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Conceitos de necessário e contingente, ente e essência

Luiz Filipe do Rosário Duarte


Instituto Eclesiástico de Filosofia e Teologia “Sedes Sapientiae”
2° Período Filosofia

 Ente

Os conceitos de ente e existente são praticamente, na tradição filosófica, sinônimos.


Da definição de Parmênides de que “o ser é” e sua classificação como uno, indivisível e
homogêneo, Ele uno os conceitos de “ente’ e “existente”“. É neste momento que se
começa o debate ontológico e da natureza do ente.

Em Aristóteles na Metafísica, ao contrario de Parmênides, temos a proposta de


diferenciação de “ente” e “ser”. O ser relaciona com os acidentes, como por exemplo; “é
do comprimento de 2m”, ou “é da cor vermelha”. O ente por sua vez, possui o sentido
de existir como individuo ou ser substância.

Em algumas obras a palavra ente é usada como sinônimo de Deus, como em


Gioberti em sua fórmula ideal: "o Ente cria o existente", desta maneira o ente é o ser
necessário, enquanto o existente são as coisas criadas, ou seja, contingente.

Por sua vez Heidegger usa tal termo de forma mais geral como nesse exemplo:
"Chamamos de Ente muitas coisas, em sentidos diferentes. Ente é tudo aquilo de que
falamos aquilo a que, de um modo ou de outro, nos referimos; Ente é também o que e
como nós mesmos somos". Mas nesse sentido generalíssimo prefere-se hoje a palavra
entidade, este ultimo conceito foi introduzido por Duns Scot.

 Essência

Tanto sua origem grega usia como sua origem latina essentia tem como raiz o verbo
ser. Na metafísica seu conceito é o oposto a acidente, ou seja, é aquilo que esta no fundo
do ser, não atingido pelas mudanças. É aquilo que constitui a natureza de um ser em
oposição ao fato de ser.

Distingue-se em Aristóteles em dois significados no primeiro traduz o ser


individual, o que faz cada ser distinto de outro, no segundo designa o que é comum aos
seres de determinada espécie.

Neste termo se entende a essência necessária também, onde se exprime a substancia,


ou seja, a definição da coisa. Aquilo que o ser não pode deixar de possuir. Um exemplo
é “homem racional”, uma vez que para ser homem é necessário ser racional.

Por esse motivo não se deve estranhar a utilização como sinônimo para substancia,
uma vez que o termo essência é propedêutica ao termo substancia. Contudo deve-se ter
clara a distinção feita por Aristóteles.
 Contingente e necessário

Tais conceitos são opostos entre si, enquanto o contingente se relaciona com o
termo possibile, ou seja, o que pode ser ou não-ser, ao contrario ao necessário é
impossível não-ser.

O contingente é descrito na filosofia por Aristóteles e Boécio, como tudo aquilo que
é concebido como podendo ser ou não ser, em qualquer aspecto. Pode se considerar em
três sentidos, o absoluto, o relativo e o lógico.

No sentido absoluto deve-se aos acontecimentos futuros, pois no futuro tudo é


contingencia. Pois pode se produzir ou não. O sentido relativo ocorre quando não se há
aplicação de uma lei geral, devido a uma circunstancia particular. E o seu sentido
lógico é de uma proposição que só se pode conhecer a verdade ou falsidade pela
experiência e não pela razão.

Aristóteles foi o primeiro a analisar o conceito de necessário em dois aspectos, o


lógico e o moral. No primeiro diz-se que o necessário é aquilo que não pode ser de outra
maneira. No aspecto moral é necessário o que é moralmente obrigatório para o bem
agir, contudo tal sentido é inapropriado.

No cristianismo foi se colocado Deus como único ser necessário e todos os outros
seres, ou seja, a criação como contingente. Contudo tal visão é questionada por diversas
correntes filosóficas modernas.

Bibliografia

ABBAGNANO , N. Dicionário de Filosofia. São Paulo, Martins Fontes, 2000.

RICKEN, F. Dicionário de Teoria do Conhecimento e Metafísica, São Leopoldo,


Editora da Universidade do Vale do Rio dos Sinos,2003.

LALANDE, A. Vocabulário Técnico E Crítico Da Filosofia, São Paulo, Martins Fontes,


1999.

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