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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO - UFERSA

CAMPUS PAU DOS FERROS


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
DISCIPLINA: ECONOMIA PARA ENGENHARIA

TEORIA DO CONSUMIDOR E DA
DEMANDA

Magnus Kelly de Oliveira Pinheiro


magnus-oliveira@hotmail.com
Teoria do Consumidor e da Demanda
➢ Utilidade (Teorias cardinal e ordinal);
➢ Curvas de indiferença;
➢ Limitação orçamentária.
Teorias cardinal e ordinal
➢ Teorias cardinal: a utilidade cardinal 'quantifica' o bem-estar do indivíduo;
➢ Teorias ordinal: apenas ordena bens, não lhes atribuindo qualquer quantidade
de utilidade;
Curvas de indiferença
➢ Completa: Supomos que é possível comparar duas cestas quaisquer;
➢ Reflexiva: Supomos que todas as cestas são pelo menos tão boas quanto elas
mesmas;
➢ Transitiva: se o consumidor acha que X é pelo menos tão boa quanto Y e que
Y é pelo menos tão boa quanto Z, então ele acha que X é pelo menos tão boa
quanto Z.
➢ permite representar as escolhas de forma gráfica;
Limitação orçamentária
➢ é dada por:
𝑝1 𝑥1 + 𝑝2 𝑥2 ≤ 𝑚
➢ resolvendo para 𝑥2 , o que encontramos corresponde à equação de uma linha
𝑚 𝑝
reta com intercepto vertical igual a e inclinação igual a − 1 .
𝑝2 𝑝2

➢ isso é a taxa marginal de substituição ou custo de oportunidade, que pode ser


obtida a partir da derivação de 𝑥2 .
➢ como mudanças no preço e na renda afetam a demanda.
EXERCÍCIO
(QUESTÃO 1) Seja 𝑢(𝐷, 𝑀) a função de utilidade de um indivíduo,
em que 𝐷 é o número de unidades de um bem doméstico e 𝑀 é o
número de unidades de um bem importado. A função de utilidade é
uma Cobb-Douglas. Sabe-se que, se a taxa de substituição econômica
de bens importados por domésticos for 0,5, o indivíduo consumirá a
mesma quantidade dos dois bens, em equilíbrio. Pede-se: qual é a taxa
marginal de substituição de 𝑀 por 𝐷 se a cesta de consumo é
(𝐷, 𝑀) = (50, 200)?
EXERCÍCIO
(QUESTÃO 2) Dispondo de renda 𝑀, um consumidor deve escolher entre os bens
𝑋 e 𝑌, cujas quantidades e preços são representadas, respectivamente, por 𝑥 e 𝑦 e
𝑝𝑥 e 𝑝𝑦 . Julgue as afirmativas:
Se sua função de utilidade for 𝑈 𝑥, 𝑦 = min 𝑥, 4𝑦 , a função demanda de
𝑀
𝑋 será 𝑥 = 𝑝𝑦 .
𝑝𝑥 + 4

Se sua função de utilidade for 𝑈(𝑥, 𝑦) = 𝑥 + 4𝑦, o consumidor se especializará


𝑝𝑥 1
no consumo de 𝑌, caso < .
𝑝𝑦 4

Se sua função de utilidade for 𝑈(𝑥, 𝑦) = 𝐴𝑥 𝛼 𝑥 𝛽 , a curva de Engel do bem 𝑋,


𝛼+𝛽 𝑘𝑥
quando 𝑝𝑥 = 𝑘, será 𝑀 = .
𝛼
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CAMPUS PAU DOS FERROS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
DISCIPLINA: ECONOMIA PARA ENGENHARIA

EQUAÇÕES DE SLUTSK E OS EFEITOS


SUBSTITUIÇÃO, RENDA E TOTAL

Magnus Kelly de Oliveira Pinheiro


magnus-oliveira@hotmail.com
Equações de Slutsk
➢ Nos mostra qual deve ser a variação na renda para manter o poder de compra
constante.
∆𝑚 = ∆𝑝1 ∙ 𝑥1
➢ O efeito de uma mudança de preço;
➢ Efeito substituição: é a variação na demanda do bem 1 quando o preço do
bem muda para 𝑝1′ e, ao mesmo tempo, a renda monetária muda para 𝑚′ .
∆𝑥1𝑠 = 𝑥1 𝑝1′ , 𝑚′ − 𝑥1 𝑝1 , 𝑚
➢ Efeito renda: é a variação da demanda do bem 1 quando variamos a renda de
𝑚′ para 𝑚 e mantemos o preço do bem 1 constante no valor 𝑝1′ .
∆𝑥1𝑛 = 𝑥1 𝑝1′ , 𝑚 − 𝑥1 𝑝1′ , 𝑚′
Equações de Slutsk
➢ Sinais dos efeitos renda e substituição
➢ Efeito renda: pode ser positivo, se o bem for inferior, e negativo se o bem for
normal.
➢ Efeito substituição: é negativo.
➢ Variação total na demanda: é a variação na demanda devida à variação no
preço, mantida fixa a renda:
∆𝑥1 = 𝑥1 𝑝1′ , 𝑚 − 𝑥1 𝑝1 , 𝑚
➢ essa variação se divide nos efeitos renda e substituição. Assim temos que:
∆𝑥1 = ∆𝑥1𝑠 + ∆𝑥1𝑛
➢ Essa equação é chamada identidade de Slutsky.
Equações de Slutsk
➢ Qual o Sinal do efeito total (variação total na demanda).
➢ pode ser negativo ou positivo:
➢ será negativo quando estivermos falando de bens normais; e
➢ pode ser positivo se, o efeito renda, for suficientemente grande.
➢ Um outro efeito substituição: o efeito substituição de Hicks
➢ O efeito substituição de Slutsky fornece ao consumidor o dinheiro exatamente
necessário para voltar a seu nível original de consumo;
➢ O efeito substituição de Hicks fornece ao consumidor a quantidade de dinheiro
exatamente necessária para que retorne à sua antiga curva de indiferença;
➢ Assim, o efeito substituição de Hicks mantém constante a utilidade, em vez de manter
constante o poder aquisitivo;
EXERCÍCIO
Suponhamos que o consumidor tenha uma função de demanda de um bem com a
forma
𝑚
𝑥1 = 10 +
10𝑝1
Sua renda original é de 𝑅$120 por semana e o preço do bem é de R$3 a unidade,
assim, sua demanda pelo bem por semana será? Suponhamos agora que o preço
do bem caia para 𝑅$2, a esse novo preço, a demanda desse consumidor, por
semana, para esse bem será? E a variação total da demanda será? Calcule,
também, os efeitos substituição e renda.
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CAMPUS PAU DOS FERROS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
DISCIPLINA: ECONOMIA PARA ENGENHARIA

EXCEDENTE DO CONSUMIDOR,
DO PRODUTOR E TOTAL
Magnus Kelly de Oliveira Pinheiro
magnus-oliveira@hotmail.com
Excedente do consumidor
➢ Excedente do consumidor individual: é o ganho monetário obtido na
aquisição de um produto por um preço menor do que concordaria pagar;
➢ Excedente do produtor: é o lucro obtido por ele na venda de um produtor por
um preço maior do que ele concordaria vender;
➢ Excedente Total: é a soma dos excedentes. E mede o bem-estar.
➢ Variação compensadora da renda: é a variação de renda necessária para levar
o consumidor à sua curva de indiferença original;
➢ Variação equivalente da renda: é quanto dinheiro teria de se tirar do
consumidor antes da variação de preço para deixá-lo tão bem quanto estaria
depois da variação de preço.
EXERCÍCIO
1. Imagine a curva de demanda linear 𝐷(𝑝) = 20𝑝 – 3𝑝2 . Quando o preço
varia de 2 para 5 , qual a variação correspondente no excedente do
consumidor?
2. Suponhamos que a curva de demanda seja dada por 𝐷(𝑝) = 10 – 𝑝2 . Qual o
benefício bruto de consumir seis unidades do bem?
3. Suponhamos que a curva de oferta seja dada por O(𝑥) = 2𝑥 – 𝑥 2 . Qual o
benefício de se vender oito unidades do bem?
4. Calcule os excedentes do consumidor, do produtor e total, dadas as respectivas
curvas de oferta e demanda, 𝐷(𝑥) = 6𝑥 – 2𝑥 2 e 𝑂(𝑥) = 4𝑥 – 𝑥 2 , e os
seguintes preços e quantidade, respectivamente: 𝑅$ 4, 𝑅$ 16 e 𝑅$ 28 e 8.
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DISCIPLINA: ECONOMIA PARA ENGENHARIA

EFEITOS DE IMPOSTOS E
SUBSÍDIOS
Magnus Kelly de Oliveira Pinheiro
magnus-oliveira@hotmail.com
EFEITOS DE IMPOSTOS E SUBSÍDIOS
➢ O ponto essencial a respeito dos impostos é que existe dois preços de interesse: o
que o demandante paga e o que o ofertante recebe. A diferença entre esses dois
preços – o de demanda e o de oferta – é igual à grandeza do imposto (ou ônus do
imposto);
➢ Existem vários tipos de impostos, vamos examinar dois tipos:
➢ impostos sobre a quantidade: é uma taxa cobrada por cada unidade vendida ou
comprada do bem.
𝑃𝐷 = 𝑃𝑆 + 𝑡
EX.: Suponhamos que o imposto sobre a gasolina seja de 𝑅$0,12 por litro e que o
litro de gasolina custe 𝑅$4,75, quanto pagara o demandante pelo litro de gasolina?
➢ impostos sobre o valor (impostos ad valorem): é uma taxa expressa em unidades
percentuais. Por exemplo, os impostos estaduais sobre as vendas;
𝑃𝐷 = 1 + 𝜏 𝑃𝑆
EXERCÍCIO
1. Um consumidor possui a função de utilidade cardinal dada por 𝑈 𝑥1 , 𝑥2 =
𝑥1 𝑥2 . Sejam 𝑀 a renda deste consumidor e 𝑝1 e 𝑝2 os preços, julgue as
alternativas em VERDADEIRO e FALSO:
a) Ceteris paribus, as quantidades ótimas escolhidas por tal consumidor seriam
alteradas se a função de utilidade fosse 𝑈 𝑥1 , 𝑥2 = 4 + 5 𝑥1 𝑥2 .
b) As preferências do consumidor são convexas.
c) Os dois bens são substitutos perfeitos.
M
d) A utilidade marginal da renda é dada por .
2𝑝1 𝑝2
EXERCÍCIO
2. Suponha que o Consumidor 𝐴 tenha a função de utilidade 𝑢 𝑥, 𝑦 = 𝑥 + 2𝑦 e o
Consumidor 𝐵 tenha a função de utilidade 𝑢 𝑥, 𝑦 = min 𝑥, 2𝑦 .O Consumidor
𝐴 tem inicialmente 12 unidades de 𝑦 e zero unidade de 𝑥 , enquanto o
Consumidor 𝐵 tem 12 unidades de 𝑥 e zero unidade de 𝑦. É correto afirmar que,
no equilíbrio competitivo:
𝑝𝑦
a. =2
𝑝𝑥

