Sie sind auf Seite 1von 12

Revista Blasileila de Geociências 30(4):717-728, dezemblo de 2000

REVISAO ESTRATIGRAFICA DA PARTE ORIENTAL DA BACIA BAURU


(NEOCRETACEO)

LUIZ ALBERTO FERNANDESI & ARMANDO MÁRCIO COIMBRA2


ABSTRACT STRATIGRAPHIC REVIEW OF THE DASTERN PORTION OF THE BAURU BASIN (NEOCRETACEOUS) This paper
deals with the stlatigraphy of the Bauru Basin based on regiol)al investigation. The Bauru Basin was folmed in the Late Cretaceous (Coniacian-
Maastrichtian) as a result of subsidence of the central-southern part of the South-American Platform.This inner continental basin spreads over
an area of approximately 370,000 km2 and is hlled by a sandy sequence with maximum thickness of 300 rneters at present. lts substlatum is
constituted by volcanic rocks (mainly basalts) ofthe Serra Ceral Formation (lK) from which it is separated by a regional erosive surface. The
studied area, with about 1 80,000 kmr, conesponds to the eâstern part of the basin (west of São Paulo, southwest of Minas Gerais, nolthwest
of Paraná), and is located between the coordinates I 8'S to 25" S and 47' W to 54' W. According to the distribution and interlelations of the
units a stratigraphic revision was proposed for the basin. The UppeL Cretaceous sequence is now divided in two groups, partially
contempolaneous: Caiuá Group (Rio Paraná, Goio Erê and Santo Anastácio formations) and Bauru Group (Uberaba, Vale do Rio do Peixe,
Araçatuba, São José do Rio Preto, Presidente Prudente, and Marília founations, including the Taiúva analcimites).

Keywolds: Bauru, Caiuá, Cretaceous, basin, Stratigraphy, Brazil.

RESUMO A Bacia Baulu desenvolveu-se lìa parte centro-sul da Platafonna Sul-Americana, no Cl'etáceo Superior (Coniaciano-
Maastlichtiqno;. Conro bacia continental interior, acumulou uma seqüência sedi¡¡ental essencialnente atenosa, que ocol'te em álea de ce¡:ca
370.000 krnz. Tem pol substrato basaltos da Formação Sen'a Ceral (Ki), da qual é separada por supelfície elosiva legional. O texto apresenta
a revisão est[âtigráfica pala a palte orienta] da bacia, decorrente de estudos regionais, dividindo a seqüência neocrctácea em dois grupos par'-
cialmeute cronocorrelaios: Caiuá (formações. Rio Palaná, Goio Er'ê e Santo Anastácio) e Bauru (formações Ubelaba, Vale do Rio do Peixe,
Araçatuba, São José do Rio Preto, Presidente Prudente e Marília, incluindo os Analcirnitos Taiúva).

PaLavras-clruvesr Bauru, Caiuá, Cretáceo, bacia, Estratiglafi a, Brasil.

INTRODUçAO A Bacia Bauru formou-se no Neocretáceo, no sedimentares situadas a leste do rio Araguari (MG), que repousam di-
centro-sul da Plataforma Sul-Americana, eln evento de compensação retamente sobre o embasamento pré-cambriano (Grupo Araxá). As
isostática posteliol ao âcúmulo de quase 2.000 m de lavas basálticas, rnais jovens são aquelas conhecidas como Formação Itaqueli, na
ocol'rido no Cretáceo Inferior. Desenvolveu-se como bacia continental acepção de Ponçano et al. (1982).
interior, pós-ruptura do continente gondwânico, acumulando uma se-
qüência sedimentar essenciâlmente arenosa, hoje cour espessura máxi- CARACTERIZACÁO DAS UN¡DADES LITOESTRATIGRÁ.
rna de cerca de 300 m e área de 370.000 km'. A seqüência tem pol' FICAS Grupo "Caiuá É contposto pelas formações Rio Paraná,
substrato basaltos da Formação Sen'a Geral (Grupo São Bento), dos Goio Erê e Santo Anastácio. No Brasil, ocorre nos estados do Paraná,
quais é separada por não-conformidade, e limite superior erosivo, de- São Paulo e Mato Grosso do Sul (Fig. 1). Assenta-se sobre basaltos do
rnarcado pela Superfície Sul-Americana ou sua posteriol' dissecação. Grupo São Bento e tem passagem transicional para o Grupo Bauru.
No Blasil, ocolre na parte ocidental do estado de São Paulo, no noro- Ultrapassa as fronteiras nacionais, possivelmente aflorando no extre-
este do Paraná, no leste e Mato Grosso do Sul, no Triângulo Mineiro mo nordeste do Paraguai.
e no sul de Goiás. A parte- oriental da bacia, ár'ea do estudo, compreen-
de cerca de I 80.000 kmz, situados entre I 8o e 25' S, e 47" e 55' W FORMAÇAO RtO PARANÁ Ocorre nas partes sudoeste (principal-
(Fig. 1). mente) e leste do flanco oriental da bacia (SP, PR; Fig. 1). Suas melho-
O preenchirnento da Bacia Bauru se deu em clirna selni-árido a ár'i- res exposições estão nâ tnargem esquerda do rio Paraná, na usina hi-
do, entre o Coniaciano e o Maastrichtiano (Ks), intervalo definido com drelétrica Eng. Sérgio Motta (ex-Porto Primavela, SP) e no canal
base na idade de fósseis de dinossauros (Huene 1939), idade absolu- hidroviário de Pereira Barreto (SP). Apresenta as maiores espessuras
ta de intercalações de rochas vulcânicas (Coutinho et aL. 1982), e na preservadas no NW do Paraná (277 n, em Altônia; 205 rn, em Tert'a
corlelação com a deposição da Formação Santos (Pereira e Feijó Rica; Bigarella & Mazuchowski 1985) e no Pontal do Paranapanema
1994), na Bacia de Santos. (SP). Raras vezes, expõe-se de modo contínuo (desníveis de até
200m), como nas vertentes dos morros dos Três Irmãos (Terra Rica,
NOVA ESTRATIGRAFIA PARA A BACIA BAURU A seqtiên- PR) e do Diabo (Teodoro Sampaio, SP), elevações tnantidas devido à
cia suprabasáltica neocretácea é formada pelos grupos Bauru e Caiuá silicificação dos arenitos (Fernandes et al. 1993).
(Felnandes & Coimbra 1994). Redefinições de caÉtter A Formação Rio Palaná teln como seção-tipo (Felnandes &
litoestratigráfico propostas por Fernandes (1998) e Fernandes & Coimbra 1994) cortes da eclusa da usina hidrelétlica Eng, Sérgio
Coimbra (1998) implicaÍam a revisão estratigráfica para a parte orien- Motta, no Pontal do Paranapanema (Fig. 3a). Outlas boas exposições
tal da Bacia Bauru (Tabela I, Fig. 2). A alteração lnais importante da unidade estão no km 501 da rod. BR 376, próximo a Paranavaí
apresentada refere-se ao Grupo Bauru, sobretudo à Formação (PR); e em paredões de até 15 m de altura, na margem esquelda do Rio
Adarnantina. As demais unidades foram assil¡ mantidas: Fortnação Paraná, sohretudo nas irnediações de Porto São José e Polto Rico
Uberaba conforme definição de Hasui (1968); Formação Marília na (PR), e de Plesidente Epitácio (SP), Repousa diretamente soble a For-
acepção de Soares et al. (1980), subdividida nos membros Echaporã, mação Sena Geral (basaltos), da qual é separada por não-conformida-
Serra da Galga e Ponte Alta (Barcelos & Suguio 1987). Quanto ao de. Na sua base ocorre estrato de aspecto brechóide, com até 1m de
Grupo Caiuá, adotou-se a subdivisão nas fbrmações Santo Anastácio, espessura, constituído de arenito lamoso maciço, itnaturo, com frag-
Rio Paraná e Goio Erê, de Fernandes & Coimbra (1996). mentos centimétricos de basalto, nódulos de esmectita e cat'bonato,
Cobelturas sedirnentales rnenos extensas, antes cartografadas a freqüentemente cimentados por carbonato. Tem contato latelal gradual
noldeste, leste e sudeste do lirnite principal da Bacia Bauru, forarn com a Formação Goio Erê.
couside¡adas rnais antigas ou mais jovens que a seqüência neocretácea, A Formação Rio Paraná comumente exibe notável estlatifìcação
As mais antigas são: a) arenitos e lamitos conglomeráticos dos cïuzada de rnédio a grande porte (.r¿l.ç de até I0 m de altura), Iimitados
intelflúvios dos rios Pardo e Palanapanema, da região de Avaré- por superfícies de truncamento de 2u ordem, de baixa inclinação, algu-
Cerqueira Cesar' (SP); b) conglomerados e alenitos imaturos mas vezes com estratos submétricos de lamitos aÍenosos maciços inter'-
(diarnantíferos) da r:egião de Romaria (MG); e c) coberturas calados. É constituída por arenitos marrom-avermelliados a

I- Universidade Fedelal do Paraná - Depaftamento de Geologia, Centro Politécnico - Jardirn das Américas - Caixa Postal 19001, 81531-990 Curitiba, Paraná,
FAX: (041) 2662393 e-mail: fernande@geologia.ufpr.br/ lualfernandes@uol.com.br
2 - Itt nrcnu¡rianl - Universidade de São Paulo - Instituto de Geociências
718 Revista Brasileira de Geociências, Volume 30, 2000

ll...]] Boclo Bouru FlAreo do mopo

O S0 l00krn o Ourinhos

CONVENÇOES
Ir"-i| Depósltos quoternólos
[-o-l Astroblemo de Pirolinlngo
f*--l lntrusõo olcolino de Joboticobol
-
.o .ô o oo o .oo o o
E iú õi5ãSK*0;E.È
Ë s ËsäÉ;:Ë s
O -/þ
ïo
ÈLãEL
a ;& E c
e ã,FE_iÈso ù

