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CÁLCULO BÁSICO para ENGENHARIA – PARTE 2

Profª. Ana Flávia Guedes Greco

FUNÇÕES POLINOMIAIS

Você vai estudar mais detalhadamente nesta seção, em especial, as propriedades e características
das funções polinomiais do primeiro e segundo graus. O estudo das características das funções
polinomiais de grau maior do que dois será retomado na unidade sobre aplicações das derivadas.

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Aula 2
Função do 1º Grau

2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO

É muito importante saber reconhecer quais conceitos matemáticos resolvem os problemas do nosso
cotidiano, ou seja, para resolver um determinado problema devemos saber qual é o modelo
matemático adequado.

Diversos problemas podem ser modelados através de Função de 1º Grau, vejamos dois exemplos
relacionados à Geometria Plana:

Exemplo 2.1. Dado um hexágono regular cujo Exemplo 2.2. Dado um retângulo cujo
lado mede x unidades, se seu perímetro for comprimento mede x unidades e de largura
representado por y, ele será dado em função do mede 10 unidades, se seu perímetro for
lado pela expressão: y = 6x representado por y, ele será dado em função do
comprimento pela expressão: y = 2x + 20

2.2 DEFINIÇÃO

Uma função é chamada polinomial de 1º grau ou simplesmente função de 1º grau


quando é definida pela fórmula matemática y = ax + b, com a ≠ 0.

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Vejamos alguns exemplos:

 y  3x  1  y  7  5x
 y  12 x 1
 y x2
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Linguagem Simbólica:

f: 
f ( x)  ax  b com a  0.

Os números reais a e b são chamados de coeficiente angular e coeficiente linear,


respectivamente.

O coeficiente angular determina a inclinação da reta e o coeficiente linear indica o ponto que a reta
corta o eixo y.

De acordo com os valores assumidos por a e b, temos as situações apresentadas na tabela a seguir:

Condição para os Coeficientes Representação Algébrica Nome da Função


b0 f ( x)  ax  b Função Afim
b0 f ( x)  ax Função Linear
b  0 e a 1 f ( x)  x Função Identidade

2.3 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

Podemos representar graficamente uma função polinomial de 1º grau utilizando para isso um
sistema de coordenadas cartesianas.

Sabemos que cada valor de x tem o seu correspondente valor em y, pela função; marcamos, então,
no plano cartesiano os pontos de coordenadas (x, y). Dessa maneira, obtemos um conjunto de
pontos e esse conjunto é chamado gráfico da função.

O gráfico de uma função polinomial de 1º grau, no plano cartesiano, é sempre uma


reta.

Portanto, só precisamos conhecer dois de seus pontos para traçá-la. Esses pontos podem ser
obtidos atribuindo-se dois valores arbitrários para x e determinando suas imagens. Porém, dois
pontos bastante convenientes são aqueles em que a reta corta os eixos.

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Exemplo 2.3. Vamos representar no plano cartesiano, o gráfico das seguintes funções:

Obs.: Inicialmente elaboramos uma tabela e depois esboçaremos o gráfico.

(a) y  2 x  3 (b) y   x  3

Veja na tabela abaixo algumas propriedades e características da função do primeiro grau:

Domínio D( f ) 
Conjunto Imagem Im( f ) 
Representação Gráfica Reta
Zero ou raiz Ponto em que o gráfico corta o eixo x, ou seja, os valores de x


tais que f ( x)  0  x   
b  P  b , 0 .
a a 
Crescimento e Decrescimento Para as funções do primeiro grau a análise do crescimento e do
decrescimento pode ser feita através do sinal do coeficiente
angular:
a  0  Função Crescente e a  0  Função Decrescente
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• A reta corta o eixo x quando y = 0.
• A reta corta o eixo y quando x = 0.

2.4 EQUAÇÃO DA RETA – LEI DA FUNÇÃO

Toda reta está associada a uma equação da forma y = ax + b, onde a, como vimos na seção anterior,
representa o coeficiente angular da reta e b representa o coeficiente linear da reta.
Podemos determinar sua equação, ou sua lei de formação como também é conhecido, conhecendo
dois pontos distintos pertencentes à reta.

