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Universidade Eduardo Mondlane

Escola Superior de Negócios e Empreendedorismo de Chibuto (ESNEC)

1º Ciclo de Graduação em Finanças

Análise Financeira - 2° Ano


Ficha nr. 4

Análise da Rendibilidade e da Gestão da Empresa

Rendibilidade é a granadeza que mede o desempenho de um investimento e representa o


Pacréscimo do valor percentual ao montante investido. (In millennium BCP)
Rendibilidade é o acrécimo patrimonial (ou decréscimo, se negativa) que deriva de uma aplicação
financeira.

O Valor Acrescentado
O valor acrescentado mede o excedente de riqueza criada pela empresa e corresponde, portanto, à
contribuição da empresa para criação de valor, considerando a hipótese de que os preços reflectem
efectivamente o valor dos bens.

O valor acrescentado bruto (VAB) é apurado, contabilisticamente, segundo duas ópticas: Produção e
Repartição.

 Óptica de Produção
O VAB é o resultado da diferença entre o volume e negócios e os insumos intermédios (custo de
matérias, fornecimento e serviços de terceiros, impostos indirectos). Evidência os excedentes de outputs
da empresa sobre os seus inputs.

Os consumos intermédios compreendem os bens necessários à produção e que se incorporam no produto


no decurso do processo produtivo, os serviços externos.

VAB = Resultados de Exploração – [Custo de Materiais Vendidas (CMV) + Fornecimento e Serviço


Externos (FSE) + Impostos Indirectos (I.I)].

1
 Óptica de Repartição
O VAB resulta da soma dos rendimentos gerados pela empresa, nomeadamente os custos com pessoal,
amortizações e provisões (deduzida da utilização de provisões), custo financeiros (deduzidos os
proveitos financeiros), impostos directos e resultados líquidos.

VAB = RL + AR + PR (exploração e Extra-exploração) + CFF + Impostos directos + Custo com


Pessoal (Remunerações e encargos sociais).

O VAB reflecte a ligação entre a Contabilidade Nacional e a Contabilidade da empresa e constitui um


indicador importante do crescimento económico da empresa, permitindo duas perspectivas diferentes de
criação de valor: crescimento e desenvolvimento.

A perspectiva de crescimento é dada pela óptica de produção que evidência a variação da riqueza
criada face a variação do volume de negócios;
A perspectiva do desenvolvimento é dada pela óptica de repartição, mostrando a forma estrutural da
distribuição da riqueza gerada pelos agentes económico intervenientes.

O nível do VAB permite avaliar a eficácia económica da empresa, isto é, compara a riqueza criada pela
empresa com os recursos que foram utilizados.
O VAB será maior quanto maiores forem as transformações realizadas no processo produtivo, a
produtividade dos factores produtivos e a valorização dos bens produzidos.

Com base no VAB podemos calcular alguns rácios que reflictam melhor a eficiência da empresa.

VAB n  VAB n 1
Variação do VAB =
VAB n 1
Rácio que representa a taxa de crescimento da empresa que deve ser comparada com a rendibilidade.

VAB
Produtividade global = Factores produtivos
Compara a riqueza criada pela empresa com os recursos que forma utilizados.
VAB
Produtividade de trabalho = N o de trabalhadores .

Evidência o valor acrescentado por cada trabalhador.

VAB
Produtividade salarial = Custo com o pessoal

O Valor Acrescentado Líquido

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VAL = VAB – [AR + PR (exploração e extra-exploração)]

A Rendibilidade Social da Empresa


Os conceitos de valor acrescentado (Bruto e Liquido) da empresa têm sido utilizados, directa e
indirectamente, para a quantificação do seu contributo social (essencialmente determinado através do
montante das remunerações e encargos sociais, juros, lucros, rendas e impostos directos). Neste
contexto, a Rendibilidade Social (RS) resulta da relação existente entre o Valor Acrescentado Líquido e
o Imobilizado Total Líquido.

VAL
RS   100
ITL

onde: VAL – Valor Acrescentado Líquido


ITL – Imobilizado Total Líquido

Dá-nos a ideia do nº de unidade monetárias (u.m) que são acrescidos na economia por cada cem
unidades monetárias investidos no imobilizado. É um indicador da contribuição da empresa na produção
da riqueza por cada monetária investida em imobilizado.

VAL ITL ITL


RS    100 ;  Intensidade de Capital
VL VL VL
VAL
 Dá-nos a ideia do VAL que cada unidade de venda gera
VL
Ou

RS  VAL  VL  Identidade Fundamental da Rendibilidade


VL ITL

As Rendibilidades de Exploração e Global da Empresa


1. Os Meios Libertos Brutos

3
Os Meios Libertos Brutos de exploração (MLB) representam os excedentes financeiros brutos gerados pelas
exploração da empresa e que, portanto, não são absorvidos pela cobertura dos custos totais de exploração,
incluindo custos financeiros de financiamento.

Os meios libertos brutos de exploração têm uma origem exclusivamente económica, pois, depende
unicamente do nível dos custos e dos proveitos de exploração (são determinados através da dedução aos
proveitos dos custos de exploração desembolsáveis, custos operacionais totais, deduzidos das amortizações
e provisões de exploração) e da eficiência da gestão económica da empresa nos diversos estádios do seu
ciclo de exploração.

Matematicamente, Meios Libertos Brutos de exploração (MLB) identifica-se como o somatório dos
resultados de exploração (RE), das Amortizações (AR) e das Provisões de exploração (PR).