FC

f ] Embosomento pré-Ks

Figura 1 - Mapa litoe.ttratigrúJico da pute orietú¿tl du lJaci¿t ßouru.

o
SW NE

E,
L
o)
o
Fm. Presidente Prudente
o Fm. Rio Paraná
Fm. Goio Erê
Fm. Santo Anastácio

Mb. Ponte
OL Alta
oo
(J'=
.(s o)
o)=
() u)

Fm. Araçatuba
o

sb
EE
(J-

Convençöes: L,:.::l. I or. ca¡u¿ l--l cr. Bauru Fernandes & Coimbra (2000)

Figtu a 2 - C¿tr¡u croru¡litoe,stratigrtifica da parte oùental cla Buciu Butu Lt. Ttt=AttuLcintitos Taiúvtt
Revista Brasileira de Geociências, Volume 30, 2000 719

Grupo Coiuó
Fm, Rio Poronó Fm, Goio Erê Fm, Sonto Anostócio
Confexto Conlexto ConTexlo
deposicionol deposicionol deposicionol

LA
wd
LA
Df
Ø
o ---3- df
O)
t-A
o
E df Ø
J L)I o
c)
C Df .:(di 0)
(
-
\aÞi-: E
df IA
---r--T----r---r
Df
.9mf f md
ø oreto
df
LA
psõtrecrn Legendo LA
errt)osorrËnto
Þ"1Iþ zEislffffiffil¿ -Dt-
ñ ñ l- ¡@
----r---TTT-
'õ f
.9mf
oleio
md
[-ls [Flo ñz E;Je -=r--TTT-
9mf f md
Ø oreto

interdunas Lintidas (di), de lençói.s cle areia (LA), de,,vadi (wd).

Grupo Formação Membro Correspondência


I
Ponte Alta Mb. Ponte Alta
I
Marília S.da Galga Mb. Serra da Galga
t, ,
Echaporã Mb. Echaporã Fm. Marília
t, part" da unidade Kav (Fm. Adamantina) a
Presidente Prudente Parte da Litofãcies Taciba
s 6
Bauru S. José do Rio Preto Parte da Litofácies ou Fm. São José do Rio Preto
7
Uberaba Parte da Fm. Uberaba
s 6 8;
Araçatuba Parte da Litofácies ou da Fm. Araçatuba; Fm. Araçatuba parte da
unidade Ka¡11 (Fm. Adamantina)a
s u
Vale do Rio do Litofácies Ubirajara'; purt" da Litofácies ou Fm. Araçat,,ba; parte da
3;
Peixe Litofácies Taciba unidades Ka1, Ka¡¡, Kâ¡1¡ ê Kaly e parte da Kay (Fm.
a
Adarnantina)
e'3'a'lo
Santo Anastácio Fm. Santo Anastácio
10
Caiuá Rio Paraná Fm. Rio Pannát

Goio Erê .r,m. -^10


uolo .trre
Definições anteriores: 1. Barcelos & Suguio (1987), 2. Almeida & Barbosa (1953), 3. Soares et al. (1980),4. Aimeida
et al. (1980), 5. Suguio et al. (1977),6. Suguio (1981),7. Hasui (1968), S.Zaine et al. (1980), 9. Stein et aL. (1919),10.
Fernandes & Coimbra (1994).
720 Revista Brasileira de Geociências, Volume 30, 2000

arroxeados, finos a muito finos (raranrente rnédios a grossos), desérticas, marginais dos grandes cotnplexos de dunas do satul sea
quaúzosos. Mineralogicamente são supermaturos, com boa maturidade (Deserto Caiuá). Mais raramente, depósitos de enxurradas de chuvas
textural. Os arenitos são bem selecionados por lâmina ou estrato, com torrenciais esporádicas (wadis).
grãos bem arredondados nas frações mais grossas, pouca matriz silto-
argilosa (Fernandes et aL 1994). A maioria dos grãos exibe superfície Grupo Bauru É composto pelas folmações Uberaba (Hasui
fbsca, encobelta por película ferruginosa. A rocha apresenta notável 1968), Vale do Rio do Peixe, Araçatuba, São José do Rio Pleto, Pre-
larninação ou estratificação uuzada, fortnada pela alternância de ban- sidente Prudente (Fernandes 1998) e Marília (Barcelos & Suguio
das de espessura milimétrica a centimétrica, de boa seleção interna 1987). Inclui ainda os Analcimitos Taiúva (Fernandes & Coimbra
(caráter bimodal), geradas por queda de grãos (Srain' fall). Em depósi- 1992), rochas vulcânicas localtnente intercaladas na seqüência. Na
tos frontais de dunas podem ocorrcr f'eições de deslizamentos por gra- parte oriental da bacia, ocorre em São Paulo (principalmente), no Tri-
vidade, como lentes de fluxo de grãos (grain fLow), estratificação ângulo Mineiro (MG) e no Norte do Paraná (Fig, 1). Assenta-se sobre
contorcida ou tabletes de arenito rotacionados (brechas de colapso)' basaltos do Grupo São Bento (Formação Serra Geral), do qual é sepa-
Raras vezes observam-se feições de ressecação (ctu'led nrudflak¿s). No rado por não-conforrnidade. Apresenta passagem gradual, lateral e
Pontal do Paranapanema ocotrem dobras convolutas, de dimensões recorrente, para o Grupo Caiuá.
lnétricas, entre porções não defonnadas da locha, interpretadas como
sismitos (Coimbla et al. 1992). FORMAÇAO VALE DO RIO DO PEIXE Como unidade de rnaior'
O seu contexto deposicional compreende construções eólicas de extensão aflolante na parte leste da Bacia Bauru, constitui o substrato
grande porte (ú'aas), cornplexos de dunas de cristas sinuosas, amalga- atual de grande parte da região oeste de São Paulo e do Tliângulo
rnadas, de região central de santL sea. A região do Pontal do Mineiro (Fig. l). Corresponde a grande palte da antiga Forrnação
Paranapanema/extrelno nol'oeste do Palaná, onde ocorlem Adamantina definida por Soares et aL. (1980). Tem espessura pleser-
estlatificações cruzadas de maior porte foi, provavelmente, a área cen- vada da ordem de 100 m, medida em perfurações de poços para águas
tral do antigo Deserto Caiuci. subterrâneas. A seção-tipo da Formação Rio do Peixe foi descrita no
corte do km 87 da rod. SP 457 (SW de Tupã, SP, vale do do do Peixe,
FORMAÇAO GOIO ERÊ Ocorre apenas no extrerno sudeste da ba- Fig. 4a), Devido à glande extensão da unidade, são sugeridas, como
cia, no estado do Paraná (Fig. I ). Suas maiores espessuras preservadas seções cornplementares, cortes de rodovia das imediações de: Miran-
estão ern torno de 50 m. A unidade tem colno seção-tipo (Fernandes & te clo Paranapanema (rod. SP 272, km 41,8, Fig. 4b)' Monte Aprazível
Coimbra 1994) o corte do kn 58,7 da rod. BR 2'72 (Fie.3b) e seção (ombreira cla represa Lavínio Luchesi, Fig. 4c), Andradina (SP 300'
complementar na mesma rodovia (km 59,5). Apresenta contato -km 618, Fig. 4d), Olímpia (saída para Bebedouro), em São Paulo;
transicional com a Formação Rio Paraná e contatos erosivos (não-con- Santo Inácio, PR (PR 317, krn 83,6); Campina Verde, MG (MG 497,
fblmidade) com basaltos da Folrnação Serra Geral' km 120,'7); e Bariri, SP (rod. Piacatu-Gabriel Monteiro, -2 km de
A Forrnação Goio Erê é composta pot' camadas tabulares com Piacatu).
estratificação cruzada, alternadas coln outras de aspecto maciço, às A Formação Vale do Rio do Peixe repousa diretamente sobre o

