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O Valor Acrescentado
O valor acrescentado mede o excedente de riqueza criada pela empresa e corresponde, portanto, à
contribuição da empresa para criação de valor, considerando a hipótese de que os preços reflectem
efectivamente o valor dos bens.
O valor acrescentado bruto (VAB) é apurado, contabilisticamente, segundo duas ópticas: Produção e
Repartição.
Óptica de Produção
O VAB é o resultado da diferença entre o volume e negócios e os insumos intermédios (custo de
matérias, fornecimento e serviços de terceiros, impostos indirectos). Evidência os excedentes de outputs
da empresa sobre os seus inputs.
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Óptica de Repartição
O VAB resulta da soma dos rendimentos gerados pela empresa, nomeadamente os custos com pessoal,
amortizações e provisões (deduzida da utilização de provisões), custo financeiros (deduzidos os
proveitos financeiros), impostos directos e resultados líquidos.
A perspectiva de crescimento é dada pela óptica de produção que evidência a variação da riqueza
criada face a variação do volume de negócios;
A perspectiva do desenvolvimento é dada pela óptica de repartição, mostrando a forma estrutural da
distribuição da riqueza gerada pelos agentes económico intervenientes.
O nível do VAB permite avaliar a eficácia económica da empresa, isto é, compara a riqueza criada pela
empresa com os recursos que foram utilizados.
O VAB será maior quanto maiores forem as transformações realizadas no processo produtivo, a
produtividade dos factores produtivos e a valorização dos bens produzidos.
Com base no VAB podemos calcular alguns rácios que reflictam melhor a eficiência da empresa.
VAB n VAB n 1
Variação do VAB =
VAB n 1
Rácio que representa a taxa de crescimento da empresa que deve ser comparada com a rendibilidade.
VAB
Produtividade global = Factores produtivos
Compara a riqueza criada pela empresa com os recursos que forma utilizados.
VAB
Produtividade de trabalho = N o de trabalhadores .
VAB
Produtividade salarial = Custo com o pessoal
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VAL = VAB – [AR + PR (exploração e extra-exploração)]
VAL
RS 100
ITL
Dá-nos a ideia do nº de unidade monetárias (u.m) que são acrescidos na economia por cada cem
unidades monetárias investidos no imobilizado. É um indicador da contribuição da empresa na produção
da riqueza por cada monetária investida em imobilizado.
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Os Meios Libertos Brutos de exploração (MLB) representam os excedentes financeiros brutos gerados pelas
exploração da empresa e que, portanto, não são absorvidos pela cobertura dos custos totais de exploração,
incluindo custos financeiros de financiamento.
Os meios libertos brutos de exploração têm uma origem exclusivamente económica, pois, depende
unicamente do nível dos custos e dos proveitos de exploração (são determinados através da dedução aos
proveitos dos custos de exploração desembolsáveis, custos operacionais totais, deduzidos das amortizações
e provisões de exploração) e da eficiência da gestão económica da empresa nos diversos estádios do seu
ciclo de exploração.
Matematicamente, Meios Libertos Brutos de exploração (MLB) identifica-se como o somatório dos
resultados de exploração (RE), das Amortizações (AR) e das Provisões de exploração (PR).
MLB = RE + PR + AR
Os meios libertos brutos de exploração (MLB) são um importante indicador da rendibilidade absoluta de
exploração da empresa e a sua sistemática positividade ao longo do tempo representa uma exigência mínima
de viabilidade económica de qualquer empresa e constituem a base da própria tesouraria de exploração da
empresa.
MLB
RMLB= 100
VL
Quantas unidades monetárias de MLB são gerados por cada cem unidades monetárias de vendas, ou seja,
permite-nos analisar a parcela das vendas líquidas que corresponde aos excedentes financeiros brutos.
