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II - LÓGICA INFORMAL

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1. Considere a letra da canção dos Deolinda – Parva que eu sou – e o artigo que se lhe segue.
Parva que eu sou – Deolinda

Sou da geração sem remuneração


E nem me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!

Porque isto está mal e vai continuar,


Já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
Que mundo tão parvo
Que para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração «casinha dos pais»,


Se já tenho tudo, para quê querer mais?
Que parva que eu sou!
Filhos, marido, estou sempre a adiar
E ainda me falta o carro pagar,
Que parva que eu sou!
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração «vou queixar-me para quê?»


Há alguém bem pior do que eu na TV.
Que parva que eu sou!
Sou da geração «eu já não posso mais!»
Que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar.

«Parva que Sou»: Deolinda disponibilizam gravação da canção-fenómeno


Banda mostra-se emocionada e agradecida com reação do público à música apresentada nos coliseus e
promete versão com mais qualidade de som, em breve. (…) «Durante os ensaios e até em apresentações
feitas a amigos nunca imaginámos a dimensão que a sua letra poderia tomar», salientam os quatro músicos
dos Deolinda. «Foi com grande surpresa e emoção que assistimos a uma reação tão intensa e espontânea por
parte das pessoas que estavam a ouvir uma música inédita. Verso a verso, fomos sentindo o público a
apropriar-se da canção e a tomá-la como sua. Foram quatro momentos especiais e porventura únicos de
comunhão entre nós e o público». A banda mostra-se ainda satisfeita com «o debate e o diálogo em volta de
um assunto atual e da maior pertinência», após a divulgação da música e respetiva letra «nas redes sociais e
nos meios de comunicação». (…) Ana Bacalhau, Pedro da Silva Martins, Luís José Martins e Zé Pedro
Leitão despedem-se agradecendo ao público pelo carinho e à imprensa pelo «genuíno interesse» em «Parva
que Sou». «Mais não precisamos de dizer. A canção fala por si».
Jornal Blitz em linha, «Parva que Sou: Deolinda disponibilizam gravação da canção-fenómeno», 3-2-2013,
in http://blitz.sapo.pt/ [consultado a 16-10-2013].
1.1.Que meio de persuasão foi especialmente eficaz no caso da canção dos Deolinda? Porquê?
2. Considere o cartaz da Amnistia Internacional (França, 2007) e a respetiva legenda.
«300 000 crianças-soldado sonham simplesmente em ser crianças».
2.1.Que elementos na imagem nos permitem afirmar que se privilegia o pathos em detrimento de outros
meios de persuasão?
Cenários de resposta
1.1. Sem dúvida, o pathos, na medida em que as pessoas se identificaram com a canção, se reviram nela e se
apropriaram dela tomando-a como sua. O sucesso de «Parva que Sou» passa por a letra ter sido capaz de dar
voz a uma boa parte de uma geração e por permitir cantar em coro, em comunhão, a indignação e a
frustração de uma situação muitas vezes vivida solitariamente.
2.1. Três elementos são cruciais, a nosso ver: por um lado, ao fundo, as crianças enforcadas em
consequência dos conflitos e, provavelmente, de julgamentos sumários; por outro, as crianças equipadas
como soldados que riem e baloiçam, como crianças que são, nas cordas dos enforcamentos. Por último, uma
frase que nos dá conta de números pesados e que nos lembra que as crianças-soldado antes de serem
soldados são crianças, procurando mobilizar-nos, através da comoção, para a causa.
p. 91
1. Considere a imagem.

Cartaz de uma campanha da WWF (2007). Nele podemos ler: «Tu podes ajudar. Para o aquecimento global.
Animais de todo o mundo estão a perder os seus habitats em virtude do aquecimento global. Desligando a
TV, a aparelhagem e o computador quando não os estás a usar, contribuis para prevenir isso.»
1.1.Formule um argumento dedutivo válido a partir da imagem.
1.2.Construa uma generalização a partir da imagem.
1.3.Apresente uma previsão, considerando a imagem.
1.4.Formule um argumento por analogia, considerando a imagem.
1.5.Construa um argumento de autoridade a propósito da imagem.
Cenários de resposta
1.1. Os animais estão a perder o seu habitat em virtude do aquecimento global. A foca é um animal. Logo, a
foca está a perder o seu habitat em virtude do aquecimento global.
1.2. Focas, ursos-polares e pinguins são animais das regiões polares que têm vindo a perder o seu habitat em
virtude do aquecimento global do planeta. Logo, todos os animais das regiões polares têm vindo a perder os
seus habitats em virtude do aquecimento global do planeta.
1.3. Até hoje sempre desliguei o computador quando não o estou a usar. Logo, da próxima vez que não
estiver a usar o computador ele estará desligado.
1.4. Os sem-abrigo das grandes cidades vivem hoje em condições muito precárias e dramáticas. As focas,
em virtude da perda dos seus habitats, são hoje como os sem-abrigo das grandes cidades. Logo, as focas, em
virtude da perda dos seus habitas, vivem hoje em condições muito precárias e dramáticas.
1.5. A WWF afirma que, em virtude do aquecimento global do planeta, animais de todo o mundo estão a
perder os seus habitats. Logo, é verdade que, em virtude do aquecimento global do planeta, animais de todo
o mundo estão a perder os seus habitats.
p. 92
1. Considere o cartaz da Amnistia Internacional (Portugal, 2008).

1.1.O preconceito islamofóbico tem subjacente uma generalização precipitada. Apresente as premissas e a
conclusão do argumento.
Cenário de resposta
1.1. Premissas: A é muçulmano e é terrorista. B é muçulmano e é terrorista (uma amostra claramente
reduzida e pouco representativa dos muçulmanos no seu todo). Conclusão: Logo, todos os muçulmanos são
terroristas.
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1. Considere o cartaz publicitário da TBWA (França, 2006).

1.1.O argumento por analogia estabelece uma comparação. Apresente as premissas e a conclusão do
argumento implícito neste anúncio publicitário.
1.2.Que elementos relevantes sobre o que está a ser comparado são ignorados?
Cenários de resposta
1.1. Premissas: As almofadas são retangulares, fofas e capazes de produzir bem-estar. As fatias de pão da
marca em questão são como almofadas. Conclusão: Logo, as fatias de pão da marca em questão são
retangulares, fofas e capazes de produzir bem-estar.
1.2. Compara-se, por exemplo, um alimento (o pão) com algo cuja função é substancialmente distinta (a
almofada). Além disso, a própria noção de «fofo» ou «macio» é distinta quando falamos de pão ou
almofadas.
p. 94
1. Considere o cartaz da APAV (Portugal, 2011).

1.1.O argumento de autoridade subjacente ao cartaz é forte ou fraco? Porquê?


Cenário de resposta
1.1. É um argumento forte, pois (1) a fonte citada, a APAV, (2) é qualificada para a informação, porque se
trata uma organização vocacionada e com trabalho desenvolvido e reconhecido na área de crime de
violência doméstica, entre outros, e (3) não existe informação que contradiga as afirmações da APAV ou
números que ponham em causa os avançados pela organização.
p. 125
1. Assinale com V as afirmações verdadeiras e com F as falsas.
A. Demonstração é sinónimo de prova ou de inferência dedutiva válida que parte de premissas
universalmente reconhecidas como verdadeiras.
B. A retórica é, segundo Aristóteles, considerar para cada questão o que pode ser adequado para
persuadir.
C. A retórica desenvolve-se em torno de um elemento específico que define a sua natureza – a
persuasão.
D. A argumentação retórica ou informal, ao contrário da demonstração, é impessoal e isolada de todo o
contexto.
E. A demonstração é uma forma de argumentação que visa admitir o caráter razoável ou verosímil de
uma dada teoria ou conclusão.
F. Persuade-se pelo ethos quando o auditório é levado a sentir emoções por meio do discurso.
G. Persuade-se pelopathos quando o auditório é conduzido a acreditar que o orador é digno de
confiança.
H. Ethos, pathos e logos são, na perspetiva aristotélica, três meios de persuasão criados pelo orador.
I. O argumento «Até hoje sempre assaltei bancos e nunca fui preso; logo, da próxima vez que assaltar
um banco continuarei sem ser preso» é uma previsão.
J. O argumento «Até hoje sempre assaltei bancos e nunca fui preso; logo, nunca serei preso» é uma
generalização.
K. O argumento «Desde sempre que os seres humanos são omnívoros; logo, é altamente provável que
não deixem de sê-lo» é um argumento indutivo forte.
L. O argumento «Todos os seres humanos observados até hoje são bípedes implumes; logo, o próximo
ser humano que observar deverá ser bípede e implume» é uma previsão fraca.
M. O argumento «As pessoas famosas são como estrelas; as estrelas brilham; logo, as pessoas famosas
brilham» é um argumento por analogia.
N. A utilização de cobaias na investigação médica e farmacêutica, como coelhos e ratos, por exemplo,
tem na sua base um raciocínio por analogia.
O. Os argumentos de autoridade são sempre legítimos, isto é, não existem argumentos de autoridade
fracos.
P. Atacar pessoalmente o autor de um argumento, ao invés de atacar o argumento em si mesmo, é um
bom exemplo de falácia do apelo à ignorância.
Q. Existem diferentes tipos de argumentos ad hominem: ad hominem abusivos, ad hominem
circunstanciais e ad homimentuoquoque.
R. A proximidade no espaço e no tempo de dois acontecimentos autoriza-nos a estabelecer entre eles
um elo de causa-efeito.
S. Os sofistas eram filósofos itinerantes que, andando de cidade em cidade, ofereciam gratuitamente os
seus serviços de professores de retórica e dialética.
T. Com o advento da democracia na Grécia Antiga, os melhores líderes políticos são aqueles que
dominam as técnicas de persuasão.
U. Os sofistas eram políticos atenienses que se dirigiam aos seus concidadãos na assembleia, tribunais e
ajuntamentos.
V. Protágoras defendeu que «O homem é a medida de todas as coisas», sentença que dá conta do seu
relativismo.
W. Sócrates e Platão opuseram-se ao relativismo e ceticismo dos sofistas.
X. Sócrates e Platão foram sofistas que defenderam o subjetivismo dos juízos de valor.
Y. Protágoras criou um modelo dualista, considerando a existência de duas realidades, a sensível e a
inteligível.
Z. Platão e Aristóteles reconheciam Protágoras e outros sofistas como sendo verdadeiros filósofos.
Cenários de resposta
(A) V; (B) V; (C) V; (D) F; (E) F; (F) F; (G) F; (H) V; (I) V; (J) V; (K) V; (L) F; (M) V; (N) V; (O) V; (P)
F; (Q) V; (R) F; (S) F; (T) V; (U) F; (V) V; (W) V; (X) F; (Y) F; (Z) F
V – HORIZONTES E DESAFIOS DA FILOSOFIA
p. 274
1. Considere o texto de José Luís Peixoto.
na hora de pôr a mesa, éramos cinco:
o meu pai, a minha mãe, as minhas irmãs
e eu. depois, a minha irmã mais velha
casou-se. depois, a minha irmã mais nova
casou-se. depois, o meu pai morreu. hoje,
na hora de pôr a mesa, somos cinco,
menos a minha irmã mais velha que está
na casa dela, menos a minha irmã mais
nova que está na casa dela, menos o meu
pai, menos a minha mãe viúva. cada um
deles é um lugar vazio nesta mesa onde
como sozinho. mas irão estar sempre aqui.
na hora de pôr a mesa, seremos sempre cinco.
enquanto um de nós estiver vivo, seremos
sempre cinco.
J. L. Peixoto, A Criança em Ruínas, Quetzal, 2012.
Sugestões de questões para introduzir o debate a propósito do sentido.
1.1.Poderemos falar em sentido sem os outros? Porquê?
1.2. O que significa ter/não ter sentido?
1.3.Que papel desempenha a consciência da finitude na procura de sentido?
1.4.Que papel desempenha a consciência de ser com os outros na procura de sentido?
. 279
1. Considere a imagem e respetiva legenda.
Imagem captada pela fotógrafa norte-americana MicahAlbert. Premiada no concurso WorldPressPhoto
2012, a fotografia foi tirada numa lixeira de Nairobi, capital do Quénia.
Sugestões de questões para introduzir o debate a propósito do sentido.
1.1.Temos obrigações éticas face aos menos favorecidos do planeta?
1.2.É capaz de apontar exemplos do poderia ser para si um bom projeto ético, de acordo com a perspetiva de
Singer?
p. 279
1. Considere a imagem e respetiva legenda.