vezes com laminação plano-paralela incipiente, ondulações de adesão, basaltos da Fonnação Serra Geral (Grupo São Bento). Passa gradual-
clintbùry rippLes eólicos e pequenas dobras convolutas, todas mente, a oeste e sudoeste, para a Fortnação Santo Anastácio' encobrin-
descontínuas e mal definidas. E constituída por arenitos quartzosos, do-a. Nos médios vales dos rios letê, Aguapeí e S. José dos Dourados
rnarrom-avermelhados a cinza-arroxeados, fìnos a muito finos (ocasi- contorna - por ser em parte contemporânea - a Folmação Araçatuba,
onalmente médios), subarcoseanos, mineralogicamente maturos e recobrindo-a nos seus limites. Geralmente, este contato é gradual
textulalmente submaturos. Os-grãos têm superfície fosca, encoberta Todavia, pode apresentar passagem brusca local, às vezes recorlente
por película cle óxido de ferro. E tÌeqüente o revestimento de poros por (Fig.5). Nestes ðasos, os contatos são subhorizontais, não erosivos, e
argila autigênica (esmectita), transformada ern caulinita por processos reflétem o progressivo assoreamento eólico do Pantanal Araçatuba'
iniempéricos. A cimentação carbonática é comum, localmente fortnan- por desertiiìcação e redução das condições paludais (Ver Folrnação
do nódulos e crostas duras. Na base da unidade são comuns intercala- Araçatuba). No Triângulo Mineiro a Formação Vale do Rio do Peixe
ocoire apenas a oeste de uma linha que passa próxima às cidades de
ções horizontais de arenitos maciços conglomeráticos, de até I
rn de
èspessura, São sustentadas por matriz areno-lamítica, com clastos Uberaba e Iturnbiara. Este limite coincide com a Sutura cle Itwttbiara,
subangulosos centimétricos de basalto e ágata, nódulos de argila e defìnida por Hasui & Haralyi (1991). Para o topo, a F-ortnação Vale do
carboñato. Ocorrem nos vales dos rios Ligeiro e Goio Erê, ribeirões Rio do Þeixe passa graduahnente para o Membro Echaporã, e ten
Tamboara e Anhumaí, a oeste-noroeste de Campo Mourão. contato marcado por diastemas com as formações Presidente Pludente
O seu contexto deposicional compreende depósitos de áreas perifé- e São José do Rio Preto. Transiciona gradualmente para unidades do
ricas de sand sea, sujeitas a oscilações do nível fieático t'aso. Dunas Grupo Caiuá, no sudoeste e oeste da bacia.
eólicas de porte moderado, de cristas sinuosas, e interdunas úmidas ou Á Forrnação Vale do Rio do Peixe é composta por estratos de es-
aquosâs. pessura submétrica (geometria tabular típica), de arenitos intelcalados
ðom siltitos ou lamitos arenosos, de contatos não ou pouco et'osivos.
FORMAÇAO SANIO ANASTÁC|O Ocorre sobretuclo nas calhas Os arenitos são muito fìnos a finos, tnarrom-claro rosado a alalanjado,
dos baixos vales dos afluentes do rio Paraná, ern São Paulo - de modo cle seleção tnoderada a boa. Têrn aspecto maciço ou estratificação cru-
restrito, no Palaná e em Minas Gerais -, com espessura máxima preser- zada taLular e acanalada de médio a pequeno porte. Nos estratos "rna-
vada de 70 a 100m. Tem seção-tipo no corte da rod. BR 158, entre ciços" podem ocotrer zonas de estratilìcação/laminação plano-paralela
Presidente Venceslau e Marabá Paulista (SP; Fig. 3c). Apresenta pas- grósseira, fot'madas por: a) supelfícies onduladas (amplitude e compt'i-
sagens graduais e recorentes para as fbrmações Rio Paraná e Vale do ñrento de onda centimétricos), às vezes com laminação interna
Rio clo Peixe. Onde repousa diretamente sobre basaltos da Formação (clinùings eólicos); b) ondulações de adesão; ou c) planos bern defi-
Selra Geral, pode-se encontrar delgados estratos basais com fragmen- nidos, cõm lineação de partição. Localmente apresenta cimentação
tos de basalto imersos em arenito imaturo, semelhantes aos da base das intensa por CaCO.,. Os esh'atos sihosos são mais freqüentes nâ parte
tbrrnações Rio Paraná e Goio Erê. A área de ocorrência da Formação ocidental e norte dá área. Têm cores creme a marrom' estrutura maciça
Santo Anastácio contorna a da Formação Rio Paraná, para a qual passa ou estratificação plano-paralela mal definida, fendas de lessecação (no
gladualmente. topo, raras), ou ainda feições tubulares de diâmetro milimétrico e com-
Esta formação se caracteriza por estratos arenosos tabulares, de primento centimétrico, em geral verticais, no topo de estlatos (preen-
aspecto maciço típico, com espessura decimétrica (até I rn)' e raras òhimento de perfurações de pequenos organismos e/ou de raízes; pou-
intelcalações de estratos de lamitos e argilitos. Constitui-se de arenitos co comuns). Embora as litofácies arenosâs sejam predominantes, liá
quartzosos subarcoseanos, quase sempre maciços, finos a muito finos, maior tieqüência de intercalações lamíticas rumo ao vale do rio
pobremente selecionados, com a fiação silte subordinada, e pequena Paraná. Nõ sudoeste da írea, a Fonnação Vale do Rio do Peixe
quantidade de matriz silto-argilosa. Os grãos são subangulosos a transiciona para unidades de ambiente desértico interior (Santo
subarredondados, foscos, encobertos por uma película de óxido de Anastácio, Goio Erê e Rio Paraná), com aumento da freqüência e do
fèrro. porte das intercalações com estratificação cruzada de origem eólica. Na
O contexto deposicional consiste de depósitos de lençóis de areia, borda leste - região de Matão, SP -, a formação exibe maior imaturida-
essencialmente secos, acumulados em extensas e monótonas planícies de textural e granulação mais grossa (arenitos finos a médios), ernbota
Revista Brasileira de Geociências, Volume 30, 2000 721

mantenha suas características básicas (geometria e estruturas FORMAÇAO ARAÇATUBA Ocone na região de Araçatuba (SP), nos
sedimentares). vales dos rios Tietê e Aguapeí/Feio, e seus afluentes (Fig. 1), com es-
O contexto deposicional consiste de depósitos essencialmente pessura máxima da ordem de 70 m (Brandt Neto 1977). Nas imedia-
eólicos, acumulados em extensas áreas planas, na forma de lençóis de ções de Tarabaí (SW de Presidente Prudente), Flora Rica (SE de
areia, com campos de dunas baixas, alternados com depósitos de Dracena) e Itajobi (SE de S. José do Rio Preto) ocorrem exposições
loesse. Provavelmente, os lamitos foram fixados em depressões, em isoladas, de pequena extensão. Sua seção-tipo situa-se no corte da rod.
corpos aquosos rasos e efêmeros, criados em períodos de elevação do SP 300, km 548,5 (Fig. 6), próximo à cidade de Araçatuba. A designa-
nível freático. No km 59, rod. BR I 58, observa-se notável contato ção Araçatuba foi utilizada como litofócies (Suguio et aL.1977) ou
entre depósitos de lençóis de areia, em cujo topo ocorrem seções trans- comoformação (Suguio 1981), referindo-se a partes das atuais forma-
versais de pequenas dunas barcanas isoladas, sob estratos de loessitos. ções Santo Anastácio e Vale do Rio do Peixe. Sua primeira seção-tipo
A estratificaÇão cruzada é seccionada por superfície horizontal plana foi informallnente proposta como metnbro da Fonnação Adamantùm,
(determinada pelo antigo nível freático), acima da qual se acumularam por Barcelos (1984). Seções complementares situam-se nos cortes das
os depósitos de loesse. Mais raramente: depósitos de enxurradas de rod. SP 425 (km 348,7; vale do rio Aguapeí) e SP 333 (km 224, pró-
deserto (waclis), arenosos ou conglomeráticos, e corpos aquosos ximo à represa de Promissão). Neste último, nos limites da área de
efêmeros, assoreados por areias eólicas, mais comuns em posições oconência da unidade, observam-se corpos de geometria sigmóide. A
rnarginais na bacia. Ocorência restrita, no norte do Paraná, de conglo- unidade repousa diretamente sobre basaltos da Formação Serra Geral.
merados e arenitos conglomeráticos imaturos, ricos em ventifactos, Lateralmente, interdigita-se com a Formação Vale do Rio do Peixe,
denominada de Litofácies Mairá (Fernandes et aL. 1992), interpretada que lhe encobre regionalmente. Embora bem definido (brusco), o con-
como depósitos rnarginais de deflação. Por se tratarem de acumulações tato entre as formações Vale do Rio do Peixe e Araçatuba é plano e
rudáceas, associadas à estratificação cruzada grosseira, Fernandes sem feições de erosão do topo da unidade inferior. Seu caráter recor-
(1998) propôs reconsiderar a gênese daquelas ocorrências, para depó- rente pode ser observado em vários locais, onde se manifesta como
sitos de deflação retrabalhados por enxurradas de deserto. alternância das unidades, até o domínio da supérior (Vale do Rio do

Fm, Vole do Rio do Peixe


SeçÕo-tipo Seçóes complementores
Conlexlo Conlexto Contexlo
O deposiclonol b deposicionol C deposicionol óm

LA
9m
l-:
i_J TA df
t3
it -Íe:
ICD
-'.9"9* df
LA
LA
@
<.Yrd-
-LA df

df loe
9l
IA
LA
LA -ot- Af

röë Legendo
ill estrotificoçöo cruzodo mol definido
.lf
ffi eskolificoçóo plono-porolelo incipiente
ffi oncluloçóes de odesoo, cr¡nblngs eólicos
kë eskotificoçóo cruzodo (peq.-módio porte)
ffi mociço

no porte (df), Ioesse (k¡e), wudi (wd).

NE N40E SW

'tr--lJ-j
areia.ç de dunas eólicus, da segunda. Corte da rotl. SP 425, km 329 (imediuç(tes de Clententina, SP).
722 Revista Brasileira de Geociências, Volume 30, 2000

