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Poder Judiciário

Justiça do Trabalho
Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região

Ação de Cumprimento
0000875-45.2019.5.10.0019

Processo Judicial Eletrônico

Data da Autuação: 11/09/2019


Valor da causa: $50,000.00

Partes:
RECLAMANTE: SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS DE TRANSPORTES
METROVIARIOS DO DF
ADVOGADO: Genesco Resende Santiago
ADVOGADO: Régis Cajaty Barbosa Braga
RECLAMADO: COMPANHIA DO METROPOLITANO DO DISTRITO FEDERAL METRO DF
CUSTOS LEGIS: Ministério Público do Trabalho
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PODER JUDICIÁRIO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 10ª REGIÃO
19ª Vara do Trabalho de Brasília - DF
ACum 0000875-45.2019.5.10.0019
RECLAMANTE: SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS DE
TRANSPORTES METROVIARIOS DO DF
RECLAMADO: COMPANHIA DO METROPOLITANO DO DISTRITO FEDERAL
METRO DF

SENTENÇA

Vistos os autos.

I - RELATÓRIO

O SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS DE


TRANSPORTES METROVIÁRIOS E TAMBÉM URBANOS COLETIVOS DE PASSAGEIRO SOBRE
TRILHO DO DISTRITO FEDERAL, devidamente qualificado na inicial, ajuizou ação de cumprimento em
face de COMPANHIA DO METROPOLITANO DO DISTRITO FEDERAL, também qualificada.

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Número do processo: 0000875-45.2019.5.10.0019
Número do documento: 19102215350266200000019914908
Alega o autor, em síntese, que a demandada vem descumprindo as obrigações
impostas pela sentença normativa proferida no Dissídio Coletivo 0000373-66.2019.5.10.0000, publicada em
26/08/2019.

Em consequência, pretende antecipação dos efeitos da tutela e a condenação


da ré ao cumprimento das obrigações indicadas na inicial

Deu à causa o valor de R$50.000,00.

Juntou documentos.

A pretensão antecipatória foi inicialmente indeferida, nos termos da decisão


de fls. 268/271.

Em audiência, rejeitada a conciliação, foi indeferido, sob protestos, o


requerimento de suspensão do processo formulado pela reclamada; e colhidas informações do preposto da
demandada, foi conferido prazo para manifestação do autor e do Ministério Público (fl. 1086).

As manifestações vieram aos autos, e, consideradas os registros constantes da


ata da referida audiência, declaro encerrada a instrução processual, passando ao julgamento do feito.

II - FUNDAMENTAÇÃO

A) SUSPENSÃO DO FEITO.

A defesa reitera o requerimento de suspensão do presente processo, sob o


mesmo argumento de o Excelentíssimo Ministro Presidente do col. TST assim teria determinado na decisão
que proferiu na SLAT 10000505-85.2019.5.10.0000, e reiterado na apreciação do pedido de concessão de
efeito suspensivo contido no ES-1000680-79.2019.5.00.0000.

Às fls. 1067/1072 consta cópia da primeira decisão invocada pela ré - que


assim textualmente determina:

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Ante o exposto, DEFIRO o pedido para cassar os efeitos das tutelas provisórias
concedidas nos autos do Dissídio Coletivo de Greve nº 0000309-
56.2019.5.10.0000 (na parte de devolução de descontos realizados e abstenção de
realização de novos descontos dos grevistas) e do Dissídio Coletivo de Natureza
Mista nº 0000373-66.2019.5.10.000 (no que se refere à manutenção das cláusulas
da norma coletiva até o julgamento no Tribunal Regional do Trabalho). Portanto,
diante da presente liminar, a empresa pública está dispensada, até o trânsito em
julgado, de restituir os valores descontados pelas faltas dos participantes da greve
e de manter o pagamento dos salários durante o movimento, bem como se
reconhece a prescindibilidade de aplicação das normas coletivas sem que haja
acordo coletivo ou termo aditivo devidamente formalizado entre a empresa e o
sindicato.

Como se vê, tal decisão cassou parcialmente as tutelas provisórias concedidas


nos dois dissídios coletivos em curso neste Tribunal, no que foi então explicitado: na primeira daquelas
ações, quanto à determinação de devolução e de suspensão dos descontos das faltas decorrentes de greve; na
segunda, quanto à ultratividade que foi conferida pelo eg. TRT à norma coletiva expirada.