Campanha criativa da cidade de Denver, no Estado do Colorado (EUA), cujo objetivo é promover a
poupança de água (use apenas o que precisa). A ética surge nas nossas vidas de forma muito comum e
quotidiana. Por exemplo, podemos agir eticamente enquanto consumidores, poupando recursos e/ou
preferindo produtos amigos do ambiente.
Sugestões de questões para introduzir o debate a propósito do sentido.
1.1.Que deveres éticos temos enquanto consumidores?
1.2.O que significa agir eticamente do ponto de vista ambiental?
p. 279
1. Leia atentamente a notícia que se segue.
Os imigrantes que trabalham nas obras das infraestruturas para o Mundial de Futebol de 2022, no Qatar, são
tratados “como gado”, revela um relatório da Amnistia Internacional.
O documento – O Lado Negro da Imigração: o setor da construção no Qatar antes do Campeonato
Mundial de Futebol – surge uma semana depois de o presidente da Federação Internacional de Futebol
(FIFA), Joseph Blatter, ter estado no Qatar e de dizer, após um encontro com as autoridades do país, que
«está tudo no bom caminho» quanto aos direitos dos trabalhadores.
Uma grande investigação do jornal britânico TheGuardian tinha denunciado que os imigrantes eram tratados
como escravos. O relatório da Amnistia vem corroborar o que era dito na reportagem do Guardian.
«É imperdoável que um dos países mais ricos do mundo submeta os imigrantes a esta forma brutal de
exploração, que os prive dos seus salários e que os deixe à sua sorte para sobreviverem», disse o secretário-
geral da Amnistia Internacional, SalilShetty. «A nossa investigação indica que há um elevado nível de
exploração no setor da construção no Qatar. A FIFA tem o dever de dizer publicamente que não tolera este
abuso dos direitos humanos na construção dos projetos relacionados com o Mundial.»
Os investigadores da Amnistia foram ao Qatar várias vezes entre outubro de 2012 e março de 2013,
observaram as condições de trabalho e de vida dos imigrantes e fizeram muitas entrevistas para chegar às
suas conclusões: os trabalhadores vivem em pavilhões superpovoados, não têm acesso a água corrente, estão
expostos ao lixo e muitos não podem desistir daquele trabalho porque têm, para com os empregadores,
dívidas que pagam através dos seus salários (o custo das viagens para o Qatar e da alimentação).
São os empregadores que ficam com os passaportes dos trabalhadores quando estes entram no Qatar. Por
isso, estão “presos” a contratos que os condenam a uma «forma moderna de escravatura», escreve a
Amnistia Internacional no relatório que concluiu que os operários sofrem de «danos psicológicas graves»; e
alguns suicidaram-se. De acordo com um documento obtido pelo Guardian para a reportagem «Os escravos
do Mundial do Qatar», publicada em setembro, entre 4 de junho e 8 de agosto morreram 44 trabalhadores,
todos nepaleses. Mais de metade morreu de ataque cardíaco e de acidentes no trabalho.
«Por favor, há alguma maneira de sair daqui? Estamos a enlouquecer», perguntou um nepalês que trabalha
há sete meses no Qatar sem receber e que estava proibido, pelo contrato, de sair do Qatar por mais três
meses. Muitos trabalhadores são mandados embora no fim dos contratos ou quando o empregador quer, sem
qualquer pagamento. O relatório relata casos de imigrantes que só foram autorizados a sair do Qatar depois
de assinarem, em frente a funcionários do Governo, documentos a dizer que tinham sido pagos quando não o
foram.
A exaustão foi um fator de peso nestas mortes, apesar de a lei do Qatar dizer que uma jornada de trabalho
não pode ter mais de dez horas e que no verão (quando as temperaturas sobem aos 50 graus) é proibido
trabalhar entre as 11h30 e as 15h. A falta de segurança também é um problema; a Amnistia relata que em
muitas zonas de construção os operários não têm sequer capacetes para se proteger. Os sindicatos ocidentais
que reagiram à notícia estimaram que há o risco de quatro mil pessoas morrerem na construção dos estádios
do Mundial 2022.
O Qatar tem a mais alta taxa de imigrantes e estes trabalham na sua esmagadora maioria em serviços
domésticos ou nos serviços mais baixos, como a construção civil. Para a construção dos estádios e das
infraestruturas do Mundial de 2022, recrutou mais 1,5 milhões de pessoas e 40% delas são nepaleses;
também há trabalhadores de outras zonas da Ásia, por exemplo do Bangladesh.
A Amnistia encontrou um encarregado de obra que trata os operários que tem a seu cargo por “animais”. É
contado o caso de um grupo de trabalhadores encarregados de levar mantimentos a uma zona em construção
- o documento refere que é no complexo onde deverá ser a sede da FIFA durante o Mundial - que denunciou
ser vítima de abusos e que contou ser tratado “como gado”.
As denúncias do Guardian e as advertências dos sindicatos levaram a FIFA a reagir e o seu presidente
anunciou que iria visitar o Qatar e avaliar o que se passava. Blatter encontrou-se com o emir, Tamim bin
Hamad bin Khalifa al-Thani, e no final disse ter ficado descansado com o que lhe foi apresentado e anunciou
que o Mundial do Qatar vai ser “espetacular”.
Mas, perante este relatório, a Federação Internacional de Futebol teve de reagir. «A FIFA espera que quem
organiza os torneios e as competições também tenha o maior respeito pelos direitos humanos», lê-se num
comunicado do organismo. O texto lembra que foram dadas a Blatter garantias de que as leis do trabalho
«estavam a ser melhoradas» e termina com um desejo: «O Mundial 2020 vai ter um efeito muito positivo no
Qatar e no próprio Médio Oriente e será uma grande oportunidade para esta região descobrir o futebol como
uma plataforma para que ocorram mudanças na sociedade, incluindo a melhoria da legislação do trabalho e
dos direitos dos imigrantes.»
A. G. Ferreira, «Relatório da Amnistia: trabalhadores imigrantes no Qatar são tratados "como gado"»,
Público em linha, 18-11-2013, in http://www.publico.pt/mundo/noticia[consultado a 18-2-2014].
Sugestões de questões para introduzir o debate a propósito do sentido.
1.1. Coloque-se na posição de dirigente da FIFA. O que seria viver uma vida eticamente refletida face à
situação descrita? Porquê?
1.2. Coloque-se na posição de um jogador de futebol selecionado para o Mundial do Qatar. O que seria viver
uma vida eticamente refletida considerando o caso descrito? Porquê?
1.3. Coloque-se na posição de um adepto de futebol que pensa participar no Mundial do Qatar. O que seria
viver uma vida eticamente refletida considerando o caso descrito? Porquê?
1. Seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta.
As conectivas verofuncionais da lógica proposicional clássica são:
a) sim; não; e; ou; ou…ou; se… então; se e somente se.
b) não; e; ou; ou…ou; se… então; se e somente se.
c) não; e; ou; ou… ou; se… então; se e claro que.
d) não; e; ou; ou…ou; se… então.
2. Seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta.
A diferença, em termos de valores de verdade, entre a disjunção exclusiva e a disjunção inclusiva é:
a) a disjunção inclusiva é verdadeira se, e só se, todas as frases disjuntas forem verdadeiras e a
exclusiva se pelo menos uma das frases disjuntas for verdadeira.
b) a disjunção inclusiva é verdadeira se, e apenas se, pelo menos uma das frases disjuntas for
verdadeira e a exclusiva é verdadeira se, e só se, apenas uma das suas frases disjuntas for
verdadeira.
c) a disjunção inclusiva é verdadeira se pelo menos uma das frases disjuntas for falsa e a exclusiva é
verdadeira se, e só se, apenas uma das suas frases disjuntas for verdadeira.
d) a disjunção inclusiva é verdadeira se pelo menos uma das frases disjuntas for verdadeira e a
exclusiva é verdadeira se todas as frases disjuntas forem falsas.
3. Seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Uma fórmula (_________) se, e somente se, existem atribuições de valores de verdade às variáveis
proposicionais que a tornam falsa e outras atribuições que a tornam verdadeira.
a) diz-se tautológica.
b) diz-se contraditória.
c) diz-se traumatológica.
d) diz-se contingente.
4. Seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta.
A fórmula P → Q → R é uma:
a) condicional.
b) disjunção inclusiva.
c) disjunção exclusiva.
d) negação
5. Seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Formaliza o argumento seguinte de forma correta:
«Se não houvesse testes de lógica então todos passariam. Há testes de lógica. Logo, nem todos
passam.»
a) ¬P→Q P ∴¬Q.
b) ¬P→Q ¬P ∴¬Q
c) ¬P↔Q P ∴¬Q
d) P→¬Q P ∴¬Q
6. Estabelece a correspondência entre os operadores e as respetivas definições das colunas abaixo.
1.A conjunção A.Tem o valor de verdade oposto ao da frase de
partida.
2. A negação
B. Só será verdadeira se, e apenas se, todas as
3. A condicional proposições simples que a compõem forem também
verdadeiras.
4. A bicondicional
C. É falsa se, e apenas se, a antecedente for verdadeira
e a consequente falsa.

D. É verdadeira quando as proposições que a


compõem assumem em simultâneo o mesmo valor de
verdade.
7. Estabelece a correspondência entre os conceitos e as respetivas definições das colunas abaixo.

1.Se A, então B. A. Logo, B. A. Modus ponens.

2.Se A, então B. B. Logo, A. B.Modus tollens.

3.Se A, então B. Não B. Logo, não A. C.Falácia da afirmação do consequente.


