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Faculdade Anhanguera de São Bernardo do Campo

ALEXANDRE GREGORI - RA6037386537

IVAN SANCHES GONÇALVES - RA5994449344

JACKSON FIGUEIREDO RA2594689785

LUCIANO AUGUSTO - RA5419836157

MARCELO BARBOSA GOMES - RA6036442780

NILSON OLIVEIRA BISPO – RA60255002O7

PTG

Produção Textual Interdisciplinar em Grupo

“ Viabilidade da Implantação de um Frigorífico”

São Bernardo do Campo

2017
ALEXANDRE GREGORI - RA6037386537

IVAN SANCHES GONÇALVES - RA5994449344

JACKSON FIGUEIREDO RA2594689785

LUCIANO AUGUSTO - RA5419836157

MARCELO BARBOSA GOMES - RA6036442780

NILSON OLIVEIRA BISPO – RA60255002O7

VIABILIDADE DA IMPLANTAÇÃO DE UM FRIGORÍFICO:


PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR EM GRUPO

Trabalho referente as matérias de


Engenharia e Profissão, Gestão
Ambiental, Administração e Economia
para Engenheiros, Homem, Cultura e
Sociedade, Legislação e Segurança do
Trabalho

Orientador: Professora: Geovana


Nogueira

Co orientador: Professora: Andreia

São Bernardo do Campo

2017
Sumario

1 Introdução.........................................................................................................5

2 Local da Instalação do Frigorifico......................................................................6

2.1 Descrição do Meio Ambiente na área de Instalação.......................................7

3 Identificação das Normas Regulamentadoras e Legislação...............................8

4 Estudo da Certificação ambiental ISO 14001.....................................................18

4.1-Fase de planejamento.....................................................................................18
4.1.1-Requisitos legais e outros requisitos ...........................................................18
4.1.2-Avaliação de aspectos e impactos ambientais. ...........................................19
4.1.3-Elaboração da política ambiental..................................................................21
4.1.4-Elaborando os objetivos e as metas.............................................................22
4.1.5-Implantação dos Programas de Gestão Ambiental.......................................23
4.2-Fase de implantação........................................................................................23
4.3-Fase de verificação e ações corretivas e preventivas......................................26
4.3.1-Realização de monitoramento e medições ...................................................26
4.3.2-Não conformidade e ação corretiva/preventiva...............................................27
4.3.3-Estabelecimento do controle de registros.......................................................27
4.3.4-Definição da sistemática de auditoria do SGA................................................28
4.4-Realização da revisão crítica pela gerência.......................................................28

5 Relação do Conjunto dos bens..............................................................................29

6 Plano de prevenção de Riscos ambientais............................................................31

7 Uso de EPI’S..........................................................................................................34

8 Medidas de sustentabilidade do projeto.................................................................35

8.1 Uso racional da Água...........................................................................................35

8.2 Minimização dos Efluentes Líquidos e de sua Carga Poluidora.......................... 37


8.3 Uso Racional de Energia.....................................................................................38

9 Sistema de gestão ambiental baseado na norma ISO 14001................................39

10 Estudo de modalidade de crédito financeiro........................................................43

11 Funções e postos de trabalho e seus riscos........................................................48

11.1 Postos de Trabalho...........................................................................................49


11.2 Riscos................................................................................................................50

11.2.1 Ruído...............................................................................................................50

11.2.2 Agentes Químicos...........................................................................................51

11.2.3 Agentes Biológico...........................................................................................51


11.2.4 Gerenciamento de Riscos ..............................................................................52
12 Impactos ambientais da Instalação.......................................................................52

12.1 Consumo de Água..............................................................................................53

12.2 Consumo de Energia.........................................................................................53

12.3 Uso de Produtos Químicos................................................................................54

12.4 Efluentes Líquidos.............................................................................................54

12.5 Resíduo Sólido ..................................................................................................55

12.6 Emissões Atmosféricas e Odor...........................................................................56

12.7 Ruídos ...............................................................................................................57

12.8 Controle e proliferação de insetos .....................................................................57

13 Geração de resíduos das etapas do processo produtivo......................................57

14 Processo de Certificação ambiental......................................................................58

15 Medidas compensatórias.......................................................................................60

15.1 Impactos da destinação de resíduos...................................................................62

16 Proposta de projeto ambiental................................................................................63


17 Considerações finais...........................................................................................65

18 Referencias.........................................................................................................66
5

1. Introdução

Este trabalho visa analisar a pedido do cliente “Grupo de Investidores Alemães” a


viabilidade da Implantação de um frigorífico em uma determinada cidade brasileira.

Para tanto, serão analisadas diversas informações, explanadas a seguir, de acordo


com o sumário.

Foram abortados vários temas intrínsecos a implantação entre eles: impacto


ambientai e social, Normas Regulamentadoras, Legislação, viabilidade econômica,
Certificação ambiental, gestão ambiental entre outras com o objetivo de analisar a
viabilidade do processo produtivo, atendendo as Normas vigentes e com
sustentabilidade, fazendo com que o cliente tenha o maior embasamento possível
para tomar sua decisão.

This work aims to analyze at the request of the client "German Investors Group" the
viability of the implantation of a refrigerator in a certain Brazilian city.

To do so, we will analyze several information, explained below, according to the


summary.

A number of themes were implicitly implanted: environmental and social impact,


regulatory standards, legislation, economic viability, environmental certification,
environmental management, among others, with the objective of analyzing the viability
of the production process, in compliance with current and sustainable standards. With
which the client has the greatest possible basis to make his decision
6

2 Local da Instalação do Frigorífico

Para a Instalação do Frigorífico foi escolhido o município de Santana de Parnaíba.

Santana de Parnaíba é um município do estado de São Paulo, localizado na


microrregião de Osasco, na Zona Oeste da Região Metropolitana de São Paulo.

Abaixo temos dados importantes do município:

Santana de Parnaíba
Síntese das Informações
Área da unidade territorial – 2015 179,949 km²
Matrícula - Ensino fundamental – 2015 21.087 matrículas
Matrícula - Ensino médio – 2015 6.443 matrículas
Número de unidades locais 12.003 unidades
Pessoal ocupado total 84.780 pessoas
PIB per capita a preços correntes – 2014 65.133,83 reais
População residente 108.813 pessoas
População residente – Homens 53.671 pessoas
População residente – Mulheres 55.142 pessoas
População residente alfabetizada 94.906 pessoas
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - 2010 (IDHM 2010) 0,814

Fonte: IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Santana de Parnaíba, possui localização privilegiada em relação a Logística, já que é


cortada pela Rodovia Federal BR 374,no oeste paulista que coincide com as rodovias
estaduais Castelo Branco e Raposo Tavares, as quais tem acesso ao Rodoanel Mario
Covas, que chegam ao Porto de Santos pela ligação a Rodovia Imigrantes e Anchieta.
Portanto, em teremos de Logística voltada a exportação, Santana de Parnaíba possui
condição com ótima infra estrutura estando a 127 Km de distância do Porto de Santos.

Quanto a economia local, podemos citar as empresas frigoríficos já instalados no


município: Frigorífico Frisil, Frigorífico Independência e Canarama Industria de
Carnes. Este fato configura, que a região possui condições adequadas para este ramo
de atividade.
7

2.1 Descrição do Meio ambiente na área de Instalação

Descrição do Meio Ambiente na Área de Instalação

O frigorifico a ser implantado em uma área de uso exclusivo industrial, possuindo ao


seu redor atividades de fabricação de alimentos, usinagem, produção de
componentes eletrônicos e um frigorifico. Ainda, no entorno também existe uma
grande área de preservação ambiental preservada.
8

O sistema viário e composto de vias pavimentadas e possuindo infraestrutura de água,


esgoto e energia elétrica necessária a sua instalação.

O local não se encontra incidindo em área de Preservação Permanente – APP de


curso d’água, mas possui ao seu fundo um córrego em leito natural com
encaminhamento da água ao Rio Jugueri, sendo este um dos principais da cidade
com sua APP mantida preservada por vegetação gramínea, arbustiva e com formação
de maciço arbóreo.

Quanto a área objeto de estudo, a mesma possui um perfil plano em sua totalidade,
pontos isolados com vegetação gramínea, piso em terra e, na lateral direita de quem
o olha, grande porção de área com vegetação gramínea arbustiva e arvores..

3-Normas regulamentadoras e legislação.

As Normas Regulamentadoras (NRs) e legislação são encarregadas por estabelecer


as regras e guarnecer orientações referentes aos métodos obrigatórios relacionados
à segurança e medicina do trabalho. As NRs fazem parte da Consolidação das Leis
do Trabalho, e expor as exigências mínimas que devem ser aplicadas por todas as
empresas.

Vamos expor as seguintes NRs e legislação referente ao frigorífico:

NR.4 – serviços especializados em engenharia de Segurança e medicina do trabalho


as empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração direta e indireta
e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, manterão, obrigatoriamente, Serviços
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, com a
finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de
trabalho. O dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho vincula-se à gradação do risco da atividade
principal e ao número total de empregados do estabelecimento, constantes dos
Quadros I e II, anexos, observadas as exceções previstas nesta NR. Para as
empresas enquadradas nos graus de risco 2, 3 e 4, o dimensionamento dos serviços
referidos no subitem 4.2.5 obedecerá ao Quadro II, anexo, considerando-se como
9

número de empregados o somatório dos empregados de todos os estabelecimentos.


QUADRO I Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE
(Versão 2.0), com correspondente Grau de Risco - GR para fins de dimensionamento
do SESMT CNAE 10.1 10.11-2 10.12-1 10.13-9 FABRICAÇÃO DE PRODUTOS
ALIMENTÍCIOS Abate e fabricação de produtos de carne Abate de reses, exceto
suínos Abate de suínos, aves e outros pequenos animais Fabricação de produtos de
carne GR 3 3 3 3

QUADRO I Relação da Classificação Nacional de Atividades Econômicas - CNAE


(Versão 2.0), com correspondente Grau de Risco - GR para fins de dimensionamento
do SESMT

QUADRO II Dimensionamento do SESMT, baseado no grau de risco e o número de


empregados

Observação:
10

As empresas do setor que não possuem mais de 100 empregados se isentam da


composição do SESMT, conforme dimensionamento constante da Norma
regulamentadora.

NR.5 – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES (CIPA)

Objetivo:

Tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de


modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e
o progresso da saúde do trabalhador.

CONSTITUIÇÃO

Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento


as empresas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como
empregados.

ORGANIZAÇÃO

A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, de


acordo com o dimensionamento previsto no Quadro I da norma NR5, ressalvadas as
alterações disciplinadas em atos normativos para setores econômicos específicos. Os
representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles elegido. O
mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma
reeleição. Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não
descaracterizem suas atividades normais na empresa, sendo vedada a transferência
para outro estabelecimento sem a sua anuência, ressalvado o disposto nos parágrafos
primeiro e segundo do artigo 469, da CLT. A empresa não pode mudar a função do
empregado, salvo, o empregado concordando.

Treinamento

A empresa tem por obrigação um treinamento da CIPA antes da posse.


11

CIPA e suas atribuições

São identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos,


com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT,
onde houver. Elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução
de problemas de segurança e saúde no trabalho. Participar da implementação e do
controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como da
avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho. Realizar, periodicamente,
verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a identificação de
situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores.
Realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano
de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas; divulgar aos
trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho; participar, com
o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os
impactos de mudanças no ambiente e processo de trabalho relacionados à
segurança e saúde dos trabalhadores. Requerer ao SESMT, quando houver, ou ao
empregador, a paralisação de máquina ou setor onde considere haver risco grave
e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores. Colaborar no desenvolvimento
e implementação do PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados à
segurança e saúde no trabalho. Divulgar e promover o cumprimento das Normas
Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos e convenções coletivas de
trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho. participando com o SESMT,
onde houver, ou com o empregador, identificar as causas das doenças e acidentes
de trabalho e propor soluções e mudanças.

Cabe aos empregados:

Participar da eleição de seus representantes. Colaborar com a gestão da CIPA.


Indicar à CIPA, ao SESMT e ao empregador situações de riscos e apresentar
sugestões para melhoria das condições de trabalho. Observar e aplicar no ambiente
de trabalho as recomendações quanto à prevenção de acidentes e doenças
decorrentes do trabalho.

O Presidente e o Vice-Presidente da CIPA, em conjunto, terão de cuidar para que a


CIPA disponha de condições necessárias para o desenvolvimento de seus trabalhos.
Coordenar e supervisionar as atividades da CIPA. Zelar para que os objetivos
12

propostos sejam alcançado. Delegar atribuições aos membros da CIPA. Promover o


relacionamento da CIPA com o SESMT, quando houver; divulgar as decisões da CIPA
a todos os trabalhadores do estabelecimento. Encaminhar os pedidos de
reconsideração das decisões da CIPA. Constituir a comissão eleitoral. O Secretário
da CIPA terá por atribuição: Acompanhar as reuniões da CIPA e redigir as atas
apresentando-as para aprovação e assinatura dos membros presentes; preparar as
correspondências; e outras que lhe forem conferidas. DO FUNCIONAMENTO A CIPA
terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário preestabelecido. As
reuniões ordinárias da CIPA serão realizadas durante o expediente e em local
apropriado. As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com
encaminhamento de cópias para todos os membros.
13

Dimensionamento de CIPA - C-2 / ALIMENTOS QUADRO III – Relação de


classificação nacional de atividades econômicas CNAE, com correspondente
agrupamento para dimensionamento da CIPA.