Por outro lado, o relato contido na cópia da decisão proferida no ES-1000680-


79.2019.5.00.0000 (fl. 1062), e a transcrição das alegações então formuladas pela ora demandada (fl. 1063)
revelam que a pretensão de concessão de efeito suspensivo ali aviada restringe-se ao pagamento de dias não
trabalhados e à fixação de jornada de seis horas diárias e trinta semanais para alguns empregados.

Não há nenhuma menção à suspensão do cumprimento das cláusulas fixadas


pela sentença normativa proferida no DC 0000373-66.2019.5.10.000 - nem poderia haver, uma vez que,
repita-se, tal pretensão não foi formulada naquele requerimento de efeito suspensivo.

Como já ressaltado em audiência, o que se discute neste feito é o


cumprimento da sentença normativa, e não a prevalência de previsões constantes de norma coletiva cuja
vigência expirou. Por isso, a suspensão determinada pelo col. TST não tem o efeito pretendido pela
demandada.

Sendo assim, reitero a rejeição ao requerimento de suspensão do feito


fundamentado em decisão que não contém tal determinação.

B) SENTENÇA NORMATIVA. CUMPRIMENTO.

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Como exposto, a controvérsia instituída nos autos relaciona-se ao
cumprimento de obrigações previstas na sentença normativa proferida pela 1ª Seção Especializada do eg.
TRT 10ª Região no DC 0000373-66.2019.5.10.0000 (fls. 141/267), publicada em 09/09/2019 (fl. 134).

As disposições contidas nos artigos 867 e 872 da CLT, e no § 6º do art. 7º da


Lei 7.701/1988 resguardam a pretensão do autor de que as cláusulas fixadas naquela decisão sejam
observadas nas relações de emprego que a ré mantém, independentemente do trânsito em julgado da
sentença normativa.

Não há, como também já explicitado, concessão de efeito suspensivo a


recurso interposto em face daquela sentença, ou qualquer outro provimento liminar nesse sentido.

Apesar disso, mais do que incontroverso, o descumprimento de todas as


previsões normativas foi expressamente confessado pelo preposto (fl. 1086).

O preposto também confessa que, por força da decisão empresarial de ignorar


a sentença normativa, foi cessado o pagamento dos salários aos empregados que atuam na diretoria do
sindicato profissional - ainda que as ausências desses empregados não sejam compreendidas como faltas
injustificadas (idem).

A situação é absolutamente injustificável: mesmo sob a compreensão errônea


de que a sentença normativa estaria suspensa, caberia à reclamada convocar os empregados, antes liberados
para a atividade sindical, para o retorno às suas atividades normais - e não simplesmente suspender seus
salários.

Na inusitada conjuntura criada pela ré, os dirigentes sindicais historicamente


liberados pela reclamada, embora não tenham faltas injustificadas, nem se encontrem em situação de
suspensão contratual, vivenciam supressão indevida de suas remunerações, desde o término da vigência do
último acordo coletivo, em 31/03/2019.

Por outro lado, ainda que, em franca contrariedade ao disposto no art. 2º da


CLT, as restrições orçamentárias alegadas na defesa pudessem ser opostas aos empregados da demandada, o
fato é que a organização de seu orçamento anual, elaborado quando vigoravam todas as normas
convencionais reiteradas na sentença normativa, cujo cumprimento é aqui pretendido, forçosamente já
considerava aquelas previsões coletivas.

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Tome-se por exemplo o pagamento do auxílio alimentação, cujos recursos
deveriam ser incluídos nas propostas orçamentárias para os exercícios de 2019 e de 2020, nos termos da
deliberação expressa da diretoria colegiada da ré (fls. 391/392) - recursos que, como demonstra o documento
de fl. 391, e como também confessou o preposto, já empenhados para essa finalidade, passaram a ser
destinados a contratos de manutenção (fl. 1086).

Aliás, algumas obrigações sequer dependiam de previsão coletiva, como,


reitere-se, o pagamento dos salários devidos aos dirigentes sindicais, que, na ausência de norma a prever sua
"liberação", deveriam ser convocados para o trabalho normal - sendo certo que, numa circunstância ou
noutra, o pagamento de suas remunerações já constava da previsão orçamentária da demandada.

