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e Apologética
William R. Downing
.
Traduzido do original em Inglês
A Catechism on Bible Doctrine (Version 1.7)
An Introductory study of Bible Doctrine in the Form of a Catechism with Commentary
By W. R. Downing • Copyright © 2008
Todos os direitos reservados somente ao autor. Nenhuma parte deste livro deve ser reproduzida
em qualquer forma que seja sem a permissão prévia do autor.
As citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida Corrigida Fiel | ACF
Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.
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Evangelho, Evangelismo e Apologética
Por William R. Downing
Estes assuntos são geralmente tratados na esfera da Teologia Prática sob o título de
“Evangelísticos” (Gr. euaggelion, “Evangelho”). O Cristianismo Bíblico é por necessidade e
mandamento uma religião missionária. É, assim, evangelístico por sua própria natureza.
Biblicamente, o evangelismo assume duas formas básicas: a pregação pública e o teste-
munho pessoal. Pregar o Evangelho e evangelizar onde vivemos pode ser chamado de
missões nativas (nacionais); evangelismo externo é denominado missões estrangeiras.
Cada crente é chamado para ser uma testemunha fiel da verdade do Evangelho pelo lábio
e pela vida. A apologética, ou uma defesa inteligente da fé, é parte integrante do evan-
gelismo.
2 Coríntios 4:3-4: “Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem
está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos,
para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de
Deus”.
Gálatas 1:6-7: “Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à
graça de Cristo para outro evangelho; 7 o qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam
e querem transtornar o evangelho de Cristo”.
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porque o nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e
no Espírito Santo, e em muita certeza, como bem sabeis quais fomos entre vós, por amor
de vós”.
Veja também: Mateus 4:23; 9:35; 24:14; Marcos 1:14-15; 16:15; Atos 20:24; Romanos 1:1-
4; 2:11-16; 1 Coríntios 1:17-18; 9:12-18; 1 Coríntios 15:1-4; 2 Coríntios 4:3-6; Gálatas 1:6-
9; 3:8; Efésios 1:13-14; Filipenses 1:7, 12, 16-17, 27; Colossenses 1:19-23; 1
Tessalonicenses 2:1-4; 2 Tessalonicenses 1:7-8; 2:13-14; 1 Timóteo 1:1-11; 1 Pedro 1:12,
23-25; 4:17-18.
Comentário
Da mesma forma que a palavra Inglesa “gospel” é derivada da palavra anglo-saxônica “god-
spell”, isto é, “história de Deus”, ou seja, a história a respeito de Deus, a palavra Portuguesa
“evangelho”, a partir do Latim e significa “boas novas”. O termo Grego do Novo Testamento
é euaggelion, ou “a boa notícia”. Esta realização das boas novas de salvação foi bem
colocada por William Tyndale, o Reformador e mártir Inglês, quem primeiro traduziu o Novo
Testamento do Grego para o Inglês. Na introdução desta grande obra, Tyndale escreveu
que o Evangelho significa “notícia boa, alegre, feliz, jubilosa, que faz um coração feliz, e o
faz cantar, dançar e buscar alegria!”. A palavra “evangelho” ocorre 114 vezes na Bíblia ACF,
todas no Novo Testamento. Existem vários termos para a pregação do Evangelho, um dos
quais é “euaggelizo”, a forma verbal, seguida de: “evangelizar” (pregar o Evangelho), “evan-
gelismo” (o ato de pregar o Evangelho) e “evangelista” (aquele que prega o Evangelho).
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(Romanos 1:9), “o evangelho de Cristo” (Romanos 1:16; 15:19, 29; 1 Coríntios 9:12, 2
Coríntios 2:12, etc.), “o evangelho da paz” (Romanos 10:15; Efésios 6:15), “o evangelho da
glória de Cristo” (2 Coríntios 4:4), “o evangelho da vossa salvação” (Efésios 1:13), “o
evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo” (2 Tessalonicenses 1:8) e “o evangelho eterno”
(Apocalipse 14:6). Estes todos se referem ao único e mesmo Evangelho. Existe ainda “um
outro evangelho” (Gálatas 1:6), “o evangelho da circuncisão... e o evangelho da incircun-
cisão” (Gálatas 2:7).
