Sempre estudamos na escola, vemos filmes, lemos livros e ouvimos
tantas historias sobre o holocausto. São tantas histórias que acabamos pensando que esse assunto já está saturado e não há mais o que falar sobre. O livro, A mala de Hana, mostra como era cruel a vida das crianças submetidas ao Holocausto. A história se passa em três continentes durante um período de quase setenta anos. Conta a experiência da garotinha Hana e de sua família na Tchecoslováquia (atual República Tcheca), nas décadas de 1930 e 40, a de Fumiko a professora do Centro Educacional do Holocausto de Tóquio que buscava mostrar aos alunos como foi na época de Hitler para os judeus e a de George, irmão de Hana. A história começa com a professora que tanto pediu para um grande museu que tratava do Holocausto, que recebeu uma mala com o nome de Hana, com a data (16 de maio de 1931) e Waisenkind- a palavra alemã que significa órfã. Por não ter nada dentro da mala, as crianças logo ficaram curiosos, todos querendo saber quem era a menina. Com todas essas curiosidades das crianças, Fumiko foi buscando respostas para todas aquelas perguntas na Europa e América. A professora descobre que George o irmão de Hana ainda estava vivo, e por meio dele todas as perguntas e curiosidades são respondidas. Assim, Fumiko descobre que Hana vivia feliz na Checolosváquia antes da invasão das tropas nazistas de Hitler tomarem o resto a Tchecoslováquia e a vida da família Brady mudar para sempre. A partir de então os Judeus só podiam sair de casa durantes algumas horas, não podiam viajar, tiveram que declarar aos nazistas todos os bens que possuíam. Toda semana tinha uma nova restrição. Hana e George, não podiam mais freqüentar o parque de diversão, campos de esporte, parques públicos, o lago para esquiar. Aos poucos, com o passar dos meses, começaram a perder os amigos que não eram judeus e que por medo de serem punidos pelos nazistas se afastavam. George sobreviveu aos campos de concentração em que ficou. Sua família foi separada. Primeiro foi levada a mãe de Hana depois seu pai por último ela e seu irmão.
O Holocausto que estava em movimento naquela época fez com que
atrapalhasse suas vidas, sendo excluídos da sociedade não Judia, perdendo amigos, direitos e separando de sua família. Os judeus levados para os campos de concentração recebiam um número em sua camisa, e passavam a ser identificados por ele. Os campos de concentração eram de péssimas condições. Hanna e George tiveram a sorte de conseguirem se vir alguns dias na semana para matar a saudade e contar notícias. George trabalhava como encanador e Hanna tinha algumas aulas de música e de artes de vez em quando. Depois de um tempo Hanna e George foram enviados a auschuwitz e se separaram novamente. Lá Hana foi enviada à câmara de gás (a câmara era usada para exterminar as crianças, mulheres e homens que não produziam ou estavam doentes) onde morreu no primeiro dia. George era novo e forte e trabalhava nos campos como encanador e outra coisa. Ele só foi saber da morte da irmã ao fim da guerra, ele abriu uma empresa de encanamento em Toronto junto com outro sobrevivente, casou se e tiveram três filhas, ele ficou muito feliz ao saber que estava sem feito um museu sobre a vida dele e de sua irmã. A autora do livro relata de forma leve o nazismo, mesmo assim é possível perceber o quanto era duro viver naqueles campos de concentração. A História da Mala de Hana, continua nos surpreendendo. Numa viagem à Polônia, em março de 2004, George e Fumiko descobriram que a mala original havia sido destruída, juntamente com muitos outros objetos do Holocausto, num incêndio suspeito em Birmingham, na Inglaterra, em 1984. O museu de Auschwitz criou uma réplica – ou cópia – da mala com base em uma fotografia. Foi essa réplica que Fumiko e o “Pequenas Asas” receberam em Tóquio. É política de Auschwitz dizer a todos os que recebem empréstimos que o objeto emprestado não é original. Mas, nesse caso, houve um erro. George e Fumiko não sabiam que a mala era uma cópia até essa viagem para a. Fumiko, George e a mala continuam viajando para compartilhar a história de Hana, a história da guerra e uma mensagem de tolerância.