Peixe). Nas suas áreas limítrofes, a Formação Araçatuba aflora nos em siltitos com feições de fluxos trativos de regime inferior e gretâs de
vales em cujos interflúvios ocorre a Formação Vale do Rio do Peixe. ressecação, associação que caracteriza ambiente de águas salinas rasas,
A Formação Araçatuba caracteriza-se por uma sucessão de estratos pouco agitadas, sujeitas a períodos de seca.
tabulares silto-arenosos, de aspecto maciço e espessura centimétrica a O contexto deposicional da forrnação foi um ambiente paludal, de
decimétrica. É constituída por siltitos e arenitos muito finos, de cor águas salinas rasas, pouco agitadas, sujeitas a períodos de exposição.
cinza-esverdeado (típica), com freqüente cimentação carbonática que A Fm Araçatuba acumulou-se em área de caráter endorrêico, baixa e
pode formar crostas tabulares ho¡izontais, paralelas à estratificação. alagadiça, de águas rasas e estagnadas (pântano, brejo ou clurco).
Em espaços intergranulares verificou-se revestimento por corrensita. Devido às dimensões de tal área, é mais colreto denominá-la pântanal.
Ainda que em geral maciços, os estratos podem apresentar, no topo, Nas bordas do chalco ocorrem depósitos de pequenos lobos deltaicos
estratificação plano-paralela, moldes e pseudomorfos de cristais amalgamados e/ou de dunas eólicas baixas (fluidificadas devido a os-
fibrorradiados (gipsita), pseudomorfos de dolomita (?), gretas de cilações do nível freático). Esta geometria indica relevos oliginais de
ressecação e marcas deraízes. Nas bordas da área ocorem corpos coln baixa declividade regional que contornavam a área pantanosa, compa-
contatos e/ou estratificação interna sigmoidal de baixa inclinação e/ou ráveis ao atual Pantanal Matogrossense, onde se registram declividades
estlatificação conto¡cida ma1 definida (deslizamentos subaquosos). em torno de lrn/km (Boggiani & Coimbra 1996). Verifica-se aumen-
Etchebehere et al. (1991) cadastraram ocorrências de rnoldes to relativo da fração areia fina, ¡umo à periferia da área (zona da
rornboédricos e alguns fibrorradiados no vale do rio Tietê, a leste de intertäce borda de pântano-lençóis de areia eólicos). A tÌeqüência de
Araçatuba, interpretadas como prováveis moldes de cristais de gipsita' feições de ressecação (exposição, vestígios de incipiente vegetação e
Fernandes (1998) encontrou moldes de cristais fibrorradiados a 1 cm fbrmação de crostas salinas) é maior na parte superior da unidade.
acima das marcas de raízes, indicativos de ressecação periódica. Des-
creveu também lâminas de pelitos com moldes de cristais, intercalados FORMAçÃO UBERABA Ocor'rc apenas nas irnediações de Uberaba,
onde apresenta espessura máxima pleservada de 85m (Hasui 1968).
Tem boas exposições em col'tes da fèrrovia FEPASA e da Lod. BR 050,
nas irnediações daquela cidade. A seção-tipo pala a unidade (Barcelos
1984) situa-se em col'te da ferrovia Fepasa, no cluzamento com a lod
BR 050 (-km 128,4; Fig. 7). O contato inferior da Formação Uberaba
coresponde a uma não-conforrnidade com basaltos da Formação Serra
Geral, associado a brecha basal. É encoberta pelo Membro Selra da
Legendo Galga (Forrnação Marília), com contato raras vezes observável.
à Formação Uberaba é uma associação de rochas epiclásticas, de
;+E tl icoçoo plono-porolelo
esf rotif
mociço
seleção moderada, com notável quantidade de grãos clásticos de
perovskita (cornposição ímpar na bacia). E formada por arenitos muito
E moldes de cristois linos a lamitos siltosos, arenitos finos subordinados, com mâtriz argi-
losa. Exibe cor cinza-esverdeado a velde-oliva, típica. Ocolre em es-
:+
,Ë lÉl crostos corbonóticqs
tratos tabulares e lenticulares (às vezes com limites sigmoidais) - amal-
lominoçöo, f/oser gamados de rnodo complexo -, conr intercalações suboldilladas de
+kd onduloçoes climb¡ng iarnitos, todos de espessul'a decirrétrica. Exibem estrutura rnaciça'
xtÄ morcos de roízes estratificação cruzadatabular/acanalada ou laminação plano-paralela.
A unidade apresenta ainda, intercalações menos expressivas de
ÃT algilitos, arenitos conglomeráticos e conglomerados de matriz areno-
i'a sa, Segundo Hasui (1967) a Formação Ube¡aba inclui grande quanti-
-1------l dade de materiais de retrabalhalnento de rochas ígneas efusivas e
Arg Si Àn,.t
Figura 6 - Seção-tipo (hobesn'auíti¡ttt) da Fornação Atuçatuba, rod. SP 300,
knt 548.5.

Convençoes
LITOLÓGICAS

ì0m
l_l estruturo mociço
estrotllicocóo
- plono.poròlelo incipiente
L--J
I plono-potolelo
m estrofificoçóo
Legendo ú eslrolif, cruzodo oconolodo; closlos
LJ no bose (silicosos, colcó rio e orgililo)
I r-ir::ir conolorTìerodo suslenlodo
I lmociço É¡Sl por frìoiriz orenosa

7
1.. ì estrot,plono-porolelo inc¡pienle
ljl orenilo congtomerótico

è Fïl horizonies de closlos silicoso$


H esirot, plono-porolelo p¿.e"

f, estrot, cruzodo oconolodo # FÓssErs

Ñl estrol, cÍuzodo sigmoidol Do ossos de dinossouros


Ddh,Ddc dentesdedinossouros
4 Sl cimenlo CoCO,
Co, Cd
(h= herbívoros, c=cotnívotos)
crocodilos (o=ossos, d--dentes)
bi-l poroconglomerodo, motriz orenoso Q restos de quelônios
3 0'M Pd, Pe peixes {cl=dentes, e=escornos)
ffibosollo "^
- Pd, Pe [4 moluscos
2
çâ
"
oo
Ddh. Ddc
l/ co,c¿
I

0 -õ9
!a
oreio 3l

d *.o
oreto
Figura 8 - SeçíÍoti¡xt prittcipal (lnktestauitiptt) ckt Metltbrt¡ Serra da Galga,
FiguraT - Seção-tipo da Fonnaçãu Uberaba. Lttcul:.ferrovia Fepasu, cruz.a- da'Formação Marília. Local: Serru do Veadinln, intetliaç(te.s de Peiruipolis
menlo conx a rod. BR 050 (-km 128). (Uberubu, MG). Adaptudo de Capilla & Az.evedo (1996)'
Revista Brasileira de Geociências, Volume 30, 2000 723

intrusivas básicas, ultrabásicas e intermediárias, alcalinas ou não. Os modo gradual para o Membro Echaporã - estratigraficamente correlato
algilominerais mais frequentes na unidade são a illita (detrítica) e a -, a oeste. Em geral, ocorre sob cobertura quaternária elúvio-coluvial
esmectita (autigênica). Os arenitos são fi'eqüentemente cimentados por arenosa, de cor avermelhada típica, que forma a parte superior dos
CaCO., que algumas vezes folmam crostas subhorizontais. chapadões regionais. A desagregação dos conglomerados origina, com
A Formação Ubelaba depositou-se em sistema fluvial entrelaçado, freqüência, depósitos quaternários cascalhentos.
com predornínio de maclofolrnas de acresção a jusante e fonnas de O Membro Sen'a da Galga é fonnado por arenitos imaturos, gros-
crescirnento latelal restlitas (Ferreira & Castro I 996), transporte por sos a f inos, freqüentemente conglomeráticos, de cores amarelo pálido
lluxos em lençol. a averrnelhado; e por lamitos de cor marrom, às vezes com clastos
espalsos, ime¡sos na matriz. Ern geral, os arenitos apresentarn
FORMAÇAO MARíL|A Esta unidade é divida em três membros: estratificação cruzada tabular tangencial na base e acanalada, de médio
Serra da Galga, Ponte Alta e Echaporã. a pequeno porte. Os clastos das litofácies conglomeráticas são mal
selecionados, de dimensões e grau de arredondamento variados, inde-
Membro Serra da Galga Ocorre apenas na borda nordeste da ba- pendente de sua constituição litológica. Embora comumente
cia (Triângulo Mineilo). Sua espessura máxima atual é da ordem de centimétricos, podem medir desde alguns rnilímetros até 20 crn. São
1 10 rn (Barbosa et a\.1970). Teln boas exposições em cortes das rodo- constituídos de quartzo, quartzito, calcedônia, nódulos carbonáticos
vias BR 050 e262. O Membro Serra da Galga é fortnado por estratos rernobilizados, arenitos, pelitos, fraglnenios de basalto e outt'as possí-
lenticulales de arenitos e arenitos conglomer'áticos, de espessut'a veis rochas ígneas alteradas, alérn de flagmentos de ossos. Localtnente
decirnétrica a rnétrica, com fì'eqüente estratificação cruzada tabular a podem estar imbricados, São sustentados pol matriz arenosâ, etl geral
acanalada, de médio a pequeno porte. Contém ainda intercalações com pouca lama. Parte dos clastos são ventifactos (forma tetraédrica,
rnenos explessivas de lentes de conglomet'ados e lamitos. faces planas e foscas). Os arenitos podetn estar parcialrnente citnenta-
Corno seção-tipo do Membro Serra da Galga adota-se o corte da dos por CaCO" e, eventualmente, conter crostas de sílex de espessura
antiga caieira da Sera do Veadinho (Peirópolis), pois exibe as princi- centirnétrica. Suguio & Barcelos (1978) apontaram a presença de
pais características da unidade (Fig. 5), além de constituir importante ataltulgita (palygorskita) na unidade (rod. BR 050, km 128).
sítio paleontológico. Como seção cotnpletnental'sugere-se o corte do O contexto deposicional do Membro Serra da Galga são leques
kni 153, da rod. BR 050. Suguio (1973) aplesentou duas s¿çô¿.t aluviais rnedianos a distais com sistetnas fluviais entrelaçados associ-
colwtares para a unidade: uma na Serra da Galga (rod. BR 050, 29km ados, e eventual alternância de depósitos de pequenas dunas eólicas
de Uberaba); outra na rod. BR 262 (25km de Uberaba). Barcelos et aL. (subordinados). Neste contexto, intercalam-se ainda depósitos de flu-
( I 98 1 ) apontaram-nas como rcpresentativas da Fácies Serra da Galga. xos densos esporádicos (clastos imersos em lamitos). A ausência das
Balcelos (1984) indicou intblrnahnente aquelas duas localidades como litofácies rudáceas proximais típicas, a montante das áreas de ocorrên-
seções-tipo do Mentbro Serra da Galga. cia da unidade, sugere ter havido sua erosão. O Membro Sen'a da Gal-
Esse melnbro tem contato interdigitado, conrplexo e itlegular, com ga leúne os mais irnportantesjazigos de ossos de répteis de grande
o Mernb|o Ponte Alta. Em aflorarnento esta passagetn couesponde a porte da bacia (dinossauros, crocodilos e quelônios).
limites bem definidos (contatos bruscos), gelalmente entre litotipos
não cimentados (Serra da Galga) e litotipos intensamente cimentados Membro Ponte Alta Ocor¡e no Triâugulo Mineiro, ern exposições
(Ponte Alta). Tal relação é verifìcada, p. ex., nos cortes dos km 153 e descontínuas, numa f'aixa de direção NW de pelo rnenos 50 krn de
km 149, da rod. BR 050. Todavia, em tenros regionais, o Membro extensão, que passa nos arredores de Ponte Nova e a noldeste de
Ponte Alta tern passagens graduais para o Sen'a da Galga, "em todas as Uberaba, cruzando a rod. BR 050. O Membro Ponte Alta tem espessu-
direções" (Goldberg 1995). Sobrepõe-se à Formação Uberaba, coin a ras entre 1 0 e 20 m (Suguio et al. 1915). Suas melho¡es exposições são
qual tem contatos pouco erosivos (diasternas). Supõe-se que passe de frentes de lavra de "calcário" situadas nos arredoles de Ponte Alta

a b

Legendo
l0m l0m
e<.q Conolomerodo polimítico,
ftçEI oreru-to conglori-ìerótico
I
o
_q,
/ f'\
E Arenito c/ estrotificoÇÕo cruzodo
ffi
B
o Lomito mociço
7 o
C)
7
ffi Cimentoçoo corbonótico inlenso
Ø
6
U : 6