b. A restrição orçamentária do Consumidor 𝐴 será: 𝑥𝑠 + 2𝑦𝑠 = 12, em que 𝑥𝑠 e


𝑦𝑠 são as quantidades consumidas dos dois bens.
c. A cesta de consumo de 𝐴 será: 𝑥𝑠 = 6, 𝑦𝑠 = 9 .
EXERCÍCIO
3. Para um dado produto a quantidade produzida e o preço por unidade são dados
pelas coordenadas no ponto onde as curvas de oferta e demanda se interceptam,
se a curva de oferta é 𝑦 = 2𝑥 + 24 e a demanda é 𝑦 = 39 − 𝑥 2 . Determine, os
excedentes do consumidor, do produtor e total.
4. A princípio, o consumidor defronta-se com a reta orçamentária 𝑝1 𝑥1 + 𝑝2 𝑥2 =
𝑚. Depois, o preço do bem 1 dobra, o do bem 2 passa a ser oito vezes maior e a
renda quadruplica. Escreva uma equação para a nova reta orçamentária com
relação à renda e aos preços originais.
5. O que ocorre com a reta orçamentária se o preço do bem 2 aumentar, mas a
renda e o preço do bem 1 permanecerem constantes?
6. Imaginemos que o governo baixe um imposto de R$ 0,15 sobre o galão da
gasolina e depois resolva criar um subsídio para a gasolina a uma taxa de R$
0,07 por galão. Essa combinação equivale a que taxa líquida?
EXERCÍCIO
7. Suponhamos que a equação orçamentária seja dada por 𝑝1 𝑥1 + 𝑝2 𝑥2 = 𝑚. O
governo decide impor um imposto de montante fixo de 𝑢, um imposto 𝑡 sobre a
quantidade do bem 1 e um subsídio s sobre a quantidade do bem 2. Qual será a
fórmula da nova reta orçamentária?
8. Qual a definição de um bem numerário?
9. Se observarmos o consumidor escolher 𝑥1 , 𝑥2 quando 𝑦1 , 𝑦2 está disponível,
poderemos concluir que 𝑥1 , 𝑥2 ≻ 𝑦1 , 𝑦2 ?
10. Imaginemos o grupo de pessoas A, B, C e examine a relação “estritamente mais
alta que”. Essa relação é transitiva? Ela é reflexiva? Ela é completa?
11. Uma curva de indiferença pode cruzar a si mesma?
EXERCÍCIO
12. Explique por que as preferências convexas significam que “as médias são
preferidas aos extremos”.
13. Qual é sua taxa marginal de substituição de notas de 𝑅$ 1 por notas de 𝑅$ 5?
14. Se o bem 1 for “neutro”, qual será sua taxa marginal de substituição pelo bem 2?
15. Que tipos de preferências são representados pela função de utilidade com
𝑢 𝑥1 , 𝑥2 = 𝑥1 + 𝑥2 ? E pela função de utilidade v 𝑥1 , 𝑥2 = 13𝑥1 + 13𝑥2 ?
16. Que tipo de preferências a função de utilidade com a forma 𝑢 𝑥1 , 𝑥2 = 𝑥1 +
𝑥2 representa? A função de utilidade 𝑢 𝑥1 , 𝑥2 = 𝑥12 + 2𝑥1 𝑥2 + 𝑥2 é uma
transformação monotônica de 𝑢 𝑥1 , 𝑥2 ?
17. Se o consumidor tiver uma função de utilidade 𝑢 𝑥1 , 𝑥2 = 𝑥1 𝑥24 , que fração da
renda dele será gasta no bem 2?
EXERCÍCIO
18. Suponhamos que o consumidor utilize sempre duas colheres de açúcar em cada xícara
de café. Se o preço de cada colher de açúcar for 𝑝1 e o da xícara de café, 𝑝2 , e se o
consumidor tiver 𝑅$ 𝑚 para gastar em café e açúcar, quanto o consumidor quererá
comprar?
19. Demonstre que os substitutos perfeitos são um exemplo de preferências homotéticas.
20. Demonstre que as preferências Cobb-Douglas são preferências homotéticas.
21. Qual a forma da função de demanda inversa para o bem 1 no caso de complementares
perfeitos?
22. Suponhamos que as preferências sejam côncavas. O efeito substituição continuará
23. negativo?
24. No caso do imposto sobre a gasolina, o que aconteceria se a restituição do imposto ao
consumidor se baseasse em seu consumo original de gasolina, 𝑥, em vez de no consumo
final, 𝑥’?
EXERCÍCIO
25. Um bem pode ser fabricado a um custo de 𝑅$ 10, em uma indústria competitiva. Há cem
consumidores dispostos, cada um deles, a pagar 𝑅$ 12 para obter uma única unidade do
bem (unidades adicionais não têm qualquer valor para eles). Qual será o preço de
equilíbrio e a quantidade vendida? O governo impõe um imposto de 𝑅$ 1 sobre o
produto. Qual é o ônus desse imposto?
26. Suponhamos que a curva de demanda seja dada por 𝐷(𝑝) = 10 – 𝑝. Qual o benefício
bruto de consumir seis unidades do bem?
27. No exemplo anterior, se o preço variar de 4 para 6, qual será a variação no excedente do
consumidor?
28. Suponhamos que um consumidor esteja consumindo dez unidades de um bem discreto e
que o preço aumente de 𝑅$ 5 para 𝑅$ 6. No entanto, mesmo depois da variação do
preço, o consumidor continua a consumir dez unidades do bem discreto. Que perda essa
variação de preço provoca no excedente do consumidor?
EXERCÍCIO
29. Se a curva de demanda de mercado for 𝐷 𝑝 = 100 − 0,5𝑝, qual será a curva de
demanda inversa?
30. Se 𝐷 𝑝 = 12 − 2𝑝, que preço maximizará a receita?
100
31. Suponhamos que a curva de demanda de um bem seja dada por 𝐷 𝑝 − . Qual preço
𝑝
maximizará a receita?
32. Qual é o efeito de um subsídio num mercado com uma curva de oferta horizontal? E
num mercado com curva de oferta vertical?
33. Os Estados Unidos importam cerca da metade do petróleo que consomem. Suponhamos
que os demais produtores de petróleo estejam dispostos a ofertar qualquer quantidade de
que o país precise a um preço constante de 𝑈𝑆$25 por barril. O que aconteceria com o
preço do petróleo doméstico caso se aplicasse ao petróleo estrangeiro um imposto de
𝑈𝑆$5 por barril?
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CAMPUS PAU DOS FERROS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
DISCIPLINA: ECONOMIA PARA ENGENHARIA

TEORIA DA FIRMA

Magnus Kelly de Oliveira Pinheiro


magnus-oliveira@hotmail.com
TEORIA DA FIRMA
➢ Objetivo da Firma:
➢ é a maximização de lucros.
➢ Divisão:
➢ Teoria da Produção;
➢ Teoria dos Custos.
➢ O Lucro Total:
𝐿𝑇 = 𝑅𝑇 − 𝐶𝑇
➢ onde 𝑅𝑇, é a receita total, dada por:
𝑅𝑇 = 𝑞 ∙ 𝑝
➢ A Teoria da Produção analisa às relações tecnológicas, físicas, entre quantidade
produzida e de insumos utilizados na produção, e a Teoria dos Custos inclui os
preços dos insumos.
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CAMPUS PAU DOS FERROS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
DISCIPLINA: ECONOMIA PARA ENGENHARIA