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2. Os Resultados de Exploração
Os resultados de exploração anuais da empresa (RE) resultam dos meios libertos brutos de exploração
anuais e são afectados pelas políticas de amortização do imobilizado de exploração e de constituição de
provisões para a cobertura de riscos e encargos associados à sua actividades operacional.
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Os resultados de exploração devem situar-se a um nível adequado e que permita a cobertura do custo do
capital, isto é, do custo da dívida (CFF) e do custo dos capitais próprios.
O rácio de cobertura dos custos financeiros (RCF) expressa a relação entre os resultados de exploração (RE)
e os custos financeiros de financiamento (CFF). Assume na vida prática uma certa importância na análise
empírica da capacidade de endividamento da empresa.
Re sultado Exploração ( RE )
RCF 100
Custo Financeiro Financiamento (CFF )
Note-se que a adequabilidade deste rácio varia com o risco sectorial, e que o seu empirismo resulta do facto
da verdadeira capacidade de endividamento da empresa depender, não dos resultados de exploração
contabilísticos mas sim da aptidão dos cash flows futuros para satisfazer a totalidade do serviço da dívida
(Capital e Juros).
Re sultado Exploração ( RE )
Rácio da Taxa de Margem de Exploração (RTME)= 100
Vendas Líquidas (VL )
3. Os Resultados Líquidos
Os resultados líquidos anuais são indicadores absolutos de rendibilidade global mais importantes, pois,
constituem a base a base da remuneração dos capitais próprios (dividendos e lucros distribuídos) ou, quando
retidos, contribuem para aumentar o valor contabilístico da empresa.
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A existência de resultados líquidos positivos ao longo do tempo, graças aos resultados extra-exploraçào,
oculta geralmente uma realidade económica endémica que os gestores não querem ou não podem
ultrapassar, note-se que, em condições normais, estas situações não são de aceitar.
Os meios libertos líquidos totais (MLL) são o somatório das amortizações (exploração e extra-exploração),
das provisões líquidas (exploração e extra-exploração) e dos resultados líquidos.
Os meios libertos líquidos são indicadores de natureza simultaneamente económica e financeira, pois, são
afectados, respectivamente, pela exploração (proveitos e custos de exploração) e pela estrutura e política
financeira (CFF) além do enquadramento fiscal da empresa (nível da taxa de imposto sobre lucros).
Os meios libertos líquidos anuais da empresa representam os excedentes financeiros líquidos gerados pela
sua exploração e por outras actividades, e que, portanto, não foram absorvidos pela cobertura de todos os
seus custos anuais desembolsáveis, isto é, com excepção das amortizações e provisões.
Os meios libertos líquidos anuais constituem um contributo positivo para a tesouraria global da empresa, ou
seja, representam o mais significativo dos seus recursos financeiros anuais (meios líquidos) destinados a
diversas finalidades: remuneração de capitais próprios; simples consolidação da consolidação da situação
financeira; reembolso de débitos de financiamento (ciclo de operações financeiras); financiamento dos
investimentos em fundo de maneio necessário e dos investimentos de capital fixo.
O rácio de meios libertos líquidos representa a parcela relativa das vendas líquidas que gera excedentes
financeiros líquidos.
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Os meios libertos líquidos anuais retidos (MLLR) ou autofinanciamento anual são compostos pelos meios
libertos líquidos anuais, deduzidos os resultados (preferenciais ou ordinários) distribuídos aos sócios
(accionistas), trabalhadores e órgãos sociais (RD).
O autofinanciamento anual resulta da influência dos factores económicos, financeiros e de natureza fiscal,
legais (obrigatoriedade da constituição da reserva legal) ou relacionados com o pacto social da própria
empresa (constituição de reservas estatutárias) e, finalmente, da política de distribuição de dividendos.
A rendibilidade dos capitais próprios da empresa (RCP), também designada por return on equity (ROE),
expressa-se pela seguinte relação:
Ou
A primeira razão é conhecida por rendibilidade líquida do activo ou return on investiment (ROI), e depende
dos resultados de exploração, dos resultados extra-exploração, do nível dos custos financeiros de
financiamento, dos impostos sobre rendimento e dos activos de exploração e extra-exploração.