Não há, pois, criação de despesa não prevista no orçamento da ré, que,
injustificadamente, vem desviando para outras finalidades recursos já orçados e empenhados para
cumprimento das obrigações antes convencionalmente previstas, e agora impostas pela sentença normativa.

Nesse quadro, a insuficiência orçamentária alegada na defesa apenas indica a


efetiva urgência das providências cautelares e antecipatórias requeridas pelo autor, inclusive porque
demonstrada a utilização de recursos para atender finalidades distintas de sua previsão orçamentária, em
detrimento do cumprimento das obrigações de caráter tipicamente alimentar devidas pela ré.

Tudo isso considerado, julgo procedentes os pedidos formulados na inicial,


para, com fundamento no disposto nos artigos 867 e 872 da CLT, e no § 6º do art. 7º da Lei 7.701/1988, e
considerando que não há decisão concessiva de efeito suspensivo a recurso aviado pela ré, determinar à
reclamada o cumprimento das cláusulas da sentença normativa proferida no DC 0000373-
66.2019.5.10.0000.

Como se vê, neste momento processual, o direito, mais do que revestido de


verossimilhança, evidencia-se pela procedência da pretensão. E o não cumprimento de algumas cláusulas da
sentença normativa causa prejuízos inequívocos e quiçá irreversíveis aos empregados e ao sindicato
profissional, como bem registra o parecer exarado pelo d. Ministério Público do Trabalho, cujos
fundamentos peço vênia para adotar como razões de decidir neste aspecto, verbis:

Tais benefícios constituem parcelas substanciais da remuneração dos empregados,


tendo, em sua maioria, natureza salarial. Sua retirada, indubitavelmente, causa
prejuízos de natureza irreversível. Desnecessário lembrar que tais trabalhadores
têm compromissos financeiros mensais previamente assumidos (aluguel, escola,

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empréstimo consignado, etc) e que tais compromissos são baseados na
remuneração comumente recebida do METRÔ/DF. Com a redução abrupta dessa
remuneração, os trabalhadores arcarão com juros e multas.

O prejuízo à saúde dos trabalhadores e de seus familiares também é irreversível.


Os empregados, com a remuneração sensivelmente reduzida, certamente deixarão
de arcar com plano de saúde para si e seus familiares (plano custeado pelo
METRÔ/DF há anos), suspendendo tratamentos médicos.

Também são irreversíveis os prejuízos decorrentes da não concessão das licenças


(maternidade, paternidade, gala, luto e adoção), na forma prevista na sentença
normativa. As situações que dão origem às licenças não podem esperar, pouco ou
nada valendo a concessão dos dias faltantes a posteriori, especialmente no caso
das licenças maternidade, paternidade e adoção.

O perigo de dano à representação sindical dos trabalhadores, com o seu


sufocamento e inviabilização da atuação, é indiscutível.

É fato incontroverso que o METRÔ/DF não está efetuando o desconto das


mensalidades e taxa assistencial dos filiados, com o consequente repasse ao
SINDMETRÔ/DF (cláusula 58ª). E isso apesar de ter caducado a MP 873/2019,
que vedava o desconto sindical em folha, e de não haver custos financeiros para o
cumprimento da cláusula!

Ademais, o METRÔ/DF confessou a supressão dos salários dos dirigentes


sindicais (cláusula 53ª), apesar de não compreender sua ausência como falta
injustificada. Tal fato, além de consubstanciar ato flagrantemente antissindical,
afronta a própria dignidade dos dirigentes sindicais, que estão sem meios de
subsistência.

De outro lado, não há perigo de irreversibilidade do provimento da tutela


provisória. Os contratos de trabalho estão em pleno vigor, havendo a possibilidade
de desconto de valores pagos a maior na hipótese de revogada a tutela (fls. 1099
/1100).

Evidente, portanto, o perigo da demora pela espera do trânsito em julgado do


provimento definitivo - razão pela qual tenho por configurados os requisitos legais
a justificar o provimento antecipatório.

