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“O sexo é tão importante porque é a fonte de toda a vida. É algo tão significante que,
se você o reprimir, terá que reprimir também muitas outras coisas...”. Osho
E o “dogma” são todas aquelas regras imutáveis, não se pode também mexer com
aquilo. É, normalmente, o dogma, dentro de algumas religiões dogmáticas, surge como
uma revelação divina ou como uma instrução de Deus, como uma instrução de um
Anjo e, se é assim, se vem lá do invisível, do alto, ele é, não cabe a nós, simples
mortais, humanos nesse Planeta, querer mudar, é complicado. Isso milênios depois,
séculos de reforço, faz de nós, ocidentais, ainda com uma série de dificuldades. – É tão
sério isso (abrindo um parêntese) porque temas que são tabus para esse campo
religioso, por exemplo, que são dogmas, no campo religioso em geral impede, por
exemplo, o avanço da medicina, o avanço de estudos científicos e discussões dentro da
bioética se confrontam sempre com ideias religiosas - E por que estamos falando isso?
Porque temos um problema que é filosófico, portanto, na nossa diplomacia conceitual,
alguns assuntos são inaceitáveis, indiscutíveis dentro de segmentos religiosos - e nós
fazemos parte disso também, mesmo nós, Umbandistas, por várias outras influências -
impede o avanço da humanidade. Porque cheio de “não me toques, não me reles”,
tudo se paralisa, cristaliza, não avança.
Essa é a ideia de existência, que o conhecimento é o caminho ideal para tudo, para
tudo que queremos, é pela via do saber, naturalmente, por isso que eu trabalho como
educador, então, essa é a minha verdade. Falar, portanto, de assuntos polêmicos
também é mais do que necessário nos dias de hoje, falar de assuntos incômodos é
fundamental para a reflexão, porque é muito fácil ficar repetindo coisas que já
sabemos desde sempre, ficar falando aquilo que só estamos a fim de ouvir, queremos
aquelas mensagens de autoajuda e coisa parecida. Não é a minha proposta.
Aqui nós tratamos de vários temas, de vários estudos, sempre com o objetivo de
incomodar, porque no incômodo é que vem a reflexão, vem a investigação, vem os
questionamentos. E é questionando sempre que encontramos resposta. O grande
segredo não é a resposta, são as perguntas. Pense nisso. E vamos investigar o ser
espiritual e sexual que somos.
Antes de falarmos qualquer coisa mais pontual sobre “Ah a mediunidade, a sua relação
com a sexualidade do indivíduo”, precisamos entender alguns pontos e um deles é a
estrutura do ser humano - estrutura do indivíduo espiritual - como que funciona, para
chegar lá nos finalmente e entender como isso se processa. Logo quem está com muita
“sede ao pote”, vamos com calma e vamos entendendo passo-a-passo o que
queremos aqui desdobrar.
Sabemos que somos um ser espiritual, habitando um corpo físico e é preciso que nós
consigamos entender o ser sexual, a energia sexual que faz parte de nós. Dentro de
uma analogia, até bem pobre, imagine o seguinte: nós surgimos – o nosso ser original -
o nosso ser espiritual surge da concepção do cruzamento magnético de duas
divindades, ou seja, isso nós estudamos mais profundamente na “Gênese do Ser –
dentro da Teologia de Umbanda”. Mas para entendermos – sintetizaremos – em algum
momento duas divindades, uma positiva e uma negativa ou masculina e feminina se
cruzam energeticamente (não tem nada a ver com a nossa ideia humana de ação
sexual), pois há um cruzamento energético.
Nesse momento, algo novo surge no universo – vamos pensar que agora nesse
momento “algo novo” é um novo ser humano – a decisão acima disso é do Criador.
Nesse cruzamento, algo novo surge no universo, um cordão é disparado até o ventre
divino (tem que criar uma metáfora agora para entendermos) que vai atrair uma
centelha e essa centelha, algo inerte, uma estrutura inerte (metaforicamente
“centelha” é como um “sucrilho” divino), um “grão de sucrilhos” que vem e é recebido
no colo dessas duas divindades que estão ali dando origem a um novo ser e, num
processo de decisão, quem vai ser o dominante e o recessivo é o que determina a
natureza daquele ser, estamos falando, portanto, da gênese do ser humano.
Para quem acreditava até agora em alma gêmea, passe a rever as informações, pois
não falamos em nenhum momento que vem dois “sucrilhos”. Então, alma gêmea é
uma teoria, é simbólica, não é uma verdade, não existe alma gêmea. Ninguém é criado
gêmeo, que se separa e é jogado no universo, ficando em busca dessa outra metade.
Enfim, não é esse o tema da aula.
Então, nesse momento, surge um novo ser que já vem determinada a sua natureza.
Enfim, isso já entra no assunto de ancestralidade, dentro da Umbanda chamamos isso
de “Orixá Ancestral” e estamos colocando isso para que percebam que na origem o ser
espiritual é um ato sexual divino. Essa fusão, esse encontro vibratório de duas
divindades não deixa de ser – dentro de uma perspectiva humana – um ato sexual,
essa troca de energia para dar algo novo.
Em síntese, a energia sexual é uma energia conceptiva, pois dá origem as coisas, ela é
criativa, é geracionista. Então, pense sobre a energia sexual. É uma energia potencial
que é responsável pela criatividade.
A pessoa que é artista, que trabalha com criação de qualquer área que seja, por
exemplo, se a energia sexual está desregulada, mina a capacidade criativa. Isso é só
um exemplo básico para perceber que a energia sexual transcende a ideia de sexo,
nossa ideia genitália, esse tipo de coisa mais selvagem, mais animal, e que isso vem da
deidade, vem lá da Criação divina e que está em tudo e em todas as coisas. A natureza
toda, a qual nós pertencemos, procria-se o tempo todo.
Assim sendo, as abelhas têm um processo, uma relação sexual com as flores que dá
origem aos frutos, por exemplo, e assim por diante que poliniza as flores, enfim todo
aquele desdobramento da natureza como conhecemos no campo da botânica. Quando
a semente vai ser fecundada pela terra, vai surgir ali, vai germinar uma nova planta,
uma nova árvore, enfim, tudo isso é a energia sexual do universo se manifestando.
Logo, o que é a energia sexual? Energia sexual é algo que está em tudo e em todas as
coisas, é um magnetismo, é uma potência divina que no geral participa ou é o que dá
atividade criativa de todas as coisas ou geracionista para todas as coisas. É algo
incrível.
A vida propriamente necessita, acontece, portanto, com a energia sexual. Não há vida
sem energia sexual, não há vida sem essa potência que dá origem a todas as coisas e
que todas as coisas também ficam muito em função dessa energia. É uma amálgama, é
uma mistura harmonizada, mas está em tudo e em todas as coisas. Nós, seres
humanos, não podemos ser diferentes e percebemos que, por exemplo, na nossa
realidade, na nossa natureza, a vida é algo muito complexo, nosso corpo é algo muito
complexo, como a vida se processa é complexo.
Pensamos que, quando dois seres humanos têm uma relação sexual, vai surgir um
novo ser dentro da concepção. A gestação é algo incrível quando começamos a
entender aquilo, quando começamos a estudar mais profundamente como isso
acontece. É inacreditável como que isso pode existir. É esse tipo de informação que
nos faz pensar “Nossa, somente a mente mesmo muito suprema para pensar, criar
tudo isso, “startar” isso, funcionar perfeitamente na sua criação”.
