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CENTRO DE CIÊNCIAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DE CIÊNCIAS
MATEMÁTICA - ENCIMA
Fortaleza – 2017
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CENTRO DE CIÊNCIAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENSINO DE CIÊNCIAS MATEMÁTICA - ENCIMA
FORTALEZA
2017
SUMÁRIO
PRODUTO EDUCACIONAL---------------------------------------------------------------04
CONSIDERAÇÕES FINAIS----------------------------------------------------------------73
PRODUTO EDUCACIONAL
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pesquisadores e estudiosos da SF, e trabalhadas durante as aulas dos mesmos, relativas a
compreensão dos conteúdos matemáticos.
A hipermídia e-book se caracteriza como um ambiente de aprendizagem que
oferece aos alunos futuros-professores um espaço favorável a aprendizagem. O e-book
será formado por um conjunto de Sessões Didáticas que devam contribuir de forma
significativa para a exploração e aprofundamento de estudos, pesquisas e aulas
propriamente ditas, uma vez que esse espaço se constitui como uma TIC na educação.
Espaço onde informação e educação caminham de forma integrada na construção do
saber.
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1. SESSÃO DIDÁTICA: NUMEROS E OPERAÇÕES
1 Análises gerais
1.1 Público alvo
Graduandos do curso de Pedagogia da Universidade Federal do Ceará -
UFC e professores da Rede Pública do Ensino Fundamental dos Anos Iniciais.
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compreender estes conhecimentos mínimos já construídos e, consequentemente, servir
como base as suas mediações as etapas seguintes.
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Construído o conceito de número, um espaço maior de reflexões se darão no
campo das discussões sobre as operações ou relações entre os números, de modo que
estas operações se darão num movimento em „espiral‟ recorrente já nos primeiros anos
SANTOS (2010). Ou seja, há um avanço no momento que estruturas já se encontram
estabilizadas e estas passam a servir como referência a elaboração de outras, bem como
é perfeitamente possível e as vezes necessário o retorno a ideias anteriores quando da
necessidade do aluno em compreender com maior exatidão o que de novo
compreenderá.
Partindo de um contexto mais amplo, para Vergnaud (2001) as operações
partem do entendimento sobre ações de pensamento que não se deixam reduzir a
operações numéricas, mas implicam também raciocínios sobre quantidades e grandezas.
Ao construírem estas estruturas, o sujeito diante de variadas situações, organiza
determinados comportamentos que de forma invariante tenta responder a estas
situações, a que o autor chama de esquemas.
Santos (2010) não se opondo, mas complementando Vergnaud (2001) se
volta ao entendimento das operações sendo a ação voltada sobre os objetos visando suas
transformações, num processo de interação com as operações físicas que construímos
durante o desenvolvimento das operações de pensamento.
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Como consequência, o aluno se submete a permanecer „treinado‟ a resolver
problemas apenas por saber utilizar alguns algorítmos permanecendo, assim, sem o
poder de inferência diante das questões colocadas. Um outro elemento que agrega
enorme importância a compreensão e solução de problemas matemáticos, está no uso do
cálculo mental como ferramenta para a escolha de melhores estratégias, pois
Saber calcular mentalmente é uma capacidade que se deveria considerar
básica, não só ao nível das aprendizagens escolares mas também ao nível da
vida quotidiana. É preciso repensar a importância do cálculo mental na vida
de todos nós e perceber qual o papel da escola e dos professores no
desenvolvimento desta capacidade (CARVALHO, 2011, p.7).
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raciocínios mais aprimorados, muitos são os esquemas colocados pelos docentes que
usualmente acabam memorizados sem qualquer significância para o aluno, tendo como
único intuito reduzir ou facilitar os caminhos para uma rápida resolução do problema
(VERGNAUD, 1993).
3 O ambiente
A oficina ocorrerá na Faculdade de Educação da Universidade Federal do
Ceará – UFC. O ambiente escolhido é o mais indicado para a realização desta ação
porque atende quanto aos espaços e estrutura. Adequado para os trabalhos que
ocorrerão, a possibilidade de concentrar uma considerável quantidade de cursistas
permitirá que vários grupos sejam constituídos permitindo, assim, que diferentes
discussões ocorram.
3.1 Material
3.1.1 Material analógico: papel ofício A4, pincéis e fita adesiva.
Material digital: notebook e data show.
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4 Variáveis locais – hipóteses levantadas
Do Conteúdo
Para cada tipo de questão sua solução possui uma estratégia diferente.
A interpretação do problema é mais bem compreendida diante da solução já encontrada.
Do aluno
Para resolver um problema basta saber algum termo que indique qual operação utilizar.
Há estratégias mais eficientes que outras.
Uma estratégia poderá resolver vários tipos de problemas.
Um problema pode ser resolvido por várias estratégias distintas.
Do professor
Os alunos compreendem apenas uma forma de resolução da questão colocada.
Diante de um problema o aluno tende a querer encontrar uma palavra que oriente que
tipo de operação deve ser feita.
5 Objetivos
5.1 Geral
Compreender os conteúdos matemáticos envolvendo Números e Operações
no que diz respeito a construção de estratégias na resolução de problemas matemáticos
referentes ao 1º. ao 5º. ano do Ensino Fundamental por meio de uma sessão didática.
5.2 Específicos
As ações aqui detalhadas permitirão que os cursistas, de modo específico, possam:
[Re]construir suas hipóteses sobre a resolução de problemas matemáticos
perante a relação entre interpretação de problemas e operacionalização dos
algoritmos.
Planejar de modo mais efetivo, as estratégias na abordagem de questões
matemáticas para alunos do 1º. ao 5º. ano do Ensino Fundamental.
Contribuir de forma significativa com o ensino dos alunos do 1º. ao 5º. ano do
Ensino Fundamental, no que se refere ao conteúdo número e operações.
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6 Acordo didático
Com o propósito de suscitar provocações e reflexões nos cursistas sobre
suas formas de interpretação e resolução de problemas, como diálogos iniciais para a
elaboração do contrato didático, é de nosso entendimento que fique claro a postura que
caberá ao professor, pois sua atuação se dará principalmente na mediação diante das
questões levantadas, provocando os questionamentos e sistematizando as soluções
encontradas.
Ao aluno caberá o caráter investigativo diante das questões colocadas,
assumindo, embora que implicitamente, seu papel como protagonista do próprio
processo didático (CHEVALLARD et al 2001).
7 A sessão didática
7.1 A pergunta principal - Trataremos agora de apresentar algumas questões
matemáticas a vocês e ao analisá-las, eu gostaria que dissessem o que entenderam e
como as resolveriam.
7.2 Perguntas reflexivas - É possível que para estas questões existam novas formas de
resolução? Caso existam, algumas são melhores ou mais eficientes que outras?
7.3 Perguntas desafiadoras – Diante destes problemas com suas respectivas soluções
eu gostaria que discutissem em grupo quais as possíveis outras formas de resolução e
caso existam, as apresentasse no grande grupo.
8 Tomada de posição
8.1 Apresentação do acordo didático
Esperamos que tentem expressar o pensamento de vocês, suas hipóteses e
ideias sobre o que estou lhes propondo. Toda opinião é valida e reconheçam no erro,
caso ocorra, a oportunidade de trilhar por outras estratégias ou caminhos. Trabalhamos
as dúvidas que possam surgir, mas o cursista é o principal ator para elucidar as questões,
independentes que a resposta/solução esteja correta ou não.
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Solicitar aos cursistas que elaborem uma situação-problema, envolvendo as
quatro operações fundamentais: adição, subtração, multiplicação e divisão, em que
devem ser observados nessa stiuação-problema, a fim de preencherem a tabela que
contém os itens:
Saber do aluno:
a) Conhecimento prévios para a solução do problema;
b) Faixa etária para a resolução;
c) Possíveis estratégias de solução.
Saber do professor:
a) Dificuldades encontradas na elaboração da situação-problema;
b) Metodologia usada;
c) Escolha de material e forma de avaliação do saber do aluno.
8.3 As hipóteses
- Existe apenas esta solução para este problema?
- Caso exista outras formas de resolução, o que se diferencia entre elas?
- Seria algumas mais abrangentes que permitissem a solução de outras questões ?
- Há alguma palavra ou expressão que indique que tipo de operação deve ser feita?