NR6 – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI)


14

Todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado


à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. A
empresa tem por obrigação fornecer todos os EPIs gratuitamente e de acordo com
cada função.

NR.7 – PROGRAMAS DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL –


PCMSO

NR7 estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação do programa


por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como
empregados, visando à promoção e preservação da saúde. O PCMSO deve incluir,
entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos: a) admissional; b)
periódico; c) de retorno ao trabalho; d) de mudança de função; e) demissional. Para
cada exame médico realizado, previsto no item 7.4.1 da NR.7, o médico emitirá
o Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, em 2 (duas) vias. A primeira via do ASO
ficará arquivada no local de trabalho do trabalhador, inclusive frente de trabalho ou
canteiro de obras, à disposição da fiscalização do trabalho. A segunda via do ASO
será obrigatoriamente entregue ao trabalhador, mediante recibo na primeira via.

NR.8 – EDIFICAÇÕES

Nos pisos, escadas, rampas, corredores e passagens dos locais de trabalho, onde
houver perigo de escorregamento, serão empregados materiais ou processos
antiderrapantes (Figura 2). Os andares acima do solo devem dispor de proteção
adequada contra quedas, de acordo com as normas técnicas e legislações municipais,
atendidas as condições de segurança e conforto. As aberturas nos pisos e nas
paredes devem ser protegidas de forma que impeçam a queda de pessoas ou
objetos. Os pisos dos locais de trabalho não devem apresentar saliências nem
depressões que prejudiquem a circulação de pessoas ou a movimentação de
materiais.

NR.9 PROGRAMAS DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS – PPRA

Esta Norma Regulamentadora (NR) estabelece a obrigatoriedade da elaboração e


implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam
trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
- PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através
15

da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de


riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo
em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais

NR.10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE

Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece os requisitos e condições mínimas


objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de
forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou
indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade. As
empresas estão obrigadas a manter esquemas unifilares atualizados das instalações
elétricas dos seus estabelecimentos com as especificações do sistema de
aterramento e demais equipamentos e dispositivos de proteção. Comentário:
Diagrama Unifilar é a representação gráfica dos componentes elétricos e as suas
relações funcionais e contém apenas os componentes principais dos circuitos
representados por uma linha. Os estabelecimentos com carga instalada superior a
75 kW devem constituir e manter o Prontuário de Instalações Elétricas, contendo,
além do disposto no subitem 10.2.3 da NR.10, no mínimo: a) conjunto de
procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde,
implantadas e relacionadas a esta NR e descrição das medidas de controle
existentes; b) documentação das inspeções e medições do sistema de proteção
contra descargas atmosféricas e aterramentos elétricos; c) especificação dos
equipamentos de proteção coletiva e individual e o ferramental, aplicáveis conforme
determina esta NR; d) documentação comprobatória da qualificação, habilitação,
capacitação, autorização dos trabalhadores e dos treinamentos realizados; e)
resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção
individual e coletiva; f) certificações dos equipamentos e materiais elétricos em
áreas classificadas; g) relatório técnico das inspeções atualizadas com
recomendações, cronogramas de adequações, contemplando as alíneas de “a” a
“f”. O projeto deve definir a configuração do esquema de aterramento, a
obrigatoriedade ou não da interligação entre o condutor neutro e o de proteção e a
conexão à terra das partes condutoras não destinadas à condução da eletricidade.

NR.11 – TRANSPORTE, MOVIMENTAÇÃO, ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE


MATERIAIS
16

Os poços de elevadores e monta-cargas deverão ser cercados, solidamente, em


toda sua altura, exceto as portas ou cancelas necessárias nos pavimentos. Quando
a cabina do elevador não estiver ao nível do pavimento, a abertura deverá estar
protegida por corrimão ou outros dispositivos convenientes. Especial atenção será
dada aos cabos de aço, cordas, correntes, roldanas e ganchos que deverão ser
inspecionados, permanentemente, substituindo-se as suas partes defeituosas. Em
todo o equipamento será indicado, em lugar visível, a carga máxima de trabalho
permitida. Na operação manual de carga e descarga de sacos, em um caminhão ou
vagão, o trabalhador terá auxílio de um ajudante. Deve ser evitado o transporte
manual de sacos em pisos escorregadios ou molhados.

NR.12 – SEGURANÇA NO TRABALHO EM MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

Esta Norma Regulamentadora e seus anexos definem referências técnicas, princípios


fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos
trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e
doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e
equipamentos de todos os tipos.

NR-17 (Ergonomia) norma regulamentadora nº 17 tem como objetivo estabelecer os


parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características
psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto,
segurança e desempenho eficiente. De acordo, estabelece o subitem 17.1.2 da norma
regulamentadora nº 17, para avaliar a adaptação das condições de trabalho às
características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a
análise ergonômica do trabalho ou AET, devendo a mesma abordar, no mínimo, as
condições de trabalho, conforme especifica a norma regulamentadora nº 17. A NR-17
é de grande importância pois uma das maiores doenças de trabalho são
desenvolvidas a partir da exposição ao risco ergonômico que muitos trabalhadores
passam.
NR.23 – PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS

Todos os empregadores devem adotar medidas de prevenção de incêndios, em


conformidade com a legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis. O
17

empregador deve providenciar para todos os trabalhadores informações sobre: a)


utilização dos equipamentos de combate ao incêndio; b) procedimentos para
evacuação dos locais de trabalho com segurança; c) dispositivos de alarme
existentes. Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e
dispostas de modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-
los com rapidez e segurança, em caso de emergência. As aberturas, saídas e vias de
passagem devem ser claramente assinaladas por meio de placas ou sinais luminosos,
indicando a direção da saída. Nenhuma saída de emergência deverá ser fechada à
chave ou presa durante a jornada de trabalho. As saídas de emergência podem ser
equipadas com dispositivos de travamento que permitam fácil abertura do interior do
estabelecimento.

NR.36 – SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM EMPRESAS DE ABATE E


PROCESSAMENTO DE CARNE E DERIVADOS

Esta norma visa estabelecer os requisitos mínimos para a avaliação, controle e


monitoramento dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas na indústria de
abate e processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano, de
forma a garantir permanentemente a segurança, a saúde e a qualidade de vida no
trabalho. O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA e o Programa de
Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO devem estar articulados entre si e
com as demais normas, em particular com a NR.17.

RESPONSABILIDADE

Do Empregador , de estabelecer - implementar e assegurar cumprimento do PPRA,


como

atividade permanente da Empresa.

Dos Empregados , de colaborar e participar na implantação do PPRA. E sempre


seguir as orientações

recebidas nos treinamento oferecidos dentro do PPRA, de informar ao seu superior


hierárquico direto,

as ocorrências que a seu julgamento , possam implicar riscos á saúde dos


trabalhadores e seguir todas as atividades que possa não prejudicar e deteriorar o
18

meio ambiente

4- Estudo da Certificação Ambiental ISSO 14001


O grande desafio para a implantação de SGA é estabelecer um fundamento
metodológico que sirva de suporte ao seu desenvolvimento e, principalmente,
implantação e manutenção.
As fases de implantação de um SGA – ISO 14001 descritas aqui serão as seguintes:
planejamento, implantação, verificação, ações corretivas e preventivas e revisão
crítica.
4.1-Fase de planejamento
É importante frisar que problemas ocorridos nesta fase podem inviabilizar a
implantação do SGA. Portanto, atenção especial deve ser dada a este primeiro passo.
4.1.1-Requisitos legais e outros requisitos
Este subsistema envolve as determinantes legais relacionadas à questão ambiental
na implantação de um SGA. Como determina a norma ISO 14001, “a organização
deve estabelecer e manter procedimentos para identificar e ter acesso à legislação e
outros requisitos por ela subscritos aplicáveis aos aspectos ambientais de suas
atividades, produtos e serviços” (NBR ISO 14001:2004).
caso a empresa não tenha um departamento jurídico com profissionais competentes
em legislação ambiental, a contratação de uma consultoria seria fortemente indicada.
A norma de orientação NBR ISO 14004:1996 sugere algumas perguntas que deverão
dar suporte à empresa no momento da concepção deste subsistema:
1. Como a organização acessa e identifica os requisitos legais e outros requisitos
aplicáveis?
2. Como a organização acompanha os requisitos legais e outros requisitos?
3. Como a organização acompanha as alterações nos requisitos legais e outros
requisitos?
4. Como a organização comunica informações pertinentes ao seu pessoal, no tocante
aos requisitos legais e outros requisitos?
A discussão em torno dessas questões permite identificar fontes de dados de
informações, bem como estabelecer a forma como elas serão processadas e
resultarão em informações para os outros subsistemas do SGA. Trata-se de um
subsistema que deve atuar no sentido de identificar, caracterizar e coletar as
19

informações constantes dos requisitos legais, disseminando-a entre os agentes


responsáveis e interessados envolvidos com o SGA.
deve-se inicialmente recuperar toda a documentação envolvida na obtenção do ciclo
de licenças ambientais – localização, implantação e operação. No caso da licença de
operação, cada condicionante deve ser rigorosamente checada. Toda a
correspondência entre o órgão ambiental e a empresa deve ser resgatada.
Depois que toda a documentação referente às licenças estiver disponível, é hora de
se preocupar com a legislação relativa às suas atividades. É importante salientar que
todos os níveis de legislação devem ser observados – municipal, estadual, federal e
internacional, se for o caso. Além desses requisitos, a empresa deverá observar
também códigos industriais, normas voluntárias e compromissos contratuais
Como pode-se observar, esta é uma fase complexa, que exige dos profissionais
conhecimentos relativos tanto às questões ambientais quanto à legislação.
Profissionais com este perfil são escassos no mercado, o que torna os poucos
consultores disponíveis consideravelmente caros, especialmente para as PMEs.
4.1.2-Avaliação de aspectos e impactos ambientais.
A NBR ISO 14001:2004 define aspecto ambiental como:
“elemento das atividades ou produtos ou serviços de uma organização que pode
interagir com o meio ambiente” (NBR ISO 14001:2004).
A referida norma traz também o conceito de impacto ambiental:
“Qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte, no todo
ou em parte, dos aspectos ambientais da organização” (NBR ISO 14001:2004).
Através das definições acima, fica claro que aspecto e impacto ambiental guardam
entre si uma relação de causa e efeito. A identificação dos aspectos ambientais
associados a atividades, processos e produtos é uma das etapas mais importantes
da implementação de um SGA. A adequada implementação deste subsistema é
particularmente crítica para a implantação de um SGA, porque determinará sua
abrangência e robustez.
De acordo com o Guia de Implantação de SGA publicado pela EPA (2000), o trabalho
nesta fase envolve a reunião e organização das informações sobre as atividades da
empresa. A informação reunida deve abranger quatro tópicos:
mapeamento dos processos e atividades da empresa;
• identificar as entradas e saídas para cada atividade, em todos os passos do
processo;
20

• identificar os aspectos ambientais associados em cada entrada e saída do processo;


• identificar os requisitos legais e outros.
A mesma publicação destaca que o processo de identificação dos aspectos
ambientais se desenvolve de forma mais satisfatória se forem formados grupos de
discussão com todos os empregados da organização, o que permite um melhor
comprometimento dos mesmos e a consideração de diferentes perspectivas na
observação dos aspectos ambientais presentes nas atividades da empresa.
O Guia de Implantação da EPA detalha o passo a passo para realização de cada um
dos tópicos mencionados anteriormente. Entretanto, vale ressaltar que a forma de
proceder tal avaliação pode variar muito em cada caso, sem necessariamente perder
funcionalidade.
Passo 1: Desenvolver um mapeamento das atividades e processos da empresa
O primeiro passo para identificar os aspectos ambientais de uma empresa é
desenvolver um mapa de processos, produtos e serviços. Primeiro, deve-se classificar
as atividades em áreas ou em passos do processo produtivo. Assim, elas podem ser
revistas uma por uma. Esta lista de atividades ou processos deve ser usada para
desenvolver um mapa que descreva a ordem em que as atividades acontecem.
Algumas áreas podem requerer o seu próprio mapa, outras podem fazer parte de um
mapa maior.
Além dos processos produtivos, é necessário que se incluam no mapa os aspectos
ambientais dos produtos e serviços.
Passo 2: Identificar as entradas e saídas de cada atividade O próximo passo na
avaliação é identificar as entradas e saídas de cada processo no mapa desenvolvido
no passo 1. Deverão constar as entradas e saídas que podem causar algum impacto
ambiental. Considerando-se, por exemplo, que no mapa existe um processo
referente à cópia de documentos no escritório, ter-se-á como entrada do processo o
documento original, tinta, papel e energia; as saídas seriam a cópia do documento,
cartuchos vazios de tinta, restos de papel e ruídos.
Passo 3: Identificação dos aspectos ambientais de cada atividade
O próximo passo é identificar os aspectos ambientais associados a cada entrada e
saída dos processos, já identificadas no passo 2. Deve-se ter em mente ao
identificar os aspectos ambientais de cada atividade as seguintes questões:
• Esta atividade pode interagir de alguma forma (benéfica ou prejudicial) com o meio
ambiente?
21

