Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
Aula 6
Condição Necessária e Condição Suficiente ...................................................................................................... 2
Negação de proposições compostas ................................................................................................................. 7
Negação de proposições quantificadas ........................................................................................................... 11
Diagramas de Euler-Venn ................................................................................................................................ 21
Lógica de Argumentação ................................................................................................................................. 30
Relação das questões comentadas.................................................................................................................. 41
Gabaritos ......................................................................................................................................................... 48
: ℎ é .
: ℎ é .
→ : ℎ é , ã ℎ é .
Imagine que alguém te informou que de fato Guilherme é pernambucano. Você já pode garantir
que Guilherme é brasileiro? Sim!!
Desta forma, dizemos que Guilherme ser pernambucano é condição suficiente para
Guilherme ser brasileiro.
Por que é condição suficiente? Porque basta saber que Guilherme é pernambucano para garantir
que Guilherme é brasileiro.
Imagine agora que alguém te informou que Guilherme é brasileiro. Você garante que Guilherme é
pernambucano? Não!!
Ou seja, saber que Guilherme é brasileiro NÃO É SUFICIENTE para saber que Guilherme é
pernambucano.
Mas uma coisa podemos garantir: para que Guilherme seja pernambucano, ele necessariamente
tem que ser brasileiro. Ou seja,
Diz-se que p é condição suficiente de (ou para) q sempre que p → q . Em outras palavras, uma
condição suficiente aparece como antecedente de uma proposição condicional. Usando a mesma
expressão, q se diz condição necessária de (ou para) p. Em outras palavras, uma condição
necessária aparece como consequente de uma condicional. Por exemplo, a proposição “Se
Guilherme é pernambucano, então Guilherme é brasileiro” pode ser lida das seguintes maneiras:
Resumindo...
Exemplo: Considere a frase “Penso, logo existo”. Esta frase significa que “Se penso, então existo”.
“Se não existo, então não penso”, que pode ser escrita como:
: ℎ é .
: ℎ .
⟷ : ℎ é ℎ .
“Se Guilherme é recifense, então Guilherme nasceu no Recife e se Guilherme nasceu no Recife,
então Guilherme é recifense.”. Trata-se, portanto, de um bicondicional.
Diz-se que p é condição necessária e suficiente de (ou para) q, ou que q é condição necessária e
suficiente de (ou para) p sempre que p ↔ q . Por exemplo, a proposição “Guilherme é recifense
se e somente se nasceu no Recife” pode ser lida das seguintes maneiras:
Guilherme ser recifense é condição necessária e suficiente para ter Guilherme nascido no
Recife.
Guilherme ter nascido no Recife é condição necessária e suficiente para Guilherme ser
recifense.
Em resumo:
p→q p é condição suficiente para q
q é condição necessária para p
p↔q p é condição necessária e suficiente para q
q é condição necessária e suficiente para p
01. (MEC/2008/FGV) Com relação à naturalidade dos cidadãos brasileiros, assinale a alternativa
logicamente correta:
d) Ser baiano é condição suficiente, mas não necessária para ser brasileiro.
e) Ser maranhense é condição necessária, mas não suficiente para ser brasileiro.
Resolução
a) Brasileiro ↔ paulista. Falso, pois pode ocorrer o caso de uma pessoa ser brasileira e não ser
paulista. Contradição, pois os valores lógicos das proposições componentes de uma bicondicional
devem ser iguais. Uma proposição bicondicional equipara-se a dois condicionais: Se uma pessoa
é brasileira, então ela é paulista e, se uma pessoa é paulista, então ela é brasileira.
b) Brasileiro → paranaense. Falso, pois pode ocorrer o caso de uma pessoa ser brasileira e não
ser paranaense. Como vimos, não pode ocorrer VF em uma condicional.
d) Baiano → brasileiro. Verdadeiro, pois é impossível que uma pessoa seja baiana e não seja
brasileira. Neste caso é impossível ocorrer VF. É impossível que o antecedente seja verdadeiro e
o consequente falso.
Letra D
a) Fazer frente ao fluxo positivo é condição necessária e suficiente para a atuação compradora de
dólares por parte do Banco Central.
b) A atuação compradora de dólares por parte do Banco Central não é condição suficiente e nem
necessária para fazer frente ao fluxo positivo.
c) A atuação compradora de dólares por parte do Banco Central é condição necessária para fazer
frente ao fluxo positivo.
d) Fazer frente ao fluxo positivo é condição suficiente para a atuação compradora de dólares por
parte do Banco Central.
e) A atuação compradora de dólares por parte do Banco Central é condição suficiente para fazer
frente ao fluxo positivo.
Resolução
Desta forma:
A atuação compradora de dólares por parte do Banco Central é condição suficiente para
fazer frente ao fluxo positivo.