TEORIA DOS CUSTOS

Magnus Kelly de Oliveira Pinheiro


magnus-oliveira@hotmail.com
TEORIA DA FIRMA
➢ CONCEITOS BÁSICOS:
➢ A ESCOLHA DO PROCESSO DE PRODUÇÃO:
➢ Produção é o processo pelo qual uma firma transforma os fatores de produção adquiridos em
produtos ou serviços para a venda no mercado;
✓ mão-de-obra intensiva, ou capital intensivo e ou terra intensiva.
➢ Depende de sua eficiência:
➢ eficiência técnica (ou tecnológica): permite produzir uma mesma quantidade de
produto, utilizando menor quantidade física de fatores de produção (é dada);
➢ eficiência econômica: processo que permite produzir uma mesma quantidade de
produto, com menor custo de produção.
➢ Tecnologia: métodos de produção conhecidos.
➢ Método ou Processo de Produção: combinações entre os fatores de produção.
TEORIA DA FIRMA
➢ FUNÇÃO DE PRODUÇÃO:
➢ É a relação técnica entre a quantidade física de fatores de produção e a quantidade física
do produto em determinado período de tempo.
𝑄 = 𝑓 𝑁, 𝐾, 𝐿
➢ DISTINÇÃO ENTRE FATORES DE PRODUÇÃO FIXOS E VARIÁVEIS E
ENTRE CURTO E LONGO PRAZOS:
➢ Fatores de produção fixos: permanecem inalterados, quando a produção varia;
➢ Fatores de produção variáveis: se alteram com a variação da quantidade
produzida.
➢ Curto prazo: pelo menos um fator de produção não varia;
➢ Longo prazo: todos os fatores variam.
TEORIA DA FIRMA
➢ PRODUÇÃO COM UM FATOR VARIÁVEL E UM FIXO: UMA ANÁLISE DE CURTO
PRAZO
𝑄 = 𝑓 𝑁, 𝐾
➢ Como 𝐾 é suposto fixo ou constante a curto prazo, a função produção fica:
𝑄=𝑓 𝑁
➢ CONCEITOS DE PRODUTO TOTAL, PRODUTIVIDADE MÉDIA E PRODUTIVIDADE
MARGINAL
➢ Produto Total (PT) = Q: é a quantidade total produzida, em determinado período de tempo. Representa
quanto produz cada fator.
➢ Produtividade média: é a relação entre o nível do produto e a quantidade do fator de produção, em
determinado período de tempo. Representa a contribuição média de cada fator de produção:
𝑃𝑇
✓ Produtividade Média da Mão-de-obra: 𝑃𝑀𝑒𝑛 =
𝑁
𝑃𝑇
✓ Produtividade Média do Capital: 𝑃𝑀𝑒𝑘 =
𝐾
➢ Produtividade marginal: é a variação da produção dada uma variação em 𝑁.
TEORIA DA FIRMA
➢ LEI DOS RENDIMENTOS DECRESCENTES DO FATOR
➢ Assegura que no ponto máximo do produto total (𝑃𝑇), a produtividade marginal
da mão-de-obra 𝑃𝑀𝑔𝑛 é igual a zero. Antes desse ponto, a produtividade marginal
da mão-de-obra é positiva, ou seja, aumentos na absorção de mão-de-obra elevam o
produto total. Após o ponto máximo do 𝑃𝑇 𝑃𝑀𝑔𝑛 = 0 , a produtividade é
negativa: acréscimos de mão-de-obra diminuirão o produto.
➢ PRODUÇÃO A LONGO PRAZO
➢ Todos os fatores variam;
𝑄 = 𝑓 𝐾, 𝑁, 𝐿
➢ Essa função de produção pode ser representada por uma curva chamada Isoquanta.
TEORIA DA FIRMA
➢ ISOQUANTAS DE PRODUÇÃO
➢ curva na qual todos os pontos representam infinitas combinações de fatores, que
indicam a mesma quantidade produzida.
➢ apresenta duas características básicas:
➢ Inclinação negativa: se aumentar a quantidade de um fator de produção, a
quantidade do outro fator tem que ser reduzida. Sua declividade chama-se Taxa
Marginal de Substituição Técnica (𝑻𝑴𝑺𝑻).
➢ Convexa em relação à origem: se a quantidade de 𝑁 aumenta em relação à
quantidade de 𝐾, teremos trabalhadores menos produtivos < 𝑃𝑀𝑔𝑁 e máquinas
mais produtivas > 𝑃𝑀𝑔𝑘 .
➢ Um conjunto de isoquantas, representa uma família de isoquantas, ou mapa de
produção.
TEORIA DA FIRMA
➢ CONCEITO DE ECONOMIAS DE ESCALA
➢ economia de escala técnica ou tecnológica: quando a produtividade física varia com a
variação de todos os fatores de produção.
➢ economia de escala pecuniária: quando os custos por unidade produzida variam com a
variação de todos os fatores de produção.
➢ Rendimentos crescentes de escala
➢ Se todos os fatores de produção crescerem numa mesma proporção, a produção cresce numa
proporção maior.
➢ Rendimentos decrescentes de escala
➢ Ocorre quando todos os fatores de produção crescem numa mesma proporção, e a produção
cresce numa proporção menor.
➢ Rendimentos constantes de escala
➢ Se todos os fatores crescem em dada proporção, a produção cresce na mesma proporção. As
produtividades médias dos fatores de produção permanecem constantes.
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO - UFERSA
CAMPUS PAU DOS FERROS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
DISCIPLINA: ECONOMIA PARA ENGENHARIA

TEORIA DA PRODUÇÃO

Magnus Kelly de Oliveira Pinheiro


magnus-oliveira@hotmail.com
INTRODUÇÃO
➢ As estruturas de mercado dependem fundamentalmente de três caracteríscas:
a. número de empresas que compõem esse mercado;
b. tipo do produto (se as firmas fabricam produtos idênticos ou diferenciados);
c. se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado.
➢ As empresas maximizam o lucro total, ou seja, a receita marginal é igual ao custo
marginal;
➢ Essa é a hipótese da teoria tradicional ou marginalista.
➢ No caso de estruturas oligopolistas, a empresa maximiza o mark-up, que é a margem
entre a receita e os custos diretos (ou variáveis) de produção.
➢ No mercado de bens e serviços, as formas de mercado, são: concorrência perfeita;
monopólio; concorrência monopolística (ou imperfeita); e oligopólio.
➢ No mercado de fatores de produção, as formas de mercado são: concorrência perfeita;
concorrência imperfeita; monopsônio e oligopsônio no fornecimento de insumos
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CAMPUS PAU DOS FERROS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
DISCIPLINA: ECONOMIA PARA ENGENHARIA

CONCORRÊNCIA PERFEITA

Magnus Kelly de Oliveira Pinheiro


magnus-oliveira@hotmail.com
MODELO DA FIRMA EM CONCORRÊNCIA PERFEITA
➢ Compradores e vendedores são tomadores de preço;
➢ HIPÓTESES DO MODELO:
• hipótese da atomicidade;
• hipótese da homogeneidade;
• hipótese da mobilidade de firmas;
• hipótese da racionalidade;
• transparência de mercado;
• hipótese da mobilidade de bens (não existem custos de transporte);
• inexistência de externalidades;
• hipótese da divisibilidade; e
• mercado de fatores de produção também em concorrência perfeita.
CURVAS DE DEMANDA DE MERCADO E DA FIRMA
INDIVIDUAL
➢ a curva de demanda aparece como uma restrição, ou seja, ela diz qual deve ser
o preço cobrado por uma mercadoria dada a quantidade que se pretende vender
dela;
➢ a curva de demanda da firma individual deve ser horizontal, indicando que seu
preço máximo é igual ao preço de mercando independente de sua produção;
➢ como a curva de demanda é horizontal a procura é infinitamente elástica, o que
quer dizer que dada uma variação do preço de mercado, a demanda para a firma é
indeterminada;
RECEITA TOTAL, RECEITA MÉDIA E RECEITA MARGINAL
➢ Receita Total (𝑅𝑇)
𝑅𝑇 = 𝑝𝑞
➢ Receita Média (𝑅𝑀), é igual ao preço unitário de venda
𝑅𝑇 𝑝𝑞
𝑅𝑀 = = =𝑝
𝑞 𝑞
• RM é a curva de demanda da firma individual, e em concorrência perfeita, ela é
fixa, pois 𝑝 é constate.
➢ Receita Marginal 𝑅𝑀𝑔
𝜕𝑅𝑇
𝑅𝑀𝑔 =
𝜕𝑞
• Em concorrência perfeita, a 𝑅𝑀𝑔 é uma constante igual ao preço de mercado.
Assim,
𝑝 = 𝑅𝑀𝑔 = 𝑅𝑀
EQUILÍBRIO DA FIRMA EM CONCORRÊNCIA PERFEITA
➢ primeiro vamos fazer isso matematicamente. Partindo do pressuposto de que a
firma busca maximizar o lucro, temos que
𝜋 𝑞 = 𝑅𝑇 𝑞 − 𝐶𝑇(𝑞)
➢ maximizando a função, temos que a condição de primeira ordem é
𝜕𝜋 𝑞 𝜕𝑅𝑇 𝑞 𝜕𝐶𝑇 𝑞
=0⇒ − = 0 ⇒ 𝑅𝑀𝑔 = 𝐶𝑀𝑔
𝜕𝑞 𝜕𝑞 𝜕𝑞
➢ assim o lucro máximo é obtido quando 𝑅𝑀𝑔 = 𝐶𝑀𝑔, ou seja, quando a curva
de 𝑅𝑀𝑔 corta a de 𝐶𝑀𝑔, o que pode ocorrer em dois pontos. Para sabermos qual
desses pontos representa o lucro máximo, verificamos a condição de máximo de
segunda ordem. Assim,
𝜕2𝜋 𝜕𝑅𝑀𝑔 𝜕𝐶𝑀𝑔
2
<0⇒ <
𝜕 𝑞 𝜕𝑞 𝜕𝑞
EQUILÍBRIO DA FIRMA
EM CONCORRÊNCIA
PERFEITA
➢ graficamente, essa relação diz que: o
lucro máximo é atingido quando a curva
de 𝐶𝑀𝑔 cruza a de 𝑅𝑀𝑔 em seu ramo
ascendente.
➢ interpretando esse resultado, vemos
primeiramente que 𝑅𝑀𝑔 ≠ 𝐶𝑀𝑔 não
pode ser um ponto de lucro máximo,
pois se fizermos pequenas variações na
quantidade produzida alteraremos o
lucro da firma. Por exemplo, se 𝑅𝑀𝑔 >
𝐶𝑀𝑔, uma variação positiva na
quantidade produzida aumenta o lucro.
Se 𝑅𝑀𝑔 < 𝐶𝑀𝑔, podemos aumentar o
lucro com uma variação negativa na
produção.
ÁREAS DE LUCRO TOTAL, RECEITA TOTAL E CUSTO
TOTAL
CURVA DE OFERTA DA FIRMA EM CONCORRÊNCIA
PERFEITA
➢ Uma firma produzindo na intersecção entre o ramo ascendente da curva de
custo marginal e a curva de receita marginal, para essa quantidade produzida, o
custo médio é superior ao preço de venda;
➢ isso implica em um custo total maior que a receita total;
➢ nessas condições a firma está incorrendo em prejuízo;
➢ dessa forma não será melhor a firma encerrar a atividade produtiva?
• Depende se as curvas de custo médio e marginal representadas no gráfico são de
curto ou longo prazo.
➢ se for de longo prazo as atividades devem ser encerradas;
➢ se for de curto prazo ela dever escolher em ter prejuízo produzindo ou sem
produzir;
CURVA DE OFERTA DA FIRMA EM CONCORRÊNCIA
PERFEITA
➢ a condição para que a firma opere é que haja um nível de produção para o
qual:
𝐶𝑇 − 𝑅𝑇 < 𝐶𝐹
➢ como 𝐶𝑇 = 𝐶𝐹 + 𝐶𝑉 , essa condição equivale a 𝐶𝐹 + 𝐶𝑉 − 𝑅𝑇 < 𝐶𝐹 ,
ou:
𝐶𝑉 < 𝑅𝑇
➢ Finalmente, dividimos ambos os termos por 𝑞 , obtemos:
𝐶𝑉𝑀 < 𝑝
➢ então no curto prazo, a firma deve ter um nível de produção, a onde o
custo variável médio seja inferior ao preço do produto;
CURVA DE OFERTA DA FIRMA EM CONCORRÊNCIA
PERFEITA
CURVA DE OFERTA DA FIRMA EM
CONCORRÊNCIA PERFEITA
➢ graficamente, a firma deve produzir quando sua curva individual de demanda
passar, pelo menos em algum trecho, acima da curva de custo variável médio;
➢ o ramo ascendente da curva de custo marginal acima da de custo variável
médio nos diz quanto deve ser produzido e ofertado de acordo com o preço no
curto prazo;
➢ no longo prazo, como não existem custos fixos e variáveis a curva de oferta é o
ramo acima da curva de custo marginal no cruzamento com a de custo médio;
EXCEDENTE DO PRODUTOR
➢ é a diferença entre o custo de produzir e a receita que obtém a partir da
produção;
➢ no longo prazo, é o lucro;
➢ no curto prazo, é diferença entre o receita total e o custo variável de produção;
CURVA DE OFERTA DA INDÚSTRIA EM
CONCORRÊNCIA PERFEITA
✓ CURVA DE OFERTA DA INDÚSTRIA NO CURTO PRAZO
➢ deve-se analisar duas situações: na primeira, os preços dos fatores de produção
não se alteram com uma expansão da produção no setor, e a segunda com ele se
alterando;
➢ na primeira, a curva de oferta do mercado é a soma horizontal das curvas de
custo marginais acima da de custo variável médio e mínimo;
➢ na segunda, a curva de oferta da indústria será mais inclinada que a soma
horizontal das curvas de custo marginal das firmas individuais;
CURVA DE OFERTA DA INDÚSTRIA EM
CONCORRÊNCIA PERFEITA
✓ OFERTA DE LONGO PRAZO DE MERCADO EM
CONCORRÊNCIA PERFEITA
➢ depende do que acontece com os custos de produção, quando aumenta a
produção no setor. Existe três situações:
• indústria com custos constantes;
• indústria com custos crescentes;
• indústria com custos decrescentes.
✓ EFECIÊNCIA
➢ no mercado individual, a eficiência no sentido de Pareto é atingida quando à
igualdade entre o custo marginal e o preço de demanda;
EFEITO DE UM IMPOSTO SOBRE AS
VENDAS
➢ se for sobre a quantidade vendida, o imposto deslocara a curva de oferta para
cima sem alterar sua inclinação;
➢ se for sobre o valor da venda, a inclinação será alterada;
➢ a inclinação é determinada pela derivada da função em relação a quantidade;
➢ se a demanda for mais elástica que a oferta, a maior parte do imposto será paga
pelo produtor;
➢ se a demanda for menos elástica que a oferta, o consumidor pagara a maior
parte do imposto;
➢ parcela do imposto paga pelo consumidor: 𝑞1 (𝑝𝑐 − 𝑝𝑜 );
➢ parcela do imposto paga pelo produtor: 𝑞1 (𝑝𝑜 − 𝑝𝑡 );
➢ arrecadação do governo: 𝑞1 𝑝𝑐 − 𝑝𝑜 + 𝑞1 (𝑝𝑜 − 𝑝𝑡 ).
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO - UFERSA
CAMPUS PAU DOS FERROS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
DISCIPLINA: ECONOMIA PARA ENGENHARIA