• Esta atividade pode ser tóxica ou perigosa para os seres humanos ou para o meio
ambiente de alguma forma?
• Esta atividade utiliza recursos naturais?
• Em se tratando de um produto, como ele será usado e disposto pelo consumidor?
Passo 4: Identificar os requisitos legais e outros.
O último passo é identificar a legislação ambiental e outros requisitos pertinentes às
atividades, produtos e serviços da empresa.
4.1.3-Elaboração da política ambiental
Este subsistema relaciona-se ao estabelecimento de parâmetros que orientem a gestão
ambiental da organização. A política da organização é entendida como um conjunto de
As intenções são estabelecidas pelos níveis hierárquicos mais elevados, resultando
numa série de medidas concretas, as quais irão orientar condutas gerenciais, fixando
desta forma princípios que servem de orientação para o coletivo organizacional.
A excelência ambiental, incorporada em todas as atividades de processamento, é
promovida com base nos seguintes princípios:
1. Implementação dos sistemas de gestão ambiental, incluindo a certificação ISO
14001 em todas as unidades de produção;
2. Conformidade com todas as leis e regulamentações ambientais relevantes e outros
compromissos da empresa; 3. Melhoria contínua no desempenho ambiental, fazendo
uso do monitoramento sistemático e objetivando a prevenção da poluição;
4. Desenvolvimento, melhoria e aplicação de métodos de produção de baixo impacto
ambiental, fazendo uso de matérias-primas localmente disponíveis;
5. Desenvolvimento e fabricação de produtos ambientalmente corretos, enfocando
seu uso e subsequente reciclagem;
6. Uso eficiente de recursos naturais, energia e solo;
7. Gerenciamento e redução, onde for tecnicamente e economicamente viável, das
origens das emissões de CO2 na siderurgia;
8. Compromisso e responsabilidade dos empregados no desempenho ambiental;
9. Consciência e respeito dos fornecedores e contratados com a política ambiental
da ArcelorMittal;
10. Comunicação e diálogo aberto com todas as partes interessadas afetadas pelas
operações da ArcelorMittal.
22

4.1.4-Elaborando os objetivos e as metas


Este subsistema caracteriza-se por buscar a elaboração e manutenção de objetivos e
metas claramente definidos e mensuráveis. Os objetivos e as metas devem estar
relacionados a cada nível e função organizacional que guarde alguma relação com a
questão ambiental, os quais devem ser pautados pela política ambiental,
estabelecendo desta forma a junção das diretrizes operacionais com a orientação
geral dada à gestão ambiental. Esta vinculação entre objetivos, metas e política deve
buscar um comprometimento da organização com o controle, a melhoria e a
eliminação dos impactos ambientais adversos
Objetivos ambientais são os propósitos, determinados pela organização, com relação
aos seus aspectos e impactos ambientais significativos e ao atendimento aos
requisitos legais, à luz da política ambiental estabelecida e tendo em vista as opções
tecnológicas e os recursos humanos, materiais e financeiros disponíveis (FIESP,
2007).
Metas ambientais são os resultados esperados e, sempre que possível, determinados
ou estimados de modo quantitativo, quanto ao atendimento dos objetivos definidos no
âmbito do SGA da organização. As metas devem ter a capacidade de indicar
claramente se os objetivos foram alcançados ou não. Ao final, o atendimento às metas
estabelecidas levará às conclusões sobre a melhoria do desempenho ambiental da
organização, demonstrando se o SGA está operando satisfatoriamente (FIESP, 2007).
é importante ter em mente que existe um inter-relacionamento marcante entre este
subsistema e os subsistemas Programas de Gestão Ambiental, Aspectos/Impactos
Ambientais e Requisitos legais. Ainda segundo a autora, a elaboração de objetivos e
metas pela organização e sua materialização através dos Programas de Gestão
Ambiental representam uma forma de gerenciamento de aspectos ambientais
significativos que apresentam uma importância estratégica para a mesma.
Para o alcance dos objetivos e metas, a organização deve estabelecer Programas de
Gestão ambiental que incluam: a atribuição de responsabilidades para atingir os
objetivos e metas em cada função e nível pertinente da organização e, os meios e o
prazo no quais estes devem ser atingidos (ASSUMPÇÃO, 2004).
23

4.1.5-Implantação dos Programas de Gestão Ambiental


O estabelecimento de uma forma sistematizada para o alcance de metas e objetivos
ambientais é responsabilidade do subsistema Programa de Gestão Ambiental (PGA).
Neste subsistema, são estabelecidos atribuições, responsabilidades, indicadores e
recursos para o alcance de metas e objetivos ambientais. Desta forma, o PGA trata
do estabelecimento formal das linhas de ação que a empresa irá desenvolver
Recomenda-se também que o programa inclua, quando apropriado e exeqüível,
considerações e detalhes de planejamento, projeto, produção, comercialização e
estágios da deposição final de cada determinado material (ASSUMPÇÃO, 2004).
A FIESP (2007) recomenda que deve-se sempre associar as atividades e os
parâmetros dos programas com os objetivos e metas, por sua vez associados aos
aspectos e impactos ambientais significativos que se pretende tratar e reduzir.
4.2-Fase de implantação
A definição da estrutura e das responsabilidades relacionadas ao SGA encontra-se
diretamente relacionada à implementação e à operacionalização do sistema. A partir
de seu estabelecimento, torna-se possível seu desenvolvimento e continuidade da
implantação do SGA. Isso decorre do fato de que passa a existir uma definição de
atribuições permanentes para os vários sujeitos envolvidos, bem como a coordenação
de seus esforços frente ao aparato desenvolvido para a gestão ambiental na
organização.
A alta administração deve assegurar a disponibilidade de recursos essenciais para
estabelecer, implementar, manter e melhorar o SGA. Esses recursos incluem recursos
humanos e habilidades específicas, infraestrutura organizacional, tecnologia e
recursos financeiros.
A FIESP publicou em 2007 uma espécie de roteiro de orientação, que entre outras
coisas, trata da implantação do SGA. Neste manual, a fase de implementação e
operação é descrita em tópicos, como exposto a seguir.
1. Indicação de representante da alta administração para assegurar o
estabelecimento, a implementação e a manutenção do SGA, além de relatar o
desempenho ambiental alcançado e fazer recomendações de melhoria. A atribuição
de sua função, juntamente com suas responsabilidades, deverá ser documentada e
comunicada internamente e às partes interessadas, constando inclusive no
organograma da empresa.
2. Alocação de recursos humanos, formação ou aquisição de profissionais com
24

habilidades especializadas ou, ainda, a contratação de serviços especializados, se for


o caso, para implementar os programas ambientais, essência do SGA. Este
comprometimento da alta organização deverá estar expresso, documentado e
comunicado, internamente e às partes interessadas.
3. Atribuição de responsabilidades, autoridades e funções, para implementação e
manutenção do SGA, a serem claramente definidas dentro do organograma da
organização, sendo documentadas e comunicadas.
4. Criação ou disponibilização de infraestrutura e aquisição de tecnologia e
disponibilização de recursos financeiros, para a execução dos programas ambientais
e para atender aos requisitos da norma ISO 14001, nesta fase.
5. Identificação da necessidade e provimento de treinamento e conscientização de
todos na organização e também daqueles que a representem, formando
competências para implementação e manutenção do SGA.
6. Definição, implementação e documentação de procedimentos para que todas as
pessoas que trabalhem na organização e atuem em seu nome tenham consciência de
que e do porque:
a) é importante estar em conformidade com a política ambiental e com os requisitos
do SGA da organização; Curso de Especialização em Análise Ambiental da UFJF 32
b) a melhoria do desempenho pessoal traz benefícios ambientais e cada função está
potencialmente associada a aspectos ambientais significativos e seus respectivos
impactos; c) suas funções e responsabilidades, atribuídas pela administração,
implicam ficar em conformidade com os requisitos do SGA;
d) a não observância de procedimentos especificados para sua função, no âmbito do
SGA, pode trazer conseqüências.
7. Identificação, planejamento e definição de procedimentos documentados daquelas
operações da organização que estejam associadas aos aspectos e impactos
ambientais significativos, de modo a implementar controle operacional como elemento
do SGA, diminuindo a possibilidade de ocorrência de desvios em relação à política,
aos objetivos e às metas ambientais. Estes procedimentos devem ser definidos
também para produtos e serviços fornecidos à organização, comunicando a
necessidade de cumprimento dos requisitos de controle de certas operações, aos
fornecedores e prestadores de serviços.
25

8. Estabelecimento, implementação e manutenção de procedimentos documentados


para identificar, prever e responder a reais e potenciais situações de emergência e
acidentes, relacionados aos seus aspectos e impactos ambientais significativos. A
resposta deve envolver ações de prevenção ou mitigação de impactos ambientais
adversos. A organização deve periodicamente analisar e rever procedimentos, além
de realizar testes e simulações de acidentes e simulações de emergência.
9. Determinação, implementação e documentação de procedimentos para
comunicação interna e às partes interessadas, sobre os aspectos ambientais e o SGA
da organização, e decisão documentada sobre se e como a organização vai
providenciar a comunicação externa, ao público em geral.
10. Muitos dos requisitos anteriores de planejamento, implementação e operação do
SGA necessitam ser documentados, tendo este termo aparecido onde a
documentação é, de fato, um requisito. Não se pode esquecer que a importância da
documentação no caso do SGA não tem apenas função burocrática e/ou de permitir
auditoria e certificação. A documentação de, no mínimo, a) a política ambiental, os
objetivos e as metas ambientais da organização e, em conseqüência, de seus
programas ambientais; b) o escopo do SGA; c) todos os requisitos exigidos pela
norma, tais como os requisitos legais e outros requisitos, subscritos pela organização;
d) os programas de treinamento e conscientização; e) as simulações para
atendimento e resposta a situações de emergência, envolvendo aspectos e impactos
ambientais significativos; f) os registros específicos, importantes principalmente na
fase de verificação de tudo aquilo que a organização entende como importante para
planejar, operar e controlar processos relativos aos seus aspectos ambientais
significativos.
11. A documentação deve ser controlada, ou seja, planejada, analisada, aprovada,
revista e aprovada novamente, sempre que necessário, de modo a evitar a incorreta
implementação, manutenção, verificação e revisão dos elementos do SGA, por causa
de desatualização, obsolescência, erro de aplicação ou inadequação ao objetivo a que
se propõe, entre outros problemas.
26

4.3-Fase de verificação e ações corretivas e preventivas


4.3.1-Realização de monitoramento e medições
Esse subsistema envolve o estabelecimento e a manutenção de procedimentos
documentados para monitorar e medir, periodicamente, as características principais
das operações e atividades de uma organização que possam ter um impacto
significativo sobre o meio ambiente. Tais procedimentos incluem o registro de
informações para acompanhar o desempenho, controles operacionais pertinentes e a
conformidade com os objetivos e metas da empresa.
A organização deve assegurar que equipamentos de monitoramento e medição
calibrados ou verificados sejam utilizados e mantidos, devendo-se reter os registros
associados.
De acordo com o EMS Handbook for wastewater utilities, publicado pela EPA em
2004, nesta fase devem ser desenvolvidas formas de:
• identificar os pontos chave das operações que podem ter aspectos ambientais
significativos;
• acompanhar o desempenho de seu sistema, incluindo o progresso em alcançar os
objetivos e metas definidas;
• monitorar a conformidade dos controles operacionais;
• calibrar e manter equipamentos de monitoramento;
• avaliar periodicamente o cumprimento das leis e outras regulamentações aplicáveis.
o processo de medição é uma forma de avaliação do desempenho ambiental essencial para
o SGA. A ideia básica é que, sem uma medição efetiva de desempenho com base em
parâmetros objetivos, não é possível melhorá-lo. A medição e o monitoramento estabelecem
a estrutura para a gestão, no sentido de que uma empresa só pode gerenciar eficazmente
aquilo que pode medir.
Deverão ser monitorados em uma escala de prioridades os aspectos ambientais que se
referem a parâmetros de desempenho que estão associados a requisitos legais. A partir do
momento em que o desempenho ambiental da empresa vai melhorando em relação a esses
parâmetros de monitoramento, posteriormente outros podem ser eleitos visando ao
comprometimento com a melhoria contínua. Assim, podem ser monitorados tanto parâmetros
associados a controles operacionais, como aos objetivos e metas estabelecidos. Nesse caso,
tais parâmetros passam a ser indicadores de desempenho ambiental.
27