O que queremos que entendam é justamente esse ponto, perceber a “energia sexual”,
conceber que há uma energia sexual em tudo, em todas as coisas que provém desde a
origem de tudo, não é uma energia que está em Deus e dele se manifesta em tudo e
tudo precisa dessa energia para que tudo aconteça e funcione. Isso é um
entendimento fundamental para entendermos quando essa energia é potência – é
positiva – e quando ela poderá vir a ser um problema, poderá trazer dor, poderá trazer
negatividade. Como tudo no universo, há a sua dupla polaridade e há quem administra
essas polaridades dentro das ações, da relação com aquilo em questão. O ser humano
é um ser naturalmente sexual, porém isso não é apenas com o ser humano é em tudo
no universo.
Portanto é necessário compreender que existe uma energia sexual em todas as coisas,
em todo o universo e entender a sacralidade dessa energia. Que em Deus está essa
energia e ela é projetada em todas as coisas. Nesse momento, começamos a pensar o
que de fato está em jogo quando se criou os tabus em torno dessa natureza e os
homens, usando de sua inteligência, de sua racionalidade, decidem criar para a
posteridade uma ideia de pecado, de coisa errada, de controle da massa em torno do
medo do que pode ser aquilo que é natural em nós: a própria sexualidade. Reflitam
sobre isso.
Refletindo sobre o exposto: “Em que momento, por que – na verdade – quais são os
interesses, o que estava em jogo quando se criou uma ditadura em torno da
sexualidade – algo normal e natural em todo universo – para controle da massa?” O
questionamento já responde. A intenção realmente, o que estava em jogo, era o
controle da massa. Se não se usa do medo - um tempo atrás – não controla a massa.
Por exemplo, na cultura Védica, a ideia é de que o sexo é o momento de contato com
o sagrado, com Deus, com tudo que há de mais iluminado, de modo que a relação
sexual é um rito, é um ritual religioso – ao pé da letra – é um ritual de religar, é aquele
momento em que o indivíduo se conecta com aquilo que é mais sagrado nele e que o
transcende, liga-o a uma força superior. Se fossemos sempre educados assim não
teríamos tantos desvios em torno do sexo, tantos traumas, tanta dificuldade do
indivíduo se relacionar socialmente mesmo.
Uma coisa simples: é ser um ser social, mas percebemos que muitas dificuldades de
relacionamento social nos indivíduos têm a ver com a opressão sexual nele. Que é uma
opressão cultural, que é algo que ele nasce e já começa ouvir algumas coisas esquisitas
e ele vai crescendo com aquelas ideias esquisitas. E aquela esquisitice toda é negada
pelo próprio corpo, pela própria natureza dele. E aí chega um momento em que a
razão tem que tomar uma posição em tudo isso e poderá gerar mesmo a depressão
comportamental. Entendemos como “depressão comportamental” esses desvios dos
excessos em todos os aspectos, ou seja, a anulação da sexualidade parece um excesso
e um sério problema, o excesso do exercício sexual também, há um excesso de evasão
energética e isso vai trazer prejuízo energético.
Veja bem, esse ser espiritual tem uma estrutura. Recordando: nós somos formados por
sete chakras, esses chakras dão origem aos “sete corpos” – não vamos entrar no
mérito dos sete corpos – é importante entendermos objetivamente o que são os
“chakras” e o que eles representam. Os “chakras” são sete vórtices, sete aberturas que
nós temos, que têm duas abertura sempre na frente e atrás. Os chakras existem para
dar funcionalidade do corpo espiritual, isso é o que alimenta também e faz funcionar o
nosso corpo físico. Veja: não é o nosso corpo físico que tem chakras, é o corpo
espiritual. E o corpo físico sem espírito não é nada, ele é algo que decompõe. A morte
é isso: sai o espírito do corpo, ele desabilita o corpo, desconecta-se do corpo, o corpo
perece. 48 horas ninguém suporta ficar perto daquele corpo se não tiver passado por
um processo químico de preservação.
Desta forma entendemos que o Chakra básico, o Chakra que está na nossa região
genital é o Chakra também da vida, o potencial que faz essa transmissão da nossa
energia sexual, que se concentra nele. Então, por exemplo, quando nós temos uma
relação sexual, esses chakras se fundem naquele momento e há transmissão, essa
conexão é perfeita. Mas nós fazemos essas transmissões numa estrutura emocional
pelo que sentimos, pelo beijo, que é outro potencial conector energético que
transmite energia e recebe do outro. É importante fixar que o sexo é uma forma de
transmissão energética dentro de uma necessidade.
A TRANSMISSÃO ENERGÉTICA
“Os corpos espirituais se fundem na conjunção sexual, por onde flui a essência de um
pelo outro numa imersão intensa de intimidade e expansão da consciência”.
- Rodrigo Queiroz –
Agora, vamos falar da relação sexual propriamente, reforçando que nós, ser espiritual,
animamos esse corpo e esse corpo responde aos estímulos e necessidades do espírito.
Desta forma, quando se diz as seguintes afirmativas: “Ah, é uma coisa do corpo”; “As
pessoas têm seus desvios sexuais que são seus desequilíbrios”; “Isso é devido a uma
educação repressora”; “A carne é fraca”; “São coisas da carne”, devemos compreender
que tudo isso está relacionado com o espírito. A carne é o reflexo do espírito, da alma
do indivíduo e esse espírito está desequilibrado, esse psiquismo está desequilibrado, o
ser emocional está desequilibrado.
A transmissão energética acontece via atividade sexual, mas a atividade sexual não é
de fato o coito exatamente – A atividade sexual é tudo entre duas pessoas que
começam a se relacionar, começam se acarinhar, falar palavras agradáveis uma para
outra, agradar o outro, transmitir um bem querer. É isso, a relação sexual já acontece
aí, ela já está acontecendo. Nós fazemos isso, em todo momento, com pessoas que
não necessariamente temos um contato íntimo, físico. Nós relacionamos assim com
pessoas que queremos bem, pessoas que gostamos nossos familiares, nossos grandes
amigos. Essa transmissão dessa energia potencial, que é a energia sexual, acontece,
por exemplo, via Chakra cardíaco. Quando conversamos com pessoas que gostamos,
pessoas que admiramos, com pessoas que falam coisas boas, quando escutamos coisas
boas, estamos fazendo transmissão energética.
Portanto veja como vai além da ideia do exercício, da atividade sexual como a
entendemos exatamente. A transmissão energética acontece, por um lado, pela nossa
estrutura emocional: Chakra cardíaco - que é aquilo que está atrelado ao que sentimos
e o que pensamos sobre o outro – é outro estágio, é potente, que é de inclusão da
energia no outro, que é a relação sexual como a conhecemos. E aí também cabe
entender que a relação sexual é uma via de positivação ou negativação. E a positivação
acontece quando há equilíbrio e a negativação acontece quando há desequilíbrio.
E quando há equilíbrio e quando há desequilíbrio? Sabemos que isso tem a ver com
um conjunto de fatores, ou seja, o ser que está extremamente desequilibrado
emocionalmente, o ser que está extremamente preocupado com outras coisas, não
está envolvido naquele momento com aquela pessoa, ele não está desconectado com
assuntos ou com situações ruins para ele e leva aquilo para uma relação, provocando
desequilíbrio. É esse tipo de obstrução energética, por influências externas, que um
dos indivíduos está trazendo para aquele momento e poderá ser um fator
desequilibrador.