4.Se A, então B. Não A. Logo, não B. D. Falácia da negação do antecedente
8. Classifica as seguintes afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F).
A. Na lógica proposicional clássica, um dicionário transforma a linguagem simbolizada na
linguagem natural.
B. Na ausência de parênteses, há, ainda assim, uma ordem de conectivas principais e secundárias a
seguir.
C. Num inspetor de circunstâncias em que haja uma circunstância em que todas as premissas são
verdadeiras e a conclusão é também verdadeira retira-se a conclusão de que o argumento é
verdadeiro.
D. Ao construir um inspetor de circunstâncias devo verificar se existe alguma linha em que as
premissas são verdadeiras e a conclusão falsa, de modo a determinar a invalidade do argumento.
E. Um argumento é inválido se é impossível que as premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa.
9. Classifica as seguintes afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F).
A. Um argumento é inválido se incorre numa falácia informal.
B. Um argumento é válido se é impossível que as premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa.
C. Numa tabela de verdade não se pode inscrever o valor de verdade.
D. A diferença entre proposições simples e proposições complexas é que as primeiras não podem ser
decompostas e as segundas podem.
E. Quando realizamos o cálculo de uma fórmula, começamos por resolver as operações de maior
força (âmbito).
10. Classifica as seguintes afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F).
A. A formalização A → B, ¬A ∴ ¬B corresponde à falácia da negação do antecedente.
B. A função dos parênteses é criar ambiguidades.
C. A formalização AB , A ∴ ¬B corresponde ao argumento válido denominado silogismo
disjuntivo.
D. A formalização ¬(A˄B) ↔ ¬A˅¬B corresponde a um argumento segundo as Leis de De
Morgan.
E. Tabela de verdade é uma representação num diagrama que mostra todos os valores de verdade
possíveis para uma determinada fórmula proposicional.
11. Classifica as seguintes afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F).
A. A formalização A → B ∴ ¬A → ¬B corresponde a um argumento por contraposição.
B. Numa fórmula com três proposições simples, construímos uma tabela de verdade a partir de seis
combinações de valores verdade.
C. A formalização A → B, B → C ∴ A → C corresponde ao argumento válido denominado silogismo
hipotético.
D. A formalização A → B, B ∴ A corresponde à falácia de afirmação do consequente.
E. A lógica proposicional não permite a simbolização das proposições.
12. Classifica as seguintes afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F).
Na proposição:
A. «Nenhuma nuvem é amarela», o predicado está distribuído.
B. «Alguns desportistas não são saudáveis», o sujeito está distribuído.
C. «Alguns carteiros são barbudos», o predicado está distribuído.
D. «Todos os navegantes são aventureiros», o sujeito não está distribuído.
E. «Todos os cachecóis são pirosos», o sujeito está distribuído.
13. Classifica as seguintes afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F).
Na proposição:
A. «Nenhuma flor é comestível», o sujeito está distribuído.
B. «Alguns estudantes são brilhantes», o sujeito não está distribuído.
C. «Algumas cadeiras não são confortáveis», o predicado está distribuído.
D. «Todos os unicórnios são bailarinos», o predicado não está distribuído.
E. «Nenhuma camisola é azul», o predicado não está distribuído.
14. Completa os espaços com as opções corretas de modo a obteres afirmações verdadeiras.
Na lógica proposicional, a unidade mínima são as proposições. Estas ligam-se através conectivas.
Simbolizando quaisquer duas proposições com as letras P e Q, então posso sintetizar as conectivas:
- não P é, obviamente, uma _______________;
- P e Q, é uma _______________;
- P ou Q, é uma _______________;
- Se P então Q, é uma _______________;
- P se e somente se Q, é uma _______________.
Opções:bicondicional; disjunção; negação; conjunção; condicional
b)
1. b)
2. d)
3. a)
4. a)
5. 1 – B; 2 – A; 3 – C; 4 – D.
6. 1 – A; 2 – C; 3 – B; 4 - D.
7. A – F; B – V; C – F; D – V; E – F.
8. A – F; B – V; C – F; D – V; E – F.
9. A – V; B – V; C – F; D – F; E – F.
10. A – F; B – V; C – V; D – V; E – F.
11. A – V; B – F; C – F; D – F; E – V.
12. A – V; B – V; C – V; D – V; E – F.
13. negação; conjunção; disjunção; condicional; bicondicional.
15. Seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Para Aristóteles, a compreensão de um termo:
e) Varia de forma convergente com a extensão.
f) É o conjunto dos indivíduos ao qual se aplica.
g) É a propriedade ou conjunto de propriedades que convêm ao termo e o descrevem.
h) É uma propriedade das proposições.
16. Seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta.
O silogismo categórico «Todos os basquetebolistas são altos. Alguns chapeleiros são altos. Por
conseguinte, alguns basquetebolistas são chapeleiros»:
e) Infringe a regra segundo a qual o termo médio tem de ser tomado, pelo menos uma vez, em toda
a sua extensão, ou seja, estar distribuído.
f) Infringe a regra segundo a qual a conclusão segue sempre a parte mais fraca.
g) Infringe a regra segundo a qual de duas premissas afirmativas nada se pode concluir.
h) Não infringe qualquer regra.
17. Seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta.
«Alguns gatos são gulosos» é:
e) uma proposição do tipo I.
f) uma proposição do tipo O.
g) uma proposição do tipo E.
h) uma proposição do tipo A.
18. Completa os espaços com as opções corretas de modo a obteres afirmações verdadeiras.
A lógica de Aristóteles estuda as proposições _________. Estasproposições são frases __________
que em termos de qualidade podem ser _________ ou __________ e em termos de quantidade
podem ser _____________ ou ____________.
Opções: categóricas; declarativas; afirmativas; negativas; universais; particulares.
19. Classifica as seguintes afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F).
No silogismo...
A. «Todos os pássaros são aves. Alguns automóveis não são aves. Logo, alguns automóveis não são
pássaros», infringe a regra segundo a qual nenhum termo pode ter maior extensão na conclusão
do que nas premissas.
B. «Todos os jardins são floridos. Alguns chapéus não são floridos. Logo, alguns chapéus não são
jardins», infringe a regra segundo a qual o termo médio deve ser tomado, pelo menos uma vez,
em toda a sua extensão, ou seja, estar distribuído.
C. «Nenhuma janela é opaca. Algumas decisões são opacas. Logo, algumas decisões não são
janelas», infringe a regra segundo o termo médio não pode entrar na conclusão.
D. «Todos os doces conventuais são deliciosos. Alguns bolos de abóbora não são doces conventuais.
Logo, alguns bolos de abóbora não são deliciosos», infringe a regra segundo a qual nenhum
termo pode ter maior extensão na conclusão do que nas premissas.
E. «Alguns objetos de trabalhos são martelos. Alguns objetos de trabalho não são pregos. Logo,
alguns pregos não são martelos», infringe a regra segundo de duas premissas particulares nada se
pode concluir.
20. Classifica as seguintes afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F).
No silogismo…
A. «Todos os extraterrestres são brilhantes. Alguns artistas não são brilhantes. Logo, todos os
artistas são extraterrestres», infringe a regra segundo a qual a conclusão segue sempre a parte
mais fraca.
B. «Todos os preguiçosos são criativos. Alguns criativos são escritores. Logo, alguns escritores são
preguiçosos», infringe a regra segundo a qual o termo médio deve ser tomado, pelo menos uma
vez, em toda a sua extensão – estar distribuído.
C. «Nenhum palácio é redondo. Algumas bolas de râguebi são redondas. Logo, algumas bolas de
râguebi não são palácios», infringe a regra segundo a qual um silogismo não pode ter mais do que
três termos.
D. «Alguns programas de televisão não são educativos. Todos os livros escolares são educativos.
Logo, alguns livros escolares não são programas de televisão», infringe a regra segundo a qual de
duas premissas afirmativas, não se pode obter uma conclusão negativa.
E. «Alguns tapetes voadores são mágicos. Algumas bolas de cristal não são mágicas. Logo, algumas
bolas de cristal não são tapetes voadores», infringe a regra segundo a qual uma das premissas tem
de ser afirmativa.
21. Classifica as seguintes afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F).
A proposição...
F. «Há advogados que não respeitam a lei.» é uma proposição categórica do tipo E.
G. «Certos homens são honestos.» é uma proposição categórica do tipo A.
H. «A arte é bela.» é uma proposição categórica do tipo A.
I. «Ser corajoso não é uma característica dos cobardes.» é uma proposição categórica do tipo E.
J. «O escultor é habilidoso.» é uma proposição categórica do tipo A.
22. Estabelece a correspondência entre os conceitos e as respetivas definições das colunas abaixo.
1. Alguns seres humanos são seres A.Proposição do tipo I.
pensantes.
B.Proposição do tipo E.
2. Nenhum ser humano é um ser pensante.
C.Proposição do tipo O.
3.Alguns seres humanos não são seres
humanos. D.Proposição do tipo A

4. Todos os seres humanos são seres


pensantes.
23. Estabelece a correspondência entre os conceitos e as respetivas definições das colunas abaixo.
1.Uma proposição categórica é composta A.Sujeito, predicado e cópula.
por:
B.Premissa maior, premissa menor e
2.Um silogismo categórico é composto por: conclusão.

3.Um termo tem como propriedades: C.Extensão e compreensão.


.A, E, I, O.
Lógica aristotélica Soluções
4.Uma proposição categórica pode ser
classificada como:
24. Estabelece a correspondência entre os conceitos e as respetivas definições das colunas abaixo.
1.Silogismo da primeira figura. A.Todas as árvores são plantas. Algumas nogueiras
são árvores. Logo, algumas nogueiras são plantas.
2. Silogismo da segunda figura.
B.Algumas plantas não são árvores. Nenhuma
3. Silogismo da terceira figura. nogueira é árvore. Portanto, algumas nogueiras não
são plantas.
4. Silogismo da quarta figura.
C.Todas as árvores são plantas. Algumas árvores
não são nogueiras. Por conseguinte, algumas
nogueiras são plantas.

D. Nenhuma planta é árvore. Algumas árvores são


nogueiras. Logo, algumas nogueiras não são
plantas.

14. c)
15. a)
16. a)
17. categóricas; declarativas; afirmativas; negativas; universais; particulares.
18. A – F; B – F; C – F; D – V; E – V.
19. A – V; B – V; C – F; D – F; E – F.
20. A – F; B – F; C – V; D – V; E – V.
21. 1 – A; 2 – B; 3 – C; 4 - D.
22. 1 – A; 2 – B; 3 – C; 4 – D.
23. 1 – A; 2 – B; 3 – C; 4 – D.
25. Seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta.
A lógica formal:
a) é o estudo dos argumentos válidos.
b) é o estudo da verdade dos factos num discurso.
c) torna explícitas regras materiais dos argumentos.
d) distingue argumentos certos e errados.
26. Seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Um argumento pode ser considerado verdadeiro ou falso?
a) Não, porque os argumentos apenas podem ser considerados válidos ou inválidos.
b) Sim, porque ser válido ou inválido é correspondente a ser verdadeiro ou falso.
c) Não, porque os argumentos apenas podem ser considerados como valores de verdade.
d) Sim, porque a lógica é o estudo da validade dos argumentos.
27. Seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Um argumento é formado por:
i) um conjunto de proposições de partida a que chamamos conclusões a partir das quais se inferem
outras que são as premissas.
j) um conjunto de proposições de partida a que chamamos premissas a partir das quais se chega a
uma outra que é a conclusão. Ao movimento entre premissas e conclusão chama-se aferência.
k) um conjunto de proposições de partida, a que chamamos premissas, a partir das quais se infere
uma outra que é a conclusão.
l) um qualquer conjunto de proposições.
28. Seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Um argumento é necessariamente inválido se:
e) as premissas são falsas e a conclusão é verdadeira.
f) algumas premissas são verdadeiras e outras falsas e a conclusão é falsa.
g) as suas premissas são falsas e a conclusão é falsa.
h) as suas premissas são verdadeiras e a conclusão é falsa.
29. Seleciona a única opção que permite obter uma afirmação correta.
Um argumento dedutivamente válido:
e) é ampliativo porque a conclusão diz mais que as premissas.
f) é demonstrativo, mas não é ampliativo.
g) não é demonstrativo.
h) só o é se for simultaneamente demonstrativo e ampliativo.
30. Estabelece a correspondência entre os conceitos e as respetivas definições das colunas abaixo.
1.Lógica formal A.É um complexo formado por um conjunto de
proposições (premissas e conclusão). A relação entre
2. Argumento estas proposições é de sustentação.

