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Meditações

Vamos analisar algumas questões que podem dar amparo a qualquer pessoa, mas que são
essenciais para um mago. Nunca se deve ver um mago como alguém totalmente poderoso,
completamente defendido, absolutamente inatingível. Na verdade, ele é vulnerável, pois lida
com muitas e variadas energias. Como trabalha para melhorar a si mesmo e a humanidade,
geralmente o mago é vítima de muita oposição do lado escuro da espiritualidade.

Faz parte da formação do mago aprender a enfrentar seu inimigo e aqueles que são enviados por
ele. Já que, na verdade, o inimigo é um só e que todos os outros adversários são objetos da
manipulação desse inimigo.

As defesas mais efetivas estão basicamente presentes em uma vida reta, na qual não há espaço
para atitudes, pensamentos ou palavras negativas. Mas elas residem também na fé.

O apoio dos guias, da oração e da meditação é um fator importante no reforço espiritual que
todo mago precisa receber. Por viver muito ligado às forças da natureza, geralmente o equilíbrio
energético físico do mago é bom e, mesmo quando fica num nível abaixo do que lhe convém,
este pode ser facilmente reposto. Mas nas horas em que o mago sente uma diminuição da luz
que o envolve por causa de ataques espirituais, precisa estar apoiado em outras fontes de
energia.

O silêncio da mente

Este recurso, que também faz parte do trabalho e do treinamento, será comentado nesta seção
porque é um excelente apoio para o mago. A meditação, que chamamos de silêncio da mente, é
um conjunto de técnicas mentais que permite ao praticante limpar sua mente, tranqüilizando
sua produção mental a ponto de detê-la completamente.
Quem pratica a meditação sente muita harmonia, experimenta relaxamento, melhora seus
processos mentais, evita o stress, afasta más energias, cria espaços mentais para mais
criatividade. O aprendizado da meditação é um pouco longo, pois passa por várias etapas.

A meditação pode ser aprendida m livros e em cursos. O mais importante, ao escolher o


processo de aprendizado, é buscar algo que não crie limites, pois quem deseja trabalhar sua
mente no sentido de melhora-la jamais conseguirá progredir se estiver ligado a seitas ou
movimentos limitadores. Em nenhum assunto deste mundo existe uma verdade absoluta ou
uma autoridade suprema; desconfie sempre daqueles que dizem que seu caminho é o único que
tem valor.

Antes de meditar, o praticante treina a concentração, que é o trampolim que lhe permite chegar
à meditação. A concentração ensina a mente a ficar direcionada a apenas um foco de atenção.
Este treino leva tempo, pois nossa mente, mesmo que não pareça, é muito indisciplinado.

Concentrar-se é fixar a mente num determinado ponto, afastando todos os outros assuntos que
a distraiam. Você pode escolher um foco visual ou criar um foco mental para direcionar sua
concentração. Geralmente este foco é uma forma, um objeto. Olhando para o foco e fazendo
esforço para desviar qualquer pensamento que surja fora daqueles que são gerados a partir da
observação do objeto, consegue-se dar início à primeira forma de domínio dos processos
mentais, que é a concentração. Só quem sabe se concentrar plenamente pode meditar.

Experimente pegar um objeto qualquer e coloca-lo na sua frente. Olhe para ele, tentando fixar
seu pensamento na observação da sua forma, cor, tamanho, posição. Você vai ver que logo
outros pensamentos surgem e, sem querer, quando percebe, sua mente já está longe. Não faz
mal, volte a olhar para o objeto, novamente atento a seus detalhes, fazendo força para não
pensar em mais nada. Bem rápido sua mente vai fugir de novo e você volta a dirigi-la para seu
foco visual. É cansativo, mas vale a pena insistir até dominar a distração. Pode levar alguns
meses até conseguir vencer a dispersão mental. No entanto, ao se tornar dono dos seus
pensamentos, você terá vencido e controlado sua mente e poderá aprender a meditar.

Para os indianos, que conhecem a meditação há séculos, existem duas espécies de meditação.
Numa delas ocupa-se a mente com a força das divindades e na outra, com a individualidade.
Para nós, seria melhor entender a meditação como um estado mental de limpeza, no qual a
mente não se esvazia, mas fica silenciosa, sem realizar nenhuma atividade. Assim, para cada
início, é preciso colocar algo na mente, de tal forma que ela seja ocupada apenas por este
elemento.

Há técnicas de meditações visuais, com mandalas, com sons, com um tema, entre outras. Cada
pessoa poderá ter mais facilidade com um tipo de meditação, assim, é bom experimentar várias
técnicas até chegar àquela que a conduz mais rapidamente, e também mais prazerosamente, à
meditação.

