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ADVOCACIA PREVIDENCIÁRIA Dra. Heloísa Cremonezi


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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO JUIZADO
ESPECIAL FEDERAL DE PRESIDENTE PRUDENTE/SP.

GILMAR GARCIA, brasileiro, divorciado, varredor


de rua, nascido em 14 de abril de 1969, portador do RG sob n° 22.357.136-2 e
inscrito no CPF: 080.371.798-93, residente e domiciliado na Rua Henrique Foster,
n° 372 – Parque Alexandrina – CEP: 19034-060, na cidade de Presidente
Prudente/SP, por intermédio de suas advogadas e procuradoras que a estas
subscrevem (mandato incluso), com escritório profissional sito à Rua Luiz Cunha,
nº. 274, Vila Nova, Fone/Fax: (18) 3903-3909, nesta cidade de Presidente Prudente-
SP; vem, mui respeitosamente, à Ilustre presença de Vossa Excelência com o
devido respeito e acatamento, propor a presente

AÇÃO DE CONCESSÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO –


AUXÍLIO-DOENÇA - CUMULADO COM PEDIDO DE
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ;

Contra o INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, que deverá ser


citado na pessoa do Procurador-Chefe da Agência de Pres.Prudente-SP, na Rua
Siqueira Campos, n.1315, Vila Roberto, CEP:19013-030, consubstanciando suas
alegações fáticas e legais nas razões que a seguir passa a expor e, no final,
requerer o quanto segue:
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Rua Luiz Cunha, nº 274, Vila Nova – CEP 19010-310 - Presidente Prudente-SP
Fone: (18) 3903-3909
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DOS FATOS:

O Autor durante a sua vida laboral sempre exerceu


atividades que exigem esforço físico e movimentos repetitivos que hoje lhe
acarretam imensuráveis dores, tanto é verdade que conforme demonstra sua
carteira de trabalho, sempre laborou como servente de pedreiro e desde 2009
labora como varredor de rua, junto à empresa PRUDENCO.

Como é cediço, os varredores de rua, chamados


comumente “garis”, são pessoas cuja atividade profissional consiste no ato de varrer
as vias públicas do espaço urbano. Tal como os lixeiros, são uma das profissões
que atuam na manutenção da limpeza das cidades.

Tal atividade é sempre exercida mediante a


exposição solar, colocando o trabalhador em situação de maior desgaste físico, uma
vez que além do esforço realizado com a coluna, membros superiores e inferiores,
encontra-se submetido a extremo calor.

Sendo assim, o Autor ao buscar auxílio médico, foi


diagnosticado com cervicalgia associada à lombociatalgia à esquerda por
alteração degenerativa e hérnia de disco, uma vez que em seus exames médicos
foram constatados a espondiloartrose torácica e hérnia de disco em C3-C4 e
C4-C5.

Em decorrência da impossibilidade de trabalho, uma


vez que necessita de afastamento de suas atividades laborativas para realizar o
tratamento médico adequado, o Autor realizou pedido de Auxílio-Doença em
24/06/2019 (627.903.575-5), que foi indeferido com a fundamentação de não
constatação da incapacidade laboral. No entanto, em 29/07/2019 novamente
apresentou requerimento administrativo requerendo o benefício por
incapacidade (628.933.258-2), o qual foi igualmente indeferido pela Autarquia.

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Ocorre que, a decisão denegatória do INSS está
equivocada frente à documentação médica anexa, principalmente em relação ao
especialista Dr. Paulo André P. F. Ferrari que é categórico ao atestar:

Atesto para os devidos fins que GILMAR GARCIA está em


tratamento neste hospital com quadro de cervicalgia associado a
lombociatalgia a esquerda por alteração degenerativa e hérnia
de disco. No momento em tratamento clínico com analgesia e
FST. Necessita de 60 dias para tratamento. CID M50/M51.1

O paciente com cervicalgia costuma adquirir uma


atitude de defesa e rigidez dos movimentos, ocorre também uma alteração na
mobilidade do pescoço e a dor durante a palpação da musculatura do pescoço
podendo também abranger a região do ombro e nos casos mais graves ou
prolongados irradiando para todo o membro superior.

No caso da lombociatalgia, sua principal


característica é a irradiação da dor para as nádegas e face posterior da coxa,
podendo alcançar até o pé. A intensidade da dor varia desde um pequeno
desconforto até uma dor intensa, sendo que a movimentação da coluna exacerba
o quadro doloroso.

Na maior parte dos casos observa-se transtorno


funcional, impossibilitando que o paciente realize suas atividades rotineiras,
como trabalhar, recostar ou deitar. Em algumas situações, pode haver total bloqueio
funcional, com o paciente permanecendo rigidamente em uma única posição.

Na hérnia de disco, existe uma fraqueza ou mesmo


uma ruptura do anel que contém o disco, onde uma parte de seu conteúdo sai de
sua posição normal e invade o canal vertebral, onde passa a comprimir as raízes
nervosas, causando compressão sobre elas e, consequentemente, dor.

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O excesso de peso e fazer atividades que
demandem grande esforço físico são fatores que podem desencadear
problemas nas costas, entre elas a hérnia de disco, o que é o caso do Autor,
uma vez que labora como varredor de rua.

Assim, seria correto, deixar de conceder o tão


pleiteado benefício a uma pessoa que se encontra incapacitada para exercer suas
atividades laborativas e habituais, qual seja sua função de varredor de rua????