MLB = RE + PR + AR

Os meios libertos brutos de exploração (MLB) são um importante indicador da rendibilidade absoluta de
exploração da empresa e a sua sistemática positividade ao longo do tempo representa uma exigência mínima
de viabilidade económica de qualquer empresa e constituem a base da própria tesouraria de exploração da
empresa.

Os meios libertos brutos de exploração (MLB) identificam-se, matematicamente, como o RAJIAR, na


hipótese de não existirem outros custos ou resultados inorgânicos.

MLB = RAJIAR = AR + PR + CFF + PISL + RL

Rácio dos Meios Libertos Brutos de Exploração

MLB
RMLB=  100
VL
Quantas unidades monetárias de MLB são gerados por cada cem unidades monetárias de vendas, ou seja,
permite-nos analisar a parcela das vendas líquidas que corresponde aos excedentes financeiros brutos.

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2. Os Resultados de Exploração
Os resultados de exploração anuais da empresa (RE) resultam dos meios libertos brutos de exploração
anuais e são afectados pelas políticas de amortização do imobilizado de exploração e de constituição de
provisões para a cobertura de riscos e encargos associados à sua actividades operacional.

Os resultados de exploração da empresa são um indicador de natureza exclusivamente económica e são


essencialmente influenciados pelos seguintes factores de natureza predominantemente económica.

1. Mercados e Políticas Comerciais


 Quota de mercado da empresa 9quantidades de vendas);
 Nível dos preços de vendas líquidas: preços de venda brutos, descontos comerciais,
comissões e políticas comerciais;
 Níveis de stocks de produtos acabados: a elevação de stocks acima dos níveis normais
origina uma redução dos resultados de exploração (eventual acréscimo das respectivas
provisões) e pode representar efeitos negativos do ponto de vista financeiro (redução dos
recebimentos de exploração resultante da diminuição das vendas).

2. Níveis dos diversos Custos e produtividade


 Custos industriais, eficiência técnico-produtiva, produtividade dos diversos factores, em especial
de trabalho, e níveis dos stocks de produtos em vias de fabrico e semi-acabados;
 Custos de distribuição e eficiências dos circuitos de distribuição;
 Custos administrativos e eficácia dos sistemas de informação e controle;
 Custos financeiros de funcionamento: Além dos descontos financeiros concedidos, há que
maximizar os descontos financeiros obtidos e minimizar os custos resultantes do desconto de
letras a receber;

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Os resultados de exploração devem situar-se a um nível adequado e que permita a cobertura do custo do
capital, isto é, do custo da dívida (CFF) e do custo dos capitais próprios.

O rácio de cobertura dos custos financeiros (RCF) expressa a relação entre os resultados de exploração (RE)
e os custos financeiros de financiamento (CFF). Assume na vida prática uma certa importância na análise
empírica da capacidade de endividamento da empresa.

Re sultado Exploração ( RE )
RCF   100
Custo Financeiro Financiamento (CFF )

Note-se que a adequabilidade deste rácio varia com o risco sectorial, e que o seu empirismo resulta do facto
da verdadeira capacidade de endividamento da empresa depender, não dos resultados de exploração
contabilísticos mas sim da aptidão dos cash flows futuros para satisfazer a totalidade do serviço da dívida
(Capital e Juros).

Re sultado Exploração ( RE )
Rácio da Taxa de Margem de Exploração (RTME)=  100
Vendas Líquidas (VL )

3. Os Resultados Líquidos
Os resultados líquidos anuais são indicadores absolutos de rendibilidade global mais importantes, pois,
constituem a base a base da remuneração dos capitais próprios (dividendos e lucros distribuídos) ou, quando
retidos, contribuem para aumentar o valor contabilístico da empresa.

Os resultados líquidos são essencialmente influenciados pelos seguintes factores:


 Nível dos meios libertos líquidos de exploração;
 Política de amortizações;
 Política de constituições de provisões;
 Nível de resultados inorgânicos líquidos;
 Nível dos custos financeiros de financiamento;
 Nível da taxa de impostos sobre lucros;

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A existência de resultados líquidos positivos ao longo do tempo, graças aos resultados extra-exploraçào,
oculta geralmente uma realidade económica endémica que os gestores não querem ou não podem
ultrapassar, note-se que, em condições normais, estas situações não são de aceitar.

4. Os meios libertos líquidos

Os meios libertos líquidos totais (MLL) são o somatório das amortizações (exploração e extra-exploração),
das provisões líquidas (exploração e extra-exploração) e dos resultados líquidos.

Os meios libertos líquidos são indicadores de natureza simultaneamente económica e financeira, pois, são
afectados, respectivamente, pela exploração (proveitos e custos de exploração) e pela estrutura e política
financeira (CFF) além do enquadramento fiscal da empresa (nível da taxa de imposto sobre lucros).

Os meios libertos líquidos anuais da empresa representam os excedentes financeiros líquidos gerados pela
sua exploração e por outras actividades, e que, portanto, não foram absorvidos pela cobertura de todos os
seus custos anuais desembolsáveis, isto é, com excepção das amortizações e provisões.

Os meios libertos líquidos anuais constituem um contributo positivo para a tesouraria global da empresa, ou
seja, representam o mais significativo dos seus recursos financeiros anuais (meios líquidos) destinados a
diversas finalidades: remuneração de capitais próprios; simples consolidação da consolidação da situação
financeira; reembolso de débitos de financiamento (ciclo de operações financeiras); financiamento dos
investimentos em fundo de maneio necessário e dos investimentos de capital fixo.