4.3.2-Não conformidade e ação corretiva/preventiva


A NBR ISO 14001:2004 determina que a organização deve estabelecer, implementar
e manter procedimentos para tratar as não conformidades reais e potenciais, e para
executar ações corretivas e preventivas. Os procedimentos devem definir requisitos
para:
a) identificar e corrigir não conformidades e executar ações para mitigar seus impactos
ambientais;
b) investigar não conformidades, determinar suas causas e executar ações para evitar
sua repetição;
c) avaliar a necessidade de ações para prevenir não conformidades e implementar
ações apropriadas para evitar sua ocorrência;
d) registrar os resultados das ações corretivas e preventivas executadas;
e) analisar a eficácia das ações corretivas e preventivas executadas.
A organização deve assegurar que sejam feitas as mudanças necessárias na
documentação do SGA.
Na maioria das organizações, as ações corretivas associadas ao sistema da
qualidade, normalmente são discutidas por um grupo que se reúne semanalmente.
Para ações corretivas de cunho ambiental isso não é adequado. O potencial de risco
legal e outras responsabilidades requerem uma resposta mais rápida. Geralmente, os
responsáveis da área de qualidade não têm conhecimento e autonomia para assumir
a responsabilidade por ações corretivas associadas ao SGA sem um apoio específico
de técnicos da área ambiental.
As fontes de identificação de não conformidades podem ser o monitoramento
ambiental, as auditorias, as sugestões de funcionários, as reclamações procedentes
de partes interessadas, etc.
4.3.3-Estabelecimento do controle de registros
O subsistema que compõe os registros ambientais possibilita à organização
estabelecer e manter procedimentos para a identificação, manutenção e eliminação
de registros ambientais. Os registros devem incluir dados de treinamentos, resultados
de auditorias e análises críticas. O formato dos registros ambientais deve ser legível
e identificado, de modo a possibilitar o rastreamento de atividades, produtos ou
serviços. Os registros devem ser arquivados e mantidos de maneira que permita seu
rápido acesso, também sendo protegidos contra avarias, deteriorações ou perdas,
sendo seu período de retenção preestabelecido e registrado. Esse subsistema pode
28

ser atendido plenamente pelo procedimento que já atende aos requisitos da ISO 9001
sem nenhuma alteração.
4.3.4-Definição da sistemática de auditoria do SGA
Outro subsistema que deve compor o SGA é aquele encarregado de suas auditorias.
Este subsistema visa estabelecer e manter programas e procedimentos de auditorias
periódicas. Busca-se determinar se o SGA está em conformidade com as diretrizes
estabelecidas para a gestão ambiental, bem como as da norma ISO 14001, além de
verificar sua efetiva implantação e manutenção.
as auditorias podem ser classificadas como:
a) de primeira parte – quando a auditoria é executada pela própria organização.
b) de segunda parte – quando a auditoria é realizada por uma organização sobre a
outra com propósitos próprios, caso típico de auditoria de fornecedores.
c) de terceira parte – quando uma organização independente efetua a auditoria sobre
outra organização. São tipicamente as auditorias de certificação, efetuadas pelo BVQI,
ABS, DNV, SGS, entre outras.

4.4-Realização da revisão crítica pela gerência


A busca pela adequação e eficácia contínua do SGA é atribuição de uma revisão
crítica pela gerência. Ele deve garantir a coleta de informações necessárias,
permitindo que a administração realize suas avaliações de forma documentada. Uma
análise crítica deve considerar a necessidade de mudanças na política ambiental,
seus objetivos e os componentes relacionados ao SGA, com base nos resultados
levantados pelo subsistema de auditorias, além de mudanças contextuais,
considerando sempre o comprometimento com a melhoria contínua.
Para a administração desse elemento da norma, sugere-se montar um manual
contendo todas as informações sobre o gerenciamento dos aspectos ambientais da
unidade. Nele, podem-se registrar o andamento e as evoluções ocorridas com os
aspectos ambientais. Esse manual deve ser atualizado periodicamente e levado para
conhecimento da alta administração.
As reuniões de análise crítica devem ocorrer mensalmente, pelo menos durante a fase
de implantação, para discussão das condições de implantação do SGA, avaliação dos
pontos fracos e proposição de medidas visando à solução dos problemas detectados.
Essas reuniões são particularmente importantes após a realização das auditorias,
onde as constatações do relatório de auditoria serão discutidas e propostas as
29

soluções, visando a melhoria contínua.

5 Relação de conjunto de bens


Área Terreno: 160.000 m²

Área Construída Aproximada: 57.004,73m², contendo:

- Portaria principal, com 38,61m² de área construída,


- Portaria interna, ambulatório, transportes, RH e posto bancário, com 124,07m² de
área construída;
- Abrigo para bicicletas, com 75,00 m² de área construída;
- Administração, com 684,00m²;
- Abrigo para veículos, com 80,00m² de área construída;
- Balança rodoviária, 45,00m²;
- Vestiários e lavanderias, com 697,50m²;
- Cozinha e refeitório, com 600,00m²;
- Escritório do serviço de inspeção federal - SIF, com 200,00 m²;
- Barracão para descanso, com 180,00m²;
- Reservatório d’água elevado, com capacidade de 150,00m³;
- Sala do peróxido e casa de bombas, com 36,80m²;
- Cabine de medição de energia, com 29,35m²;
- Poço 1, com 7,50m² com profundidade média de 60,00m;
- Escritório de recebimento de suíno, com 20,00m²;
- Descarregamento de suíno, com 26,40m²;
- Balança de gado, com 24,00m²;
- Sala de balança de gado, com 10,00m²;
- Lavador de caminhões, com 255,20² (rampas) 28,90m²(reservatório d’água),
110,20m²;
- Brete para inspeção de suínos, com 36,00m²;
- Curral para observação e corredores, com 162,00m² de área construída;
- Sala de bombas e som, com 6,65m² de área construída;
- Reservatório d’água, com, 29,75m² de área construída;
- Curral, com 5.340,00m² de área construída, capacidade para 1.824 suínos;
- Matadouro sanitário, com 77,50m² de área construída;
- Autoclave do matadouro sanitário, com 5,00m²;
30

- Corredor que liga o curral ao abate, com 308,00m² de área construída;


- Subestação principal, depósito de produtos químicos e depósito de veneno, com
130,50m² ;
- 5 baias para transformadores alvenaria sobre fundações de concreto armado -portões
de alambrado
- Prédio principal - abate, processamento, congelamento, estocagem e expedição, com
13.985,00m²;
- Estação de bombeamento de amônia e torres de resfriamento, com 227,00m² de área
construída;
- E. T. A - reservatório d’água, com 390,00m² de área construída;
- E. T. A - sala das bombas de cloro, com 5,40m² de área construída;
- E. T. A - sala das bombas, com 19,00m²;
- Depósito de embalagens, com 450,00m², R$ 319.275,00;
- Graxaria e subestação, com 1.027,00m² de área construída;
- Casa da caldeira a lenha, com 310,00m² de área construída;
-Depósito de materiais, com 75,00m²;
- Oficina de manutenção, com 304,00m²;
- E. T. E - peneira, com 78,00m² de área construída, R$ 22.136,00;
- E. T. E - dique da entrada de efluentes, com 42,00m²;
- E. T. E - lagoa facultativa, com 6.000,00m² de superfície, escavada no solo e
revestida com “geomembrana”;
- E. T. E- lagoas anaeróbicas, com 3.400,00m² de superfície, escavada no solo;
- Vias internas e calçadas, com 4.000,00m²;
- GREMIO DOS FUNCIONÁRIOS, contendo: Vestiário, bar e área de lazer, com
225,00m²(vestiário -105,m², área de lazer-105,00m² -bar- 15,00m²; Quadra de
futebol de salão, com 375,00m² de área construída.

Equipamentos:

1 Mesa p/ depilar suínos em tubos de aço


2 Guincho de sangria de bovinos
3 Guincho de Transpasse
4 Balança aérea manual
5 Serra de Peito
31

6 Serra de Carcaça Alta e Baixa c/ carro Móvel


7 Serra de Divisão de Dianteiro
8 Lavatório de Mãos tipo coluna c/ Esterilizador elétrico.
9 Pistola de atordoamento
10 Lavador Centrifugador de Bucho(Elétrico)
11 Desarticulador de Unhas
12 Guincho de Sangria de Suínos
13 Tanque de Escaldagem de Unhas- a Gás
14 Carretilha de Sangria
15 Carretilha de Esfola
16 frise para conservação
6-Plano de prevenção e riscos ambientais

PPRA- Todo ambiente de trabalho está sujeito a algum risco de Acidente de


Trabalho. Esse risco varia conforme a intensidade da atividade exercida e se
o profissional está desempenhando seu trabalho da forma correta e seguindo
todos os procedimentos de segurança. conceito de risco tem duas dimensões
podendo ser visto sob a perspectiva “quantitativa, e assim designar a
probabilidade de ocorrência de um acidente” e “qualitativo, e indicar o perigo
criado pela disfunção”. Na concepção da Norma Regulamentadora, NR-9,
representam Riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos
existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza,
concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar
danos à saúde do trabalhador. Uma boa avaliação de risco é um exame
sistemático de todos os aspectos do trabalho, com vista a apurar o que poderá
provocar danos, se é possível eliminar e, em caso negativo indicar as medidas
preventivas para controlar tais riscos. O PCMSO tem por objetivo realizar
avaliações clínicas que permitam diagnosticar os agravos à saúde relacionados
ao trabalho. O PPRA articula-se com o PCMSO de maneira a identificar os
riscos que possam originar estes agravos diagnosticados e sugerir medidas para
o seu controle .

Para o ramo de frigoríficos que possuem o SESMT, Serviço Especializado de


Segurança, é responsabilidade deste serviço a implementação. Para as empresas que
não possuam o SESMT algumas opções podem ser aplicadas na elaboração,
32

desenvolvimento, implementação do PPRA, como a contratação de uma empresa


especializada ou um Engenheiro de Segurança do Trabalho para desenvolvimento
das diversas etapas do programa em conjunto com a direção da empresa

Benefícios complementares:

• Criação da mentalidade preventiva em trabalhadores e empresários;


• Redução ou eliminação de improvisações;
• Promoção da conscientização em relação a riscos e agentes existentes no
ambiente do trabalho;
• Desenvolvimento de uma metodologia de abordagem e análise das
diferentes situações e condições do ambiente do trabalho;
• Treinamento e educação dos trabalhadores para a utilização da metodologia.

Para efeito desta NR, consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e
biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza,
concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à
saúde do trabalhador. Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia
a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões
anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes,
bem como o infrassom e o ultrassom. Consideram-se agentes químicos as
substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via
respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores,
ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser
absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. Consideram-se agentes
biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros.
Deverão ser adotadas as medidas necessárias suficientes para a eliminação, a
minimização ou o controle dos riscos ambientais sempre que forem verificadas. O
estudo, desenvolvimento e implantação de medidas de proteção coletiva deverão
obedecer à seguinte hierarquia: a) medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou
a formação de agentes prejudiciais à saúde; b) medidas que previnam a liberação
33

ou disseminação desses agentes no ambiente de trabalho; c) medidas que reduzam


os níveis ou a concentração desses agentes no ambiente de trabalho. A implantação
de medidas de caráter coletivo deverá ser acompanhada de treinamento dos
trabalhadores quanto aos procedimentos que assegurem a sua eficiência e de
informação sobre as eventuais limitações de proteção que ofereçam. A
responsabilidade pela elaboração e implementação deste Programa é única e total
do Empregador, devendo ainda zelar pela sua eficácia, e cumprimento,
principalmente das ações de controle e eliminação do risco e ações propostas no
plano de ação. Sendo sua profundidade e abrangência dependentes das
características, dos riscos e das necessidades de controle. Todo Programa, PPRA,
tem vigência de 1 (um) ano e as ações previstas no plano de ação devem ser
executadas neste período. Sempre que houver mudanças importantes no ambiente
de trabalho da empresa o PPRA deve ser revisado. Deverá ser mantido pelo
empregador ou instituição um registro de dados, estruturado de forma a constituir
um histórico técnico e administrativo do desenvolvimento do PPRA. Os dados
deverão ser mantidos por um período de 20 anos. O registro de dados deverá estar
sempre disponível aos trabalhadores interessados ou seus representantes e para as
autoridades competentes.

Lixo e resíduos, importando-se sempre com o destino adequado dele. Separar


os resíduos, e contratando empresa destinada para recolher ossos e resíduos,
papelões, plásticos e metais do frigorífico.

1. Reutilize, reaproveite e recicle tudo que for possível. Caixas e plásticos, por
exemplo, podem ser utilizados para acondicionar alguns objetos. O importante
é sempre ter em mente que quanto mais diminuímos a nossa produção de lixo,
mais preservamos o meio ambiente.
2. Reduza o consumo de água. Para isso, basta criar maneiras de aproveitar
melhor água, como reutilizar a água da chuva, armazenar a água da chuva. É
um sistema interno para o tratamento de água.
3. Reduza o consumo de energia elétrica. Evite o consumo exagerado, e
instalando painéis solares , por questões de saúde pública e do ecossistema.
34

7-EPI’s – equipamentos de proteção individual

O uso do equipamento e obrigado nas seguintes circunstâncias:

1)sempre as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra


os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho; 2)
enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e, 3) para
atender a situações de emergência

Cabe ao empregador: a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade; b)


exigir seu uso; c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; d) orientar e treinar o
trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;

e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; f) responsabilizar-se


pela higienização e manutenção periódica; e, g) comunicar ao MTE qualquer
irregularidade observada; h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo
ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.