9 Maturação
I - Cada dupla tera um tempo para discutir e refletir sobre a possibilidade de existir
outra forma de expor a resposta, passado este intervalo de tempo, a equipe seguinte
receberá a mesma situação. O processo chegará ao fim quando a mesma questão findar
no grupo que a respondeu inicialmente.
II - Para cada grupo em que as questões forem analisadas, os membros terão que
descrever como chegaram a solução, ou seja, detalhar qual estratégia foi utilizada. Com
o término desta ação, estas soluções serão encaminhadas aos outros grupos para que
assim as analise e reflita sobre a possibilidade de novas fomas de resolução.
III - Os espaços de reflexão girarão em torno de possíveis outras hipóteses ou estratégias
de resolução. O professor irá acompanhar estas ações mediando as discussões dentro do
proprio grupo, na medida que os debates ocorrerem, novos contraexemplos serão
expostos de modo que permita a solução e conclusão dos problemas colocados
inicialmente.
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9.1 Contraexemplos
Mesmo que tais respostas sejam respondidas no momento das
apresentações, o professor como forma de suscitar os debates e melhorar as
considerações levantadas, há de expor que;
- Caso permaneça este mesmo contexto da pergunta mudando se apenas os valores, esta
estratégia por vocês utilizada ainda será a melhor?
- Haveria alguma estratégia que mesmo mudando as quantidades num mesmo contexto
sua utilização seria mesma?
- Podemos considerar que existam estratégias melhores que outras?
10 Solução
Quando a questão inicial já tiver percorrido todos os grupos, cada dupla
deverá elaborar uma síntese mostrando que conclusão chegaram diante das respostas
realizadas pelos outros grupos. Este resumo e suas conclusões será exposto na
plataforma virtual para que os demais opinem e, assim, novas e melhoradas produções
sejam feitas e compartilhadas como produto final pelo professor mediador.
11 Prova
O professor irá expor um breve resumo sobre alguns trabalhos voltados a
análise de diferentes raciocínios ou estratégias matemáticas usadas na resolução de
problemas, com isto, os alunos terão um aporte teórico para concluirem suas hipóteses
sobre o que trabalhamos até agora.
Após as análises das situações propostas pelos cursistas, o coordenador da
oficina, solicitará uma apresentação de no máximo 5 minutos sobre os quatro tipos de
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racicínio matemáticos apontados inicialmente por Johannot (1947) e aprofundados por
Barreto (2001). Para isso é relevante a leitura com antecedência do texto.
Como finalização, o professor de posse das colocações feitas pelos alunos
em referência os estudos sobre os diferentes racicínios, sistematizará o que até aquele
momento foi discutido captando-os a partir do que foi produzido pelos alunos à luz das
considerações teóricas de Johannot, e cada grupo fica responsável em postar no
protfólio de grupo a síntese da discussão em sala de aula, que fomentará também o
fórum de discussão no TelEduc/multimeios.
12 Avaliação
A partir das percepções colhidas inicialmente perante os problemas
colocados, trataremos de sistematizar estas novas hipóteses, de modo que os cursistas
reflitam sobre a importância do aluno ao interpretar e inferir sobre diferentes estratégias
na solução de problemas.
A conclusão destas novas percepções pelos cursistas se dará não somente no
final deste processo, como em ambiente virtual que atuará como extensão a este
processo. A conclusão dos trabalhos referente ao momento presencial se dará na
sistematização das ideias discutidas nos grupos e novamente encaminhadas para a
opinião dos demais em ambiente virtual, o qual será por meio do fórum.
13 Considerações
Essa temática é complexa e instigadora, nesse sentido, um maior
aprofundamento quanto a parte teórica destes conteúdos será realizado por meio virtual.
É condição para a conclusão da carga horária desta e das demais oficinas a participação
numa plataforma virtual em que outros aspectos serão abordados e discutidos.
Referências
BARRETO, Marcília Chagas. O Desenvolvimento do Raciocínio Matemático. Tese de
Doutorado. Universidade Federal do Ceará, 2001.
BORGES NETO, H. e DIAS, A. M. I. Desenvolvimento do raciocínio lógico
matemático no 1º grau e na pré-escola. Cadernos de Pós-Graduação em Educação:
Inteligência – enfoques construtivistas para o ensino da leitura e da matemática. v. 2
Fortaleza, CE: Imprensa Universitária/UFC, 1999.
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BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF:
MEC, 2015. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/documentos/bncc-
2versao.revista.pdf>. Acesso em: 27 ago. 2016.
CHEVALLARD, Yves; BOSCH, Marianna; GASPÓN, Josep. Estudar matemáticas: o
elo perdido entre o ensino e a aprendizagem. Porto Alegre: ArtMed Editora, 2001.
NOGUEIRA, Clélia Maria Ignatius. Pesquisas atuais sobre a construção do conceito de
número: para além de Piaget?. Educar em Revista, 2011.
SANTOS, Joelma Nogueira dos. A construção do conceito de número natural e o uso
das operações fundamentais nas séries iniciais do ensino fundamental: uma análise
conceitual. 2013. 180 f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática) –
Centro de Ciências. Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2013.
SOUSA, F. E. E. de. et al. (2013). Sequência Fedathi: uma proposta pedagógica para o
ensino de Matemática e ciência. Fortaleza: UFC, 2013.
VERGNAUD, G. Teoria dos campos conceituais. In NASSER, L. (Ed.) Anais do 1º
Seminário Internacional de Educação Matemática do Rio de Janeiro. p. 1-26. 1993.
__________. O longo e o curto prazo na aprendizagem da matemática. Educar em Revista,
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2. SESSÃO DIDÁTICA: ESPAÇO E FORMA
1 ANÁLISES GERAIS
1.1 Público alvo
Graduandos do curso de Pedagogia da Universidade Federal do Ceará -
UFC e professores da Rede Pública do Ensino Fundamental dos Anos Iniciais.
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2.1 Contextualização
A Matemática, como componente curricular, não pode ser reduzida a simples
resoluções de problemas e apropriação de teoremas e fórmulas. O saber matemático ao
longo da História representa as necessidades do homem, suas inquietações e
curiosidades sobre determinadas situações.
Dessa forma, a disciplina Matemática deve conduzir os alunos a indagações,
experimentações, formular hipóteses, validar ou refutar as hipóteses formuladas e
principalmente construir e reconstruir formas de pensar que os levem a agir criticamente
sobre situações do cotidiano (BRASIL, 2016).
Assim, o Ensino de Matemática deve compreender as relações do mundo
moderno que estão cada vez mais aligeiradas e alicerçadas nas tecnologias e meios de
comunicação que utilizam constantemente dados numéricos, quantitativos e
qualitativos, é necessário um ensino que compreenda as relações do homem nas esferas
sociais e culturais. (BRASIL, 1998).
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Assim, faz-se necessário romper com essa ideia linear, valorizar os
conhecimentos prévios dos alunos, buscando um ensino de geometria que valorize a
percepção do educando com relação ao espaço que o cerca, aguçando sua percepção e
capacidade organizar e reorganizar o ambiente em que habita.
3. Materiais
As oficinas serão realizadas nas salas de aulas da Faculdade de Educação.
Materiais utilizados: quadro branco, pinceis e apagador, que serão utilizados para
anotações das colocações feitas pelos estudantes, assuntos que não foram abordados nos
slides e demais colocações relevantes. Contaremos com um Datashow e um Notebook
para exposição dos slides. Papel sulfite, embalagens (caixa de cosméticos, tubos, caixa
de leite, etc.), canetas hidrográficas (“canetinhas”), giz de cera, lápis de cor e canudos.
4. OBJETIVOS
4.1 Objetivo Geral
Construir conceitos geométricos sobre localização e orientação no espaço e
relações do espaço para o plano
4.2 Objetivos Específicos
Representar espaços do cotidiano em maquetes;
Relacionar sólidos geométricos a objetos do cotidiano;
Diferenciar corpos redondos de poliedros;
Identificar figuras planas em sólidos geométricos;
Identificar e representar as diferentes vistas de um sólido geométrico no plano.
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4.3 Acordo Didático
O professor deve mediar as atividades, os estudantes devem estar atentos e
participar de todas as atividades. É importante que todos cumpram os horários da aula –
início, saída e volta para o intervalo e final da aula.
O intervalo terá duração de vinte minutos, os alunos e o professor não devem
exceder esse tempo. As 3h20min de aula não incluem o intervalo.