O rácio de meios libertos líquidos representa a parcela relativa das vendas líquidas que gera excedentes
financeiros líquidos.

Meios Libertos Líquidos ( MLL )


  100
RMLL Vendas Líquidas (VL )

5. Os meios libertos líquidos retidos

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Os meios libertos líquidos anuais retidos (MLLR) ou autofinanciamento anual são compostos pelos meios
libertos líquidos anuais, deduzidos os resultados (preferenciais ou ordinários) distribuídos aos sócios
(accionistas), trabalhadores e órgãos sociais (RD).

O autofinanciamento anual resulta da influência dos factores económicos, financeiros e de natureza fiscal,
legais (obrigatoriedade da constituição da reserva legal) ou relacionados com o pacto social da própria
empresa (constituição de reservas estatutárias) e, finalmente, da política de distribuição de dividendos.

Modelo de Visualização dos Meios Libertos Líquidos Retidos

[MLB – (CFF + PISL) = MLL] – RD = MLLR = RLR +AR + PR

6. A Rendibilidade Integrada da Empresa

A rendibilidade dos capitais próprios da empresa (RCP), também designada por return on equity (ROE),
expressa-se pela seguinte relação:

Re sultados Líquidos ( RL)


ROE  RCP   100
Capitais Pr óprios (CP )

Ou

Re sultados Líquidos ( RL) Activo Total ( AT )


RCP 
razão   100
Activo Total ( AT ) Capitais Pr óprios (CP )

A primeira razão é conhecida por rendibilidade líquida do activo ou return on investiment (ROI), e depende
dos resultados de exploração, dos resultados extra-exploração, do nível dos custos financeiros de
financiamento, dos impostos sobre rendimento e dos activos de exploração e extra-exploração.

A rendibilidade dos capitais próprios depende dos resultados de exploração e global da empresa. A
rendibilidade do activo de exploração da empresa (REA), define-se assim:

Re sultados de Exploração ( RE )
REA   100
Activo Total de Exploração Líquido ( ATEL ) 8
Ou
RE
 Rendibilidade das Vendas
VLREA  Re sultados de Exploração ( RE )  Vendas Líquidas (VL)
 100
Vendas Líquidas (VL) Activo Total de Exploração Líquido ( ATEL )

7. A Rendibilidade de Exploração

7.1 O Conceito e os limites da teoria do CVR


A teoria de Custos-Volume-Resultados (CVR) tem como objectivo essencial o estudo da rendibilidade de
exploração da empresa através da análise dos proveitos, dos custos de exploração e das relações existentes
entre eles, em estreita e exclusiva ligação com o nível de actividade.

Os pressupostos mais importantes da teoria CVR são:


 É sempre possível classificar os custos da empresa em fixos e variáveis, e na directa dependência do
nível de actividade;
 Os custos fixos mantêm rigorosamente estáveis ao longo do tempo, independentemente do nível da
actividade;
 Os custos variáveis são rigorosamente proporcionais em relação ao nível de actividade;
 A gama de produção da empresa reduz-se a um só produto ou a diversos produtos que, no entanto,
variam em proporções exactamente constantes em relação ao nível da actividade.

Relação Custo-Volume-Resultado (CVR), Sua aplicação

A classificação dos custos conforme a sua variabilidade com o volume de actividade é fundamental para a
tomada de muitas decisões e análise de rendibilidade.
Em relação ao volume de actividade os custos classificam-se em custos fixos e custos variáveis.

Custos Fixos
Os Custos Fixos são aqueles que não variam quando se altera o volume ou são pouco sensíveis á sua
variação. São os que proporcionam a capacidade para produzir ou vender, razão porque também se chamam
custos de capacidade.

Tipos de capacidade:

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 Capacidade física, que é dada pelos edifícios, equipamentos;
 Capacidade organizacional, dada pelos quadros da empresa, e;
 Capacidade financeira, dada pelas possibilidades financeiras da empresa.

Nota:
1. Os custos fixos totais são os que se mantêm invariáveis mesmo que varie o volume (de produção ou
de venda);
2. Os Custos fixos unitários aumentam ou diminuem conforme volume (de produção ou de venda)
diminui ou aumenta, respectivamente.

Custos Variáveis
i. São custos que variam necessariamente quando o volume aumenta ou diminui;
ii. São custos que resultam da utilização da capacidade existente;

Podem ser:
 Proporcionais - quando variam proporcionalmente com o volume;
 Progressivos - quando crescem a uma taxa maior que a taxa de crescimento do volume, e;
 Digressivos - quando crescem a uma taxa menor que a taxa de crescimento do volume.

Para facilitar análise dos custos variáveis, geralmente se assume que eles são variáveis proporcionais.

Nota:
1. Os custos variáveis totais é que aumentam ou diminuem conforme o volume (de produção ou de
venda) aumenta diminui ou, respectivamente.
2. Os custos variáveis unitários (proporcionais) mantêm-se invariáveis mesmo que varie o volume (de
produção ou de venda);

A nova Abordagem da Demonstração de resultados


A preparação da demonstração de resultados por funções, sem separar os custos fixos e variáveis, responde
mais às necessidades externas do que as exigências internas dos gestores.