3. Premissa B.É um enunciado indicativo ou declarativo, suscetível


de ser verdadeiro ou falso, ou seja de ter um valor de
4. Proposição verdade.

C.É o estudo das formas válidas e inválidas dos


argumentos. Estuda a forma como, nos argumentos
dedutivos, se chega à conclusão a partir das premissas.

D.É uma proposição a partir da qual – sozinha ou em


conjunto com outra(s) – se infere uma outra
proposição.
31. stabelece a correspondência entre os conceitos e as respetivas definições das colunas abaixo.
1.Valor de verdade A. É uma propriedade das proposições exclusivamente
relacionada com o conteúdo ou matéria das proposições.
2.Verdade
B. É o processo de inferência pelo qual de uma ou mais
3.Validade proposições se conclui necessariamente uma outra
proposição. Os argumentos deste tipo são não ampliativos
4. Dedução ou demonstrativos.

C. É uma propriedade dos argumentos dedutivos


corretamente construídos, diz unicamente respeito à
forma lógica do argumento.

D. Expressão da lógica clássica que se refere ao facto de


uma proposição ser verdadeira ou falsa.
32. Classifica as seguintes afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F).
A. A expressão "portanto" é um indicador de conclusão.
B. Um argumento sólido é válido, mas as suas premissas não são verdadeiras.
C. A expressão "consequentemente" é um indicador de premissa.
D. Um argumento válido é aquele em que a conclusão se segue necessária e logicamente das premissas.
E. Um argumento indutivamente forte é demonstrativo.
33. Classifica as seguintes afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F).
A. A expressão "dado que" é um indicador de conclusão.
B. Uma frase imperativa é uma proposição.
C. A frase "Todos os testes de lógica são fáceis" é uma proposição.
D. Na lógica clássica existem três valores de verdade: verdadeiro, falso e possível.
E. A verdade diz respeito ao conteúdo material das proposições.
34. Classifica as seguintes afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F).
A. Uma indução é uma extrapolação.
B. Na indução o vínculo entre premissas e conclusões deriva do grau de verdade das premissas.
C. O conteúdo específico das premissas e da conclusão não é relevante para determinar a validade dos
argumentos.
D. Os argumentos dedutivos são o objeto de estudo da lógica formal clássica.
E. Um argumento indutivamente forte caracteriza-se por conseguir provar definitivamente a sua
matéria.
35. Classifica as seguintes afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F).
A. A verdade diz respeito à forma dos argumentos.
B. Um argumento em que todas as premissas são falsas e a conclusão é falsa tanto pode ser válido como
inválido.
C. A validade é uma propriedade dos argumentos.
D. Um argumento em que todas as premissas são verdadeiras e a conclusão é verdadeira tanto pode ser
válido como inválido.
E. A validade é uma propriedade das proposições.
36. Completa os espaços com as opções corretas de modo a obteres afirmações verdadeiras.
“Começámos por definir (a) _________________ como o estudo dos argumentos (b)
_________________, (…) argumentos nos quais se as (c) _________________ forem verdadeiras, a (d)
_________________ será verdadeira. Afirmámos também que a Lógica tinha por objeto a (e)
_________________ e não o (f) _________________.”
W. Newton-Smith, Lógica, Um Curso Introdutório, Gradiva, pp. 247-249.
Opções:conteúdo;lógica;válidos;premissas;conclusão;forma.
a)
24. a)
25. c)
26. d)
27. b)
28. 1 – C; 2 – A; 3 – D; 4 – B.
29. 1 – D; 2 – A; 3 – C; 4 - B.
30. A – V; B – F; C – F; D – V; E – F.
31. A – F; B – F; C – V; D – F; E – V.
32. A – V; B – F; C – V; D – V; E – F.
33. A – F; B – V; C – V; D – V; E – F.
34. (a)lógica; (b)válidos; (c)premissas; (d)conclusão; (e)forma; (f)conteúdo.
TESTE N.º 3
TEMA – Racionalidade argumentativa e Filosofia
Argumentação e retórica | Argumentação e Filosofia
GRUPO I
1. Na resposta a cada um dos itens que se seguem selecione a única opção correta.
1.1. Analise as afirmações que se seguem sobre demonstração e argumentação.
1. Estabelece uma relação necessária entre a conclusão e as premissas que a sustentam compelindo à sua
aceitação.
2. Permite a refutação da tese apresentada e expressa-se em linguagem natural.
3. É permeável à interpretação e a sua aceitação depende do contexto em que se expressa
(orador, auditório, entre outros).
4. Está limitada ao cálculo lógico preestabelecido e não depende do seu contexto.
Deve afirmar-se que:
(A) 1 e 2 referem-se à demonstração; 3 e 4 à argumentação.
(B) 1, 2 e 3 referem-se à argumentação; 4 à demonstração.
(C) 1 e 4 referem-se à demonstração; 2 e 3 à argumentação.
(D) 2 e 3 referem-se à demonstração; 1 e 4 à argumentação.
1.2. O critério de avaliação dos argumentos informais diz respeito à:
(A) Demonstração lógica da verdade da conclusão.
(B) Forma lógica do argumento.
(C) Impossibilidade da conclusão ser verdadeira e todas as premissas serem falsas.
(D) Força com que os argumentos sustentam a tese apresentada.
1.3. Para Aristóteles a persuasão pela linguagem pressupõe uma relação entre:
(A) O orador, a tese apresentada e os argumentos que a sustentam.
(B) O orador (ethos), os argumentos (logos) e o seu auditório (pathos).
(C) O orador (ethos), os argumentos (pathos) e o seu auditório (logos).
(D) O orador, a dedução lógica válida da sua tese e o seu auditório.
1.4. Analise as afirmações que se seguem sobre a estrutura do texto argumentativo.
1. Constitui o início da comunicação pelo orador, ou seja, é o momento em que se procuracaptar a
atenção do auditório para a tese que se pretende apresentar.
2. Momento em que se identifica a tese a desenvolver na argumentação.
3. Síntese das principais conclusões acerca da tese apresentada.
4. Momento em que se apresentam os argumentos em defesa da tese.
Deve afirmar-se que:
(A) 1 Exórdio; 2 Discussão; 3 Apresentação; 4 Peroração.
(B) 1 Exórdio; 2 Apresentação; 3 Peroração; 4 Discussão.
(C) 1 Peroração; 2 Apresentação; 3 Exórdio; 4 Discussão.
(D) 1 Peroração; 2 Discussão; 3 Apresentação; 4 Exórdio.
2. Classifique as afirmações que se seguem como verdadeiras ou falsas.
2.1. Uma generalização é um argumento dedutivo que amplia na conclusão o que é demonstrado nas
premissas.
2.2. Um argumento indutivo por analogia antecipa um determinado fenómeno com base em informação
previamente conhecida.
2.3. As analogias extraem conclusões com base em semelhanças conhecidas entre objetos ou
acontecimentos.
2.4. A falácia do "boneco de neve" consiste num raciocínio circular que procura provar uma conclusão
que já se encontra assumida nas premissas sem prova.
2.5. A falácia ad hominemconsiste em atacar a pessoa, em vez de se atacar o argumento por ela
proferido.
GRUPO II
1. Identifique os argumentos que se seguem:
a) A SOS é uma IPSS não tem fins lucrativos. A associação SemTeto de apoio aos sem-abrigo é uma
IPSS, que pelo que não tem fins lucrativos.
b) Segundo as previsões económicas, os juros devem subir nos próximos anos, por essa razão não será
um bom momento para fazer negócios com recurso ao crédito.
c) Os gatos que conheci até hoje miavam, logo todos os gatos miam.
2. Identifique as falácias cometidas justificando a sua resposta.
a) Ou és meu amigo ou és meu inimigo. Como não me defendeste, é porque és meu inimigo.
b) Se comeres demasiado o teu estômago aumentará de tamanho e na próxima vez que comeres vais
precisar de mais alimento para te sentires satisfeito. Da próxima vez que comeres e te sentires cheio
significará que já comeste novamente demasiado, pelo que continuarás sempre a ter de comer mais do
que na última refeição. Daqui se conclui que se alguma vez comeres em demasia tornar-te-ás obeso.
c) A eutanásia é um erro, pois ninguém tem o direito de decidir sobre a sua morte.
d) – O António é o novo subdiretor, pois é a pessoa com mais capacidade de liderança na sua equipa.
– Como entregaste o cargo a esse incompetente? Sabes perfeitamente que nunca podemos confiar em
alguém que não esteja do nosso lado!
3. Construa um argumento por analogia e um argumento de apelo à autoridade.
4. Explique em que consiste a falácia do apelo à ignorância e refira como se pode argumentar
contra ela.
5. Identifique dois cuidados a observar na construção de argumentos por previsão.
GRUPO III
1. Leia o texto que se segue e responda às questões.
Isócrates era o mais famoso e influente Mestre de retórica [de Atenas] e possuía uma escola mais bem-
sucedida que a Academia de Platão, com a qual de resto rivalizava, na formação dos futuros homens
políticos da cidade.(…) [Isócrates] condenava os retóricos formalistas por inculcarem nos seus alunos a
falsa ideia de que a aplicação mecânica de um receituário de regras ou truques pode levar ao êxito.
Demarcando-se do que até aí tinha sido a orientação dominante dos grandes mestres da retórica,