A meditação ocorre com mais facilidade quando é precedida por exercícios respiratórios e um
pequeno relaxamento.

Deixaremos aqui descritos alguns exercícios para quem quiser entrar no assunto,
experimentando algumas formas de aproximação com a atividade de controlar a mente. Este é
um tema que, bem aprendido, poderá ser utilizado para a defesa da mente e na sua recuperação
nas horas de desgaste ou ataque espiritual.

Exercício de concentração com foco visual:

Separe um objeto simples, como um prato, por exemplo. Deve ser algo com uma forma simples
para não ter que ser visto em partes. Sente-se numa cadeira com apoio para as costas, colocando
este objeto a mais ou menos um metro de distância, numa altura em que você não force os olhos
para enxerga-lo.
Fique olhando para o prato, o objeto escolhido no nosso exemplo, com a intenção de dirigir seus
pensamentos apenas para a sua observação. Qualquer pensamento que surja deve ser afastado;
volte então a dedicar atenção plena ao prato, pensando nos seus aspectos em detalhes. De início,
é impossível conseguir ficar muitos segundos sem desviar o pensamento. Isto só vai acontecer
com o treino. À medida que você insiste, sua mente vai adquirindo a capacidade de se
concentrar cada vez por mais tempo na observação do objeto. Repita por vários dias.
Você vai notar que em alguns dias é muito mais fácil se concentrar do que em outros. Também
poderá observar em quais horários sua mente é mais facilmente controlada, para futuro
benefício dos seus exercícios de concentração ou meditação. As primeiras horas da manhã são
boas para quem aprecia levantar cedo, o final do dia serve para quem acorda em cima da hora
de trabalhar.

Exercício de meditação visual:

É semelhante ao exercício de concentração, mas nesta meditação o objeto é substituído por uma
imagem mental, criada para ser o foco de atenção da mente. No princípio estas imagens são
simples, como uma árvore, por exemplo, para não se perder o sentido global da figura mental.
Mais tarde, pode-se criar focos mentais mais complexos, como uma paisagem com diversas
árvores.

Na meditação, a imagem mental é o menos importante; dedique atenção às sensações que tal
figura desperta, mas esteja sempre atento para não sair do foco mental.
Sugestões para focos visuais de meditação: um campo de trigo, uma montanha com neve, a
chama de uma vela, a luz da Lua iluminando um canto do jardim, a luz do Sol refletida nas
águas do mar, a imagem de um personagem mitológico, a figura de uma carta de Tarô, o
desenho de um símbolo.

Exercício de meditação com mandala:

As mandalas são desenhos circulares, considerados sagrados em muitas culturas antigas e


atuais. Para este exercício, você vai precisar do desenho de uma mandala. Ela pode ser de
origem ocidental ou oriental, porém deve ter seu ponto central bem definido, pois nas mandalas
este ponto está associado às forças divinas.

Sente-se e coloque a mandala à sua frente, numa posição em que você possa observa-la
confortavelmente. Analise por alguns instantes o desenho todo, depois fixe seu olhar no ponto
central da mandala. Enquanto olha para este ponto, não permita que os pensamentos percam o
rumo. Sempre que vier à mente outro assunto, deixe que ele vá adiante, não o retenha.
É possível que, se você tiver alcançado boa capacidade de concentração nos exercícios
anteriores, consiga meditar já a partir do primeiro contato com as mandalas, pois elas têm uma
estrutura que conduz à meditação.

Exercícios com Mantra:

Os mantras são som considerados sagrados e com poderes vibratórios extraordinários. Para os
indianos, o mantra mais sagrado é AUM, cujo som guarda ligação com os aspectos divinos da
criação, conservação e destruição.
Uma variação deste mantra é o OM, muito usado no Ocidente.

A meditação com um mantra consiste em fazer deste som o foco que direciona a atenção da
mente. Da mesma maneira que se cria um foco visual, pode-se criar um foco sonoro, com a
mesma função de auxiliar na concentração. O som vibra mais que uma imagem e por isso é
muito fácil chegar à meditação através de mantras.

Algumas pessoas substituem o mantra indiano por palavras com qualidade que desejam
despertar na sua natureza: paz, amor, alegria. Outras usam como mantra seu nome ou a
primeira vogal de seu nome.

A entonação de um mantra é importante. A voz deve fluir solta, emitindo o som com
prolongamento no final, deixando que o mantra escolhido flutue no espaço. Depois que tiver
repetido o mantra algumas vezes, passe à sua repetição mental ou em voz baixa, fazendo com
que ele ocupe a sua mente por completo, evitando outras produções mentais.