Principalmente quando a própria Constituição


Federal ao disciplinar a Seguridade Social, com ênfase na Previdência Social, prevê
proteção do trabalhador nos momentos de doença?

Ante todos os fatos apresentados,


não resta dúvida que o benefício deve ser concedido,
afinal, os documentos em anexo, indicam que o Autor se
encontra inapto para o trabalho, persistindo a
incapacidade mesmo após a cessação indevida.

“Data venia”, pode-se concluir que a análise do


médico-perito credenciado ao INSS, no que tange aos pedidos de concessão de
benefício de auxílio-doença, tem sido feito de forma inteiramente discricionária.

Todavia, em que pese o conhecimento destes


profissionais, não é crível que uma mera avaliação ligeira a pessoa periciada, dê
elementos suficientes e hábeis a ensejar um diagnóstico conclusivo, sobre um
direito de concessão, principalmente por que está mais que provado pelos
documentos acostados aos autos que a autora tem direito ao restabelecimento do
benefício, uma vez que está impossibilitado de desenvolver suas atividades
profissionais e habituais.

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Ademais, se analisarmos o quadro clínico
incapacitante em conjunto com as condições pessoais do Autor, evidenciaremos a
inviabilidade de seu retorno ao trabalho, eis que é pessoa de meia idade, com baixa
escolaridade, sem qualquer qualificação profissional, sempre trabalhando como
servente de pedreiro e atualmente, como varredor de rua, ou seja exercendo
atividades pesadas, além da restrição médica.

Neste contexto, segue o posicionamento do Tribunal


Regional Federal da 3º Região, no sentido de que a incapacidade do segurado
deve ser analisada com a conjugação da doença e de suas condições
pessoais, assim, se essa associação indicar que ele não pode mais exercer
sua função habitual, porque a enfermidade impossibilita o seu
restabelecimento, e nem receber treinamento para readaptação profissional,
não há como deixar de conceder o benefício previdenciário. Ademais, o mesmo
entendimento segue os demais tribunais regionais, vejamos o julgado:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. APOSENTADORIA POR


INVALIDEZ. TUTELA ANTECIPADA. PERÍCIA. 1. Essa Eg. Turma
vem decidindo de forma pacífica no sentido de ser incabível a
concessão de aposentadoria por invalidez em sede de tutela
antecipada. Isso porque, no início do processo, não há ainda prova
robusta acerca da invalidez do autor, que só é atestada, até então,
por perícia médica particular; 2. No caso dos autos, entretanto, já
foi realizada perícia judicial, a qual pode caracterizar prova
forte o suficiente para serem antecipados os efeitos da tutela;
3. A perícia judicial atestou que a paciente é obesa e refere-se
a dores lombares e no joelho esquerdo. Afirmou o perito que a
agravada não consegue flexionar o seu joelho esquerdo (redução
da flexão aproximadamente de 90%), senta com o membro inferior
esquerdo distendido. Afirmou que "a pericianda é portadora de
espondiloartrose lombar com sinais clínicos de compressão de
terminações nervosa e gonartrose do joelho esquerdo desde 2004,
comprovadas por atestados médicos, radiografias e ressonância
magnética. Apresenta ainda hipertensão arterial sistêmica e
obesidade. Tem dificuldade de deambular e em sentar/levantar. As
artropatias são de caráter crônico degenerativo e de improvável
cura pelo tempo decorrido e pela idade da pericianda. Deve manter
tratamento conservador com repouso das articulações afetadas,
uso de inflamatórios não hormonais não hormonais e evitar esforço
físico exarcebado ou transportar/remover objetos pesados"; 4. Por
derradeiro, deve-se salientar que a agravada está incapacitada
para sua atividade profissional habitual (empregada
doméstica), e que, como bem asseverado pelo juiz a quo "o
estado de saúde da autora, portadora de diversas doenças de
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caráter crônico, bem como seu baixo grau de instrução,
impossibilita sua reinserção no mercado de trabalho". Assim,
considerando a gravidade e peculiaridade do caso em
questão, bem como a existência de perícia médica do juízo,
prova idônea a formar um juízo de verossimilhança à
antecipação da tutela; 5. Agravo de instrumento improvido.
(TRF-5 - AGTR: 101731 PE 0096483-04.2009.4.05.0000, Relator:
Desembargador Federal Paulo Roberto de Oliveira Lima, Data de
Julgamento: 25/02/2010, Terceira Turma, Data de Publicação:
Fonte: Diário da Justiça Eletrônico - Data: 05/03/2010 - Página: 330
- Ano: 2010)

Ante todo o exposto, irresignado com a decisão do


Médico-perito do Instituto-réu, face sua impossibilidade física e psíquica de exercer
suas atividades laborais habituais, enseja o provimento jurisdicional suscitado, no
escopo de ver seu pleito concedido, por ser medida de criteriosa justiça “in casu”.

DO DIREITO:

A Constituição Federal garante a dignidade da


pessoa humana e tem por fundamento a promoção do bem estar de todos sem
qualquer forma de discriminação, cf. artigo 1º, III, da CF/88.

No mesmo sentido o artigo 196 da CF/88 dispõe


que:

“A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido através


das políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco
e de outros agravos ao acesso universal e igualitário às ações e
serviços para sua promoção, proteção e recuperação.”

E ainda, o artigo 201, do mesmo diploma legal, em


seu inciso I, estabelece que os planos de previdência social, nos termos da lei,
atenderão a cobertura dos eventos de doença, incluídos os resultantes de auxílio-
doença e invalidez por incapacidade física para o trabalho.

