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Cabala

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Nota: Para a sociedade secreta, veja Camarilha. Para a cidade da Serra Leoa,
veja Kabala (cidade).
Nota: Não confundir com Qabala.

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Kabbalah

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Kabbalah—em hebraico: ‫קבָּ לָּ ה‬,


ַ literalmente (receber/tradição); também romanizada
como Cabala, Qabbālâ, etc.; transliterações diferentes tendem a denotar tradições
diferentes;[1] é um método esotérico, disciplina e escola de pensamento que se originou
no judaísmo. Os cabalistas tradicionalmente no judaísmo são chamados
de Mekubalim' (em hebraico: ‫)מקּובָּ לים‬
ְ ou Maskilim (‫ משכילים‬iniciados).
As definições de o que é Cabalá variam de acordo com as tradições e objetivos daqueles
que lhe seguem,[2] a partir de sua origem religiosa. Como parte integrante do judaísmo, da
sua posterior ramificação a Cabala cristã, também na Nova Era e suas
adaptações sincréticas ocultistas. A Cabalá é um conjunto de ensinamentos, comumente
sendo referidos como esotéricos feitos para explicar a relação entre o imutável, eterno e
misterioso Ein Sof (sem limites) ou Ain (Nada) esse termo Ain usado no sentido de não
haver possibilidade de compreensão da Sua origem ou Sua essência (Atzmut ou Atzmus)
que para os judeus é visto como O oculto ou O proibido, e a única percepção que temos é
através dos nossos sentidos em relação a Sua vontade (O outorgamento) e o universo
mortal e finito (Sua criação ou O desejo de receber). Embora seja muito usado por
algumas denominações, não é um sistema religioso em si. Cabalá é o Yesod (fundamento)
das interpretações religiosas e místicas. A Cabalá procura através de seus métodos de
estudo sobre o mundo espiritual (retirar o véu que nos prende nos 5 sentidos básico de
compreensão da realidade) alcançar a raiz de toda causa e efeito na nossa realidade, a
natureza do universo e do ser humano, a razão e o propósito da Criação, e de diversas
outras questões ontológicas em um degrau (nível) acima do nível Material no
nível Espiritual. Apresentando métodos para auxiliar na compreensão desses conceitos e
assim conseguindo atingir a realização espiritual do Ser Humano que na visão de um dos
maiores Cabalistas da nossa era o Ball HaSulam (veja abaixo) só é possível em um
nível Social apesar de ter seu inicio na intensão de cada indivíduo.
A cabalá originalmente se desenvolveu dentro do domínio do pensamento judaico, e
cabalistas judeus usam fontes judaicas clássicas para explicar e demonstrar os seus
ensinamentos esotéricos. Esses ensinamentos (Hokmá ha-Kabbalah - Sabedoria da
Cabalá) são mantidos pelos seguidores do judaísmo para definir o significado interno,
tanto da Bíblia hebraica e da literatura rabínica tradicional e sua
dimensão transmitida anteriormente escondida, bem como de explicar o significado
das observâncias religiosas judaicas.[3]
Os cabalistas tradicionais acreditam que sua origem venha da forma antiga de misticismo
judaico, a saber a literatura Heichalot e Merkavá (‫ )ספרות ההיכלות והמרכבה‬embora essa
tradição seja realmente antiga a sua forma escrita foi vista a partir do século VI ou
VII.[4][5][6][7] Historicamente, a cabalá surgiu, depois dessas formas anteriores de misticismo
judaico, nos séculos XII e XIII, no Sul da França e da Espanha (Provence - Languedoc -
Catalunha e outras regiões), tendo como obra principal de estudo o Sêfer Yetzirá,
tornando-se reinterpretadas no renascimento místico judeu da Palestina otomana,
no século XVI, período esse conhecido como pós-zohar em especial na comunidade
galileia de Safed, que incluía Yosef Karo , Moshé Alshich , Cordovero, Luria e outros, Foi
popularizado na forma de judaísmo hassídico do século XVIII em diante. O interesse
do século XX pela cabalá tem gerado muitas controvérsias no meio judaico, enquanto os
ortodoxos acreditam que o ensinamento dessa Sabedoria deve ser restrito a alguns
poucos selecionados, outros como Baal HaSulam e seus seguidores acreditam que no
atual estado em que se encontra esse Mundo é crucial a disseminação da Cabalá para
todos. O fato é que essa Sabedoria está se propagando cada dia mais
e oxalá a Tikun chegue logo.
Índice