Isócrates proclama a necessidade de uma formação integral que, partindo de um carácter adequado,
inclua o estudo tanto da temática política como da técnica retórica em toda a sua dimensão.
Contra essa conceção se pronunciou Platão, por achar que o ensino de Isócrates, para além de frívolo e
superficial, era dirigido unicamente ao êxito social, ficando à margem de todo o questionamento
filosófico ou científico sobre a natureza da realidade. Estava em causa a educação superior ateniense e,
segundo Platão, a hegemonia da retórica, que visa a persuasão e não a verdade, era um perigo que urgia
atacar decididamente.
A. de Sousa, A Persuasão, UBI, 2000, pp. 17-18.
1.1. Partindo do texto, apresente a posição de Platão relativamente à retórica e aos sofistas.
1.2. Qual a postura assumida por Aristóteles em relação à retórica?
1.3. Relacione as posturas de Platão e de Aristóteles com as noções de retórica negra e retórica branca.
2. Leia o texto que se segue e responda à questão.
A noção de evidência tem de ser entendida, para que uma teoria da argumentação seja possível, como
uma força de persuasão que se insere numa escala proporcional. A evidência [marca] umgrau extremo de
força persuasiva atribuível a um argumento.
T. C. Cunha, A Nova Retórica de Perelman, UNL, 1998, p. 7.
2.1. Partindo da afirmação, explique que critérios de avaliação de argumentos informais podem ser
usados.
TÓPICOS DE RESPOSTA
GRUPO I
1.1. (C); 1.2. (D); 1.3. (D); 1.4. (B)
2.1. F; 2.2. F; 2.3. V; 2.4. F; 2.5. V
GRUPO II
1. a) Argumento por analogia.
b) Argumento indutivo que recorre a uma previsão.
c) Argumento indutivo que recorre a uma generalização.
2.
a) Falácia do falso dilema. Na falácia são apresentadas apenas duas hipóteses: ou se é amigo ou inimigo.
Nas relações humanas não se ser amigo de alguém não significa que se seja inimigo. Por outro lado, não
defender alguém não se constitui necessariamente numa relação de amizade ou inimizade.
b) Falácia da derrapagem ou "bola de neve". O argumento apresenta uma relação necessária e eficiente
entre o ato de comer demasiado e o aumento de volume do estômago. Apesar de o abuso alimentar
sistemático provocar o aumento de volume do estômago, isso não ocorre necessariamente porque se
come em demasia uma vez. Este passo errado no argumento faz com que o raciocínio seja falacioso.
c) Falácia da petição de princípio. A eutanásia define-se como uma teoria que defende a possibilidade de
alguém poder decidirsobre a sua própria vida. Logo, a premissa "ninguém tem o direito de decidir sobre
a sua vida" é equivalente a dizer-se que "a eutanásia é um erro". Não é apresentada nenhuma premissa
que suporte a conclusão. Premissa e conclusão são redundantes.
d) Falácia ad hominemou contra a pessoa. Nesta falácia não é apresentada, pelo segundo interlocutor,
nenhuma razão para o António não ser um bom subdiretor. O segundo interlocutor apenas se limita a
atacar a pessoa e não a capacidade de liderança do António.
3. O aluno deve construir livremente um argumento por analogia (à semelhança do que é apresentado na
questão 1. a) do Grupo II) e um argumento de autoridade do tipo: "A ONU divulgou um relatório onde
defende que a Coreia do Norte viola sistematicamente os direitos humanos prendendo ilegalmente
pessoas. Conclui-se, desta forma, que a Coreia do Norte não respeita os direitos humanos".
4. A falácia do apelo à ignorância consiste num raciocínio vicioso que pretende demonstrar A pelo facto
de não ter sido possível provar-se não A. Para demonstrar a fragilidade da falácia do apelo à ignorância
deve identificar-se a proposição em causa e argumentar-se que, pelo facto de não ter sido possível
provar-se a verdade de uma proposição, isso não significa que a sua contrária seja verdadeira.
5. As previsões devem basear-se em fontes fiáveis, não deve estar oculta informação que influencie a
tese a sustentar e as premissas devem ser relevantes para a conclusão extraída.
GRUPO III
1.
1.1. Para Platão, a retórica praticada pelos sofistas visava apenas a persuasão e não a verdade. O lugar
dos sofistas e da retórica na educação ateniense devia ser ocupado pela Filosofia e pela dialética, dado
que estas visam a formação integral dos jovens para o conhecimento verdadeiro, para o bem e para a
justiça. Segundo Platão, mesmo Isócrates, um dos mais influentes e moderados mestres de retórica do
seu tempo, tinha como única preocupação o sucesso político dos atenienses, o que para Platão era
insuficiente.
1.2. Ainda que discípulo de Platão, Aristóteles demarca-se progressivamente da posição platónica quanto
à retórica. Para Aristóteles, a retórica é a arte da persuasão pela palavra e deve ser compreendida como
um instrumento que, dependendo do orador, pode ou não ser utilizado para o bem e para a justiça. A
culpa da má reputação da retórica não está nas suas características mas na finalidade que se lhe dá.
1.3. Michel Meyer e Roland Barthes usam metaforicamente os termos retórica negra e retórica branca,
designando a retórica negra como manipulação (tal como a descreveu Platão) e a retórica branca como
retórica que torna público o mau procedimento da retórica manipuladora. Esta distinção recupera a
postura aristotélica que vê na retórica uma certa função instrumental, sendo o seu bom ou mau uso
dependente do orador.
2.
2.1. Neste contexto, o critério de avaliação de um argumento é a força persuasiva que se lhe pode
atribuir. Segundo o excerto, na argumentação, a evidência depende dessa força, pelo que, o critério de
avaliação está relacionado com o maior ou menor grau de probabilidade e força persuasiva que um
argumento comporta.
TESTE N.º 2 – OPÇÃO B
TEMA – Racionalidade argumentativa e Filosofia
Argumentação e lógica formal
GRUPO I
1. Classifique as afirmações que se seguem como verdadeiras ou falsas.
a) A extensão de um conceito é o conjunto de seres/coisas/membros a que esse conceito se aplica.
b) A compreensão e a extensão de um conceito/termo variam na razão inversa.
c) A qualidade de uma proposição refere-se à extensão do sujeito da mesma (da proposição).
d) O termo pode ser constituído, no mínimo, por uma palavra e, no máximo, por três palavras.
e) A lógica é a disciplina filosófica que estuda a distinção entre argumentos válidos e falsos.
f) O conceito é a representação universal e abstrata de um conjunto de seres.
2. Na resposta a cada um dos itens que se seguem selecione a única opção correta.
2.1. Analise as afirmações que se seguem sobre juízos e proposições.
1. Os juízos são as operações mentais através das quais se estabelecem (ou negam) relações entre
conceitos.
2. Nem todas as proposições têm necessariamente valor de verdade.
3. As frases interrogativas não são proposições.
4. Algumas frases imperativas são proposições.
Deve afirmar-se que:
(A) 1 e 2 são verdadeiras; 3 e 4 são falsas.
(B) 1, 2 e 3 são verdadeiras; 4 é falsa.
(C) 2 e 3 são verdadeiras; 1 e 4 são falsas.
(D) 1 e 3 são verdadeiras; 2 e 4 são falsas.
2.2. Analise as afirmações que se seguem sobre proposições e selecione a alternativa correta.
(A) As proposições categóricas afirmam ou negam sem quaisquer restrições.
(B) As proposições condicionais apresentam duas ou mais alternativas.
(C) "Se andar à chuva, molho-me" é um exemplo de proposição disjuntiva.
(D) As proposições podem ser válidas ou inválidas.
SMUDO 11 1252.3. Analise as afirmações que se seguem sobre quantidade e qualidade de uma
proposição.
1. A cópula pode permitir-nos aferir a qualidade de uma proposição.
2. Quanto à quantidade, uma proposição pode ser universal ou particular.
3. Quanto à qualidade, uma proposição pode ser universal ou particular.
4. A qualidade de uma proposição é determinada pelo predicado.
Deve afirmar-se que:
(A) 1 e 2 são verdadeiras; 3 e 4 são falsas.
(B) 1, 2 e 3 são verdadeiras; 4 é falsa.
(C) 2 e 3 são verdadeiras; 1 e 4 são falsas.
(D) 1 e 3 são verdadeiras; 2 e 4 são falsas.
2.4. Analise as afirmações que se seguem e selecione a única opção que as descreve corretamente.
1. O valor de verdade de uma negação é sempre o oposto ao da proposição negada.
2. Uma disjunção inclusiva só é verdadeira quando as proposições disjuntas têm valores de verdade
diferentes.
3. Uma proposição condicional só é verdadeira quando p e q têm o mesmo valor de verdade.
4. Uma conjunção é falsa sempre que as proposições que a constituem não forem ambas verdadeiras.
(A) 2 e 3 são verdadeiras; 1 e 4 são falsas.
(B) 1 e 4 são verdadeiras; 2 e 3 são falsas.
(C) 3 e 4 são verdadeiras; 1 e 2 são falsas.
(D) 1 e 3 são verdadeiras; 2 e 4 são falsas.
2.5. Analise as afirmações que se seguem sobre inspetores de circunstâncias e selecione a alternativa
correta.
(A) Se se verificar um caso em que todas as premissas são verdadeiras e a conclusão falsa, o argumento
é válido.
(B) Basta que se verifique um caso em que todas as premissas são verdadeiras e a conclusão é verdadeira
para que o argumento seja válido.