Letra E
Resolução
“Se as reservas internacionais em moeda forte aumentam, então o país fica protegido de
ataques especulativos”.
Aumentar as reservas internacionais em moeda forte é condição suficiente para o país ficar
protegido de ataques especulativos.
“O país ficar protegido de ataques especulativos é condição necessária para que as reservas
internacionais em moeda forte aumentem”.
Observe que a frase que nós construímos não foi a mesma do enunciado. A frase do enunciado é
a seguinte:
“O país ficar protegido de ataques especulativos é condição necessária para que as reservas
internacionais aumentem”.
Está faltando a expressão “em moeda forte”. Mesmo assim, o CESPE considerou o item como
certo.
(UNIPAMPA 2009/CESPE-UnB) Uma proposição é uma sentença declarativa que pode ser
julgada como verdadeira (V) ou falsa (F), mas não como V e F simultaneamente. As proposições
são representadas por letras maiúsculas A, B, C etc. A partir de proposições dadas, podem-se
construir novas proposições usando símbolos lógicos, como nos exemplos seguintes.
- conjunção: A˄B (lê-se “A e B”), que terá valor lógico V se as proposições A e B forem ambas V,
caso contrário, será F;
- disjunção: A˅B (lê-se “A ou B”), que terá valor lógico F se as proposições A e B forem ambas F,
caso contrário, será V;
- condicional: A→B (lê-se “se A, então B”), que terá valor lógico F se A for V e B for F, caso
contrário, será V;
- disjunção exclusiva: A ˅ B, que será V sempre que as proposições A e B tiverem valores lógicos
distintos.
A negação da proposição A, simbolizada por ¬A (lê-se “não A”), será V se A for F e, F se A for V.
O artigo 5.º, XL, da Constituição Federal de 1988 estabelece que a lei penal não retroagirá, salvo
para beneficiar o réu, isto é, “se a lei penal retroagiu, então a lei penal beneficiou o réu”. À luz
dessa regra constitucional, considerando as proposições P: “A lei penal beneficiou o réu” e Q: “A
lei penal retroagiu”, ambas verdadeiras, e as definições associadas à lógica sentencial, julgue os
itens a seguir.
04. A proposição “Ou a lei penal retroagiu, ou a lei penal não beneficiou o réu” tem valor
lógico F.
Resolução
Podemos representar simbolicamente a proposição composta “Ou a lei penal retroagiu, ou a lei
penal não beneficiou o réu” assim: v ~!.
Neste caso, a proposição Q é verdadeira e a proposição ~P é falsa (pois é a negação de P). Uma
proposição composta pelo “ou exclusivo” é verdadeira quando apenas um dos componentes for
verdadeiro. É exatamente o que está acontecendo. Portanto, a proposição tem valor lógico
verdadeiro.
05. A proposição “É necessário que a lei penal não retroaja para não beneficiar o réu” tem
valor lógico V.
Resolução
A proposição “se a lei penal retroagiu, então a lei penal beneficiou o réu”
é equivalente a:
Se a lei penal não beneficiou o réu, então a lei penal não retroagiu.
A lei penal não retroagir é condição necessária para a lei penal não beneficiar o réu. Que é
exatamente a proposição que consta no enunciado.
06. A proposição “Embora a lei penal não tenha retroagido, ela beneficiou o réu” tem valor
lógico F.
Resolução
Como o primeiro componente é falso, então a proposição é falsa (lembre-se que a proposição
composta pelo conectivo “e” só é verdadeira quando os dois componentes são verdadeiros.
Curiosidade
Pode-se ver com bastante frequência nos textos a expressão condição sine qua non. Esta
expressão, originada do latim, significa condição necessária.
Portanto, dizer que “Existir é condição necessária para pensar” é o mesmo que dizer “Existir é
condição sine qua non para pensar”.
Literalmente, “condição sine qua non” significa “condição sem a qual não”.
Dada uma proposição p qualquer, uma outra proposição, chamada negação de p, pode ser
formada escrevendo-se “É falso que ...” antes de p ou, se possível, inserindo a palavra “não”.
Simbolicamente, a negação de p é designada por ~ p ou ¬p . Para que ~ p seja uma
proposição, devemos ser capazes de classificá-la em verdadeira (V) ou falsa (F). Para isso vamos
postular (decretar) o seguinte critério de classificação: A proposição ~ p tem sempre o valor
lógico oposto de p , isto é, ~ p é verdadeira quando p é falsa e ~ p é falsa quando p é
verdadeira.
p ~p
V F
F V
Exemplo:
Devemos ter certo cuidado ao negar as proposições. Em termos de lógica, a negação de uma
proposição p será a proposição ~ p . A negação de “A parede é branca” é “A parece não é
A negativa, de acordo com a Lógica, limita-se a trocar o valor-verdade da afirmação feita. Limita-
se a dizer que a afirmativa é falsa. Entretanto, essa falsidade pode recair em vários itens da
afirmação.
