ricardo é professor, ou Rogério é músico; 3) ou
Renato é músico, ou Rogério é músico; 4) ou Rogério é professor, ou Renato é professor.
Portanto, as profissões de Ricardo, Rogério e Renato são respectivamente:

a) professor, médico, músico.


b) médico, professor, músico.
c) professor, músico, médico.
d) músico, médico, professor.
e) médico, músico, professor.

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MATEMÁTICA E RACIOCÍNIO LÓGICO PARA TRT-RJ
PROFESSOR: GUILHERME NEVES

Gabaritos

01. D
02. E
03. Certo
04. Errado
05. Certo
06. Certo
07. A
08. B
09. C
10. Errado
11. Errado
12. Certo
13. Errado
14. Certo
15. Certo
16. Errado
17. Certo
18. B
19. D
20. Errado
21. Errado
22. B
23. E
24. A
25. C
26. B
27. B
28. C
29. E
30. B
31. E
32. E
33. E
34. E
35. C
36. E

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