A rendibilidade dos capitais próprios depende dos resultados de exploração e global da empresa. A
rendibilidade do activo de exploração da empresa (REA), define-se assim:
Re sultados de Exploração ( RE )
REA 100
Activo Total de Exploração Líquido ( ATEL ) 8
Ou
RE
Rendibilidade das Vendas
VLREA Re sultados de Exploração ( RE ) Vendas Líquidas (VL)
100
Vendas Líquidas (VL) Activo Total de Exploração Líquido ( ATEL )
7. A Rendibilidade de Exploração
A classificação dos custos conforme a sua variabilidade com o volume de actividade é fundamental para a
tomada de muitas decisões e análise de rendibilidade.
Em relação ao volume de actividade os custos classificam-se em custos fixos e custos variáveis.
Custos Fixos
Os Custos Fixos são aqueles que não variam quando se altera o volume ou são pouco sensíveis á sua
variação. São os que proporcionam a capacidade para produzir ou vender, razão porque também se chamam
custos de capacidade.
Tipos de capacidade:
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Capacidade física, que é dada pelos edifícios, equipamentos;
Capacidade organizacional, dada pelos quadros da empresa, e;
Capacidade financeira, dada pelas possibilidades financeiras da empresa.
Nota:
1. Os custos fixos totais são os que se mantêm invariáveis mesmo que varie o volume (de produção ou
de venda);
2. Os Custos fixos unitários aumentam ou diminuem conforme volume (de produção ou de venda)
diminui ou aumenta, respectivamente.
Custos Variáveis
i. São custos que variam necessariamente quando o volume aumenta ou diminui;
ii. São custos que resultam da utilização da capacidade existente;
Podem ser:
Proporcionais - quando variam proporcionalmente com o volume;
Progressivos - quando crescem a uma taxa maior que a taxa de crescimento do volume, e;
Digressivos - quando crescem a uma taxa menor que a taxa de crescimento do volume.
Para facilitar análise dos custos variáveis, geralmente se assume que eles são variáveis proporcionais.
Nota:
1. Os custos variáveis totais é que aumentam ou diminuem conforme o volume (de produção ou de
venda) aumenta diminui ou, respectivamente.
2. Os custos variáveis unitários (proporcionais) mantêm-se invariáveis mesmo que varie o volume (de
produção ou de venda);
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5. Resultados Líquidos 1.000
Margem de Contribuição
Designa-se por Margem de Contribuição ao montante remanescente das vendas depois de deduzir os custos
variáveis.
Deve ser suficientemente razoável para cobrir custos fixos e, ainda, proporcionar lucros.
Exemplo:
TRANSPORTES BAESSA
Demonstração de Resultados
Março de 2009
Descrição Total Unitário
1. Vendas (400 passagens) 100.000 250
2. Custo Variáveis -60.000 -150
3. Margem de Contribuição 40.000 100
4. Custos Fixos 35.000
5. Resultados Líquidos 5.000
Se a empresa puder vender mais passagens que possam gerar uma margem de contribuição de 35.000, todos
os custos fixos estarão cobertos e a empresa atingirá o seu ponto crítico (Break even point).
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3. Margem de Contribuição 35.000 100
4. Custos Fixos 35.000
5. Resultados Líquidos 0
Quando a empresa se afasta do ponto crítico, o resultado líquido pode ser assim calculado:
RL = Margem de contribuição unitária X Aumento das quantidades.
TRANSPORTES BAESSA
Demonstração de Resultados
Descrição Total Unitário Percent.