 1Tradição
o 1.1Cabalá judaica e não judaica
 2Cabalá Judaica
 3Kabbalah o termo
 4Procedência da Cabalá
o 4.1Quão antiga a cabalá é?
 4.1.1Significado de oculto na cabalá?
 4.1.2Quais elementos cabalísticos são encontrados nos apócrifos?
 5Uma cabalá ininterrupta
 6Gnosticismo e Cabalá
 7Dualidade Cabalística
 8História e Sistema
o 8.1Doutrinas Místicas em Tempos Talmúdicos
 8.1.1Os seis elementos
 8.1.2Deus na Teosofia do Talmude
 8.1.3O piedoso
 8.1.3.1Essa concepção explica a grande proeminência de anjos e espíritos no
misticismo judaico anterior e posterior.
 8.1.4Os Syzygies
 9Diferentes Grupos de Literatura Mística
o 9.1Meṭaṭron-Enoch
o 9.2Shi'ur Ḳomah
o 9.3Os salões celestes
o 9.4Teorias Cosmológicas
o 9.5Cabalá teúrgica
o 9.6Literatura Mística em Tempos Gueônicos
o 9.7Origem da cabala especulativa
o 9.8O Sefer Yeẓirah
o 9.9Misticismo dos hereges judeus
o 9.10Influência da Filosofia Greco-Árabe
o 9.11Gabirol, influência sobre a cabala
o 9.12A cabala alemã
o 9.13Misticismo cristão e judaico
o 9.14A cabala em Provença
o 9.15O Tratado sobre Emanação
o 9.16Bahir
 9.16.1Oposição ao aristotelismo
o 9.17Azriel
o 9.18Naḥmanides
o 9.19Ibn Latif
o 9.20Sefer ha-Temunah
o 9.21A literatura Zohar
o 9.22Cabalá de Luria
o 9.23No Oriente
o 9.24Na Alemanha e na Polônia
o 9.25Ḥassidismo
o 9.26Tratamento Crítico para a Cabala
o 9.27A cabala no mundo cristão
o 9.28Reuchlin
o 9.29Filosofia natural
 10Ensinos
o 10.1Deus
 10.1.1Criação
 10.1.2Mundo
 10.1.3Desejo primordial
 10.1.4Sua sabedoria
 10.1.5Providência
 10.1.6Identidade da substância e forma
 10.1.7Concentração
 10.1.8As Sefirot
 10.1.8.1As Primeiras Três Sefirot
 10.1.9Os quatro mundos
 10.1.10Homem
 10.1.11Imortalidade
 10.1.12Amor, a maior relação com Deus
 10.1.13Ética da cabala
 10.1.14A Doutrina da Influência
 11O Mal
o 11.1O problema do mal
o 11.2A queda do homem
 12Opiniões sobre o valor da cabala
o 12.1A Cabala e o Talmud
o 12.2A cabala e a filosofia
 13Influências nocivas
 14Superstição cabalística
 15Cabala e a modernidade
 16Ver também
 17Notas
 18Referências
 19Bibliografia
 20Ligações externas

Tradição[editar | editar código-fonte]


De acordo com o Zohar, um texto fundamental para o pensamento cabalístico,[8] o Estudo
da Torá pode prosseguir ao longo de quatro níveis de interpretação (exegese).[9][10][11] Estes
quatro níveis são chamados de pardes derivado de suas letras iniciais (PRDS
em hebraico: ‫רדס‬ֵ ַ‫פ‬, pomar).

 Peshat (em hebraico: ‫ פשט‬lit. simples): as interpretações diretas do significado.