5. Situações desafiadoras
6. Avaliação
Elaborar um relatório (mínimo uma lauda, fonte Times, tamanho 12,
espaçamento 1,5 alinhamento justificado, margens superior e esquerda 3 cm e inferior e
direita 2 cm) sobre as atividades desenvolvidas nas aulas, pontuar os conceitos
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estudados, pontos positivos e negativos, sugestões para otimizar as atividades. Postar o
relatório na ferramenta protfólio no Teleduc.
7. Considerações
Considera-se essa oficina importante para a formação do professor que atua nos
anos iniciais do ensino fundamental, e que portanto, tem que trabalhar matemática nesse
nível de escolaridade, pois é o profissional responsável por esse ensino.
8. Referências
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3. SESSÃO DIDÁTICA: GRANDEZAS E MEDIDAS
1. ANÁLISES GERAIS
1.1 Público : Alunos / Graduandos e Graduados em Pedagogia
1.2 Plateau
A turma é mista e contém alunos graduandos, recém graduados em Pedagogia
e professores da Rede Pública de Ensino dos anos inicias do Ensino Fundamental. É
importante enfatizar, contudo, que a maioria dos alunos desta turma sente dificuldades
acentuadas com relação ao entendimento de noções básicas de Grandezas.
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apropriando-se deles e modificando sua forma de agir. Nessa perspectiva, o Ensino de
Matemática vem vencendo desafios importantes para o desenvolvimento das
capacidades mentais e do conhecimento dos educandos.
3. AMBIENTE
As oficinas serão realizadas na sala do NUPER que possui um quadro branco,
pinceis e apagador, que serão utilizados para anotações das colocações feitas pelos
estudantes, assuntos que não foram abordados nos slides e demais colocações
relevantes. Contaremos com um Datashow e um Notebook para exposição dos slides.
3.1 Materiais
Régua, tesoura, cola, fita métrica e fita adesiva
5. HIPÓTESES
A turma é mista e contém alunos graduandos e recém graduados em Pedagogia
e professores da Rede Pública de Ensino dos anos inicias do Ensino Fundamental.
Os alunos podem ter dificuldade em saber:
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- O que é medir?
- O que são unidades de medidas padronizadas e não padronizadas?
- Qual significado da medida comprimento?
- Comprimento: medindo trajetória e contornos?
- O que é área: medidas de superfície?
- Tem relação entre área e perímetro? Sabe explicar?
6. OBJETIVOS
6.1 Objetivo Geral
7. ACORDO DIDÁTICO
O professor deve mediar as atividades, os estudantes devem estar atentos e
participar de todas as atividades, é importante que todos cumpram os horários da aula –
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início, saída e volta para o intervalo e final da aula. O intervalo terá duração de vinte
minutos, os alunos e o professor não devem exceder esse tempo. As 3h20min de aula
não incluem o intervalo.
8. SITUAÇÕES DESAFIADORAS
Tomada de posição 1: organizar os professores em duplas para desenvolverem a
atividade proposta.
Tomada de posição 2: reunir os grupos para socializar as respostas da atividade e
responder três questões. Entregar aos professores a atividade para ele para resolverem a
distância e postarem no site Teleduc.
Tomada de posição 3: organizar os professores em grupos de cinco pessoas.
Tomada de posição 4: distribuir aos professores uma fita métrica, e jornais, solicitar
que construam visualmente com os jornais a representação do m², depois que tiverem
em mãoes o m², e também a representação de uma placa de 1m2 confeccionada em
jornal e uma placa de 1dm2 construída com papel cartão, entregar a cada grupo uma
tabela, em folha de papel ofício, para que eles registrem as medidas obtidas, a partir das
situações-problema propostas.
Tomada de posição 5: organizar os professores em grande grupo para discutir os
resultados da tabela e responderem as questões propostas, e orientar que postem essa
atividade no portfólio de grupo, no TelEduc/multimeios.
8.1 Situações para reflexões
9. AVALIAÇÃO
Elaborar um relatório (mínimo uma lauda, fonte Times, tamanho 12,
espaçamento 1,5 alinhamento justificado, margens superior e esquerda 3 cm e inferior e
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direita 2 cm). Apontando em que momentos os objetivos propostos estão sendo
alcançados na oficina que foi realizada. Postar o relatório no Teleduc.
10. REFERÊNCIAS
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar. Segunda versão.
Brasília: Ministério da Educação. 2016. Disponível em:
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/#/site/inicio>. Acesso em: 10 de setembro de
2016.
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4. SESSÃO DIDÁTICA:REPRESENTAÇÃO ALGÉBRICA E GRÁFICA DA
Justificativa metodológica:
A SF propõe ao aluno que ao confrontar-se com uma situação nova, que ele possa
lançar mão da investigação e se debruce sobre a mesma e experiencie vários caminhos que
possam levá-lo a uma solução.
1.1.2 público-alvo
Alunos do 1º ano José de Alencar da E.E.F.M. Dep. Ubiratan Diniz de Aguiar.
1.1.2.1 Objetivo a ser alcançado:
Conhecer e manipular as ferramentas do software Geogebra para o estudo da Função
Afim.
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Material analógico: Pincel e quadro branco
Do conteúdo: Os alunos precisam saber representar a Função Afim através da lei matemática .
Dos alunos: Os alunos precisam ter uma noção mínima de uso do computador; Conhecer a
representação algébrica da Função Afim.
Do professor: Precisa dominar o conteúdo referente a Função Afim, bem como conhecer e
manipular o software Geogebra.
Aluno: espera que o professor os oriente na atividade, de forma didática que os possibilite
avançar na atividade proposta, apontando-lhe ferramentas didáticas que os possibilite chegar
a solução.
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Assim, fica evidente que pelo acordo didático, todos devem participar ativamente
da atividade, todos serão protagonistas e a mediação do professor deve ajudar aos alunos a
participarem ativamente das atividades.
1.1.7 Avaliação
A avaliação desta sessão didática será feita através da observação do
desempenho dos alunos durante a atividade proposta.
Neste sentido, esta sessão didática propõe o uso do software Geogebra para
auxiliar na construção do conhecimento sobre Função Afim. O Geogebra permite a
representação de funções na sua forma algébrica e gráfica. Permite uma visualização rápida e
precisa da representação gráfica da função uma vez que esta seja inserida na sua forma
algébrica no campo entrada. Se forem inseridas várias funções afins e outras não afins, pode-
se fazer a exploração da diferença nas representações gráficas entre as funções afins e as que
não são afins, alterando o estilo e a cor. Pode-se definir um estilo e uma cor para todas as
funções afins, e outro estilo e cor para as funções que não são afins. Assim, pode-se destacar a
diferença característica na representação gráfica da Função Afim que a distingue das demais
funções.
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os permitam redirecionar o seus olhares sobre o problema e por si mesmos encontrarem a
resposta. Esta é uma forma de desenvolver nos alunos uma postura autônoma no processo de
aprendizagem.
2.2.3 a pergunta
A interação entre professor e alunos durante as etapas maturação e solução
acontecerá através de questionamentos. Quando o aluno fizer uma pergunta ao professor,
este responderá com outra pergunta que estimule, oriente ou esclareça o aluno na busca pela
resposta.
Pergunta principal:
Quais as características da representação algébrica e gráfica da Função Afim?
Perguntas reflexivas:
O que eu faço para inserir uma função na forma algébrica no Geogebra?
Qual o comando para inserir um expoente de uma expressão no campo entrada do Geogebra?
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Como represento algébrica e graficamente uma Função Afim no Geogebra?
Como alterar o estilo e a cor de uma representação no Geogebra?
Se alterarmos o estilo e a cor de uma representação algébrica no Geogebra, essa alteração
migra automaticamente para representação gráfica, e vice versa?
3. Tomada de posição
ATIVIDADE 1 - Geogebra
01) Inserir as seguintes funções no Geogebra e observar as representações gráficas
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05) Crie outras funções afins na forma algébrica, insira-as no Geogebra e visualize suas
representações gráficas.
06) Apresente um resumo das conclusões usando linguagem matemática.
4. Maturação
Possibilidades:
Será que é possível inserir diretamente a função na zona algébrica ou na zona gráfica?
A tendência é que os alunos descubram que a inserção deve ser feita no campo entrada.
