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Conteúdos:
Objetivos:
Habilidades/Competências:
Materiais necessários:
Desenvolvimento:
Etapas de
desenvolvimento:
Reserve a sala de
informática.
Ao iniciar a aula, pergunte quem sabe o que é um conto. Coloque os pontos principais
no quadro, espera-se que os alunos citem elementos como: é uma narrativa; refere-se
a um fato ou acontecimento, que pode ser real ou não. Nele estão presentes todos os
elementos que compõem uma narrativa: tempo, espaço, personagens (só que nesse
caso, são poucos), enredo ou trama, expresso na 1a ou 3a pessoa.
Pergunte quem se lembra de algum conto que possa compartilhar com a turma.
Incentive-os para participar. ( anote seus palpites no quadro).
Na sala de informática, divida a turma em duplas e peça que leiam o conto Grande
Edgar (disponível no anexo). Enquanto as duplas leem o conto, destaque no quadro
as características do conto de humor .
Pergunte às duplas se aquele tipo de situação é comum. Se alguém tiver passado por
algo parecido, peça que contem à turma de uma forma bem-humorada. Conte também
uma situação semelhante enfrentada por você, para interagir com a turma.
Ainda na sala de informática, no computador, peça que comecem uma pesquisa sobre
os elementos ou fatores que produzem o efeito de humor e por que ele é usado em
um texto, ou seja, qual sua intencionalidade. Estabeleça um tempo para essa
atividade.
Licenciatura em Letras Português /
Espanhol Professora: Gabriela Abs da
Cruz Estudante: Adriano Ribeiro Vinkoski
Data:23/09/2019
Conclusão:
Deixe que a pesquisa prossiga em casa. Peça que as duplas tragam esses resultados
para compartilhar com toda a turma suas descobertas. Peça ainda que pesquisem e
tragam um conto de humor com os elementos que marcam esse gênero identificados .
Aula 2
Etapas de
desenvolvimento:
Para esta aula, os alunos irão precisar de cartolina, papel colorido, canetinhas ou lápis
de cor, fita adesiva, ou outro material para poder fazer a apresentação dos resultados.
Nesta aula os alunos já devem ter percebido a estrutura básica do gênero conto de
humor. Cada aluno fará uma breve apresentação do conto selecionado e dos
elementos encontrados que caracterizam esse gênero. Após o término das
apresentações, deve ser discutido no grande grupo quais são os elementos em
comum entre o texto lido na primeira aula e aquele pesquisa/lido em casa. Será
necessário destacar os vários exemplos encontrados de cada elemento. Mantenha
essas apresentações de maneira breve para dar tempo de todos apresentarem seus
trabalhos.
Em seguida, foque com eles nos vários efeitos de humor utilizado pelos diferentes
autores. Depois, peça que se reúnam em grupos para confeccionar o material que
será transformado em mural ao final da aula. Cada grupo deve preparar sua própria
apresentação, que pode ser com cartazes etc.
Durante essa preparação, circule pela sala para orientá-los em como apresentar de
forma clara para os colegas. Estabeleça um tempo para essa atividade.
Finalização: Combine com eles como será o mural da sala sobre o tema
e onde será exposto.
Avaliação:
Utilize os textos escritos e orais produzidos por eles durante as aulas, bem como o
processo de produção e a participação oral dos alunos para a avaliação.
Licenciatura em Letras Português /
Espanhol Professora: Gabriela Abs da
Cruz Estudante: Adriano Ribeiro Vinkoski
Data:23/09/2019
Referências Bibliográficas:
GUIMARÃES, Ana Maria de M.; DREY, Rafaela; CAMPANI-CASTILHO,
Daiana. Gêneros de textos. São Paulo: Mercado de Letras, 2008.
Anexo:
— Não.
Você não está se lembrando dele e não tem por que esconder isso. O “Não” seco
pode até insinuar uma reprimenda à pergunta. Não se faz uma pergunta assim,
potencialmente embaraçosa, a ninguém, meu caro. Pelo menos entre pessoas
educadas. Você deveria ter vergonha. Passe bem. Não me lembro de você e
mesmo que lembrasse não diria. Passe bem. Outro caminho, menos honesto mas
igualmente razoável, é o da dissimulação.
— Não me diga. Você é o... o...
“Não me diga”, no caso, quer dizer “Me diga, me diga”. Você conta com a piedade
dele e sabe que cedo ou tarde ele se identificará, para acabar com sua agonia.
Ou você pode dizer algo como:
idéia de quem ele é, mas que isso não se deve a insignificância dele e sim
a uma deficiência de neurônios sua.
Você não quer magoá-lo, é isso! Há provas estatísticas de que o desejo de não
magoar os outros está na origem da maioria dos desastres sociais, mas você
não quer que ele pense que passou pela sua vida sem deixar um vestígio
sequer. E, mesmo, depois de dizer a frase não há como recuar. Você pulou no
abismo. Seja o que Deus quiser. Você ainda arremata:
— Há quanto tempo!
— Pois é.
Ou:
Você ganhou tempo para pesquisar melhor a memória. Quem será esse cara meu
Deus? Enquanto resgata caixotes com fichas antigas no meio da poeira e das
teias de aranha do fundo do cérebro, o mantém à distância com frases neutras
como jabs verbais.
— Como cê tem
passado?
— Bem, bem.
— Parece mentira.
— Puxa.
—O que é isso?!
— Que idéia. (é o Ademar! Não, o Ademar já morreu. Você foi ao enterro dele.
O... o... como era o nome dele? Tinha uma perna mecânica. Rezende! Mas
como saber se ele tem uma perna mecânica? Você pode chutá-lo
amigavelmente. E se chutar a perna boa? Chuta as duas. “Que bom encontrar
você!” e paf, chuta uma perna. “Que saudade!” e paf, chuta a outra. Quem é
esse cara?)
— É mesmo.
— Só o Pontes.
— Velho Pontes! (Pontes. Você conhece algum Pontes? Pelo menos agora
tem um nome com o qual trabalhar. Uma segunda ficha para localizar no
sótão. Pontes, Pontes...)
— Lembra do Croarê?
— Claro!
— Velho Croarê. (Croarê. Tiro ao alvo. Você não conhece nenhum Croarê e
nunca fez tiro ao alvo. É inútil. As pistas não estão ajudando. Você decide
esquecer toda cautela e partir para um lance decisivo. Um lance de desespero. O
último, antes de apelar para o enfarte.)
— Rezende...
— Quem?
— Não me lembro.
Licenciatura em Letras Português /
Espanhol Professora: Gabriela Abs da
Cruz Estudante: Adriano Ribeiro Vinkoski
Data:23/09/2019
Ele fala:
— Não!
— Casou.
— Com quem?
— Pois casaram.
— Bem...
— É...
— E você acha que eu ainda não vou reconhecer você. Vocês é que se
esqueceram de mim.
— Não desculpo não. Você tem razão. As pessoas mudam. ( Edgar. Ele chamou
você de Edgar. Você não se chama Edgar. Ele confundiu você com outro. Ele
também não tem a mínima idéia de quem você é. O melhor é acabar logo com
isso. Aproveitar que ele esta na defensiva. Olhar o relógio e fazer cara de “Já?!”.)
Licenciatura em Letras Português /
Espanhol Professora: Gabriela Abs da
Cruz Estudante: Adriano Ribeiro Vinkoski
Data:23/09/2019
— Isso.
— Certo.
— Bituca.
— Tchau, Edgar!