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Língua = objeto de

dominação

Relações de poder
Ganha quem tem mais força.
Colonizador x colonizado

Língua viva em constante


evolução
Você sabia...
Que a língua portuguesa veio do latim
?
Tudo começou em 208 Invadiram a Península Ibérica e
a.C, durante a impuseram sua cultura, desde
expansão do império religião e filosofia à política e
Romano. educação.
Sendo a língua um dos maiores
sinais de dominação, logo o latim foi
propagado e estabelecido nos
territórios adquiridos.
O latim possuía duas formas:
clássico, falado por filósofos, O português
poetas, políticos e pessoas da alta originou-se do latim
classe e o vulgar, usados pelas vulgar !
camadas populares.

Com a expansão marítima no século XV d.C,


Portugal ampliou seus domínios levando a língua
portuguesa levou aos quatro continentes.
No Brasil
Havia uma certa homogeneidade
Quando os portugueses chegaram aqui, cultural e linguística em alguns locais
encontraram os índios, segundo Mattos e em que predominavam povos indígenas
Silva (2004, p.92), buscando uma do tronco tupi.
interpretação para a difusão generalizada Este fato tornou possível a
da língua portuguesa no Brasil, afirma que gramaticização por José de Anchieta
até meados do século XVIII, o da Língua mais falada na costa do
multilinguismo generalizado caracterizou Brasil, gramática que serviu de base
o território brasileiro. para a catequese inicial e para a sua
No início da colonização portuguesa no aprendizagem pelos primeiros colonos
Brasil, havia mais de mil línguas indígenas, letrados, assim como tornou possível o
de vários troncos e famílias linguísticas. conhecimento do que veio a ser
chamada de língua geral.
Os colonizadores portugueses, principalmente os padres jesuítas,
difundiram o idioma no Brasil. No entanto, diversas palavras
indígenas foram incorporadas ao português e, posteriormente,
expressões utilizadas pelos escravos africanos e imigrantes também
foram adotadas. Assim, o idioma português foi se juntando à família
linguística tupi-guarani, em especial o Tupinambá, um dos dialetos
Tupi. Os índios, subjugados ou aculturados, ensinaram o dialeto aos
europeus que, mais tarde, passaram a se comunicar nessa "língua
geral", o Tupinambá. Em 1694, a língua geral reinava na então
colônia portuguesa, com características de língua literária, pois os
missionários traduziam peças sacras, orações e hinos, na catequese.
Entretanto, a situação de Os negros também tinham
multilinguismo não se esgota suas próprias línguas, e ao
com as línguas indígenas, pelo chegar ao Brasil tinham
contrário, ela viria a se que aprender a língua
enriquecer ainda mais com a Geral (Tupi).
chegada dos escravos africanos
no Brasil, a partir de 1549.

Da pra imaginar a riqueza


vocabular desse período???
Com a chegada do idioma iorubá (Nigéria) e do quimbundo
(Angola), por meio dos escravos trazidos da África, e com novos
colonizadores, a Corte Portuguesa quis garantir uma maior
presença política. Uma das primeiras medidas que adotou, então,
foi obrigar o ensino da Língua Portuguesa aos índios e proibir a
língua Geral.
Heranças indígenas e africanas em nosso
vocabulário

Indígena Africanas

arara açaí acará Búzios


baiacu aipim acarajé bunda
capivara Macapá angu cachimbo
gambá Maceió vatapá cachaça
jabuti Maranhão axé caçula
jacaré Morumbi babá camundongo
abacaxi Maracanã berimbau capanga
Conforme Castro, o intercâmbio linguístico, entre África e Brasil foi
provavelmente favorecido pela proximidade relativa da estrutura
linguística do português europeu antigo e regional com as línguas
negro-africanas que o mestiçaram.
Entre essas familiaridades, destaca-se o sistema de sete vogais orais
(a, e, ê, i, o, ô, u) e a estrutura silábica ideal (CV.CV) (consoante
vogal, consoante vogal), em que se verifica a preservação do centro
vocálico de cada sílaba, mesmo átona.

A esse respeito, vale a pena destacar que existem semelhanças entre


o português falado no Brasil e na África, em relação ao ritmo, à
cadência da língua, devido à ocorrência dessa intercalação entre
consoante e vogal presente nas palavras em geral.
CASTRO, Y. P. de. A língua mina-jeje no Brasil: um falar
africano em Ouro Preto do século XVIII. Belo Horizonte:
Fundação João Pinheiro; Secretaria de Estado da Cultura, 2002.
Questão indígena: entenda
o que está acontecendo
com essa cultura viva!
Os povos indígenas, que exploraram durante séculos os diversos
biomas do planeta, têm muito a ensinar sobre uma relação
harmoniosa entre o homem e a natureza.

No Brasil, após mais de quatro séculos de expropriação, tortura e


escorraçamento, esse povo alcançou o direito de habitar áreas
demarcadas e protegidas por lei, por meio de revoltas indígenas no
período colonial. Assim, hoje temos as
chamadas Terras ou Reservas Indígenas.

Para o índio, a terra onde ele mora é mais do que simplesmente um


meio de subsistência ou recurso natural. Ela, de fato, representa
um recurso sociocultural, sendo necessária para o suporte da
sua cultura e modo de vida.
É por esse motivo que a Constituição Federal, no artigo 231, coloca tais
reservas como Bens da União, ou seja, essas terras são inalienáveis e
intransferíveis, além de serem de uso exclusivo dessa etnia.

A Fundação Nacional do Índio (Funai) é uma instituição federal vinculada


ao Ministério da Agricultura responsável por gerenciar a política
indigenista no Brasil. Ela demarca as terras, estabelece as condições ideais
de justiça e sustentabilidade social, além de impedir invasões.
A demarcação de terras, além de valorizar a cultura dos povos indígenas
no Brasil, também é importante por combater o desflorestamento e
contribuir na preservação das espécies da fauna e da flora local.
A questão indígena e a incorporação de terras para a agricultura

O assunto relacionado à devastação da floresta amazônica não é recente,


mas ultimamente um grande problema vem se agravando
pela incorporação de terras indígenas para a agricultura.
Não é à toa que manifestações compostas por índios estão ficando cada vez
mais comuns em Brasília. Trata-se de um reflexo, após uma série de
manobras realizadas pelo governo, que prejudica diretamente seus direitos
e interesses.
Tudo isso porque existem diversos projetos circulando no legislativo que
afetam os povos indígenas no Brasil e sua cultura. Dentre eles, o mais
famoso é a PEC 215, que modifica as regras para demarcar suas terras. Essa
proposta já foi aceita pela Comissão Especial e segue para ser votada no
Plenário da Câmara.
A principal característica dessa Emenda à Constituição é a
transferência do poder de demarcação das terras indígenas do
Executivo para o Congresso Nacional. Ela também realiza a
ratificação das demarcações que já foram homologadas.

Quem se beneficia disso é a bancada ruralista, que defende


os interesses do agronegócio, pois várias das demarcações
aconteceram em áreas que pertenciam a latifundiários. Dessa
maneira, as terras das reservas indígenas estão ameaçadas frente a
expansão da agricultura. A cultura indígena no Brasil pode passar
por maus bocados se essa proposta for adiante.

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