Cabe ao empregado : a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se


destina; b) responsabilizar-se pela guarda e conservação; c) comunicar ao
empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e, d) cumprir as
determinações do empregador sobre o uso adequado.

E para dá segurança a quem usa os EPis segue os trajes para os empregados de


frigoríficos

uniforme completo para câmara fria (corpo inteiro)e abatedouro e desossa, capaz
de proteger tronco e membros do usuário em temperaturas baixíssimas;
• luva de segurança para proteção das mãos;
• capuz de segurança, responsável por proteger cabeça e pescoço;
• bota térmica, que garante a proteção dos pés contra o frio e umidade.
35

8. MEDIDAS DE SUSTENTABILIDADE DO PROJETO

Objetivo

Implantar sistemas e procedimentos que reduzam os custos com energia ,água ,


insumos, combustíveis. Proceder programas de treinamento e conscientização do
uso racional dos recursos naturais em todos funcionários da instalação , tomando
como práticas simples de uso racional dos insumos a fim de manter a redução dos
custos e evitar desperdícios do empreendimento.

8.1 Uso racional da Água

É importante implementar de forma efetiva e consolidada, a medição confiável


do consumo de água da empresa. Deve-se medir o consumo total e o consumo em
alguns pontos do processo onde o uso de água é significativo. isto implica em
aspectos como:

_ Seleção e aquisição de medidores adequados (com totalizadores de volume,


tipo hidrômetros), procedendo a rotina efetiva da leitura ,registro e análise dos dados
de consumo de água gerados pelos medidores.

_ Implantar indicadores de consumo para o gerenciamento do consumo de


água/t produtos , adotando estratégias para melhorar a prática dos procedimentos
operacionais, tanto de produção como de limpeza e higienização objetivando a
redução de consumo de água.

_ Utilizar técnicas de limpeza a seco o quanto possível, em todas as áreas pisos


e superfícies ,antes de qualquer lavagem com água - em todas as áreas produtivas,
incluindo as superfícies externas e internas de equipamentos de processamento de
carnes. Varrição catação e raspagem dos resíduos são técnicas possíveis.

_ Após as limpezas a seco ,utilizar sistemas de alta pressão e baixo volume


para fazer as lavagens com água.Utilizar sistemas de acionamento automático de
fluxo de água nas estações de lavagem das mãos, de esterilização de facas e onde
for adequado, pedais , botões ,ou outro sistema prático de acionamento mecânico são
opções possíveis.
36

_ Dotar todas as mangueiras de água com gatilhos , na sua extremidade de


uso, para acionamento do fluxo de água pelos operadores somente quando
necessário, instalar as válvulas para fechamento das mangueiras de água próximas
aos operadores.

_ Instalar sistemas de limpeza CIP (cleaning-in-place) para equipamentos


fechados ( Tanques , cozinhadores , evaporadores , digestores e etc.

Além destas sugestões , algumas alternativas de reúso /reciclagem de água


devem ser consideradas para avaliação:

_ Águas de sistemas de resfriamento e/ou bombas de vácuo em circuito aberto


, de descongelamento de câmaras frias: fechar circuitos ,onde apropriado, ou utilizar
a á água para lavagem de pátios ou áreas externas.

_ Uma parte final da água do último enxágue do dia (após produção): utilizar
nos primeiros enxagues em lavagens do dia seguinte (ou onde for possível).

_ Água dos esterilizadores de facas e outros equipamentos: para lavagem


inicial de pisos , por exemplo (ou onde for possível)

_ Água das pias de lavagem das mãos: para auxiliar transporte de materiais
para outros setor de limpeza de pisos.

_ Efluente tratado final: utilizar nas áreas externas, por exemplo ou onde for
possível

_ Captação e uso eventual de água de chuvas em sistemas de armazenamento


em separado para limpeza de áreas externas.

OBS. reuso /reciclagem de água implica em investimento inicial para segregação,


coleta, armazenamento, eventual tratamento e distribuição até o ponto de utilização
desta água ; sua qualidade e aplicação pretendida definem necessidade ou não de
algum tratamento prévio para adequar e/ou manter esta qualidade - se não for
necessário, melhor, mas às vezes , mesmo com algum tratamento , a reciclagem pode
ser compensadora; assim é necessário analisar caso a caso, considerando
vantagens e desvantagens do reúso/ reciclagem potencial frente à situação
37

econômica geral , a ideia é procurar combinações que sejam vantajosas preservando


a segurança dos produtos da empresa e consultando o órgão ambiental competente.

Como uma orientação geral, pode-se dizer que o uso de água potável deve ser
restrito aos pontos em que este tipo de água seja efetivamente necessário e na
quantidade necessária sem desperdício.

8.2 Minimização dos Efluentes Líquidos e de sua Carga Poluidora

Da mesma forma que para para o gerenciamento do consumo de água ,a medição


efetiva e rotineira das quantidades de efluentes líquidos gerados e de efluentes finais
emitidos pela empresa, é importante. Valem as mesmas recomendações dadas para
a medição do consumo de água, pois com isso ocorre a redução direta do consumo
de água tratada ou por redução indireta deste consumo ,via reúso ou reciclagem de
águas usadas.

No que se refere à diminuição da carga poluidora dos efluentes, a limpeza


prévia e operações a seco ,desempenham papel fundamental onde temos que evitar,
o quanto possível o contato matéria orgânica/água efluente - ou seja , evitar que a
carga orgânica dos efluentes aumente pelo aporte de material orgânico, devemos
capturar o máximo de resíduos antes que estes entrem nos drenos e canaletas de
águas residuais.

Algumas medidas a serem tomadas:

_ Garantir que as áreas de eventuais estoques de matéria prima e resíduos sejam


cobertas e isoladas no seu entorno ou perímetro, com canaletas de drenagem.

_ Instalar dispositivos de coleta direta de resíduos não usados, treinando


periodicamente os operadores para utilizem efetivamente estes dispositivos ,
minimizando queda destes materiais nos pisos.

_ Fazer limpeza prévia a seco , removendo os materiais sólidos que caem nos
pisos e superfícies de instalações e equipamentos de industrialização da carne , antes
de qualquer lavagem, instalando grades ou telas perfuradas nos drenos , ralos e
canaletas de águas residuais das áreas produtivas.

_ Remover o material retidos das grades e telas o quanto for possível, dentro
38

da rotina e periodicidade de limpeza da unidade, destinando-o adequadamente.

_ Utilizar detergentes alternativos que tenham efetivamente sua ação


desejada, mas também minimizem impactos ao meio ambiente.

8.3 Uso Racional de Energia

Para um bom gerenciamento , deve-se efetuar a medição rotineira dos


consumos de energia elétrica, de vapor e de combustíveis ,controlando as
quantidades totais consumidas , desta forma temos o cálculo e avaliação da rotina de
indicadores relacionados à produção com os respectivos consumos de energia e
combustíveis.

Podem ser obtidos ganhos de economia usando equipamentos


energeticamente mais eficientes e com sistemas de recuperação de calor, sendo
algumas medidas para racionalizar o uso de energia na sequencia:

_ Implementar programas de desligamento de chaves/interruptores elétricos


associados a sensores, para desligar luzes e equipamentos quando seu uso é
desnecessário ou há parada na produção.

_ Controles automáticos de temperatura nas câmaras frigoríficas , evitando


funcionamento contínuo nos motores em período o qual as câmaras fiquem fechadas
por várias horas.

_ Usar água quente somente onde realmente seja necessária e sem


desperdício.

_ Recuperar calor residual de correntes quentes como os gases de combustão


das caldeiras, vapor de exaustão dos digestores/ secadores , compressores e etc.
para pré aquecer água ou sistemas usados em outro setor produtivo.

_ Otimizar e manter a eficiência de combustão das caldeiras.

_ Utilizar iluminação natural em todos setores onde for possível.

_ Utilizar sistemas de iluminação ou lâmpadas mais eficientes ,econômicas nos


setores que permaneçam acesos e instalar sensores de presença nas salas ou áreas
39

quando não houver pessoas.

_ Prever a instalação de sistema de uso de gás proveniente de Biodigestor


para reutilização em sistemas de pré-aquecimento de água, na instalação.

_ Instalar mini turbinas eólicas, nas áreas mais sujeitas a vento, de forma a
captar e gerar energia suplementar para parte da instalação.

_ Utilizar fontes renováveis de energia: biomassa em geral (madeiras, bagaço


de cana, gorduras e sebos) biogás proveniente de estação de tratamento de esgotos
e resíduos.

_ Instalar painéis e/ou captadores de luz solar de modo a auxiliar a economia


de combustível e energia em pontos da instalação.

Tais sugestões são indicadoras que devem ser sempre buscadas medidas de
redução e melhorias dos processos bem como o consumo de fontes alternativas de
energia, evitando o uso de combustíveis fósseis, e sua eventual geração de gases à
atmosfera.

9- Sistema de gestão ambiental baseado na norma ISO 14001

A implementação dessa norma deve ser buscada por empresas que desejam
estabelecer ou aprimorar um Sistema de Gestão Ambiental, estar seguras sobre
políticas ambientais praticadas ou demonstrar estar de acordo com práticas
sustentáveis a clientes e a organizações externas.

A ISO 14001:2015

Pensando pela ótica da sustentabilidade, não faz sentido uma empresa ter uma
atuação apenas ecologicamente correta e não atuar com a gestão ambiental de forma
estratégica, pensando no desenvolvimento sustentável da empresa.

E foi nesse o foco que mudança da versão da ISO 14001 foi planejada. A ISO
14001:2015 incorpora além de questões estratégicas, a preocupação com a cadeira
de valor, ciclo de vida, entre outras mudanças.
40

Já é sabido que a ISO 14001 na sua versão atual proporciona ganhos econômicos,
pois ao reduzir o consumo de recursos, também reduz custos, mas agora esse
enfoque ganha forças, o que agregará muito valor para as empresas que
conquistarem essa certificação.

Também, para fechar o tripé da sustentabilidade, a norma atual que ainda não atua
com aspectos sociais, terá uma atenção para esse tema com a necessidade de
avaliação das expectativas das partes interessadas, incluindo condições ambientais
locais, regionais e globais que afetam a organização ou que possam ser afetados por
ela.

Mais Sobre a ISO 14001


Mudanças da ISO 14001:2015
Desenvolvimento Sustentável e Sistema de Gestão Ambiental
Benefícios de um Sistema de Gestão Ambiental
Elementos, Implementação e Certificação ISO 14001
Migração para a ISO 14001:2015
(Para empresas já certificadas)

Principais mudanças na ISO 14001:2015


Estrutura de Alto Nível (Anexo SL)
Assim como a nova versão da ISO 9001, a ISO 14001 adotou a Estrutura de
Alto Nível que é o apêndice SL das Diretrizes ISO/IEC, em que todas as normas
de sistema de gestão devem respeitar e compartilhar uma base consistente
comum.
Essa mudança visa melhorar a compatibilidade com outras normas de sistema
de gestão e estabelecer a estrutura básica de requisitos pelos próximos 10 anos
ou mais.
A estrutura dos capítulos está indicada abaixo:

Direcionamento Estratégico:
Outra mudança está ligada ao direcionamento estratégico do sistema de gestão
ambiental por meio dos tópicos “Entendendo a organização e seu contexto” e
“entendendo as necessidades e expectativas das partes interessada”.
41

Essa mudança tem o objetivo de refletir práticas empresariais mais modernas e


algumas técnicas que podem ser utilizadas para esse item é a aplicação de uma
matriz swot e/ou o canvas a fim de alinhar todas as diretrizes estratégicas da
organização.
Para completar essa gestão estratégica, destaque também para as ações para
tratar riscos associados a ameaças e oportunidades, que é o pensamento
baseado em risco, amplamente difundido nos comentários sobre a revisão da
ISO 9001, mas que também ganha destaque na ISO 14001.

Liderança
A Liderança também ganha destaque no resultado do sistema de gestão
ambiental, uma vez que será necessária a integração da gestão ambiental com
os processos corporativos e com o ambiente de negócios da empresa,
fortalecendo a sua vocação para o desenvolvimento sustentável, evidenciando a
necessidade do comprometimento de todos da empresa, principalmente da
liderança da empresa com os resultados encontrados.

– Prefácio
– Introdução
– Escopo
– Referências normativas
– Contexto da organização
– Liderança
– Planejamento
– Apoio
– Operação
– Avaliação de desempenho
– Melhoria
– ANEXO A: Orientações para uso desta norma
– ANEXO B: Correspondência entre a ABNT NBR ISO 14000:2015 e a ABNT
NBR ISO 14001:2004

Desempenho Ambiental
Na versão atualizada da ISO 14001 entende como foco principal a melhoria do
42

desempenho ambiental e não a melhoria do desempenho do sistema de gestão,


dessa forma, será analisado de forma mais enfática as reais reduções de
emissões, efluentes e resíduos que a empresa obteve com a implementação do
sistema de gestão ambiental.
Ainda nesse item, existe a preocupação com o gerenciamento dos aspectos
ambientais durante o ciclo de vida do produto ou serviço da organização.