MONOPÓLIO

Magnus Kelly de Oliveira Pinheiro


magnus-oliveira@hotmail.com
HIPÓTESES DO MODELO
➢ Uma estrutura de mercado monopolista apresenta três características principais:
• uma única empresa produtora do bem ou serviço;
• não há produtos substitutos próximos;
• existem barreiras à entrada de firmas concorrentes.
➢ barreiras ao acesso:
• monopólio puro ou natural;
• proteção de patentes;
• controle sobre o fornecimento de matérias-primas-chaves;
• tradição no mercado.
➢ Uma hipótese implícita no comportamento do monopolista é que ele não
acredita que os lucros elevados que obtém a curto prazo possam atrair
concorrentes, ou que os preços elevados possam afugentar os consumidores.
FUNCIONAMENTO DE UM MERCADO
EM MONOPÓLIO: Curva de demanda do
monopolista

7 13
FUNCIONAMENTO DE UM MERCADO
EM MONOPÓLIO: Curvas de receita média
e receita marginal
𝑅𝑇
𝑅𝑀𝑒 =
𝑞
e
𝑅𝑀𝑔 = ∆𝑅𝑇 = 𝑅𝑇1 − 𝑅𝑇0
FUNCIONAMENTO DE UM MERCADO
EM MONOPÓLIO: Relação entre RT e
elasticidade-preço da demanda em monopólio
➢ existe uma relação entre a receita total (RT) e a elasticidade-preço da demanda
(Epp), como se segue:
• demanda elástica: s𝑒 𝑝 ↑ 𝑞 ↓ 𝑅𝑇 ↓
𝑠𝑒 𝑝 ↓ 𝑞 ↑ 𝑅𝑇 ↑
• demanda inelástica: 𝑠𝑒 𝑝 ↑ 𝑞 ↓ 𝑅𝑇 ↑
𝑠𝑒 𝑝 ↓ 𝑞 ↑ 𝑅𝑇 ↓
➢ Sabendo-se, ainda, que:
• RMg é a derivada primeira da curva de RT;
• no máximo da RT, RMg = 0;
• RMg corta o eixo das abscissas na metade do corte da RMe.
➢ Assim, a curva de Receita Total varia de acordo com o valor da elasticidade-
preço da demanda.
FUNCIONAMENTO DE UM MERCADO
EM MONOPÓLIO: Custos de produção do
monopolista
➢ não difere daquela observada no modelo de concorrência perfeita;
➢ alguns autores afirmam que a situação monopólica poderia reduzir o incentivo
à eficiência;
➢ outros já consideram que os monopolistas tem mais condições de investir em
tecnologia, o que proporciona custos menores de produção;
EQUILÍBRIO DE CURTO PRAZO DE UMA
EMPRESA MONOPOLISTA
➢ ocorre quando RMg = CMg, assim como em concorrência perfeita;
➢ se a curva de CMg cortar duas vezes a curva de RMg, a produção maior será
aquela que maximiza o lucro;
➢ o ponto de máximo lucro ocorre quando RMg = CMg. Como CMg é sempre
positivo, a RMg que se iguala ao CMg também é positiva;
➢ a RMg é positiva apenas na faixa elástica da demanda;
➢ Diferentemente do modelo de concorrência perfeita, em monopólio não
necessariamente a RMg corta o CMg no ramo crescente do CMg. A receita
marginal pode cortar duas vezes a curva de custo marginal em seu ramo
descendente, e mesmo assim o monopolista aufere lucro, bastando para isso que
o ponto onde RMg = CMg esteja acima do custo total médio CTMe.
CURVA DE OFERTA DE UMA FIRMA
MONOPOLISTA
➢ a firma monopolista não tem curva de oferta;
➢ não tem uma curva que mostre uma relação estável entre determinados preços
de venda correspondentes a determinadas quantidades produzidas;
➢ podemos ter vários preços para apenas uma quantidade vendida;
➢ a oferta é um ponto único sobre a curva de demanda.
EQUILÍBRIO DE LONGO PRAZO DE UMA
FIRMA MONOPOLISTA
➢ a existência de barreiras à entrada de novas firmas permitirá a persistência de
lucros extraordinários também a longo prazo;
➢ assim, supomos que o monopólio não seja afetado no longo prazo.
CUSTO SOCIAL DO MONOPÓLIO
➢ podemos utilizar os conceitos de excedente do consumidor e produtor, para
determinar o custo que a existência do monopólio impõe à sociedade;
➢ o excedente do consumidor se reduz:
• a existência do monopólio reduz a quantidade produzida em relação à de
concorrência perfeita 𝑞𝑐 , o que provoca um aumento do preço pago pelo
consumidor.
➢o excedente do produtor aumenta:
• com o maior preço cobrado pelo monopolista.
➢ a sociedade sofre uma perda de bem-estar irrecuperável.
MODELOS DE PRECIFICAÇÃO
➢ Existem três estratégias básicas de precificação que podem ser utilizadas
individualmente ou em conjunto pelo monopolista:
• Discriminação de preços: cobrar preços diferenciados pelo mesmo produto, sem
que haja diferenças relevantes nos custos de produção. (exemplo: tarifas aéreas,
tarifas telefônicas etc.);
• Tarifa em duas partes: cobra-se um preço de entrada (T) e um preço de
utilização (P): exemplo: “dilema de Mickey Mouse”;
• Venda em pacotes: pode ser puro (exemplo: almoço executivo, pacotes de
•férias etc.); ou misto: (exemplo: automóvel com elementos
•adicionais, TV a cabo com canais adicionais etc.).
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CAMPUS PAU DOS FERROS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
DISCIPLINA: ECONOMIA PARA ENGENHARIA

OUTRAS ESTRUTURAS DE
MERCADO
Magnus Kelly de Oliveira Pinheiro
magnus-oliveira@hotmail.com
CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA
➢ características principais:
• muitas empresas, produzindo dado bem ou serviço;
• cada empresa produz um produto diferenciado, mas com substitutos próximos;
• cada empresa tem certo poder sobre preços, e o consumidor tem opções de escolha.
Ou seja, a demanda é negativamente inclinada (bastante elástica).
➢A diferenciação de produtos dá-se via:
• características físicas: composição química, potência (hp);
• embalagem;
• promoção de vendas: propaganda, atendimento, brindes;
• manutenção, atendimento pós-venda etc.
➢ como não existem barreiras para a entrada de firmas, a longo prazo há
tendência apenas para lucros normais (RT = CT), como em concorrência perfeita.
OLIGOPÓLIO
➢ pode ser definido de duas formas:
• oligopólio concentrado: pequeno número de empresas no setor;
• oligopólio competitivo: um pequeno número de empresas domina um setor com
muitas empresas.
➢ ocorre devido à existência de barreiras à entrada de novas empresas, como:
• proteção de patentes; controle de matérias-primas-chave; tradição; e oligopólio puro
ou natural.
➢ podemos caracterizar dois tipos de oligopólio:
• oligopólio com produto homogêneo (alumínio, cimento); e oligopólio com produto
diferenciado (automóveis).
➢ a longo prazo os lucros extraordinários permanecem, pois as barreiras à entrada
de novas firmas persistirão, principalmente no oligopólio natural.
Formas de atuação das empresas oligopolistas
➢ comportamento não cooperativo: concorrem entre si, via guerra de preços ou
de quantidades;
➢ comportamento cooperativo: formam cartéis. O cartel fixa preços e a
repartição (cota) do mercado entre empresas. Outra forma de comportamento
cooperativo pode surgir a partir da fusão entre empresas ou da tomada de
controle acionário (take over) de uma empresa por outra;
➢ As cotas podem ser:
➢ perfeitas (cartel perfeito): todas as empresas têm a mesma participação. É a
chamada “solução de monopólio”;
➢ imperfeitas (cartel imperfeito): existem empresas líderes e que fixam os
preços, ficando com a maior cota. O governo, por meio de leis antitrustes, não
permite que a líder fixe um preço que seja muito baixo. É o chamado Modelo de
Liderança de Preços;
Modelo de mark-up
➢ O mark-up é definido como
𝑀𝑎𝑟𝑘 − 𝑢𝑝 = 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑑𝑒 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 − 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠 𝐷𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜
➢ o conceito de custo direto, comumente utilizado em Contabilidade e Administração, é
equivalente ao conceito de custo variável médio;
➢ o preço é calculado da seguinte forma:
𝑝 = 𝐶 (1 + 𝑚)
➢ onde: p = preço do produto; C = custo unitário direto ou variável; e m = taxa (%) de
mark-up
➢ a taxa de mark-up deve cobrir os custos fixos e a margem de rentabilidade desejada
pela empresa. O conceito de mark-up é muito semelhante ao conceito de margem de
contribuição da contabilidade privada.
➢ o nível de mark-up depende da força dos oligopolistas de impedir a entrada de novas
firmas, o que depende do grau de monopólio do setor;
➢ assim, quanto menor for a elasticidade-preço da demanda e, portanto, quanto maior o
poder de mercado do monopolista, maior será o mark-up.
ESTRUTURAS NO MERCADO DE
INSUMOS E FATORES DE PRODUÇÃO
➢ é uma demanda derivada, ou seja, depende da demanda pelo produto dessa
empresa. Por exemplo, a demanda de autopeças, por parte da indústria
automobilística, depende da demanda de automóveis;
➢ a regra geral, válida para qualquer tipo de estrutura de mercado, para a
empresa demandar fatores de produção, é que a receita marginal (adicional)
propiciada pela aquisição de mais fatores seja igual ao custo marginal de obter
esses fatores, isto é:
𝑹𝑴𝒈 𝒅𝒐 𝒇𝒂𝒕𝒐𝒓 = 𝑪𝑴𝒈 𝒅𝒐 𝒇𝒂𝒕𝒐𝒓
➢ Por exemplo, se considerarmos o fator mão-de-obra, o custo marginal seria
dado pelo salário dos trabalhadores.
ALGUMAS ESTRUTURAS DE MERCADO
PARTICULARES
➢ Monopsônio/oligopsônio
• é o monopólio/oligopólio na compra de fatores de produção.
➢ Monopólio bilateral
• trata-se do mercado em que um monopsonista, na compra de um insumo,
defronta-se com um monopolista na venda desse insumo.