(custos organizados conforme o seu comportamento)


1. Vendas 12.000
2. Custo Variáveis
Industriais 2.000
De Venda 600
Administrativos 400 3.000
3. Margem de Contribuição 9.000
4. Custos Fixos
Industriais 4.000
De Venda 2.500
Administrativos 1.500 8.000

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5. Resultados Líquidos 1.000

Margem de Contribuição
Designa-se por Margem de Contribuição ao montante remanescente das vendas depois de deduzir os custos
variáveis.
Deve ser suficientemente razoável para cobrir custos fixos e, ainda, proporcionar lucros.

Exemplo:

TRANSPORTES BAESSA
Demonstração de Resultados
Março de 2009
Descrição Total Unitário
1. Vendas (400 passagens) 100.000 250
2. Custo Variáveis -60.000 -150
3. Margem de Contribuição 40.000 100
4. Custos Fixos 35.000
5. Resultados Líquidos 5.000

Hipótese 1 - a empresa só transportou um passageiro


Descrição Total Unitário
1. Vendas (1 passagem) 250 250
2. Custo Variáveis -150 -150
3. Margem de Contribuição 100 100
4. Custos Fixos 35.000
5. Resultados Líquidos -34.900

Hipótese 2 - a empresa transportou dois passageiros

Descrição Total Unitário


1. Vendas (2 passagens) 500 250
2. Custo Variáveis -300 -150
3. Margem de Contribuição 200 100
4. Custos Fixos -35.000
5. Resultados Líquidos -34.800

Se a empresa puder vender mais passagens que possam gerar uma margem de contribuição de 35.000, todos
os custos fixos estarão cobertos e a empresa atingirá o seu ponto crítico (Break even point).

Hipótese 3 - A empresa transportou 350 passageiros

Descrição Total Unitário


1. Vendas (350 passagens) 87.500 250
2. Custo Variáveis -52.500 -150

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3. Margem de Contribuição 35.000 100
4. Custos Fixos 35.000
5. Resultados Líquidos 0

Quando a empresa se afasta do ponto crítico, o resultado líquido pode ser assim calculado:
RL = Margem de contribuição unitária X Aumento das quantidades.

Hipótese 4 - a empresa transportou 351 passageiros

Descrição Total Unitário


1. Vendas (351 passagens) 87.750 250
2. Custo Variáveis 52.650 150
3. Margem de Contribuição 35.100 100
4. Custos Fixos 35.000
5. Resultados Líquidos 100

Margem de contribuição Percentual

Retornemos à hipótese básica

TRANSPORTES BAESSA
Demonstração de Resultados
Descrição Total Unitário Percent.
1. Vendas (400 passagens) 100.000 250 100
2. Custo Variáveis -60.000 -150 -60
3. Margem de Contribuição 40.000 100 40
4. Custos Fixos -35.000
5. Resultados Líquidos 5.000

A margem de contribuição percentual é calculado pela fórmula:

M arg em de Contribuição 40.000 100


% MC   100   100  40% ou  100  40%
Vendas 100.000 205

Por cada MT de crescimento de vendas, a margem de contribuição irá crescer em 40 centavos e, uma
vez atingido o ponto crítico, o resultado líquido aumentará, também em 40 centavos.

Algumas Aplicações do Modelo CVR


Consideremos a conta de resultados da Empresa de Transportes Baessa do mês de Março de 2009:

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Total Unitário Percent.
1. Vendas (400 passagens) 100.000 250 100
2. Custo Variáveis 60.000 150 60
3. Margem de Contribuição 40.000 100 40
4. Custos Fixos 35.000
5. Resultados Líquidos 5.000

1) Mudança nos custos fixos e no volume


O director da empresa está pensando em formas inovativas de aumentar as vendas. Por isso está estudando a
possibilidade de aumentar o orçamento da publicidade em 10.000,00. Ele acredita que com esta medida as
vendas iriam aumentar em 30.000,00. Deve ou não implementar esta mudança?

Margem de Contribuição Incremental


30.000 * 40% 12.000
Custos fixos incrementais 10.000
Resultados Diferenciais 2.000

Resposta: Sim.

2) Mudança nos custos variáveis e no volume


O director da empresa está pensando em formas inovativas de aumentar as vendas. Por isso está estudando a
possibilidade de introduzir o serviço de lanches, o que iria aumentar o custo variável por unidade em
10,00/passageiro. Com esta medida espera que as vendas passem das actuais 400 passagens para 480. Deve
ou não introduzir este serviço?

Margem de Contribuição Esperada


480 passagens * [250-(150+10)] 43.200
Margem de Contribuição Actual
400 passagens * 100,00 -40.000
Resultados Diferenciais 3.200

Resposta: Sim

3) Mudança nos custos fixos, preço de venda e volume


O director da empresa está pensando em formas inovativas de aumentar as vendas. Está estudando a
possibilidade de baixar os preços unitários em 20,00, e aumentar o orçamento de publicidade em 15.000. O
director está seguro que se estas medidas forem tomadas as vendas vão aumentar em 50%. Esta medida deve
ou não ser implementada?

Margem de Contribuição Esperada


400 passagens * [(250-20)-150]*1.5 48.000
Margem de Contribuição Actual Resposta: Não
400 passagens * 100,00 -40.000
Margem de Contribuição incremental 8.000
Incremento dos custos Fixos -15.000
Redução no lucro Total (7.000)
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4) Mudança nos Custos Fixos, Custos variáveis e Volume
O director da empresa está pensando em formas inovativas de aumentar as vendas. O director está pensando
em rever o esquema de pagamento dos salários do pessoal (Motorista e Cobrador). Ao invés de paga-lo
apenas um ordenado fixo, está considerando a possibilidade de introduzir uma comissão de 15,00 por cada
passageiro transportado, baixando os ordenados fixos em 6.000. O Director acredita que com esta solução o
número de passagens vendidas aumentaria em 15%. Deve ou não implementar esta solução?