Para o pecador ser reconciliado com Deus, ou seja, ter seus pecados perdoados, e ser
justificado (declarado justo diante de Deus) por intermédio da imputação da justiça de
Cristo, isso deve ser por meio de um princípio de graça (favor imerecido no lugar da ira
merecida). Veja a Pergunta 92. Essa graça deve ser tanto livre (sem uma causa encontrada
no pecador) quanto soberana (Deus concede a graça a quem Ele quer). Deve ser livre
graça, por causa do estado espiritual, moral e intelectual do pecador. A livre graça vem ao
pecador como um princípio de poder espiritual, vivificando, iluminando, habilitando e liber-
tando-o para fugir de forma livre e espontânea para Cristo pela fé (João 5:40; 6:37, 44;
Romanos 9:16). A livre graça salva os pecadores que não podem e não salvarão a si
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mesmos. A graça soberana salva indivíduos específicos, que são os objetos do infinito e
eterno amor de Deus (Efésios 1:3-5). Veja as Perguntas 66 e 78. A graça soberana nunca
falha, é eficaz. Veja a Pergunta 78. No contexto do Evangelho, pela Pessoa e obra do
Senhor Jesus Cristo, Deus pode consistentemente ser Justo (reto) e Justificador (aquele
que declara a retidão) de quem crê em Jesus (Romanos 3:21-26).
Em princípio, a religião antrópica (originada pelo homem) tem sido historicamente uma
religião de justiça própria e habilidade humana, e manifesta em obras de mentalidade lega-
lista. A história revela que o princípio da graça é estranho ao homem pecador. Até mesmo
a verdadeira religião derivada da revelação Divina foi pervertida pelos judeus no sistema
religioso do Judaísmo da justiça própria e das obras (Atos 15:1; Romanos 9:32-10:3). O
mero Cristianismo tradicional, embora o ponto culminante da religião revelada (crença teísta
Cristã) sofreu o mesmo, degenerando rapidamente e sendo reduzido a um mero sistema
religioso sacerdotal exterior de ritos, rituais e cerimônias que são idólatras. O Cristianismo
moderno tende em grande parte tanto para o cerimonial ou o irracional. Não parece compre-
ender a graça de Deus em princípio ou em prática.
Deus levou milhares de anos para preparar o mundo para a plenitude e a finalidade do
Evangelho (Gálatas 4:4-5). Ele primeiro prometeu no Proto-evangelium de Gênesis 3:15;
que a semente da mulher esmagaria a cabeça da serpente. O princípio de sangue para
sacrifício e expiação vicária foi estabelecido pelo próprio Deus nas peles de animais que
Ele providenciou para os nossos primeiros pais (Gênesis 3:21). Abel ofereceu as primícias
do rebanho, o primeiro cordeiro sacrificial, que culminaria no “Cordeiro de Deus que tira o
pecado do mundo” (Gênesis 4:4; João 1:29). Em Caim encontramos a primeira instância da
autodeterminação (livre-arbítrio) na religião. Ele descaradamente ofereceu a Deus o que
ele mesmo tinha produzido por seus próprios esforços (Gênesis 4:3-7; 1 João 3:11-12). O
livre-arbítrio se opõe à livre graça (João 1:12-13; 6:44; Tito 3:5).
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Abraão, à nação hebraica, a “descendência física de Abraão”, e naquela nação Sua verda-
deira “descendência de Abraão” (“Descendência” no singular), O Messias; e no Messias,
Ele escolheu uma “descendência” espiritual, todos os verdadeiros crentes. Ele prometeu a
Abraão que nele todas as famílias da terra seriam abençoadas, uma promessa do Evan-
gelho centrada no Senhor Jesus, a verdadeira “Descendência de Abraão” (Gênesis 12:1-3;
Gálatas 3:6-9).
Sob Moisés a nação foi liberta do Egito pelo sangue (o cordeiro da Páscoa) e poder (as
pragas, a divisão do Mar Vermelho e o afogamento do exército de Faraó — Êxodo 20:1-2).
O Livro de Levítico detalha o sistema Levítico de ofertas e sacrifícios ordenados por Deus.
Cada um deles antecipa, ou é um tipo da Pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo. Mais tarde,
Israel exigiu um rei, e depois de Saul, a dinastia Davídica foi estabelecida. Assim, por meio
da promessa, da aliança, do governo e do sistema religioso de Israel, Deus estabeleceu os
princípios para os ofícios sacerdotais, proféticos e reais (Senhorio) do Senhor Jesus Cristo.