Então, uma pessoa que realmente está de mal com a vida, está magoada, está
amargurada, está raivosa, enfim, alimentando coisas, distúrbios diversos e leva aquilo
para uma relação, ela joga todo aquele seu desequilíbrio no outro ou vice e versa. Aí,
quando se fala assim: “Ah, mas eu tenho uma necessidade física”, essa necessidade
física poderá ser uma via para potencializar o seu desequilíbrio.
E aí vira um jogo, uma relação sexual com outra pessoa pode quase virar uma bacanal
espiritual que tem um monte de seres ali envolvidos sugando aquelas energias.
Indicamos uma leitura muito interessante para esse tema que é o “Diálogo com o
Executor”, do Rubens Saraceni, que mostra uma situação dessa, incrível, incrível, muito
boa leitura, a narração é perfeita, fica a dica aí: “Diálogo com o Executor”, de Rubens
Saraceni – todos os livros de Rubens Saraceni pela editora Madras.
Para os médiuns entenderem, por exemplo, porque os Guias espirituais orientam para
não ter relação sexual 24 horas antes da atividade mediúnica, é esse o motivo. Por
quê? Porque a entidade espiritual é uma segunda energia, o médium tem a dele e o
outro tem a dele, quando se tem uma relação sexual algumas horas antes do trabalho
mediúnico, do exercício mediúnico, significa que está com uma energia de um terceiro.
E aí o médium vai incorporar, vai ter que trabalhar, vai ter que entender que tem que
estar com a própria energia, a energia mais pura possível.
Não se trata, portanto, como se colocou ao longo dos tempos dentro da Umbanda
como algo pecaminoso, algo que prejudica, não se trata disso. Trata-se apenas de estar
com a energia mais pura possível, legítima para não atrapalhar a conexão mediúnica
com a entidade. Porque, quando está imerso numa energia de outra pessoa, porque
teve uma relação de amor, de muito amor, de muita paixão, não interessa - quanto
mais amor, mais paixão, mais energia – isso, na dinâmica da incorporação, é um
bloqueador, um dificultador, então, essa é a orientação.
Agora, médiuns mais maduros, vão saber com naturalidade quando sente – ele já sabe,
já tem maturidade mediúnica – quando ele pode ou não ter uma relação sexual 24
horas antes ou não de uma atividade mediúnica. Por isso que a regra é geral, a
orientação é geral, porque como muitos indivíduos, a maioria dos indivíduos não sabe
discernir isso daí, então, para facilitar, para não ter prejuízo no trabalho mediúnico se
tem esse tipo de orientação.
O que queremos dizer, o que queremos que entenda de verdade, é que a energia
sexual não está programada para fluir positivamente só para pessoas que namoram,
que têm, socialmente, um compromisso instituído etc. O sexo é a energia sexual, ela
flui bem, positiva, faz bem para os envolvidos quando ela é projetada numa relação de
bem querer e podemos bem querer pessoas que não necessariamente temos um
compromisso desse tipo institucional, compromisso de um namoro, por exemplo. Mas
pode ter vontade e a outra pessoa também ter vontade, querer bem, pois se gostam,
tem amizade, têm carinho. É isso. Porque tem muitas pessoas casadas, tem muita
gente namorando que estão numa situação de fracasso, de ódio entre um e outro,
uma relação doentia de ciúmes e estão tendo relações sexuais extremamente
desequilibradas. O que é importante? O ideal social ou o fato? Então, aqui está a
provocação.
Relação sexual, que é a chave, o gatilho para transmissão sexual energética entre
indivíduos que se querem bem. Então, se estamos num casamento fracassado, num
casamento que não quer a pessoa do lado, fazer sexo é uma dor, é uma coisa chata,
desagradável, cria dores de cabeça o tempo todo. A pessoa que está passando por
uma situação de não perdão, de mágoa, numa relação de extremo ciúme, de uma
relação doentia, de possessão, está recebendo uma energia desequilibrada, essa
relação sexual que tem esse clima é profundamente doentia, é desarmonizadora. Por
isso que se tem relação sexual e não se resolve o problema no casal, o problema de
relacionamento. Enquanto que a energia sexual, quando está tudo harmonizado, é a
mantenedora da harmonia, ela potencializa a harmonia. É diferente de ter um
desentendimento na relação, alguma coisa, isso é natural. E se percebe em relações
harmoniosas em que mesmo o casal quando tem um desentendimento qualquer e se
amam, ao se amarem, ao ter uma relação sexual de amor, as situações se resolvem,
realmente voltam ao ponto de harmonia, porque não estão doentios, não estão
viciados. É num clima de confronte e desajuste que há perda energética.
Portanto a relação sexual deve existir num clima em que há o bem querer, em que há
o carinho. Por isso que numa situação de estupro, por exemplo, é altamente doentia, é
altamente desajustador – há pessoas que passam por isso e a vítima fica muito
desajustada, porque até trabalhar a harmonia psicológica, emocional daquilo que
vivenciou, a energia sexual do indivíduo também está degringolada, por quê? Aquele
violentador tinha em potencial essa energia completamente invertida, negativada e
que despeja no outro, isso é muito cruel. Realmente uma situação de estupro é muito
cruel. A relação sexual, voltamos a dizer, em climas de descompromisso – veja bem o
que é descompromisso: de apenas de possessão sexual do outro, de farra, de orgia - é,
realmente uma energia sexual doente, pois tem uma energia sexual comprometida e
que vai trazer prejuízo. Isso em repetições, isso continuadamente, isso em longo prazo
gera doenças físicas de fato, gera um prejuízo psicológico individual, um esgotamento
emocional no indivíduo, psíquico do indivíduo. Isso as pessoas normalmente
percebem, quando eles estão na farra, realmente na brincadeira está tudo uma delícia,
porque o estímulo sexual por si só é delicioso.
A ideia de prazer confundida, às vezes, com tesão, com excitação, com euforia sexual
(isso tudo é delicioso), mas se está num clima apenas carnal, é doentio, está tudo
desarranjado, pois esse momento vai passar. E aquele momento repetindo-se,
repetindo-se, repetindo-se gera um acúmulo de uma substância, uma energia
completamente comprometida e negativada. Portanto vai refletir isso fisicamente,
psicologicamente, emocionalmente no indivíduo de uma maneira devastadora
também. Aqui nós entendemos, procuramos entender que a relação sexual é algo
super natural, super normal que ela deve ser exercida com atenção de que se está
realmente envolvido com o outro, com aquele momento, com a vontade de transmitir
o que se tem de melhor para o outro e receber do outro o que há de melhor. E que há
que se observar com atenção os excessos - e quando dizemos “excesso”, estamos
falando da relação desequilibrada, desentendida, descomprometida da energia sexual
colocada assim numa situação qualquer.
A mesma coisa poderíamos aqui fazer um paralelo com a questão com entorpecentes
que sabemos que é um tipo de substância que desencadeia um desequilíbrio vibratório
no indivíduo e só traz prejuízo.