Documentos
Acompanhando a estrutura de alto nível, uma grande mudança nos sistemas de
gestão é a simplificação da linguagem a fim de evitar duvidas e garantir a
compreensão e interpretação consistente dos requisitos, dessa forma, os atuais
controle de documentos e controle de registros serão agora considerados como
Informação Documentada, garantindo mais agilidade e controle sobre todas as
informações relevantes para a empresa.

Proteção Ambiental
Com a nova versão da ISO 14001, espera-se que a organização tenha atitude
mais proativa com a proteção do meio ambiente em relação aos danos e
degradação, a correta utilização dos recursos e a preservação da biodiversidade.

O que é desenvolvimento sustentável e Sistema de Gestão Ambiental

A Comissão Brundtland, formada pela Organização das Nações Unidas para estudar
a crescente deterioração do meio ambiente humano e dos recursos naturais e as
consequências da deterioração para o desenvolvimento econômico e social, definiu,
no relatório “Nosso Futuro Comum” (Our Common Future), o desenvolvimento
sustentável como o “desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes sem
comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias
necessidades”.

Essa é a definição mais aceita mundialmente do termo desenvolvimento sustentável.


Ela se aplica ao meio ambiente na medida em que as necessidades atuais estão
diretamente relacionadas aos recursos naturais. Basta pensar na energia fóssil
(petróleo, por exemplo) e nas diversas matérias-primas comumente usadas em
43

indústrias.

O Sistema de Gestão Ambiental representa um processo que busca resolver, mitigar


ou prevenir problemas de caráter ambiental. Contribuir para o desenvolvimento
sustentável é a meta maior do sistema.

A aplicação da ISO 14001:2015

A aplicação da norma depende de fatores como a política ambiental da organização,


da natureza das atividades por ela desenvolvidas, dos seus produtos e serviços, dos
locais e das condições nas quais o sistema funciona e do atendimento aos requisitos
legais e estatutários do mercado que atua.

A ISO 14000 em sua nova versão, segue a estrutura de alto nível conhecida como
Anexo SL que visa melhorar a compatibilidade com outras normas de sistema de
gestão, inclusive com a ISO 9001.

A ISO 14001 adota uma abordagem sistêmica que possibilita que a organização atinja
o sucesso sustentável a longo prazo e estabelece melhores práticas para:

– Proteção ao meio ambiente pela prevenção ou mitigação dos impactos ambientais


adversos;

– Mitigação de potenciais efeitos adversos das condições ambientais da organização;

– Aumento do desempenho ambiental;

– Utilização de perspectiva de ciclo de vida que pode prevenir o deslocamento


involuntário dos impactos ambientais dentro do ciclo de vida.

10-ESTUDO DE MODALIDADE DE CRÉDITO FINANCEIRO

Para a implantação do frigorifico, os clientes Alemães terão que financiar


R$600.000,00 para compra de máquinas e equipamentos.
44

Foi feito um levantamento de alguns bancos sobre as taxas de juros, conforme


mostra a tabela abaixo:

Banco A Banco B Banco C Banco D


Taxa de Juros 6,8% a.a 11,6% a.a 9,6% a.a 5,9% a.a
Número de Parcelas 180 meses 108 meses 144 meses 240 meses

Sendo assim temos a analise de cada uma das opções bancárias de


financiamento:

Banco A:

Juros de 6,8%a.a

Número de parcelas: 180 meses

Taxa de juros a.m = taxa de juros ao mês

Taxa de juros a.m = (taxa de juros ao ano) / 12

Taxa de juros a.m = 6,8 % / 12 = 0,5666 % de juros a.m

Portanto, uma taxa de juros de 6.8% a.a equivale a uma taxa de juros de
0,5666% a.m

Temos então:

Pv = valor a ser financiado = R$ 600.000,00

n = número de parcelas =180 meses

i = taxa de juros a.m = 0,5666% a.m = 0,005666

Pmt = valor de cada parcela do financiamento


45

Parcela mensal do financiamento no Banco A : R$ 5.320,20

Valor total pago pelo financiamento= 180x5320,20 = R$ 957.636,00 em 180


meses

Banco B:

Juros de 11,6%a.a

Número de parcelas: 108 meses

Taxa de juros a.m = taxa de juros ao mês

Taxa de juros a.m = (taxa de juros ao ano) / 12

Taxa de juros a.m = 11,6 % / 12 = 0,9666 % de juros a.m

Portanto, uma taxa de juros de 11,6% a.a equivale a uma taxa de juros de
0,9666% a.m

Temos então:
46

Pv = valor a ser financiado = R$ 600.000,00

n = número de parcelas =108 meses

i = taxa de juros a.m = 0,9666% a.m = 0,009666

Pmt = valor de cada parcela do financiamento

Parcela mensal do financiamento no Banco B : R$ 8.975,46

Valor total pago pelo financiamento= 108x8.975,46 = R$ 969.349,90 em 108


meses

Banco C:

Juros de 9,6%a.a

Número de parcelas: 144 meses

Taxa de juros a.m = taxa de juros ao mês

Taxa de juros a.m = (taxa de juros ao ano) / 12

Taxa de juros a.m = 9,6 % / 12 = 0,8 % de juros a.m


47

Portanto, uma taxa de juros de 6.8% a.a equivale a uma taxa de juros de 0,8%
a.m

Temos então:

Pv = valor a ser financiado = R$ 600.000,00

n = número de parcelas =144 meses

i = taxa de juros a.m = 0,8% a.m = 0,008

Pmt = valor de cada parcela do financiamento

Parcela mensal do financiamento no banco C : R$ 7.032,51

Valor total pago pelo financiamento= 144x7.032,51 = R$1.012.681,98

Banco D:

Juros de 5,9%a.a

Número de parcelas: 240 meses

Taxa de juros a.m = taxa de juros ao mês

Taxa de juros a.m = (taxa de juros ao ano) / 12

Taxa de juros a.m = 5,9% / 12 = 0,4916 % de juros a.m

Portanto, uma taxa de juros de 5,9% a.a equivale a uma taxa de juros de
0,4916% a.m
48

Temos então:

Pv = valor a ser financiado = R$ 600.000,00

n = número de parcelas =240 meses

i = taxa de juros a.m = 0,4916% a.m = 0,004916

Pmt = valor de cada parcela do financiamento

Parcela mensal do financiamento no banco D : R$ 4.263,76

Valor total pago pelo financiamento= 240 x 4.263,76 = R$1.023.302,40

Conclusão:

Caso o critério de escolha do financiamento seja o valor da prestação, o banco


a ser escolhido será o D, que tem a menor prestação entre os quatro comparados,
inclusive tem o maior prazo de financiamento.

11. FUNÇÕES E POSTO DE TRABALHO E SEUS RISCOS

Embora a questão postural seja apenas um dos inúmeros aspectos discutidos


e abordados em ergonomia o foco prioritário é relativo à saúde do trabalhador em
detrimento a sua relação com os postos de trabalho, a manipulação manual de cargas
e respectivas ferramentas, a iluminação e conforto térmico apropriado à natureza da
atividade dos setores frigoríficos e a organização do trabalho, na qual estabelece as
49

boas práticas e a respectiva política da empresa.

O trabalho na indústria de Abate e Processamento de Carnes e Derivados


como o próprio nome diz, pode ser compreendido a partir da recepção dos animais
como início do processo no abate e a partir do recebimento de carne processada e
insumos para fabricação dos embutidos, etc.

A Nota Técnica – NT 060/2001 do Ministério do Trabalho e


Emprego – MTE, diz, a postura em pé é justificada quando: a
tarefa exige deslocamentos contínuos, manipulação de cargas
com peso maior ou igual a 4,5 kg; alcances amplos frequentes
para cima, para frente ou para baixo, no entanto, deve-se tentar
reduzir a amplitude desses alcances para que se possa trabalhar
sentado, quando a tarefa exige operações frequentes em vários
locais de trabalho fisicamente separados ou, quando a tarefa
exige a aplicação de forças para baixo, levando em conta
também à sensação de conforto, isto é, os trabalhadores têm de
ser consultados e deverão aprovar os equipamentos, as
condições ambientais e a organização do trabalho, pois só eles
podem atestar seu conforto ou não.

Para possibilitar a alternância do trabalho sentado com o trabalho em pé, o


empregador deve fornecer assentos para os postos de trabalho de acordo com as
recomendações da Análise Ergonômica do Trabalho - AET, assegurando, no mínimo,
um assento para cada três trabalhadores.

11.1 POSTOS DE TRABALHO

Estabelecer os requisitos mínimos para a avaliação, controle e monitoramento


dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas na indústria de abate e
processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano, de forma a
garantir permanentemente a segurança, a saúde e a qualidade de vida no trabalho.

O posto de trabalho deve ser planejado e adaptado para possibilitar o trabalho


nas duas posições durante as atividades de trabalho, diversas posturas podem ser
50

adotadas, no entanto, as posturas comumente utilizadas são sentada ou em pé


durante toda a jornada, configurando a postura estática, que é extremamente
prejudicial à saúde. Portanto a postura estática, seja ela somente sentada ou somente
em pé, não se deve mantê-la durante toda a jornada laboral.

As atividades caracterizam-se por deslocamentos frequentes e alcances


amplos de cima para baixo (corte). Mesmo diante das características da atividade, os
trabalhadores devem ter a oportunidade de assentar-se para descanso, Esta vem de
acordo com a Nota Técnica 060/2001 do MTE, sendo que o posto que não necessita
de assento em detrimento a atividade, deverá conter um conjunto de cadeiras
adequadas e acessíveis em local diferente ao posto de trabalho.

Para o trabalho realizado exclusivamente em pé, devem ser atendidos:

1. Zonas de alcance horizontal e vertical que favoreçam a adoção de posturas


adequadas;
2. Espaço suficiente para pernas e pés na base do plano de trabalho, para permitir
que o trabalhador se aproxime o máximo possível do ponto de operação;
3. Barras de apoio para os pés para alternância dos membros inferiores, quando a
atividade permitir;
4. A existência de assentos ou bancos próximos ao local de trabalho para as pausas
permitidas pelo trabalho.
11.2 RISCOS:

11.2.1 Ruído

Para controlar a exposição ao ruído ambiental, devem ser adotadas medidas


que priorizem a sua eliminação, a redução da sua emissão e a redução da exposição
dos trabalhadores, nesta ordem. Caso não seja possível tecnicamente eliminar ou
reduzir a emissão do ruído, devem ser adotadas medidas para redução da exposição
dos trabalhadores, obedecendo à seguinte hierarquia:

1. medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho;

2. Utilização de equipamento de proteção individual – EPI.


51

11.2.2 AGENTES QUÍMICOS:

A empresa deve adotar medidas de prevenção coletivas e individuais quando


da utilização de produtos químicos. As medidas de prevenção coletivas a serem
adotadas quando da utilização de amônia devem envolver, no mínimo:

a) manutenção das concentrações ambientais aos níveis mais baixos possíveis e


sempre abaixo do nível de ação (NR-09), por meio de ventilação adequada;
b) implantação de mecanismos para a detecção precoce de vazamentos nos pontos
crí- ticos, acoplados a sistema de alarme;
c) instalação de painel de controle do sistema de refrigeração;
d) instalação de chuveiros de segurança e lava-olhos;
e) manutenção de saídas de emergência desobstruídas e adequadamente
sinalizadas;
f) manutenção de sistemas apropriados de prevenção e combate a incêndios, em
perfeito estado de funcionamento;
g) instalação de chuveiros ou sprinklers acima dos grandes vasos de amônia, para
mantê-los resfriados em caso de fogo, de acordo com a análise de risco;
h) manutenção das instalações elétricas à prova de explosão, próximas aos tanques;
i) sinalização e identificação dos componentes, inclusive das tubulações;
j) permanência apenas das pessoas autorizadas para realizar atividades de inspeção,
manutenção ou operação de equipamentos na sala de máquinas.

11.2.3 AGENTES BIOLÓGICOS:

Devem ser identificadas as atividades e especificadas as tarefas suscetíveis


de expor os trabalhadores a contaminação biológica.

• Estudo do local de trabalho.


• Controles mitigadores estabelecidos pelos serviços de inspeção
sanitária.
• Identificação dos agentes patogênicos e meios de transmissão.
• Dados epidemiológicos referentes ao agente identificado.
52

• Acompanhamento de quadro clínico ou subclínico dos trabalhadores,


conforme PCMSO.

11.2.4 GERENCIAMENTO DE RISCOS

O empregador deve colocar em prática uma abordagem planejada, estruturada


e global da prevenção, por meio do gerenciamento dos fatores de risco em Segurança
e Saúde no Trabalho - SST, utilizando-se de todos os meios técnicos, organizacionais
e administrativos para assegurar o bem-estar dos trabalhadores e garantir que os
ambientes e condições de trabalho sejam seguros e saudáveis.

PPRA E PCMSO O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA e o


Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO devem estar
articulados entre si e com as demais normas, em particular com a NR. 17.