Como nos revela este exemplo, há uma negação “externa”, aplicável a uma proposição inteira, e
uma negação interna, aplicável a algum componente da proposição. Queremos com isso mostrar
que, por exemplo, não são equivalentes as proposições ~ ( p ∧ q ) e ~ p ∧ ~ q . Para evitar
dúvidas, enunciaremos as “fórmulas” de negação das proposições compostas, demonstraremos e,
em seguida, aplicaremos nas diversas questões de concurso.
Afirmação Negação
p ~p
p∧q ~ p∨ ~ q
p∨q ~ p∧ ~ q
p→q p∧ ~ q
p↔q ( p ∧ ~ q) ∨ (q ∧ ~ p)
⟷~
~ ⟷
Poderíamos montar esta tabela em uma linguagem informal para um melhor entendimento do
leitor iniciante.
Observe que há várias maneiras de negar a proposição composta pelo “se e somente se”.
Raramente a negação deste conectivo aparece em provas.
Afirmação Negação
p q ~ p ~ q p ∧ q ~ ( p ∧ q) ~ p ∨ ~ q p ∨ q ~ ( p ∨ q) ~ p ∧ ~ q
V V F F V F F V F F
V F F V F V V V F F
F V V F F V V V F F
F F V V F V V F V V
~ ( p ∧ q) ⇔ ~ p∨ ~ q
~ ( p ∨ q) ⇔ ~ p∧ ~ q
p q ~ p ~ q p → q ~ ( p → q) p ∧ ~ q q ∧ ~ p p ↔ q ~ ( p ↔ q) ( p ∧ ~ q) ∨ (q ∧ ~ p)
V V F F V F F F V F F
V F F V F V V F F V V
F V V F V F F V F V V
F F V V V F F F V F F
⟷~ ~ ⟷ v
F F F
V V V
V V V
F F F
~ ( p → q) ⇔ p∧ ~ q
~ ( p ↔ q) ⇔ ( p ∧ ~ q) ∨ (q ∧ ~ p )
~( ⟷ ) ⟺ ⟷~
~( ⟷ ) ⟺ ~ ⟷
~( ⟷ ) ⟺ v
Não daremos muita ênfase à negação do bicondicional (se e somente se) devido a sua pouca
importância em matéria de concursos públicos.
Afirmação Negação
Exemplo 1: Conjunção ~ ( p ∧ q ) ⇔ ~ p ∨ ~ q
Exemplo 2: Disjunção ~ ( p ∨ q ) ⇔ ~ p ∧ ~ q
Exemplo 3: Condicional ~ ( p → q ) ⇔ p ∧ ~ q
a) 2 x + 6 = 0
b) x − 3 > 0
Elas contêm variáveis e seus valores lógicos (verdadeira ou falsa) dependem do valor atribuído à
variável.
Expressões que contêm variáveis são chamadas de sentenças abertas ou funções proposicionais.
Como já comentamos, tais expressões não são proposições, pois seus valores lógicos dependem
dos valores atribuídos às variáveis. Entretanto, temos duas maneiras de transformar funções
proposicionais em proposições: atribuir valor às variáveis ou utilizar quantificadores.
Quantificadores são palavras ou expressões que indicam que houve quantificação. São exemplos
de quantificadores as expressões: existe, algum, todo, cada, pelo menos um, nenhum. Note que
os dicionários, de modo geral, não registram “quantificador”. Esse termo, no entanto, é de uso
comum na Lógica.
Uma proposição é dita categórica quando é caracterizada por um quantificador seguido por uma
classe ou de atributos,um elo e outra classe de atributos. Vejamos exemplos de proposições
quantificadas.
O quantificador universal é indicado pelo símbolo ∀ , que se lê: “todo”, “qualquer que seja”, “para
todo”.
O quantificador existencial é indicado pelo símbolo ∃ , que se lê: “algum”, “existe”, “existe pelo
menos um”, ”pelo menos um”, “existe um”.
Note que uma função proposicional (ou sentença aberta) quantificada é uma proposição. Então,
como proposição, pode ser negada.
Afirmação Negação
07. (AFC/2002/Esaf) Dizer que não é verdade que Pedro é pobre e Alberto é alto é logicamente
equivalente a dizer que é verdade que:
Resolução
Comentamos que quando uma questão nos fornece uma proposição falsa e nos pede uma
verdadeira, deveremos assinalar a negação da proposição dada. Assim, quando a questão fala
que “não é verdade que Pedro é pobre e Alberto é alto”, temos que a proposição “Pedro é pobre e
Alberto é alto” é falsa. Para assinalarmos uma proposição verdadeira, deveremos negar a
proposição dada. Lembremos: para negar uma proposição composta pelo conectivo “e”, negamos
as duas proposições constituintes e trocamos o conectivo “e” pelo conectivo “ou” (Lei de De
Morgan).