A importância de estar com a mente aberta para receber o novo, fazer reflexões, não
se faz nenhum tipo de investigação em torno de conhecimento qualquer com travas,
com amarras, com tampa em cima do copo ou coisa parecida. E nós viemos
entendendo o ser espiritual e a relação sexual como uma transmissão energética, a
oportunidade do indivíduo se conectar com a sua essência, com a sua intimidade, sua
interioridade e que isso faz parte, integra-o com ele mesmo, com o sagrado nele, com
o universo propriamente.
MASTURBAÇÃO
“Não despreze a masturbação – é fazer sexo com a pessoa que mais ama”.
Woody Allen
Um casal que não conversa sobre as suas próprias necessidades, sua própria
sexualidade e não interage nesse sentido já deixa alguns problemas instituídos. Mas,
enfim, a masturbação, ao longo do tempo, ficou uma coisa também bem bizarra, tem
aqueles que acham que cresce pelo na mão, por exemplo, na palma da mão, há todo
tipo de brincadeira em torno da ideia de masturbação. Há aqueles que dizem que
ficam realmente doentes, que o sangue desce, a pessoa pode morrer na hora que está
ali se masturbando. A masturbação, não se sabe quando se iniciou, é antropológico, é
algo que podemos dizer que existe desde sempre, desde que o homem se entende no
mundo vai ter isso na vida dele. E, quando surge um novo período na humanidade, que
é um período em que os dogmas religiosos interferem nas decisões do homem, na sua
forma de agir, de pensar – o problema é quando as proibições e as ideias religiosas
alteram o processo como o indivíduo pensa sobre si, como ele se entende no mundo –
o processo histórico vai mudar tudo isso.
Agora, a dúvida cruel de fato é o que a masturbação tem a ver com a mediunidade?
Com o ser espiritual? Tem alguma coisa a ver? Tem tudo a ver. Tudo é uno. Nessa
situação, a masturbação é uma ferramenta, é uma possibilidade de equilíbrio ou
desequilíbrio e aí é o indivíduo que tem que saber qual o limite das coisas na vida dele.
Por exemplo, se um indivíduo que não tem uma parceira, um parceiro, não tem uma
vida sexual de parceria ativa, enfim, pelo motivo que for, o que cabe a ele é
justamente no caso a masturbação. Por que estamos falando isso? Porque a opressão
dessa energia, a repressão dessa energia, o adormecimento dessa energia, se não tiver
com muito exercício muito bem feito, isso pode gerar desarranjos. Essa energia sexual
é o tipo de energia que precisa estar em movimento. Ela se manifesta em nós de
várias maneiras e uma das maneiras, em alguns momentos dela, é exatamente nas
necessidades propriamente dita, na excitação, no tesão, no estímulo, que podemos
chamar pontualmente a energia sexual em “ebulição”. Mas ela, como já foi dito,
manifesta-se em comportamento, manifesta-se em sentimentos, manifesta-se em
criatividade, em várias outras coisas que nós somos. Se não formos treinados, muito
bem treinados para canalizar essa energia sexual, que se concentra em alguns
momentos em nossos órgãos sexuais, nossas genitálias e que precisa ser estimulada e
trabalhada, vamos ter um desarranjo. E aí o que ocorre, se não temos atividade sexual,
em alguns momentos, oprimimos por concepções qualquer, podemos gerar um
desarranjo vibratório, um desarranjo energético. Portanto o boicote dessa energia cria
um desajuste, essa é a questão a ser compreendida. Quando se vê isso com
naturalidade, com normalidade, tudo fica em equilíbrio, por isso é importante saber
como canalizar isso positivamente. Se por um lado é biológico, a masturbação ou a
oportunidade de autoconhecimento sexual também, por outro lado é a oportunidade
de agitação, de movimentação, de potencialização dessa energia sexual, mas
precisamos saber o que estamos fazendo, por exemplo, sempre perguntam: “Mas, é
possível atingir uma outra pessoa com essa energia se masturbando?”, quando se
masturba, projetando também a intenção em alguém, se esse alguém é recíproco, ele
recebe essa conexão energética e alguma coisa se estabelece ali. Se não é recíproco, se
a pessoa não está nem aí, o homem, por exemplo, que precisa de estímulos visuais,
está se valendo ali de uma revista, alguma coisa, aquela personagem que está ali nas
fotos não é atingida por aquela energia. Mas quando já tem uma relação emocional
com alguém e está se masturbando projetando essa energia para alguém poderá
acontecer a conexão energética e aí pode se estabelecer uma troca sadia, se não for
sadia a relação e houver a conexão vai ser uma troca doentia naturalmente.
“A sede real do sexo não se acha, dessa maneira, no veículo físico, mas sim na entidade
espiritual, em sua estrutura complexa”.
André Luíz
A natureza do ser sofreu alguns equívocos no último século quando se fala que o ser
espiritual é “assexuado”, que, na verdade, o sexo está no corpo, assim sendo, se
estamos habitando um corpo masculino, somos “homenzinho” e aí podemos vir na
vida que vem, na próxima vida ou na anterior como um corpo feminino e aí somos
“mulherzinha”. E isso é um conflito na verdade, é um erro. Quem colocou isso no
último século com muita naturalidade foi o “Espiritismo” que se pegarmos a gama da
literatura Espírita, veremos muitas narrações, muitos romances, por exemplo, falando
de reencarnes e cada vida num sexo diferente, numa sexualidade diferente.
Mas como isso se processa? Como que isso é possível? E aí vamos nos apoiar, por
exemplo, na obra de André Luiz - como no texto de apoio – tem em três livros ele cita
que não é assim que funciona, resumindo, ele diz com clareza que a natureza do
indivíduo está na alma dele, que vai além do corpo e isso determina como ele
reencarna. Então, quando um espírito tem uma natureza específica, ele só encarna
numa natureza diferente ou num corpo de uma natureza diferente por motivos
pontuais e é o que nós vamos falar já. Como o branco aceita o preto, ou seja, no papel
escreve, ele não tem preconceito, ele aceita o que quiser escrever nele, é que surgem
teorias equivocadas. Podemos parecer radical falando assim, mas precisamos ter um
norte e aí, na Ciência Divina trazida pelo Rubens Saraceni através do Pai Benedito de
Aruanda, no estudo da “Gênese do Ser” isso se reforça e aí percebemos a verdade,
percebemos a ideia da verdade em se tratando da natureza do ser.
Portanto, quando Deus nos idealizou, aquele “sucrilhos” inerte, sem natureza
nenhuma ainda, sai Dele e é atraído pelas Divindades Fatorais ou Plano Fatoral, que é
onda, as coisas vão começar a acontecer no processo de criação na escala industrial
divina, o que se sabe é que nós já saímos com a natureza humana e aí vai ter a
divindade masculina e feminina, positivo e negativo que vão atrair esse novo ser a ser
criado da ideia divina. E lá não é dito, não foi revelado como é o processo da gestão de
natalidade das naturezas, mas o que se sabe é que um vai ser recessivo e outro vai ser
dominante, numa linguagem religiosa - para ficar claro, para nós, outras questões
particulares da religião – é aí que é determinado o Orixá Ancestral da pessoa, aquela
Divindade Ancestre que está ligado a nós desde que fomos criado é o Orixá Ancestral,
é o que determina a natureza. Se o dominante foi o Orixá masculino, a natureza é
masculina, se o dominante foi o Orixá feminino a natureza é feminina. Logo não
existem três, quatro ou cinco naturezas, existem duas naturezas, que a natureza vai
além da sexualidade, mas para ficar mais palpável, a natureza sexual é masculino ou
feminino.
