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Teste de avaliação de Português 7ºano maio 2018

Nome:______________________________________Nº_____Turma. _____
Parte A
COMPREENSÃO DO ORAL (10 pontos)
Responde às questões, selecionando a opção correta, de acordo com o que ouviste.
1. Para cada item (1.1. a 1.4.), seleciona a opção que completa a frase, de acordo com o sentido do
texto. Escreve o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
1.1. De acordo com o texto, a história da árvore de Natal
a. teve início num passado recente.
b. está relacionada com o solstício de inverno.
c. teve origem entre os antigos celtas.
d. não se relaciona com a história do Pai Natal.
1.2. Antigamente, no Norte da Europa, no pico do inverno,
a. todas as árvores perdiam as folhas.
b. a única planta que permanecia viçosa era o azevinho.
c. os antigos pagãos decoravam as casas com ramagens verdes.
d. os nórdicos plantavam abetos à frente de casa, para homenagear Gargan.
1.3. Na opinião de alguns autores, o “sempre verde” era considerado o símbolo da vida eterna pelos
a. islandeses e chineses.
b. egípcios, chineses e hebreus
c. gauleses e hebreus.
d. antigos pagãos.
1.4. Nas últimas linhas, apresentam-se hábitos dos povos
a. que podem estar na origem de algumas das atuais tradições de Natal.
b. que deixaram de existir na Idade Média.
c. sem qualquer valor simbólico.
d. que provam a celebração do Natal entre os povos nórdicos antigos.
2. Seleciona a opção que corresponde à única afirmação falsa, de acordo com o sentido do texto.
a. “Os gauleses acreditavam que o deus Gargan deixava uma árvore verde durante todo o inverno.”
b. “os nórdicos, nomeadamente os islandeses, costumavam plantar um pinheiro em frente à casa”.
c. “o corte de árvores durante o Natal foi proibido por ser associado a costumes pagãos” .
d. “o solstício de inverno era uma homenagem do homem à natureza adormecida” .

Parte B (10 pontos)


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Lê o texto com muita atenção.

1 O dinheiro faz tudo


Era uma vez um príncipe rico como o mar. Apeteceu-lhe mandar fazer um palácio, mesmo
em frente do do rei, mas ainda mais belo que o do rei. Acabado o palácio, mandou escrever
na fachada o letreiro: “O dinheiro faz tudo”.
5 O rei sai, vê aquele letreiro e lê. Mandou chamar o príncipe que, sendo novo na cidade, ainda
não tinha estado na corte.
- Bravo – disse-lhe -, fizeste um palácio que é uma maravilha. Em comparação com ele, a
minha casa parece uma cabana! Bravo. Mas diz lá, tu é que mandaste escrever que o dinheiro
faz tudo?
10 E o príncipe começou a perceber que afinal devia ter sido demasiado ambicioso.
- Sim, senhor – respondeu -, mas se a Vossa Majestade não agrada, não custa nada
mandá-lo limpar…
- Não pretendo tanto; queria só ouvir o que querias dizer com aquela inscrição. Julgarias tu,
com o teu dinheiro, que podes mandar matar-me?
15 O príncipe compreendeu que as coisas estavam a pôr-se más para ele.
- Oh, Majestade, perdoai-me… Mando já apagar aquele letreiro! E se não lhe agrada o
palácio, diga-mo, que o faço já deitar abaixo.
- E eu digo-te que não… deixa-o lá estar. Contudo, como dizes que o dinheiro faz tudo,
demonstra-mo. Dou-te o prazo de três dias para conseguires falar com a minha filha. Se
20 conseguires falar-lhe, muito bem, casas com ela… Se não conseguires, mando-te cortar a
cabeça. Estamos de acordo?
O príncipe ficou numa aflição: já não comia, não bebia, não dormia, só pensava, de noite e
dia, em como poderia salvar a vida. No segundo dia, certo de não poder cumprir a tarefa,
decidiu fazer testamento. Já não havia esperanças: a filha do rei tinham-na encerrado num
25 castelo, com cem guardas à volta. O príncipe, pálido e abatido como um farrapo, tinha-se
resignado a morrer. Veio visitá-lo a sua ama, uma velha caquética que o tinha amamentado
quando era criança, e que ele ainda mantinha ao eu serviço. Ao vê-lo tão enfiado, a velha
perguntou-lhe o que tinha. Palavra puxa palavra, ele contou-lhe a sua história.
- E então? – disse a ama. – Queres dar-te por vencido? Nem a brincar! Eu trato disso! –
30 Manca que manca, correu ao maior ourives da cidade e encomendou-lhe um pato todo de
prata que abrisse e fechasse o bico, mas do tamanho de um homem e vazio por dentro. –
Amanhã tem de estar pronto.
- Amanhã? Sois louca! – exclamou o ourives.
- Eu disse amanhã! – E a velha puxou por um saco de moedas de ouro. – Pensai bem: este é
o sinal; amanhã contra a entrega dou-vos o resto.
O ourives ficou de boca aberta.
- Então é outra conversa – disse. – pode-se tentar.
No dia seguinte o pato estava pronto: uma maravilha.
A velha disse ao príncipe:
40 - Pega no teu violino, e mete-o dentro do pato. E quando estivermos a caminho, põe-te a
tocar.
Começaram a andar pela cidade: a velha puxava pelo pato de prata com uma fita; o
príncipe lá dentro tocava violino. As pessoas abriam alas de boca aberta. Todos vinham vê-la.
Correu a notícia até ao castelo em que estava encerrada a filha do rei, e ela pediu licença ao
pai para ver o espetáculo. O rei disse:
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- Amanhã já acabou o prazo para aquele fanfarrão do príncipe. Então poderás sair para ver
o pato.
Mas a filha tinha ouvido dizer que a velha no dia seguinte já não estaria na cidade, o rei
então autorizou que trouxessem o pato ao castelo para que a filha pudesse vê-lo. Era o que
50 esperava a velha. Quando a princesa ficou sozinha com o pato de prata, enquanto estava a
ouvir encantada aquela música que lhe saia do bico, viu de repente o pato abrir-se, e vir cá
para fora um homem.
- Não tenhais medo – disse o homem. – Sou o príncipe que tem de falar-vos para não ser
decapitado pelo vosso pai amanhã de manhã. Vós podereis dizer que me falastes e salvar-
me.
No dia seguinte, o rei mandou chamar o príncipe:
- Então, o teu dinheiro valeu-te para falares com aminha filha?
- Sim, Majestade – respondeu o príncipe.
- O quê? Queres dizer que falaste com ela?
60 - Perguntai-lho.
E a filha, sendo chamada, disse que o príncipe estava no pato de prata que o próprio rei
mandara levar ao castelo.
O rei então tirou da cabeça a coroa e pô-la na do príncipe:
- Quer dizer que não tens só dinheiro, mas também um cérebro fino! Alegra-te, que te dou
a minha filha em casamento.