Dessa forma, a negação de “Pedro é pobre e Alberto é alto” é “Pedro não é pobre ou Alberto não
é alto”.
Letra A
08. (TRT/9ª Região/2004/FCC) A correta negação da proposição "todos os cargos deste concurso
são de analista judiciário. é:
Resolução
Dessa forma, a negação da proposição dada é “existem cargos deste concurso que não são de
analista judiciário”.
Na verdade, o correto é que o quantificador existencial fique no SINGULAR. Desta forma, estamos
assinalando a alternativa “menos” errada.
O correto, a rigor, seria: Existe cargo deste concurso que não é de analista judiciário.
Para negar uma proposição com a expressão “todo...”, troca-se o quantificador por “algum/existe”
e modifica-se o verbo, nega-se o verbo.
Letra B
09. (TJ/PE/2007/FCC) Considere a afirmação abaixo. Existem funcionários públicos que não são
eficientes. Se essa afirmação é FALSA, então é verdade que:
Resolução
Como vimos, quando o enunciado nos fornece uma proposição falsa e nos pede uma proposição
verdadeira, devemos obter a sua negação. Assim, a negação de uma proposição particular
negativa (”algum... não”) é a proposição universal afirmativa (todo...).
Temos então que a negação de “Existem funcionários públicos que não são eficientes” é “todo
funcionário público é eficiente”. Em outras palavras, para negar uma proposição com a expressão
“existe/algum”, trocamos o quantificador por “todo” e modificamos o verbo, negamos o verbo.
Como a negação de “não ser eficiente” é “ser eficiente”, temos o resultado acima.
Letra C
Resolução
Observe: A proposição “Não vou à praia nem ao cinema” significa “Não vou à praia e não vou ao
cinema”.
A proposição dada pelo enunciado foi “A ginástica te transforma e o futebol te dá alegria”. Para
negar uma proposição composta pelo conectivo “e”, devemos negar os dois componentes e trocar
o conectivo pelo “ou”.
CUIDADO!! A expressão “nem” que o enunciado colocou na suposta negação significa “e”!!
11. A proposição “Carlos é juiz e é muito competente” tem como negação a proposição “Carlos
não é juiz nem é muito competente”.
Resolução
Ao negar uma proposição composta pelo conectivo “e” devemos negar os dois componentes e
trocar o conectivo pelo “ou”. Não podemos colocar “nem” na negação!!
12. A proposição “A Constituição brasileira é moderna ou precisa ser refeita” será V quando a
proposição “A Constituição brasileira não é moderna nem precisa ser refeita” for F, e vice-versa.
Resolução
O quesito pede, na verdade, para julgarmos se uma proposição dada é a negação da outra (já que
quando uma é V, a outra é F, e vice-versa).
Resolução
Ao negar uma proposição composta pelo conectivo “e” devemos negar os dois componentes e
trocar o conectivo pelo “ou”. Não podemos colocar “nem” na negação!!
Resolução
Vimos que para negar uma proposição composta pelo “se..., então” devemos negar apenas o
consequente (a segunda frase) e trocar o conectivo pelo “e”.
15. (BB/2008-3/CESPE) A negação da proposição “Existe banco brasileiro que fica com mais de
32 dólares de cada 100 dólares investidos” pode ser assim redigida: “Nenhum banco brasileiro fica
com mais de 32 dólares de cada 100 dólares investidos.”
Resolução
Afirmação Negação
Desta forma, para negar uma proposição quantificada com “existe”, devemos simplesmente trocá-
lo por “nenhum” e copiar o restante da frase.
Afirmação Existe banco brasileiro que fica com mais de 32 dólares de cada 100
dólares investidos.
Negação Nenhum banco brasileiro fica com mais de 32 dólares de cada 100
dólares investidos.
Resolução
Para negar uma proposição universal afirmativa (todo), devemos trocá-la pela particular negativa
(algum...não).
Nesse caso, a negação da proposição composta “Se está frio, então eu levo o agasalho” —
A → B — pode ser corretamente dada pela proposição “Está frio e eu não levo o agasalho” —
A ∧ (¬B ) .
Resolução
O item está certo, pois para negar uma proposição composta pelo conectivo “se...,então...”
devemos negar apenas a segunda proposição componente e trocar o conectivo pelo “e”.
Resolução
Para negar uma proposição composta pelo “e”, devemos negar os dois componentes e trocar o
conectivo pelo “ou”.
