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ISO 9001
A ISO possui algumas séries de normas, e cada uma se dedica a algum tipo de norma ou
aplicação. A principal missão dessas normas é a de facilitar a troca internacional de bens e
serviços pelo desenvolvimento da normalização e das atividades. Existem 145 organismos
normalizadores no mundo, sendo cada um de um país (dados de 2003). Uma das principais
vantagens do uso de normas independentes é o fato de elas serem determinadas por terceiros,
externos às partes que realizam os negócios (compradores e vendedores).
A série 9000 é, talvez, a mais famosa de todas, e trata da qualidade em sistemas genéricos
de gestão. Ela pode ser aplicada a qualquer tipo de organização, de qualquer nacionalidade e com
variadas finalidades (incluindo órgãos governamentais, ONGs, empresas de serviços, etc.). A
primeira versão das normas desta série foi publicada em 1987, baseada em normas existentes,
como a norma BS 5750 (Grã-Bretanha), a CSA Z299 (Canadá) e normas militares como a
NATO AQAP (Japão). Passou por revisões em 1994, 2000 e 2008, e a sua versão mais recente
foi publicada em 2015, e leva o nome de ISO 9001:2015. A partir de 2000 a ISO eliminou as
outras versões da série 9000 (9002 e 9003), mantendo apenas a 9001.
Dados mostram que até dezembro de 2007 foram emitidos 951.486 certificados em todo
o mundo, e isto demonstra o sucesso da padronização ISO. Só no Brasil entre 2007 e 2011 foram
emitidos 16.244 certificações (dados do comitê CB-25, ABNT).
A figura 1 esboça o processo cíclico de melhoria contínua do sistema de gestão da
qualidade proposto pela ISO 9001. Esse processo estrutura de maneira sistêmica a visão de
gestão da qualidade, baseando-se nos requisitos dos clientes, e validando seus resultados com a
sua satisfação, e desta forma retroalimentar o SGQ. Por estruturar a visão de maneira sistêmica, a
aplicação da norma ajuda a empresa a organizar seus sistemas de gestão da qualidade, gestão
ambiental e de segurança de forma integrada.
Figura 2 - Ciclo PDCA para melhoria do SGQ na ISO 9001 (Carpinetti, 2011)
A palavra OHSAS significa: Occupational Health and Safety Assessments Series oficialmente
publicada pela BSI – British Standards Institution. É uma norma de Sistema de Gestão de Segurança e
Saúde Ocupacional (SGSSO) que visa proteger e assegurar que os colaboradores de uma organização
tenham um ambiente de trabalho saudável e seguro.
Essa norma e a OHSAS 18002, que é um guia para a implementação da OHSAS 18001, foram
desenvolvidas em resposta à demandas de um padrão reconhecido de gestão de segurança e saúde
ocupacional para que os sistemas de gerenciamento das diferentes instituições possam ser avaliados e
certificados.
A OHSAS 18001 foi desenvolvida de modo a ser compatível com a ISO 9001(qualidade) e a ISO
14001 (ambiental), de forma a facilitar a integração de sistemas de gestão de qualidade, ambiental e de
Saúde e Segurança do Trabalho (SST).
Instituições de todo tipo estão cada vez mais preocupadas com alcançar e demonstrar boa
performance em saúde e segurança do trabalho, controlando os riscos de acordo com suas políticas e
objetivos. Isso se dá no contexto de legislações cada vez mais exigentes, de desenvolvimento de políticas
econômicas que premiam boas práticas de SST e de maior preocupação com problemas ocupacionais.Essa
norma OHSAS é baseada na metodologia conhecida como Plan-Do-Check-Act (PDCA).
Figura 4 - Modelo de sistema de gestão de SST para norma OHSAS 18001 (adaptado)
Requerimentos gerais
A organização deve estabelecer, documentar, implementar, manter e melhorar
continuamente a sua gestão de SST de acordo com os requerimentos da norma, além de
determinar como vai cumprí-los. A organização deve definir e documentar o escopo de seu
sistema de gestão.
Requerimentos específicos
São muitos, e se dividem basicamente em relação à:
ISO 14001
A ISO 14001 é a norma internacional que trata de questões ambientais: ela define
critérios para que empresas possam implementar um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) e
buscar a certificação. Mais que isso, é uma ferramenta criada para auxiliar as empresas na
identificação, priorização e gerenciamento de seus riscos ambientais como parte de suas práticas
usuais. Desta forma, quando uma empresa implementa o SGA, ela assume um compromisso com
a preservação ambiental, através de medidas que buscam reduzir o impacto de suas atividades no
meio ambiente, cumprir a legislação ambiental e buscar tecnologias mais limpas e sustentáveis.