5 Ã Detolhe

4 4

a J
o
È
2 0) 2
c
ô_
l l
d
0 0
gãEe f(o*o (D^
O.oç'=
õq8o
oo
ñØ^f
ooË
=
Ø v

oreio oreio

do knt I53, rod. BIl. 050 (cotlrato cont o Metnbn¡ Serru du GalÍla).
724 Revista Brasileira de Geociências, Volume 30, 2000

(minerações Minas Oeste e Pedro Joaquim) e na rod, BR 050, entre


l0m
Uberaba e Uberlândia (minerações Triângulo e Partezan).
9
Como seção-tipo do Membro Ponte Alta adota-se a Pedreira do
Lajeado (abandonada), localizada na Serra do Veadinho, próxima de Legendo
I
Peirópolis (Fig. 6a); e, como seção complementar, o corte do km 153
da rod. BR 050 (Fig. 6b), onde a unidade faz contato com o Membro
Serra da Galga.
7
t__-l orenito mociço
Os membros Ponte Alta e Serra da Galga ocotrem intimamente 6 ã lomito orenoso mociço
associados. Em perfis de sondagens (Suguio et al. 7975) o primeiro
constitui intervalo estratiforme - definido por forte cimentação 5 f2 eslrolificoçoo cruzodo
carbonática - no interior do segundo. Regionalmente, a passagem en- 4 W
F-ryl
croslos duros (topo),
tre as duas unidades é gradual, por variação da intensidade de nódulos de Co CO"
cimentação, e algumas vezes brusca. O Membro Ponte Alta constitui
núcleos ou zonas tabulares interiores do Membro Serra da Galga, cri-
3
Fl ;;*ú;¿JJå. o''u,o
ados por cimentação posterior à deposição. Tal disposição concorda 2
L linho de
t^^_l seixos
(povimenrosdeTrÍlicos)
com o posicionamento estratigráfico da unidade Ponte Alta proposto
por Goldberg & Garcia (1995), assim como com sua gênese, de l

calcrete de águas subterrâneas, advogada por Silva et aL (1994)'Em


0
geral, o Memblo Ponte Alta é admitido sobreposto à Formação
Uberaba. Considerando-se que constiui núcleos de cimentação interi- -õ *.()0
È.=-.:;OØ
ores ao Memb¡o Serra da Galga, suas relações com a Formação to)
Uberaba são as mesmas apresentadas por este membro. ore¡o
O Membro Ponte Alta é formado por calcários itnpuros, designa-
ção genérica que agrupa três litotipos básicos, intensamente cimenta- Figuru 10 - Seçãoli¡to (holoesu'cttótipo) do Membro Ecluporã. Local: knt 275
ãos por carbonato de cálcio, que lhes confere aspecto geral maciço: 1) du rod. BR 153 ( Serra do Miratxte; SE de Marília).
calcório aretxoso de aspecto maciço, 2) calcário conglonterótico de
matriz arenosa (conhecidos como casco-de-buno), e 3) calcário firto
fi'agntentado. Predominam os calcários arenosos (imaturos)' que
constituem corpos lenticulares a tabulares, de espessura decimétrica, (1980) definiramóreas-tilto daunidade, então tratada como Fornmção
algumas vezes com estruturas sedimentares - estratificação plano-pa- Marília, exposições nas regiões de Marília e Monte Alto (SP). Como
laiela, prováveis gradações e feições de escavação - mascaradas pela seção-tipo do Membro Echaporã adota-se o corte de rodovia do km
cimentãção. Os calcários conglonteróticos formam lentes, às vezes 275 da BR 1 53 (Fig. 10; Serra do Mirante; SE de Marília). Outras se-
com estratificação cruzada de médio porte e base erosiva, sustentadas ções representativas são indicadas: 1) na rodovia Monte Alto-Vista
por matriz arenosa e arcabouço imaturos. São polimíticos (quartzo, Alegre, a NW de Monte Alto; e 2) na rodovia secundária de acesso no
quartzito, arenito, pelitos carbonáticos, basalto e fragmentos de outras km -121 da MG 497 (Serra do Bonito, região de Campina Velde,
lochas alteradas), com clastos subangulosos a subarredondados, MG).
centimétricos (2-7 cm; até l5 cm). Os calcários fittos Têm cor levemen- O Membro Echaporã tem contatos graduais e interdigitados com a
te esverdeada e textura de mosaico Qtseudobrccha), similar à estrutura Formação Vale do Rio do Peixe Qt. ex. na margem esquerda do rio
agmatítica de rnigmatitos. Os fiagmentos angulosos, de limites Bauru, Bauru, SP). Na borda leste, ern São Paulo, repousa diretarnente
retiìíneos, encaixam-se fäce-a-face. São separados por "vênulas" de sobre a Formação Set'ra Gelal (basaltos). Em Goiás, norte da bacia,
cimento carbonático, fbrtnadas por crescimento expansivo ultrapassa os lirnites da ârea de exposição dos basaltos e sobt'epõe-se
(displacive). Segundo Weyl (1959, a¡tudWatts 1978)'a força de cris- a arenitos das formações Botucatu e Pirambóia, rochas do Glupo Passa
talização da calcita é suficiente para fraturar grãos de quartzo' As fei- Dois e arenitos vermelhos do Grupo Aquidauana (Fúlfaro et al' 1994)
ções de deslocamento são mais comuns em minerais de
clivagem pro- Este membro é constituído por estratos tabulares de aspecto rnaci-
nunciada. Embora comuns nas litofácies finas, tal feição também é ço, com espessura média em torno de 1 m
(até 2'5 m)' limitados por
encontrada nas litofácies arenosas e conglorneráticas' Outra caracterís- superfícies subhorizontais planas. Algumas vezes, são compostos por'
tica da unidade é a concentração local de sílica, na forma de vênulas e subunidades amalgamadas, de lenticularidade sutil. Na base dos estt'a-
crostas subhorizontais (espessura centimétrica; até20 cm), assim como tos é comum ocorrer discreta concentração de clastos. No topo, são
de rcvestimento (geodos) e pleenchimento de pequenas cavidades. Seu comuns zonas de maior desenvolvimento de nódulos e crostas
rnodo de ocorrência sugere origem pós-sedimentar, provavelmente carbonáticas (perfil edáfico), assim como intercalações de delgadas
relacionada à formação de calcretes de águas subterrâneas. A disponi- lentes de lamiios arenosos (base côncava, topo horizontal). Em cada
bilidade de Si no sistema deve ter propiciado ainda a neoformação de estlato distiguem-se, da base para o topo, zonas: de cimentação irregu-
palygorskita, identificada no km 149, rod. BR 050. Também são co- lar difusa (nebulosa)', com nódulos de formas variadas, alguns cilíndt'i-
muns fraturas preenchidas e geodos de calcita (reprecipitação). cos a cônicos; crostas duras. Compõetn-se de arenitos finos a rnédios,
Abstraindo-se a cimentação carbonática, que se supõe principal- imaturos, com frações grossas e grânulos em quantidades suboldina-
mente posterior, a associação de litofácies que compõe o Membro das, sobretudo nas zonas rnarginais da bacia. Formam estl'atos de as-
Ponte Alta sugere deposição em sistema fluvial entrelaçado (fluxos de pecto maciço, de cores bege a rosa (pálidas) características, cor¡
alta energia e curta duração), de partes medianas a distais de leques ðimentação- e nódulos carbonáticos. Poucas vezes, exibem
aluviais marginais, a mesma do Membro Serra da Galga. Admite-se a estratificação cruzada, de médio porte' As intercalações de lamitos e
difelenciação foi pós-sedimentar, pela formação de zonas de calcretes arenitos lãmíticos têm cor lnarrom, espessuras centilnétricas a
de águas subterrâneas (Membro Ponte Alta). Não se descarta a decimétricas (até I m), sendo mais freqüentes nas partes interioles da
cimentação eodiagenética, aparentemente de menor expressão (vestí- bacia, como a oeste de Marília. As litofácies conglorneráticas, em geral
gios de prováveis paleossolos e concentração de clastos em pavimen- de poucos centímetros de espessura, são constituídas predotninante-
tos). mente por intraclastos centimétricos (carbonáticos e lamíticos); e por
extraclãstos silicosos (quartzo, quàrtzito e arenito silicificado). Estes
Membro Echaporã Ocorre na parte superior de espigões regionais, últimos, às vezes são tetraédricos, de faces planas e foscas (ventifactos
nas margens leste e norte da bacia, sustentando planaltos regionais geraclos na bacia ou de retrabalhamento de unidades mais antigas). Os
escarpados, digitiformes, mais expressivos nas regiões de Marília- intervalos de maior concrecionamento formam faixas de espessura
Echaporã e Monte Alto (SP) e de Campina Verde (MG). Tem as mai- decimétrica, que podem estar truncadas no topo por superfície erosiva,
ores éspessuras em São Paulo, onde alcança, segundo Ãlmeida et al. sobre a qual ocome arenito conglomerático com clastos de arenito cotn
(1980), até 180 m. Tais valores, talvez estejam superestimados, pois cimento carbonático. Os argilominerais mais comuns na unidade são
podem incluir a Formação Vale do Rio do Peixe (sotoposta). O Mem- illita e esmectita. A cimentação carbonática posterior chega a romper
bro Echaporã teve uma seção-tipo informalmente proposta na rod. SP clastos, por crescimento expansivo (disp lac iv e).
333, entre Marília e Echaporã, por Barcelos (1984). Soares et al.
Revista Brasileira de Geociências, Volume 30, 2000 725

W E

Legendo 0123r\
l-_---L_J-___l
t=== Arenito com estrotificoçoo cruzodo, òs vezes conglomerólico
tr-l Arenito mociço
ä Lomito orenoso mociço

a NToE
ENE WSW

b NI OW
NNW SSE

Legendo
Ë Arenito com estrot¡fìcoçöo cruzodo, òs vezes conglomerólico Ë i Arenilo mociço
hil Arenito com esÌrotificoçÓo sigmoidol I Lomilo mociço

knt do cruzamento com a SP 425 (Presidente Prude,xte, SP). Escala: I m.

