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Oswaldo Baptista Neto

Docência do Ensino Superior

Neuropsicologia

A Neuropsicologia é uma área de interface entre a Neurologia e a Psicologia. De


um lado há o estudo detalhado do sistema nervoso e do outro há a análise do
comportamento humano e dos processos psicológicos.

Para entender melhor, podemos ver o início desta área científica, que surge no
final do século XIX (início do século XX), atendendo a uma demanda emergente
que era a de avaliar as lesões cerebrais e alterações comportamentais, de
raciocínio, memória e linguagem, dos soldados que foram feridos durante a
guerra. Nasce fortemente com essa percepção a ideia de que o cérebro
influencia diretamente nestas funções.

Compreendê-las também significaria pensar em melhores intervenções para


este público. Desde então, tem sido fortemente crescente as pesquisas,
contribuições e avanços nesse segmento da psicologia. Profissionais de áreas
multidisciplinar, percebem a relevância do que é a neuropsicologia e ainda como
a especialidade contribui para o melhor diagnóstico e prognósticos de pacientes,
que por algum sintoma necessitam ser avaliados.

Por exemplo, se um idoso ou familiar perceber que ele está tendo falhas de
memória, tremor nos membros, redução da capacidade de realizar tarefas, é
muito importante procurar a ajuda de um neuropsicólogo para investigar e avaliar
se há alguma alteração fora do esperado para a idade do idoso. Outro exemplo
bem comum é de pais que procuram tratamento para uma criança que apresenta
dificuldades de aprendizado na escola e relacionamento com os colegas.

OS EXAMES DE ESTADO MENTAL

O objetivo do exame do estado mental (EEM) é obter informações


para diagnosticar os problemas iniciais do paciente. Embora esse exame seja
eficiente para obter diferentes informações, ele não substitui uma avaliação
neurológica completa, por isso pacientes com sinais de envolvimento orgânico
devem ser encaminhados para profissionais especialistas (psiquiatras,
neurologistas, etc.).
O EEM pode ser utilizado a partir de formas simples e ir gradualmente para
formas mais complexas (como demonstrado abaixo). Este exame inclui uma
diversidade de pacientes, desde os que possuem lesões até aqueles que
expericenciaram uma mudança repentina de humor.

O procedimento de verificação de consciência é a parte inicial que deve ser


avaliada. Strub e Black (1985) propuseram quatro classificações para o nível de
consciência: o coma, o estupor, a letargia e o alerto. No coma, o paciente se
mantém inconsciente independente de qualquer estímulo ambiental, enquanto
que no estupor, o paciente pode reagir momentaneamente a estimulação, mas
ainda sim não obtém consciência do ato.
Na letargia, o paciente também responde à estimulação, no entanto sua
resposta é breve e ele logo volta ao seu estado inconsciente. No nível alerto, por
sua vez, o indivíduo responde aos estímulos e também é capaz de se comunicar
com o clínico.

Um exame de orientação também faz parte do procedimento gradual. Nesse


exame, o paciente é exposto a eventos ao seu redor que envolvem as
capacidades de perceber e entender (por exemplo, orientar-se enquanto pessoa,
lugar e época). O exame mostra-se fácil para indivíduos normais, mas
é extremamente complexo para a maioria dos pacientes, os quais, muitas
vezes, não conseguem responder quem são, onde estão e em qual época
vivem.

A atenção voluntária também pode ser medida em pacientes que ainda estão
conscientes. Ou seja, capacidade de focar em um estímulo específico e
processar essas informações. Danos no córtex cerebral causam déficits de
atenção, o que acaba por resultar em prejuízos na percepção e na capacidade
de processar informações de um estímulo.

Avaliações de linguagem também são utilizadas e podem demonstrar déficits,


como a incapacidade de compreender a fala ou a escrita; a capacidade de se
expressar, seja falando ou escrevendo.

Em um estágio de demência progressiva, a perda de capacidade


cognitiva superior (como a manipulação simbólica ou solução
problemas abstratos) pode ser severamente afetada, visto que essas funções
requerem do cérebro uma integração entre as suas diferentes áreas.
Pacientes com transtornos metabólicos ou com alguns
transtornos psiquiátricos, como os de pensamento, possuem dificuldade de
fazer sentido dos eventos que acontecem ao seu redor, de solucionar problemas
e se adaptar a novas situações.
4 MODOS DE INFERIR DANOS CEREBRAIS A PARTIR DOS
DIAGNÓSTICOS

(1) Verificar o resultado do paciente e fazer comparação com os de outras


pessoas com e sem lesões;
(2) Verificar se o paciente cometeu erros que quase exclusivamente só ocorrem
com pessoas com danos cerebrais;
(3) Há padrões de relação entre resultados dos testes? P.ex., o paciente fez
diferentes testes que possuíam a mesma função e houve muita variabilidade
entre os resultados;
(4) Diferenças no funcionamento motor e sensório-perceptivo adequado nos dois
lados do corpo (as comparações de desempenhos motor e sensório-perceptivos
idênticos nos dois lados do corpo, levando em consideração a lateralidade
[handedness] do indivíduo, revelam disparidades lateralizadas que vão além dos
limites esperados em sujeitos com funcionamento cerebral normal?).

Para o indivíduo ser eficiente no seu comportamento, as funções que ele executa
diariamente precisam estar relacionadas com as funções de processamento
central do cérebro. Para isso, Reitan e Wolfson (1988b) desenvolveram um
modelo neuropsicológico que visa entender os correlatos comportamentais de
funções cerebrais.

Um input é toda informação que chega ao cérebro, onde o evento que nos chega
através dos sentidos é registrado. Pode ser representado pelo nível de alerta,
atenção, concentração e habilidade de comparar informações novas com
passadas, ou seja, o uso da memória. Após o recebimento de informações, o
cérebro tende a processar informação verbal no hemisfério esquerdo (não
exclusivamente), que se envolve nas funções de fala, linguagem e uso de
símbolos; e informação visual-espacial no hemisfério direito, envolvido no
processo de habilidades espaciais.

É definido como o nível mais alto do processamento cerebral a capacidade de


raciocinar, de fazer abstrações e uso de conceitos, além de análises lógicas. A
capacidade de abstração é facilmente demonstrada biologicamente e capaz de
ser generalizada, pois essa habilidade é distribuída por toda a região do córtex,
e não em uma área específica. Quando há déficits nesse nível de
processamento, a pessoa pode se tornar incapaz de se beneficiar logicamente
de suas experiências, e pode até ser acusada de sofrer algum transtorno de
personalidade, embora não haja nada que corrobore essa acusação.

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