(C) Basta que se verifique um caso em que todas as premissas são verdadeiras e a conclusão é falsa para
que o argumento seja inválido.
(D) Se se verificar um caso em que todas as premissas são verdadeiras e a conclusão também o é, o
argumento é inválido.
GRUPO II
1. Traduza em linguagem natural a proposição apresentada.
(¬PV¬Q)→R
P: A seleção joga mal.
Q: Os adversários acertam na baliza.
R: A seleção vai ganhar o jogo
12DOSSO PROFESSOR2. Traduza em linguagem natural a proposição apresentada.
(PɅQ)→(¬Q ↔¬R)
P: As estradas melhoraram em qualidade.
Q: Os acidentes diminuíram.
R: Os automobilistas cumprem as regras de trânsito.
3. Considere as proposições seguintes.
"Se o novo medicamento é prejudicial à saúde e os efeitos secundários são devastadores, então os
investigadores erraram ou não previram todos os efeitos. Ora, verifica-se que efetivamente o
medicamento é prejudicial à saúde e os efeitos secundários são devastadores."
a) Apresente a conclusão que se segue logicamente das duas proposições anteriores aplicando uma das
formas de inferência válida estudadas.
b) Indique a forma de inferência válida aplicada.
c) Simbolize as proposições.
4. Podemos determinar a invalidade de um argumento preenchendo apenas as linhas do inspetor de
circunstâncias em que a conclusão é falsa? Justifique a sua resposta.
5. Sabendo que a expressão P→¬(QɅR)é falsa, indique o(s) valor(es) de verdade da proposição que se
segue. Justifique a sua resposta recorrendo a uma tabela de verdade.
[Q↔(¬RɅP)]V¬P
6. Simbolize o argumento que se segue.
"O mundo será um lugar melhor se e só se a as guerras terminarem e o fosso entre ricos e pobres for
mitigado. Isto levará a que a pobreza seja erradicada."
7. Recorrendo a um inspetor de circunstâncias, verifique se o argumento que se segue é ou não válido.
[P↔(QɅR)]
S
∴P→S
TÓPICOS DE RESPOSTA
GRUPO I
1. a) V;b) V; c) F; d) F; e) F; f) V
2.
2.1. (D); 2.2. (A); 2.3. (A); 2.4. (B); 2.5. (C)
GRUPO II
1. Se a seleção não joga mal ou os adversários não acertam na baliza, então a seleção vai ganhar o jogo.
2. Se as estradas melhoraram em qualidade e os acidentes diminuíram, então os acidentes não
diminuíram se e só se os automobilistas não cumprem as regras de trânsito.
SERDO 11 127
3.
a) Os investigadores erraram ou não previram todos os efeitos.
b) Modus ponens.
c) (PɅQ)→(RV¬S), PɅQ
P: O novo medicamento é prejudicial à saúde.
Q: Os efeitos secundários são devastadores.
R: Os investigadores erraram.
S: Os investigadores previram todos os efeitos.
4. Sim. Preenchendo apenas as filas do inspetor de circunstâncias em que a conclusão é falsa podemos
aferir a invalidade do argumento caso detetemos um caso em que todas as premissas são verdadeiras.
5. A proposição é falsa.
P Q R P→¬(QɅR) [Q↔(¬RɅP)]Ʌ¬P
V V V F F F FF
V F V V V
F V V V F
F F V V V
V V F F F VVF
V F F F F F VF
F V F V F
F F F V F
6. [P↔(QɅR)]→S
P: O mundo será um lugar melhor.
Q: As guerras terminam.
R: O fosso entre ricos e pobres é mitigado.
S: A pobreza é erradicada.
7. O argumento é válido. Em todas as situações em que as premissas são verdadeiras a conclusão
também o é.
P Q R P↔(QɅR) R P→R
V V V VV V V
V F V FF V V
F V V FV V V
F F V VF V V
V V F F F F F
V F F F F F F
F V F V F F V
F F F V F F V
TESTE N.º 1 – OPÇÃO A
TEMA – Racionalidade argumentativa e Filosofia
Argumentação e lógica formal
GRUPO I
1. Classifique as afirmações que se seguem como verdadeiras ou falsas.
a) A extensão de um conceito é o conjunto de seres/coisas/membros a que esse conceito se aplica.
b) A compreensão e a extensão de um conceito/termo variam na razão inversa.
c) A qualidade de uma proposição refere-se à extensão do sujeito da proposição.
d) O termo pode ser constituído, no mínimo, por uma palavra e, no máximo, por três palavras.
e) A lógica é a disciplina filosófica que estuda a distinção entre argumentos válidos e falsos.
f) O conceito é a representação universal e abstrata de um conjunto de seres.
2. Na resposta a cada um dos itens que se seguem selecione a única opção correta.
2.1. Analise as afirmações que se seguem sobre juízos e proposições.
1. Os juízos são as operações mentais através das quais se estabelecem (ou negam) relações entre
conceitos.
2. Nem todas as proposições têm necessariamente valor de verdade.
3. As frases interrogativas não são proposições.
4. Algumas frases imperativas são proposições.
Deve afirmar-se que:
(A) 1 e 2 são verdadeiras; 3 e 4 são falsas.
(B) 1, 2 e 3 são verdadeiras; 4 é falsa.
(C) 2 e 3 são verdadeiras; 1 e 4 são falsas.
(D) 1 e 3 são verdadeiras; 2 e 4 são falsas.
2.2. Analise as afirmações que se seguem sobre proposições e selecione a alternativa correta.
(A) As proposições categóricas afirmam ou negam sem quaisquer restrições.
(B) As proposições condicionais apresentam duas ou mais alternativas.
(C) "Se andar à chuva, molho-me" é um exemplo de proposição disjuntiva.
(D) As proposições podem ser válidas ou inválidas.
2.3. Analise as afirmações que se seguem sobre quantidade e qualidade de uma proposição
1. A cópula pode permitir-nos aferir a qualidade de uma proposição.
2. Quanto à quantidade, uma proposição pode ser universal ou particular.
3. Quanto à qualidade, uma proposição pode ser universal ou particular.
4. A qualidade de uma proposição é determinada pelo predicado.
Deve afirmar-se que:
(A) 1 e 2 são verdadeiras; 3 e 4 são falsas.
(B) 1, 2 e 3 são verdadeiras; 4 é falsa.
(C) 2 e 3 são verdadeiras; 1 e 4 são falsas.
(D) 1 e 3 são verdadeiras; 2 e 4 são falsas.
2.4. Analise as afirmações que se seguem sobre a distribuição dos termos.
1. Nas proposições universais o predicado nunca está distribuído.
2. Nas proposições negativas o sujeito nunca está distribuído.
3. Numa proposição particular negativa o predicado está sempre distribuído.
4. Numa proposição universal afirmativa o predicado nunca está distribuído.
Deve afirmar-se que:
(A) 2 e 3 são verdadeiras; 1 e 4 são falsas.
(B) 1, 2 e 3 são verdadeiras; 4 é falsa.
(C) 3 e 4 são verdadeiras; 1 e 2 são falsas.
(D) 1 e 3 são verdadeiras; 2 e 4 são falsas.
2.5. Analise as afirmações que se seguem sobre as figuras do silogismo e selecione a alternativa correta.
(A) Na primeira figura, o termo maior é sujeito na premissa maior.
(B) Na segunda figura, o termo médio é sujeito na premissa menor.
(C) Na terceira figura, o termo menor é predicado na premissa menor.
(D) Na quarta figura, o termo médio é sujeito na premissa maior.
GRUPO II
1. Coloque na formapadrão cada um dos argumentos ou proposições que se seguem.
a) Os nossos clientes têm pouco dinheiro. Por conseguinte, não poderão compraresta peça de ouro.
b) Todos, à exceção dos menores de 12 anos, podem ver este filme.
c) O talento não é uma característica dos extraterrestres.
d) Dado que os assaltantes são terroristas, pode inferir-se que certos terroristas são fugitivos, visto que
alguns assaltantes são fugitivos.
2. Coloque cada um dos silogismos que se seguem na forma padrão. Teste a sua validade referindo
as regras violadas e as respeitadas.
a) Dado que algumas colegas são psicólogas, segue-se que fizeram estágio no hospital.
b) É sabido que os dias de chuva não são dias de sol, pois os dias de sol são claros e alguns dias de
chuva não são claros.
c) Há pessoas que passeiam na Nazaré ao fim de semana. E também que mergulham no mar em janeiro.
É por isso que quem passeia na Nazaré ao fim de semana, mergulha no mar em janeiro.
3. Considere a proposição seguinte: "Alguns papagaios são louros".
Construa um silogismo categórico válido da segunda figura em que a proposição apresentada seja a
premissa menor e o termo maior seja "seres de bico dourado".
Indique o modo do silogismo construído.
4. Analise a validade dos silogismos que se seguem. No caso de serem inválidos, indique as regras
violadas.
a) Modo AEO, 3.ª figura.
b) Modo EIE, 1.ª figura.
5. Considere os termos seguintes:
Termo maior – aeronave.
Termo médio – ave.
Termo menor – voador.
Construa um silogismo categórico válido da quarta figura utilizando os termos apresentados em que a
premissa maior seja negativa.
Indique o modo do silogismo construído.
6. Considere o argumento seguinte:
Todos os gatos são felinos.
Alguns tigres são felinos.
Logo, alguns tigres são gatos.
Identifique o tipo de falácia formal presente no argumento. Justifique a sua resposta mediante a
enunciação da regra infringida e a explicitação da respetiva infração.
7. Considere o argumento seguinte:
Todas as águias são seres que voam.
Todos os seres que voam são canários.
Logo, todos os canários são águias.
Identifique o tipo de falácia formal presente no argumento. Justifique a sua resposta mediante a
enunciação da regra infringida e a explicitação da respetiva infração.
GRUPO III
1. Distinga verdade de validade.
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
TÓPICOS DE RESPOSTA
GRUPO I
1. a) V; b) V; c) F; d) F; e) F; f) V