1. Vendas (400 passagens) 100.000 250 100
2. Custo Variáveis -60.000 -150 -60
3. Margem de Contribuição 40.000 100 40
4. Custos Fixos -35.000
5. Resultados Líquidos 5.000
Por cada MT de crescimento de vendas, a margem de contribuição irá crescer em 40 centavos e, uma
vez atingido o ponto crítico, o resultado líquido aumentará, também em 40 centavos.
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Total Unitário Percent.
1. Vendas (400 passagens) 100.000 250 100
2. Custo Variáveis 60.000 150 60
3. Margem de Contribuição 40.000 100 40
4. Custos Fixos 35.000
5. Resultados Líquidos 5.000
Resposta: Sim.
Resposta: Sim
Resposta: Sim
Análise do Ponto crítico
Já definimos o ponto crítico como sendo o nível das vendas que assegura, pelo menos a cobertura dos custos
totais. O ponto crítico responde a perguntas sobre até que ponto as vendas podem baixar antes de a empresa
entrar para a zona do prejuízo.
Fórmula de Cálculo
Cf
Qc
Pu - Cvu
Para o caso da empresa Transportes Baessa, o ponto crítico poderia ser assim calculado:
Cf
Qc
Pu - Cvu
35.000
Qc
250,00 - 100,00
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Para que a empresa não tenha lucro nem prejuízo deve transportar pelo menos 350 passageiros.
Vc = Qc x Pv = 350 x 250 = 87.500,00 o que significa que a para a empresa não tenha lucro nem prejuízo
deve fazer uma receita mínima de 87.500.
Cf
Vc
Também podemos usar a formula: pv - cvu
pv
Quando não dispomos do custo variável unitário, mas a percentagem da margem de contribuição é
conhecida, podemos calcular o ponto crítico pela seguinte formula:
Cf
Vc
%MC
Para o caso da empresa Transportes TSUTSUMA, o ponto crítico em valor poderia ser assim calculado:
35.000,00
Vc
0,40
Vc = 87.500,00.
Conhecido o ponto crítico pode-se rapidamente estimar o resultado esperado, pois ficando os custos fixos
cobertos pela margem de contribuição proporcionada pelo ponto crítico (note que podemos definir ponto
crítico como o nível de vendas em que a margem de contribuição é igual aos custos fixos), o resultado
estimado será igual à margem de contribuição proporcionada pelas vendas para além do ponto crítico.
Admitamos que a empresa transportes o Director da Empresa Baessa pensa que no mês seguinte as vendas
aumentarão em 100 passagens, passando das actuais 400 para 500 passagens. Calcule o resultado esperado.
Resultado = (500-375)* (250-150) =125*100 = 12.500,00.
Margem de Segurança
A margem de segurança é o excesso das vendas esperadas sobre o ponto crítico. Indica até ponto as vendas
podem baixar sem que a empresa incorra em prejuízos.
Formula de Cálculo
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A margem de segurança pode ser expressa em forma de percentagem, dividindo a Margem de segurança,
pelas vendas totais.
Vendas Totais - Ponto Crítico
%Margem de Seg
Vendas Totais
Na hipótese básica dos transportes Baessa em que as vendas são de 100.000, e as vendas Críticas de
87.500,00, teríamos:
Vendas 100.000
Ponto Crítico das vendas 87.500
Margem de Segurança em valor 12.500
Margem de Segurança em percentagem 12.5%
Isto diz-nos que na actual estrutura de preços e custos, as vendas das empresa podem baixar até
12.5%, sem que a empresa incorra em prejuízos.
Exemplo: Consideremos o caso de 2 pequenas unidades agrícolas em Niassa. A farma A, do senhor Haizel
(moçambicano) e a farma B do senhor Yuri (Sul africano). A farma A é intensiva em trabalho (sazonal) e a
firma B é intensiva em capital. Consequentemente, a farma A tem maiores custos variáveis e a farma B tem
maiores custos fixos.
Qual das duas empresas tem a melhor estrutura de custos? A resposta depende de muitos factores, tais como
a tendência das vendas a longo prazo, a flutuação anual das vendas e a atitude dos proprietários com relação
ao risco.