4.1.1 O erro
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demais, o professor poderá ter dificuldade em dá assistência „simultânea‟ as demais
dupla quando solicitado. Além disso, o ritmo de assimilação ( por construção) do
conteúdo geralmente é diferente para cada dupla. É possível que uma dupla tenha
concluído a atividade, enquanto outra ainda esteja na primeira questão.
5. Solução
Os alunos nesse momento representam as funções propostas na atividade,
mantendo a interação com os colegas e o professor e inserem as configurações sugeridas
(estilo e cor) para diferenciar as funções afins das que não são afins. O professor
continua assistindo ao aluno nas suas dificuldades, mas permanece com a postura „mão
no bolso‟. Como as questões da atividade foram elaboradas seguindo o princípio da
Organização Sequencial, de modo que cada uma contribua gradativamente para a
construção dos conhecimentos, a ideia é que todas as duplas cheguem a uma solução
satisfatória. A interação com o professor e os colegas deve proporcionar a
Consolidação, ou seja, a segunda questão só pode ser iniciada pela dupla depois que a
primeira for respondida satisfatoriamente e assim por diante, independente do tempo
que isso levará e quantas vezes a dupla tiver que refazer a questão. Aqui está o caráter
recursivo desta proposta de ensino.
6. Prova
Como a atividade foi acompanhada passo a passo pelo professor, a solução
encontrada por cada dupla deve ser satisfatória. Se as soluções encontradas pelas duplas
forem diferenciadas (modelos e esquemas diferentes), sugere-se a socialização das
mesmas com o uso do datashow. Caso contrário, o professor apenas constrói junto com
a turma a formalização do conceito (objetivos da aula) no quadro. Nesta sessão as
conclusões finais devem convergir para:
Reconhecer a Função Afim com uma função definida por e representada graficamente
com uma reta.
7. Considerações
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posição de sujeito do seu processo de aprendizagem. A ideia é despertar no aluno o
desenvolvimento de uma postura autônoma em relação a sua aprendizagem.
8. Referências
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5. SESSÃO DIDÁTICA: ESTUDO DO COMPORTAMENTO DA FUNÇÃO
DO SOFTWARE
Justificativa metodológica:
Nesta sessão didática serão utilizados os procedimentos metodológicos da
Sequência Fedathi, para construção do conhecimento referente a Função Afim. Acredita-se
que percorrendo as etapas desta sequência, o aluno assume uma postura autônoma em
relação ao seu processo de aprendizagem e possa reproduzir de forma mais substantiva o
conhecimento explorado.
1.1.2 público-alvo
Alunos do 1º ano José de Alencar da E.E.F.M. Dep. Ubiratan Diniz de Aguiar.
1.1.2.1 Objetivo a ser alcançado:
Compreender significativamente conteúdos que envolvem o estudo da Função Afim
relacionado à: Comportamento da função a partir da variação coeficiente a.
Diferenciar o conceito geral e inclusivo Função Afim em crescente, decrescente e
constante.
1.1.3 Materiais
Necessários para o desenvolvimento da 'sessão didática'.
Material analógico: Livro didático, caderno, lápis, borracha, caneta, quadro branco e
pincel.
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1.1.4 Duração da aula: 2 aulas de 50 minutos
As duas aulas serão ministradas no laboratório de informática com o uso do
Datashow e dos computadores do laboratório.
Dos alunos: Os alunos já devem conhecer o software Geogebra, pois a primeira aula no
laboratório de informática foi destinada a esse fim.
Do professor: Precisa dominar o conteúdo referente à Função Afim, bem como conhecer e
manipular o software Geogebra.
Aluno: espera que o professor os oriente na atividade, de forma didática que os possibilite
avançar na atividade proposta, apontando-lhe ferramentas didáticas os possibilite chegar a
solução do problema proposto.
Assim, fica evidente que, pelo acordo didático, todos devem participar ativamente
da atividade, todos serão protagonistas e a mediação do professor deve ajudar aos alunos a
participarem ativamente das atividades.
1.1.7 Avaliação
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2.1 Análise teórica
Seja a Função Afim representada por , com a e b reais, pode-se afirmar que:
A variação do coeficiente a (que representa a inclinação da reta) diferencia a função
f em crescente (a>0), decrescente (a<0) e constante (a=0). Esta diferenciação
também pode ser expressa na forma de mapa conceitual.
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2.2.2 O plateau
2.2.3 A pergunta
Devem ser postas pelo professor para facilitar ao aluno a resolução do problema colocado. As
perguntas dos alunos devem ser respondidas com contraexemplos, os professores não devem
dar respostas prontas aos alunos, e nesse sentido, a aprendizagem passa a ser consequência.
Pergunta principal:
O que o coeficiente a representa na Função Afim?
Perguntas reflexivas:
3. Tomada de posição
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3.2 Situação desafiadora:
Os alunos serão divididos em duplas para realização da atividade. Dois alunos por
computador no laboratório de informática.
Como os alunos já tiveram no mínimo um primeiro contato com o software na aula anterior, o
professor já inicia a sessão propondo a seguinte atividade.
ATIVIDADE 2 – Geogebra
Situação desafiadora: Inserir a função no Geogebra. Em seguida, usar o controle deslizante
para alterar o valor dos coeficientes a e b e observar o comportamento do gráfico da Função
Afim para responder as seguintes questões:
01) O que acontece com o gráfico da Função Afim quando alteramos o valor do coeficiente a?
02) O que acontece com o gráfico da Função Afim quando o coeficiente a assume valores
positivos?
03) O que com o gráfico da Função Afim quando o coeficiente a assume valores negativos?
04) O que acontece com o gráfico da Função Afim quando o coeficiente a assume valor nulo?
05) O que se pode concluir a respeito do que o coeficiente a determina na Função Afim?
06) Faça um resumo das conclusões usando uma linguagem matemática (simbólica).
4. Maturação
Hipótese:
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Aluno: Professor. Eu não consegui inserir a função. Por que o meu não deu certo?
Professor: Por que o programa considerou o comando inválido. O que há de diferente entre
esta representação e as que foram usadas anteriormente?
Possibilidade de resposta:
Aluno: Por que as outras eram com números e esta é com letras?
Professor: Sim. Mas como a gente pode fazer isso sem perder a representação genérica?
A ideia é que essa sequencia de perguntas leve o aluno a compreender que antes de inserir a
função na forma , deve-se inserir os coeficientes a e b atribuindo-lhes algum valor numérico.
5. Solução
6. Prova
40
formalização do conceito (objetivos da aula) no quadro. Nesta sessão as conclusões finais
devem convergir para:
Referências
SOUSA, F. E. E. de. et all. (2013). Sequência Fedathi: uma proposta pedagógica para o ensino
de Matemática e ciência. Fortaleza: UFC, 2013
41
6. SESSÃO DIDÁTICA: ESTUDO DO COMPORTAMENTO DA FUNÇÃO
DO SOFTWARE
Justificativa metodológica:
Nesta sessão didática serão utilizados os procedimentos metodológicos da
Sequência Fedathi, para construção do conhecimento referente a Função Afim. Acredita-se
que percorrendo as etapas desta sequência, o aluno assume uma postura autônoma em
relação ao seu processo de aprendizagem e pode reproduzir de forma mais substantiva o
conhecimento explorado.
1.1.2 público-alvo
Alunos do 1º ano José de Alencar da E.E.F.M. Dep. Ubiratan Diniz de Aguiar.
1.1.2.1 Objetivo a ser alcançado:
Compreender significativamente conteúdos que envolvem o estudo da Função
Afim relacionados à: Comportamento da função a partir da variação coeficiente b;
Diferenciar o conceito geral e inclusivo Função Afim em constante e polinomial do
1º grau.
42
As duas aulas serão ministradas no laboratório de informática com o uso do
Datashow e dos computadores do laboratório.
Dos alunos: Os alunos já devem conhecer o software Geogebra, pois a primeira aula no
laboratório de informática foi destinada a esse fim.
Do professor: Precisa dominar o conteúdo referente à Função Afim, bem como conhecer e
manipular o software Geogebra.
Aluno: espera que o professor o oriente na atividade, de forma didática, que os possibilite
avançar na atividade proposta, apontando-lhe ferramentas didáticas que o possibilite chegar à
solução do problema proposto.