Desta forma, a negação da proposição “Pedro tem 20 anos de idade e é assistente administrativo”
é “Pedro não tem 20 anos de idade ou não é assistente administrativo.
Letra B
19. (TRE-MA 2009/CESPE-UnB) Com base nas regras da lógica sentencial, assinale a opção que
corresponde à negação da proposição “Mário é contador e Norberto é estatístico.”
A) Se Mário não é contador, então Norberto não é estatístico.
B) Mário não é contador e Norberto não é estatístico.
C) Se Mário não é contador, então Norberto é estatístico.
D) Se Mário é contador, então Norberto não é estatístico.
E) Se Mário é contador, então Norberto é estatístico.
Resolução
Para negar a proposição composta pelo “e”, devemos negar os dois componentes e trocar o
conectivo pelo “ou”. Desta forma, a negação de “Mário é contador e Norberto é estatístico.” é
“Mário não é contador ou Norberto não é estatístico.”
O problema é que esta frase não se encontra nas alternativas. Observe que há várias alternativas
com o conectivo “se...,então...”. O que devemos fazer então?
Ora, devemos marcar uma alternativa que tenha o mesmo significado lógico de “Mário não é
contador ou Norberto não é estatístico.” Vamos, portanto, assinalar uma proposição
equivalente a ela.
Para transformar uma proposição composta pelo conectivo “ou” em uma condicional, devemos
negar apenas o primeiro componente e trocar o conectivo.
Letra D
Resolução
i) Só porque o presidente não é o membro mais antigo, não significa que ele seja o mais novo. Ou
seja, a negação de “O presidente é o membro mais antigo do tribunal” é “O presidente não é o
membro mais antigo do tribunal”.
ii) Para negar uma proposição composta pelo “e” devemos negar os dois componentes e trocar o
conectivo pelo “ou”.
21. (MPS 2009/CESPE-UnB) A negação da proposição “Pedro não sofreu acidente de trabalho ou
Pedro está aposentado” é “Pedro sofreu acidente de trabalho ou Pedro não está aposentado”.
Resolução
O item está errado porque para negar uma proposição composta pelo “ou” devemos trocar o
conectivo pelo “e”, além de negar os dois componentes.
Resolução
~P: Todas as lâmpadas não estão acesas. Ou seja, todas as lâmpadas estão apagadas.
~Q: Alguma porta não está fechada. Ou seja, alguma porta está aberta.
Letra B
p →~q é
(A) ~p →~q
(B) ~p →q
(C) p →q
(D) p ∧ ~q
(E) p ∧ q
Resolução
Para negar uma proposição composta pelo “se...,então...” devemos negar apenas o segundo
componente e trocar o conectivo pelo “e”.
Letra E
Resolução
Lembre-se que o símbolo ∧ representa o conectivo “e”. Para negar uma proposição
composta pelo “e”, negue as duas proposições e troque o conectivo “e” pelo conectivo
“ou”.
Letra A
Resolução
O enunciado fornece uma proposição falsa e pede uma verdadeira. Devemos negar a
proposição dada. E como negamos uma proposição composta pelo “se..., então...”?
( ∧~ )∧
( ∧~ )∧
: Beatriz é morena;
~ : Pessoas inteligentes não estudam.
q: Beatriz é inteligente;
Diagramas de Euler-Venn
O estudo das proposições categóricas pode ser feito utilizando os diagramas de Euler-
Venn. É habitual representar um conjunto por uma linha fechada e não entrelaçada.
Algum A não é B ↔ O conjunto A tem pelo menos 1 elemento que não é elemento de B.
Todo A é B
A é subconjunto de B.
A é parte de B.
A está contido em B.
B contém A.
B é universo de A.
B é superconjunto de A.
Se sabemos que a proposição “Todo A é B” é verdadeira, qual será o valor lógico das
demais proposições categóricas?
Algum A é B
Se “algum A é B” é uma proposição verdadeira, qual será o valor lógico das demais
proposições categóricas?
Observe que quando afirmamos que “Algum A é B” estamos dizendo que existe pelo
menos um elemento de A que também é elemento de B.
Nenhum A é B
Nenhum B é A.
Todo A não é B.
Todo B não é A.
A e B são conjuntos disjuntos.
Se “nenhum A é B” é uma proposição verdadeira, qual será o valor lógico das demais
proposições categóricas?
Algum A não é B
Observe que “Algum A não é B” não equivale a “Algum B não é A”. Por exemplo, dizer
que “Algum brasileiro não é pernambucano” não equivale a dizer que “Algum
pernambucano não é brasileiro”.
Se “algum A não é B” é uma proposição verdadeira, qual será o valor lógico das demais
proposições categóricas?