12. IMPACTOS AMBIENTAIS DA INSTALAÇÃO

Objetivo: Identificarmos os impactos ambientais causados por abatedouro

Conforme definição da norma NBR ISO 14001 da ABNT , aspecto ambiental é o


“elemento das atividades, produtos e/ ou serviços de uma organização que pode
interagir com o meio ambiente” e impacto ambiental é “qualquer modificação do meio
ambiente , adversa ou benéfica , que resulte , no todo ou em parte , dos aspectos
ambientais da organização.” Assim , aspectos ambientais são constituídos pelos
agentes geradores ou causadores das interações e alteração do meio ambiente, como
emissões atmosféricas, resíduos, efluentes líquidos, consumo de matérias primas ,
energia , água, entre outros.

Os impactos ambientais da indústria de carne e seus derivados está ligado


diretamente ao alto consumo de água, à geração de efluentes líquidos com alta carga
poluidora, principalmente orgânica e um alto consumo de energia e combustíveis.
Odor, resíduos sólidos e ruídos também sao significativos na empresa, com base
nestes dados analisamos cada aspecto de impacto ambiental para a instalação
53

12.1 Consumo de Água

Conforme padrão de exigências sanitárias nas áreas críticas do frigorífico , é


necessário uma grande quantidade de água para os seguintes usos:

- Limpeza e esterilização de facas , serras e equipamentos


- Limpeza de paredes, pisos ,bancadas e acessórios
- Operação de industrialização da carne ,como eventuais
descongelamento e lavagem da carne , cozimentos, pasteurização,
esterilização e resfriamento;
- Transporte de subprodutos e resíduos ;
- Geração de vapor;
- Resfriamento de compressores e condensadores.

O principal fator que afeta o volume de água consumida são as práticas de


lavagem. onde a planta fabril voltada para exportação, têm práticas de higiene mais
rigorosos .Os regulamentos sanitários exigem o uso de água fresca e potável, com
níveis mínimos de cloro livre residual , para quase todas as operações de lavagem e
enxágue. Além de termos o consumo de água no procedimento operacional da
instalação com lavagem das instalações , recintos de manuseio e processamentos da
carne e seus derivados, onde toda esta água consumida gera um grande volume de
efluente a ser tratado, volume este que devidamente tratado é reutilizado na lavagem
de instalações mais rústicas ,tornando o reúso da água uma prática comum.

12.2 Consumo de Energia

A geração de energia térmica para aquecimento de água e formação de vapor,


sendo usadas para esterilização e limpeza na instalação ,no cozimento , digestão ou
secagem de matérias primas , calor que é proveniente do aquecimento de caldeiras
movidas a gás, ou bagaço de cana *. A eletricidade é usada na operação das
máquinas e equipamentos , sendo o consumo substancialmente para refrigeração
das instalações .A produção de ar comprimido, iluminação ,ventilação e
movimentação e armazenamento de produtos na instalação. A exportação de
produtos exige padrões de temperaturas específicas , as quais são impostas pelas
normas especificadas pelas autoridades sanitárias. O tratamento biológico aeróbio
54

dos efluentes líquidos também podem implicar em consumo significativo de energia


elétrica, principalmente nos sistemas com aeração intensa (lodos ativados), se ar
comprimido for a fonte de oxigênio para o tratamento. Sabemos que quanto maior for
a carga orgânica na entrada deste sistema aeróbio, maior a necessidade de oxigênio
e , portanto de energia elétrica para geração de ar comprimido.

12.3 Uso de Produtos Químicos

O uso de produtos químicos no frigorífico está relacionado principalmente com


os procedimentos de limpeza e sanitização , por meio de detergentes , sanitizantes e
outros produtos auxiliares. Os detergentes alcalinos dissolvem e quebram proteínas
, gorduras , carboidratos, e outros tipos de depósitos orgânicos , porém eles podem
ser corrosivos , e neste caso, algum inibidor de corrosão pode ser adicionado aos
produtos . Os detergentes ácidos são usados para dissolver depósitos de óxido de
cálcio .Ácidos nítrico, clorídrico , acético e cítrico são comumente utilizados como
base destes detergentes. Seu PH é baixo ,são corrosivos e normalmente tem
propriedades desinfetantes , além de termos substâncias tensoativas ou surfactantes
, agentes complexantes e os desinfetantes , no processo de limpeza das instalações
e seus equipamentos , onde tais produtos químicos geram impactos ambientais
secundários ou indiretos. Como Tratamento de águas e efluentes e na manutenção
de equipamentos

12.4 Efluentes Líquidos

No frigorífico temos um alto consumo de água , que acarreta grande volume de


efluente líquido, caracterizado principalmente por:

- Alta carga orgânica


- Alto conteúdo de gordura
- Flutuação de PH em função do uso de agentes de limpeza ácidos e
básicos
- Altos conteúdos de nitrogênio, fósforo e sal
- Teores de sais diversos e compostos aromáticos
- Flutuação de temperaturas ( água quente / fria)
- Água de lavagem de gases das caldeiras
55

- Águas de resfriamento de circuitos abertos ou purgas de sistemas


fechados
- Águas de lavagem de outras áreas , além das produtivas
- Esgotos sanitários ,domésticos , ambulatórios , restaurantes.
-
Para minimizar os impactos ambientais de tais efluentes líquidos industriais e
atender a legislação ambiental , o frigorífico deve fazer o tratamento deste efluente de
seguinte forma:

- Tratamento Primário : Retirada de sólidos grosseiros , suspensos


sedimentáveis e flotáveis , principalmente por ação físico - mecânica.
(Gradeamento, peneiras, caixas de gordura, flotadores, sedimentadores
e eletro flotação) , para retirada de sólidos sedimentáveis ou em
suspenção.
- Equalização : realizada em tanques de volumes e centrifugação
adequadas, com vazão de saída constante e cuidados para minimizar a
sedimentação de eventuais sólidos em suspensão , atenuando o pico
de cargas para a estação de tratamentos
- Tratamento Secundário: Para a remoção de sólidos coloidais ,
dissolvidos emulsionados , por ação biológica, devido a característica,
biodegradável do conteúdo remanescente dos efluentes do tratamento
primário , após a equalização, usando processos anaeróbios de fluxo
ascendente em lagoas de modo a resíduos orgânicos serem destinados
aos biodigestores para geração de gás e biomassa para fertilizantes.
- Tratamento Terciário : Promover a remoção suplementar de sólidos
,nutrientes e organismos patogênicos, por sistema biológico ou físico -
químico com uso de coagulantes para sedimentação e flotação de
materiais em suspenção .
Além destas etapas devemos minimizar os efluentes tendo , como meta reutilizar a
água tratada , melhorando o processo e operação dos equipamentos.

12.5 Resíduo Sólido

Os resíduos sólidos podem causar grande problema ambiental se não for gerenciado
56

adequadamente .A sua maioria é altamente putrescível e causa forte odor se não for
processada rapidamente, assim tal material é destinado para setor de processamento
específico interno de resíduos , podendo ser destinado para compostagem, ou para
posterior segregação e destino adequado em biodigestor.

Os resíduos sólidos gerados nas operações auxiliares consideradas e de utilidades


também precisam ser considerados e adequadamente gerenciados para minimizar
seus possíveis impactos ambientais entre eles :

-Resíduos da estação de tratamento de água: lodos , material retido nos filtros

-Resíduos da estação de tratamento de efluente: material retido do


gradeamento , peneiras e flotamentos

-Cinzas das caldeiras

-Resíduos da manutenção: Óleos , Graxas , Tintas , solventes , panos e etc..

-Embalagens, insumos ,produtos danificados, papelão , plásticos ,metais etc..

O manejo , armazenamento, e a disposição inadequada , tanto dos resíduos principais


da produção , quanto destes secundários , sem a devida proteção e acondicionamento
em local devido , podem contaminar o solo e as águas superficiais e subterrâneas ,
tornando-as impróprias para qualquer uso, bem como gerar problemas de saúde
pública.

12.6 Emissões Atmosféricas e Odor

No frigorífico , o poluente atmosférico a ser gerado pela queima de combustível nas


caldeiras que produzem vapor para os processos produtivos , seja qual for o
procedimento , os óxidos de enxofre e de nitrogênio além do material particulado são
os principais poluentes a considerar. Material este que deve passar por processo de
lavagem de gases, ciclones , precipita dores eletrostáticos ou filtros de modo a
respeitar a resolução CONAMA 008/90

Outro problema a ser considerado são os odores ou a emissão de gás sulfídrico (H2S)
e outras substâncias contendo enxofre , compostos orgânicos voláteis ,onde o
57

material deve ser devidamente gerenciado ( podendo ser incinerado )de modo a não
ultrapassar os limites legais de tais emissões, tendo a não incomodar a população do
entorno , bem como os próprios funcionários do frigorífico , onde todos devem ter
compromisso com a higiene e conservação do ambiente de trabalho.

12.7 Ruídos

Devemos prever no projeto , tratamento acústico e isolamento / enclausuramento de


maquinas que provoquem ruídos , de modo a atender os padrões de emissão da
resolução CONAMA 001/90

As principais fontes de ruído no frigorífico são:

- Setor de recebimento e expedição: movimento de cargas / descargas


- Operação de cortes com serras elétricas
- Operação de produção de frio (refrigeração) - compressores
- Operação de produção de vapor ( setor de caldeiras)
- Linha de produção interna ao frigorífico

Do ponto de vista de impacto ambiental, o ruído passa a ser um problema quando


incomoda a população que vive no entorno das unidades produtivas

12.8 Controle e proliferação de insetos

O cuidado para o controle de insetos deve ser constante para evitar a contaminação
da carne fresca , mantendo-se o piso , mesas ,câmara de refrigeração limpos e
desinfetados , coletar e tratar os efluentes líquidos , reaproveitando as excretas dos
animais como adubo para pastagens, proteger as janelas e portas de possíveis
roedores e insetos.

13- Geração de resíduos das etapas do processo produtivo

Temos abaixo a relação dos resíduos a serem gerados durante as operações de


funcionamento do frigorifico :

Resíduos Sólidos
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• Curais / pocilgas: Esterco;


• Depilação: Pelos /partículas de couro;
• Graxaria: material não comestível (ossos, gorduras, cabeça, partes condenadas);
• Ducharia e triparia: conteúdo estomacal e intestinal;
• Abate: sangue
• Resíduos da estação de tratamento de água: lodos, material retido em filtros,
eventuais materiais filtrantes e resinas de troca iônica;
• Resíduos da estação de tratamento de efluentes líquidos: material retido por
gradeamento e peneiramento, material flotado (gorduras/escumas), material
sedimentado – lodos diversos;
• Cinzas das caldeiras;
• Resíduos de manutenção: solventes e óleos lubrificantes usados, resíduos de
tintas, metais e sucatas metálicas (limpas e contaminadas com
solventes/óleos/graxas/tintas), materiais impregnados com
solventes/óleos/graxas/tintas (ex.:estopas, panos, papéis, etc);
• Outros: embalagens, insumos e produtos danificados ou rejeitados e pallets, das
áreas de almoxarifado e expedição.

14- Processo de Certificação ambiental


Implementação e Certificação ISO 14001

Para obter certificação ISO 14001, a organização deve aplicar algumas medidas para
atender aos requisitos da norma.

Conseguir o certificado da ISO 14001 é um pouco mais complicado do que obter o


certificado ISO 9001. A legislação pertinente ao Direito Ambiental no Brasil é bastante
complexa e é necessário fazer um levantamento minucioso da situação da empresa.

O processo de implementação ISO 14001 demora, em média, de 10 a 18 meses. Em


casos mais complicados e menos comuns, o tempo de implementação pode ser
superior. Isso depende do tamanho da empresa, dos recursos humanos disponíveis
para o trabalho e do grau de envolvimento da direção.

Cabe a uma consultoria todo o processo de implementação e auditoria interna. Já o


59

processo de certificação cabe a organismos de certificação independentes, como a


SGS e o Bureau Veritas Quality International, por exemplo.

Migração para a ISO 14001:2015


(para empresas já certificadas)

Os certificados na versão 2008 possuem validade até setembro/2018. Após essa data,
os certificados serão expirados automaticamente e por isso, recomendamos que o
processo de migração seja iniciado ainda no começo de 2017 a fim de garantir a
implementação eficaz de todos os requisitos.

Glossário
• Requisito – Necessidade ou expectativas que é expressa, geralmente, de forma
implícita ou obrigatória;
• Processo – Conjunto de atividades inter-relacionadas ou interativas que
transformam insumos (entradas) em produtos (saídas);
• Conformidade – Atendimento a um requisito;
• Não-conformidade – Não atendimento a um requisito;
• Mitigação: intervenção humana com o fim de reduzir impactos ambientais
nocivos
• Meio ambiente: conjunto de componentes físicos, químicos, biológicos e sociais
capazes de causar efeitos diretos ou indiretos, em um prazo curto ou longo, sobre
os seres vivos e atividades humanas
• Direito ambiental: conjunto de normas jurídicas relacionado à proteção do meio
ambiente
• Ação corretiva – Ação para eliminar a causa de uma não-conformidade
identificada ou outra situação indesejada (prevenir sua repetição);
• Ação preventiva – Ação para eliminar a causa de uma potencial não-
conformidade ou outra situação potencialmente indesejada (prevenir sua
ocorrência);
• Ambiente de trabalho – Conjunto de condições sob as quais um trabalho é
realizado;
Organização – Grupo de instalações e pessoas com um conjunto de
responsabilidades, autoridades e relações, conjunto geralmente ordenado
60

15. MEDIDAS COMPENSATÓRIAS.

Intervenção é caracterizada como ocupação antrópica consolidada e de baixo


impacto, a autorização e a permanência em área de preservação permanente da
intervenção e que não apresenta alternativa técnica locacional, sendo expressamente
vedada sua expansão em APP, e ficando o empreendedor obrigado a cumprir as
medidas compensatórias.