(Génova)
In Fábulas e Contos (Vol. I), Italo Calvino, Editorial Teorema, 2000

1.Depois de leres atentamente o conto transcrito, ordena de 1 a 10 as frases que


se seguem, de acordo com a sequência lógica dos acontecimentos.
a) A ama foi a um joalheiro e, em troca de uma quantia avultada de moedas de ouro,
encomendou um pato de prata oco, tão grande como um homem.
b) O príncipe ficou muito aflito, pois a princesa foi enclausurada no castelo sob a
vigilância da guarda real.
c) No dia combinado, o rei interpelou o príncipe e, reconhecendo a sua inteligência,
coroou-o e deu-lhe a mão da princesa.

d) No dia seguinte, o príncipe dentro do pato a tocar violino e a ama a puxá-lo


percorreram as ruas da cidade, despertando a curiosidade e o interesse do povo.

e) Há muito tempo, um príncipe muito abastado mandou construir um imponente


palácio em frente ao castelo do rei, em cuja frontaria se podia ler que o dinheiro pode
tudo.

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f) Para impedir que o príncipe falasse com a filha, o rei permitiu que o pato entrasse
no castelo.

g) Por esta altura, a velha ama do príncipe visitou-o e, ao tomar conhecimento do


perigo que ele corria, prometeu ajudá-lo.

h) O rei, surpreendido com a audácia do príncipe, chamou-o à sua presença e desafiou-


o a provar a veracidade da sua máxima, propondo-lhe um pacto: se conseguisse falar
com a sua filha, podia casar com ela; caso contrário, decapitá-lo-ia.

i) Encontrando-se a princesa e o pato sozinhos, o príncipe descobriu o seu disfarce


e contou-lhe o acordo que o seu pai tinha feito com ele.

j) Ao ouvir falar do extraordinário pato, a princesa pediu autorização ao rei para o ver
nesse dia, uma vez que no dia seguinte ele já não se encontraria na cidade.