Algumas vantagens da certificação ISO 14001 incluem a redução dos riscos de impactos
ambientais significativos, redução de desperdícios e fortalecimento da imagem pública da
empresa.
A primeira versão da ISO 14001 foi publicada em 1996, e desde então sofreu revisões e
atualizações. Inicialmente a norma pretendia aumentar o equilíbrio entre a rentabilidade e lucro
de uma empresa e uma melhor gestão dos impactos ambientais de suas atividades. Ela tornou-se
o padrão para a gestão ambiental, e a sua atualização de 2004 veio para esclarecer alguns pontos,
além de alterar e incluir certas definições como Desempenho Ambiental, que se refere aos
resultados mensuráveis de gestão de uma organização sobre seus aspectos ambientais.
A versão mais recente da norma foi publicada em 2015, e teve como principal alteração a
adequação à estrutura de alto nível (HLS), que é uma estrutura comum de normas para sistemas
de gestão, elaborada em 2012, de forma que as normas publicadas ou revistas após essa data
devem ser adequadas a essa estrutura. A HLS tem como objetivo promover a compatibilidade
entre as várias normas de gestão da qualidade para facilitar sua integração e implementação, com
uma base de capítulos iguais para todas as normas, textos introdutórios idênticos para artigos, e
uma mesma redação para os mesmos requisitos, além de termos comuns e definições de base.
Assim, na última revisão da ISO 14001 foi definido que além de identificar os impactos
de uma empresa no meio ambiente em que ela está inserida, deve-se analisar também como o
meio ambiente impacta na empresa, para que ao mesmo tempo em que se busca reduzir os danos
ambientais, as instituições devem minimizar a sua vulnerabilidade perante alterações ambientais.
Além disso, com base no documento “Future Challenges for EMS” (Desafios Futuros para
Gestão Ambiental), foram incluídos 23 pontos de melhoria padrão, dos quais pode-se destacar:
● Adicionar conceitos de responsabilidade social e desenvolvimento sustentável;
● Melhorar a eficiência do sistema e do desempenho ambiental da organização, e
demonstrar através de indicadores;
● Manter a base do ciclo PDCA;
● Reforçar a comunicação externa do desempenho ambiental;
● Fortalecer a relação entre a atividade principal de uma organização e a gestão ambiental;
● Evitar erros de interpretação dos requisitos da norma;
Estudo de caso
Empresa dos ramos de construção civil, sediada em Guarulhos, São Paulo-SP. Ela
escolheu por implementar as normas ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001, num sistema de
gestão integrado (SGI) com integração total. Para possibilitar a implementação, ela contou com
colaboradores que já tinham conhecimento sobre as normas e que ajudaram a elaborar e realizar
os treinamentos do resto do pessoal.
Mesmo assim eles acabaram contratando uma empresa de consultoria para auxiliar no
processo. Tanto a estratégia quanto a metodologia, porém, dependem da empresa e de seus
objetivos. Na instituição a integração da política da qualidade, a disponibilização das normas em
painéis eletrônicos e a similaridade dos requisitos delas fazem com que o processo seja mais
fácil. Para integração total foram tomados os seguintes passos:
● Padronização documentos;
● Único representante;
● Unificação auditoria e CAPA;
● Uniformização treinamentos;
● Unificação de políticas;
● Padronização dos indicadores.
Por outro lado a organização apresentou diversas dificuldades de implantação do SGI, tal
como a “Confecção e atualização de documentos para a metodologia”, já que utilizam um
software para a disponibilização dos documentos para todos os colaboradores e o “Grau de
escolaridade dos colaboradores”, assim como o tempo por eles despendido. Os resultados obtidos
foram:
● Ganhos financeiros;
● Aumento na produtividade;
● Aumento na Qualidade;
● Satisfação de clientes internos e externos;
● Economia de recursos.
A instituição contou com a colaboração e o amplo apoio da alta gerência, com o
envolvimento de todos os setores e com o treinamento dos colaboradores, entre outros fatores
que possibilitaram o sucesso da implantação das normas e também do Sistema de Gestão
Integrado.
Vantagens e Desvantagens
Vantagens
● Padrão reconhecido Internacionalmente;
● Melhor relacionamento com o mercado;
● Organização e padronização;
● Aumento da qualidade geral da organização.
Desvantagens
● Alto Custo;
● Burocracia para certificação e manutenção do sistema;
● Inflexibilidade em alguns pontos das normas;
● Dependência de terceiros para certificação.
Referências