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Como analisar as notas e determinar o intervalo que elas representam?

Para cifrar corretamente um acorde, é necessário conhecer, em primeiro lugar, os três tipos
diferentes de ordem (ou seqüência) das notas musicais: a ordem acústica (ou física),
a ordem melódica e a ordem harmônica.
A ordem acústica, determinada por princípios da física, é representada pela "serie
harmônica", que é a mesma ordem em que aparecem os harmônicos ao longo de uma
corda. Cada nota da série harmônica é chamada de "parcial", e seu número não coincide
necessáriamente com o intervalo que representa. No Ex. 1 vemos a série harmônica de C
escrita até a 14a parcial. (As notas representadas com figuras em forma de diamante não
soam afinadas em relação ao sistema temperado)

X D´ OX
X X X ´
Ex. 1- Ordem acústica das notas

" X
X X D´
X X

X
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

A ordem melódica das notas é representada pelos graus da escala diatônica - como mostra
o exemplo 2, ainda na tonalidade de C.

Ex. 2 - Ordem melódica das notas

¡ ¡ ¡ ¡ ¡
¡ ¡ ¡
1a 2a 3a 4a 5a 6a 7a 8a

Por último, o terceiro tipo de ordem das notas é a ordem harmônica, formada pelos
intervalos utilizados na Harmonia e que, na sua estrutura básica, formam uma superposição
de terças. É esta a ordem das notas que precisamos estudar para dominar a construção e
cifragem dos acordes.
O Ex. 3 mostra a ordem harmónica básica, baseada na escala natural de C.

¡
Ex. 3 - Ordem harmônica das notas

¡ ¡ ¡
¡ ¡ ¡
1a
¡3a 5a 7a 9a 11a 13a Repete a fundamental

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Quais são os intervalos efetivamente usados na construção de acordes?

Na harmonia funcional moderna são considerados somente os seguintes intervalos:

· 1a (somente justa)
· 3a (maior ou menor)
· 5a (justa, aumentada ou diminuta)
· 7a (maior, menor ou diminuta)
· 9a (maior, menor ou aumentada)
· 11a (justa ou aumentada)
· 13a (quase sempre maior, em casos pouco freqüentes é usada a 13a menor).

A Tonica (o primeiro grau), a terça, a quinta e a sétima formam o acorde básico, a chamada
"parte baixa" do acorde. Essas quatro notas podem ser invertidas, ou seja, é possível fazer
um acorde com 3a , 5a ou 7a no baixo. Essas quatro notas podem ser dobradas.

Já os intervalos de 9a , a 11a e 13a são a parte alta do acorde e formam a ornamentação


dos acordes (ornamentar significa enfeitar, adornar).

Os intervalos de ornamento não podem estar no baixo: eles formam parte da complementação
do acorde. São notas dispensáveis, sem importância na analise harmônica. Se tirar, por exemplo,
a 9a ou a 13a de um acorde, , ele pode ficar com uma sonoridade mais simples ou pobre, mas
harmonicamente não fará diferença, já que a ornamentação não muda a função harmônica do
acorde.

Obs: Há duas exceções na classificação dos intervalos harmônicos:

1) nos acordes maiores a terça maior pode ser substituída pela quarta justa (de onde provem
os acordes "com quarta", "quarta suspensa" ou "sus4", os dominantes "X7(4)" ou "X7sus4"
"X9(sus4)", etc.).

2) nos acordes maiores e menores, a sétima maior pode ser substituída pela sexta maior. Por
isso, um acorde maior com 6ª não deve nem pode ser dominante. Os acordes dominantes
(ou seja, com sétima menor) têm 13ª e não 6ª (lembre-se: a 6ª substitui a 7ª maior).

Resumindo, os intervalos harmônicos possíveis são os acima citados, mais a quarta justa
(quando substitui a terça maior) e 6a sexta maior (quando substitui a sétima maior).

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REGRAS:

Aqui vamos encontrar as principais orientações para saber construir os acordes e cifra-los
corretamente. É necessário memorizar estas regras para poder aplicá-las na prática.
Note que algumas destas regras já foram mostrados no capítulo I.

>Importante: Estas regras se referem aos acordes de uso comum na MPB (choro, samba,
bossa, baião, música gaúcha, forró, etc.), jazz, pop, folk, country, música romántica
internacional (norte-americana, italiana, latino-americana, etc), reggae, bolero, axé, em
suma, praticamente todos os estilos de música popular ocidental.
Porém, há grandes diferenças quando se trata de música étnica, principalmente a
não-ocidental (certos estilos de world music, música da Índia, oriental, etc). Nestes estilos
podemos encontrar acordes como o Xm(b9), que no contexto da música popular ocidental
gera uma sonoridade extremamente dissonante
E como diz o dito popular, as regras foram criadas para serem quebradas. Por isso, há músicos
que utilizam acordes que contradizem estas regras, e o mais conhecido deles é Toninho Horta,
que utiliza, eventualmente, acordes XMaj7(#9) (veja a regra n° 6). No entanto, quebrar as
regras e obter um resultado musical não é fácil, só mesmo com o talento e a sensibilidade do
Toninho para conseguir. Mas vale lembrar: esses acordes "fora de padrão" são extremamente
raros, praticamente inexistentes na música popular, mesmo na mais sofisticada.
Você provavelmente não vai utilizar esses acordes tocando na noite.