Parte C
Lê, atentamente, o texto que se segue. Em seguida, responde com clareza, correção e de
forma completa às questões que te são colocadas. Deves justificar sempre as tuas afirmações.
A Dinamarca fica no Norte da Europa. Ali os Invernos são longos e rigorosos com noites muito
compridas e dias curtos, pálidos e gelados. A neve cobre a terra e os telhados, os rios gelam, os
pássaros emigram para os países do Sul à procura de sol, as árvores perdem as suas folhas. Só os
pinheiros continuam verdes no meio das florestas geladas e despidas. Só eles, com os seus ramos
cobertos por finas agulhas duras e brilhantes, parecem vivos no meio do grande silêncio imóvel e
branco.
Há muitos anos, há dezenas e centenas de anos, havia em certo lugar da Dinamarca, no
extremo Norte do país, perto do mar, uma grande floresta de pinheiros, tílias, abetos e carvalhos.
Nessa floresta morava com a sua família um Cavaleiro. Viviam numa casa construída numa clareira
rodeada de bétulas. E em frente da porta da casa havia um grande pinheiro que era a árvore mais alta
da floresta.
Na Primavera as bétulas cobriam-se de jovens folhas, leves e claras, que estremeciam à menor
aragem. Então a neve desaparecia e o degelo soltava as águas do rio que corria ali perto e cuja corrente
recomeçava a cantar noite e dia entre ervas, musgos e pedras. Depois a floresta enchia-se de
cogumelos e morangos selvagens. Então os pássaros voltavam do Sul, o chão cobria-se de flores e os

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esquilos saltavam de árvore em árvore. O ar povoava-se de vozes de abelhas e a brisa sussurrava nas
ramagens.
Nas manhãs de Verão verdes e doiradas, as crianças saíam muito cedo, com um cesto de vime
enfiado no braço esquerdo e iam colher flores, morangos, amoras, cogumelos. (…) Passado o Verão, o
vento de Outubro despia os arvoredos, voltava o Inverno, e de novo a floresta ficava imóvel e muda,
presa em seus vestidos de neve e gelo.
No entanto, a maior festa do ano, a maior alegria, era no Inverno, no centro do Inverno, na
noite comprida e fria do Natal.
Então havia sempre grande azáfama em casa do Cavaleiro. (…)
A noite de Natal era igual todos os anos. Sempre a mesma festa, sempre a mesma ceia, sempre
as grandes coroas de azevinho penduradas nas portas, sempre as mesmas histórias. Mas as coisas
tantas vezes repetidas, e as histórias tantas vezes ouvidas pareciam cada ano mais belas e mais
misteriosas.
Até que certo Natal aconteceu naquela casa uma coisa que ninguém esperava.
Sophia de MelIo Breyner Andresen, O Cavaleiro da Dinamarca, Figueirinhas (texto com supressões)

1. Na estação do ano inicialmente retratada, há um elemento da natureza que parece escapar às


condições rigorosas da mesma. Indica-o.
2. Localiza o excerto na ação.
3. Atenta na descrição que inicia o excerto. Num belo quadro pintado com palavras, “vemos” uma
região em diferentes estações do ano.
3.1. As sensações parecem alterar-se em cada estação. Indica as modificações que detetas.
4. “E em frente da porta da casa havia um grande pinheiro que era a árvore mais alta da floresta.”
(l. 7 e 8)
4.1. Este pinheiro assume um papel muito importante no percurso do Cavaleiro. Em que momento
da narrativa será de novo referido? Porquê?
5. Identifica os recursos estilísticos presentes nas seguintes frases:
5.1. “(…) dias curtos, pálidos e gelados.” (l. 1/2)
5.2. “(…) floresta de pinheiros, tílias, abetos e carvalhos.” (l. 6)
6. O narrador refere-se à “maior festa do ano” (l. 17)
6.1. Transcreve o excerto que confirma o carácter tradicional desta festa em casa do Cavaleiro.
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6.2. Na tua opinião, o narrador considera monótona a noite de Natal, mesmo sendo “igual todos os
anos”? Justifica.
7. “Até que certo Natal aconteceu naquela casa uma coisa que ninguém esperava.” (l. 23)
7.1. Identifica a coisa a que o narrador se refere na frase transcrita.
8. Indica, justificando, o modo de apresentação da narrativa predominante neste excerto.
9. Classifica o narrador do texto quanto à presença.

Bom Trabalho!
A professora,
Isabel Machado

Cotação

Parte A
1.1 ……...…………………………………………………….…………………… 2 pontos
1.2 ……...…………………………………………………………………………. 2 pontos
1.3 ……...…………………………………………………………………………. 2 pontos
1.4. ………………………………………………………………………………… 2 pontos
2. ……...……………………………………………………………………….… 2 pontos

Parte B ……………………………………………………………..…………………… 10 pontos

Parte C

1. 2 pontos
2. 2 pontos
3.1. 5 pontos
4.1. 4 pontos
5.1. 2 pontos
5.2. 2 pontos
6.1. 2 pontos
6.2. 4 pontos
7.1. 3 pontos
8. 2 pontos
9. 2 pontos

6 de 9
Correção

ARetirado
históriade ht tp://italiaperamore.com/verdades-e-mitos-sobre-veneza/ [janeiro de 2017]
da árvore de Natal