Litofácies Rubião Júnior: Tem ocorrência restrita à borda SE da O contexto deposicional do Membro Echaporã corresponde a par-
bacia (imediações de Botucatu, SP). É composta por estratos arenosos tes distais (saias) de leques aluviais, acumuladas por fluxos em lençol.
lenticulares com 1 a 2m de espessura, de topo plano, limitados na base Contém intercalações de depósitos de pavilnentos detríticos de defla-
por superfície de erosão, acitna da qual se concentram clastos, plinci- ção e calcretes pedogenéticos, formados em intervalos de exposição. A
pahnente de basalto. Os arenitos são rnédios a grossos, de aspecto Litofácies Rubião Júnior corresponde a depósitos mais proximais dos
rnaciço, cor lnarrom-rosado pálido, de seleção moderada a má, com leques, preservados na borda sudeste da bacia. Rumo ao interior, esta
intensa cimentação por CaCO.. A base dos estratos tem caráter litofácies passa a estratos atenosos tabulares, caractel'ísticos da unidade
conglomerático, às vezes com estratificação cruzada mal definida, de Echaporã.
porte médio. As porções rudáceas podem formar lentes subordinadas,
sustentadas por matriz arenosa média a grossa, mal selecionada. Os FORMAÇAO S¡O,lOSÉ DO RtO PRETO ocorre nas cotas mais
clastos, corn até 18 cm, são subarredondados a subangulosos, de bai- altas do interflúvio principal da região da cidade homônima, a norte do
xa esfericidade, constituídos por basalto (dominantes), quartzo, rio Tietê (Fig. 1). Tem espessura máxima de cerca de 60 m. Sua seção-
quartzito, milonito, silexito (da Formação Estlada Nova?), geodos de tipo situa-se no cruzamento entre as rodovias SP 425 e BR 153 (Fig.
quartzo, nódulos carbonáticos remobilizados (intraclastos). Para repre- 7), em São José do Rio Preto. Sobrepõe-se à Formação Vale do Rio do
sentar a Litotãcies Rubião Júnior indica-se o corte do km 266,4; rod. Peixe, com contato transicional, localmente erosivo (diastemas). Em
sP 300. escala de afloramento, dificilmente se identificam superfícies de ero-
726 Revista Brasileira de Geociências, Volume 30, 2000

são, pl'ovavelmente devido ao fato de ter havido a rernobilização par- água subterrânea na região de Presidente Prudente.
cial de sedimentos da unidade inferior', então pouco consolidados à Como seções de referência dessa unidade são indicados três cortes
época da depcsição da Formação S. José do Rio Preto. Na concepção de rodovia, um localizado a ESE de Presidente Prudente (seção-tipo),
ora apresentada, a Formação São José do Rio Preto corresponde a uma outros dois, complementares, na parte sul da cidade, O primeiro situa-
parte restrita da unidade anteriormente cartografada com este nome se no km 442,4 da SP 425 (Fig. 12a), os outros, no cluzamento entre
pelos autores supracitados. as rodovias BR 374 e SP 425 (Fig. 12b) e no km 456,4 da SP 425.
A designação Sã.o José do Rio Preto foi utilizada por Suguio et al. A Formação Presidente Prudente ocorte nas cotas mais altas dos
(1971) para uma associação de fãcies da antiga Formação Bauru, nos interflúvios regionais, abaixo das quais aflora a Formação Vale do Rio
grandes interflúvios daregiáo norte e noroeste de São Paulo. Suguio do Peixe. O contato entre elas é interdigitado, denotando a gradual
(1981) a elevou à forrnação, integrante do Grupo Bauru. Soares ¿, al. instalação da primeira (depósitos fluviais) sobre a segunda (depósitos
(1980) mantiveram tal designação, como uma variação mais arenosa eólicos).
da Formação Adamantina. Barcelos (1984) indicou informalmente A Formação Presidente Prudente é constituída por alenitos muito
uma seção-tipo para o Memþro São José do Rio Preto da Formação finos a finos (dominantes) e lamitos alenosos, em altelnância de: 1)
Adamantina (Soares et al. 1980), no cruzamento entre a rod. SP 3 1 0 e lentes arenosas coln estratificação cluzada acanalada, isoladas ou
a ferrovia FEPASA, ern São José do Rio Preto. múltiplas (unidades de corte-e-preenchirnento); 2) arenitos ern colpos
A Formação S. José do Rio Preto é composta de unidades com tabulares com estratificação sigrnoidal interna; 3) arenitos a siltitos em
estlatificação cruzada acanalada a tabular tangencial na base, amalga- carnadas tabulares, com estratificação plano-paralela e estruturas de
rnadas (padrão festonado), às vezes com intercalações subordinadas de fluxo aquoso de regime inferior dorninante; e 4) lamitos argilosos em
camadas de arenitos a siltitos com estratificação plano-paralela e estru- geral mãciços, em estratos tabulares. Os arenitos têm cores Inarroln-
turas de fluxo aquoso de regirne infelior, assim como lamitos argilosos avermelhado claro a bege, seleção moderada a má, matriz lalnítica; os
maciços. Essencialmente, a unidade é constituída por arenitos finos a lamitos argilosos têm cor lnarl'om-esculo (chocolate). Eventualtnente,
lnuito finos, de coles marrom-claro a bege, seleção moderada a má, afração areia média pode ocorrer nos arenitos, em lnenol porcenta-
São freqüentemente conglomeráticos, com frações areia média e grossa gem. Não raro, os estratos e lentes arenosas fortnatn "mantas" suave-
secundárias. Os clastos são nódulos carbonáticos, fragmentos de mente onduladas, com cimentação carbonática posterior à defonnação
larnitos e argilitos, e seixos silicosos. Nas litofácies conglomeráticas é por sobrecarga (diagenética).
couìum a presença de fragmentos de ossos e outros bioclastos, onde Na base das feições de corte-e-preenchimento podem ocot'rer estra-
são encontradas parte do legistro fossilífel'o da unidade, formado es- tos lamíticos gerados por processos de desaceleração de fluxo, em
sencialmente pol ossos e carapaças tl'ansportados. Localmente obser- abandonos temporários de canal, Algulnas vezes, a laminação cruzada
vam-se feições de bioturbação (marcas de raízes ou tubos de vermes), é fonnada por alternância de areia e de argila, e pode conter'
nas escassas litofácies lamíticas. A cimentação carbonática é comum. intraclastos argilosos acomodados nos planos da laminação (canibalis-
A Forrnação São José do Rio Preto é composta pol depósitos essen- rno). Os estratos cruzados podem apresentar estlutulação intet'na de
cialmente arenosos, pouco maturos, freqüentemente conglomeráticos, larninação por migração de ondulações (clùnbings). As diversas super-
acumulados em banas fluviais, de sistemas de canais entrelaçados, am- fícies internas secundárias de erosão, seladas com lama e seguidas por
plos e rasos. brechas intraformacionais, indicam freqüentes flutuações de energia,
indicativas de fluxos variáveis (sazonais ou efêmeros). Os intraclastos
FORMAÇÃO PRESIDENTE PRI,JDENTE ocorre na palte superior das litofácies que preenchem canais são em geral lamelares, de argilito
de interflúvios dos rios do Peixe e Paranapanema (região de Presidente rnaffom (cor chocolate), subangulosos a subarredondados, com dimen-
Prudente), assim como dos rios Aguapeí e do Peixe (espigão Osvaldo sões rnilimétricas a centimétricas (até 6 cm, raras vezes coln 20 cm).
Cluz-Adamantina-Pacaembu), com boas exposições nas imediações de Ocorrem na parte inferior de estratos inclinados, assentados elr coll-
Plesidente Prudente e Adamantina (Fig. 1). Conesponde à parte restri- cordância com a estratificação. Nestas litofácies podem ser encontra-
ta da Lit ffic ie s Taciba, de S oares et al. ( 1 980). Tem espessura máxima dos ainda intraclastos carbonáticos, clastos silicosos (remobilizados) e
preservada em torno de 50 m, verificada em perfurações de poços para fragmentos de ossos, todos de dil¡ensões centimétricas.