A mercê do bom direito, segundo dispõe a Lei nº.


8.213/91:

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“(...) será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de
Auxílio - doença, for considerado incapaz para o trabalho e
insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que
lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga enquanto
permanecer nesta condição.”

Neste sentido, dispõe o art.59 da mencionada Lei:

“O Auxílio–doença será devido ao segurado que, havendo


cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido
nesta lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua
atividade habitual por mais de 15 (quinze), dias consecutivos”.

O Autor preencheu todos os requisitos


indispensáveis à manutenção do referido benefício denominado Auxílio-Doença,
haja vista possuir qualidade de segurado, contar com o tempo mínimo de
contribuição requerido ao benefício em espécie, e APRESENTAR DOENÇA
INCAPACITANTE PARA O TRABALHO.

Acrescenta-se que, concedido o referido benefício,


ficando constatada a impossibilidade de recuperação para sua atividade habitual, e,
se não conseguir êxito, será aposentado por invalidez, conforme determinam os
artigos 62 em conjunto com o artigo 101 da Lei nº. 8.213/91, e do art.77 do Decreto
n.2.172 de 05 de março de 1997, este último transcrito abaixo:

“O segurado em gozo de Auxílio-Doença, insuscetível de


recuperação para sua atividade habitual, deverá submeter-se ao
processo de reabilitação profissional para o exercício de outra
atividade, não cessando o benefício até que seja dado como
habilitado para o desempenho de nova atividade que lhe
garanta a subsistência, ou, quando considerado não
recuperável, seja aposentado por invalidez”.

Como dito alhures, o Requerente não tem condições


para exercer suas atividades profissionais, conforme a evidência da enfermidade
apresentada, devidamente diagnosticada por médico especialista.

Ademais, como pode o perito médico do órgão


público, com uma simples olhadela no estado aparente do Requerente concluir que

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esta não se encontra incapacitado para as atividades habituais se a doença que o
Autor possui, apenas poderá ser constatada através de exames e análises
detalhadas.

Tamanho absurdo!!!!

Portanto, o restabelecimento do benefício em


questão, bem como a sua aposentadoria por invalidez, após perícia efetuada por
médico indicado pelo Juízo, o que desde já requer, se impõe como medida de
JUSTIÇA!

DA NECESSIDADE DE MÉDICO PERITO ESPECIALIZADO

Mister consignar que, o problema de saúde do Autor


não pode ser avaliado por qualquer profissional da Medicina, necessitando daquele
que possui alto conhecimento sobre as doenças que afetam a segurada, por se
manter atualizado acerca dos diagnósticos e tratamentos.

Até mesmo porque, o que está posto à apreciação


do Judiciário é a vida, saúde e dignidade do autor, tutelados pela Magna Carta e
que devem ser analisados com a merecida e máxima cautela pelo poder judiciário,
para que não se cometam INJUSTIÇAS, como ocorreu no âmbito administrativo
pela autarquia-ré!!!

Não é esse o objetivo da nossa Constituição


Federal, que, aliás, preza pela saúde e pela vida dos cidadãos, nem mesmo o é
da LBP, que prevê o afastamento do trabalhador para tratamento quando este está
incapacitado temporariamente pelo período superior a 15 dias.

Além do que, está pacificado na jurisprudência pátria

que há necessidade de designação de perito especialista na


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doença do suplicante, principalmente se naquele juízo
existem médicos especialistas ao caso particularizado do
segurado.

Nesse sentido:

PREVIDENCIÁRIO. ART. 557 DO CPC. AGRAVO LEGAL EM


AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESTABELECIMENTO DE AUXÍLIO-
DOENÇA. NOMEAÇÃO DE PERITO CLÍNICO GERAL.
PROBLEMAS PSIQUIÁTRICOS. NECESSIDADE DE REALIZAÇÃO
DA PERÍCIA POR MÉDICO ESPECIALISTA. RECURSO PROVIDO.
- No caso, a autora foi submetida a perícia ortopédica, realizada por
experto da confiança do juízo, o qual expressamente afirmou que,
ante as queixas e a constatação de transtorno mental, a requerente
deveria ser periciada por um psiquiatra, a fim de verificar
sua real capacidade laborativa. - Necessidade de
nomeação de perito especialista nos problemas de saúde
da autora. - Agravo provido.
(AI 00310382520114030000, DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO
FONTES, TRF3 - OITAVA TURMA, e-DJF3 Judicial 1
DATA:10/08/2012 ..FONTE_REPUBLICACAO:.)

Tal pedido se justifica na medida em que é notório


que as negativas de benefícios previdenciários no âmbito administrativo pelo
instituto-réu, ocorrem justamente porque os médicos peritos, em sua maioria,
são clínicos gerais ou suas especialidades não são as dos casos
particularizados posto à sua apreciação.

Por esta razão, inúmeros segurados têm se


socorrido do poder judiciário para corrigir e reparar as injustiças da autarquia
requerida e, na maioria dos casos, senão todos obtém êxito no pleito judicial.

Portanto, não há razão para que as perícias


judiciais sejam realizadas por clínicos gerais ou por médicos com
especialidade diversa da doença dos suplicantes, justamente porque se busca
do poder judiciário a análise sobre o quadro clinico particularizado do
segurado e uma efetiva prestação jurisdicional.