Ajuda das Orações:

Outro apoio importantíssimo para o mago são suas conversas com Deus, nas quais ele fala com
o coração. Esta ligação, além de ser extremamente protetora, abre espaços para os
favorecimentos. Ghandi dizia que a oração é a respiração da alma.

Não existe o que um coração cheio de fé não possa obter. Uma oração é capaz de trazer todo tipo
de benefícios ao homem que merece. Para obter resultado, é necessário insistir muitas vezes,
voltando a pedir, e pedir, aquilo que uma vez já se rogou.

É fácil fazer orações espontâneas. Algumas pessoas que aprenderam a orar com palavras
decoradas, acabam tendo dificuldade para expressar com palavras saídas do coração seu
pedidos e agradecimentos a Deus. Para estas, talvez seja interessante possuir um livro de
orações, que pode ser encontrado entre os da sua religião ou numa coletânea sem referências
religiosas específicas.

As vibrações das orações geram fluidos que são capazes de curar o corpo e o espírito. Estas
vibrações são tão fortes que uma pessoa pode fazer uma oração para alguém que está fora do
seu alcance e, ainda assim, este alguém alcançar a graça pedida.

O mago usa as orações em todos os momentos: nos seus rituais, antes e depois dos exercícios,
nas horas de enfraquecimento físico ou moral, quando adoece, para resolver seus assuntos mais
mundamos. Mas, antes de fazer as orações, o mago vive em forma de oração, sendo sua vida
uma entrega a Deus e à Sua Vontade.

O Apoio dos Guias e dos Protetores Espirituais:

Quase nunca um mago atua sem auxílio do mundo espiritual. Os chamados guias e protetores
são entidades espirituais que o mago invoca em seu auxílio. Muitas vezes estes guias já foram
colaboradores do mago em vidas passadas. Eles podem prestar auxílio mesmo quando não são
invocados, pois, por merecimento, o mago realmente sério também recebe ajuda espontânea de
guias e protetores que se aproximam de modo natural, atraídos pela luz emitida pela aura do
mago.

Os guias e os protetores têm uma função diversificada. Os guias são instrutores e orientadores
de conduta. Eles fazem contato em sonhos ou através de ligação mental, em vigília. Suas
sugestões e ensinamento podem ou não ser aceitos. Os protetores apresentam-se quando
chamados, mas também cercam o mago em todos os momentos em que ele corre algum perigo,
mesmo sem terem sido invocados.
Há guias diferentes para as várias etapas da vida de um mago. Cada fase da evolução requer um
tipo de instrutor e um guia com habilidades específicas. Sem o amparo dos guias também é
possível crescer, mas tudo o que se faz é mais difícil.

Aprender a fazer contato com os guias é muito útil, pois além de trazer ensinamentos, eles
abrem os caminhos, facilitando todos os processos evolutivos da alma. Alem disso, os guias
ajudam em alguns aspectos materiais da vida do mago, para que ele possa ter mais
tranqüilidade financeira ou familiar, sem as quais seu progresso estacionaria.

O contato com guias é feito através de técnicas de canalização, que é o nome dado ao contato
com guias espirituais sem transe mediúnico.

O mais importante, a saber, com relação aos guias e à canalização, é que esta atividade exige
cooperação. Um guia nunca realiza um trabalho por você. Ele ensina, orienta, ajuda e facilita,
mas quem realiza toda a tarefa do mundo da matéria é você, pois os resultados físicos são um
atributo do ser humano.

Um guia pode inspirar um artista, dar idéias ao projetista, conceder criatividade ao publicitário,
ajudar o escritor. Só que na hora de sentar e trabalhar, nenhuma guia faz a parte pesada, quem
gastará horas de trabalho é o próprio artista, projetista, publicitário e escritor. Mas com a ajuda
dos guias, o trabalho que antes parecia estar estacionado, por falta de boas idéias ou inspiração,
terá fluxo contínuo. O resultado: muita produção! Com um guia, o trabalho só sofre os limites
físicos do corpo; fora isso, segue rumos sempre fáceis.

O mago que não tem uma atividade criativa, que está ganhando sua vida em tarefas mais
práticas, também recebe ajuda dos guias para sua vida material Na atuação do mago, portanto,
os guias são essenciais. Mesmo quem teme ou negligencia essa ligação será igualmente
amparado, desde que esteja merecendo a ajuda do mundo espiritual. Os guias espirituais
desejam colaborar com a humanidade e quando percebem que algum ser humano pode atuar no
seu meio, de forma a melhorar a vida dos seus semelhantes, sempre lhe dão muito apoio e lhe
abrem os caminhos.

Iniciação de um Mago (Celina Fioravanti)

Fonte: www.greenwicca.cjb.net

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