✓ PARA MAIS INFORMAÇÕES LER OS


CAPÍTULOS: 25, 26, 27 E 28 DO LIVRO DO
HAL VARIAN.
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CAMPUS PAU DOS FERROS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
DISCIPLINA: ECONOMIA PARA ENGENHARIA

TEORIA DOS JOGOS


Magnus Kelly de Oliveira Pinheiro
magnus-oliveira@hotmail.com
Teoria dos jogos
➢ serve para estudar as varias formas de interação estratégica entre os agentes
econômicos;
➢ pode ser utilizada para estudar jogos de salão, negociações políticas e
comportamento econômico;
➢ neste capítulo, exploraremos brevemente esse assunto, para saber como
funciona e como pode ser utilizado para estudar o comportamento econômico em
mercados oligopolizados.
A matriz de ganhos de um jogo
➢ a interação estratégica pode envolver muitos jogadores e muitas estratégias,
mas nos limitaremos aos jogos de duas pessoas com um número finito de
estratégias;
➢ faremos isso no contexto de um exemplo específico

➢ Nesse caso, temos uma estratégia dominante. Há uma escolha ótima de


estratégia para cada um dos dois jogadores, independentemente do que o outro
faça.
A matriz de ganhos de um jogo
O equilíbrio de Nash

➢ Diremos que um par de estratégias constitui um equilíbrio de Nash se a escolha


de A for ótima, dada a escolha de B, e a escolha de B for ótima, dada a escolha de
A.
O equilíbrio de Nash
➢ lembre-se de que nenhuma pessoa sabe o que a outra fará quando for obrigada
a escolher sua própria estratégia, mas cada pessoa pode ter suas próprias
expectativas a respeito de qual será a escolha da outra pessoa;
➢ o equilíbrio de Nash pode ser interpretado como um par de expectativas sobre
as escolhas da outra pessoa, de modo que, quando a escolha de uma pessoa for
revelada, nenhuma delas desejará mudar seu próprio comportamento;
➢ o equilíbrio de Nash é uma generalização do equilíbrio de Cournot;
➢ neste, as escolhas representavam níveis de produção e cada empresa escolhia
seu próprio nível considerando a escolha da outra empresa como fixa;
➢ a noção de equilíbrio de Nash tem certa lógica, mas infelizmente também tem
alguns problemas. Primeiro, um jogo pode ter mais de um equilíbrio de Nash;
O equilíbrio de Nash
➢ o segundo problema com o conceito de equilíbrio de Nash é que há jogos que
não têm, em absoluto, equilíbrio de Nash da forma que descrevemos. Vejamos,
por exemplo, o caso representado na Tabela 29.3:

➢ entretanto, se ampliarmos nossa definição de estratégias, poderemos encontrar


um novo equilíbrio de Nash para esse jogo. Temos pensado em cada agente
escolhendo uma estratégia definitiva. Ou seja, cada agente faz uma escolha e a
mantém. Isso é chamado estratégia pura.
Estratégias mistas
➢ outra forma de pensar nisso é permitir que os agentes randomizem suas
estratégias – atribuam uma probabilidade para cada escolha e joguem suas
escolhas de acordo com essas probabilidades. Por exemplo, A poderia escolher
jogar alto 50% do tempo e baixo os 50% restantes, enquanto B poderia escolher
jogar esquerda 50% do tempo e direita 50%. Esse tipo de estratégia é chamado
estratégia mista;
➢ o equilíbrio de Nash em estratégias mistas é um equilíbrio no qual cada agente
escolhe a frequência ótima para jogar as suas estratégias, dadas as frequências
das escolhas do outro agente;
➢ sempre existem equilíbrios de Nash em estratégias mistas.
O dilema do prisioneiro
➢ outro problema com o equilíbrio de Nash de um jogo é que ele não conduz
necessariamente a resultados eficientes no sentido de Pareto. Consideremos, por
exemplo, o jogo apresentado na Tabela 29.4:

➢ o dilema do prisioneiro tem provocado muita controvérsia sobre qual será a


forma “correta” de jogá-lo – ou, mais precisamente, qual a forma razoável de
jogar o jogo. A resposta parece depender da questão de saber se você está jogando
uma só vez ou se o jogo será repetido um número indefinido de vezes;
Jogos repetidos
➢ num jogo repetido, cada jogador tem a oportunidade de estabelecer uma
reputação de cooperação e, assim, encorajar o outro jogador a fazer o mesmo;
➢ a viabilidade ou não desse tipo de estratégia irá depender de o jogo ser (ou não)
jogado por um número fixo ou indefinido de vezes;
➢ Se o jogo tiver um número fixo e conhecido de rodadas, então cada jogador
burlará em todas as jogadas. Se não houver meio de impor a cooperação na última
rodada, não haverá meio de impor a cooperação na rodada anterior à última, e
assim por diante;
➢ Mas se o jogo for repetido um número indefinido de vezes?
➢ A estratégia vencedora é chamada de “olho por olho” e funciona da seguinte
forma: você faz nessa jogada tudo o que seu oponente fez na anterior;
➢ A estratégia de “olho por olho” funciona bem porque proporciona punição
imediata para a burla. É também uma estratégia de perdão;
Jogos sequenciais
➢ até agora estivemos pensando sobre jogos em que ambos os jogadores agem
simultaneamente. Mas, em muitas situações, um jogador movimenta-se primeiro
e o outro reage. Exemplo disso é o modelo de Stackelberg;
➢ a Figura 29.1 é uma representação de um jogo na forma extensiva – um modo
de representação do jogo que mostra o padrão de tempo das escolhas;
➢ a forma de analisar esse jogo é ir até o final e trabalhar de trás para frente.
Jogos sequenciais
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CAMPUS PAU DOS FERROS
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DISCIPLINA: ECONOMIA PARA ENGENHARIA