Margem de Contribuição Esperada


400 passagens * [250-(150+15)] * 1.15 39.100
Margem de Contribuição Actual
400 passagens * 100,00 40.000
Margem de Contribuição incremental (900)
Redução dos custos Fixos 6.000
Aumento no lucro Total 5.100

Resposta: Sim
Análise do Ponto crítico
Já definimos o ponto crítico como sendo o nível das vendas que assegura, pelo menos a cobertura dos custos
totais. O ponto crítico responde a perguntas sobre até que ponto as vendas podem baixar antes de a empresa
entrar para a zona do prejuízo.

Fórmula de Cálculo

Vendas - Custos Totais = Lucro


Vendas - (custos Fixos + custos Variáveis) = Lucro
Vendas = custos Fixos + custos Variáveis + Lucro

No ponto crítico o Lucro é zero (não há lucro nem prejuízo)

Vendas = custos Fixos + custos Variáveis


Preço * Q = Cvu * Q + CF
Q(Preço - Cvu) = CF

Cf
Qc 
Pu - Cvu

Para o caso da empresa Transportes Baessa, o ponto crítico poderia ser assim calculado:
Cf
Qc 
Pu - Cvu

35.000
Qc 
250,00 - 100,00

Qc= 350 Passageiros

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Para que a empresa não tenha lucro nem prejuízo deve transportar pelo menos 350 passageiros.

Também podemos calcular o ponto crítico em valor pela formula:

Vc = Qc x Pv = 350 x 250 = 87.500,00 o que significa que a para a empresa não tenha lucro nem prejuízo
deve fazer uma receita mínima de 87.500.

Cf
Vc 
Também podemos usar a formula: pv - cvu
pv

Quando não dispomos do custo variável unitário, mas a percentagem da margem de contribuição é
conhecida, podemos calcular o ponto crítico pela seguinte formula:

Cf
Vc 
%MC

Para o caso da empresa Transportes TSUTSUMA, o ponto crítico em valor poderia ser assim calculado:
35.000,00
Vc 
0,40
Vc = 87.500,00.

Resultado estimado ou Esperado

Conhecido o ponto crítico pode-se rapidamente estimar o resultado esperado, pois ficando os custos fixos
cobertos pela margem de contribuição proporcionada pelo ponto crítico (note que podemos definir ponto
crítico como o nível de vendas em que a margem de contribuição é igual aos custos fixos), o resultado
estimado será igual à margem de contribuição proporcionada pelas vendas para além do ponto crítico.

R = (Q - Qc)* (Preço - CVU)

Admitamos que a empresa transportes o Director da Empresa Baessa pensa que no mês seguinte as vendas
aumentarão em 100 passagens, passando das actuais 400 para 500 passagens. Calcule o resultado esperado.
Resultado = (500-375)* (250-150) =125*100 = 12.500,00.

Margem de Segurança
A margem de segurança é o excesso das vendas esperadas sobre o ponto crítico. Indica até ponto as vendas
podem baixar sem que a empresa incorra em prejuízos.

Formula de Cálculo

Margem de Segurança = Vendas Totais - Ponto Crítico

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A margem de segurança pode ser expressa em forma de percentagem, dividindo a Margem de segurança,
pelas vendas totais.
Vendas Totais - Ponto Crítico
%Margem de Seg 
Vendas Totais

Na hipótese básica dos transportes Baessa em que as vendas são de 100.000, e as vendas Críticas de
87.500,00, teríamos:

Vendas 100.000
Ponto Crítico das vendas 87.500
Margem de Segurança em valor 12.500
Margem de Segurança em percentagem 12.5%

Isto diz-nos que na actual estrutura de preços e custos, as vendas das empresa podem baixar até
12.5%, sem que a empresa incorra em prejuízos.

Estrutura de Custos e Estabilidade dos Resultados


Problema: Qual é a melhor estrutura de Custos? Mais de custos fixos e menos de custos variáveis ou, o
contrário?

Exemplo: Consideremos o caso de 2 pequenas unidades agrícolas em Niassa. A farma A, do senhor Haizel
(moçambicano) e a farma B do senhor Yuri (Sul africano). A farma A é intensiva em trabalho (sazonal) e a
firma B é intensiva em capital. Consequentemente, a farma A tem maiores custos variáveis e a farma B tem
maiores custos fixos.

Consideremos a demonstração de resultados de ambas empresas:

FARMA Haizel FARMA Yuri


Descrição Valor Percent. Valor Percent.
Vendas 100,000 100 100,000 100
Custos Variáveis 60,000 60 30,000 30
Margem de Contrib. 40,000 40 70,000 70
Custos Fixos 30,000 60,000
Resultado Líquido 10,000 10,000

Qual das duas empresas tem a melhor estrutura de custos? A resposta depende de muitos factores, tais como
a tendência das vendas a longo prazo, a flutuação anual das vendas e a atitude dos proprietários com relação
ao risco.

Admitamos que na próxima campanha se espera que as vendas atinjam o montante de 110,000.