Veja as Perguntas 72-75. A nação de Israel foi, então, uma incubadora para a preparação
do Evangelho. De Moisés a Malaquias, a Palavra de Deus foi dada e escrita. Israel continu-
aria sendo o repositório para a Palavra de Deus escrita até a plenitude dos tempos (Gálatas
4:4-5). Mediante a encarnação, do nascimento virginal, da vida perfeita e sem pecado, do
sofrimento e morte vicários, e da gloriosa ressurreição e ascensão do Senhor Jesus Cristo,
os fatos históricos do Evangelho foram unidos como verdade salvífica (1 Coríntios 15:1-4).
Em Pentecostes, a igreja, já formada e comissionada como a instituição ordenada por Deus
para esta economia do Evangelho, foi autorizada pelo Espírito Santo a publicar o Evangelho
até os confins da terra (Atos 1:8; 2:1ss).
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erguem-se para responder a estas demandas na autoconsistência dos atributos Divi-
nos. Para revelar totalmente o amor, a graça e a misericórdia de Deus, e redimir a
imagem dEle no homem, alguns homens devem ser redimidos. Para vindicar a justiça
Divina, alguns devem ser sentenciados a uma condenação eterna e ao Inferno por
seus pecados. A criação em si deve ser destruída e recriada, e haverá “novos céus e
uma nova terra, onde habita a justiça” (Isaías 65:12; 66:22; 2 Pedro 3:7-13). Assim, o
Evangelho encontra as suas mais profundas raízes, sua motivação final, causa e
essência: na autoconsistência moral do Triuno e autorrevelado Deus da Escritura.
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em fé salvífica, comprometer-se absolutamente sem reservas a Ele, arrepender-se do
próprio pecado, e descansar sobre a justiça imputada do Filho de Deus. Veja as
Perguntas 89 e 90. O perdão do pecado, a imputação da justiça e a reconciliação com
Deus são encontrados apenas em Jesus Cristo como Senhor e Salvador. Veja a
Pergunta 92. O que o homem não podia fazer e não faria, Deus o fez. Veja a Pergunta
66.
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aqueles a quem Deus desperta, vivífica e capacita respondem a esta mensagem de
salvação, todos os outros ou rejeitam-na completamente, ou são seduzidos por uma
falsa mensagem, ou na melhor das hipóteses, tornam-se companheiros de caminhada
por um tempo, ainda não-regenerados e contentes com uma mera religião exterior
(Mateus 13:18-22). Veja a Pergunta 108.
Segunda, a salvação deve ser oferecida gratuitamente a todos sem exceção ou distin-
ção. O Senhor Jesus Cristo é a única esperança de salvação deles. Os pecadores
devem ser conduzidos a Cristo somente e pela fé somente. Veja a Pergunta 139.
A metodologia ordenada por Deus para espalhar o Evangelho é por meio da pregação e do
testemunho pessoal (Atos 1:8; 8:1, 4; Romanos 10:14-17; 1 Tessalonicenses 2:13). Deus
chama e dota os homens para que levem esta “boa notícia” aos outros. Este chamado e
dom da pregação são aparentemente muito fracos e precários para o homem sozinho reali-
zar, mas Deus o capacita, ordenando glorificar o poder da Sua graça.
O ponto focal do Evangelho é a justiça de Deus (Romanos 1:16-17). Essa justiça que Ele
exige em Sua autoconsistência moral é provida na obra redentora do Senhor Jesus Cristo.
Este é o cerne (parte essencial) da mensagem do Evangelho no contexto do perdão dos
pecados e da reconciliação com Deus. A fé salvífica se apodera e se apropria da própria
justiça de Cristo. Este é o coração do Evangelho: “a justificação pela fé”. Veja a Pergunta
92.
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A mensagem do Evangelho não traz consigo nenhum poder intrínseco ou inerente. A mera
pregação do Evangelho não garante por si só conversões. O poder do Evangelho é externo
a si mesmo. Seu poder é encontrado na graça salvífica de Deus (1 Coríntios 2:2-5). É o
“poder de Deus para salvação de todo aquele que crê” (Romanos 1:16). O Evangelho em
poder é a única esperança para este mundo amaldiçoado pelo pecado, confuso, devastado
pela guerra e alienado no qual vivemos. Ele é o único poder que pode transformar a
natureza humana no contexto da graça Divina. Veja a Pergunta 140.