 Remez (em hebraico: ‫ ֶרמֶ ז‬lit. sugestão): os significados alegóricos através de alusões).
 Darash (em hebraico: ‫ ְד ָּרׁש‬lit. inquira ou busque): significados midráxicos (rabínico)
muitas vezes com comparações imaginativas com palavras ou versos semelhantes.
 Sod (em hebraico: ‫ סֹוד‬lit. segredo ou mistério): os significados internos, esotéricos
(metafísicos) expressos na cabalá.
A Cabalá é considerada pelos seus seguidores como uma parte necessária do estudo
da Torá – o estudo da Torá (a literatura do Tanak e Rabínica) sendo um dever inerente
aos judeus observantes.[12]
O estudo acadêmico-histórico moderno do misticismo judaico reserva o termo Cabalá para
designar as doutrinas particulares e distintas que surgiram textualmente plenamente
expressas na Idade Média, distintas dos conceitos e métodos místicos anteriores
de Merkavá.[13] De acordo com esta categorização descritiva, ambas as versões da teoria
Cabalística, a medieval-Zoharica e a Cabalá Luriânica do início moderno compreendem a
tradição teosófica da Cabalá, enquanto a Cabalá extática-meditativa incorpora uma
tradição medieval inter-relacionada paralela. Uma terceira tradição, relacionada, mas mais
evitada, envolve os objetivos mágicos da Cabalá Prática. Moshe Idel,[14][15] por exemplo,
escreve que esses três modelos básicos podem ser discernidos operando e competindo
ao longo de toda a história do misticismo judaico, além do contexto cabalístico da Idade
Média.[16] Eles podem ser facilmente distinguidos por sua intenção básica em relação a
Deus:

 A tradição teosófica da Cabalá Teórica (o foco principal do Zohar e da Lúria) procura


entender e descrever o reino divino. Como uma alternativa à filosofia judaica
racionalista, particularmente ao aristotelismo de Maimonides, essa especulação se
tornou o componente central da Cabala.
 A tradição extática da Cabalá Meditativa (exemplificada por Abulafia e Isaac do
Acre)[17] se esforça para alcançar uma união mística com Deus. A Cabala Profética de
Abraham Abulafia foi o exemplo supremo disso, embora marginal no desenvolvimento
cabalístico, e sua alternativa ao programa da Cabala teosófica.
 A tradição mágico-teúrgica da Cabalá Prática (em manuscritos frequentemente
inéditos) procura alterar tanto os reinos Divinos quanto o Mundo. Embora algumas
interpretações da oração vejam seu papel de manipular as forças celestes, a Cabala
Prática envolveu propriamente atos de magia branca e foi censurada pelos cabalistas
apenas por aqueles completamente puros de intenção. Consequentemente, formou
uma tradição secundária separada, afastada da Cabalá. A Cabalá prática foi proibida
pelo Arizal até que o Templo de Jerusalém seja reconstruído e o estado requerido de
pureza ritual seja atingível.[18]:31
De acordo com a crença tradicional, o conhecimento cabalístico inicial foi transmitido
oralmente pelos Patriarcas, Profetas, e Sábios (hakamim em hebraico), eventualmente
para ser entrelaçado aos escritos religiosos e cultural judaico. De acordo com essa visão,
a cabalá primitiva era, por volta do século X a.C, era um conhecimento aberto praticado
por mais de um milhão de pessoas na primitiva congregação Israel.[Veja: 1] Conquistas
estrangeiras levaram a liderança espiritual judaica da época (o Sanhedrin) a esconder o
conhecimento e torná-lo secreto, temendo que ele pudesse ser mal utilizado se caísse em
mãos erradas.[Veja: 2]
É difícil esclarecer com precisão os conceitos exatos dentro da cabalá. Existem várias
escolas diferentes de pensamento com perspectivas muito diferentes; no entanto, todos
são aceitos como corretos.[Veja: 3] As modernas autoridades haláquicas tentaram restringir o
escopo e a diversidade dentro da Cabalá, restringindo o estudo a certos textos,
notadamente o Zohar e os ensinamentos de Isaac Luria, transmitidos através de Hayyim
ben Joseph Vital.[Veja: 4] No entanto, mesmo essa qualificação faz pouco para limitar o
escopo de compreensão e expressão, como incluído nesses trabalhos estão comentários
sobre escritos Abulafianos, Sefer Yetzirá, escritos Albotonianos, e o Berit Menuhah,[Veja:
5]
que é conhecido pelos eleitos cabalísticos e que, como descrito mais recentemente
por Gershom Scholem, combinou êxtase com o misticismo teosófico. Portanto, é
importante ter em mente quando se discute coisas como a sefirot e suas interações que se
trata de conceitos altamente abstratos que, na melhor das hipóteses, só podem ser
entendidos intuitivamente.[19]
Cabalá judaica e não judaica[editar | editar código-fonte]
Shaarei Ora Traduzido do Latim por Joseph Gikatilla, comumente usada para representar o
Cabalista e a Árvore da Vida.