No Plano Divino, não tem outra natureza, tudo no universo é bipolar, positivo e
negativo, masculino e feminino, radiante e absorvente, é aí que determina a natureza
do indivíduo. Portanto, se o indivíduo é masculino, vai se desenvolver por toda a sua
eternidade com a sua natureza – tem muitas peculiaridades aí no processo – mas vai
ser um ser masculino e se for feminino vai ser um ser feminino. Então, na sua primeira
encarnação e em todas as suas encarnações, a maioria das suas encarnações, serão da
sua natureza. E, ao dizer isso, sabemos que parece ser um escândalo, principalmente
para quem já vem de uma ideia de que o espírito não tem sexo e de que, se o espírito
não tem sexo, pode reencarnar qualquer hora de um jeito diferente.
Colocamos dois pontos, duas autorias espirituais, que são de respeito para nós, que
fala que “Não, há uma natureza específica isso é respeitado”. E André Luís, por
exemplo, fala com clareza que se numa encarnação causou muito transtorno como
sexo oposto, uma mulher devassa que levou homens a processos perigosos e se
comprometeu negativamente com o sexo oposto é isso que, por exemplo, que poderá
determinar uma encarnação em corpo contrário, então a mulher nasce num corpo
masculino, ela está numa roupa estranha, àquela roupa não pertence a ela. E aí que
isso vai gerar, por exemplo, o fenômeno da “homossexualidade” –
Desta forma que fique claro que desde a nossa geração, quando Deus nos gerou
individualmente e as Divindades responsáveis nos abrigou e criou a nossa natureza,
instituiu a nossa hereditariedade, nos deu DNA divino, nos preparou com a genética
divina, lá teve: um dominante e um recessivo. E o dominante é o que determina a
natureza, minha natureza sexual, ou seja, masculino ou feminino e a minha natureza é,
em várias questões: as minhas inclinações, as minhas habilidades, as minhas
dificuldades, então, tudo isso está no nosso código genético divino. E o processo
evolutivo é ajustar tudo isso, é desdobrar tudo isso em potencial e aquilo que são
limitações, são dificuldades serem superadas, serem ajustadas, então resume nisso
daí.
Portanto entendemos que nós temos uma natureza, essa natureza é intrínseca, ela não
muda. Existe agora por orientação da espiritualidade duas questões básicas que
determina o indivíduo reencarnar em corpo contrário a sua natureza.
HOMOSSEXUALIDADE
“O Ser tem uma natureza original, masculina ou feminina, fundamentado em seu “DNA
Divino” e jamais se altera”.
Rodrigo Queiroz
Era um orgulho para os pais quando o seu filho era escolhido - filho: menino – era
escolhido pelo poderoso a ser iniciado sexualmente e depilava o garoto inteiro para ir
fazer iniciação sexual, era cultura. Então, não estamos falando se isso é certo ou
errado, estamos falando que era uma “cultura” e que os tempos mudaram. E que por
uma manipulação Católica no processo de castração da humanidade, castração da
sexualidade humana é que a Igreja criou um monte de tabu, um monte de
engessamento. Assim sendo, estamos falando assim: que Grécia antiga é 2.500 anos
atrás, para trás ainda, isso significa que o homossexual, o indivíduo encarnado como
homossexual existe desde sempre, parece que é desde sempre. No mínimo, temos
registro que há mais de 2.500 anos já existiam homossexuais, um relacionamento
normal em relação a isso. Não é algo da sociedade moderna como alguns Sociólogos,
Sexólogos querem dizer, não é verdade, existe há milênios. E por que então? Porque
tem que ter um fio da meada, tem que ter um ponto da trajetória humana que
determina isso, que justifica isso daí. Porque, se o indivíduo só existe na sua natureza
masculina ou feminina, o que é o homossexual?
Nós temos que separar uma coisa: homossexual não é modo, como acontece hoje em
dia, em muitos ambientes, parece que é um modismo. Ninguém consegue ser
homossexual por modismo, por influência, ninguém influencia ninguém a ser de uma
natureza diferente do que é. Ninguém consegue influenciar ninguém para ser um
cachorro, influenciar para ser uma zebra. Logo ninguém influencia ninguém que tem a
sua sexualidade específica a ser diferente. Podemos influenciar alguém a ter uma
experiência sexual diferente, ou seja, um hétero (heterossexual) ter uma relação
sexual no momento, isso aí é outro departamento e não é isso que nós estamos
discutindo agora. Nós estamos discutindo é: o indivíduo que nasce homossexual.
Portanto, “o homossexual ele nasce homossexual”. Mas ele vem assim lá do plano
espiritual? Ele é assim, ele vai desencarnar e continuar homossexual? Então, é tão
verdadeira essa orientação de que a natureza é ou “positiva ou negativa”, ou
“masculina ou feminina” que o homossexual não é um terceiro. Homossexual
feminino gosta de mulheres, então tem uma “natureza masculina”. E o homossexual
masculino gosta de homens, sente atração, desejo, apaixona-se, ama homens, então
isso é uma “natureza feminina”.
E aí tem aqueles trejeitos todos, às vezes, alguns mais eufóricos do que o outro, mas,
quando vemos na rua sabemos: é “gay”. Embora esteja vestido, hoje tem uma moda
específica, tem uma roupa específica, antes eles tinham que se vestir com roupa de
homem, hoje tem a roupa específica que não é nem masculina, não é nem feminina, é
para o “gay”. E aí esse já é aquele indivíduo que faz questão, ele quer mostrar que é
“gay”, ele não quer viver na sombra, também não quer ser mulher, não quer se
modificar. Ele não é o homossexual brando, é o homossexual muito assumido, está
muito harmonizado com isso também e vai fazer parte, parece que isso se divide meio
em “clãs”, de um grupo muito específico. E depois vamos ver aqueles espíritos que são
muito incomodados, não aceitam, não olham para o corpo, incomodam-se, sofrem,
deve ser muito, há de ser muito doloroso.
Por exemplo, na nossa cultura, homem não veste saia, é como acordasse de repente
um dia e o seu armário só tivesse saia. E tem que sair na rua com aquela saia e todo
mundo vai olhar, e se sente muito incomodado, porque nasce, cresce, chega na
adolescência e começa a descobrir que gosta de pessoas do mesmo sexo – olha que
dificuldade – e a sociedade não aceita isso, ainda hoje não aceita. Todo mundo finge,
finge “Ah eu não tenho preconceito desde que meu filho não seja homossexual está
tudo certo. Eu amo os homossexuais”, “Mas se meu filho for/ minha filha for eu não
sei como lidar”, essa é a verdade que se vê na maioria das famílias, então deve ser
muito difícil, pois há uma atmosfera de cobrança desde pequeno “Ah o namoradinho/
a namoradinha”, não se fala diferente disso, não sei se deve se modificar isso, mas eles
ainda não sabem direito o que virá.