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Com o devido respeito, não se quer com o presente
pedido desmerecer ou desqualificar os demais médicos peritos especialista em
outros ramos da medicina, ou, os médicos clínicos gerais.

Na verdade, busca-se com o presente


pedido uma efetiva prestação jurisdicional e evitar que se ocorra
INJUSTIÇA!

A perícia realizada por médico especializado busca a


verdadeira realidade do quadro clínico da autora/segurada e, evita a interposição de
recursos, e principalmente busca-se a JUSTIÇA.

Importante lembrar que, mesmo aqueles que não

têm condições financeiras de pagar um plano de saúde, ao se


socorrerem do Sistema Único de Saúde - SUS, são
imediatamente encaminhados para médicos especialistas
nas doenças dos suplicantes.

Desta forma, quer demonstrar que, se no Sistema


Único de Saúde, ainda que de forma precária, existe esse zelo para com os
cidadãos, dando-se tratamento especializado a cada tipo de doença, judicialmente,
ao se tratar de saúde e vida dos segurados da previdência social, deve-se ter um
zelo ainda maior, pois a decisão transitada em julgado é sentença definitiva na vida
destes, gerando situações, muitas vezes, irreversíveis.

Neste diapasão requer à Vossa Excelência seja

determinada a realização de perícia médica no autor por médico


especialista nas patologias, ainda que seja o caso de realização de duas
perícias.

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DA JURISPRUDÊNCIA:

A Jurisprudência já decidiu que:

Tribunal Regional Federal da 3ª Região TRF-3 - RECURSO


INOMINADO : RI 00014025320174036321 SP - Inteiro Tribunal
Regional Federal da 3ª Região Publicado por Tribunal Regional
Federal da 3ª Regiãohá 28 dias RESUMOINTEIRO TEOREMENTA
PARA CITAÇÃO Inteiro Teor TERMO Nr: 9301234492/2019
PROCESSO Nr: 0001402-53.2017.4.03.6321 AUTUADO EM
25/04/2017 ASSUNTO: 040105 - AUXÍLIO-DOENÇA (ART. 59/64) -
BENEF.EM
ESPÉCIE/CONCESSÃO/CONVERSÃO/RESTABELECIMENTO/CO
MPLEMENTAÇÃO CLASSE: 16 - RECURSO INOMINADO RECTE:
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - I.N.S.S. (PREVID)
ADVOGADO (A)/DEFENSOR (A) PÚBLICO (A): SP999999 - SEM
ADVOGADO RECDO: MARIA SANTANA DA SILVA HONORATO
ADVOGADO (A): SP320676 - JEFFERSON RODRIGUES STORTINI
DISTRIBUIÇÃO POR SORTEIO EM 10/07/2019 12:57:26
RELATÓRIO Trata-se de ação objetivando concessão de benefício
previdenciário por incapacidade. A r. sentença julgou procedente o
pedido, sendo oportuno colacionar alguns excertos dela, do que
interessa:“(...)No caso dos autos, a hipótese é de deferimento de
auxílio-doença. Conforme se depreende da consulta realizada ao
CNIS, a autora detém qualidade de segurada, bem como cumpriu a
carência exigida para a concessão do benefício previdenciário
pleteiado nos autos, visto o vínculo empregatício mantido com a
Prefeitura de Mongagua/SP desde 01/07/2004, e o laudo médico na
especialidade Ortopedia apontou incapacidade desde 26/06/2017. A
propósito das condições de saúde da autora, apontou o perito que
ela está total e permanentemente incapaz, em virtude de sequela de
fratura distal no radio esquerdo. Outrossim, é suscetível de
reabilitação profissional. Comprovada, portanto, a incapacidade
exigida pela Lei n. 8.213/91, o restabelecimento do benefício deve
ser deferido. O auxílio-doença é devido desde a partir da data de
cessação do benefício previdenciário nº 611.129.424-9, ocorrida em
18/01/2017 e deve ser mantido, nos termos da parte final do art. 62
da Lei n. 8.213/91, ou seja, até reabilitação ou concessão de
aposentadoria por invalidez. Saliento que o fato da autora ter
exercido atividade remunerada posterior a data de início de sua
incapacidade, não elide o direito ao benefício, inclusive o
percebimento de benefício durante período em que exerceu
atividade remunerada. É o que se extraí da Súmula 72 da TNU:

"É possível o recebimento de benefício por incapacidade durante


período em que houve exercício de atividade remunerada quando
comprovado que o segurado estava incapaz para as atividades
habituais na época em que trabalhou." Referida situação decorre da
necessidade de obter o sustento ou pela importância que atribuem
ao trabalho. Pelo exposto, nos termos do art. 487, inciso I, do Código
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de Processo Civil, julgo procedente o pedido formulado na exordial,
para condenar a autarquia previdenciária a restabelecer o benefício
à autora, a contar a partir de 18/01/2017. O benefício deve ser
mantido, nos termos da parte final do art. 62 da Lei n. 8.213/91, ou
seja, até reabilitação ou concessão de aposentadoria por invalidez.
Os benefícios atrasados deverão ser pagos por requisição de
pequeno valor ou precatório, com correção monetária desde a data
do vencimento e juros de mora a partir da citação, nos termos do
Manual de Cálculos da Justiça Federal vigentes à época da
execução. O réu reembolsará à União os honorários periciais, nos
termos do art. 12, § 1º, Lei n.º 10.259/2011. Sem condenação em
custas ou honorários advocatícios. Defiro a Justiça gratuita.
Presente a probabilidade do direito alegado, bem como o perigo de
dano, com fundamento no artigo 300 do Código de Processo Civil,
antecipo os efeitos da tutela, para determinar o restabelecimento do
benefício, no prazo de 15 dias. Oficie-se. Com a informação do
restabelecimento do benefício, e após o trânsito em julgado da
sentença, intime-se o INSS para que, no prazo de 60 (sessenta)
dias, efetue os cálculos das parcelas atrasadas. P.R.I.” Recorre o
INSS, pugnando pela reforma da r. sentença recorrida, com a
improcedência do pedido inicial. Com contrarrazões. É o relatório.
VOTO - A r sentença recorrida decidiu o pedido inicial de modo
exauriente, analisando todas as questões suscitadas pelas partes,
revelando-se desnecessárias meras repetições de sua
fundamentação. O artigo 46 combinadamente com o § 5º do art. 82,
ambos da Lei nº 9099/95, facultam à Turma Recursal dos Juizados
especiais a remissão aos fundamentos adotados na sentença.
Ademais a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no
sentido de que a adoção dos fundamentos contidos na sentença
pela Turma Recursal não contraria o art. 93, inciso IX, da
Constituição Federal, vejamos, por exemplo, o seguinte julgado:
EMENTA - AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA
INDIRETA. JUIZADO ESPECIAL. REMISSÃO AOS
FUNDAMENTOS DA SENTENÇA. AUSÊNCIA DE
FUNDAMENTAÇÃO. INOCORRÊNCIA. 1. Controvérsia decidida à
luz de legislações infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição
do Brasil. 2. O artigo 46 da Lei nº 9.099/95 faculta ao Colégio
Recursal do Juizado Especial a remissão aos fundamentos adotados
na sentença, sem que isso implique afronta ao artigo 93, IX ,da
Constituição do Brasil. Agravo Regimental a que se nega
provimento. (AI 726.283-7-AgR, Rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, DJe
nº 227, Publicação 28/11/2008).
O parágrafo 5º do artigo 82 da Lei nº 9.099/95, dispõe “se a
sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a súmula do
julgamento servirá de acórdão.” O dispositivo legal prevê,
expressamente, a possibilidade de o órgão revisor adotar como
razão de decidir os fundamentos do ato impugnado, o que não
implica violação do artigo 93, IX, da Constituição Federal. Não
merece prosperar a alegação de que o percebimento de benefício
por incapacidade concomitante ao exercício de atividade laboral
configura situação irregular. O benefício por incapacidade é
substituto da remuneração salarial do segurado, razão pela qual
é incompatível a cumulação de benefício por incapacidade em
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concomitância com o mesmo, devendo, portando, ser excluído
do cálculo o período de contribuições vertidas no período ao
RGPS. Entretanto, verifico nos esclarecimentos prestados pelo
perito (evento-31) que apesar da autora, varredora de rua,
retornar ao trabalho, as sequelas ortopédicas, não permitem o
pleno exercício da função de gari.
No tocante a data do início do benefício-DIB, deve-se ter como base
a data adotada pelo perito judicial, como início da incapacidade.
Assim, sendo fixada a incapacidade em data posterior a cessação
do benefício, como no caso dos autos, a data de início do benefício