Admitamos que na próxima campanha se espera que as vendas atinjam o montante de 110,000.
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Farma ZECA ZACA FARMA W. VAN ZYL
Descrição Valor Percent. Valor Percent.
Vendas 110,000 100 110,000 100
Custos Variáveis 66,000 60 33,000 30
Margem de Contrib. 44,000 40 77,000 70
Custos Fixos 30,000 60,000
Resultado Líquido 14,000 17,000
Neste caso diríamos que a farma de W. VAN ZYL tem uma melhor estrutura de custos. Isto resulta do facto
de que esta tem uma maior margem de contribuição, daí que os seus resultados crescerão, percentualmente,
mais rapidamente que o crescimento das suas vendas.
Qual é a melhor estrutura de custos quando esperamos uma baixa nas vendas?
Qual é o ponto crítico das duas farmas? Qual é a sua margem de segurança?
Haizel Yuri
1. Custos Fixos 30,000 60,000
2. Margem de Contrib. Percentual 40% 70%
3. Ponto Crítico em Valor (1:2) 75,000 85,714
4.Vendas totais Actuais 100,000 100,000
3. Ponto Crítico em Valor 75,000 85,714
5. Marg. de Segurança em valor (4-3) 25,000 14,286
6. Marg. de Segurança Em % (5:4) 25% 14.3%
Os dados acima demonstram que a firma do Haizel é menos vulnerável às quedas nas vendas do que a farma
de Yuri. Podemos identificar duas razões para essa vulnerabilidade:
Os Baixos custos de Haizel que lhe permitem ter um baixo ponto crítico e uma alta margem de segurança.
Por isso não incorrerá tão rapidamente em prejuízos como a outra farma;
Devido a sua baixa margem de contribuição percentual, Haizel não perderá tão rapidamente a sua margem
de contribuição, como outra farma quando as vendas baixarem.
Portanto, podemos concluir que a estrutura de custos de Haizel não é boa quando se espera uma alta das
vendas, mas é boa quando se espera que as vendas caiam.
Nota
Sem um conhecimento sobre as tendências futuras é impossível dizer qual é a melhor estrutura de custos.
Ambas tem vantagens e desvantagens.
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Lucro Vendas CTotal
Lucro Q Pr eco (C.Variaveis C.Fixos )
Lucro Q Pr eco Q Cvu C.Fixos
Lucro Q (Pr eco Cvu ) C.Fixos
Lucro C.Fixos Q (Pr eco Cvu )
Lucro C.Fixos
Q
Pr eco Cvu
O efeito económico de alavanca resulta unicamente da existência de custos fixos e permite analisar a
capacidade da empresa para utilizar uma certa e determinada estrutura técnico-produtiva, comercial e
administrativa no sentido de maximizar os resultados de exploração.
Suponhamos que a empresa Baessa apresenta as seguintes relações entre os resultados de exploração e o
nível de actividade:
Milhares de Contos e %
(1’’) (1’) 0 1’ 1’’
Vendas 60 80 100 120 140
Custos variáveis totais (CV) 42 56 70 84 98
Custos Fixos totais (CF) 20 20 20 20 20
Resultados de Exploração (RE) (2) 4 10 16 22
∆% do nível de actividade( VL VL0 ) (40) (20) 0 20 40
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∆% do nível de Resultados de Exploração( RE RE 0 ) (120) (60) 0 60 120
Relação entre a ∆% do nível de Resultados de Exploração
RE RE 0
e o nível de actividade( VL VL0 ) 3 3 0 3 3
O exemplo apresentado nos permite verificar que a relação entre as variações percentuais dos resultados de
RE RE0
exploração e o nível de actividade ( VL VL0 ) é sempre igual a 3, designado este multiplicador
fixo por Grau Económico de Alavanca.