Como medida compensatória o empreendedor apresenta uma determinada


área dentro da matrícula, será condicionado à execução do Projeto Técnico de
Reconstituição da Flora que foi apresentado pelo empreendedor. Essa área passa a
ser de utilização limitada, não podendo nela ser feito qualquer tipo de exploração a
não ser mediante autorização.

RESERVA LEGAL.

A Reserva Legal encontra-se em continuidade com Área de Preservação


Permanente e é constituída por eucaliptos em ótimo estado de preservação. A
propriedade terá uma área de preservação permanente conforme apresentado nos
estudos. Será feita uma intervenção nessa área de APP referente à canalização do
lançamento do efluente tratado e que necessita de regularização pela inexistência de
alternativa técnica, e por ser ocupações antrópicas consolidadas.

MEDIDAS MITIGADORAS:

a) Os efluentes sanitários do empreendimento são tratados na Estação de


Tratamento de Efluentes Industriais.
b) O lixo doméstico produzido no empreendimento passa por sistema de coleta
seletiva, onde os resíduos recicláveis são doados e os rejeitos são encaminhados ao
aterro do município de Delta.
c) Os ruídos produzidos no empreendimento restringem-se praticamente a área
interna de produção e são controlados através da manutenção dos equipamentos. Os
funcionários envolvidos nos setores que apresentam ruídos utilizam Equipamentos de
Proteção Individual – EPIs. Por se encontrar em Zona Rural não será condicionado o
61

auto monitoramento anual da emissão de ruídos.


d) As cinzas produzidas da queima da lenha na caldeira são destinadas a
lavouras onde são aplicadas no solo como adubo.
e) O efluente líquido industrial é proveniente dos processos de lavagem e
higienização de pisos e equipamentos, lavagem dos currais e o próprio sangue dos
animais.
f) O efluente gerado na lavagem de pisos e equipamentos, e o gerado na lavagem dos
currais passam pelo seguinte fluxograma de tratamento:

• caixa de decantação – lagoa anaeróbia – lagoa de tratamento com


aeração – lagoa facultativa com aguapés.
• As lagoas, conforme informado são compactadas com argila, porém,
será condicionado neste parecer a impermeabilização das mesmas com
manta PEAD.
• O sangue (linha vermelha), na sua maior quantidade, é coletado na
calha de sangria dentro do empreendimento e destinado a 02 tanques
de resfriamento com capacidades para 3.000 e 2.000 litros cada um.
Diariamente o mesmo é recolhido por empresa de processamento de
subprodutos de origem animal e transformado em ração animal.

OS RESÍDUOS SÓLIDOS DO PROCESSO PRODUTIVO SÃO:

- perdas do processo retidas no gradeamento: são recolhidas manualmente


dentro da indústria ou no sistema de gradeamento quando carreados junto com o
efluente líquido. São encaminhadas para empresa de processamento de subprodutos
de origem animal e transformadas em ração animal.

- vísceras não comestíveis: são direcionadas através de “chutes” diretamente


para o caminhão da empresa de processamento de subprodutos de origem animal,
para onde seguem diariamente e são transformadas em ração animal.

- esterco: visando minimizar o gasto de água o empreendimento realiza, antes


da lavagem dos currais, a raspagem dos mesmos para retirada do excesso das fezes.
O efluente gerado na lavagem passa por gradeamento e um tanque de decantação.
A parte sólida retirada é armazenada em um tanque em cimento, que também recebe
o conteúdo.
62

15.1 IMPACTOS DA DESTINAÇÃO DE RESIDUOS.

Os resíduos de abatedouros podem causar problemas ambientais graves se não


forem gerenciados adequadamente. A maioria pode causar odores se não processada
rapidamente nas graxarias anexas ou removida adequadamente das fontes geradoras
no prazo máximo de um dia, para processamento adequado por terceiros. O
gerenciamento destes resíduos pode ser crítico, principalmente para pequenas
empresas, que carecem de recursos e onde o processamento interno dos resíduos, é
inviável. O manejo, armazenamento e a disposição inadequados, tanto dos resíduos,
quanto destes resíduos secundários, em áreas descobertas sobre o solo sem
proteção ou sem dispositivos de contenção de líquidos, podem contaminar o solo e as
águas superficiais e subterrâneas, tornando-os impróprios para qualquer uso, bem
como gerar problemas de saúde pública.

Em geral no frigoríficos os poluentes atmosféricos são gerados pela queima de


combustíveis nas caldeiras que produzem vapor para os processos produtivos; seja
para as operações de abate ou para as graxarias, caso estejam anexas aos
abatedouros. Os óxidos de enxofre e de nitrogênio e material particulado são os
principais poluentes a considerar.

O potencial de liberação de gases refrigerantes dos sistemas de refrigeração


que servem as câmaras frias, devido a perdas fugitivas ou acidentais. Gases à base
de CFCs (cloro-fluor-carbonos) são prejudiciais à camada de ozônio da atmosfera.

O odor ou a emissão de substâncias odoríferas – gás sulfídrico


(H2S) e várias outras substâncias contendo enxofre (como as
mercaptanas), bem como diversos compostos orgânicos voláteis
(COVs). Uma vez que as operações destas indústrias envolvem
a geração e o manuseio de materiais altamente putrescíveis, a
origem destas substâncias está principalmente no
gerenciamento inadequado destes materiais, incluindo o dos
efluentes líquidos industriais. Por exemplo, sistemas de
tratamento de efluentes inadequados, dimensionamento
incompatível com as cargas a serem tratadas, mal operados
(com choques de carga, operação deficiente, etc.), certamente
63

gerarão substâncias odoríferas em quantidades muito


superiores àquelas já geradas em condições controladas e
adequadas de operação.

O manuseio incorreto dos vários resíduos sólidos gerados (materiais para


graxarias, esterco, conteúdos estomacais e intestinais, lodos das estações de
tratamento de efluentes, etc.) e do sangue, o que normalmente envolve
acondicionamento inadequado, tempo excessivo entre sua geração e sua destinação
ou processamento, acarreta a formação e emissão de várias substâncias odoríferas.

16- PROPOSTAS DE PROJETO AMBIENTAL

A crescente preocupação com qualidade de vida envolve a preocupação


ambiental , pois a sociedade, por meio da evolução científica e tecnológica descobriu
que as condições ambientais são importantes para a saúde e seu bem estar ,tanto
em curto , como também em longo prazo.
O desenvolvimento de projetos/atitudes de preservação ambiental faz parte de
metas a serem implantadas na instalação do frigorífico , onde buscam o
desenvolvimento de ações que contribuam a promoção de informações com ênfase
em projetos de desenvolvimento sustentável, a inserção da comunidade interna em
projetos voltados à proteção do meio ambiente e o adequado manejo de resíduos
sólidos no âmbito da instalação.
O projeto apresenta um relato das ações propostas a serem empreendidas e
implantadas pela empresa, com objetivo de desenvolver uma política de gestão
ambiental, voltada para o desenvolvimento sustentável da empresa e comunidade.

_ Promover atividades educacionais relacionadas à reciclagem e preservação


do meio ambiente , realizando no centro de treinamento, os funcionários e moradores
da comunidade , através de palestras e cursos institucionais.
_ Instituir o programa de reciclagem/reúso de materiais segregando os
materiais visando o descarte correto nos respectivos recipientes , destinados a coleta
seletiva ou uso para descarte, otimizando os resíduos a serem descartados ou
reaproveitados.
64

_ Desenvolver campanhas institucionais junto aos funcionários e


a comunidade com parceria com escolas da região.
_ Criar o “ Banco de Ideias “ visando abertura de diálogo entre funcionários ,
comunidade e empresa sobre sugestões e melhorias para ações de sustentabilidade
a serem adotadas.
_ Realizar palestras de treinamentos para servidores terceirizados
em reciclagem, reuso e separação do lixo para o descarte de materiais.
_ Efetuar o plantio de árvores frutíferas ao redor da empresa de modo a
compensar a retirada de árvores já existentes para construção do frigorífico.
_ Em parceria com a prefeitura e comunidade , criar em determinada área do
terreno, uma horta comunitária, onde sejam desenvolvidos e utilizados os conceitos
de integração social ,onde pessoas de baixa renda possam exercer alguma atividade
e retirar desta seu próprio sustento , usando como parte de fertilizantes os resíduos
processados nas estações de tratamentos e biodigestores da empresa, podendo
inclusive parte dos alimentos ali gerados usados nas refeições dos funcionários.
_ Promover cursos de treinamento e qualificação nos moradores da
comunidade , visando manter o quadro de funcionário voltados aos moradores do
entorno do frigorífico.

Para a implantação e acompanhamento destas ações do projeto será criado


um “Núcleo de Gestão Ambiental” , coordenado pela participação de Técnicos
Ambientais ,Diretores e representantes dos funcionários e comunidade.
65

17- Considerações Finais

O foco do trabalho, então, foi um frigorífico de abate e processamento de carne bovina


de Santana de Parnaíba, certificado com a principal norma internacionalmente
reconhecida, para verificar o processo de adequação de tais normas na promoção da
sustentabilidade empresarial. O processo de adequação à norma internacionalmente
reconhecida ocorreu visando à certificação (leia-se reconhecimento) da gestão da
empresa, sendo vista como uma vantagem competitiva ante os concorrentes. O
frigorífico decidiu por implantar o SIG, ou seja, a implantação simultânea da norma
ISO 14001.

Das principais adequações do frigorífico, destacam-se a formalização dos processos,


adequações para uma melhor gestão ambiental e reestruturações físicas para uma
melhor gestão ambiental e ocupacional. A implantação do SIG, então, ocorreu com as
devidas adequações do frigorífico, ressalta-se que foi preciso conscientizar todos os
colaboradores envolvidos para que houvesse sucesso na implantação. Atualmente, o
desenvolvimento do SIG se dá pelo controle dos indicadores levantados no manual
desse sistema, no qual há a definição de responsabilidades e autoridades para
verificar, informar e corrigir, quando necessário- rio, as ações, com o propósito de
obter, além da adequação aos requisitos normativos, a melhoria contínua de seus
processos. O frigorífico – certificado com a norma reconhecida internacionalmente e
com o SIG estruturado – demonstra ser uma empresa que oferece produtos de
qualidade e que se preocupa com o meio ambiente, a saúde e segurança de seus
colaboradores. Além disso, é socialmente responsável, pois cumpre o requisito
normativo.
66

18- Bibliografia:

Ministério do Trabalho e Emprego – FUNDACENTRO. Pontos de Verificação


Ergonômica. São Paulo, 2001.

Ministério do Trabalho e Emprego – Manual de Aplicação da Norma


Regulamentadora N° 17- Ergonomia. Brasília, 2002.

Ministério do Trabalho e Emprego – Normas regulamentadoras da portaria


3214/78 Brasília, 1978.

REGULAMENTO DA INSPEÇÃO INDUSTRIAL E SANITÁRIA DE PRODUTOS


DE ORIGEM ANIMAL – RIISPOA

Frigoríficos – Industrialização da Carne Bovina e Suína – GUIA TÉCNICO


AMBIENTAL DE FRIGORÍFICOS – INDUSTRIALIZAÇÃO DE CARNE (BOVINA E
SUÍNA)-série P+l – CETESB

Abate Bovinos e de Suínos – GUIA TÉCNICO AMBIENTAL DE ABATE


(BOVINO E SUÍNO) – SÉRIE P+L – CETESB e FIESP

Projeto entreposto frigorífico -2010-i -Projeto completo de uma planta frigorifica


Jonas Franceschi - URI - Eng. Mecanica - Erechim
WWW.ebah.com.br/content - 28/03/2017

Frigorificos - Fiesp -Guia Tecnico Ambiental de Frigorificos - Industrialização de Carne


(Bovina e Suina)- serie P+L - CETESB
WWW.Fiesp.com.br/arquivo -dowload/4260 -12/05/2017

Impactos ambientais gerados pelos efluentes de liquidos de frigoríficos


Guia Tecnico ambiental de abates (bovino e suino) CETESB SP 2008
J.W.Yamanaka ,H.T, - ttconline.utp.br/ impactos-ambientais - 20/05/2017
fcst.edu.br/site/wp-content/uploads/2015/04/artigo_matadouro_caico.pdf

www.portalresiduossolidos.com

Guia Técnico Ambiental Frigoríficos CETESB FIESP 2006

http://www.silvaporto.com.br/biblioteca-gestao-ambiental-avancada.php
67

http://certificacaoiso.com.br/iso-14001/

http://www.ufjf.br/analiseambiental/files/2009/11/Michele-das-Gra%C3%A7as-
Pacheco-Gravina.pdf

www7.fiemg.com.br

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