Vejamos o gráfico:

Utilizando os conceitos de Trigonometria no Triângulo Retângulo, temos que:

cateto oposto y y2  y1 f  x2   f  x1 
tg    
cateto adjacente x x2  x1 x2  x1

e sabendo que o coeficiente angular a representa a tg , então:

y2  y1
a  tg  a 
x2  x1
Já o coeficiente linear b, como estudamos na seção anterior, representa a ordenada do ponto onde o
gráfico da função intercepta o eixo y, desta forma, para determinar b basta identificarmos onde a reta
corta o eixo y analisando o gráfico da função.

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Exemplo 2.4. Determine a Equação da Reta representada pelo gráfico a seguir:

Exemplo 2.5 (Aplicação). O gráfico a seguir representa a posição de um carro em movimento em


uma estrada. Determine a posição do carro no instante 7h.

Exemplo 2.6 (Aplicação). O operador de uma perfuradora de cartões ganha um salário base de
R$ 226,00 mais R$ 0,50 por cartão perfurado. Sendo y o salário mensal e x o número de cartões que
perfura em um mês, pede-se:

(a) A função do 1º grau que expressa o (b) O salário desse operador, se ele perfurar 5 000
salário desse perfurador. cartões em um determinado mês.

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Aula 3
Função do 2º Grau

3.1 CONTEXTUALIZAÇÃO

O goleiro coloca a bola em jogo com um chute forte. A bola sobe até um ponto máximo e começa a
descer descrevendo, assim, uma curva que recebeu o nome de parábola. O físico italiano Galileu
Galilei, estudou atentamente movimentos como o desta bola e concluiu que, se não fosse a
resistência do ar, qualquer corpo solto no campo de gravidade da Terra se movimentaria do mesmo
modo.

Ou seja, ao fim de 1 segundo percorreria cerca de 5.1² = 5 metros, depois de 2 segundos,


percorreria cerca de 5.2² = 20 metros, depois de 3 segundos percorria cerca de 5.3² = 40 metros e
assim sucessivamente. Desta forma, depois de x segundos, percorreria 5.x² metros, onde 5 é
aproximadamente a metade da aceleração da gravidade em metros por segundo, em cada segundo.
Isto é o mesmo que escrever a função f(x) = 5.x². Galileu agrupou todos esses elementos em um
importante conceito matemático: Função quadrática.

3.2 DEFINIÇÃO

Uma função é chamada polinomial de 2º grau ou simplesmente função de 2º grau


quando é definida pela fórmula matemática y  ax  bx  c , com a ≠ 0.
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Vejamos alguns exemplos:

 y  x2  2 x  3  a  1, b  2, c  3  y  2 x2  8  a  2, b  0, c  8

 y   x2  3x  a  1, b  3, c  0   y  x2  a  1, b  0, c  0 

Linguagem Simbólica:

f: 
f ( x)  ax2  bx  c com a  0.

3.3 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

O gráfico de uma função polinomial de 2º grau, no plano cartesiano, representa uma


curva aberta, chamada de Parábola.

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Para representar uma função do 2º grau graficamente é necessário conhecer algumas
características como concavidade e raízes, vejamos:

3.3.1 CONCAVIDADE

Como vimos, na definição introdutória, o gráfico da função de 2º grau é uma curva denominada
parábola, que terá concavidade voltada “para cima” se a > 0 ou voltada “para baixo” se a < 0.