Assim, fica evidente que, pelo acordo didático, todos devem participar ativamente
da atividade, assumindo uma posição de protagonistas de seu processo de aprendizagem e o
professor atua como mediador, ajudando os alunos nesta participação.
1.1.7 Avaliação
A partir do diagnóstico do plateau, pode-se verificar se o aluno avançou durante todo
o processo didático, mediante sua participação na sistematização das resoluções apresentadas
em sala.
43
Espera-se que, após esta experiência de construção, a exploração algébrica destes
conceitos através de exercícios seja facilitada e que a consolidação deste conteúdo seja
concretizada de forma significativa.
Uma função chama-se Função Afim polinomial do 1º grau, quando existem dois números
reais e , com tal que , para todo x R. No caso, em que , a função polinomial do 1º grau chama-
se linear. No caso mais específico que e , a função linear chama-se identidade.
2.2.2 O plateau
Representar e reconhecer a forma algébrica e gráfica da Função Afim. Assegurar
que os alunos dominassem uma linguagem adequada para descrever as construções que serão
feitas através das simulações no Geogebra. Exemplos: Movimentos de rotação e translação;
Movimentos no sentido horário e anti-horário; Conhecimento a respeito dos quatro
quadrantes que dividem o plano cartesiano.
2.2.3 A pergunta
Devem ser postas pelo professor para facilitar ao aluno a resolução do problema
colocado. As perguntas dos alunos devem ser respondidas com contra-exemplos, os
professores não devem dar respostas prontas aos alunos, e nesse sentido, a aprendizagem
passa a ser consequência.
Pergunta principal:
O que o coeficiente b representa na Função Afim?
Perguntas reflexivas:
Perguntas desafiadoras: deve dimensionar o trabalho do aluno para fazer descobertas.
O acontece quando o coeficiente b é igual a zero?
O que o coeficiente b representa no gráfico da função?
2.2.4 Objetivos da 'sessão didática' – nortes.
2.2.4.1 Objetivo geral: Analisar o comportamento da Função Afim a partir da variação do
coeficiente b.
44
2.2.4.2 Ainda objetivamos com essa sessão didática:
Compreender o que o coeficiente b representa no gráfico da função.
3. Tomada de posição
ATIVIDADE 3 – Geogebra
Situação desafiadora: Inserir a função no Geogebra. Em seguida, usar o controle deslizante
para alterar o valor dos coeficientes a e b e observar o comportamento do gráfico da Função
Afim para responder as seguintes questões:
07) O que acontece com o gráfico da Função Afim quando alteramos o valor do coeficiente b?
08) O que acontece com o gráfico da Função Afim quando o coeficiente b assume valores
positivos?
09) O que acontece com o gráfico da Função Afim quando o coeficiente b assume valores
negativos?
10) O que acontece com o gráfico da Função Afim quando o coeficiente b assume valor nulo? Qual
o nome da função gerada?
11) Qual a relação entre o eixo das ordenadas (eixo y) e o valor do coeficiente b no gráfico da
Função Afim?
12) Quando o coeficiente a assume valor nulo que tipo de função é gerada?
13) Quando o coeficiente a assume valor 1 e o coeficiente b assume valor nulo que tipo de função
é gerada?
14) Com base nas observações feitas nas questões 4, 6 e 7, defina as funções linear, constante e
identidade.
4. Maturação
45
Também poderão expor suas dúvidas. Nesta etapa, se inicia o uso da pergunta. O aluno pode
manifestar suas dúvidas através de perguntas, aos colegas ou ao professor.
5. Solução
Os alunos, nesse momento, começam a fazer as simulações sugeridas nas
perguntas da atividade e na interação com os colegas e o professor, organizam suas respostas
e anotam os resultados. O professor continua assistindo ao aluno nas suas dificuldades, mas
permanece com a postura ‘mão no bolso’. Como as questões da atividade foram elaboradas
seguindo o princípio da Organização Sequencial, de modo que cada uma contribua
gradativamente para a construção dos conhecimentos, a ideia é que todas as duplas cheguem
a uma solução satisfatória. A interação com o professor e os colegas deve proporcionar a
Consolidação, ou seja, a segunda questão só pode ser iniciada pela dupla depois que a
primeira for satisfatoriamente respondida e assim por diante, independente do tempo que
isso levará e quantas vezes a dupla tiver que refazer a questão. Aqui está o caráter recursivo
da proposta de ensino.
6. Prova
Como a atividade foi acompanhada passo a passo pelo professor, a solução encontrada
por cada dupla deve ser satisfatória. Se as soluções encontradas pelas duplas forem
diferenciadas (modelos e esquemas diferentes), sugere-se a socialização das mesmas com o
uso do datashow. Caso contrário, o professor apenas constrói junto com a turma a
formalização do conceito (objetivos da aula) no quadro. Nesta sessão as conclusões finais
devem convergir para:
Uma função chama-se Função Afim constante, quando existe um número real tal que , para
todo x R.
Uma função chama-se Função Afim polinomial do 1º grau, quando existem dois números
reais e , com tal que , para todo x R. No caso, em que , a função polinomial do 1º grau chama-
se linear. No caso mais específico que e , a função linear chama-se identidade.
46
7. SESSÃO DIDÁTICA: EDUCAÇÃO ESTATÍSTICA
1 Análise gerais
1.1. Público alvo
Alunos do curso de Pedagogia na disciplina de ensino de matemática da
Universidade Federal do Ceará (UFC) e Professores da rede Municipal e Estadual.
1.2. Objetivo
Compreender o conceito de tratamento da informação e os processos de
elaboração de tabela e gráficos, bem como suas implicações pedagógicas para com os
alunos da educação básica.
1.3 Material
Material analógico: régua, compasso, papelão, cola, tesoura, caneta de cor,
rolo de barbante, tampa de garrafa, blocos.
Material digital: notebook e data show.
47
diferentes textos, ao analisar e interpretar informações, fatos e ideias, ao ser capaz de
coletar e organizar informações, além de estabelecer relações, formular perguntas e
dentre outros aspectos que leve aos alunos compreenderem o assunto abordado.
Em relação aos alunos, o conteúdo abordado deve possibilitar a reflexão, o
questionamento e a verificação das fontes de informações, as quais apliquem
procedimentos estatísticos básicos para gerar tais informações, sugerir-se, portanto uma
avaliação crítica perante estes alunos em propiciar elementos na tomada de decisões.
Tão logo, essas relações existe o professor que deve dominar o conteúdo e
saber aplicar a metodologia, oportunizando a participação ativa dos alunos nas
atividades a serem desenvolvidas com intuito de contribuir com a aprendizagem destes
alunos e o entendimento dos conteúdos estatísticos e matemáticos colaborando na
progressão e materialização do conhecimento.
2 A sessão didática
Momento didático que envolve: tomada de posição, maturação, solução e prova,
etapas da metodologia de ensino e pesquisa Sequência Fedathi.
48
procedimentos, mas implica discutir como escolher o procedimento mais adequado para
analisar cada situação”. Assim, podem ser utilizados para trabalhar de forma
intradisciplinar, por possibilitar a ligação da Estatística com outros domínios da
Matemática (CASTRO, 2012; LOPES, 2010).
As Diretrizes Curriculares para a educação matemática (BRASIL, 1998a,
1998b) defendem seu ensino por meio do desenvolvimento integrado dos
conhecimentos. Assim, constata-se a necessidade de um trabalho mais efetivo com os
gráficos, relacionando o Tratamento da Informação, o conhecimento diário e a
Matemática, além de outros conhecimentos curriculares como Ciências, Língua
Portuguesa, Geografia e História.
Diante disto, usará a metodologia de ensino, Sequência Fedathi, por ser
é uma proposta metodológica direcionada para a melhoria da prática
pedagógica, visando à postura adequada do professor, que tem como
princípio contribuir para que o professor supere os obstáculos
epistemológicos e didáticos que ocorrem durante a abordagem dos conceitos
matemáticos em sala de aula (SANTOS 2016, p.129).
2.2 Avaliação
Tomando como referência os aspectos observados no plateau e a capacidade
de inferir diante dos problemas colocados pelo professor, esperaremos do aluno que por
meio das discussões em grupo, exposição e a sistematização das soluções dos problemas
propostos através de suas escritas, entenda o uso pedagógico dos conceitos trabalhados
sobre Tratamento da Informação e seu papel como mediadores quando professores.