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Farma ZECA ZACA FARMA W. VAN ZYL
Descrição Valor Percent. Valor Percent.
Vendas 110,000 100 110,000 100
Custos Variáveis 66,000 60 33,000 30
Margem de Contrib. 44,000 40 77,000 70
Custos Fixos 30,000 60,000
Resultado Líquido 14,000 17,000

Neste caso diríamos que a farma de W. VAN ZYL tem uma melhor estrutura de custos. Isto resulta do facto
de que esta tem uma maior margem de contribuição, daí que os seus resultados crescerão, percentualmente,
mais rapidamente que o crescimento das suas vendas.

Qual é a melhor estrutura de custos quando esperamos uma baixa nas vendas?
Qual é o ponto crítico das duas farmas? Qual é a sua margem de segurança?

Haizel Yuri
1. Custos Fixos 30,000 60,000
2. Margem de Contrib. Percentual 40% 70%
3. Ponto Crítico em Valor (1:2) 75,000 85,714
4.Vendas totais Actuais 100,000 100,000
3. Ponto Crítico em Valor 75,000 85,714
5. Marg. de Segurança em valor (4-3) 25,000 14,286
6. Marg. de Segurança Em % (5:4) 25% 14.3%

Os dados acima demonstram que a firma do Haizel é menos vulnerável às quedas nas vendas do que a farma
de Yuri. Podemos identificar duas razões para essa vulnerabilidade:

Os Baixos custos de Haizel que lhe permitem ter um baixo ponto crítico e uma alta margem de segurança.
Por isso não incorrerá tão rapidamente em prejuízos como a outra farma;

Devido a sua baixa margem de contribuição percentual, Haizel não perderá tão rapidamente a sua margem
de contribuição, como outra farma quando as vendas baixarem.
Portanto, podemos concluir que a estrutura de custos de Haizel não é boa quando se espera uma alta das
vendas, mas é boa quando se espera que as vendas caiam.

Nota
Sem um conhecimento sobre as tendências futuras é impossível dizer qual é a melhor estrutura de custos.
Ambas tem vantagens e desvantagens.

Quantidade a produzir e vender para obter um determinado lucro

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Lucro  Vendas  CTotal
Lucro  Q  Pr eco  (C.Variaveis  C.Fixos )
Lucro  Q  Pr eco  Q  Cvu  C.Fixos
Lucro  Q  (Pr eco  Cvu )  C.Fixos
Lucro  C.Fixos  Q  (Pr eco  Cvu )
Lucro  C.Fixos
Q
Pr eco  Cvu

Conceito de Efeito e Grau Económico de Alavanca

Efeito Económico de Alavanca


O efeito económico da alavanca procura relacionar os resultados de exploração com o nível de actividade da
empresa, assim ignora-se completamente os efeitos da estrutura e política financeira da empresa (nível dos
custos financeiros de financiamento) e da fiscalidade (imposto sobre o rendimento) sobre a rendibilidade.

O efeito económico de alavanca resulta unicamente da existência de custos fixos e permite analisar a
capacidade da empresa para utilizar uma certa e determinada estrutura técnico-produtiva, comercial e
administrativa no sentido de maximizar os resultados de exploração.

Mostra-nos que as variações do nível de actividade de X% (aumentos ou reduções) podem originar


variações (acréscimos ou decréscimos) mais do que proporcionais dos resultados de exploração.

Suponhamos que a empresa Baessa apresenta as seguintes relações entre os resultados de exploração e o
nível de actividade:

Milhares de Contos e %
(1’’) (1’) 0 1’ 1’’
 Vendas 60 80 100 120 140
 Custos variáveis totais (CV) 42 56 70 84 98
 Custos Fixos totais (CF) 20 20 20 20 20
 Resultados de Exploração (RE) (2) 4 10 16 22
 ∆% do nível de actividade( VL VL0 ) (40) (20) 0 20 40

18
 ∆% do nível de Resultados de Exploração( RE RE 0 ) (120) (60) 0 60 120
 Relação entre a ∆% do nível de Resultados de Exploração
RE RE 0
e o nível de actividade( VL VL0 ) 3 3 0 3 3

O exemplo apresentado nos permite verificar que a relação entre as variações percentuais dos resultados de

RE RE0
exploração e o nível de actividade ( VL VL0 ) é sempre igual a 3, designado este multiplicador
fixo por Grau Económico de Alavanca.

Grau Económico de Alavanca (GEA)


É a relação existente entre a margem de contribuição e os resultados de exploração, ou seja, é a variação dos
resultados como consequência da variação das vendas.

O GEA permite responder as seguintes questões: Quanto devem ser variadas as vendas para que seja obtido
um certo resultado de exploração. Qual é a variação das vendas que pode proporcionar os resultados de
exploração desejados.

A condição para existência do Grau Económico de Alavanca são os pressupostos do CVR, particularmente
os custos fixos e é sempre maior que à unidade.

GEA varia [1; +∞ [


M arg em de Contribuiç ão ( MT )
GEA 
 ( pv
Q de
Re sultados  Cvu ) ( RE )
Exploração
GEA =
[Q  ( pv  Cvu )  CF0 }
O que provoca a deslocação do GEA é a variação dos custos fixos. Se os custos fixos não variam, o GEA é
constante.
Exemplo:
Vendas 150
MT 112 ,5
CV 37,5 GEA = RE  32,5  3,5

MT 112,5

19
CF 80
RL 32,5

Uma variação de X% nas vendas, os resultados de exploração variarão em 3,5 vezes.