Desde a Renascença os textos da Cabalá judaica entraram na cultura não-judaica, onde


foram estudados e traduzidos por Hebraístas Cristãos e ocultistas Herméticos.[20] As
tradições sincréticas da Cabalá Cristã e da Cabalá Hermética desenvolveram-se
independentemente da Cabalá Judaica, lendo os textos judaicos como sabedoria antiga
universal. Ambos adaptaram os conceitos judaicos livremente de sua compreensão
judaica, para se fundirem com outras teologias, tradições religiosas e associações
mágicas. Com o declínio da Cabalá Cristã na Era da Razão, a Cabalá Hermética continuou
como uma tradição subterrânea central no Esoterismo ocidental.[21] Através dessas
associações não-judaicas com magia, alquimia e adivinhação, a Cabalá adquiriu algumas
conotações ocultas populares que são proibidas no judaísmo, onde a Cabalá Judaica
Prática era uma tradição menor e permitida restrita a algumas elites. Hoje, muitas
publicações sobre a Cabalá pertencem à Nova Era não-judaica e às tradições ocultas da
Cabalá, em vez de dar uma imagem precisa da Cabalá Judaica.[22] Em vez disso, as
publicações acadêmicas e tradicionais agora traduzem e estudam a Cabala Judaica para
um grande número de leitores.

Cabalá Judaica[editar | editar código-fonte]


Recepção—Deriva da palavra em hebraico: ‫( קבל‬QaBaL ou KaBaL; receber),
em hebraico: ‫( קבלה‬Qabbalah ou Kabbalah;[Notas 1]) é o substantivo recebido.[Notas 2][23] O
termo específico para a doutrina esotérica ou mística concernente a Deus e ao universo,
afirmou-se ter sido revelada como uma eleição para eleger santos de um passado remoto,
e preservada apenas por alguns poucos privilegiados.
Tetragrama Sefardi

Inicialmente consistindo apenas de conhecimentos empíricos, assumiu, sob a influência


da filosofia neoplatônica e neopitagórica, um caráter especulativo.
No período gueônico, ela é conectada com sendo um livro de texto semelhante a Mixná,
o Sefer Yeẓirá, e forma o objeto do estudo sistemático dos eleitos,
chamado meḳubbalim ou ba'ale ha-ḳabbalah (possuidores de , ou adeptos da Recepção).
Estes recebem depois o nome de maskilim (o sábio), depois de Daniel;[Veja: 6] e porque
a Recepção é chamada a sabedoria oculta (ḥokmá nistará), eles também recebem o nome
de adeptos da graça.[Veja: 7] A partir do século XIII, a Recepção se ramificou em uma extensa
literatura, ao lado e em oposição ao Talmud. Foi escrita em um dialeto aramaico peculiar,
e foi agrupada como comentários sobre a Torá, em torno do Zohar como seu livro sagrado,
que de repente fez sua aparição.
A Recepção é dividida em um sistema teosófico ou teórico, Ḳabbalah 'Iyyunit e uma cabalá
teúrgica ou prática. Em vista do fato de que o nome Recepção não ocorre na literatura
antes do século XI,[Veja: 8] e por causa da pseudepigráfica personagem do Zohar e de quase
todos os escritos cabalísticos, a maioria dos estudiosos modernos, entre os quais Zunz,
Gratz, Luzzatto, Jost, Steinschneider e Munk,[Veja: 9] trataram a Recepção com um
certo preconceito e de um racionalismo do que do ponto de vista psicológico-histórico;
aplicando o nome de Recepção apenas aos sistemas especulativos que surgiram desde o
século XIII, sob títulos pretensiosos e com pretensões fictícias, mas não ao conhecimento
místico dos tempos gueônicos e talmúdicos. Tal distinção e parcialidade, no entanto,
impedem uma compreensão mais profunda da natureza e progresso da Recepção, que,
numa observação mais próxima, mostra uma linha contínua de desenvolvimento a partir
das mesmas raízes e elementos.