Imagina começar a descobrir que gosta do mesmo sexo, gosta dos iguais e aí tem todo
o boicote, todo o “bullying”, tem todo um sofrimento. Então, aí cresce e começa a se
entender, aí começa a despertar a sexualidade – começa se descobrir, começa a sentir
coisas, e aí começa a se socializar e começa também se olhar “Puxa, eu não gosto
desse corpo. Corpo masculino é um incômodo, rasga minha alma”. É a sensação mais
clara do espírito no corpo contrário, não é dele, mas não tem como fugir. E aí o que vai
acontecer? Ele vai se travestir, ele começa no processo de vestir roupas de mulher,
como se maquiar, por exemplo, é o processo do “travesti”. Por quê? Já é uma não
aceitação, se incomoda, sofre de se olhar no espelho e vê aquele corpo masculino,
esse é um exemplo que estamos usando. E aí vai buscar formas, se há possibilidades,
coloca peitos, modifica e vai, vai, vai que aí é o “transexual”. O “trans” – agora parece
que mudou o termo não é “transexual”, é “transmulher” e “transhomem” – aquele
que transferiu a sua sexualidade, o seu corpo. Quem tem mais possibilidades
econômicas e faz essa modificação no corpo, por quê? Para se harmonizar, para
conviver em harmonia, para se olhar e se gostar. Deve ser muito difícil para um
homossexual muito afeminado estar naquele corpo e ver barba, é sofrível, é muito
difícil para esse indivíduo que está com uma memória muito viva da sua natureza de
fato, sua feminilidade se ver assim numa situação aberrante que é o corpo contrário à
sua natureza, é uma aberração para esse indivíduo. Assim, ele vai se retalhar, ele vai se
modificar pra harmonizar-se emocionalmente, psicologicamente.
Para compreender que é o homossexual brando, ou seja, aquele que vive em harmonia
com o fato de ser homem em tudo, mas gostar de homens. Ele de fato é mulher, aí
que está: o espírito é feminino, a alma que habita aquele corpo é feminino. No caso do
homossexual feminino é a mesma coisa: é um homem que habita aquele corpo
feminino, é um ser masculino. Com essas reflexões postas, falaremos do conflito
energético que existe na relação sexual que poderá acontecer no âmbito homossexual
“Casais homoafetivos energeticamente equilibrados são na prática formados por
espíritos héteros que ultrapassaram as barreiras do corpo e se identificaram na alma”.
- Rodrigo Queiroz –
Agora, o “Tantrismo”, o Tantrismo prega que nunca sexos opostos podem se acasalar,
que isso cria uma desarmonia energética profunda, doentia que pode levar a loucura –
o “Tantrismo” tem no material de apoio informações sobre o “Tantrismo”, o que é o
“Tantrismo” – que é uma cultura Védica, uma cultura Indiana da sexualidade, é uma
área da cultura Indiana que prioriza a reflexão da sexualidade como algo sagrado,
enfim.
Então, não é mudar, mudar a natureza, é o espírito masculino que conseguiu ver e se
envolver com o espírito feminino que habita aquele corpo masculino. É de uma
sutileza, de uma coragem, de uma sensibilidade isso que é admirável. Então, o que
observamos é que na relação harmônica homossexual o que acontece de fato
espiritualmente é que está sempre havendo uma relação entre um indivíduo hétero,
ou seja, um indivíduo é legítimo com a sua natureza e seu corpo e o outro que é o
homossexual de fato o espírito no corpo contrário se relacionam e aí o sexo dos dois é
harmônico. A espiritualidade explica que quando há fusão que é através da atividade
sexual, há fusão da mesma natureza: masculino com masculino, feminino com
feminino, natureza de fato, que é difícil saber se é mesmo, então poderá ser
desarmônico. Não é uma vez ou outra, “Nossa vai acabar com todo energia da pessoa,
a pessoa vai degringolar?” Não. Mas isso numa rotina, se envolver por muito tempo,
poderá trazer desarranjo energético, um desajuste vibratório, uma descompensação
energética, por quê? Porque o ato sexual – como já foi dito – é a transmissão de
energia, é o positivo e negativo que se potencializam ali e um transmite para o outro,
se contagia com aquele magnetismo que é despertado, a energia sexual é despertada
através da atividade sexual, por exemplo.
Agora, o que cabe é entender, nós entendemos o espírito em corpo contrário, mas o
que é que motiva? O que leva o espírito a encarnar no corpo contrário? Essa é a
orientação que os espíritos trazem, e ainda tem muito o quê se discutir também, que é
o seguinte, quando um espírito se desarmoniza demais, se compromete demais em
relação ao sexo contrário – falamos da mulher devassa que leva os homens a loucura
– podemos falar do homem que abusa de mulheres, que também leva mulheres a
loucura e cria caos – estamos falando de algo caótico, não estamos falando de “Ah
você se relaciona com uma pessoa e fez ela sofrer”. Isso nós fazemos, querendo ou
não querendo acontece.
As pessoas sofrem, porque querem sofrer e de repente não é culpa sua, mas não é
isso – estamos falando de um comportamento, de um desvio mesmo que faz a pessoa
se desarmonizar com o sexo oposto. Poderá, como uma determinação da lei divina, o
indivíduo vir naquele corpo contrário para poder viver algumas questões daquela
realidade e também se lapidar.
E nesse sentido vem aquela reflexão: “Então, não seria correto que o espírito que
nasce no corpo contrário, aceitasse aquilo?”, “O transexual é um erro, por que ele está
fugindo daquela punição?”. Será que é um erro? O que há? Como é se harmonizar
então, com essa punição? Não há nenhuma orientação ainda da espiritualidade “Ah o
transexual é um erro porque ele está “fugindo da raia””, ou “Aquele heterossexual que
mantém todo o seu arquétipo natural do corpo intacto, mas tem a sua vida
homossexual de fato, porque não tem como mudar isso que está mais correto”, acho
que não cabe aqui falarmos o que está correto e o que não está correto, cabe aqui
entendermos o que leva essa realidade, a existir tudo isso. Porque o que vale mesmo
não é ser hétero/ homo/ trans ou qualquer outra coisa, o que cabe no processo da
evolução é se harmonizar, é viver em harmonia com o seu meio, é se aperfeiçoar em
coisas que vão além da sexualidade, é se lapidar, é estar de bem, fazer o melhor
possível onde vive, o meio onde você vive, as pessoas com quem convive, é ser
honesto, é ser íntegro, é ser digno, é isso que conta.
Se no passado criou problemas, desarmonizou e veio num corpo contrário isso não
vem ao caso agora. Aqui é o momento presente/ futuro que tem que pensar; ficar
preso no passado com a ideia de passado não leva a lugar nenhum. Só vai se
desenvolver, se for o melhor que pode ser aqui com dignidade, com verdade, a sua
verdade. Se é homossexual seja verdadeiro em relação a isso, não sofra com isso, se
harmonize, busque um meio de se harmonizar com isso e viva o bem e faça o bem por
onde você passar. É isso, é isso que faz a pessoa se livrar, se libertar das amarras que a
encarnação traz.
“Quando duas pessoas fazem amor, não estão apenas fazendo amor, estão dando
corda no relógio do mundo”.
- Mário Quintana –
Agora vamos falar sobre “Amor, Sexo e Iluminação” que é um trocadilho com “Sexo,
Droga e Rock’n Roll”.
A sexualidade deve ser exercida até a morte, não tem idade para parar, ela deve ser
sempre. Há relatos de pessoas que no auge dos seus oitenta anos tem a sua vida
sexual ativa com qualidade. Imaginamos que quanto mais nós amadurecemos, isso
amadurece também. O adolescente começa a se envolver sexualmente, está muito
preso à questão física, não entende dessas coisas, nem quer entender, ele só quer
saber da excitação, da euforia, daquela delícia que é fazer sexo, está tudo certo
também.