Relîcões de contato
Lençóis de areia, loesse e dunrs eólicas Planfcies de lençóis de areia Inferior: não-confornlidade com embasamento;
V¡le do Rio do Peixe Wn¿¡,
Lâteral interdig¡tado e transgressivo conr crg, lateral gradual com
(v/,.Ì) sl(, toe e rPu
SuÞerior erosivo (dirstelnrs) conr ¿cl¡, s¡2 e /r¡¡
Araçatuba Paludais (pântano) Pantanal Inferior: não-confor¡n¡dade com embâsamento:
(urç) Lobos arenosos de borda Lateral e super¡or interdigitâdo com v/rJ

Rio pila¡á Dunas eólicas de grande porte/draas Complexos de grandes dunas, Inferior: não-conformidade con embasâ¡ìlelìto;
(ttxt) Interdunas úmidas deserto interior Lateral gradual cotn v4x, slt e goe

Goio Erê Dunas eólicas de médio/pequeno porte e Planfcies marginais de dese¡to, com lnferior: não-conformidade com embasa¡nento;
Goe) interdunas ú¡nidas dunas médias e interdunas úmidas Lâteral grâdual cotn sle e rPQ

Lençóis de âreia Planlcies de lençóis de areia, Inferior: não-conformidâde com embasamento;


Santo Anastácio
periféricâs de deserto Lateral gradual con rPa e 80¿, lateral e superior gradual com t2x
(rfc)
Uberaba Baras arenosas e planícies de espraianrento Fluvial entrelaçado lnferior: não-confornridade com embasamento:
(ube) Superior: erosivo (por diasternas) conl.l8rØfí

Serra da Galga Banas arenosas e bâtras câscalhentas Flrvial entrelaçado, distal de leques lnferior: localmente erosivo (diastemas) cotn l/rc
(s*a) Espraiîmento, /cgs e lagoas residuais aluviais Laterâl gradual com ¿cr; e s,,2 (suPosto)

Ponte Alta Barras arenosâs, espra¡amento Flrrvinl entrelaçado. distal de leques Inferior: localmente erosivo (diastemâs) com låe
(tt¡s) Baras cascalhentas, lrtgr e lagoas residuais aluviais Lateral gradual com øcll e stp (supostos)

Echaporã Fluxos em lençol Planícies de lençóis de areia, distais Inferior: não-conformidade conr e¡nbasamento e transgressivo (pot
(ech) Lagoas residuais, pavimentos de deflação e de leques aluviais diastemas) com v/rJ
lsßs
São José do Rio Preto BaÍas ârenosas e plânfcies de espraiâmento Fluvial entrelaçado lnferior: localmente erosivo (diastemas) com v¡rx;
(srtÐ Lagoas residuais Lateral gradual corn J8r¿ e ppr (supostos)

Canais preenchidos, depósitos de Fluvial meandrante arenoso Inferior: localmente erosivo (diastemas) conì v/rÍ;
Presidente Prudente
transborda¡nento e de arrombamento de Lateral gradual com sr2 (suposto)
(ppr)
diques marginais
Canais de atalho (c,/¡al¿)
Rev¡sta Brasileira de Geociências, Volume 30, 2000 727

Depósitos proximais de arrombamento de diques marginais podem minada a possibilidade de tratá-las como alounidades, posto que tais,
folmar sucessões verticais de corpos arenosos, com estratificação na prática, correspondem a unidades de carátel genético. Por outro
sigmoidal de baixo ângulo, separados por superfícies basais planas lado, o Código Brasileiro de Nomenclatura Estratigráfica (Pexi et aL.
não-erosivas (mantas de lobos arenosos). Seccionados em cortes trans- 1986) não prevê esta forma de apresentação, a exemplo do código
versais à direção de fluxo, estes depósitos exibem superfícies de topo americano, visto que a aplicação mais extensiva de tais conceitos é
ìevemente convexas para cima (olhos de signúide). relativamente recente no Brasil.
A Formação Presidente Prudentedepositou-se em sistema fluvial Outra dificuldade na definição de unidades aloestratigráficas em
lneandrante arenoso fino, de canais rasos com sinuosidade relativa- seqüências sedimentares continentais deve-se à natureza dos limites
mente baixa. A unidade é composta pela alternância de depósitos de entre as grandes associações de fácies, sobretudo pelo caráter das su-
preenchimento de canais amplos e rasos, com depósitos de planícies de perfícies lirnitantes dos conjuntos litológicos mapeáveis. O contato
inundação/arrombamento de diques marginais (crevasse). Provavel- gradual e recorrente entre os grupos Caiuá e Bauru, pol exemplo, di-
rnente, o caráter meandrante foi determinado pela baixa declividade ficulta a separação em dois alogrupos, Na Bacia Bau¡u não se desen-
regional das áreas mais interiores da bacia. Nas litofácies de arromba- volveram superfícies discordantes de caráte¡ regional ou horizontes-
mento de diques marginais podem preservar-se esqueletos e carcaças guia, devido às características da sedimentação em ambientes conti-
nenos desarticulados, como cascos de tartarugas, nentais, sobretudo semi-áridos a áridos, onde se verificam freqüentes
adelgaçamentos ou descontinuidades laterais de estratos, ainda que
ANALCTMITOS TAtÚVA São rochas extrusivas de natureza alcalina, constituam depósitos coetâneos e cogenéticos. Paleossolos e pavimen-
de espessura máxima de 15 m, intercaladas na porção superior Forma- tos de deflação, por exemplo, encontrados em diversas unidades, não
ção Vale do Rio do Peixe. Foram descritas em testemunhos de perfu- se prestaram a coneìações. O preenchirnento da Bacia Bauru foi acom-
rações para poços de água subterrânea, da região centro norte de São panhado por progressiva expansão dos lirnites da área deposicional,
Paulo (Coimbra et al. l9Sl,Coutinho et al. 1982). Segundo os auto- devido ao contínuo aporte de sedimentos das bordas e conseqüente
res, os analcimitos ocolrem em subsupelfície, num polígono de pelo colmatação do interior da bacia, apenas acentuado nos per'íodos de
rnenos 100 km2, definido pela cidades paulistas deTaiúva, Piranji, maior atividade tectônica dos altos marginais.
Aparecida de Monte Alto, situado a noroeste de Jaboticabal, Próximo A análise estratigráfica de seqüências continentais, fundamerìtado
a esta última cidade foi descrito um provável pipe de rocha alcalina em estudos de fácies e suas associações, cot¡o o real\zado para a se-
(Pinotti et al. 1970, Gomes & Valarelli 1970), que Coutinho et al. qüência neocretácea, confronta-se corn limitações cottceituais, visto
(1982) associaram ao mesmo evento eruptivo, contemporâneo à sedi- que as definições da aloestratigrafta aplicam-se melhor em seqüênci-
mentação neocretácea. Os Analcimitos Taiúva têm cor marrom-claro as de ambientes marinhos, além de limitações formais, pelo que esta-
avermelhado a amarelado, textura afanítica, e encontram-se semi-alte- belece o código brasileiro vigente. Por tais motivos, julgou-se mais
rados por processos deutéricos. Algumas vezes, apresentatn amígdalas adequado apresentar uma revisão de caráter litoestratigráfico. Ressalta-
de calcita - rnineral que também preenche fraturas -, feições que reite- se, porém, que variações de fácies e ambientes folam clitórios
ram o caráter vulcânico extrusivo da rocha (Coimbra et al. 1981, discriminatórios i mportantes.
Coutinho et al. 1982).
Agradecimentos Ao apoio financeiro da Fundação do Ampalo
LITOESTRATIGRAFIA E ALOESTRATIGRAFIA DA BACIA à Pesquisa do Estado de São Paulo (processo FAPESP: 93/4524-9),
BAURU A levisão ora proposta tem caráter litoestratigráfico. Toda- aos professores Dr. Sidnei Pires Rostirolla (UFPR) e Dn Mário Assi-
via, as unidades, defìnidas por clitérios litológicos, correspondem a ne (UNESP), assim como aos revisores anônimos da RBG pela leitu-
associações (litoXàciológicas cronoconelatas bern caracterizadas (Ta- ra crítica e sugestões ao original.
bela2). Sob a óptica dos novos conceitos de aloestratigrafia, foi exa-