Kabbalah o termo[editar | editar código-fonte]


A Kabbalah era compreendida tradicionalmente como sendo todo o folclore tradicional,
contrastando com a Lei Escrita, portanto, incluía os livros proféticos e hagiográficos
do Tanaque, que partindo do pré-suposto (verossímil) ter sido recebido do Ruah
ÁQodex (Espirito Santo) e não como escrito pelas mãos de D'us.[Veja: 10]
Cada doutrina recebida foi reivindicada como sendo tradição dos Patriarcas - masoret me-
Abotenu -[Notas 3] que remonta aos Profetas ou a Moisés no Sinai.[Notas 4] Então a Massorá, a
cerca da Torá,[Veja: 11] é como Taylor afirma,[Veja: 12] uma correlação com a cabalá. A principal
característica da cabalá é a de que, ao contrário das Escrituras, ela foi confiada apenas
aos seus poucos eleitos; portanto, de acordo com IV Esdras, Moisés, no monte Sinai, ao
receber tanto a Lei como o conhecimento de coisas maravilhosas, foi dito pelo Senhor:
"Estas palavras tu declararás, e estas esconderás".[Veja: 13]
Assim, tornando-se regra estabelecida para a transmissão do conhecimento cabalístico na
antiga Mixná;[Veja: 14] não expor o Capítulo da Criação.[Veja: 15] Antes de mais de um ouvinte
nem a da Carruagem Celestial;[Veja: 16] para qualquer um, mas, um homem de sabedoria e
compreensão profunda; isto é, a cosmogonia e a teosofia eram consideradas estudos
esotéricos.[Veja: 17] Tal foi o Masoret ha-Ḥokmá (a tradição da sabedoria, entregue por Moisés
a Josué;[Veja: 18] e igualmente a dupla filosofia dos Essênios, a contemplação do ser de Deus
e a origem do universo, especificado por Philo.[Veja: 19] Além destes, havia a escatologia - isto
é, os segredos do lugar e do tempo da retribuição e da redenção futura;[Veja: 20] as câmaras
secretas do gigante e leviatã,[Veja: 21] o segredo do calendário - isto é,[Veja: 22] o modo de
calcular os anos com vista ao reino messiânico,[Veja: 23] finalmente, o conhecimento e uso do
Nome Inefável, também a ser transmitido apenas aos santos e discretos,[Veja: 24] e
dos anjos.[Veja: 25] Todos estes formaram a soma e substância dos Mistérios da
Torá, Sitre ou Raze Torá,[Veja: 26] as coisas ditas apenas em um sussurro.[Veja: 27]

Procedência da Cabalá[editar | editar código-fonte]


Quão antiga a cabalá é?[editar | editar código-fonte]
Pode ser inferido aqui o fato de que, tão cedo um escritor o Ben Sira advertiu contra ela
em seu ditado: em hebraico: ‫( אין לך עסק בנסתרות‬- Não terá negócio com o oculto).[Veja:
28]
O fato é que, a literatura apocalyptica surgiu no século I e II (pré-cristão). A mesma,
continha os primeiros elementos da cabalá, de acordo com Josefo, tais escritos estavam
na posse dos Essênios, e foram zelosamente guardados por eles contra a revelação, visto
que eles afirmavam ser uma antiguidade respeitável,[Veja: 29] os essênios, com razão
suficiente, foram assumidos por Jellinek,[Veja: 30] por Plessner,[Veja: 31] por Hilgenfeld,[Veja: 32] por
Eichhorn,[Veja: 33] por Gaster,[Veja: 34] por Kohler[Veja: 35] e por outros serem os criadores da
Cabalá.
Significado de oculto na cabalá?[editar | editar código-fonte]
Que muitos desses livros contendo conhecimento secreto foram mantidos escondidos
pelos sábios é claramente declarado em IV Esdras,[Veja: 36] onde no Pseudo-Ezra é dito para
publicar abertamente os vinte e quatro livros do cânon que os dignos e os indignos podem
ler, mas para manter os setenta outros livros escondidos a fim de entregá-los apenas a
pessoas sábias;[compare: 1] pois neles está a fonte do entendimento, a fonte da sabedoria e a
corrente do conhecimento.[compare: 2] Um estudo dos poucos livros apócrifos ainda existentes
revela o fato, ignorado pela maioria dos escritores modernos sobre a cabalá é que o
essenismo, de que a tradição mística ocasionalmente é aludida na literatura talmúdica ou
midráshica[compare: 3] não é muito mais do que uma apresentação sistematizada desses
escritos mais antigos, o que dá uma ampla evidência da tradição cabalística contínua; na
medida em que a literatura mística do período gueonico é apenas uma reprodução
fragmentária dos antigos escritos apocalípticos[Notas 5], e os santos e sábios do período
tannáico herdaram o lugar ocupado primeiramente pelos últimos protoplastos,[Notas
6]
patriarcas e escribas bíblicos.