26. (TRF 2004/FCC) Considerando “todo livro é instrutivo” como uma proposição
verdadeira, é correto inferir que:
Resolução
27. (IPEA 2004/FCC) Considerando “toda prova de Lógica é difícil” uma proposição
verdadeira, é correto inferir que:
Resolução
Ora, se todas as provas de lógica são difíceis, podemos garantir que alguma prova de
lógica é difícil.
Letra B
28. (TRT/2006/FCC) As afirmações seguintes são resultados de uma pesquisa feita entre
os funcionários de certa empresa. “Todo indivíduo que fuma tem bronquite”. “Todo
indivíduo que tem bronquite costuma faltar ao trabalho”. Relativamente a esses
resultados, é correto concluir que:
Resolução
Pelo diagrama exposto, percebemos que todo funcionário fumante costuma faltar ao
trabalho.
Letra C
29. (TRT-PR 2004/FCC) Sabe-se que existem pessoas desonestas e que existem
corruptos. Admitindo-se verdadeira a frase "Todos os corruptos são desonestos", é
correto concluir que:
Resolução
a) Esta alternativa é falsa, pois podem existir pessoas que não são corruptas e que são
desonestas.
d) Esta alternativa é falsa, pois podem existir pessoas que não são corruptas e que são
desonestas.
Letra E
Resolução
Esta alternativa é falsa. Podemos apenas afirmar que toda pessoa que consultou Y
também consultou X.
Esta alternativa é falsa, pois todas as pessoas que haviam consultado Y também
consultaram X.
Resposta: Letra B
II. Todo professor que leciona na faculdade A e não leciona na faculdade B é médico.
III. Nenhum professor universitário que só lecione em faculdades da cidade X, mas não
lecione nem na faculdade A e nem na faculdade B, é médico.
IV. Algum professor universitário que trabalha na cidade X leciona, simultaneamente, nas
faculdades A e B, mas não é médico.
(A) I.
(B) I e III.
(C) I, III e IV.
(D) II e IV.
(E) IV.
Resolução
O item I é falso, como pode bem ser visto no diagrama acima. A região pintada de
vermelho possui pelo menos um elemento que é médico que trabalha na cidade X (pois é
elemento de M), é professor universitário que só leciona em faculdades da cidade X e não
leciona na faculdade A.
O item II é falso, como pode ser visto no diagrama acima. A região pintada de vermelho
possui pelo menos um elemento que leciona na faculdade A, não leciona na faculdade B
e não é médico.
Letra E
Lógica de Argumentação
Vamos começar com a resolução de uma questão recente da FCC para explicar a teoria.
Resolução
: ô
: 'ó á
: á ã + '
III. Os salários serão reajustados se, e somente se, não ocorrer uma crise econômica.
Em símbolos, temos:
I. →~
II. ∨
III. ↔~
Devemos lembrar as regras dos conectivos. A proposição composta pelo “se..., então...” é
falsa quando o antecedente é verdadeiro e o consequente é falso.
~ ~ →~ ∨ ↔~
V V V
V V F
V F V
V F F
F V V
F V F
F F V
F F F
~ ~ →~ ∨ ↔~
V V V F F
V V F F F
V F V F V
V F F F V
F V V V F
F V F V F
F F V V V
F F F V V
~ ~ →~ ∨ ↔~
V V V F F F
V V F F F F
V F V F V V
V F F F V V
F V V V F V
F V F V F V
F F V V V V
F F F V V V
~ ~ →~ ∨ ↔~
V V V F F F F
V V F F F F V
V F V F V V V
V F F F V V F
F V V V F V F
F V F V F V V
F F V V V V V
F F F V V V F
~ ~ →~ ∨ ↔~
V V V F F F F F
V V F F F F V V
V F V F V V V F
V F F F V V F V
F V V V F V F V
F V F V F V V F
F F V V V V V V
F F F V V V F F
~ ~ →~ ∨ ↔~
V V V F F F F F
V V F F F F V V
V F V F V V V F
V F F F V V F V
F V V V F V F V
F V F V F V V F
F F V V V V V V
F F F V V V F F
Para que as compostas sejam verdadeiras, a proposição deve ser falsa, a proposição
deve ser falsa e a proposição deve ser verdadeira.
: ô
: 'ó á
: á ã + '
Concluímos que não ocorrerá uma crise econômica, o dólar não subirá e os salários serão
reajustados.
(E) o dólar não subirá, os salários serão reajustados e não ocorrerá uma crise
econômica.
Letra E
Obviamente, como foram apenas 3 proposições simples, então a tabela verdade possuía
8 linhas. E se fossem 5 proposições simples? Você iria construir uma tabela com 32
linhas na hora da prova?
Vamos começar...
O que é um argumento?