deve ser fixada na data do início da incapacidade fixada no laudo
pericial, DIB na DII em 26/06/2017.
O art. 62 da Lei nº 8.213/91 assim prevê: Art. 62. O segurado em
gozo de auxílio-doença, insuscetível de recuperação para sua
atividade habitual, deverá submeter-se a processo de reabilitação
profissional para o exercício de outra atividade. (Redação dada pela
Lei nº 13.457, de 2017) Parágrafo único. O benefício a que se refere
o caput deste artigo será mantido até que o segurado seja
considerado reabilitado para o desempenho de atividade que lhe
garanta a subsistência ou, quando considerado não recuperável,
seja aposentado por invalidez. (Incluído pela Lei nº 13.457, de 2017)
A questão em exame foi objeto de julgamento na Turma Nacional de
Uniformização dos Juizados Especiais Federais, como
representativo da controvérsia (Tema 177/TNU), em que foi firmada
a seguinte tese: "1. CONSTATADA A EXISTÊNCIA DE
INCAPACIDADE PARCIAL E PERMANENTE, NÃO SENDO O
CASO DE APLICAÇÃO DA SÚMULA 47 DA TNU, A DECISÃO
JUDICIAL PODERÁ DETERMINAR O ENCAMINHAMENTO DO
SEGURADO PARA ANÁLISE ADMINISTRATIVA DE
ELEGIBILIDADE À REABILITAÇÃO PROFISSIONAL, SENDO
INVIÁVEL A CONDENAÇÃO PRÉVIA À CONCESSÃO DE
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ CONDICIONADA AO
INSUCESSO DA REABILITAÇÃO; 2. A ANÁLISE ADMINISTRATIVA
DA ELEGIBILIDADE À REABILITAÇÃO PROFISSIONAL DEVERÁ
ADOTAR COMO PREMISSA A CONCLUSÃO DA DECISÃO
JUDICIAL SOBRE A EXISTÊNCIA DE INCAPACIDADE PARCIAL E
PERMANENTE, RESSALVADA A POSSIBILIDADE DE
CONSTATAÇÃO DE MODIFICAÇÃO DAS CIRCUNSTÂNCIAS
FÁTICAS APÓS A SENTENÇA.". INCIDENTE JULGADO COMO
REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA (TEMA 177).
A decisão transitou em julgado em 10/06/2019, conforme consta na
página da TNU, consulta a temas representativos da controvérsia.
Assim, a decisão judicial deve se adequar ao entendimento firmado
pela Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais
Federais. Quanto aos critérios de correção monetária dos valores
atrasados, a r. sentença recorrida determinou a aplicação do Manual
de Orientação de Procedimentos para os Cálculos na Justiça
Federal, veiculado pela Resolução n. 134, de 21 de dezembro de
2010, com as alterações introduzidas pela Resolução n. 267, de 2 de
dezembro de 2013, conforme CAPÍTULO 4 – LIQUIDAÇÃO DE
SENTENÇA, item 4.3 Benefícios previdenciários, cujos índices de
atualização monetária e de juros de mora estão em perfeita
consonância com as decisões proferidas em repercussão geral, pelo
STF e STJ (Decisão do C. STF no RE 870947, Relator (a): Min. LUIZ
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FUX, Tribunal Pleno, julgado em 20/09/2017, ACÓRDÃO
ELETRÔNICO DJe-262 DIVULG 17-11-2017 PUBLIC 20-11-2017 e
decisão do E. STJ, no REsp 1495146/MG, Rel. Ministro MAURO
CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
22/02/2018, DJe 02/03/2018). Nesse sentido, não há como fixar a
correção monetária de acordo com o artigo 1º-F da Lei 9.494/97
(com a redação que lhe foi conferida pela Lei 11.960/2009), como
requer o INSS em suas razões de recurso. Posto isso, dou parcial
provimento ao recurso do INSS para fixar a DIB na DII em
26/06/2017 e para adequar a questão do processo de reabilitação
profissional ao entendimento da Turma Nacional de Uniformização
dos Juizados Especiais Federais (Tema 177), determinando o
encaminhamento do segurado para análise administrativa de
elegibilidade à reabilitação profissional, devendo a autarquia
previdenciária adotar como premissa a conclusão da decisão judicial
sobre a existência de incapacidade parcial e permanente, ressalvada
a possibilidade de constatação de modificação das circunstâncias
fáticas após a sentença. No mais, considerando que a r. sentença
recorrida bem decidiu a questão, deve ser mantida nos termos do
artigo 46 da Lei nº 9.099/95. Sem honorários advocatícios (artigo 55,
caput, da Lei nº 9.099/95). Dispensada a elaboração de ementa, na
forma da legislação vigente. É como voto. ACÓRDÃO A Sétima
Turma Recursal do Juizado Especial Federal da Terceira Região –
Seção Judiciária de São Paulo decidiu, por unanimidade, dar parcial
provimento ao recurso, nos termos do voto do Juiz Federal Relator
Rafael Andrade de Margalho. Participaram do julgamento o (a) s Sr
(a) s. Juíze (a) s Federais: Claudia Mantovani Arruga, Douglas
Camarinha Gonzales e Rafael Andrade de Margalho. São Paulo, 27
de agosto de 2019 (data de julgamento).