Apesar de ser uma das tradições mais populares da época natalícia, a


história da árvore de Natal é muito mais antiga.
O surgimento da árvore de Natal parece estar ligado às crenças dos povos
pagãos do Norte da Europa, principalmente à celebração do solstício de
inverno, a noite mais longa do ano.
Para os antigos pagãos, o solstício de inverno era uma homenagem do
homem à natureza adormecida. Na noite mais longa do ano, eram feitas
ofertas aos deuses para que o sol voltasse depressa, e com ele a primavera.
Mas apesar do frio e da neve, algumas árvores e plantas permaneciam verdes
– como os abetos ou o azevinho – e eram um símbolo de esperança num
inverno longo e rigoroso. Insensíveis ao frio, eram um testemunho de que o
inverno acabaria por passar e que a natureza voltaria a nascer na primavera.
Perto do solstício, os antigos pagãos costumavam decorar as casas com
ramagens dessas árvores e plantas, conhecidas por “evergreen” ou “sempre
verde”. Era uma forma de trazer um pouco da natureza para dentro de casa.
Em alguns países, acreditava-se que o “sempre verde” afastava os espíritos
maus e as doenças. Alguns autores referem que o “sempre verde” era também
usado pelos antigos egípcios, chineses e hebreus como símbolo da vida
eterna.
Alguns autores referem que os nórdicos, nomeadamente os islandeses,
costumavam plantar um abeto em frente à casa, que era depois decorado com
velas e fitas coloridas. Os gauleses acreditavam que o deus Gargan deixava
uma árvore verde durante todo o inverno, que simbolizava a vida. Na altura do
solstício, tinham como costume decorar um abeto com tudo o que faltava
durante o inverno – moedas, alimentos ou até brinquedos para as crianças.
Durante vários séculos, o corte de árvores durante o Natal foi proibido por
ser associado a costumes pagãos mas, apesar disso, a tradição nunca morreu.
Rita Cipriano, in observador.pt, 24-12-2014
(com supressões, consult. em 06-11-2017)

Parte A
1.1. B)
1.2. C)
1.3. B)
1.4. D)
2. B)
7 de 9
Parte B

1. e)
2. h)
3. b)
4. g)
5. a)
6. d)
7. j)
8. f)
9. i)
10. c)

Parte C

1. O elemento da natureza que parece escapar às condições rigorosas do inverno são os


pinheiros, que continuam verdes, com agulhas brilhante nos seus ramos.
2. O excerto localiza-se na introdução ou situação inicial da obra.
3. Os Invernos… com noites muito compridas e dias curtos, pálidos e gelados-sensação
tátil e visual
Só os pinheiros continuam verdes no meio das florestas geladas e despidas. Só eles,
com os seus ramos cobertos por finas agulhas duras e brilhantes, parecem vivos no
meio do grande silêncio imóvel e branco. – sensações visual e tátil
Na Primavera as bétulas cobriam-se de jovens folhas, leves e claras, que
estremeciam à menor aragem.- sensações visual, tátil e cinética
O degelo soltava as águas do rio que corria ali perto e cuja corrente recomeçava a
cantar noite e dia entre ervas, musgos e pedras. – sensação auditiva
Depois a floresta enchia-se de cogumelos e morangos selvagens. Então os pássaros
voltavam do Sul, o chão cobria-se de flores e os esquilos saltavam de árvore em
árvore. O ar povoava-se de vozes de abelhas e a brisa sussurrava nas ramagens.-
sensações visual, auditiva
Nas manhãs de Verão verdes e doiradas, as crianças saíam muito cedo, com um
cesto de vime enfiado no braço esquerdo e iam colher flores, morangos, amoras,
cogumelos. (…) – sensação visual.
8 de 9
4. Aparece novamente no final do conto, porque….
5. 5.1. Tripla adjetivação e personificação
5.2. Enumeração
6. 6.1. “Então havia sempre grande azáfama em casa do Cavaleiro. (…)
A noite de Natal era igual todos os anos. Sempre a mesma festa, sempre a mesma
ceia, sempre as grandes coroas de azevinho penduradas nas portas, sempre as mesmas
histórias. Mas as coisas tantas vezes repetidas, e as histórias tantas vezes ouvidas pareciam
cada ano mais belas e mais misteriosas.”
6.2. O narrador não considera monótona a noite de Natal, porque, segundo ele,
parecia cada ano mais bela e misteriosa.
7. O Cavaleiro anunciou que ia partir em peregrinação à Palestina e que só voltaria dali a
dois anos.
8. O modo de apresentação da narrativa predominante neste excerto é a Descrição,
porque não há avanço da ação, os verbos estão no presente e no pretérito imperfeito
e há muita adjetivação.
9. O narrador é não participante.

9 de 9

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