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Laboratório IA (Profa. Dra.

Verônica Veloso)
Protocolo 4 – Aula do dia 25 de setembro de 2019
João André Brandão Crepschi (6469870)

Esse encontro foi, essencialmente, teórico. Discutimos sobre as diferenças entre


teatro performativo e performance (isto é, performance art), bem como sobre as
características básicas de um programa performativo, o qual nada mais é que o registro
escrito das iniciativas do performer, daí que motor da experimentação psicofísica e
política.
A seguir, Verô começou a apresentar-nos a algumas performances (e performers)
que dialogariam com a figura de Ofélia. As sonecas públicas de Laurie Anderson
despertam, na turma, dúvidas sobre o que distinguiria uma performance de uma ação
quotidiana qualquer. Não me parece que apenas a “intenção do artista” dê conta da
questão. Como bem diz Jorge Coli: “o estatuto da arte não parte de uma definição abstrata,
lógica ou teórica, do conceito, mas de atribuições feitas por instrumentos de nossa cultura,
dignificando os objetos sobre os quais ela recai”.
E segue o passeio pelas performers: Regina Galindo ensacada e jogada no lixo -
metáfora tão crua do valor dado ao corpo feminino em nossa sociedade - ou, mesmo, suja
de terra, com o público a limpá-la; Francesca Woodman, a “virgem suicida”, segundo o
jornal português Público, a confundir-se com o papel de parede; Ana Mendieta, com suas
“Siluetas” que já ressoaram no Ato V de nosso espetáculo em construção; Monica Galvão
e seu corpo salgado a desintegrar-se, na contramão do estereótipo da mulher doce; Letícia
Parente, a revelar uma boca que ela não quer ter, uma suposta beleza que ela não quer ser;
Adrian Piper com seu lenço na boca, a denunciar um tédio e a devorar este objeto de dama
lânguida do romantismo.
Por fim, houve um debate sobre o recorte de classe na e da performance. Seria
esta um fenômeno de classe média? Há muitos e muitas performers da e na periferia? Se
os autoretratos de Liddell, em seu narcisismo, fazem supor certo elitismo, as ações de
Denise Rachel acenam para o contrário...
A tarefa, agora, é que construamos programas de ação, reativos às performances
estudadas, seja transpondo-as (citação), transformando-as (inspiração) ou montando-as
(criação em camadas). A ver.

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