Diante disso, e nos termos do disposto no art. 311, IV, do CPC, antecipo os
efeitos da tutela de mérito, para determinar à reclamada que, em 15 (quinze) dias depois de intimada,
comprove o cumprimento das disposições contidas nas seguintes cláusulas da sentença normativa: 10ª
(anuênio, fl. 527), 11ª (quebra de caixa, fl. 527), 12ª (auxílio alimentação, fl. 528), 14ª (indenização de
transporte, fl. 528), 15ª (plano de saúde, fls. 528/529), 58ª (desconto em folha, fl. 546) e 60ª (desconto de

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prestações em folha de pagamento, fl. 546), sob pena de pagamento de multa diária de R$100,00 por
empregado, por ora limitada à soma total dos valores devidos a cada empregado em um mês, em razão
dessas previsões.

Antecipo também os efeitos da tutela meritória para determinar à


reclamada o cumprimento da cláusula 53ª da sentença normativa (liberação de dirigentes sindicais, fls. 544
/545), comprovando nos autos o pagamento das remunerações em atraso dos dirigentes sindicais, em 5
(cinco) dias depois de intimada, sob pena de pagamento de multa equivalente a 1/30 do valor bruto devido a
cada dirigente por dia de atraso, por ora limitada ao equivalente a sete remunerações por empregado.

Note-se que, como a regular frequência dos dirigentes, além de atestada nos
documentos de fls. 899/902, não foi questionada na defesa, são integralmente devidas as remunerações
suprimidas desde março/2019.

A antecipação estende-se ao disposto na cláusula 13ª da sentença normativa


(abono especial, fl. 528), cujo cumprimento deverá ser comprovado até o quinto dia útil de cada mês de
dezembro abrangido pela vigência daquela sentença, também sob pena de pagamento de multa de R$100,00
por dia e por empregado, por enquanto limitada à totalidade valores devidos a cada empregado em razão
dessa previsão em um mês.

Igualmente antecipados os efeitos da tutela para determinar o cumprimento


imediato das previsões inscritas nas cláusulas 27ª (garantia contra a despedida imotivada, fl. 534), 34ª
(licença para estudante em dia de vestibular, ENEM e ENADE, fl. 538), 35ª (licença paternidade/adoção, fl.
538), 36ª (licença gala, fls. 538/539), 37ª (licença luto, fl. 539) e 42ª (manutenção da licença maternidade, fl.
541) da sentença normativa, sob as mesmas penalidades fixadas no parágrafo anterior.

Indefiro a pretensão antecipatória quanto à cláusula 12ª da sentença


normativa (fl. 431, abono salarial), considerando que o pagamento do abono salarial está condicionado ao
cumprimento dos critérios estabelecidos no próprio dispositivo.

Por fim, considerando que o desvio de valores incluídos no orçamento e


empenhados para fins de cumprimento das previsões coletivas representa inegável risco para o resultado útil
do processo, e com fulcro no disposto no artigo 300 do CPC, determino à reclamada que se abstenha de
conferir destinação diversa a importes orçamentários empenhados para cumprimento das obrigações agora
inscritas na sentença normativa, também sob pena de multa, cujo importe será estabelecido caso comprovado
o descumprimento da providência cautelar.

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O não cumprimento das decisões antecipatória e cautelar configurará ato
atentatório à dignidade da justiça (CPC, art. 77, § 1º), sujeitando a ré à penalidade prevista no § 2º do mesmo
dispositivo.

C) JUSTIÇA GRATUITA. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.

Confiro à parte autora os benefícios da Justiça Gratuita (CLT, art. 606, § 2º,
em aplicação analógica).

À luz do disposto no art. 791-A da CLT, fixo os honorários de sucumbência


devidos pela reclamada em 15% do valor da condenação, conforme se apurar em liquidação.

III - CONCLUSÃO

Pelo exposto, julgo PROCEDENTES os pedidos formulados por


SINDICATO DOS TRABALHADORES EM EMPRESAS DE TRANSPORTES METROVIÁRIOS E
TAMBÉM URBANOS COLETIVOS DE PASSAGEIRO SOBRE TRILHO DO DISTRITO FEDERAL em
face de COMPANHIA DO METROPOLITANO DO DISTRITO FEDERAL, para determinar à reclamada
o cumprimento das cláusulas da sentença normativa proferida no DC 0000373-66.2019.5.10.0000; para, em
provimento cautelar, determinar à reclamada que se abstenha de conferir destinação diversa a importes
orçamentários empenhados para cumprimento das obrigações agora inscritas na sentença normativa, sob
pena de multa, cujo importe será estabelecido caso comprovado o descumprimento da providência cautelar;
e para, em provimento antecipatório, determinar à reclamada o cumprimento das seguintes obrigações,
tudo nos termos da fundamentação:

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- comprovar, em 15 (quinze) diasdepois de intimada, o
cumprimento das disposições contidas nas seguintes cláusulas da
sentença normativa: 10ª (anuênio, fl. 527), 11ª (quebra de caixa, fl.
527), 12ª (auxílio alimentação, fl. 528), 14ª (indenização de
transporte, fl. 528), 15ª (plano de saúde, fls. 528/529), 58ª
(desconto em folha, fl. 546) e 60ª (desconto de prestações em
folha de pagamento, fl. 546), sob pena de pagamento de multa
diária de R$100,00 por empregado, por ora limitada à soma total
dos valores devidos a cada empregado em um mês, em razão
dessas previsões;

- comprovar, em 5 (cinco) dias depois de intimada, em


cumprimento da cláusula 53ª da sentença normativa (liberação de
dirigentes sindicais, fls. 544/545), o pagamento das remunerações
em atraso dos dirigentes sindicais, em 5 (cinco) dias depois de
intimada, sob pena de pagamento de multa equivalente a 1/30 do
valor bruto devido a cada dirigente por dia de atraso, por ora
limitada ao equivalente a sete remunerações por empregado;

- comprovar, até o quinto dia útil de cada mês de dezembro


abrangido pela vigência da sentença normativa, o cumprimento da
cláusula 13ª (abono especial, fl. 528), também sob pena de
pagamento de multa de R$100,00 por dia e por empregado, por
enquanto limitada à totalidade valores devidos a cada empregado
em razão dessa previsão em um mês;

- cumprir, de imediato, as previsões inscritas nas cláusulas 27ª


(garantia contra a despedida imotivada, fl. 534), 34ª (licença para
estudante em dia de vestibular, ENEM e ENADE, fl. 538), 35ª
(licença paternidade/adoção, fl. 538), 36ª (licença gala, fls. 538
/539), 37ª (licença luto, fl. 539) e 42ª (manutenção da licença
maternidade, fl. 541) da sentença normativa, sob as mesmas
penalidades fixadas no parágrafo anterior.

Correção monetária e juros, na forma da lei, observando-se, quanto à


correção de crédito decorrente desta decisão, o disposto no art. 459 da CLT e o entendimento consolidado
nas Orientações Jurisprudenciais nº 124 e 302 da SDI I do col. TST.

A reclamada deverá recolher as contribuições previdenciárias e o imposto de


renda incidentes sobre as parcelas de natureza salarial que forem apuradas na liquidação, facultando-se-lhe
deduzir do crédito dos substituídos os valores relativos ao IR e INSS a estes imputáveis, mediante
comprovação do recolhimento.

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Recolhimentos fiscais serão calculados na forma da Instrução Normativa nº
1.127 da Receita Federal (excetuadas as parcelas que legalmente não constituem base de cálculo dos
tributos), quando do efetivo pagamento, e, quanto à contribuição previdenciária, será respeitado o limite
máximo do salário de contribuição.

O não cumprimento das decisões antecipatória e cautelar configurará ato


atentatório à dignidade da justiça (CPC, art. 77, § 1º), sujeitando a ré à penalidade prevista no § 2º do mesmo
dispositivo.

Custas, no importe de R$1.000,00, calculadas sobre R$50.000,00, valor


provisoriamente arbitrado à condenação para este efeito, a cargo da reclamada.

Honorários de sucumbência devidos pela reclamada em 15% do valor da


condenação, conforme se apurar em liquidação

Intimem-se as partes, a reclamada por mandado, inclusive para


cumprimento das decisões antecipatória e cautelar.

Intime-se o d. MPT, com remessa dos autos.

Constatada a alteração de destinação de recurso previsto em orçamento


aprovado para a ré para este ano, determino que se oficieao Tribunal de Contas do Distrito Federal, à
Procuradoria Geral do Distrito Federal e à Controladoria Geral da União, com cópias desta sentença, da ata
de audiência e dos documentos de fls. 287/289, 392/394 e 395/396.

Cumpridas tais providências, voltem-me conclusos os autos, de imediato,


para prestar as informações requeridas à fl. 1110.

Nada mais.

Brasília/DF, 29 de outubro de 2019.

SOLYAMAR DAYSE NEIVA SOARES

Juíza do Trabalho

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