2.
2.1. (B); 2.2. (A); 2.3. (A); 2.4. (C); 2.5. (C)
GRUPO II
1. a) Nenhuma pessoa que tem pouco dinheiro poderá comprar esta peça de ouro.
Todos os nossos clientes são pessoas que têm pouco dinheiro.
Logo, nenhum dos nossos clientes poderá comprar esta peça de ouro.
b) Todos os maiores de 12 anos podem ver este filme.
c) Nenhum extraterrestre é um ser talentoso.
d) Alguns assaltantes são fugitivos.
Todos os assaltantes são terroristas.
Logo, alguns terroristas são fugitivos.
2. a) Todos os psicólogos fizeram estágio no hospital.
Algumas colegas são psicólogas.
Logo, algumas colegas fizeram estágio no hospital.
Silogismo válido. Tem três termos. O termo médio não aparece na conclusão. O termo médio está
distribuído na primeira premissa.
Nenhum termo tem maior extensão na conclusão que na premissa onde ocorre. Não tem premissas
negativas. Não tem duas premissas particulares. As duas premissas são afirmativas e a conclusão
também o é. A conclusão segue a parte mais fraca.
b) Todos os dias de sol são claros.
Alguns dias de chuva são dias claros.
Logo, nenhum dia de chuva é um dia de sol.
Silogismo inválido. Regras violadas: há um aumento de extensão do termo menor. O termo médio nunca
é tomado universalmente.
A conclusão não segue a parte mais fraca. De duas premissas afirmativas não pode extrair-se uma
conclusão negativa. Regras respeitadas: o silogismo tem três termos. O termo médio não aparece na
conclusão. De duas premissas negativas nada se pode concluir. De duas premissas particulares nada se
pode concluir.
c) Algumas pessoas são pessoas que mergulham no mar em janeiro.
Algumas pessoas são pessoas que passeiam na Nazaré ao fim de semana.
Logo, todos os que passeiam na Nazaré ao fim de semana são pessoas que mergulham no mar em
janeiro.
Silogismo inválido. Regras violadas: há um aumento de extensão do termo menor. O termo médio nunca
é tomado universalmente.
De duas premissas particulares nada se pode concluir. A conclusão não segue a parte mais fraca. Regras
respeitadas: o silogismo tem três termos. O termo médio não aparece na conclusão. De duas premissas
afirmativas não pode extrair-se uma conclusão negativa. De duas premissas negativas nada se pode
concluir.
3. Nenhum papagaio é um ser de bico dourado.
Alguns papagaios são louros.
Logo, alguns louros não são seres de bico dourado.
Modo: EIO
4. a) Silogismo inválido: há um aumento de extensão do termo maior. Falácia da ilícita maior.
b) Silogismo inválido: há um aumento de extensão do termo menor (falácia da ilícita menor) e a
conclusão não segue a parte mais fraca.
5. Nenhuma aeronave é uma ave.
Algumas aves são voadoras.
Logo, alguns voadores não são aeronaves.
Modo: EIO (também é válido o modo EAO)
6. Falácia do termo não distribuído. O termo médio "felinos" nunca é tomado universalmente nas
premissas, o que deveria acontecer pelo menos uma vez.
7. Falácia da ilícita menor. O termo menor "canários" tem maior extensão na conclusão que na premissa
onde ocorre.
GRUPO III
1. A verdade de uma proposição está relacionada com a adequação entre o que é enunciado e o que
acontece na realidade, enquanto a validade se prende com a relação de necessidade estabelecida entre as
premissas e a conclusão de um argumento.
III - RACIONALIDADE ARGUMENTATIVA E FILOSOFIA
3 – Argumentação e Filosofia
3.1. Filosofia retórica e democracia
Leia atentamente o texto que se segue e responde às questões propostas.
O relativismo sofístico (…) não é mais do que uma reação contra as precedentes atitudes pré-
-socráticas, centradas na realidade da physis e que nela procuravam encontrar princípios universais, se
bem que impercetíveis.
Isto quanto à justificação teórica, porque no que diz respeito à razão histórica para o desenvolvimento da
retórica em Atenas, W. C. Guthrie diz-nos que ela foi favorecida pelo desenvolvimento histórico da
democracia ateniense.
Tanto Platão como Aristóteles acreditam que existe uma realidade para além e independente do nosso
conhecimento e crenças. Em contraste, Protágoras pensa que "nada existe a não ser aquilo que cada um
de nós perceciona e conhece".
T. C. Cunha, Razão Provisória, UBI: LusoSofia:Press, 2004, p. 16.
1. Descreva o contexto político apresentado no texto que esteve na origem da projeção histórica da
retórica.
2. Apresente a posição de Platão quanto à retórica praticada pelos sofistas do seu tempo.
3. Contextualize e explique a afirmação de Protágoras destacada no texto.
TÓPICOS DE RESPOSTADE RESPOSTA
1. O texto apresenta a democracia como o fenómeno político que esteve na origem da afirmação da
retórica. A democracia ateniense exigia aos seus cidadãos uma participação ativa na vida pública. A
afirmação política do jovem ateniense passou a depender do uso da palavra, pelo que a retórica, ensinada
pelos sofistas, assumiu um papel de destaque na Grécia antiga.
2. Platão assume uma posição de recusa quanto à retórica ensinada pelos sofistas. Como afirma o texto,
Platão defende que a verdade e o conhecimento não podem ser transitórios, dependendo do momento ou
da vontade do orador. Neste sentido, a retórica é um engano e prejudica a educação dos atenienses.
Platão reclama para a Filosofia um papel de relevo na educação e construção de uma democracia
fundada no conhecimento, na justiça e na verdade.
3. Os sofistas eram professores itinerantes que haviam conhecido outras culturas e lugares, o que em
certo sentido terá influenciado a sua visão relativista da realidade. Defendiam com frequência que a
verdade é relativa e que "o homem é a medida de todas as coisas", frase atribuída a Protágoras (um dos
mais reconhecidos sofistas da antiguidade). Neste sentido, a afirmação destacada no texto revela-nos a
posição relativista dos sofistas, assumida neste excerto por Protágoras.
III - RACIONALIDADE ARGUMENTATIVA E FILOSOFIA
2 – Argumentação e retórica
2.2. O discurso argumentativo – principais tipos de argumentos e falácias informais
1. Classifique como verdadeiras ou falsas as afirmações que se seguem.
1.1. Na antiguidade clássica aceitavam-se como etapas fundamentais do discurso argumentativo o
exórdio, a apresentação, a discussão e a peroração.
1.2. A peroração consiste na fase inicial do discurso argumentativo e tem por função informar o
auditório da tese a apresentar no exórdio.
1.3. O discurso argumentativo tem de estar sempre fundamentado em factos.
1.4. Num argumento indutivo que recorra a uma generalização as conclusões são mais amplas do que as
premissas.
1.5. Um argumento indutivo que recorra a uma previsão é uma demonstração válida sempre que tenha
uma forma lógica correta.
1.6. Um argumento por analogia extrai conclusões com base em semelhanças conhecidas entre objetos.
1.7. A falácia da petição de princípio consiste num raciocínio dedutivo que procura provar uma
conclusão com base em premissas falsas.
1.8. A falácia do falso dilema consiste num raciocínio em que o orador apresenta normalmente apenas
duas das alternativas possíveis quando na realidade existem mais.
1.9. A falácia ad hominemocorre quando se descredibiliza a pessoa que argumenta em vez de se
demonstrar o erro de argumentação cometido.
2. Identifique as falácias cometidas nos argumentos que se seguem expondo como se pode
argumentar contra elas.
2.1. "Os fantasmas não existem, porque até hoje nunca ninguém demonstrou a sua existência."
2.2. "As boas obras de arte impressionam sempre o seu auditório, pois as obras de arte só têm valor
estético se emocionarem o público."
2.3. "Os políticos ou são corruptos ou não são eleitos, por isso, todos os políticos eleitos são corruptos."
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
TÓPICOS DE RESPOSTADE RESPOSTA
1. 1.1. V; 1.2. F; 1.3. F; 1.4. V; 1.5. F; 1.6. V; 1.7. F; 1.8. V; 1.9. V
2.
2.1. O argumento incorre na falácia do apelo à ignorância. Para se demonstrar a fragilidade desta falácia
pode argumentar-se quenão é pelo facto de não ter sido possível demonstrar a existência de fantasmas
que fica provada a sua inexistência, logo aconclusão não está sustentada convenientemente.
2.2. O argumento contém a falácia da petição de princípio. Para se demonstrar a fragilidade desta falácia
pode argumentar-se que a premissa e a conclusão afirmam o mesmo: as boas obras de arte são as que
emocionam o seu público. No argumento não se apresenta nenhuma boa razão para sustentar a relação
entre a emoção e a qualidade da arte.
2.3. O argumento contém a falácia do falso dilema. Pode argumentar-se contra a falácia demonstrando
que o dilema apresentado é falso em virtude de poder haver políticos eleitos que não sejam corruptos.
III - RACIONALIDADE ARGUMENTATIVA E FILOSOFIA
2 – Argumentação e retórica
2.1. O domínio do discurso argumentativo – A procura da adesão do auditório
1. Classifique como verdadeiras ou falsas as afirmações que se seguem.
1.1 A argumentação estabelece sempre uma relação necessária entre a conclusão e as premissas.
1.2 A validade de uma demonstração não depende do contexto em que se apresenta.
1.3 A argumentação é permeável à interpretação e permite a refutação das suas teses.
1.4 A argumentação apresenta-nos uma cadeia de argumentos irrefutável, dada a sua forma lógica.
1.5 Um discurso político convincente é sempre uma demonstração lógica, pelo que qualquer auditório é
compelido à sua aceitação.
1.6 A demonstração estabelece uma relação necessária entre as premissas e a conclusão, não dependendo
do auditório em causa.
1.7 Uma demonstração é do domínio da evidência e constrange à sua aceitação.
1.8 Um anúncio publicitário pode ser considerado um discurso argumentativo.
1.9 O discurso argumentativo, quando apresenta teses fortes, não depende do auditório, dado que compele
à sua aceitação.
1.10 Uma demonstração está limitada pelo cálculo lógico-formal estabelecido.
1.11 A argumentação é aberta à refutação porque as suas teses não são necessárias mas apenas prováveis.
2.Compare demonstraçãoeargumentação, tendo em conta as afirmações que se seguem.
“Uma demonstração descarta a ambiguidade da linguagem natural, contrariamente, o discurso
argumentativo permite sempre a interpretação. A força do argumento depende do que é dito, de quem o
profere e do auditório que o recebe.”
3.Leia atentamente o discurso que se segue.
Yeswe can!
Se alguém ainda duvida que a América é o lugar onde todos os sonhos são possíveis, se ainda questiona se
os sonhos dos nossos fundadores ainda estão vivos, se ainda questiona o poder da nossa democracia, teve
esta noite a resposta.
Foi a resposta dada pelas filas que se estendiam à volta das escolas, das igrejas em números que a nossa
nação nunca viu antes, (…) porque acreditavam que desta vez tinha de ser diferente. (…)
Foi a resposta que levou aqueles a quem foi dito durante tanto tempo para serem cínicos e receosos e
duvidarem do que somos capazes (…). Levou muito tempo, mas esta noite, por causa do que fizemos hoje
nesta eleição e neste momento decisivo, a mudança chegou à América. (…) Não era o candidato mais
provável para este cargo. Não começamos com muito dinheiro ou patrocínios. (…) Ganhamos força com os
mais novos que rejeitaram o mito da geração apática, que deixaram as suas casa, famílias, empregos mal
pagos e noites mal dormidas. Ganhou força com a geração já não tão jovem que se aventurou no frio e no
calor para bater a portas de estranhos. Isto é vitória!
E sei que não fizeram isto somente para ganhar a eleição. E sei que não o fizeram por mim. Fizeram-no
porque perceberam a enorme tarefa que nos espera. Porque apesar de celebrarmos esta noite, sabemos que os
desafios que o dia de amanhã nos trás são os maiores da nossa vida. (…)
Apesar de estarmos aqui esta noite, sabemos que existem americanos no deserto do Iraque, nas montanhas
do Afeganistão que arriscam as suas vidas por nós.
Há mães e pais que não conseguem adormecer e que ficam a pensar como pagar as hipotecas ou as contas do
médico ou se conseguem poupar o suficiente para a educação dos filhos.
Temos de rentabilizar a nossa energia, criar novos postos de trabalho, construir novas escolas e lidar com
ameaças e reparar alianças. O caminho que nos espera é longo. (…)
(…) Mas essa é a verdadeira genialidade da América: a sua capacidade de mudança. A nossa união pode ser
perfeita. O que conseguimos dá-nos ainda mais esperança em relação ao que podemos conseguir amanhã.
Esta eleição tinha muitas estreias e muitas histórias que serão contadas ao longo de gerações. Mas uma que
está na nossa mente hoje é sobre uma mulher que votou em Atlanta. Ela assemelha-se a muitos milhões que
estiveram na fila para fazer ouvir a sua voz nesta eleição por uma razão. Ann Nixon Cooper tem 106 anos.
Ela nasceu na geração da escravatura; num tempo em que não havia carros na estrada, aviões no céu; quando
alguém como ela não podia votar por duas razões: porque era mulher e por causa da cor da sua pele.
E, esta noite, penso em tudo o que viu no centenário de vida na América – o desespero e a esperança; a luta
e o progresso; as vezes que nos disseram que não eram capazes e aqueles que mantiveram a sua capacidade
de dizer: Sim, somos capazes [Yeswecan].(…)
E este ano, nesta eleição, ela tocou com o dedo no ecrã e fez o seu voto, porque depois de 106 anos na
América, depois dos melhores tempos e dos mais obscuros, ela sabe que a América pode mudar.
Sim, somos capazes [Yeswe can].
(…) E aqui estamos nós, frente a frente com o cinismo e as dúvidas daqueles que nos dizem que não somos
capazes, e a quem respondemos com o credo intemporal que representa o espírito de um povo: Sim,
somos capazes. [Yeswe can]