Fórmula para o Cálculo do Resultado de Exploração (RE) através do GEA

Rn+1 = Rn + Rn x (GEA x ∆% Vendas) Ou ∆V% = ∆RE% x GEA

Estes conceitos podem ser utilizados para avaliar o risco económico e a viabilidade económica da empresa.

Risco Económico – é a probabilidade de os resultados de exploração serem ou não sistematicamente


positivos ao longo do tempo e se situarem ou não a níveis considerados adequados.
Quantificação da medida do risco económico
1. Grau Económico de Alavanca: Quanto mais elevado for o GEA, maior será o risco económico;
2. Ponto Morto Económico: Quanto mais elevado o Ponto Morto Económico, maior é a preocupação
da empresa em atingir esse ponto morto, assim, maior também é o risco económico.

Como reduzir o risco económico através de uma política de marketing de modo a reduzir a volatilidade
da procura e dos preços a aumentar as negociações com os fornecedores e clientes.
Consideremos a empresa Naira, Lda
2003 2004
Vendas 2.000 3.000
Custos variáveis 1.000 1.500
Margem Contribuição 1.000 1.500
Custos Fixos 600 500
Resultado de Exploração 400 1.000
GEA 2.5 1.5
Ponto Morto Económico 1.200 1.000

Qual é o ano de maior risco?

Cálculo do Ponto Morto Económico

20
Fórmulas para o Cálculo do Ponto Morto Económico
CF
1. Ponto Morto em Quantidade: Q  p  cvu

CF

2. Ponto Morto em Valor: V p  cvu
p

CF  CFF

3. Ponto Morto Total: PMT p  cvu
p

Onde: CF – Custos Fixos


Cvu – Custos variáveis unitários
P – preço
CFF – Custos Financeiros de Financiamento
Exemplo:
Vendas previstas (Q) = 250.000 unidades
Preço médio líquido de vendas (p) = 2,00
Custo variável unitário (cvu) = 1,2
Custos fixos totais (CF) = 150.000
CFF = 25.000

Resolução
150.000
1. Ponto Morto em Quantidade: Q  2  1,2  187.500 unidades

150.000
  375.000
2. Ponto Morto em Valor: V 2  1,2
2
150.000  25.000
  437.500
3. Ponto Morto Total: PMT 2  1,2
2
Quando o nível de actividade da empresa se situar no seu ponto morto económico, a margem bruta será
justamente suficiente para a cobertura dos custos fixos totais e os resultados de exploração serão nulos,
contudo, em termos financeiros, continuará a verificar-se a criação de excedentes correspondentes ao
somatório das amortizações e provisões (líquidas) para a cobertura de diversos riscos de exploração, pois,

21
embora traduzindo custos do respectivo exercício económico, não envolvem quaisquer fluxos financeiros
(pagamento).

Não podemos esquecer, contudo, que os resultados da empresa correspondentes ao ponto morto económico
correspondem a prejuízos reais, pois o custo de capital não pode ser ignorado.

Conceito de Viabilidade Económica


Viabilidade económica é o estado em que os resultados de exploração anuais se situam constantemente ao
longo do tempo a níveis positivos e adequados.

Efeito e Grau Financeira de Alavanca


O gestor toma não só decisões que afectam os resultados e que explicam e tentam reduzir o risco económico
como também se sente obrigado a tomar decisões sobre a estrutura financeira, isto é, sobre como financiar o
activo. O risco financeiro depende fundamentalmente da estrutura financeira (relação entre os capitais
próprios e alheios) e da relação entre a rendibilidade do seu negócio e do custo de financiamento.

Grau Financeira de Alavanca


Proporciona-nos informações sobre a relação existentes entre as variações dos resultados de exploração e
dos resultados líquidos, no pressuposto de que os CFF são fixos.
Para o estudo do grau financeiro de alavanca, retornamos o exemplo apresentado anteriormente,
completando-o com a inserção dos custos financeiros de financiamento (constantes para cada nível de
actividade) e de uma taxa taxa de imposto sobre rendimento de 50%.

Como podemos observar, as relações entre as variações percentuais dos resultados líquidos e as variações

RL RL0
percentuais dos resultados de exploração ( RE RE0 ) são, para uma determinada estrutura
empresarial e para diferentes níveis de actividade, constantemente iguais a um multiplicador fixo (1.7)
designado Grau Financeiro de alavanca Ou Grau de Alavanca Financeiro.

Milhares de Contos e %

22
(1’’) (1’) 0 1’ 1’’
 Vendas 60 80 100 120 140
 Custos variáveis totais (CV) 42 56 70 84 98
 Custos Fixos totais (CF) 20 20 20 20 20
 Resultados de Exploração (RE) (2) 4 10 16 22
 Custos Financeiros de Financiamento (CFF) 4 4 4 4 4
 Resultados Antes de Imposto (RAI) (6) 0 6 12 18
 Imposto sobre Rendimento 3 0 3 6 9
 Resultado Líquidos (RL) (9) 0 3 6 9
 ∆% do nível de Resultados de Exploração( RE RE 0 ) (120) (60) 0 60 120
 ∆% de RL( RL RL0 ) (200) (100) 0 100 200
 Relação entre a ∆% do nível de RL
RL RL0
e de RE ( RE RE0 ) 1.7 1.7 0 1.7 1.7

Re sultados Exploração ( RE )
GFA 
Re sultados Antes de Im posto ( RAI )

Ou
 Re sultado Líquido ( RL)  Re sultado Exploração ( RE )

Re sultado Líquido ( RL) Re sultado de Exploração ( RE )

Efeito Financeiro de Alavanca


O efeito financeiro de alavanca permite-nos avaliar a capacidade da empresa para, através de recursos a
capitais alheios, maximizar a rendibilidade dos capitais próprios, recorrendo a comparação entre a
rendibilidade de activos de exploração com o custo de capital próprio.