DA CUMULAÇÃO DE PEDIDOS:

A cumulação sucessiva dos pedidos é perfeitamente


admissível, porque são compatíveis entre si.

Neste sentido, a Jurisprudência Pátria:

PROCESSO CIVIL. PREVIDENCIÁRIO. PRELIMINARES


AFASTADAS. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ OU AUXÍLIO-
DOENÇA. INCAPACIDADE PARCIAL VERIFICADA EM LAUDO
PERICIAL JUDICIAL. TERMO INICIAL DO BENEFÍCIO. JUROS
DE MORA. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. REFORMA PARCIAL
DA R. SENTENÇA. AÇÃO PARCIALMENTE PROCEDENTE. 1.
Não há falar em inépcia da petição inicial da ação, conforme
argüido pela autarquia (fls. 135), ante a cumulação dos pedidos
de aposentadoria por invalidez e auxílio-doença, pois
expressamente autorizada pelo Estatuto Processual Civil a
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formulação de pedidos em ordem sucessiva, a fim de que o juiz
conheça do posterior, em não podendo acolher o anterior, nos
termos do artigo 289 do CPC. 2. Afasta-se, também, as
preliminares argüidas nas contra-razões tanto da autora quanto do
réu, pois não se verifica o propósito protelatório do recurso da
autarquia, que se utilizou do instrumento processual adequado,
devidamente fundamentado, para defesa de seus interesses, assim
como, diferente do alegado, encontram-se presentes os requisitos
de admissibilidade do recuso adesivo da autora. 3. Os requisitos
para a concessão da aposentadoria por invalidez, de acordo com o
artigo 42, caput e § 2.º, da Lei n.º 8.213/91, são os seguintes: 1)
qualidade de segurado; 2) cumprimento da carência, quando for o
caso; 3) incapacidade insuscetível de reabilitação para o exercício
de atividade que garanta a subsistência; 4) não serem a doença ou a
lesão existentes antes da filiação à Previdência Social, salvo se a
incapacidade sobrevier por motivo de agravamento daquelas. 4. Os
registros constantes na CTPS da autora às fls. 22 a 24 e 26, cujo
último vínculo encerrou-se em 12/05/2005, indicam o preenchimento
da carência para a concessão do benefício e a manutenção da
qualidade de segurada da Previdência Social. 5. De acordo com o
laudo pericial, a autora, em virtude das doenças diagnosticadas, está
apenas parcialmente incapacitada para o trabalho, com possibilidade
de recuperação de sua capacidade funcional. Nesse contexto,
inexistindo outros elementos de prova que contrariem tal conclusão
e sendo a autora relativamente jovem, pois nascida em 19/02/1975
(fls. 17), o que facilita, em tese, a recuperação ou reabilitação
profissional, correta a concessão de auxílio-doença, não se
justificando, ao menos por ora, a implantação de aposentadoria por
invalidez, para a qual se exige incapacidade total e permanente para
o trabalho, sem perspectiva de reabilitação. 6. O termo inicial do
benefício, contudo, deve ser fixado na data da realização da perícia
médica, isto é, 01/08/2006 - fls. 94, pois foi somente nesse momento
que a extensão e a natureza da incapacidade pôde ser seguramente
atestada. Precedente do STJ (REsp nº 314913-SP, Relator Ministro
FERNANDO GONÇALVES, j. 29/05/2001, DJ 18/06/2001 p. 212). 7.
Nunca é demais lembrar que a correção monetária incide sobre as
prestações em atraso, desde os respectivos vencimentos, na forma
da Súmula 8 do E. TRF da 3ª Região, observada a legislação de
regência especificada na Portaria nº 92/2001 DF-SJ/SP, de
23.10.2001, e Provimento nº 64/2005, de 24.04.2005, da E.
Corregedoria-Geral da Justiça da 3ª Região. 8. Os juros de mora
deverão ser computados em 1% (um por cento ao mês), nos termos
do art. 406 do novo Código Civil, c.c. o art. 161, § 1º, do Código
Tributário Nacional. Ressalvado o ponto de vista do Relator, que
entendia ser devida a aplicação da taxa SELIC, de modo a me
submeter ao entendimento da majoritária jurisprudência. 9.
Parcialmente procedente a ação, a sucumbência é recíproca,
compensando-se a verba honorária (art. 21 do CPC). 10.
Preliminares afastadas. Apelação da autarquia parcialmente provida.
Recurso adesivo da autora desprovido. Sentença reformada em
parte. Ação parcialmente procedente.
(AC 00218719620074039999, JUIZ CONVOCADO ALEXANDRE
SORMANI, TRF3 - TURMA SUPLEMENTAR DA TERCEIRA
SEÇÃO, DJF3 DATA:18/09/2008 ..FONTE_REPUBLICACAO).
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Assim, a cumulação que ora se faz, apresenta-se


regular sob o aspecto formal, devendo ser admitida.

DO PEDIDO

Ante o exposto, requer a Vossa Excelência


respeitosamente:

a) Que se digne, diante da comprovação da


incapacidade do autor mediante apresentação de atestados e laudos atualizados,
forrados nesta peça inaugural, o deferimento ao Pedido de Tutela de Urgência,
consoante o art. 300 do novo C.P.C;

b) a citação do Instituto Nacional do Seguro Social-


INSS, na pessoa de seu representante legal, para que, caso queira, apresente
contestação, sob pena de confissão e revelia, nos termos do art.344 do C.P.C;

c) Requer, seja julgado totalmente PROCEDENTE


a presente Ação em todos os seus termos, para CONCEDER o Benefício de

Auxílio-Doença (NB: 627.903.575-5), requerido em 04/09/2019 desde


o momento de sua indevida cessação em 25/06/2019.

d) Restando evidenciado a incapacidade total e


definitiva do Autor para a execução das atividades laborativas, de maneira

TOTAL E PERMANENTE ou PARCIAL e PERMANENTE , requer pela


conversão do Auxílio-Doença em Aposentadoria por Invalidez, tudo nos termos do
artigo 44, alínea “b”, da Lei 8.213/91 e artigos 41 e 42 do Decreto nº.611/92 e
súmula 47 da TNU, para que corresponda a uma prestação continuada e vitalícia de
100% (cem por cento), do salário de benefício.

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e) Condenar o Instituto-requerido ao pagamento das
custas e despesas processuais, honorários sucumbenciais, e demais cominações
legais admitidos em lei;

f) Em caso de concessão de auxílio-doença,


condicionado a processo de reabilitação profissional, pugna-se para que, seja
determinado que o benefício não seja cessado até conclusão de reabilitação do
Segurado, bem como sua recolocação ao mercado de trabalho, devendo, o Instituto-
requerido, comprovar através de documentos, a efetiva realização do processo de
reabilitação profissional;

g) Em caso de, constatação da redução da


capacidade laboral do Autor, pugna-se pela concessão do benefício de Auxílio-
Acidente, nos termos do artigo 86 e seguintes da Lei 8.213/91;

h) Outrossim, requer por necessário, na fase


processual oportuna, a nomeação de perito-médico forense especialista em
ORTOPEDIA, escolhido por este Juízo, para a realização da perícia médica, dada a
particularidade do caso apresentado;

k) Requer, pela concessão dos benefícios da Justiça


Gratuita, vez que o requerente se declara ser pessoa pobre na acepção jurídica do
termo, sob a égide do artigo 98 do novo CPC, que lhe assegura.

Protesta provar o alegado por todos os meios de


prova em direito admitidos, em especial, perícias, juntadas de novos documentos,
prova testemunhal, e juntada de quesitos complementares caso seja necessário, e
demais meios de prova que se fizerem imprescindíveis ao deslinde da presente
Ação.

Dá-se à causa o valor de R$ 13.972,00 (treze mil,


novecentos e setenta e dois reais), para fins fiscais.

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Nestes termos,
Pede deferimento.