O GEA permite responder as seguintes questões: Quanto devem ser variadas as vendas para que seja obtido
um certo resultado de exploração. Qual é a variação das vendas que pode proporcionar os resultados de
exploração desejados.
A condição para existência do Grau Económico de Alavanca são os pressupostos do CVR, particularmente
os custos fixos e é sempre maior que à unidade.
MT 112,5
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CF 80
RL 32,5
Estes conceitos podem ser utilizados para avaliar o risco económico e a viabilidade económica da empresa.
Como reduzir o risco económico através de uma política de marketing de modo a reduzir a volatilidade
da procura e dos preços a aumentar as negociações com os fornecedores e clientes.
Consideremos a empresa Naira, Lda
2003 2004
Vendas 2.000 3.000
Custos variáveis 1.000 1.500
Margem Contribuição 1.000 1.500
Custos Fixos 600 500
Resultado de Exploração 400 1.000
GEA 2.5 1.5
Ponto Morto Económico 1.200 1.000
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Fórmulas para o Cálculo do Ponto Morto Económico
CF
1. Ponto Morto em Quantidade: Q p cvu
CF
2. Ponto Morto em Valor: V p cvu
p
CF CFF
3. Ponto Morto Total: PMT p cvu
p
Resolução
150.000
1. Ponto Morto em Quantidade: Q 2 1,2 187.500 unidades
150.000
375.000
2. Ponto Morto em Valor: V 2 1,2
2
150.000 25.000
437.500
3. Ponto Morto Total: PMT 2 1,2
2
Quando o nível de actividade da empresa se situar no seu ponto morto económico, a margem bruta será
justamente suficiente para a cobertura dos custos fixos totais e os resultados de exploração serão nulos,
contudo, em termos financeiros, continuará a verificar-se a criação de excedentes correspondentes ao
somatório das amortizações e provisões (líquidas) para a cobertura de diversos riscos de exploração, pois,
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embora traduzindo custos do respectivo exercício económico, não envolvem quaisquer fluxos financeiros
(pagamento).
Não podemos esquecer, contudo, que os resultados da empresa correspondentes ao ponto morto económico
correspondem a prejuízos reais, pois o custo de capital não pode ser ignorado.
Como podemos observar, as relações entre as variações percentuais dos resultados líquidos e as variações
RL RL0
percentuais dos resultados de exploração ( RE RE0 ) são, para uma determinada estrutura
empresarial e para diferentes níveis de actividade, constantemente iguais a um multiplicador fixo (1.7)
designado Grau Financeiro de alavanca Ou Grau de Alavanca Financeiro.
Milhares de Contos e %
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(1’’) (1’) 0 1’ 1’’
Vendas 60 80 100 120 140
Custos variáveis totais (CV) 42 56 70 84 98
Custos Fixos totais (CF) 20 20 20 20 20
Resultados de Exploração (RE) (2) 4 10 16 22
Custos Financeiros de Financiamento (CFF) 4 4 4 4 4
Resultados Antes de Imposto (RAI) (6) 0 6 12 18
Imposto sobre Rendimento 3 0 3 6 9
Resultado Líquidos (RL) (9) 0 3 6 9
∆% do nível de Resultados de Exploração( RE RE 0 ) (120) (60) 0 60 120
∆% de RL( RL RL0 ) (200) (100) 0 100 200
Relação entre a ∆% do nível de RL
RL RL0
e de RE ( RE RE0 ) 1.7 1.7 0 1.7 1.7
Re sultados Exploração ( RE )
GFA
Re sultados Antes de Im posto ( RAI )
Ou
Re sultado Líquido ( RL) Re sultado Exploração ( RE )
Re sultado Líquido ( RL) Re sultado de Exploração ( RE )
Se a rendibilidade de activos de exploração for superior ao custo médio do capital, significa que quanto
maior for o recurso a capital alheio mais será o efeito incremental na rendibilidade dos capitais próprios.