Vejamos o desenho para entender melhor este conceito:

Para a > 0, Parábola com concavidade para Para a < 0, Parábola com concavidade para
cima (curva vermelha) baixo (curva vermelha)

3.3.2 ZEROS OU RAÍZ DE UMA FUNÇÃO DO 2º GRAU

Denomina-se zero ou raiz da função polinomial de 2º grau (y = ax² + bx+ c) o valor de x que anula a
função, isto é, y = 0.
As raízes podem ser determinadas através da conhecida fórmula de Bháskara:

b  
x ,   b2  4. a. c
2. a
O número de raízes depende do valor do discriminante Δ. Há 3 casos a considerar:

 Se Δ < 0, então não existem raízes reais (Neste caso, a parábola não irá tocar o eixo das
abscissas)
 Se Δ > 0, então existe duas raízes reais diferentes (Neste caso, a parábola irá tocar o eixo das
abscissas em dois postos diferentes)
 Se Δ = 0, então existe duas raízes reais iguais (Neste caso, a parábola irá tocar o eixo das
abscissas em um único ponto)

Para ficar mais claro o que foi discutido, veja na tabela a seguir a relação entre os sinais de ∆ e a, e
também as raízes da função.

Sinais de Δ e a Zeros ou Raízes Representação Gráfica (Esboço)


Δ>0 Raízes Reais diferentes
a> 0 X1 ≠ X2

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Δ>0 Raízes Reais diferentes
a< 0 X1 ≠ X2

Δ=0 Raízes Reais iguais


a> 0 X1 = X2

Δ=0 Raízes Reais iguais


a< 0 X1 = X2

Δ<0
a> 0
Raízes Complexas

Δ<0
a< 0
Raízes Complexas

Outro ponto importante para a representação gráfica é onde a Parábola corta o eixo y. Neste caso,
podemos usar o mesmo conceito aprendido para Função do 1º grau. A Parábola sempre cortará o
eixo y quando x for zero, ou seja, x = 0 → y = c.

Exemplo 3.1. Vamos representar no plano cartesiano, o gráfico da função y  x  x  2 .


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Obs.: Inicialmente iremos determinar as raízes da equação e depois esboçaremos o


gráfico.

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3.4 COORDENADAS DO VÉRTICE

Podemos observar anteriormente que, se a concavidade da parábola, estiver voltada “para cima” (ou
seja, a > 0), a parábola apresenta um ponto que é o “mais baixo” (ponto de mínimo da função), mas,
se a concavidade estiver voltada “para baixo” (a < 0), então a parábola apresenta um ponto que é o
“mais alto” (ponto de máximo da função).

Esse ponto (mínimo ou máximo) é chamado de vértice da Parábola, e suas coordenadas podem
ser calculadas através da seguinte expressão:

xv 
-b
yv 

- b2  4.a.c 
2.a 4.a

E a reta que contém o vértice da parábola é chamada de eixo de simetria e sempre será paralela ao
eixo y, conforme ilustra a figura abaixo:

Com estas coordenadas podemos calcular inúmeros problemas de otimização, conforme veremos na
seção a seguir.

3.5 OTIMIZAÇÃO

A função de 2º grau tem uma grande


aplicação prática, principalmente em
problemas de otimização, onde se
deseja calcular um valor ótimo, que em
determinadas situações pode ser
máximo ou mínimo. Os conceitos de
máximo e mínimo serão estudados,
especificadamente nesta seção, para
funções do 2º Grau utilizando para isso
as coordenadas do vértice.

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Exemplo 3.2. A trajetória da bola, num chute a gol, descreve uma
parábola. Supondo que a altura y, em metros, x segundos após o chute,
seja dada por y = – x² + 6x, determine:

(a) Em que instante a bola atinge a altura máxima? (b) Qual a altura máxima atingida pela bola?

Exemplo 3.3. Os diretores de um centro esportivo desejam cercar uma


quadra de basquete retangular e outros aparatos esportivos que estão a sua
volta com tela de alambrado. Tendo sido usado 200 metros de tela,
determine:

(a) As dimensões do terreno de modo que a área (b) A área máxima?


seja máxima?

Exemplo 3.4. Para um indivíduo sadio em repouso, o número y de


batimentos cardíacos por minuto varia em função da temperatura
ambiente x (em graus Celsius), segundo a função y = 0,1 x2 – 4x + 90.
Nessas condições, qual o número mínimo de batimentos cardíacos por
minuto de uma pessoa sadia?

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