MACROECONOMIA
Magnus Kelly de Oliveira Pinheiro
magnus-oliveira@hotmail.com
MACROECONOMIA
➢ A Macroeconomia é o ramo da teoria econômica que trata da evolução da
economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento dos
grandes agregados econômicos;
➢ Produto Nacional;
➢ Equilíbrio clássico;
➢ Políticas Fiscal e Monetária;
➢ Emprego; e
➢ Inflação.
Produto Nacional
➢ É o valor de todos os bens e serviços finais produzidos em determinado
período de tempo. Serve como medida do desempenho da economia (bem-estar).
Produto Nacional
➢ Valor adicional: consiste em calcular o que cada ramo de atividade adicionou ao valor
do produto final, em cada etapa do processo produtivo;
➢ Outras medidas agregadas
➢ PNB = PNL + Depreciação
➢ PI = PN + RLEE
➢ PNB + RLEE = PIB
➢ Problemas com as medidas de produto
➢ Os preços devem indicar contribuição do produto para o bem estar;
➢ Criação de externalidades;
➢ Comparação entre valor real e nominal.
Produto Nacional
➢ Índices de Laspeyres e Paasche;
σ𝐒𝐢=𝟏 𝐏𝟐𝐢 ∙ 𝐪𝟏𝐢
𝐋𝟏𝟐 = ∙ 𝟏𝟎𝟎
σ𝐒𝐢=𝟏 𝐏𝟏𝐢 ∙ 𝐪𝟏𝐢
e
σ𝐒𝐢=𝟏 𝐏𝟐𝐢 ∙ 𝐪𝟐𝐢
𝑷𝟏𝟐 = ∙ 𝟏𝟎𝟎
σ𝐒𝐢=𝟏 𝐏𝟏𝐢 ∙ 𝐪𝟐𝐢
➢ onde
➢ 𝐏𝟏𝐢 é o preço do bem i no período 1;
➢ 𝐏𝟐𝐢 é o preço do bem i no período 2;
➢ 𝐪𝟏𝐢 é a quantidade produzida do bem i no período 1;
➢ 𝐋𝟏𝟐 e 𝐏𝟏𝟐 são os índices de preços entre os períodos
Produto Nacional
➢ Usamos esses índices para encontrar o produto real do período 2, a preços do
período 1, aplicando o deflacionamento;
R2
r2 = ∙ 100
L12
onde
𝒓𝟐 é o produto real do período 2 a preços do período 1;
𝑹𝟐 é o produto nominal do período 2;
𝐋𝟏𝟐 é o índice de preços entre 1 e 2.
➢ Assim podemos calcular o crescimento percentual do produto real entre 1 e 2
r2
100 ∙ −1
r1
Equilíbrio Clássico
➢ Condição de equilíbrio:
𝑂𝐴 = 𝐷𝐴
➢ 𝑂𝐴 = y e 𝐷𝐴 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺 + 𝑋 − 𝑀
➢ Exemplo:
𝐶 = 20 + 0,75 ( 𝑦 − 𝑇 )
𝐼 = 20
𝐺 = 25
𝑇 = 25
𝑋 = 30
𝑀 = 15
determine a renda, o consumo e a poupança de equilíbrio.
Equilíbrio Clássico
➢ Condição de equilíbrio (vazamentos e injeções):
➢ Vazamentos: poupança, impostos e importações 𝑉𝑎𝑧 = 𝑆 + 𝑇 + 𝑀 ;
➢ Injeções: investimentos, gastos públicos e exportações 𝐼𝑛𝑗 = 𝐼 + 𝐺 + 𝑋 .
Vazamentos < Injeções —> a renda nacional está crescendo.
Vazamentos > Injeções —> a renda nacional está em queda.
Vazamentos = Injeções —> a renda nacional está em equilíbrio estacionário.
➢ Exemplo:
𝐶 = 20 + 0,75 ( 𝑦 − 𝑇 ); 𝐼 = 20; 𝐺 = 25; 𝑇 = 2 5; 𝑋 = 30; 𝑀 = 15
determine a renda, o consumo e a poupança de equilíbrio.
Política Fiscal
➢ São os instrumentos de que o governo dispõe para a arrecadação de tributos
(política tributária) e controle de suas despesas (política de gastos);
➢ é utilizada para estimular (ou inibir) os gastos do setor privado em consumo e
em investimento;
➢ Para a redução da inflação, as medidas fiscais normalmente utilizadas são a
diminuição de gastos públicos e/ou o aumento da carga tributária (o que inibe o
consumo e o investimento), ou seja, visam diminuir os gastos da coletividade;
➢ Para maior crescimento e emprego, as medidas fiscais seriam no sentido
inverso, para elevar a demanda agregada;
➢ Para melhorar a distribuição de renda, o governo pode impor impostos
progressivos, pode ampliar os gastos em regiões e setores mais atrasados.
Política Monetária
➢Refere-se à atuação do governo sobre a quantidade de moeda, de crédito e das
taxas de juros. Os instrumentos disponíveis para tal são:
➢ emissões;
➢ reservas compulsórias (percentual sobre os depósitos que os bancos comerciais
devem reter junto ao Banco Central);
➢ open market (compra e venda de títulos públicos);
➢ redescontos (empréstimos do Banco Central aos bancos comerciais);
➢ regulamentação sobre crédito e taxa de juros.
➢ Por exemplo, se o objetivo for o controle da inflação, a medida de política
monetária seria diminuir (enxugar) o estoque monetário da Economia (por
exemplo, aumento da taxa de reserva compulsória, ou venda de títulos no open
market). Se a meta é o crescimento econômico, seria o inverso.
Emprego e Inflação
➢ Curva de Phillips, que mostra uma relação inversa (um trade-off) entre
inflação e desemprego. Que apresenta as seguintes relações:
➢ Quando a taxa de desemprego for igual à taxa natural, a inflação será zero;
➢ A inflação será positiva se o desemprego estiver abaixo da taxa natural; e
➢ Será negativa (deflação) se o desemprego estiver acima.
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CAMPUS PAU DOS FERROS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
DISCIPLINA: ECONOMIA PARA ENGENHARIA

Matemática Financeira
Magnus Kelly de Oliveira Pinheiro
magnus-oliveira@hotmail.com
Matemática Financeira
➢ JUROS SIMPLES E COMPOSTO;
➢ DESCONTOS, RENDAS CERTAS E ANUIDADES;
➢ SISTEMAS DE AMORTIZAÇÕES E ANÁLISE E INVESTIMENTO
ECONÔMICO DE PROJETOS;
➢ INFLAÇÃO E CORREÇÃO MONETÁRIA.
Juros Simples
✓ O prazo da operação como a taxa de juros devem necessariamente estar expressos na
mesma unidade de tempo;
✓ Os regimes de capitalização dos juros podem ser: simples (ou linear) e composto (ou
exponencial);
➢ A Capitalização contínua e descontínua;
➢ O valor dos juros é calculado a partir da seguinte expressão:
𝐽 =𝐶×𝑖×𝑛
➢ Montante e capital;
𝑀 =𝐶+𝐽
✓ A expressão (1 + 𝑖 × 𝑛) é definida como fator de capitalização (ou de valor futuro –
FCS) dos juros simples. O inverso, 1/(1 + 𝑖 × 𝑛) é denominado de fator de atualização
(ou de valor presente – FAS)
Juros Simples
➢ Taxa proporcional e taxa equivalente:
✓ A taxa proporcional é obtida da divisão entre a taxa de juros considerada na operação
e o número de vezes em que ocorrerão os juros;
✓ Duas taxa são equivalentes quando, aplicadas a um mesmo capital e pelo mesmo
intervalo de tempo, produzem o mesmo volume linear de juros.
➢ Juro exato e juro comercial;
➢ Equivalência financeira: os capitais dizem-se equivalentes se, quando
expressos em valores de uma data comum (data de comparação ou data focal), e
a mesma taxa de juros, apresentam resultados iguais;
Juros Compostos
✓ Este processo de formação dos juros é diferente daquele descrito para os juros
simples, pois remunera os juros formados em períodos anteriores;
✓ Fórmulas de juros compostos:
𝑛
𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 ∙ 1 + 𝑖
𝐹𝑉
𝑃𝑉 =
1+𝑖 𝑛
✓ onde 1 + 𝑖 𝑛 é o fator de capitalização (ou de valor futuro), FCC (𝑖, 𝑛) a juros
compostos, e 1/ 1 + 𝑖 𝑛 o fator de atualização (ou de valor presente) FAC
(𝑖, 𝑛) a juros compostos.
✓ os juros são dados por:
𝐽 = 𝐹𝑉 − 𝑃𝑉
Juros Compostos
➢ Extensões ao uso das fórmulas
✓ Deve ser acrescentado ao estudo de juros compostos que o valor presente
(capital) pode ser apurado em qualquer data focal anterior à do valor futuro
(montante);
Por exemplo, pode-se desejar calcular quanto será pago por um empréstimo de $
20.000,00 vencível de hoje a 14 meses ao se antecipar por 5 meses a data de seu
pagamento. Sabe-se que o credor está disposto a atualizar a dívida à taxa
composta de 2,5% ao mês.
✓ Taxas equivalentes: o conceito é igual ao de juros simples, o que muda é a
fórmula para o cálculo
𝑞
𝑖𝑞 = 1 + 𝑖 − 1
Juros Compostos
➢ Taxa nominal e taxa efetiva
✓ A taxa efetiva de juros é a taxa dos juros apurada durante todo o prazo n;
𝑖𝑓 = 1 + 𝑖 𝑞 − 1
✓ A taxa nominal, geralmente admite que o prazo de capitalização dos juros não é
o mesmo daquele definido para a taxa de juros;
✓ Ao se capitalizar esta taxa nominal, apura-se uma taxa efetiva de juros superior
àquela declarada para a operação. E a medida que o número de períodos de
capitalização de uma taxa nominal de juros aumenta, a taxa efetiva também se
eleva;
✓ No entanto, podemos realizar a conversão das taxas. Para tanto usamos
𝑛
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝐸𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑒𝑚 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙: 1 + 𝑖 − 1
𝑛
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑒𝑚 𝐸𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎: 1 + ൗ𝑛 − 1 𝑖
Juros Compostos
➢ Nós também podemos calcular:
➢ Fracionamento do prazo e equivalência financeira em juros compostos;
𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 ∙ 1 + 𝑖 𝑛1 ∙ 1 + 𝑖 𝑛2
✓ O saldo a pagar não se altera com a data focal. Em juros compostos a
equivalência financeira independe do momento tomado como comparação;
✓ Podemos calcular se uma proposta é vantajosa ou não através do cálculo da
Rentabilidade e do Valor Presente.
➢ Convenção linear e convenção exponencial para períodos não inteiros;
✓ Convenção linear:
𝑛
𝑚
𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 ∙ 1 + 𝑖 ∙ 1 + 𝑖 ∙
𝑘
Juros Compostos
✓ Convenção exponencial:
𝑚
𝑛+ 𝑘
𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 ∙ 1 + 𝑖
➢ Taxa Interna de Retorno (IRR):
𝑛
𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 ∙ 1 + 𝑖
➢ Capitalização contínua:
𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 ∙ 𝑒 𝐼∙𝑛
➢ Taxa Contínua (I)
𝑃𝑉 ∙ 1 + 𝑖 𝑛 = 𝑃𝑉 ∙ 𝑒 𝐼∙𝑛
1 + 𝑖 𝑛 = 𝑒 𝐼∙𝑛
1 + 𝑖 = 𝑒𝐼
𝑙𝑛 1 + 𝑖 = 𝑙𝑛𝑒 𝐼 → 𝐼 = 𝑙𝑛 1 + 𝑖
Descontos
➢ Tanto no regime linear como no composto ainda são identificados dois tipos de
desconto: (a) desconto "por dentro" (ou racional) e; (b) desconto "por fora“ (ou
bancário, ou comercial);
➢ DESCONTO SIMPLES
✓ Desconto Racional (ou "por dentro") pode ser calculado de duas formas:
✓ 1ª calculando o desconto, 𝐷𝑟 ,
𝑁∙𝑖∙𝑛
𝐷𝑟 =
1+𝑖∙𝑛
e depois substituindo em
𝑉𝑟 = 𝑁 − 𝐷𝑟
ou calculando o valor descontado, 𝑉𝑟 ,
𝑁
𝑉𝑟 =
1+𝑖∙𝑛
Descontos
✓ Desconto bancário (ou comercial, ou "por fora") pode ser calculado de duas formas:
✓ 1ª calculando o desconto, 𝐷𝐹 ,
𝐷𝐹 = 𝑁 ∙ 𝑑 ∙ 𝑛
e depois substituindo em
𝑉𝐹 = 𝑁 − 𝐷𝐹
ou calculando o valor descontado, 𝑉𝐹 ,
𝑉𝐹 = 𝑁 1 − 𝑑 ∙ 𝑛
✓ Despesas bancárias:
𝐷𝐹 = 𝑁 ∙ 𝑑 ∙ 𝑛 + 𝑡 𝑒 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡𝑖𝑡𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑒𝑚 𝑉𝐹 = 𝑁 − 𝐷𝐹
ou
𝑉𝐹 = 𝑁 1 − 𝑑 ∙ 𝑛 + 𝑡
Descontos
➢ Taxa implícita de juros do desconto "por fora";
✓ Pode ser calculada por (para um único período):
𝐷
𝑖=
𝐶∙𝑛
ou
𝑑∙𝑛
𝑖=
1−𝑑∙𝑛
✓ Para calcular o desconto para mais de um período (Taxa Efetiva):
𝑑 𝑛
1+𝑖 −1
✓ Taxa efetiva de juros
𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 ∙ 1 + 𝑖 𝑛
Descontos
✓ Apuração da taxa de desconto com base na taxa efetiva:
𝑑∙𝑛 𝑖
𝑖= →𝑑=
1−𝑑∙𝑛 1+𝑖
➢ O prazo e a taxa efetiva nas operações de desconto "por fora":
✓ O valor descontado, 𝑉𝐹 , pode apresentar três tipos de resultados
𝑑 ∙ 𝑛 < 1 → 𝑉𝐹 +
𝑑 ∙ 𝑛 > 1 → 𝑉𝐹 −
𝑑 ∙ 𝑛 = 1 → 𝑉𝐹 𝑛𝑢𝑙𝑜
➢ Taxas de desconto decrescentes para prazos crescentes
𝑑
= 1+𝑖 𝑛−1
1−𝑑
Descontos
➢ Desconto para vários títulos;
𝐷
𝑖=
𝐶 ∙ 𝑛ത
✓ Isso para regime de juros simples. Para regime de juros compostos faz-se uso da IRR.
➢ DESCONTO COMPOSTO
✓ Desconto composto "por fora“
𝑛
𝐷𝐹 = 𝑁 ∙ 1 − 1 − 𝑑