49
importância no trato das mais diferentes situações do cotidiano em que o sujeito
necessita qualificar e quantificar.
2.2 Saber científico do conteúdo abordado nesta sessão didática
- Contexto social, geográfico, financeiro e econômico sobre o Tratamento da
Informação.
- O uso pedagógico do Tratamento da Informação e do material concreto perante a
necessidade de sua compreensão e construção conhecimento perante os alunos.
2.3 A pergunta
Pergunta principal: Como trabalhar no ensino fundamental o conteúdo do Tratamento
da Informação com uso de material concreto de forma há oportunizar a aprendizagem
dos alunos?
Perguntas reflexivas: Diante do conteúdo a ser abordado, o que há de comum entre o
conhecimento cientifico da estatística, o tratamento da informação, os aspectos social,
geográfico, financeiro e econômico e o uso de material concreto? Quais as suas
funcionalidades?
Perguntas desafiadoras: Diante da não aplicação de materiais concretos, como
proceder esta aplicação de modo facilite no entendimento dos alunos ao assunto de
Tratamento da Informação? É possível utilizar os materiais concretos como base prática
para a construção do conhecimento de gráficos?
3. Tomada de Posição
1º momento
Expor diferentes objetos para os participantes, tais como: régua, compasso,
papelão, cola, tesoura, caneta de cor, rolo de barbante, tampa de garrafa, blocos. Neste
momento, questionaremos o que se pode fazer com estes materiais concretos
50
relacionando aos aspectos social, geográfico, financeiro e econômico? Assim,
apresentaremos os seguintes problemas:
Problema 1: Que assunto está sendo abordado no contexto?
Problema 2: Como levantar os dados numéricos?
Problema 3: Como elaborar a tabela e o gráfico?
2º momento
Apresentar um vídeo que utiliza o Tratamento da Informação com uso de
material concreto1. Permitindo questionar sobre a capacidade do professor em utilizar os
mais diferentes meios para se abordar o conteúdo no universo dos alunos.
4 Maturação
1º momento
Solicitar que a turma se divida em 4 (quatro) grupos e para cada um será
posto os seguintes problemas que permutarão entre todos tendo 15 (quinze) minutos
para o levantamento de hipóteses para cada problema. Um membro do grupo ficará
responsável para anotar as intervenções realizadas. As ações se darão a partir da
questão. Na certeza que estes objetos ou instrumentos de informação não fossem ainda
descobertos, permitindo: qual as estratégias que vocês utilizariam para resolver estes
problemas?
Problema 1: Que assunto está sendo abordado no contexto?
Problema 2: Como levantar os dados numéricos?
Problema 3: Como elaborar a tabela e o gráfico?
O quarto grupo ficará responsável para cronometrar o tempo sem o uso de
qualquer meio digital ou analógico.
2º momento
Tomando como referência o vídeo apresentado, a turma em duplas deverá
sugerir 3 (três) possíveis situações contextuais, os quais os alunos de uma turma de
ensino fundamental possam ser provocados a refletir e elaborar hipóteses sobre
Tratamento da Informação.
5. Solução
1º momento
1
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=FKzAvsw22r0
51
Cada grupo apresentará suas considerações, iniciando pelo grupo que
cronometrou o tempo seguido de discussões no grande grupo para os demais problemas.
2º momento
A dupla irá expor suas sugestões no grande grupo, destacando o que
desencadearão nos alunos a iniciativa de elaborarem hipóteses sobre a compreensão e
uso do Tratamento da Informação.
6. Prova
1º momento
Será sistematizado as conclusões feitas pelos alunos por intermédio do
professor através de escutas e relatos, de modo que os alunos expressem o que de fato
torna-se relevante para a compreensão do Tratamento da Informação na tentativa de
qualificar e quantificar ou comparar objetos como inevitabilidade em nosso cotidiano.
2º momento
Colher depoimentos e percepções dos alunos, a respeito da melhor forma de
expor as tabelas e gráficos pedagogicamente para com uma turma de educação básica.
Recolher as sugestões elaboradas e expostas no momento da solução.
7. Avaliação
Como instrumento de avaliação será analisado os fóruns e as participações
nos encontros presenciais.
8. Considerações
A oficina como atividade pedagógica, constitui um instrumento de execução da
prática docente que estimula mais o raciocínio, e promove a relação da teoria e as ações
em sala de aula.
52
9. Referências
BRASIL, MEC/SEF. Parâmetros curriculares nacionais: Matemática. Brasília: MEC/
Secretaria de Educação Fundamental, 1997.
BRASIL, MEC/SEF. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do
ensino fundamental: Introdução aos PCN. Brasília: MEC/ Secretaria de Educação
Fundamental, 1998a.
BRASIL, MEC/SEF: Matemática. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Fundamental,
1998b.
CASTRO, J. B.; CASTRO-FILHO, J. A. Projeto Um Mundo de Informações:
Integração de Tecnologias Digitais ao Currículo Escolar. In: I Congresso Brasileiro de
Informática na Educação, 2012, Rio de Janeiro. Workshop sobre formação e
experiências educacionais no programa Um Computador por Aluno do CBIE 2012,
2012. p. 1-10. Disponível em:
http://www.brie.org/pub/index.php/wcbie/article/view/1902/1665. Acesso em 01 de
setembro de 2016.
CAZORLA, I. M.; UTSUMI, M. C. Reflexões sobre o ensino de estatística na educação
básica. In: CAZOLA, I. M.; SANTANA, E. (Org). Do tratamento da informação ao
letramento estatístico. Itabuna: Via Litterarum, 2010.
SANTOS, Maria José Costa dos. Reflexões sobre a formação de educadores
matemáticos: a metodologia de ensino Sequência Fedathi. In: DIAS, Ana Iorio;
MAGALHÃES, Elisângela Bezerra; FERREIRA, Gabriel Nunes Lopes (Orgs.). A
aprendizagem como razão de ensino: por uma diversidade de sentidos. Fortaleza:
Imprece, 2016, p. 129.
53
8.. SESSÃO DIDÁTICA: PLANEJAMENTO FUNDAMENTADO NA
Justificativa metodológica:
54
perguntas, como contra-exemplos, em busca de fazer o aluno refletir e validar
seus resultados encontrados, visando saber como acertou ou errou, onde
acertou/errou, como acertou/errou, porque acertou/errou e, se errou, a partir
deste ponto sair em busca da construção de uma resposta ao problema
colocado.
55
-Compreender significativamente os conhecimentos matemáticos explorados que envolvem a
geometria plana, tais como: propriedades das figuras geométricas que compõem o Tangram,
além da área, perímetro dessas áreas.
Nessa 'sessão didática' usaremos o Tangram nos modos: analógico e digital, portanto,
partiremos inicialmente da sala de aula convencional para a sala de aula com computadores.
– as horas serão divididas seguindo o critério de 2h/a na sala de aula convencional e 2h/a na
sala de aula com computadores.
56
1.1. 6.1 Nessa sessão didática:
Professor: espera dos alunos que eles participem ativamente das ações didáticas em todos os
momentos.
Aluno: espera que o professor os oriente na atividade, de forma didática que os possibilite
avançar na atividade proposta, apontando-lhe ferramentas didáticas os possibilite chegar a
solução do problema proposto.
Assim, fica evidente que pelo acordo didático, todos devem participar ativamente da
atividade, todos serão protagonistas e a mediação do professor deve ajudar aos alunos a
participarem ativamente das atividades.
1.1.7 Avaliação –
A partir do diagnóstico do plateau, pode-se verificar se o aluno avançou durante todo o
processo didático, mediante sua participação na sistematizacao das resoluções apresentadas
em sala, pelos alunos, ou seja, é o momento de socialização em busca de uma solução que
deve contemplar as hipóteses, contra-exemplos e estratégias trabalhadas com o aluno pelo
professor. Segundo Sousa (2005) a avaliação é pensada como instrumento de validação da
'sessão didática', com ênfase na aprendizagem dos estudantes e no trabalho desenvolvido pelo
professor, visando a organização da(s) aula(s) seguinte(s). Nessa 'sessão didática' a avaliação
dos alunos se dará por meio do desempenho construtivo na manipulação do Tangram, bem
como o racicínio lógico matemático, as áreas e o perímetro das figuras do jogo.