Se a rendibilidade de activos de exploração for superior ao custo médio do capital, significa que quanto
maior for o recurso a capital alheio mais será o efeito incremental na rendibilidade dos capitais próprios.

Instrumentos para medir o risco financeiro

1. Grau de Alavanca financeira (GAF) – avalia a capacidade de o negocio da empresa fazer face aos
compromissos financeiros. Quanto maior for o GAF maior é o risco financeiro;

23
Capitais Pr óprios
2. Solvabilidade = Capitais Alheios ; este indicador avalia a capacidade da empresa para fazer face

aos seus compromissos com terceiros. Podemos seguir um sistema de notação onde a empresa é
caracterizada por cinco rácios, onde se inclui a solvabilidade, de modo a avaliar o risco de crédito:

Clientes  Disponibilidades
Liquidez reduzida = Passivo de curto prazo

Capitais Pr óprios
Cobertura do Imobilizado =
Im obilizado
Custo das Vendas
Rotação das existências = Exustências Médias

Vendas c / IVA incluido


Liquidez dos Clientes =
Clientes
Assim apura-se um índice de normalizado Ir
Rácio r da empresa
Ir = Rácio r do sec tor

Se o rácio respectivo for igual a um, a rácio da empresa está normal e se for superior é favorável.
Passivo
3. Estrutura Financeira = Capital Pr óprio

Custos dos Capitais Alheios  Custo oportunidade dos CP


4. Custo médio do capital = Capitais Pr oprios (CP)  Passivo

Este indicador, expresso em percentagem, indica a taxa média do custo do financiamento da empresa. Esta
taxa resulta da média ponderada do custo de oportunidade dos capitais próprios com o custo médio do
capital alheio (taxa de juro).

5. Efeito de alavanca financeira = Estrutura financeira x (Rendibilidade de activo de exploração – Custo


médio do capital)

Ponto Morto Financeiro


Os conceitos de ponto morto financeiro de exploração e ponto morto financeiro total de exploração
permitem-nos avaliar o risco financeiro da empresa, numa perspectiva de tesouraria.

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O ponto morto financeiro (PMF) corresponde, dentro de todos os pressupostos económicos da teoria CVR,
ao nível de actividade da empresa em que os recebimentos de exploração igualam os pagamentos de
exploração.

A determinação algébrica do valor do ponto morto financeiro de exploração é idêntica à do ponto morto
económico de exploração, embora de devam deduzir os custos fixos de exploração periódicos (CF) os
custos fixos não desembolsáveis periódicos (CND), isto é, os que não envolvam pagamentos
(amortizações e provisões de exploração).

Custos Fixos (CF )  Custos Não Desembolsá veis (CND ) Onde: p - preço
PMF 
p  cvu
Cvu – custo variável unitário
p

Nota: Os CFF não são considerados custos de exploração, portanto, ficam de fora.

Quando o nível da actividade da empresa se situa no ponto morto financeiro de exploração, não são
gerados quaisquer excedentes financeiros e os resultados negativos de exploração correspondem ao
somatório das amortizações e provisões para a cobertura de riscos e encargos de exploração.

Tal como referimos anteriormente, o conceito de ponto morto financeiro de exploração ignora a ocorrência
dos custos financeiros de financiamento, desta forma, muitas vezes assiste-se na vida prática a
determinação do ponto morto financeiro total (PMFT), através da inclusão dos custos financeiros de
financiamento nos custos fixos desembolsáveis.

(CF  CFF )  CND


PMFT 
p  cvu
p

 Se a empresa estiver a operar no ponto morto financeiro, a empresa tem um deficit de tesouraria
igual a CFF;
 Se a empresa estiver no ponto morto económico, tem prejuízo que é igual a CFF;

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 Se a empresa estiver a operar no ponto morto económico total, a mesma não tem prejuízo mas o
resultado é igual a zero;
Exemplo:
Preço de venda unitário (p) = 20,00
Nível de Vendas (Q) = 20.000 unidades
Custo variável unitário (cvu) = 12,00
CFTotais = 130.000
Amortizações e Provisões (CND) = 30.000
CFF = 20.000
130.000  30.000
  250.000 Cts
1. PMF 20  12
20
(130.000  20.000)  30.000
  300.000 Cts
2. PMFT 20  12
20
Medição do risco Global
Grau de Alavanca combinada (GAC)

MT RE
GAC =   GEA  GFA
RE RAI
O Grau de Alavanca Combinada mede a sensibilidade do resultado líquido corrente às variações do volume
de vendas. Quanto maior for o seu valor mais será o risco global.
Significa que uma ∆X% nas vendas, mantendo a estrutura de custos e os custos financeiros de
financiamento, implica uma ∆y% nos resultados de exploração.

∆y% = ∆x% x GAC

O GAC quantifica o peso dos custos fixos de exploração e dos custos financeiros e o impacto nas variações
das vendas sobre os resultados de exploração.

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