Você tem sido alcançado pela salvação pela fé no Senhor Jesus Cristo como apresentada
no Evangelho como o seu direito de estar diante de Deus? Somente nEle está o perdão do
pecado, a imputação da justiça e a reconciliação com Deus!
1 Coríntios 2:2: “Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este
crucificado”.
Atos 8:4: “Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra”.
Veja também: Mateus 28:18-20; Marcos 16:15; Lucas 24:45-47; Atos 8:25; 13:2-5; 14:1, 4-
7; 15:7; 16:10, 17-18, 21; 17:1-3; Romanos 10:9-15; 15:18-20; 1 Coríntios 1:17-31; Efésios
6:18-20; Filipenses 1:7; 1 Tessalonicenses 1:3-5; 2:2; 1 Timóteo 1:9-11; 1 Pedro 1:25; 4:17;
Apocalipse 14:6.
Comentário
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Primeiro, o testemunho do crente é o de toda a vida (Atos 1:8). A vida que ele vive e
a doutrina professada não devem ser contraditórias caso alguém deva possuir credi-
bilidade diante dos homens e experimente a bênção de Deus (2 Timóteo 2:19-21; 1
Pedro 1:15-16; 2:9-12).
Segundo, deve haver uma gratidão fervorosa nascida da grandeza e glória da graça
salvífica e da realidade da graça e do amor de Deus na própria experiência de alguém
(Atos 9:1-31; Romanos 5:5; 1 Timóteo 1:15-16). Sem tal devoção e convicção, uma
tendência natural tanto para complacência, ou seja, o desejo de agradar os outros,
quanto para indolência (indiferença) pode estabelecer-se.
Terceiro, é Deus quem salva os pecadores (João 1:12-13; 6:37, 44; 1 Timóteo 1:15).
Assim, nós precisamos de Suas bênçãos e do poder do Seu Espírito sobre o nosso
testemunho (João 15:5; Atos 1:8; 1 Coríntios 2:2-5; Efésios 2:4-10; 1 Tessalonicenses
2:13).
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Pergunta 136: O que é Apologética?
Resposta: Apologética é uma defesa inteligente da fé.
1 Pedro 3:15: “Antes, santificai ao Senhor Deus em vossos corações; e estai sempre prepa-
rados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperan-
ça que há em vós”.
Comentário
Uma defesa inteligente ou racional está preocupada com o conteúdo objetivo ou doutrinário
da fé. A apologética é o termo técnico para este objetivo, a defesa racional e inteligente da
fé Cristã. Este termo deriva do termo Gr. apo, “de”, e legō ou logia, “falar uma palavra”, e
assim falar de uma determinada posição a fim de defendê-la. O evangelismo e apologética
são inseparáveis. O apóstolo compreendeu isto quando ele afirmou que estava pronto para
“a defesa e confirmação do evangelho” (Filipenses 1:7, 17). O evangelista e o testemunho
pessoal são chamados para defender a fé quando as objeções são feitas à Escritura com
sua mensagem de salvação. O apologista deve também ser evangelístico. Apologética sem
evangelismo reduz isso ao mero debate intelectual ou religioso, o que é estranho à Escri-
tura. A questão não é ganhar os argumentos, mas as almas (Provérbios 11:30; Atos 26:26),
ou seja, de forma inteligente, de forma clara e convincente apresentar a verdade da salva-
ção, e, no processo, responder de forma inteligente tais objeções que podem ser levan-
tadas.
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Quais são as questões essenciais na defesa da fé?
Primeiro, todo Cristão deve ser capaz de defender não só a validade de sua expe-
riência de conversão pessoal, mas também o conteúdo doutrinário da religião Cristã
(1 Pedro 3:15; Judas 3).
Segundo, ele deve ser capaz, pela graça e pelo Espírito de Deus, de desmontar os
argumentos lógicos de seus opositores pela Palavra de Deus por meio do Espírito.
(Em 2 Coríntios 10:3-5 as palavras “destruindo os conselhos” são literalmente “des-
mantelando argumentos lógicos”).
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salvífica em poder Divino: uma mudança de coração e mente. A ordem Divina é “Pela fé
entendemos...”. (Hebreus 11:3). As palavras de Abraão devem também apontar que se os
homens não ouvem a Palavra de Deus (“Moisés e os profetas”), eles não serão persuadidos
pelo maior dos milagres ou evidências (Lucas 16:29-31).