2.1 análise teórica -
57
Destaque-se que o raciocínio matemático e o lógico-matemático são distintos, este contendo
aquele.
Assim, é importante entender que o Tangram é um jogo que ao ser utilizado em sala
de aula, tem um potencial para atrair a atenção do aluno e promover uma aprendizagem
significativa, promovendo uma reflexão e abstração do aluno em contato em com o jogo.
Nessa sessão didática é relevante considerar o desenvolvimento do pensamento
lógico-matemático, além da construção dos conceitos dos conteúdos como área e perímetro,
os quais norteiam as atividades Assim, é importante entender que o Tangram é um jogo que
ao ser utilizado em atividades didáticas, tem um potencial para atrair a atenção do aluno e
promover uma aprendizagem significativa.
O Tangram é de origem chinesa, formado por sete peças, sendo cinco triângulos
isósceles, um quadrado e um paralelogramo.
Vejamos a figura 1.
Figura 1: Tangram
Fonte: Arquivo pessoal (2013).
58
3.0 Propriedades das figuras do Tangram.
Para calcular a área, por exemplo, de um quadrado, é necessário ver quantas vezes
uma unidade de área padrão está contido nela.
A= 8×8 A= 64 cm
59
P= L + L + L + L = 4xL
P= 4×8
P= 32, portanto, o perímetro do quadrado do exemplo é 32 cm e área é 64 cm.
2.2.3 a pergunta – devem ser postas pelos professores para facilitar ao aluno a resolução do
problema colocado. As perguntas dos alunos devem ser respondidas com contra-exemplos, os
professores não devem dar respostas prontas aos alunos, e nesse sentido, a aprendizagem
passa a ser consequência.
Pergunta principal: é a pergunta norteadora da ‘sessão didática’ que será responsável pelo
direcionamento das demais tipologias de perguntas, ou seja, é a pergunta mediadora do
processo de ensino e de aprendizagem.
Nessa sessão didática
Ex.: Dado as 7 peças do tangram, observe cada uma delas e diga se apresentam alguma relação
de área e perímetro?
Perguntas reflexivas: são as que têm por objetivo verificar o que e como os alunos estão
entendendo sobre o que está sendo apresentado, solicitado, levando-os a reformular o que
estão aprendendo e a realizar associações do conteúdo novo com outro já assimilado, tendo
como foco principal facilitar e proporcionar feedback para compreender como se desenvolve o
plateau dos alunos.
60
Ex.: O que o problema está pedindo? O que você entende sobre esse assunto?
Perguntas desafiadoras: deve dimensionar o trabalho do aluno para fazer descobertas. Além,
de estimular o pensamento criativo, suscitando uma cadeia de outros questionamentos, com
suporte a partir da pergunta principal, para conduzir todo o trabalho didático, do professor e
do aluno, a uma determinada conclusão. (SOUSA et all, 2013).
Nessa sessão didática:
Ex.: Será que as 7 peças do tangram formam um quadrado?
Quantos quadrados posso fazer com as peças do tangram?
As peças do Tangram, independente da figura formada, dará sempre o mesmo perímetro?
Dará sempre a mesma área?
Tal pergunta norteará o processor de construção cogntiva e deverá ser respondida no final
pelos alunos quando os mesmos apresentarem as soluções pedidas. A pergunta só será
respondida, após a mediação do professor na construção e reconstrução do Tangram pelos
alunos de forma analógica (folha de papel) e depois na forma digital (uso do computador).
61
- Estimular a participação do aluno em atividades em grupos, para que de uma forma
colaborativa promovam o intercâmbio de ideias para uma aprendizagem significativa;
- Trabalhar a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade;
- Valorizar o uso de materiais simples, como a folha de papel sulfite, para consolidar conceitos;
- Desenvolver o raciocínio lógico para a resolução de uma situação desafiadora, coordenação
motora e habilidades na utilização dos materiais e recursos a serem utilizados;
- Promover um ambiente que estimule a criatividade e imaginação para a construção de
figuras geométricas planas;
- Explorar as formas geométricas que compõem o Tangram por meio da composição e
decomposição das figuras; e, por fim,
- Formular conceitos a partir a partir das construções realizadas para chegar a prova
matemática.
3. Tomada de posição
3.1 Apresentação do acordo didático aos alunos elaborado no item 1.1.6.
1. o professor pede aos alunos que individualmente, a partir de algumas dobraduras realizadas
na folha de papel ofício A4, mediados pelo professor, descontrua e reconstrua o quadrado.
2. Analise as peças encontradas a partir do quadrado inicial.
3. O professor nessa fase apresenta a situação que pode ser por meio da pergunta principal,
norteadora. Nessa ‘sessão didática’ a situação desafiadora é mediada pergunta principal, já
explicitada anteriormente - dado as 7 peças do tangram, observe cada uma delas e diga se
apresentam alguma relação de área e perímetro?
3.2 hipóteses:
Mesmo que os alunos não saibam o que é área e perímetro, o professor deve, por meio
de contra-exemplos mediar essa construção conceitual. As hipóteses aparecem quando os
62
alunos buscam os caminhos para constatar ou testar as suas respostas e verificar se elas estão
corretas, essa busca geralmente é realizada mediada pela própria linguagem matemática ou a
partir de uma explicação, seja ela oral ou escrita em linguagem comum. (SOUSA et all, 2013).
É provável que os jovens e adultos com pouca escolaridade possuam vários
conhecimentos relacionados a geometria, pelas relações cotidianas, suas esperiências de vida.
Portanto:
3.2.1 Em seguida, compare o jogo construído a partir da folha de papel ofício A4 com o jogo
na forma online;
3.2.2 Sobreponha as peças construídas observando as relações, semelhanças e diferenças nas
suas propriedades;
3.2.3 Observe a superfície das figuras geométricas planas construídas;
3.2.4 Compare os tamanhos e formas;
3.2.5 Observando e analisando as figuras planas geométricas do jogo identique a área e o
perímetro.
4. Maturação
Momento importante, momento de ‘debruçamento’ do aluno sobre o problema. Vale
explicar que a palavra “debruçamento” é oriunda do francês débrouiller, e o seu significado
consiste em se “debruçar sobre um problema”, pensar, contextualizar e procurar compreender.
Nesse momento a postura didática do professor é a da não intervenção (pedagogia mão-no-
bolso) ou intervenção programada para que o estudante possa pensar, tentar, errar e colaborar
com seus colegas se for possível, pois matemática é uma atividade coletiva. (SANTANA et al,
2003)
Desse modo, esse é um momento de construção de aprendizagem, em que o aluno
está identificando e compreendendo as variáveis que envolvem a situação desafiadora que lhe
foi apresentada, e, nesse momento também, podem, alunos e professor, discutirem as
variáveis, e o professor pode ainda, sem intervir, mais solicitado pelo aluno, apresentar contra-
exemplos, levantar hipóteses e fazer com que o aluno faça reflexões para proporcioná-lo
maior possibilidade de encontrar uma solução.
4.1 contra-exemplos:
Para que servem? Caso o aluno não consiga responder com qualidade a atividade,
o professor deve intervir, não dando as respostas, mas usando uma estratégia didática que os
leve a essa reconstrução. Nessa ‘sessão didática’, por exemplo, se o aluno não souber a
63
diferença entre perímetro e área, o professor deve propor a composição e a decomposição de
uma das figuras do Tangram a partir do papel quadriculado.
4.1.1 O erro
Na SF o erro do aluno deve ser trabalhado não para puni-lo, mas para que o professor
possa reelaborar sua pergunta inicial, e proporcionar ao aluno um reinvestimento na solução
da situação. Dessa forma, na SF o erro do aluno deve ser gerenciado não para ser plenamente
aceito, mas deve ser analisado no sentido de compreender o que revelam os processos de
raciocínio e das superações necessárias para a construção do conhecimento lógico-
matemático, trabalhado pelo professor no aluno a partir de perguntas que levem o aluno a
refletir sobre as soluções por ele encontradas.
5. Solução
Os alunos nesse momento representam e organizam as soluções encontradas,
apresentam esquemas que objetivem a solução. O professor organiza as soluções
apresentadas, media as formulações com contra-exemplos para mobilizar o raciocínio do
aluno. As soluções apresentadas pelos alunos, que não sejam validadas, devem ser
consideradas pelo professor, que deve promover desequilíbrios no intuito de promover no
aluno conflitos cognitvos2 que os possibilitem a reelaboração de conhecimentos e
esclarecimentos das hipóteses mal formuladas. Esse momento é importantíssimo, e o
professor deve analisar as respostas dadas dos alunos e orientá-los ao modelo matemático.