𝑉𝐹 = 𝑁 1 − 𝑑 𝑛

𝐷𝐹 = 𝑁 − 𝑉𝐹
Descontos
✓ Desconto composto "por dentro";
𝑁
𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝑉𝑟 = 𝑛
1+𝑖
𝐷𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑜 𝐷𝑟 = 𝑁 − 𝑉𝑟
ou
1
𝐷𝑟 = 𝑁 ∙ 1 − 𝑛
1+𝑖
Rendas certas ou Anuidades
➢ Definições: dada uma série de capitais, referidos às suas respectivas datas.
Estes capitais, referidos a uma taxa de juros “i” caracterizam uma anuidade ou
renda certa.
✓ VALORES: termos da anuidade;
✓ PERÍODO: intervalo de tempo entre dois termos;
✓ DURAÇÃO DA ANUIDADE: soma dos períodos.
➢ VALOR ATUAL E MONTANTE DE UMA ANUIDADE
➢ Valor atual: é a soma dos valores atuais dos seus termos, na mesma data focal e
à mesma taxa de juros ”i”.
➢ Montante: é a soma dos montantes dos seus termos, considerada uma dada taxa
de juros “i” e uma data focal.
Rendas certas ou Anuidades
➢ CLASSIFICAÇÃO DAS ANUIDADES
❑ QUANTO AO PRAZO:
✓ Temporárias: quando a duração for limitada;
✓ Perpétuas: quando a duração for ilimitada.
❑ QUANTO AO VALOR DOS TERMOS:
✓ Constante: quando todos os termos são iguais;
✓ Variável: quando os termos não são iguais entre si.
Rendas certas ou Anuidades
➢ CLASSIFICAÇÃO DAS ANUIDADES
❑ QUANTO À FORMA DE PAGAMENTO E RECEBIMENTO:
✓ Imediatas: quando termos são exigíveis a partir do primeiro período;
✓ Postecipadas ou vencidas: quando os termos são exigíveis no fim do período;
✓ Antecipadas: quando os termos são exigíveis no início dos períodos;
✓ Diferidas: quando os termos forem exigíveis a partir de uma data que não seja
o primeiro período.
Rendas certas ou Anuidades
➢ CLASSIFICAÇÃO DAS ANUIDADES
❑ QUANTO À PERIODICIDADE:
✓ Periódicas: se todos os períodos são iguais;
✓ Não-periódicas: se os períodos não são iguais entre si;
➢ MODELO BÁSICO DE ANUIDADE
✓ Na composição deste modelo, as anuidades devem ser simultaneamente:
• Temporárias;
• Constantes;
• Imediatas e postecipadas;
• Periódicas;
• A taxa de juros "i" está referida ao mesmo período dos termos.
Rendas certas ou Anuidades
➢ VALOR ATUAL DO MODELO BÁSICO
✓ O principal vai ser pago em “n” parcelas iguais a “R”. E é dado por:
𝑃 = 𝑅∙𝑎¬
𝑛𝑖
onde
P = principal;
R = termos;
n = número de termos;
i = taxa de juros;
Rendas certas ou Anuidades
𝑎 ¬ = “a, n, cantoneira, i” ou “a, n, i”.
𝑛𝑖
✓ Esse termo é calculado por:
1+𝑖 𝑛−1
𝑎¬ =
𝑛𝑖 𝑖∙ 1+𝑖 𝑛
➢ MONTANTE DO MODELO BÁSICO
➢ “s” é o resultado de om processo de capitalização de “n” parcelas iguais a “R”.
E é dado por:
𝑆 = 𝑅∙𝑠¬
𝑛𝑖
onde, P = principal, R = termos, n = número de termos, i = taxa de juros e 𝑠 ¬ é
𝑛𝑖
dado por:
Rendas certas ou Anuidades
𝑠 ¬ = “s, n, cantoneira, i” ou “s, n, i”.
𝑛𝑖
✓ Esse termo é calculado por:
1+𝑖 𝑛−1
𝑠¬ =
𝑛𝑖 𝑖
➢ RELAÇÃO ENTRE O VALOR ATUAL E O MONTANTE DO MODELO
BÁSICO
✓ A relação é:
𝑆 =𝑃∙ 1+𝑖 𝑛

✓ E a relação entre os fatores é:


𝑛
𝑠¬ = 1+𝑖 ∙𝑎¬
𝑛𝑖 𝑛𝑖
Sistemas de Amortizações
➢ SISTEMA DE PRESTAÇÃO CONSTANTE – SPC
✓ O sistema de prestação constante – SPC é uma aplicação da série uniforme com
capitais postecipados. Esse plano de financiamento também é conhecido como
Sistema Francês de Amortização, ou Tabela Price. Que é dado por:

1+𝑖 𝑛∙𝑖
𝑃 = 𝑃𝑉 ∙
1+𝑖 𝑛−1
Sistemas de Amortizações
➢ SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE – SAC
✓ No sistema de amortização constante – SAC, todas as amortizações são iguais
durante a duração do plano. A atratividade do plano SAC reside na característica
de decréscimo do valor da prestação durante o prazo do financiamento,
resultando também em um financiamento com um total de juros menor. Essa
vantagem é facilmente percebida com planos sem correção posterior das
prestações, entretanto, incluindo a prática de correção das prestações com índices
definidos poderá não ser percebido o decréscimo das prestações. E é dado por:
𝑃𝑅 = 𝐴𝑀 + 𝐽
onde
𝑃 𝑗−1
𝐴𝑀 = 𝑒 𝐽 = 𝑃 ∙ 𝐼 ∙ 1 −
𝑛 𝑛
Sistemas de Amortizações
EXEMPLO: O financiamento de $1.200 será devolvido em 3 prestações mensais
postecipadas. Construa o plano de financiamento pelo SAC com a i = 6% ao mês.
Sistemas de Amortizações
➢ SISTEMA AMERICANO
✓ No Sistema Americano, todas as prestações exceto a última estão formadas
apenas pelo juro do período, sendo o valor financiado devolvido no final, junto
com o último pagamento de juro.
EXEMPLO: O financiamento de $1.500 será devolvido em três prestações
mensais postecipadas. Construa o plano de financiamento pelo Sistema
Americano com a taxa de juro de 6% ao mês.
Sistemas de Amortizações
Sistemas de Amortizações
➢ Existem ainda:
✓ PLANO DE FINANCIAMENTO COM TAXA VARIÁVEL DE JURO;
✓ PLANO DE FINANCIAMENTO COM AMORTIZAÇÃO VARIÁVEL;
✓ PLANO DE FINANCIAMENTO COM CARÊNCIA;
✓ PLANO DE FINANCIAMENTO PRESTAÇÃO COM GRADIENTE
LINEAR;
✓ PLANO DE FINANCIAMENTO PRESTAÇÃO COM GRADIENTE
EXPONENCIAL.
Análise e Investimento Econômica de Projetos
✓ PROJETO DE SUBSTITUIÇÃO;
✓ PROJETO DE EXPANSÃO;
✓ PROJETO DE LANÇAMENTO DE PRODUTOS;
✓ PROJETO PARA SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE;
✓ PROJETO PARA SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE;
✓ PROJETO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO;
Análise e Investimento Econômica de Projetos
➢ FLUXO DE CAIXA DO PROJETO PARA A EMPRESA
✓ EXEMPLO: A empresa é uma tradicional produtora e vendedora de arroz nacional e
sempre acompanhou a evolução de seu produto quanto aos tipos de apresentação
seguindo tendências mundiais, porém mantendo sempre o arroz puro sem adição de
complementos como, por exemplo, legumes, condimentos etc. Paula, a diretora da
empresa que responde pela área de comercialização, incluindo marketing e vendas, tem
mostrado ao presidente e dono da empresa uma nova área de oportunidade com maior
valor agregado para o produto arroz, uma nova linha formada de dois produtos de arroz:
preparação instantânea e risotos. Essa recomendação está suportada pelos resultados de
venda desses dois tipos de produtos importados pela empresa que estão conquistando a
preferência dos consumidores e aumentando seu consumo de forma consistente.
✓ O analista de novos projetos foi encarregado de coordenar a elaboração do projeto de
lançamento das duas novas linhas de produtos. Ele preparou as estimativas relevantes do
novo projeto de investimento:
Análise e Investimento Econômica de Projetos
✓ As vendas líquidas e os custos totais, operacionais e administrativos, gerados
pelo projeto de lançamento dos dois tipos de produtos durante os cinco anos de
prazo de análise do projeto estão registrados a seguir.