Fragmento do livro de Enoque 4T201 dos anos 200-150 aC

Visão de Ezekiel - Merkavá

Quais elementos cabalísticos são encontrados nos apócrifos?[editar | editar


código-fonte]
Assim, também, o antigo livro de Enoch, partes das quais foram preservadas na literatura
mística gueonica,[Veja: 37] por sua angelologia, demonologia e cosmologia, dão uma idéia
mais completa. insight sobre o Merkavá e Bereshit tradições dos antigos Heikalot, que
apresentam apenas fragmentos, enquanto a figura central da cabala, Meṭaṭron-Enoch,[Veja:
38]
em um processo de transformação. A cosmogonia do Enoque eslavo, um produto do
primeiro século pré-cristão.[Veja: 39] Mostrando um estágio avançado em comparação com o
livro mais antigo de Enoque, lança um inundação de luz sobre a cosmogonia rabínica por
sua descrição realista do processo de criação.[compare: 4] Aqui estão os elementos
primordiais, as pedras de fogo, das quais o Trono da Glória é feito, e das quais os anjos
emanam; o mar vítreo (‫) מייא מייא‬, abaixo do qual os sete céus, formados de fogo e água
(‫) שמים = מאש ומים‬, são estendidos, e a fundação do mundo sobre o abismo (‫ ;) אבן שתיה‬a
preexistência das almas humanas,[Veja: 40] e a formação do homem pela Sabedoria Criativa a
partir de sete substâncias;[Veja: 41] as dez classes de anjos,[Veja: 42] dez céus em vez de sete, e
um avançado sistema de calendário quiliástico.[Veja: 43][24] Seu caráter cabalístico é mostrado
por referências aos escritos de Adão (‫)אָּ ָּדם‬, Sete (‫)ׁשת‬,
ֵ Cainã (‫)קינָּן‬, ֵ Málalel (‫)מַ הֲ לַ לְ אֵ ל‬
e Yarede (‫)ירד‬.[Veja: 44]

Uma cabalá ininterrupta[editar | editar código-fonte]


Mais instrutivo ainda para o estudo do desenvolvimento do conhecimento cabalístico é
o Livro dos Jubileus escrito sob o rei João Hircano,[Veja: 45] que também se refere aos
escritos de Yarede, Cainã e Noé, e apresenta Abraão como o renovador, e Levi como
guardião permanente desses escritos antigos.[Veja: 46] Porque oferece, tão cedo quanto mil
anos antes da suposta data do Sefer Yeẓirá, uma cosmogonia baseada nas vinte e duas
letras do alfabeto hebraico, e conectada com a cronologia judaica e messianologia,
enquanto ao mesmo tempo insistindo sobre o heptad como o número sagrado e não sobre
o sistema decadic adotado pelos últimos agadistas e o Sefer Yeẓirá.[Veja: 47]
A idéia pitagórica dos poderes criativos de números e letras, sobre os quais o Sefer
Yeẓirá é fundado, e que era conhecido nos tempos tannáicos - compare o ditado de
rabbi: Bezalel sabia combinar as letras pelas quais o céu e a terra foram criado,[Veja: 48] e o
ditado de rabbi Judah b. Ilai citado,[Veja: 49] com ditos semelhantes do rabbi,[Veja: 50] aqui está
provado ser uma antiga concepção cabalística. De fato, a crença no poder mágico das
letras do Tetragrama e outros nomes da Deidade,[compare: 5] parece ter se originado
na Caldéia.[Veja: 51] Qualquer que seja, então, a cabalá teúrgica, que, sob o nome
de Sefer (ou Hilkot Yeẓirah, induziu rabinos babilônicos do século IV à criarem um bezerro
por magia,[Veja: 52] por um falso racionalismo ignoram ou falham em explicar um fato simples,
embora estranho!). Uma antiga tradição parece ter acoplado o nome deste teurgo Sefer
Yetẓirah com o nome de Abraão como um credenciado detentor da sabedoria esotérica e
poderes teúrgicos.[Veja: 53] Como afirma Jellinek,[Veja: 54] o próprio fato de que Abraão, e não um
herói talmúdico como rabbi Aquiba, é introduzido no Sefer Yeẓirah, no final, como
possuidor da Sabedoria do Alfabeto, indica uma antiga tradição, se não a antiguidade do
próprio livro. As maravilhas da Sabedoria Criativa também podem ser traçadas a partir
do Sefer Yeẓirah, de volta a Ben Sira, lc; Enoque, xlii. 1, xlviii. 1, lxxxii. 2, xcii. 1; Enoque
eslavo, xxx. 8 xxxiii. 3;[Veja: 55] IV Esdras xiv. 46; Soṭah xv. 3; e o Merkavá viaja para Test.
Abraão, x; Test. Jó, xi.;[Veja: 56] e o Apocalipse de Baruch, e até mesmo II Mac. vii. 22, 28,
revelam tradições e terminologias cabalísticas .
Mistica Sophia

