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Feira de Santana
2019
MATHEUS SILVA BASTOS
Feira de Santana
2019
MATHEUS SILVA BASTOS
BANCA EXAMINADORA
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Prof. (titulação e nome do Professor Avaliador)
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Prof. (titulação e nome do Professor Avaliador)
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Prof. (titulação e nome do Professor Orientador)
UTILIZAÇÃO DE FIBRAS SINTÉTICAS EM CONCRETO:
Fibras sintéticas como agente de reforço para tubos fabricados em
concreto
RESUMO
1
Discente do curso de Engenharia Civil da Faculdade de Tecnologia e Ciências/FSA.
2
Professor Orientador Thiago Pacheco, Mestre em Estruturas, thiago.ecivil@hotmail.com
2
ABSTRACT
This work presents concepts of the emergence of concrete, and its evolution to the
present times, countless researches arise every day, with the objective of improving
the constructive techniques bringing economics and principally security. One of the
first concrete with fiber addition came in 1911, and this finding awakens in
researchers the search for more accurate conformation in this area, in this way
different types of fibers are tested daily. The present work demonstrates the use of
synthetic macrofibers as a reinforcing agent in concrete, also showing the
mechanical behavior of this type of material when compared to conventional ones.
The main objective is to be able to dispense the use of the reinforcement in tubes
manufactured in concrete, only using the reinforcement of the fibers in the matrix.
The assembly of armor takes time, and requires a place of storage in the work, just
as it also requires labor for mounting the tables. In order to carry out the study, the
Finite Element Method was adopted as calculation analysis, where it allows to create
the desired element and subdivides it into finite parts equal for a more precise
analysis. Numerical models were created in SAP2000 software and analyzed for their
mechanical behavior. Through the computational tool it was possible to study the
influence of fiber addition on the matrix, as well as the reaction of this new post-
cracking concrete.
1 INTRODUÇÃO
adotado como concreto romano, teve grande utilização em obras como estradas,
aquedutos e diversas obras públicas (CARVALHO 2008).
O desenvolver do concreto moderno ocorreu a partir da descoberta do
cimento Portland. No ano de 1758 o engenheiro inglês John Smeaton alcançou um
composto resistente obtido através da calcinação de calcário e argila. As pesquisas
em busca de um material cada vez melhor fizeram com que Joseph Aspdin, em
1824, submetesse a altas temperaturas uma combinação de pedras calcárias e
argila formando um pó fino no qual após secagem apresentava resistências
mecânicas mais altas do que os elementos cimentícios utilizados até a época. Esse
pó recebeu o nome de cimento Portland, pelo fato da sua coloração se assemelhar a
rochas presentes em Portland, Inglaterra. No Brasil a fabricação desse tipo de
cimento iniciou no ano de 1888 na cidade de Sorocaba-SP (CARVALHO 2008).
Obtém-se o concreto simples como resultado da mistura de aglomerante
(cimento), agregados miúdos e graúdos (areia e brita), água e em alguns casos
específicos aditivos. Esse material é caracterizado por apresentar uma alta
resistência à compressão, suportando altas cargas transmitidas pelas estruturas,
entretanto, o concreto simples tem baixa resistência à tração, por esse motivo ocorre
a utilização do aço para assim criar o concreto armado e ser o elemento necessário
para resistir aos esforços solicitados (BAUER 1997). As propriedades do concreto
também podem ser melhoradas com adição de fibras, uma alternativa que surgiu
com o objetivo de melhorar a distribuição de tensões e para controle de propagação
de fissuras no concreto, onde em alguns casos específicos de utilização podem
dispensar o uso da armadura (LEITE 2018).
O início da utilização do concreto com fibras se deu no ano de 1911, quando
Graham adicionou fibras ao concreto armado com o objetivo de aumento da sua
resistência mecânica. Mas foi na década de 1960 que ocorreram maiores avanços
nessa área, e variados tipos de fibras foram aparecendo no mercado e expandido
suas aplicações (MEDEIROS 2012).
A macrofibra polimérica apareceu no mercado com o objetivo de agir como
reforço principal do concreto, ou seja, possuindo funções similares ás fibras de aço,
que devido á alta resistência a tração e alto módulo de elasticidade podem exercer
função estrutural. Entretanto as macrofibras poliméricas não são muito utilizadas
como as de aço, devido aos poucos estudos nesta área (LEITE 2018).
4
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 FIBRAS
os tamanhos iguais, e as fibriladas (figura 2a) são uma malha de finos filamentos
(FIGUEIREDO 2011).
Figura 2 – Microfibras poliméricas (a) fibriladas e (b) monofilamentos. Fonte: Abcpolymer (2017).