1. Grau de Alavanca financeira (GAF) – avalia a capacidade de o negocio da empresa fazer face aos
compromissos financeiros. Quanto maior for o GAF maior é o risco financeiro;
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Capitais Pr óprios
2. Solvabilidade = Capitais Alheios ; este indicador avalia a capacidade da empresa para fazer face
aos seus compromissos com terceiros. Podemos seguir um sistema de notação onde a empresa é
caracterizada por cinco rácios, onde se inclui a solvabilidade, de modo a avaliar o risco de crédito:
Clientes Disponibilidades
Liquidez reduzida = Passivo de curto prazo
Capitais Pr óprios
Cobertura do Imobilizado =
Im obilizado
Custo das Vendas
Rotação das existências = Exustências Médias
Se o rácio respectivo for igual a um, a rácio da empresa está normal e se for superior é favorável.
Passivo
3. Estrutura Financeira = Capital Pr óprio
Este indicador, expresso em percentagem, indica a taxa média do custo do financiamento da empresa. Esta
taxa resulta da média ponderada do custo de oportunidade dos capitais próprios com o custo médio do
capital alheio (taxa de juro).
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O ponto morto financeiro (PMF) corresponde, dentro de todos os pressupostos económicos da teoria CVR,
ao nível de actividade da empresa em que os recebimentos de exploração igualam os pagamentos de
exploração.
A determinação algébrica do valor do ponto morto financeiro de exploração é idêntica à do ponto morto
económico de exploração, embora de devam deduzir os custos fixos de exploração periódicos (CF) os
custos fixos não desembolsáveis periódicos (CND), isto é, os que não envolvam pagamentos
(amortizações e provisões de exploração).
Custos Fixos (CF ) Custos Não Desembolsá veis (CND ) Onde: p - preço
PMF
p cvu
Cvu – custo variável unitário
p
Nota: Os CFF não são considerados custos de exploração, portanto, ficam de fora.
Quando o nível da actividade da empresa se situa no ponto morto financeiro de exploração, não são
gerados quaisquer excedentes financeiros e os resultados negativos de exploração correspondem ao
somatório das amortizações e provisões para a cobertura de riscos e encargos de exploração.
Tal como referimos anteriormente, o conceito de ponto morto financeiro de exploração ignora a ocorrência
dos custos financeiros de financiamento, desta forma, muitas vezes assiste-se na vida prática a
determinação do ponto morto financeiro total (PMFT), através da inclusão dos custos financeiros de
financiamento nos custos fixos desembolsáveis.
Se a empresa estiver a operar no ponto morto financeiro, a empresa tem um deficit de tesouraria
igual a CFF;
Se a empresa estiver no ponto morto económico, tem prejuízo que é igual a CFF;
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Se a empresa estiver a operar no ponto morto económico total, a mesma não tem prejuízo mas o
resultado é igual a zero;
Exemplo:
Preço de venda unitário (p) = 20,00
Nível de Vendas (Q) = 20.000 unidades
Custo variável unitário (cvu) = 12,00
CFTotais = 130.000
Amortizações e Provisões (CND) = 30.000
CFF = 20.000
130.000 30.000
250.000 Cts
1. PMF 20 12
20
(130.000 20.000) 30.000
300.000 Cts
2. PMFT 20 12
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Medição do risco Global
Grau de Alavanca combinada (GAC)
MT RE
GAC = GEA GFA
RE RAI
O Grau de Alavanca Combinada mede a sensibilidade do resultado líquido corrente às variações do volume
de vendas. Quanto maior for o seu valor mais será o risco global.
Significa que uma ∆X% nas vendas, mantendo a estrutura de custos e os custos financeiros de
financiamento, implica uma ∆y% nos resultados de exploração.
O GAC quantifica o peso dos custos fixos de exploração e dos custos financeiros e o impacto nas variações
das vendas sobre os resultados de exploração.
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