Gnosticismo e Cabalá[editar | editar código-fonte]


O gnosticismo atesta a antiguidade da cabalá. De origem caldéia, como sugerido por
Kessler;[Veja: 57] definitivamente mostrado por Anz,[Veja: 58] o gnosticismo era judeu em caráter
muito antes de se tornar cristão.[Veja: 59] O gnosticismo - isto é, a
cabalística Ḥokmá (sabedoria), traduzido em Madda;[Notas 7] parece ter sido a primeira
tentativa por parte dos sábios judeus de dar o conhecimento místico empírico, com a ajuda
de idéias platônicas e pitagóricas ou estóica, uma reviravolta especulativa; daí o perigo de
heresia de que Aquiba e Ben Zoma se esforçaram para se libertar, e dos quais os
sistemas de Philo, um adepto da cabalá,[Veja: 60] mostra muitas armadilhas.[Veja: 61] Era a antiga
Cabalá que, enquanto alegorizava o Cântico dos Cânticos, falava de Adão Kadmon, ou
o Homem-Deus, da Noiva de Deus, portanto, o mistério da união de poderes em Deus,[Veja:
62]
antes que Philo, Paulo, os gnósticos cristãos e a cabalá medieval o fizessem.
A cabalá especulativa de antigamente falou;[Veja: 63] de o germe de veneno da serpente
transmitida de Adão a todas as gerações (‫ )זוהמה של‬antes Paulo e rabbi Yohanan se
referirem a ela.[Veja: 64] E enquanto a classificação gnóstica das almas
em pneumáticas, psíquicas e hílicas pode ser rastreada até Platão,[Veja: 65] Paulo não foi o
primeiro (ou apenas um) a adotá-lo em seu sistema.[Veja: 66]

Dualidade Cabalística[editar | editar código-fonte]