Presidente Prudente/SP, 08 de outubro de 2019

Heloisa Cremonezi
OAB/SP. 231.927

Ana Paula Zago Gonçalves


OAB/SP 343.668

QUESITOS COMPLEMENTARES:

Em decorrência da relevância de conhecimento


científico específico ao caso, desde já, o Autor apresenta os seus quesitos,
pugnando para que, o Senhor Perito responda as perguntas apresentadas de
maneira clara e fundamentada, individualizando cada doença e/ou lesão
apresentada, não se utilizando de termos genéricos como “sim ou não”; “inexiste
incapacidade nesta data”; “prejudicado”, conforme determina o artigo 473 do Código
de Processo Civil; artigo 6° e 10° da Resolução 1.488/98 do Conselho Federal de
Medicina e artigos 13 e 14 da Resolução do Conselho Federal de Medicina
2.183/2018.

1. Qual a especialidade clínica do Sr. Perito?

2. Favor descrever sobre o periciado as seguintes informações: idade,


escolaridade, os dados antropométricos, os sinais vitais e estado geral, sintomas
psíquicos ou físicos apresentados, existência de deformidade, cicatrizes cirúrgicas,
utilização de aparelhos e, se possível, o anexo de fotos da pessoa do periciado no
ato da avaliação.

3. Quais as atividades profissionais já realizadas pelo periciado?

4. O periciado possui alguma lesão(ões) e/ou doença(s)? Em caso afirmativo,


identifique o diagnóstico provável, de forma literal, e de maneira pormenorizada,
trazendo explicação claras (conhecimento cientifico) que possui sobre as
doenças/lesões e código CID.

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5. Trata-se de que tipo de doença: aguda ou crônica, endêmica, degenerativa,
ocupacional, etc.?

6. Reconhecida a existência de doença e/ou lesão, questiona-se: é possível a


cura? O desenvolvimento clínico da patologia é gradativa?

7. Qual a data de início da doença (DID)? Quais os documentos que


comprovam?

8. Atualmente, é possível afirmar que as patologias estão agravadas? Qual a


data fixada do agravamento?

9. O periciando realiza tratamento médico regularmente? Em qual(is) serviço(s)


– particular, SUS etc? Desde quando? Quais documentos comprovam – citar os
exames e documentos anexados na exordial e no curso do processo, além de
eventuais documentos novos apresentados na data da perícia e ainda não anexados
no processo.

10. Essa doença e/ou lesão provoca dores? Quais os sintomas ocasionados ao
paciente? Deve ser realizado repouso? Há restrições? De que natureza?

11. Deve ser feito uso de medicamentos diários? Em caso positivo, quais as
medicações que estão sendo ministradas? Referidos medicamentos causam efeitos
colaterais, se positivo, descreva quais são eles?

12. A(s) doença(s) e/ou lesão(ões) apresentada(s) poderá(ao) ser recuperada(s)


ou melhorada(s) através de algum tratamento médico? Sendo a resposta positiva,
descrever o meio de tratamento e prognóstico da doença, bem como o tempo
estimado para recuperação. Em caso negativo, qual o tratamento indicado?

13. Consegue o periciado realizar normalmente os movimentos da coluna? Ou


possui dificuldade? Em que movimento?

14. As atividades laborais e habituais do periciado de varredor de rua podem


agravar as doenças e/ou lesões existentes?

15. A doença e/ou lesão é incapacitante?


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16. De caráter TOTAL ou PARCIAL? DEFINITIVA (ou permanente) ou


TEMPORÁRIA? Favor analisar a profissão e as condições pessoais do periciado.

17. Qual a data de início da incapacidade (DII)? Qual o critério e documento


médico utilizado para fixação de tal data?

18. Caso a resposta seja TOTAL E PERMANENTE, é indicada a aposentadoria


por invalidez?

19. Em caso de incapacidade total e permanente, a partir de quando a


incapacidade passou a ter essa característica? Informe os critérios e documentos
comprobatórios.

20. Caso a incapacidade seja TEMPORÁRIA, indaga-se: qual o prazo estimado


para recuperação? E qual o tratamento adequado para ser realizado no período de
afastamento?

21. Quais são os principais sintomas relatados? Eles se manifestam quando?

22. O periciado fez teve o seu benefício de Auxílio-Doença cessado em


25/06/2019, pergunta-se: nessa data já existia a incapacidade laboral?

23. Caso a(s) doença(s) e/ou lesão apresentada(s) impeça o periciado de realizar
sua atividade habitual de varredor de rua, é possível a sua reabilitação profissional?
Para qual tipo de atividade profissional?

24. Levando em consideração as condições pessoais do periciado (idade,


escolaridade, trabalhos anteriores, etc.) seria ele capaz de realizar essas atividades
indicadas? Estaria o periciado em condições de igualdade para competir no mercado
de trabalho ou até mesmo para se submeter ao processo de Reabilitação
profissional?

25. Caso o Sr. Perito entenda que na data da perícia médica judicial não haja
incapacidade do periciado, informe se houve, em algum período, a presença de
incapacidade.

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26. Caso o Sr. Perito entenda que há incapacidade à partir da realização da
perícia médica judicial, informe os motivos que levaram a concluir de tal modo.

27. Existem outros esclarecimentos que o expert julgue necessário para a


instrução da causa?

O autor informa que não possui condições


financeiras para nomeação de assistente técnico, protestando pela
apresentação de quesitos suplementares, caso haja a efetiva necessidade.

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