Esse fator irá provocar concentrações de tensão nos extremos da fissura, e se essa
tensão superar o valor crítico acarretará a ruptura do material (figura 3a). De outra
forma se a tensão ocorrer em ciclos, também será inevitável a ruptura, onde está
ocorrerá por fadiga. Tal ruptura ocorre de modo frágil, levando em consideração que
o concreto não possui resistência a tração pós-fissuração.
Por outro lado, quando ocorre a inserção de fibras resistentes nas
quantidades apropriadas e com módulo de resistência adequado, o composto
deixará ser frágil, pois tais fibras agem como pontes de transferência de tensões
para as fissuras, onde a concentração de tensão nos extremos será minimizada
(figura 3b). A ocorrência deste fenômeno levará o concreto a passar de um material
frágil para um material pseudo-dúctil sendo capaz de resistir a tensões pós-
fissuração.
Figura 3 – Esquema de concentração de tensões para um concreto sem (a) e com reforço de fibras
(b). Fonte: Figueiredo (2011).
9
Segundo Oliveira (2000), O Método dos elementos Finitos (MEF) tem sua
aparição no século XVIII, quando Gauss faz o uso de funções para resolver
problemas relacionados a matemática. Com tudo isso havia o problema para
definição de uma função apropriada, pois era necessária a noção da solução do
problema quando haviam problemas mais complexos.
Os avanços na utilização do MEF ocorreram muito posteriormente, isso
devido à dificuldade da resolução das equações. O método só se tornou popular
com o advento dos computadores digitai por volta de 1950 (LOTTI ET AL 2006).
Define-se o MEF como método matemático onde subdivide um determinado
meio contínuo em finitos elementos, mas mantendo as propriedades da origem. Tais
elementos são representados por equações diferenciais, e os resultados destes
elementos são resolvidos através de modelos matemáticos (LOTTI ET AL 2006).
Existem diversos programas para aplicação do Método dos Elementos
Finitos, como por exemplo, o ANSYS, MIDAS, ATENA, DIANA E SAP2000. Dentre
eles o SAP 2000 possui uma interface de fácil trabalhabilidade, diferente dos citados
anteriormente os quais são de utilização mais complexas. O SAP 2000 possui um
processador de cálculo bastante eficiente, é um programa de grande flexibilidade
permitindo modelagem de estruturas mais simples até as mais complexas. O
software permite também a consideração de diversos carregamentos e esforços
dinâmicos, como também análises lineares e não lineares, dentre outros resultados
(Melo 2016).
Segundo Silva (2011), os tubos de concreto são muito utilizados nas obras
de infraestrutura em todo o mundo. E por estarem enterrados na maioria das vezes
não se aplica o cuidado devido no dimensionamento dos mesmos, outro fator seria a
economia desses elementos, por serem produzindo em grande escala, a redução
realizada em uma peça seria capaz de proporcionar uma redução significativa no
final da obra.
12
(a) (b)
3 METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCURSSÕES
(b)
(a)
(b)
(a) (b)
figura 10 .
(a)
(b)
(c)
Como cita a norma NBR 8890:2018 os tubos com diâmetros inferiores a 600
mm podem ser fabricados utilizando o concreto simples. No entanto foram
adicionadas armaduras para comparar os resultados e definir o fator de maior
influência na resistência.
Na figura 12a está o resultado da adição da armadura, na figura 12b o modelo
foi gerado com a resistência do concreto a tração = 0. Nos dimensionamentos dos
elementos a resistência a tração é desconsidera para fins de cálculo, mas é possível
notar a sua grande influência através do resultado. A figura 12c representa a lei
constitutiva do concreto de resistência a tração = 0.
(a) (b)
(c)
figura 12
(a) (b)
O gráfico modelo do material apresentado na figura 14a foi obtido a partir dos
ensaios de corpos-de-provas com características representadas na figura 14b.
(a) (b)
(a) (b)
(c) (d)
figura 17
Como mostra a figura 17a e 17c, os limites últimos para tubos de 700 mm
fabricados em concreto simples são baixos quando comparados às cargas mínimas
de ruptura estabelecidas pela NBR 8890:2018 como mostra a tabela 4, atendendo
apenas as classes menos resistentes, mesmo aumentando o Fck para 35.
Analisando as figuras 17b e 17d, resultado da utilização de concreto com fibras, há
24
(a) (b)
(c) (d)
figura 18
Tabela 5 – Compressão diametral de tubos de concreto armado, ou armado com reforço secundário
de fibras. Fonte: Adaptado de ABNT NBR 8890:2018
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
AZEVEDO NETTO, J.M. (1959). Cronologia dos serviços de esgotos, com especial
menção ao Brasil. Revista DAE. V.20, n 33, abril.
D. L. Logan, A first Course in the Finite Element Method, Toronto: Thomson, 2007.
NILSSON, L. Reinforced of concrete with sisal and other vegetable fibres. Swedish
Council for Research, Document no. 12, Stockolm, 1975.