✓ A nova planta de processamento de arroz será construída dentro de um prédio


existente que atualmente não está sendo utilizado. O total do investimento na
data zero do fluxo de caixa do projeto é $12.000.000. A depreciação dos ativos
será realizada de forma linear e total durante os cinco anos de prazo de análise do
projeto. Construa o fluxo de caixa do projeto de investimento considerando a
alíquota total de impostos sobre a renda de 35%.
Análise e Investimento Econômica de Projetos
Análise e Investimento Econômica de Projetos
➢ PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO DO PROJETO DE
INVESTIMENTO
✓ Serão apresentados quatro métodos de avaliação: o método do valor presente
líquido, o método da taxa interna de retorno, o método do payback descontado e
o método do payback simples;
✓ Como característica comum, esses quatro métodos de avaliação retornam um
resultado que deve ser comparado com um valor de referência para recomendar o
investimento;
✓ Taxa requerida;
Análise e Investimento Econômica de Projetos
✓ De acordo com o tipo de moeda usado na construção do fluxo de caixa do
projeto, deverá ser utilizada a taxa requerida adequada:
✓ Se as estimativas do fluxo de caixa do projeto de investimento foram estabelecidas
em termos nominais, em moeda corrente de cada ano, a taxa mínima requerida k
deverá ser uma taxa nominal obtida da composição da taxa de indexação e da taxa
real;
✓ Se as estimativas do fluxo de caixa do projeto de investimento forem estabelecidas
em termos reais, em moeda constante, a taxa mínima requerida k deverá ser uma taxa
real.
Análise e Investimento Econômica de Projetos
❑ MÉTODO DO VALOR PRESENTE LÍQUIDO – VPL
✓ O Método do VPL é mais do que um simples cálculo do valor presente líquido
do fluxo de caixa do projeto. Esse método de avaliação mede a criação de valor
do projeto e consequentemente sua contribuição no aumento do valor da
empresa.
𝑛
𝐹𝐶𝑡
𝑉𝑃𝐿 = −𝐼 + ෍
1+𝑘 𝑡
𝑡=1
❑ COMO DECIDIR COM O VPL
✓ 𝑉𝑃𝐿 > 0 → Deve ser aceito
✓ 𝑉𝑃𝐿 < 0 → Não deve ser aceito
Análise e Investimento Econômica de Projetos
Análise e Investimento Econômica de Projetos
❑ MÉTODO DA TAXA INTERNA DE RETORNO – TIR
✓ É uma taxa requerida que anula o VPL;
✓ Essa análise é válida se os capitais do fluxo de caixa do investimento
apresentarem uma única mudança de sinal. Por exemplo:
✓ (–, +, +, ..., +), com um único desembolso de investimento na data zero;
✓ (–, –, +, +, ..., +), (–, ..., –, +, ..., +) com mais de um desembolso de investimento,
sempre a partir da data zero;
✓ Se os capitais do fluxo de caixa do investimento apresentarem mais de uma
mudança de sinal, por exemplo:
✓ (–, +, –, +, ..., +) o fluxo de caixa poderá ter mais de uma TIR.
Análise e Investimento Econômica de Projetos
❑ MÉTODO DA TAXA INTERNA DE RETORNO – TIR
𝑛
𝐹𝐶𝑡
0 = −𝐼 + ෍
1+𝑘 𝑡
𝑡=1
✓ Pode ser calculada por interpolação linear ou por tentativa e erro;
❑ COMO DECIDIR COM A TIR
✓ 𝑇𝐼𝑅 > 𝑘 → Deve ser aceito
✓ 𝑇𝐼𝑅 < 𝑘 → Não deve ser aceito
✓ Concluindo, a recomendação de aceitação ou rejeição de um projeto de
investimento aplicando o método do VPL e o método da TIR deve ser a mesma,
se os capitais do fluxo de caixa do projeto apresentam uma única mudança de
sinal.
Análise e Investimento Econômica de Projetos
❑ MÉTODO DE PAYBACK DESCONTADO – PBD
✓ No método do VPL são comparados capitais; no método da TIR são comparadas taxas.
O método PBD mede o tempo necessário para recuperar o investimento remunerado, e
serão comparados tempos, o tempo necessário para recuperar o capital investido e
remunerado com a taxa requerida k e o tempo máximo tolerado TMT definido por quem
decide;
✓ Calcula-se usando a seguinte fórmula:
𝑢𝑙𝑡𝑖𝑚𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎 𝑛𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜
𝑃𝐵𝐷 = 𝑈𝑃𝑁 +
𝑢𝑙𝑡𝑖𝑚𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎 𝑛𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 + 𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜
✓ 𝑃𝐵𝐷 > 𝑇𝑀𝑇 = Dve ser aceito
✓ 𝑃𝐵𝐷 < 𝑇𝑀𝑇 = Não deve ser aceito
✓ Ex.:
Análise e Investimento Econômica de Projetos
Análise e Investimento Econômica de Projetos
❑ MÉTODO DE PAYBACK SIMPLES – PBS
✓ É o tempo necessário para recuperar apenas o capital investido, por exemplo, se
aplicarmos o procedimento de cálculo do PBD com taxa requerida igual a zero
teremos o PBS;
✓ Calcula-se usando a seguinte fórmula:
𝑢𝑙𝑡𝑖𝑚𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎 𝑛𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜
𝑃𝐵𝑆 = 𝑈𝑃𝑁 +
𝑢𝑙𝑡𝑖𝑚𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎 𝑛𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 + 𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜
✓ 𝑃𝐵𝑆 < 𝑇𝑀𝑇 → Deve ser aceito
✓ 𝑃𝐵𝑆 ≥ 𝑇𝑀𝑇 → Não deve ser aceito
✓ Ex.: Calcule o PBS do projeto de investimento a seguir:
Análise e Investimento Econômica de Projetos
Inflação e Correção Monetária
❑ ÍNDICES DE PREÇOS E TAXAS DE INFLAÇÃO
➢ É resultante de um procedimento estatístico que, entre outras aplicações, permite
medir as variações ocorridas nos níveis gerais de preços de um período para outro;
✓ A taxa de inflação, a partir de índices de preços, pode ser medida pela seguinte
expressão:
𝑃𝑛
𝐼= −1
𝑃𝑛−1
✓ onde:
✓ 𝐼 = taxa de inflação obtida a partir de determinado índice de preços;
✓ 𝑃 = índice de preços utilizado para o cálculo da taxa de inflação;
✓ 𝑛, 𝑛 − 𝑡 = respectivamente, data de determinação da taxa de inflação e o período
anterior considerado.
Inflação e Correção Monetária
❑ VALORES MONETÁRIOS EM INFLAÇÃO
✓ Ao relacionar valores monetários de dois ou mais períodos em condições de
inflação, defrontamo-nos com o problema dos diferentes níveis de poder
aquisitivo da moeda;
✓ Se não considerarmos a inflação do período calcularemos o valor nominal da
compra/venda, por exemplo;
𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 = −1
𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎
✓ Se considerarmos estamos calculando o valor real;
𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑟𝑒𝑎𝑙𝑖𝑛𝑑𝑒𝑥𝑎𝑑𝑜 = −1
𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎 × 1 + 𝐼
Inflação e Correção Monetária
❑ VALORES MONETÁRIOS EM INFLAÇÃO
𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑎 × 1 + 𝐼
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑟𝑒𝑎𝑙𝑑𝑒𝑠𝑖𝑛𝑑𝑒𝑥𝑎𝑑𝑜 = −1
𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎
❑ COMPORTAMENTO EXPONENCIAL DA TAXA DE INFLAÇÃO
✓ São válidos para a inflação os mesmos conceitos e expressões de cálculos
enunciados no estudo de juros compostos;
❑ SÉRIE DE VALORES MONETÁRIOS DEFLACIONADOS
Í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑜 𝑎𝑛𝑜 𝑏𝑎𝑠𝑒 × 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑎 𝑠𝑒𝑟 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜
𝑉𝑀𝐷 =
Í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑜 𝑎𝑛𝑜 𝑑𝑜 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑎 𝑠𝑒𝑟 𝑎𝑡𝑢𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜
Inflação e Correção Monetária
❑ TAXA DE DESVALORIZAÇÃO DA MOEDA
✓ Enquanto a inflação representa uma elevação nos níveis de preços, a taxa de
desvalorização da moeda (TDM) mede a queda no poder de compra da moeda
causada por estes aumentos de preços;
✓ A taxa de desvalorização da moeda (TDM), para diferentes taxas de inflação,
pode ser obtida a partir da seguinte fórmula:
𝐼
𝑇𝐷𝑀 =
1+𝐼
Inflação e Correção Monetária
❑ INFLAÇÃO E PRAZO DE PAGAMENTO
✓ A Taxa de Desvalorização da Moeda – TMD pode ser interpretada como o
desconto máximo que a empresa poderia conceder para pagamento imediato, de
forma a tornar equivalente (indiferente) vender a vista ou a prazo em um
determinado período de tempo.
✓ O desconto referente a TMD reduz a receita num montante exatamente igual à
perda inflacionária determinada pela venda a prazo, levando-se em consideração
a taxa de inflação;
Inflação e Correção Monetária
❑ TAXA NOMINAL E TAXA REAL
✓ A taxa nominal de juros é aquela adotada normalmente nas operações correntes
de mercado, incluindo os efeitos inflacionários previstos para o prazo da
operação;
✓ A taxa real expressa quanto se ganhou (ou perdeu) verdadeiramente, sem a
interferência das variações verificadas nos preços;
1+𝑖
𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙 𝑟 = −1
1+𝐼
✓ A partir da identidade da taxa real, pode-se calcular a taxa nominal e a taxa de
inflação:
1+𝑖
𝑖 = 1+𝑟 × 1+𝐼 −1𝑒𝐼 = −1
1+𝑟
Inflação e Correção Monetária
❑ TAXA REFERENCIAL- TR
✓ A taxa referencial é apurada a partir das taxas prefixadas de juros praticadas
pelos bancos na colocação de títulos de sua emissão. A TR é utilizada como um
indexador em diversos contratos de financiamentos (inclusive nos pagamentos de
seguros), e também em aplicações financeiras, como a caderneta de poupança.
✓A TR é calculada e divulgada pelo Banco Central, e obedece a uma metodologia
de apuração;
✓ As taxas de juros recebem um redutor, que é calculado por:
𝑅 = 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑏á𝑠𝑖𝑐𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑎 − 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑙
✓ 𝑅 maior, causa diminuição do custo de empréstimos e da rentabilidade da
caderneta de poupança~, e vise-versa;
Inflação e Correção Monetária
❑ CADERNETA DE POUPANÇA
✓ A caderneta de poupança é considerada a modalidade de aplicação financeira mais
popular do mercado;
✓ Seus principais atrativos encontram-se na liquidez imediata (o aplicador pode sacar
seu saldo a qualquer momento), na garantia de pagamento dada pelo governo, e na
isenção de impostos;
✓ A remuneração da caderneta de poupança está atualmente fixada pela TR mais 0,5%
a.m. de juros, sendo creditada mensalmente para os depositantes pessoas físicas.
✓ As contas de pessoas jurídicas têm os rendimentos creditados a cada trimestre.
✓ O cálculo dos rendimentos tem por base sempre o menor saldo mantido pelo aplicador
no período.

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