2
A ideia de “conflito cognitivo” tem sua origem nesta teoria piagetiana de equilibração,
mediante a qual um indivíduo constrói seus esquemas de conhecimento. Diante de um conflito
cognitivo, a criança tenta primeiramente estabelecer uma assimilação do fenômeno observado aos seus
esquemas de pensamentos prévios. Caso haja dificuldades para tal assimilação, como por exemplo a
presença de incoerências, surge então uma situação de desequilíbrio, um buraco nas estruturas lógico-
conceituais na criança. Fonte: http://www.paulords.tripod.com/Artigos/index_Copy_6.htm . Acesso dia
13 de agosto de 2013.
64
5.1 contra-exemplos dessa sessão didática
- as figuras geométricas manipuladas são polígonos?
- o quadrado é um paralelogramo? Por quê?
- todas as figuras têm o mesmo perímetro?
- todas as figuras têm a mesma área?
- ao sobrepor as figuras o que você percebe?
6. Prova
Delineia a etapa em que o estudante faz a verificação da solução encontrada confrontando o resultado com os dad
Contudo, o professor só realiza a formalização matemática, se o aluno tiver segurança acerca
do conteúdo, caso contrário, deve oferecer aos alunos mais contra-exemplos, até ele ser capaz
de apresentar uma solução correta, o conceito esperado.
De acordo com Sousa et all (2013, p. 31) é normal que, nessa fase, nem todos os
alunos consigam chegar a resposta correta, é mais provável que os mais afeitos à Matemática,
cheguem ao resultado correto mais rapidamente, já os menos afeito à matemática, podem
apresentar soluções variadas, utilizando muitas vezes modelos matemáticos incompletos em
relação ao que se pretende ensinar, isto porque, o objetivo da ‘sessão didática’ é formular um
conhecimento novo para o aluno, mas que na maioria das situações, a sua forma científica, é
desconhecida do grupo, e portanto, é nesse momento que o professor apresenta o modelo
matemático, na etapa da prova.
6.1 avaliação
De acordo com a SF, a avaliação não deve consumir maior parte da energia dos alunos, não
deve ser punitivaa, muito menos excludente. Ela deve favorecer a construção de
conhecimento, deve promover reflexão, portanto, deve ter uma perspectiva qualitativa e não-
quantitativa. Assim, na SF a avaliação é vista sob a perspectiva:
diagnóstica/formatica/contínua. O professor sob essa abordagem, deve eleiminar a prática do
olhar, único, unilateral, que enxerga apenas a si mesmo, seus conhecimentos,, seu pretenso
sabe, e como prevê as concepções da SF lançar um plural, bem mais abrangente, repeitando as
limitações e possibilidades cognitivas dos alunos.
65
6.1.2 descrição das atividades passo-a-passo:
4. Considerando o quadrado como o inteiro e utilizando a marca da dobra, destacar que cada
triângulo representa ½ do inteiro considerado. Pedir para os alunos separarem (recortar) os
triângulos.
66
5. Solicitar que o aluno pegue um dos triângulos que representa a metade do quadrado, dobre
ao meio e recorte.
6. Solicitar para que o aluno monte o quadrado com as peças. Perguntar quantos triângulos
menores são necessários para formar o quadrado, ou seja, voltar ao inteiro.
7. Solicitar que o aluno pegue a outra metade do inteiro (quadrado) e marque o ponto médio
da base maior do triângulo.
8. Dobrar de forma que o vértice oposto à base encoste-se ao ponto médio encontrado.
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9. Desdobrar e recortar o triângulo obtido.
10. A seguir, destaquem os triângulos, e observem as figuras obtidas. Agora, peça aos alunos
que encoste um dos vértices da figura obtida no ponto médio desta mesma base. Em seguida
peça para que os alunos destquem as novas formas.
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11. E, finalmente, seguindo o passo a passo chegamos às setes peças do Tangram e devemos
solicitar que os alunos montem o quadrado inicial, e após iniciem o processo de comparação
das mesmas, sobrepondo-as. Pedir aos alunos que montem o inteiro (quadrado) novamente.
A atividade proposta com a construção da folha de papel ofício A4, além de ser
acessível a todos é muito produtiva, e possibilita que os alunos depois realizem a atividade
com outros materiais como: EVA, cartolina, papelão revestido com papel colorido etc.
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6.2 análises finais da sessão didática -
6.2.2 Dos fatores que podem atrapalhar o bom andamento da ‘sessão didática’
Exemplos:
A estrutura da sala, a falta de material adequado;
A não compreensão do 'acordo didático', devido ter surgido perguntas repetitivas sobre
o assunto.
6.2.3 Dos fatores que podem contribuir para o bom andamento da ‘sessão didática’
Exemplos:
Motivação dos alunos para participar da ‘sessão didática’
7. Considerações
Procuramos apresentar brevemente uma síntese do que é uma ‘sessão didática’
fundamentada na metodologia de ensino Sequência Fedathi. Procuramos ressaltar os
principais elementos, ressaltando os que devem ser explorados em seu uso. Destacamos que a
Sequência Fedathi é uma metodologia de ensino, que se preocupa com os processos didáticos
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de uma aula, que compreendem o antes, durante e depois, ouseja, a preparação, a execução e
a avaliação.
Enfim, podemos dizer que a essência da metodologia da Sequência Fedathi está em o
professor otimizar o processo de ensino de maneira a levar os alunos a desenvolverem o
raciocínio matemático, por meio da exploração, compreensão e investigação de situações
desafiadoras e reflexivas, levandos-os a construírem suas aprendizagens a partir das
experimentações e constatações feitas durante todo o processo de desenvolvimento das
etapas da Sequência Fedathi, de modo a vivenciarem a mesma atmosfera do trabalho
desenvolvido pelo matemático. (SOUSA, 2013).
7. Referências
Borges Nwto, H. Cunha, F. G. M. & Lima, I. P. A sequência Fedathi como proposta metodológica
no ensino-aprendizagem de Matemática e sua aplicação no ensino de retas paralelas. GT 19:
Educação Matemática – EPENN. São Luís-MA, 2001.
Borges Neto, H. e Dias, A. M. I. Desenvolvimento do raciocínio lógico- matemático no 1º grau e
na pré-escola. Cadernos de Pós-Graduação em Educação: Inteligência – enfoques
construtivistas para o ensino da leitura e da matemática. v. 2 Fortaleza, CE: Imprensa
Universitária/UFC, 1999.
Boyer, Carl B. História da Matemática. Trad. Elza F. Gomide. São Paulo: Edgard Blücher, 1974.
Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, DF:
MEC/SEESP, 1997.
Deus, A. F. B. O uso do tangram como recurso de aprendizagem. Disponível:
http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1148. Acesso: 22/07/2010.
Diniz, M. I. S. V. et all. A matemática das sete peças do Tangram. São Paulo: IME-USP, 2006.
Lima, I. P. et all. Elaboração dos conceitos de geometria e das medidas na formação do
pedagogo: oficinas pedagógicas e a plataforma Teleduc. In: 18°. Encontro de Pesquisa
Educacional do Norte e Nordeste, 2007. Macéio, 2007.
Santos, M. J. C. (2011). As metodologias Engenharia Didática e Sequência Fedathi aliadas à
teoria de Piaget. XIII Conferência Interamericana de Educação Matemática-CIAEM.
Pernambuco/Recife.
Sousa, F. E. E. de. et all. (2013). Sequência Fedathi: uma proposta pedagógica para o ensino de
Matemática e ciência. Fortaleza: UFC, 2013.
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Referências
AUSUBEL, D. P. Aquisição e retenção de conhecimentos: uma perspectiva cognitiva.
Lisboa: Plátano, 2003.
BORGES N. H.et all Sequência Fedathi: Uma proposta Pedagógica para o Ensino de
Ciências e Matemática. 2013.
BARROSO J. M. Conexões com a Matemática. Volume 1. São Paulo 2010.
SOUSA, F. E. E. de. et all. (2013). Sequência Fedathi: uma proposta pedagógica para o ensino
de Matemática e ciência. Fortaleza: UFC, 2013
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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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