Jair está machucado ou não quer jogar. Mas Jair quer jogar, logo:
Ora, se admitimos a proposição “Jair quer jogar” como verdadeira, devemos assumir a
proposição “Jair não quer jogar” como falsa. Temos então o seguinte esquema:
Letra E
Não estamos afirmando que premissas do enunciado são verdadeiras nem que a
conclusão também o seja. Dizemos apenas que, SE as premissas forem verdadeiras,
então a conclusão também será verdadeira.
Admita que as premissas sejam verdadeiras, mesmo que não sejam. Há a possibilidade
de, considerando-se as premissas verdadeiras, a conclusão ser falsa? Se isso pode
33. (Aneel/2004/Esaf) Surfo ou estudo. Fumo ou não surfo. Velejo ou não estudo. Ora,
não velejo. Assim:
a) estudo e fumo.
b) não fumo e surfo.
c) não velejo e não fumo.
d) estudo e não fumo.
e) fumo e surfo.
O que esta questão está nos pedindo? Que escolhamos uma conclusão adequada para
que o argumento seja válido. Devemos então, de acordo com a teoria exposta, assumir
que as premissas são verdadeiras. Temos o seguinte esquema:
A proposição acima é uma disjunção e, para que seja verdadeira, ao menos uma das
proposições que a compõe deve ser verdadeira. Como a proposição “Velejo” é falsa,
concluímos que “Não estudo” é verdadeira. “Estudo”, que é a negação de “Não estudo”, é,
portanto, falsa.
Letra E
Observação: Daqui em diante, por motivos tipográficos, também para evitar uma
“poluição visual”, não colocaremos mais as chaves nas proposições compostas que
assumiremos como verdadeiras. Estará implícito, levando em consideração a teoria
exposta. Simplesmente aplicaremos as regras dos conectivos para que as compostas
sejam verdadeiras. Por exemplo:
Resolução
Letra E
Resolução
Esta questão não apresenta a proposição simples que usualmente aparece em questões
de argumentação. Adotaremos então a estratégia descrita acima. Escolheremos uma
proposição qualquer e arbitrariamente daremos um valor lógico a ela. Por exemplo,
escolheremos a primeira “Homero não é honesto” e diremos que ela é verdadeira. Não há
razão específica para termos feito essa escolha. Como estamos assumindo que “Homero
não é honesto” é uma proposição verdadeira, a sua negação “Homero é honesto” é falsa.
Para que a disjunção “Beto não é bondoso,ou Homero é honesto” seja verdadeira, a
proposição “Beto não é bondoso” deve ser verdadeira e, consequentemente, a sua
negação “Beto é bondoso” é falsa. Analogamente, “Júlio não é justo” é verdade, e sua
negação “Júlio é justo” é falsa. Dessa forma, “Homero é honesto, ou Júlio é justo, ou Beto
é bondoso” é uma proposição composta falsa, pois é uma disjunção em que todas as
proposições que a compõem são falsas. Ora, mas, para testarmos a validade de um
argumento, temos que ter TODAS as premissas verdadeiras. Temos então que trocar a
nossa escolha inicial. Admitiremos então que a proposição “Homero não é honesto” seja
falsa. Construiremos então o seguinte esquema:
Letra C
Resolução
Letra E
01. (MEC/2008/FGV) Com relação à naturalidade dos cidadãos brasileiros, assinale a alternativa
logicamente correta:
a) Fazer frente ao fluxo positivo é condição necessária e suficiente para a atuação compradora de
dólares por parte do Banco Central.
b) A atuação compradora de dólares por parte do Banco Central não é condição suficiente e nem
necessária para fazer frente ao fluxo positivo.
c) A atuação compradora de dólares por parte do Banco Central é condição necessária para fazer
frente ao fluxo positivo.
d) Fazer frente ao fluxo positivo é condição suficiente para a atuação compradora de dólares por
parte do Banco Central.
e) A atuação compradora de dólares por parte do Banco Central é condição suficiente para fazer
frente ao fluxo positivo.
(UNIPAMPA 2009/CESPE-UnB) Uma proposição é uma sentença declarativa que pode ser
julgada como verdadeira (V) ou falsa (F), mas não como V e F simultaneamente. As proposições
são representadas por letras maiúsculas A, B, C etc. A partir de proposições dadas, podem-se
construir novas proposições usando símbolos lógicos, como nos exemplos seguintes.
- conjunção: A˄B (lê-se “A e B”), que terá valor lógico V se as proposições A e B forem ambas V,
caso contrário, será F;
- disjunção: A˅B (lê-se “A ou B”), que terá valor lógico F se as proposições A e B forem ambas F,
caso contrário, será V;
- condicional: A→B (lê-se “se A, então B”), que terá valor lógico F se A for V e B for F, caso
contrário, será V;
- disjunção exclusiva: A ˅ B, que será V sempre que as proposições A e B tiverem valores lógicos
distintos.