Todo o sistema dualista do bem e do poder do mal, que remonta ao zoroastrismo e,
finalmente, à velha Caldéia, pode ser traçado através do gnosticismo; tendo influenciado a
cosmologia da antiga Cabala antes de chegar à medieval. Assim é a concepção
subjacente à árvore cabalística, do lado direito sendo a fonte de luz e pureza, e a esquerda
a fonte de escuridão e impureza,[Notas 8] encontrada entre os gnósticos.[Veja: 67] O fato também
de que as Ḳelipót (as incrustações de impureza), tão proeminentes na cabala medieval,
são encontrados nos antigos encantamentos babilônicos,[Veja: 68] é evidência em favor da
antiguidade da maior parte do material cabalístico.
É lógico que os segredos da cabalá teúrgica não são levemente divulgados; e ainda o
Testamento de Salomão trouxe recentemente à luz todo o sistema de conjuração de anjos
e demônios, pelos quais os maus espíritos foram exorcizados; até mesmo o sinal mágico
ou selo do rei Salomão, conhecido pelo judeu medieval como o Magen Dawid, foi
ressuscitado.[Veja: 69]
Na mesma classe se encontra o Sefer Refu'ot (O Livro de Cura), contendo as prescrições
contra todas as doenças infligidas por demônios, que Noé escreveu de acordo com as
instruções dadas pelo anjo Rafael e entregou a seu filho Shem.[Veja: 70] Foi identificado com
o Sefer Refu'ot na posse do rei Salomão e posteriormente escondido pelo rei Ezequias,[Veja:
71]
enquanto o segredo da arte negra, ou de cura por poderes demoníacos, foi transmitido
para as tribos pagãs, para os filhos de Keṭurah (Sanhedrin 91a) ou os amorreus.[compare: 6]
Tão marcante é a semelhança entre o Shi'ur Ḳomah e a descrição antropomórfica da
Deidade pelos gnósticos,[Veja: 72] as letras do alfabeto espalhadas pelo corpo em Atbash, ou
Ordem Alfa e Omega, formando os membros do Macrocosmos, que um ilumina o outro,
como Gaster mostro.[Veja: 73] Mas também as vestes de luz, a natureza masculina e feminina,
a dupla face, o olho, cabelo, braço, cabeça e coroa do Rei da Glória, tirada do Cântico dos
Salomão, I Cr. xxix. 11; Sl. lxviii. 18, outros textos familiares, mesmo o infinito (Ein-Sof =
'Agr; πέραντος), seus paralelos em antigos escritos gnósticos.[Veja: 74] Por outro lado, tanto a
cruz mística,[Veja: 75] o enigmático primal Ḳav laḳav, ou Ḳavḳkav, retirado de Isaías,[Veja:
76]
recebem luz estranha da antiga cosmogonia cabalística, que, baseada em Jó,[Veja: 77] falou
de a linha de medição—o Ḳav,[compare: 7]—retirado transversalmente,[Veja: 78]—
consequentemente, também aplicou o termo Ḳav le-ḳav, tirado de Isaías,[Veja: 76] à força
motriz primordial da criação.[Veja: 79] Isso foi para expressar o poder divino que mediu a
matéria enquanto a colocava em movimento; enquanto a idéia de Deus estabelecendo
para o mundo criado sua fronteira foi encontrada expressa no nome (o Todo Poderoso),
que diz ao mundo Isso basta.
Com os escassos materiais à disposição do estudante do gnosticismo, parece prematuro e
perigoso presentemente afirmar com certeza a íntima relação existente entre ele e a antiga
Cabalá, como matéria, em sua História do gnosticismo, 1828,[Notas 9] e Gfroerer, em seu
trabalho volumoso e meticuloso, Gesch. des Urchristenthums, 1838, i. e ii. Não obstante,
pode-se afirmar sem hesitação que as investigações de Grätz,[Notas 10] de Joël,[Notas 11] e de
outros autores sobre o assunto devem ser retomadas em uma nova base. Também é certo
que as semelhanças, apontadas por Siegfried,[Notas 12] entre as doutrinas de Philo e as do
Zohar e da Cabalá em geral, são devidas à relação intrínseca, e não à mera cópia.
Via de regra, tudo o que é empírico e não especulativo, e que o atinge como
grosseiramente antropomórfico e mitológico na Cabalá ou na Ággadá, como as descrições
da Deidade contidas na Sifra de Zeni'uta e Iddra Zuṭṭa, do Zohar, e passagens similares
em Sefer Aẓilut e Raziel, pertencem a um período pré-racionalista, quando nenhum
Simeon ben Yoḥai viveu para amaldiçoar o professor que representava os filhos de Deus
como tendo órgãos sexuais e cometendo fornicação.[Veja: 80] Tal assunto pode com um alto
grau de probabilidade ser reivindicado como Cabalá (tradição antiga).
E quanto à cabalá especulativa, não foi a Pérsia com o Sufismo do século X, mas
Alexandria do primeiro século ou antes, com sua estranha mistura de cultura egípcia,
caldaica, judia e grega, que forneceu o solo e as sementes para isso. Filosofia mística que
soube misturar a sabedoria e a loucura das eras e emprestar a toda crença supersticiosa
ou praticar um profundo significado. Surgiu a literatura mágica que mostrava o nome do
Deus dos judeu e dos Patriarcas colocados ao lado de divindades pagãs e demônios, e os
livros de Hermes,[Notas 13] que, reivindicando um posto de igualdade com os escritos bíblicos,
atraiu também os pensadores judeus.
Mas acima de tudo, foi o neoplatonismo que produziu aquele estado de entusiasmo e
fascínio que fez as pessoas voarem no ar pelo vagão da alma alcançar todos os tipos de
milagres por meio de alucinações e visões. Deu origem a essas canções gnósticas,[Notas
14]
que inundou também a Síria e a Palestina.[Veja: 81] Todo o princípio da emanação, com sua
idéia do mal inerente à matéria como a escória que se encontra ali,[Veja: 82] e toda cabalá
teúrgica está em todos os seus detalhes ali desenvolvida; até mesmo o espírito-rap e
mesas-girantes feitas no século XVII pelo alemão cabalista por meio
de shemot (encantamentos mágicos para a literatura),[Veja: 83] pois a literatura têm lá seus
protótipos.[Veja: 84]

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