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Primeiro, o homem é o portador da imagem de Deus, o que o torna um ser racional e
moralmente responsável. Ele possui um senso inato de Deus, do qual ele não pode
escapar (Gênesis 1:26; Atos 17:28-29; Tiago 3:9). Ele também é Divinamente pré-
condicionado a reconhecer o testemunho de Deus, tanto na criação quanto na Escri-
tura. Veja a Pergunta 10.
Segundo, a lei de Deus está indelevelmente inscrita sobre seu ser interior (Romanos
2:11-16). Estes testemunhos e realidades, ele constantemente procura suprimir ao
passo que ele vê a criação (evidência) que o rodeia. Esta evidência é suficiente para
torná-lo indesculpável (Romanos 1:18-20).
Terceiro, embora ele professe ser autônomo em seu pensamento, ainda inconsciente-
mente age sobre certas pressuposições que ele admite como corretas enquanto
suprime a verdade. Em outras palavras, ele deve assumir os fatos e leis criados por
Deus que lhe permitam ser consistente, lógico e científico. Estas três áreas fornecem
um ponto de contato para uma apologética evangelística.
Atos 1:8: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis
testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da
terra”.
Filipenses 1:7: “Como tenho por justo sentir isto de vós todos, porque vos retenho em meu
coração, pois todos vós fostes participantes da minha graça...”.
Veja também: Mateus 28:18-20; Marcos 16:15; Lucas 24:46-47; Atos 2:36-42; 8:4; 13:1-4;
14:8-18; 17:2-3, 16-18, 22-31; 20:26-27; 1 Timóteo 1:11-12; 2:7.
Comentário
Cada crente é chamado para ser testemunha fiel à verdade do Evangelho e também para
defender às suas reivindicações. Portanto, cada crente deve se preparar tornando-se um
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Cristão consistente e um estudante sério e piedoso das Escrituras, buscando entender
completamente a doutrina do Evangelho e aprender a responder às objeções mais comuns
levantadas contra ela.
Um Cristão consistente é aquele que ordena a sua vida de acordo com a Palavra de Deus
(Salmos 1:1-3; 19:7-13; 2 Timóteo 2:15; 1 João 2:3-5). É a partir de tal vida que alguém
pode esperar a bênção de Deus sobre o seu testemunho. Uma vida profana ou inconsis-
tente desacreditará o testemunho da pessoa diante dos homens e impedirá a bênção de
Deus. A força do testemunho de alguém é pela graça e poder do Espírito Santo (1 Coríntios
2:3-5). Tornar-se um estudante sério das Escrituras necessariamente inclui tanto uma visão
espiritual para as verdades da Escritura como também uma firme compreensão do ensino
doutrinário dela. Ser um apologista da fé significa ser capaz de responder biblicamente às
objeções levantadas contra a verdade das Escrituras em geral e do Evangelho em parti-
cular. O testemunho de alguém não deve ser apenas preparado com estudo, mas também
com oração sincera e fervorosa. Todo esforço feito no serviço Cristão deve ser santificado
pela oração para ser eficaz e receber a bênção Divina. Veja a Pergunta 98.
Nós não devemos apenas testemunhar (um verbo) pela verdade como ela é em Jesus, mas
devemos ser testemunhas (um substantivo) da verdade (Atos 1:8). Isto não implica só uma
atividade, mas em uma vida!
ORE para que o ESPÍRITO SANTO use este Catecismo para trazer muitos
ao conhecimento salvífico de JESUS CRISTO para a glória de DEUS PAI!
Sola Scriptura!
Sola Gratia!
Sola Fide!
Solus Christus!
Soli Deo Gloria!
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2 Coríntios 4
1
Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
2
Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,
3
na presença de Deus, pela manifestação da verdade. Mas, se ainda o nosso evangelho está
4
encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória
5
de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo
6
Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,
7
para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.
8
Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
9 10
Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre
por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus
11
se manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos, estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
12 13
nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. E temos
portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,
14
por isso também falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará
15
também por Jesus, e nos apresentará convosco. Porque tudo isto é por amor de vós, para
que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de
16
Deus. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
17
interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação
18
produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas
que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se
não veem são eternas. Issuu.com/oEstandarteDeCristo