A energia sexual não pode ser um chafariz, estar sendo jorrada o tempo todo por aí,
porque essa energia, quando ela é resguardada, potencializa-se também, então, nós
precisamos saber canalizar. De todas as coisas, a energia sexual precisa ser trabalhada,
precisa ser harmonizada, nós precisamos sentir em nós a forma como nós estamos
lidando com ela para potencializar em nós. E ela ser sempre usada como uma
“benesse”, como uma força que há em nós, que está dentro de nós, que vem de Deus,
vem da luz divina e que serve como uma potencialização essa energia.
A energia sexual no ser humano é uma energia vital, não é dos órgãos genitais. É a
energia espiritual que se assenta no Chakra básico e quando ele é burilado, ele é
ativado, ele é excitado, ele se espalha pelo nosso organismo, pelo nosso corpo. A
“Kundaline” – também da teoria Indiana – é a serpente ígnea que é alimentada pela
energia sexual e ela é a explosão. Quando se está muito bem relacionado com essa
energia e consegue conscientemente alinhar todas as energias com ela e trazê-la à
tona, para tomar conta do seu organismo espiritual, é a iluminação. Não é fácil, não é
simples e não vem ao caso. É só para adiantar algumas perguntas: O que é a
Kundaline? Kundaline é a energia sexual, trabalhada de uma forma consciente, sendo
ativada e conduzida de uma forma consciente, programada, ela é a nossa energia
sexual.
Sim, falar sobre natureza e orientação sexual já não é mais um tabu, algo que não
possa ser discutido entre nós, precisamos sim esclarecer algumas questões, que são
debatidas e convividas todos os dias.
Não cabe mais nos dias de hoje um preconceito quanto à orientação sexual de cada
um. Os mentores de Umbanda conhecem a fundo as questões da natureza sexual e
instintos naturais do ser humano, desconhecidos no meio dos cultos "dogmáticos -
intolerantes” ignorantes da genealogia espiritual e da psicologia humana, que estuda
mais a fundo o comportamento do homem e suas causas no mundo material.
Ouviremos ainda os inquisidores de ontem, hoje reencarnados, dizerem que isso, a
liberdade de orientação sexual, é coisa do "tinhoso", "do demo", "do capeta",
esquecendo que luz e trevas estão em nossa mente e na maneira como lidamos com
nosso semelhante, com Amor ou Desamor.
Ao que sabemos Jesus não condenava as pessoas, indo inclusive contra a lei segundo o
velho testamento, "quem nunca pecou que atire a primeira pedra", mas, antes os
compreendia e auxiliava.
O que não pode haver é uma marginalização religiosa que pode até vir a alimentar um
futuro desequilíbrio.
Orientação sexual não é crime, o que tem de ser evitado é o vício no sétimo sentido da
vida, um dos mais sublimes pelo qual o criador nos deu o dom de gerar, vida e
energias. E ter este sentido viciado nada tem a ver com a orientação, portanto,
independente dela, deve haver respeito da comunidade para com o indivíduo e do
indivíduo para com a comunidade, sempre levando em conta o bom senso e a moral
de cada um.
Falamos assim porque nosso intuito é esclarecer a comunidade sem abrir brechas para
comportamentos desrespeitosos. Existem hoje muitas denúncias de comportamentos
que chegam ao absurdo do atentado ao pudor, e este sim deve ser tratado com o rigor
da lei e sempre denunciado, pois nada tem a ver com religião. O que já não implica em
orientação sexual ou natureza espiritual acontece todos os dias, e os oportunistas de
plantão se servem de nossa religião e de nossas falhas em apresentá-la à sociedade
para cometerem crimes em nossos nomes, aqui voltamos àquele nosso chavão: ISTO
NÃO É UMBANDA!
Quanto à natureza do ser, não há nada pior que usar o Orixá ou o guia como bode
expiatório para justificar seu comportamento. Por exemplo, Logunedé, filho de Oxóssi
com Oxum, é visto por nós na Umbanda como um intermediário entre estes dois
orixás, portanto, fruto desse "entrecruzamento", o que podemos chamar de um Oxóssi
do Amor, natureza vegetal masculina, voltada ao campo do Amor. Oxumaré fazendo
par com Oxum, na Segunda linha de Umbanda, é o renovador no campo amoroso,
amparando aqueles que têm frustrações nesse sentido, trazendo mais cores e alegria a
suas vidas. Ambos são Orixás masculinos todos os meses do ano. E mesmo que não
fossem, nada tem a ver com o comportamento do médium, assim como uma mulher
não se torna masculinizada por incorporar um guia ou Orixá masculino, o homem
também não se torna afeminado por incorporar guia ou Orixá feminino. O que existe é
um preconceito social e desconforto individual do médium incorporante, que também
não deve ser exposto em uma situação que o deixe constrangido, guias vêm para
trabalhar e não para chamar atenção, pois assistência não é plateia. Homens podem
ter como Orixá de frente uma Mãe Orixá e mulheres podem Ter um Pai Orixá de frente
que em nada desequilibra seu comportamento, nem influencia em suas opções.
Confira esta mesma afirmação, sobre nossa natureza masculina ou feminina, nas obras
de Chico Xavier por André Luiz:
No livro "Evolução em dois Mundos" - Pg.141 - Origem do Instinto Sexual:
- Todas as nossas referências a semelhantes peças do trabalho biológico, nos reinos da
Natureza, objetivam simplesmente demonstrar que, além da trama de recursos
somáticos, a alma guarda sua individualidade sexual intrínseca (intocável), a definir-se
na feminilidade ou na masculinidade, conforme os característicos acentuadamente
passivos ou claramente ativos que lhe sejam próprios.
A sede real do sexo não se acha, dessa maneira, no veiculo físico (corpo físico), mas
sim na entidade espiritual (espírito), em sua estrutura complexa.
Vale ressaltar que um ser masculino na maioria das vezes terá encarnações masculinas
o mesmo vale para o ser feminino.
Confira no livro "Ação e Reação" – Chico Xavier – André Luiz, Pg.209:
Mais uma elucidação sobre as encarnações. Muito bem, fica claro então que em
ocasiões de extrema importância é que o espírito encarna em corpo diferente de sua
natureza e, neste caso, o espírito se prepara por muito tempo para esta missão, onde
ele viverá em corpo diferente de sua natureza. Por expiação, portanto dolorosa, ou por
missão, em alto grau evolutivo e abnegado. O que explica alguns casos que a psicologia
e a sociologia vêm estudando como comportamento humano e que para a maioria de
nós se resume em "opções", que nem sempre são escolhas, mas apenas o
cumprimento de uma natureza "lotada" na matéria.
Não cabe a nós ditar normas, apenas respeitar e esperar o mesmo respeito em âmbito
social e mais especificamente no religioso.
No campo das energias, a mulher tem um tipo de energia e o homem outro tipo, é
naturalmente necessário à troca energética, para equilíbrio. Por isso as relações vão
além do procriar, cumprem um papel no equilibrar, e isto está ligado à natureza e ao
corpo que carregamos. O importante é o sentimento de carinho e amor, para que a
energia flua. Por isso não se deve se relacionar só por necessidades fisiológicas.