1) os acordes são formados superposição de terças, desde a 1a até a 13a, completando as sete

X
notas da escala, porém dispostas na "ordem harmonica".

X X X
X X X
X
1a 3a 5a 7a 9a 11a 13a (Repete a
fundamental)

Obs: Ao distribuir as notas do acorde, elas podem mudar de altura, mas isso não muda sua
análise e classificação.

Ex. 1:

XX XX
CMaj7 CMaj7 CMaj7

XX XX X
XX X

Ex.2:  
X XXX
C7(9)( 11) C7(9)( 11)

D XXX D
 XX
X
Ex.3:

 XXX
D7(13) D7(13)

X
X  XXX

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2) As inversões somente ocorrem com os quatro graus básicos, ou seja, a 1a, 3a, 5a ou a 7a,
exceto em três casos específicos :

A) Progressão de "baixo pedal" (que, nesta progressão, originou um acorde dominante com
4a no baixo)

C F/C G7/C C

‹ ‹ ‹ ‹
I IV V7 I

O mesmo acontece com tonalidades menores:

‹ ‹ ‹ ‹
Cm Fm/C G7/C Cm


Im IVm V7 Im

B) Progressão de "baixo cromático" (que, nesta progressão, originou um acorde menor com
6a no baixo)

Am Am/G
 Am/G Am/F
 FMaj7

‹ ‹ ‹ ‹ ‹
Im /Maj7 /7 /6 bVIMaj7

C) Progressões de "baixo pedal" no geral. Neste exemplo aparecem acordes com 9a, 4a, e #11
no baixo.
O baixo pedal também permite acordes que em outro contexto seriam impossíveis, como, por


exemplo, o F#/A, que é um acorde maior com terça menor no baixo.

A G/A F /A F/A

‹ ‹ ‹ ‹

E/A D
E /A D/A C/A

‹ ‹ ‹ ‹

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3) Os graus altos são notas "dispensáveis", utilizadas para embelezar (ou ornamentar) os
acordes. Não podem ser utilizadas no baixo, exceto nos casos citados no ítem anterior.

4) Há duas exceções nos intervalos indicados no ítem 1:

a) A terça maior pode ser substituida pela quarta, ficando assim um "acorde de quarta
suspensa" (ou "acorde com quarta"), cifrado geralmente como Xsus4 ou X4.

b) A sétima maior pode ser substituida pela sexta maior, tanto nos acordes maiores como
nos menores.

X X
X

X X X X X X
1a 3a maior -->(4a) 5a 7a maior -> (6a maior) 9a 11a 13a

5) Qualquer intervalo alterado exclui os outros intervalos do mesmo número.

Exemplo: - a 5a aumentada exclui a 5a justa e a 5a diminuta


- a 6a maior exclui a 6a menor
- a 4a justa exclui 4a aumentada.

Há duas exceções:
--> é possível tocar a 9a menor e a 9a aumentada num acorde dominante
--> é possível tocar a 7a diminuta junto com a 7a maior nos acordes diminutos.

Obs: Esta regra é válida também para o intervalo oitavado.

Exemplo: - a 11a aumentada (que é a #4, oitava acima) exclui a 4a justa


- a 13a maior (que é a 6a, oitava acima) exclui a 6a menor.

6) O uso da 7a maior exclui a 9a menor ou a 9a aumentada

7) O uso da 9a menor ou da 9a aumentada pressupõe o da 7a menor.

8) Os acordes maiores não podem ter 5a diminuta e sim 11a aumentada (que é a #4 uma
oitava acima).
Há vários motivos que explicam esta regra. Um deles é o seguinte: Se o acorde fosse C(b5) -
Dó maior com quinta diminuta - a sua escala teria a quinta diminuida, gerando uma formula
intervalica (ou seja, distancias entre as notas) pouco provável, devido aos dois semitons seguidos
entre a 3a, 4a e b5 e ao intervalo de um tom e meio entre a b5 e a 6.
Veja na partitura:

D D
X X
C( 5)? CMaj7( 5)?

X X X X DX X
1 2 3a M 4a justa 5a dim. 6a M 7a M 8a

1tom 1t. 1/2 t. 1/2t. 1 e 1/2 t. 1t. 1/2t.

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