Discurso de vitória de Barack Obama, in Jornal de Notícias, 05-11-2008, [adaptado].


3.1 Identifique o tipo de discurso argumentativo presente no documento.
3.2 Apresente a principal tese defendida no excerto e a estratégia seguida pelo orador.
TÓPICOS DE RESPOSTA
1. 1.1. F; 1.2. V; 1.3. V; 1.4. F; 1.5. F; 1.6. V; 1.7. V; 1.8. V; 1.9. F; 1.10. V; 1.11. V
2. Para a primeira afirmação pode ser apresentada a oposição entre demonstração e argumentação
(marcando-se a primeira pela necessidade lógica e pela sua independência do contexto ou auditório em
causa e a segunda pela contingência do contexto e da interpretação do discurso). Na segunda afirmação deve
ser destacada a relação necessária entre o discurso argumentativo e o seu auditório. O reconhecimento da
competência e idoneidade do orador (ethos), a forma como a comunicação apela ao auditório (pathos) e a
coerência das teses apresentadas (logos) são determinantes para a força do discurso argumentativo.
3.
3.1. O texto é um discurso político argumentativo.
3.2. O excerto defende que o povo norte-americano provou na eleição de Obama que é capaz de produzir a
mudança. Mudou na forma como escolheu o seu líder, pelo que também será capaz de mudar, como já o fez
no passado inúmeras vezes, para uma sociedade mais justa que defenda os ideais da paz, da equidade, da
democracia e da liberdade. A estratégia seguida pelo orador, neste excerto, consiste na utilização do
exemplo de uma centenária (Ann Nixon Cooper) que acreditou que era possível ver uma América diferente.
Este exemplo consolida-se no slogan"yeswe can" que é utilizado como reforço da tese para a permanência
da mensagem no auditório.
III - RACIONALIDADE ARGUMENTATIVA E FILOSOFIA
1 – Argumentação e lógica formal
1.1. Formas de inferência válida e principais falácias – OPÇÃO B
1. Classifique as afirmações que se seguem como verdadeiras ou falsas.
a) Uma conjunção só é verdadeira quando as duas proposições que a constituem são verdadeiras.
b) O valor de verdade de uma negação pode ser o mesmo da proposição negada.
c) As disjunções exclusivas são verdadeiras quando as proposições disjuntas têm o mesmo valor de
verdade.
d) Uma disjunção inclusiva é falsa sempre que ambas as disjuntas forem falsas.
e) As conjunções são verdadeiras quando o antecedente é verdadeiro e o consequente falso.
f) As bicondicionais são verdadeiras quando as proposições que as constituem têm o mesmo valor de
verdade.
2. Simbolize o conteúdo de cada uma das alíneas que se seguem.
a) Se o Afonso é universitário, então não é aluno do ensino secundário e entrou na faculdade.
b) Os bombeiros chegaram atempadamente ou não conseguiram apagar as chamas.
c) O determinismo é verdadeiro se e só se não existir livre-arbítrio.
d) O realizador receberá um Óscar se o filme for bem recebido pela crítica e muitas pessoas forem vê-
lo.
e) És um excelente cozinheiro ou esta pizza não foi feita por ti.
f) Se és extrovertido, então vais animar a noite e não terás problemas em cantar para todos.
3. Simbolize o conteúdo de cada uma das alíneas que se seguem e teste a sua validade através do
método do inspetor de circunstâncias.
a) Kant é um utilitarista se e só se a sua ética for consequencialista. Ora, a ética de Kant não é
consequencialista, pelo que Kant não é um utilitarista.
b) O Homem-Aranha é um super-herói e o Dr. Octopus não vai vencer. Se o Dr. Octopus vencer, então
o Homem-Aranha não salvará a cidade. Logo, o Homem-Aranha salvará a cidade.
c) Os amantes de jazz não gostam de fado se e só se o cantor não for afinado e não gostarem de música
desafinada. O cantor é afinado. Logo, os amantes de jazz gostam de fado.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
TÓPICOS DE RESPOSTA
1. a) V; b) F; c) F; d) V; e) F; f) V
2.
a) P: O Afonso é universitário. Q: O Afonso é aluno do ensino secundário. R: O Afonso entrou na
faculdade. P→(¬QɅR)
b) P: Os bombeiros chegaram atempadamente. Q: Os bombeiros conseguiram apagar as chamas.PV¬Q
c) P: O determinismo é verdadeiro. Q: Existe livre-arbítrio. P↔¬Q
d) P: O realizador receberá um Óscar. Q: O filme é bem recebido pela crítica. R: Muitas pessoas vão ver o
filme. (QɅR)→P
e) P: És um excelente cozinheiro. Q: Esta pizzafoi feita por ti.PV¬Q
f) P: És extrovertido. Q: Vais animar a noite. R: Terás problemas em cantar para todos. P→(QɅ¬R)
3.
a) P: Kant é um utilitarista.
Q: A ética de Kant é consequencialista.
1.
a)
P: Kant é um utilitarista.
Q: A ética de Kant é consequencialista.
Q P↔
P ¬Q ∴ ¬P
Q
V V V F F Argumento válido. Na única situação em que as premissas são
ambas V F F V F verdadeiras a conclusão também o é.
b) F V F F V
P: O F F V V V Homem-Aranha é um super-herói.
Q: O Dr. Octopus vai vencer.
R: O Homem-Aranha salvará a cidade
Q R PɅ¬ Q→¬
P ∴R
Q R
V V V F F V
V F V V V V
F V V F F V
F F V F V V
V V F F V F
V F F V V F
F V F F V F
F F F F V F

Argumento inválido. Há uma situação em que todas as premissas são verdadeiras e a conclusão é falsa.
c)
P: Os amantes de jazz gostam de fado.
Q: O cantor é afinado.
R: Os amantes de jazz gostam de música desafinada.
Q R ¬P→(¬QɅ
P Q ∴P
¬R)
V V V V F V V
V F V V F F V
F V V F F V F
F F V F F F F
V V F V F V V
V F F V V F V
F V F F F V F
F F F V V F F
Argumento válido. Nas duas situações em que todas as
premissas são verdadeiras a conclusão também o é.
III - RACIONALIDADE ARGUMENTATIVA E FILOSOFIA
1 – Argumentação e lógica formal
1.2. Formas de inferência válida e principais falácias – OPÇÃO A
1. Classifique as afirmações que se seguem como verdadeiras ou falsas.
a) Numa proposição universal afirmativa o predicado é tomado universalmente.
b) Numa proposição particular afirmativa o predicado não é tomado universalmente.
c) Numa proposição universal negativa o predicado é tomado universalmente.
d) Nas proposições particulares não há termos tomados universalmente.
e) Numa proposição particular negativa o sujeito não é tomado universalmente.
f) Nas proposições universais o sujeito é sempre tomado universalmente.
g) Numa proposição universal afirmativa o sujeito é tomado universalmente.
h) Nas proposições negativas não há termos tomados universalmente
2. Teste a validade dos silogismos categóricos que se seguem. No caso de serem inválidos, indique as
regras violadas.
a) Alguns alunos que estudam são universitários.
Nenhum universitário é aluno do ensino secundário.
Logo, alguns alunos do ensino secundário não são alunos que estudam.
b) Alguns idealistas são revolucionários.
Todos os revolucionários são partidários de mudanças de regime.
Logo, alguns partidários de mudanças de regime não são idealistas.
3. Teste a validade dos silogismos categóricos que se seguem.No caso de serem inválidos, indique as
regras violadas.
a) Modo IAI, 1.ª figura.
b) Modo EOO, 2.ª figura.
c) Modo AAA, 3.ª figura.
d) Modo IAI, 4.ª figura.
----------------------------------------------------------------------------------------------------------
TÓPICOS DE RESPOSTA
1. a) F; b) V; c) V; d) F; e) V; f) V; g) V; h) F
2.
a) Argumento inválido. Falácia da ilícita maior: o termo maior tem maior extensão na conclusão que na
premissa.
b) Argumento inválido. Falácia da ilícita maior: o termo médio tem maior extensão na conclusão que na
premissa; de duas premissas afirmativas não pode extrair-se uma conclusão negativa.
3.
a) Argumento inválido. Falácia do termo não distribuído: o termo médio nunca é tomado universalmente.
b) Argumento inválido. De duas premissas negativas nada se pode concluir.
c) Argumento inválido. Falácia da ilícita menor: o termo menor tem maior extensão na conclusão do que na
premissa onde ocorre.
d) Argumento válido. Todas as regras são respeitadas.
III - RACIONALIDADE ARGUMENTATIVA E FILOSOFIA
1 – Argumentação e lógica formal
1.3. Distinção: validade - verdade.
1. Indique se as frases que se seguem são ou não proposições.
a) Os novos smartphones são minicomputadores
b) Podes passar-me o sal?
c) Passa-me o sal.
d) Boas férias!
e) O estado das coisas tem vindo a melhorar.
f) Algumas pessoas inteligentes cometem erros.
2. Classifique as proposições que se seguem quanto à quantidade e à qualidade.
a) Os automóveis maiores tendem a gastar mais combustível.
b) Há lâmpadas que não são fluorescentes.
c) Alguns revolucionários tornam-se ditadores
d) Não há neve quente.
e) Há mamíferos aquáticos.
f) Os dinossauros extinguiram-se.
3. Identifique os indicadores de premissa e de conclusão.
a) Por conseguinte
b) Devido a
c) Já que
d) Daí que
e) Por isso
f) Dado que
g) Uma vez que
h) Assim
4. Coloque os argumentos que se seguem na forma padrão do silogismo categórico.
a) Alguns jogadores de golfe não são extraterrestres. Sabemos isso porque há portugueses que são
jogadores de golfe e os portugueses não são extraterrestres.
b) Dado que não há leitores analfabetos e os estudantes de Filosofia são leitores, segue-se que os
estudantes de Filosofia não são analfabetos.
c) Há utilitaristas que são consequencialistas e não há utilitaristas kantianos e, pelo que há
consequencialistas que não são kantianos.
5. Indique a proposição em falta em cada um dos silogismos categóricos que se seguem.
a) Sabemos que o António é um atleta, pois treina salto em comprimento todos os dias.
b) O Luís desafina muito, pelo que não poderá ser um cantor profissional.
c) A Joana gosta de passear na praia, dado que nasceu em novembro.
6. Explique a diferença entre verdade e validade.
7. Explique o que é um entimema.
TÓPICOS DE RESPOSTA
1. São proposições as alíneas a), e) e f).
2.
a) Universal afirmativa (tipo A).
b) Particular negativa (tipo O).
c) Particular afirmativa (tipo I).
d) Universal negativa (tipo E).
e) Particular afirmativa (tipo I).
f) Universal afirmativa (tipo A).
3. a) Conclusão.
b) Premissa.
c) Premissa.
d) Conclusão.
e) Conclusão.
f) Premissa.
g) Premissa.
h) Conclusão.
4. a) Nenhum português é um extraterrestre.
Alguns portugueses são jogadores de golfe.
Logo, alguns jogadores de golfe não são extraterrestres.
b) Nenhum leitor é analfabeto.
Todos os estudantes de Filosofia são leitores.
Logo, nenhum estudante de Filosofia é analfabeto.
c) Nenhum utilitarista é kantiano.
Alguns utilitaristas são consequencialistas.
Logo, alguns consequencialistas não são kantianos.
5. a) Todos os que treinam salto em comprimento todos os dias são atletas.
b) Nenhuma pessoa que desafine muito poderá ser um cantor profissional.
c) Todos os que nasceram em novembro gostam de passear na praia.
6. A verdade de uma proposição prende-se com a adequação entre o que esta declara e a realidade, enquanto
a validade está relacionada com a relação de necessidade entre as premissas e a conclusão.
7. Um entimema é um argumento em que uma ou mais premissas não são explicitamente apresentadas.

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