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Na era da informação, o cliente se torna cada vez mais crítico e seletivo. Devido a
isto, manifestações de opinião também se tornam ferramentas utilizadas pelo
comércio varejista para adaptar sua abordagem para com público, que em geral,
utiliza de meios midiáticos, para criar e consumir notícias, ideias e entretenimento o
tempo todo, o que de certa forma, acaba por saturá-los, transformando-os de apenas
consumidores para prosumidores. Esse novo público é capaz de dividir experiências,
pautar tendências e contribuir no processo de criação de novos produtos ou serviços.
Dividindo em duas frentes. Prossumidores que se satisfazem com o recebido,
relatando suas boas experiências para com a marca, elogiando o atendimento, serviço
ou produto apresentado a ele. Nesse caso, o comercio varejista o aborda para formar
um vínculo, criando afinidade entre cliente e varejo, fazendo-o um evangelizador da
marca. Vemos também os Prossumidores insatisfeitos, que utilizam da mídia para
enfatizar sua indignação. O que vem a se tornar um perigo exponencial para o
comércio, devido a sua rápida disseminação e fácil aceitação por aqueles que se
ressentiam sobre o serviço, antes mesmo de utilizá-lo. Para casos como este, é
recomendável a resolução imediata do problema, onde o comércio varejista precisa
de alguma forma sanar o descontentamento do prossumidor, afim de que ele passe
de insatisfeito para satisfeito. Conceitos importantes que surgem para tal abordagem
são o de Co-criação e o de Tribalismo.
Outra forma que está sendo utilizada pelo comércio varejista, é a introdução de
memes em suas campanhas. Meme é o conteúdo, seja vídeo, foto ou frase, que
aparece de forma involuntária, comumente cômica e gerando estranheza pelo seu
forte teor humorístico, fazendo piada de praticamente tudo. Memes se espalham com
uma velocidade exorbitante, sendo comparado a vírus, onde o termo viralizar se é
empregado. Isso acontece quando a proporção de veiculação é tamanha, que o meme
sofre mutações e adaptações, sendo repostado e dando início a um novo ciclo de
viralização.
Mesmo que criados para outros fins, os memes acabaram por potencializar formas
de consumo que exploram a mudança dos eixos da economia, mudando o mercado
de nichos. O mercado publicitário, ciente dessas mudanças, utiliza da linguagem de
memes para ter uma abordagem direta e eficaz de seus consumidores.
Nos últimos anos, o público que consome esse tipo de cultura de internet, como os
memes, se expandiu muito. Antes, eles ficavam restritos a sites com público
prioritariamente jovem e masculino. Hoje, você vê esses memes no Facebook, no
9gag (Brad Kim, editor do site Know your Meme, em entrevista ao blog Link, 2012).
Devido ao aumento da aceitação e do compartilhamento dos memes, o mercado
varejista, tal qual todos os outros, viu a oportunidade de negócio por meio desse uso.
Palavreado ou gírias de internet se tornaram um produto lucrativo, pois “usar uma
camiseta com seu meme favorito também é uma forma de expressar sua cultura, suas
preferências de consumo e suas ideologias” (CARACCIOLO; PENNER & FILHO,
2011:08). Ou até mesmo a utilização de memes em campanhas digitais ou cases se
provou extremamente rentável.
Mídia offline relaciona-se para com estratégias onde o objetivo é impactar o cliente
por meio de ferramentas que não envolvam internet. Tais quais banners, outdoors,
panfletos e matérias para jornais, revistas, tv e rádio. Para esse tipo de veiculação, a
informação ou mensagem alcança os consumidores de uma forma mais simplista, e
proporciona uma fácil assimilação de informações. O que dispensa a necessidade de
conexão a alguma rede móvel de internet ou Wi-Fi, para consumo do conteúdo
veiculado. Apesar de parecer o oposto, o uso de mídias offline gera um maior retorno
de público do que as mídias online. Fazendo dessas uma escolha indispensável para
que o varejo consiga compradores.
Mídias offline ainda tem uma extrema importância para a construção da imagem que
as empresas varejistas passam. Permitindo que o público conheça seu produto ou
serviço apresentado, mesmo que não seja procurado. Assim, fazendo com que o
consumidor tenha um contato forçado e se sinta incentivado a adquiri-lo. Segundo o
relatório da Conferência das Nações Unidas (UNC), estima-se que 100 milhões de
brasileiros já fazem uso diário de meios online. Todavia o dado apresentado reforça
que ainda existe muito campo a ser explorado em conceito à mídia offline. Pois de um
total de 207 milhões de brasileiros, apenas 100 fazem o uso da ferramenta. Porém
acaba por atingir um número expressivo de audiência bruta, se tornando de difícil
segmentação e quase impossível selecionar exatamente o nicho a ser atingido. Para
isso, a estratégia é impactar o máximo de público, sem preocupações com
características em especial. Dessa maneira, certamente conseguirá atingir o objetivo
de compra e venda.
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