Peço aos pais e mães que observem desde a infância a natureza e os valores
espirituais, sempre os aplicando com ética, bom senso e principalmente Amor.
UMBANDA E SEXUALIDADE I
Por Alexandre Cumino
“Um amigo meu disse que só não frequentava a Umbanda porque ele via que "todo
pai-de-santo era gay". Longe de concordar ou discordar, pergunto: Se a alma tem uma
qualidade masculina ou feminina? Que explicação a Umbanda dá à homossexualidade
/ homoafetividade / transexualidade? A umbanda acredita na possibilidade de um ser
dual, como uma gradação entre estes dois pólos?”
Alguns espíritos têm uma natureza masculina e estão em corpos femininos, outros tem
natureza feminina em corpos masculinos. Não existe um ser “dual” em sua natureza
ancestral. Há, sim, pessoas que independente de sua natureza se atraem, se
relacionam, trocam carinho e amor com pessoas de ambas as naturezas e sexos.
Assim, podemos verificar que há: mulheres com natureza masculina e homens com
natureza feminina.
Muitos amam e querem trocar amor, carinho e convivência com outras pessoas,
independente do sexo ou de sua natureza. Quanto aos rótulos de homossexual,
homoafetivo, heterossexual, transexual e outros são apenas títulos utilizados na
tentativa de classificar o comportamento humano. Para a Umbanda, o que importa é o
amor, o sentimento, o carinho, a afetividade, a convivência e, claro, o respeito.
O vício sexual, a obsessão e o desequilíbrio em nada têm a ver com a natureza ou o
sexo, mas sim com a promiscuidade, a vulgaridade, a banalização do sexo e a falta de
amor nas relações.
Antinatural é a falta de amor e de respeito que deve haver entre duas pessoas se
relacionando.
Quantas mulheres foram agredidas por homens em que confiavam e que deviam lhes
dar amor, como seu pai, seu marido, seu irmão e etc.? Quantos homens foram
agredidos, em seus sentimentos, pelas mulheres que confiavam para dar e receber
amor? Quantos casais, homem X mulher, vivem debaixo de um mesmo teto sob a
agressão e a mentira? Quantos homens ou mulheres são assexuados e isentos de afeto
com suas companheiras(os) e buscam fora do casamento outros tipos de relação
desequilibrada, justamente por estar oculta na mentira e reprimida em sua imagem
social? Algumas situações como estas criam traumas e bloqueios emocionais em seres
humanos que continuam precisando de amor e carinho. Sem verdade e dando vasão a
uma sexualidade reprimida de forma escondida, seja homo ou hetero, cria-se uma
separação dentro do ser e isto, sim, é um desequilíbrio, isto, sim, é a porta para o vício
e a agressão.
Precisamos de mais educação e menos repressão, mas não apenas educação sexual e,
sim, educação afetiva. Deveríamos aprender em casa como tratar com carinho quem a
gente ama, aprender que sexo é amor, aprender a trocar energia de forma saudável. A
repressão sexual é a grande responsável pela pornografia agressiva e desequilibrada,
que predominou nas salas escondidas dentro das locadoras de vídeo, tão cobiçadas
por adolescentes que nada sabiam sobre o assunto e que acreditavam estar
aprendendo algo com aquilo.
O que é a melhor coisa do mundo?
A melhor coisa do mundo é a verdade! Melhor viver sua verdade, seja ela qual for, que
viver uma mentira social. O peso do preconceito na sociedade cria uma sombra pesada
para todos que não se encaixam dentro do modelo predominante. Todo aquele que
reprime algo no seu semelhante tem estas mesmas qualidades reprimidas dentro de
seu ser, e deste conflito interno vem o medo, quase inconsciente, de ser descoberto
em sua intimidade oculta e a vontade de agredir o outro como fruto deste medo.
O que é bom e faz bem ao ser humano é amar e ser amado de uma forma saudável.
Onde, como e com quem é da conta, apenas, de quem está amando, e ninguém, além
de você mesmo, pode saber onde encontrar este amor. Todos são livres para trocar
carinho e afetividade, que faz bem para a saúde emocional, psicológica, hormonal e
afetiva. O amor não tem sexo, a alma tem uma natureza, mas somos todos livres para
trocarmos amor com quem queiramos.
UMBANDA E SEXUALIDADE II
Por Marina B. Nagel Cumino
Falar de sexo e sexualidade é sempre polêmico. Sexo é algo sagrado se feito por amor
e com amor. Talvez aí esteja o problema, pois a troca de energias por meio do sétimo
sentido foi, por muitos, banalizada e, por outros, dessensibilizada. Como assim?
Nos últimos anos, ir pra cama com alguém passou a representar, principalmente entre
os jovens, o mesmo que um simples beijo representava anos antes; se tornou algo
corriqueiro, sem profundidade, sem sentimento, sem importância. Tocar e ser tocado,
sentir prazer, abrir seu campo energético num êxtase, deixou de ser algo único e
especial, para ser apenas “mais uma trepada”.
Desculpem-me as palavras, mas só tento reproduzir o termo usado coloquialmente em
nossa sociedade.
Esse é o lado da banalização sexual. Mas por outro, vemos dentro da própria
instituição “casamento”, uma dessensibilização da troca energética e do ato de amor.
A traição sempre existiu, mas parece estar cada vez mais comum. Parceiros
completamente indiferentes às necessidades e interesses da mulher brotam como
erva daninha num terreno abandonado. Para que saber se a mulher está realmente
tendo prazer? Para que preliminares, carinhos, beijos, olhares? Pra quê? “O que
importa não são os finalmentes?”, dizem muitos. NÃO! Sexo sem carinho não passa de
atividade e física, ou de pura satisfação dos sentidos.
O Amor é um dos sete sentidos da vida. Quando vivenciamos um ato de amor pleno,
dois se transformam em um, os campos se unem, se misturam, expandindo nossa
capacidade de sentir e de ser. Gastamos energia, mas nos tornamos seres mais felizes,
mais inteiros.
Na Umbanda, é conhecido o preceito de não fazer sexo no dia do trabalho mediúnico.
Assim como, em casos especiais, abster-se da troca amorosa por mais tempo, até uma
semana ou mais. O principal motivo é a perda energética e a recepção de energias do
parceiro, nem sempre saudáveis, ou com um grande acúmulo negativo. Outra razão é
o estado mental e emocional do médium, que ao invés de estar focado no trabalho
que irá ocorrer, vibrando caridade, desapego, entrega, passa a vibrar desejo, lascívia,
posse, agitação, com o pensamento fixo “naquilo”, quando deveria ter a mente limpa e
calma.
Uma pessoa que não tem respeito por si mesma, não consegue alcançar o equilíbrio
energético necessário para uma boa incorporação.
Vemos jovens e adultos aceitando situações absurdas, transando com vários parceiros
por semana, se não por noite, sem qualquer envolvimento ou carinho e achando isso
saudável. Vemos seres que são verdadeiros vampiros energéticos grudados em
pessoas viciadas em sexo. Vemos grossos cordões negros ligando-as aos planos
energéticos negativos. Vemos perispíritos carregados de miasmas, larvas e
deformações. Para essas pessoas, quem está ali, trocando, não importa mais.
No caso dos relacionamentos fixos, em que a mulher se submete (seja pelo motivo que
for) a uma vida íntima sem qualidade e sem amor, a dor trazida pelo ato sexual é um
verdadeiro tormento.