Referências

Almeida F.F.M. & Barbosa O, I 953. Geologia das quadrículas Piracicaba e Rio Claro, Es- Etchebehere M.L.C., Saad 4.R., Taddeo J.S.A., Helhìreister Jt. Z. l99l . Moldes de cristais
tado de São Paulo. Boletinr DGM/DNPM,743:1-96. salinos no Grupo Bauru, Estâdo de São Paulo: implicações econô¡ricas e
Alneida M.4., Stein D.P, Melo M.S., Bistrichi C.4., Ponçano WL,, Hasui Y, Almeida naleoclinláticas. Geociûncits, l0:l0l-l 17.
F.F.M. 1980. Geologia do Oeste Paulista e áreas fronteiriças dos estados de Mato Fernanàes L.A. 1998. Etrøi¡ruJiu e evofuçln geológicu tlu ¡tarle orientul tlu ßucitt ßatru
Grosso do Sul e Paráná. In: SBG, Congresso Brasileiro de Geologia, 3 I , Canlboriú, (Ks, Brusil). Inst. de Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo, Tèse de
Anuis, 5:2'199-2812. Doutoramento, 2l 6p. (3 mapas).
Barbosa O., Braun O.PG., Dyler R.C., Cunha C.A.B.R. 1970. Geologia da rcgião do Tti- Fernandes L.4., Coimbra A.M. 1992. A Cobertura cretácea suprabasáltica no Estado do
ângulo Mineiro. Bo lerin DGM/DNPM, 136:l - 140. Pmaná e Pontal do Paranapanema (SP): os gupos Bauru e Caiuá. ln: SBC, Congres-
Brrcelos J.H. 1984. Reconstrução puleogeogrúfictt du setlinentaçãu do Gru¡xt Buur.u so Brasileiro de Geologia, 37, SãoPaúo, Boletint de Resuntos Expun¿lklos,2:506-
Inseatla nu sua rcdeJiiliçtio estrutigráJiat putiul en lerritúrio paulisru e no ¿slutlo 508.
preLininarforu tlo Eslado de Síío Puukt., Inst. de Geociências e Ciências Exatas, Fernandes L.A. & Coimbra A.M. 1994. O Grupo Caiuá (Ks): revisão estratìgráltca e con-
Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, Tese de Livre-Docência, I 90p. texto deposicional . Re v. B rus. C eoc iê nc iu s, 24(3):1 64- 17 6
Bmcelos J.H. & Suguio K. 1 987. Conelação e extensão das unidades litoestl atigráficas do Fernandes L.A. & Coimbra A.M. I996. A Bacia Bauru (Cretáceo Supelior; Brasil). Anals
Grupo Bauru definida em território paulista, nos estados de Minas Gerais, Goiás, tlu Acacleniu Brusileira de Ciêtrcitts, 68(2):195-205.
Matò Grosso do Sul e Paraná. In: SBG/l'{úcleo SB Sinrpósio Regional de Geologia, Fernandes L.A, & Coimbla A.M, 1998. Estratigrafia e evolução geológica da Bacia Bauru
6, Rio Claro, Ala.r, l:313-321. (Ks, Ilrasil). In: SBG, Congresso Brasileiro de Geologia,40, Belo Horizonte,Anuis,
Barcelos J.H., Landim PM.B., Suguio K. 1981. Análise estratigráfica das seqüências l0l.
cretácicas do Triângulo Mineilo (MG) e suas correlações com as do Estado de São Fernandes L.4., Coimbra 4.M., Hachiro J. I992. Ventifactos da Litofácies Maitá, Forma-
Paulo. In: SBG/l',Iúcleo SP, Simpósio Regional de Geologia, 3, Culitiba, Ar¿.ç, v2:90- cão Santo Anastácio (Grupo Bauru, Ks). In: SBG, Congresso Brasileiro de Geolo-
102. gia, 31, Sao Paulo, Bole¡in tle Resunns Ex¡ttmdido.t, 2: 504-506
Bigarella J.J. & Mazuchowski J.2. 1985. Visão integrada da problemática da elosã0. In: Felnandes L.4., Coimbla 4.M., Brandt Neto M. 1993. Silicilicação lìidroteÌmal neocretácea
- ABGE/ADEA, Simpósio Nacional de Con¡ole da erosão, 3,Muingâ, Lìvro guiu, na porção neridional da Bacia Bauru. 1l¿vLrla do Insritutu Geokigico, T4(2):19-26.
Mu'rngâ,.232p. FeÍreila Jr. PD. & Castro PT.A. 1 996. Análise de elementos arquìteturais enl siste¡nas
Boggiani PC, & Coimbra A.M. 1996. A planície e os pantanais. In: Antas, PT,Z. & Nas- aluviais: o exemplo da Formação Ubetaba (K, Bacia do Puaná) no Triângulo Minei-
cimento, I.L.S. Tuiuiu. Sob os céus do Pun¡unul. SãoPaulo, Emprcsa das Artes, I 8- ro, MG. In: SBG, Congresso Brasileiro de Geologia, 34, Salvador, Artuis,'l:270-212.
23. Fúlfaro VJ., Perinotto J.A.J., Barcelos J,H. 1994. A margem goiana do Grupo Baut u: im-
Brandt Neto M. 19'17. Estratig,ralia tla Fornrução Bauru na região tlo l¡aixo Tietê. São plicações na litoestratigrafia e paleogeografia. In: UNESP, Simpósio sobre o
Puub. Inst. de Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo, Dissertação de Cretáceo do Brasil, 3, Rio Claro, Boletim,Sl-4.
Mestrado,74p. Goldberg K.1995. Reconstituição paleoanbientul do crclúceo conlinetúal brasileiro ntt
Capilla R. & Azevedo S.A.K. 1996. O Cretáceo da região de Uberaba - Paleovertebrados. tigião tlo Triângub Mineitv. Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São læopoldo,
Roteiro ¿le excursão. Rio deJaneiro, Museu Nacional/UFRJ,4lp. Dissertâção de Mestrado, l8lp.
Coinbra 4.M., Fernandes L.4., Hachito J. 1992. Sismitos do Grupo Caiuá (Bacia Bauru, Goldberg K. & Garcia A.J.V 1995. Faciologia dos calcfujos do Grupo Bauru na região de
Ks) no Pontal do Paranapanema (SP). In: SBG, Congtesso Brasileiro de Geologia,
UbeLaba (MG). G e oc iê nc ia s, l4(2): l2l - I 3 L
37, São Paulo, 8¿¡letint de Resunos Ex¡tandidos, v2:503-504.
Gomes C.B. & Valarelli J.V. I 970. Nova oconência de rochas alcalinas no Estado de São
Coimbra 4.M., Coutinho J.M.V., Brandt Neto M., Rocha G.A. 1981. Lavas fonolíticas
Paulo. In: SBG, Congresso Brasileiro de Geologia,24, BIasília, /t¿.runo tlas conle-
associadas ao Grupo Bauru no Esrado de São Paulo. In: SBGAIúcleo SP, Simpósio
Regional de Geologia, 3, Curitiba, Atas, 1:324-327. rêncius e cununicações,336-337 .
Coutinho J.M.V, Coimbra 4.M., Brandt Neto M., Rocha G.A. 1982. Lavas alcalinas Hasui Y I 967. Geoktgia tlus lbrnações crclticeas tlo oesla de Minas G¿rzrn. Escola Po-
analcinlíticas associadas ao Grupo Bauru (Kb) no Estado de São Paulo, Brasil. In: litécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo, Tese de Doutoramento, 87p,
Servicio Geológico Nacional, Congreso Latinamericano de Geologia, 5, Buenos Hasui Y 1968. A Folmação Uberaba. In: SBG, Congresso Brasileilo deGeologia,22,Belo
Aircs, Actus,2: I 85- I 95. Ho"jzonte, Anu i s, I 6'7 - 17 9.
728 Revista Brasileira de Geociências, Volume 30, 2000

Hasui Y. & Haralyi N.L.E. 1991. Aspectos lito-estruturais e geofísicos do soerguimento do SuguioK,
- lgSl.Fatorespaleoâmbientesepaleoclimáticosesubdivisãoestratigráficado
Alto Paranaíba. Geociêncius, 10:57 -77. Grupo Bauru. ln: , SBGNúcleo SB Mesa Redonda: A Formação Bauru no Estado
Huene Evon. 1939. Carta de F.von Huene ao DrEuzébio de Oliveira Mitßrução e Meta' de São Paulo e Regiões Adjacentes, São Paulo, Colerlìneo de hathallns e tlel¡u¡es,
lurgia, 4(22):190. t5-26.
Pereìra MiJ. & Feijó FJ. 1994. Bacia de Santos. Boletim Geociências Petrobrús,8(l ):21 9- Suguio K. & Barcelos J.H. I 978. Nota sobre a ocorência de atapulgita em sedimentos do
- Grupo Bauru, Cretáceo Superior da Bacia do Paraná. In: SBG, CongLesso Brasileilo
234.
Perri S., Coimbra 4.M., Amaral G., Ojeda y Ojeda H., Fúlfaro VJ., Ponçano W.L. 1986. de Geologia, 30, Recife, An¿r.ç, 3:ll'10-l 179.
Código Brasileiro de Nomenilatura Estratigráfica. Reu. Bras' Geociêncius, Sueuio K., Be¡eñholc M., Salati E. 1975. Composição quÍmica e isotópica dos calcários e
' ambiente de sedimentação da Formação Bauru. Ealetin IG'6:55-75.
16(4):372-6.
Pinotti R.E, Corsini PC., Madurei¡a Filho J.8., Valarelli J.V 1 970. l¡vantamento de solos Suguio K., Fúlfa¡o VJ., Amaral G., Guidorzi L A. l9?7. Compottaltpntos.estrgiigráficos.e
- estrutural da Formação Bauru nas regiões administrativas 7 (Bauru)' 8 (São José do
contribuindo para a descoberta geológicâ. In: SBG, Congresso Brasileiro de Geolo-
eia, Z, Brasília, Àesunto das conferências e conunicações,59-60. Rio Preto) e 9 (Arafatuba) no Estado de São Paulo. In: SBGAIúcleo SR Simpósio
Poncanõ W.L.. Stein D.P.. Almeida F.FM., Almeida M.4., Melo M.S. 1982. A Formação de Geologia Regional, l, São Paulo, Atas,23l'247
' Itaqueri e depósitos correlatos no Estado de São Paulo ln: SBG, Congresso Brasi- Vr'ans N.L. I 978i Displãcive calcite: evidence from recent and ancienl calcrctes Geolog)',
leirb de Geoiogia, 32, Salvador, ,4n¿n, 4: I 339- I 350. 6:699-703.
Silva R.8., Etchebehe;e M.L.C., Saad A. 1994. Grountlwutet'colcrctes: uma inlerpretação Zaine J.E. et ul. 1980. Geologitt tlo Bbco 38; regiiío tle Araçutubu/Tupli São Paulo,
alternativa para os calcários da Formação Marília no Triângulo Mineiro. In: UNESP' Paulipetro (Consórcio eESPflPT), Rel. BP-014/80. 2v (lnédito).
Simoósio sobre o Cretáceo do Brasil, 3, Rio Claro , Bol¿tin,85-89
Soares PC., Landim PM.B., Fúlfaro VJ., Sobreiro Neto A.F. I980. Ensaio de caracteriza-
ção do Cretáceo no Estado de São Paulo: Grupo Bauru Rev. Bras. Geociências,
r0(3):1 77- 1 85.
Stein D.P- Melo M.S., Bistrichi C.4., Almeida M.4., Hasui Y., Ponçano W, Almeida Manuscrito A-1129
F,F.M. I 979. Geologia de parte dos vales dos rios Pamná e Paranapanem-a. In: SBG/ Recebido em 21 de outubro de 1999
Núcleo SP, Simpósio Regional de Geologia,2, Rio Claro,-{tas,2:291-306 - Revisão dos autores em 20 de maio de 2000
Susuio K. 1973. Formäcão Bau-ru: calcários e sedimentos detrfticos associados. lnst de
- Geociências, Uniiersidade de São Paulo São Paulo, Tþse de Livre-Docência,2v Rcvisão âceita em 30 de maio de 2000

Das könnte Ihnen auch gefallen