A negação da proposição A, simbolizada por ¬A (lê-se “não A”), será V se A for F e, F se A for V.
O artigo 5.º, XL, da Constituição Federal de 1988 estabelece que a lei penal não retroagirá, salvo
para beneficiar o réu, isto é, “se a lei penal retroagiu, então a lei penal beneficiou o réu”. À luz
04. A proposição “Ou a lei penal retroagiu, ou a lei penal não beneficiou o réu” tem valor
lógico F.
05. A proposição “É necessário que a lei penal não retroaja para não beneficiar o réu” tem
valor lógico V.
06. A proposição “Embora a lei penal não tenha retroagido, ela beneficiou o réu” tem valor
lógico F.
07. (AFC/2002/Esaf) Dizer que não é verdade que Pedro é pobre e Alberto é alto é logicamente
equivalente a dizer que é verdade que:
08. (TRT/9ª Região/2004/FCC) A correta negação da proposição "todos os cargos deste concurso
são de analista judiciário. é:
11. A proposição “Carlos é juiz e é muito competente” tem como negação a proposição “Carlos
não é juiz nem é muito competente”.
12. A proposição “A Constituição brasileira é moderna ou precisa ser refeita” será V quando a
proposição “A Constituição brasileira não é moderna nem precisa ser refeita” for F, e vice-versa.
15. (BB/2008-3/CESPE) A negação da proposição “Existe banco brasileiro que fica com mais de
32 dólares de cada 100 dólares investidos” pode ser assim redigida: “Nenhum banco brasileiro fica
com mais de 32 dólares de cada 100 dólares investidos.”
Nesse caso, a negação da proposição composta “Se está frio, então eu levo o agasalho” —
A → B — pode ser corretamente dada pela proposição “Está frio e eu não levo o agasalho” —
A ∧ (¬B ) .
19. (TRE-MA 2009/CESPE-UnB) Com base nas regras da lógica sentencial, assinale a opção que
corresponde à negação da proposição “Mário é contador e Norberto é estatístico.”
A) Se Mário não é contador, então Norberto não é estatístico.
B) Mário não é contador e Norberto não é estatístico.
C) Se Mário não é contador, então Norberto é estatístico.
D) Se Mário é contador, então Norberto não é estatístico.
E) Se Mário é contador, então Norberto é estatístico.
21. (MPS 2009/CESPE-UnB) A negação da proposição “Pedro não sofreu acidente de trabalho ou
Pedro está aposentado” é “Pedro sofreu acidente de trabalho ou Pedro não está aposentado”.
p →~q é
(A) ~p →~q
(B) ~p →q
(C) p →q
(D) p ∧ ~q
(E) p ∧ q
26. (TRF 2004/FCC) Considerando “todo livro é instrutivo” como uma proposição
verdadeira, é correto inferir que:
27. (IPEA 2004/FCC) Considerando “toda prova de Lógica é difícil” uma proposição
verdadeira, é correto inferir que:
28. (TRT/2006/FCC) As afirmações seguintes são resultados de uma pesquisa feita entre
os funcionários de certa empresa. “Todo indivíduo que fuma tem bronquite”. “Todo
indivíduo que tem bronquite costuma faltar ao trabalho”. Relativamente a esses
resultados, é correto concluir que:
29. (TRT-PR 2004/FCC) Sabe-se que existem pessoas desonestas e que existem
corruptos. Admitindo-se verdadeira a frase "Todos os corruptos são desonestos", é
correto concluir que:
II. Todo professor que leciona na faculdade A e não leciona na faculdade B é médico.
III. Nenhum professor universitário que só lecione em faculdades da cidade X, mas não
lecione nem na faculdade A e nem na faculdade B, é médico.
IV. Algum professor universitário que trabalha na cidade X leciona, simultaneamente, nas
faculdades A e B, mas não é médico.
(A) I.
(B) I e III.
(C) I, III e IV.
(D) II e IV.
(E) IV.
33. (Aneel/2004/Esaf) Surfo ou estudo. Fumo ou não surfo. Velejo ou não estudo. Ora,
não velejo. Assim:
a) estudo e fumo.
b) não fumo e surfo.
c) não velejo e não fumo.
d) estudo e não fumo.
e) fumo e surfo.
Gabaritos
01. D
02. E
03. Certo
04. Errado
05. Certo
06. Certo
07. A
08. B
09. C
10. Errado
11. Errado
12. Certo
13. Errado
14. Certo
15. Certo
16. Errado
17. Certo
18. B
19. D
20. Errado
21. Errado
22. B
23. E
24. A
25. C
26. B
27. B
28. C
29. E
30. B
31. E
32. E
33. E
34. E
35. C
36. E