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1896
O Presidente do Estado, usando da attribuição que lhe confere o artigo 36 § 2.º da Constituição,
em execução das leis ns.88 de 8 de Setembro de 1892, 169 de 7 Agosto de 1893 e 374 de 3 de
Setembro de 1895, resolve approvar para ser observado nas escholas complementares do
Estado, o regimento interno, organizado pelo Conselho Superior da Instrucção Publica e que com
este baixa, assignado pelo secretario de Estado do Negócios do Interior, que assim o faça
executar.
Palacio do governo do Estado de São Paulo, aos seis dias do mez de Novembro de mil oitocentos
e noventa e seis.
Regimento interno das escholas complementares do Estado a que se refere o decreto n.400
desta data
Capítulo I
Do ensino complementar
Primeiro anno
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1.º - Portuguez.
2.º - Francez.
3.º - Arithmetica
4.º - Geographia do Brazil.
5.º - Historia do Brazil.
6.º - Calligraphia, desenho e exercicios de gymnasticas.
Segundo anno
1.º - Portuguez.
2.º - Francez.
3.º - Algebra, até equações de 2.º grau inclusive escrip´turação mercantil.
4.º - Geometria plana e no espaço.
5.º - Educação civica. (Noções geraes da Constituição Patria e do Estado).
6.º - Desenho e exercicios militares.
Terceiro anno
1.º - Portuguez.
2.º - Elementos de trigonometria e mechanica.
3.º - Cosmographia.
4.º - Geographia e historia geral
5.º - Trabalhos manuaes apropriados a edade e ao sexo e exercicios gymnasticos.
Quarto anno
1.º - Physica.
2.º - Chimica.
3.º - Historia Natural.
4.º - Noções de hygiene
5.º - Economia domestica e exercicos gymnasticos.
§ 1.º - O ensino de portuguez deverá ser graduado por modo que os usos da lingua sejão
deduzidos da leitura e interpretação dos alumnos e applicados em composiçães livres, de maneira
a tornar facil a systematisação grammaticalmente.
(Lei n.88 artigo 14)
§ 2.º - No ensino de todos os annos o professor deverá sempre ter em vista a cultura moral dos
alumnos, pondo em contribuição para uso, as leituras feitas em aula, os ensinamentos da historia
e os preceitos da propria disciplina escholar.
§ 3.º - Além das disciplinas que constituem o ensino de cada anno do curso, ficão os professores
obrigados ao ensino de musica e cantos escholares. (Lei n.88 artigo 14).
§ 4.º - Por designação do diretor da eschola, um dos professores designará os exercicios militares
e os exercicios geraes de gymnastica, sem prejuiso dos exercicios que segundo o horario, tiverem
de ser feitos em classe pelos professores de cada anno. (Lei n. 169 artigo 9.º § unico).
Capitulo II
Das matriculas
Artigo 4.º - O anno lectivo das escholas complementares será de dez mezes, a começar de 1.º de
Fevereiro.
Artigo 5.º - As matriculas effectuar-se-ão nos quatros primeiros dias, podendo, porém, os
directores preencher com novos alumnos as vagas do primeiro anno lectivo, desde que os
candidatos á matricula, pelo seu adiantamento, estejão em condições de acompanhar a classe
sem prejuizo para o ensino.
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Artigo 6.º - Será addimitido á matricula do 1.º anno das escholas complementares o alumno ou
alumna que exhibir ao director o certificado de habilitação geral nos estudos preliminares (Annexo
n.3 do Regimento Interno das Escholas Publicas).
Artigo 7.º - E' impedida a matricula de alumnos ou alumnas que padecerem de molestias
contagiosas ou repugnantes e dos que não tiverem sido vaccinados ou não tenham sido
affectados de varíola.
Artigo 8.º - O numero de alumnos em cada anno será de 40 a 45.
Artigo 9.º - A apresentação pessoal do alumno será feita por seu pae, tutor, protetor, ou por
pessoa com autorização de qualuer delles, incumbindo exhibir, nesse acto attestado do professor
de outra eschola, quando o alumno já a tenha frequentado, a respeito de sua aplicação e
approveitamento, com declaração do motivo que tenha occasionado a sua retirada (art. 61 do
Regimento Interno das Escholas).
Artigo 10. - será eliminado das inscripções:
1.º) Os alumnos que se despedirem com auctorização manifestada ao professor pelos
responsaveis por elles.
2.º) Os que sem causa justificada faltarem aos exercicios das aulas durante 25 dias.
3.º) Os que forem despedidos por inhabilidade physica superveniente.
4.º) Os que fallecerem.
5.º) Os que tiverem completado o curso complementar.
6.º) Os que forem reconhecidamente incorrigiveis.
Artigo 11. - Na matricula de cada anno não serão novamente lançados os nomes dos alumnos
que tiverem frequentado a eschola no anno anterior, sinão quando concorrerem ás inscripções
(Art.63 e 65 do mesmo Regimento).
Artigo 12. - Cada eschola complementar terá dous livros de matricula, um para a secção
masculina e outro para a secção feminina.
§ 3.º - Reputar-se-ão findos os livros, todas as vezes que as paginas em branco restantes não
forem sufficientes para as inscripções do novo anno lectivo, lavrando-se neste caso o termo de
encerramento logo em seguida á ultima matricula.(Art.61 do Regimento Interno das escholas).
Capitulo III
§ 1.º - O período escholar diario, que é de 5 horas, será dividido em dous outros periodos,
separados por um recreio de meia hora ao ar livre. Estes dous sub periodos, por sua vez, serão
sub-divididos por dous recreios de dez minutos, em classe ou ao ar livre, si as circumstancias da
eschola o permitirem.
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SECÇÃO 1.ª
Artigo 18. - Os alumnos deverão comparecer á eschola em perfeito estado de asseio e observar
na sua conducta os seguintes preceitos:
1.º) Proceder com urbanidade durante a sua permanencia na eschola.
2.º) Prestar a devida attenção aos exercicios.
3.º) Obedecer com docilidade as recommendações e conselhos de seus professores.
4.º) Tratar com boas maneiras os seus collegas.
5.º) Ser pontual ao comparecimento, devendo trazer communicação da família sobre os motivos
das faltas que derem.
6.º) Não ausentar-se dos exercicios de aula e do recreio sem licença do professor ou do director.
7.º) Não damnificar os objetos escholares.
SECÇÃO 2.ª
Artigo 18 - Logo que termine a inscripção dos alumnos e alumnas nos respectivos livros de
matricula, deverão os professores organizar as listas de chamadas nos livros de ponto nos quaes
deverão notar diariamente as faltas dos alumnos.
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§ 1.º - No fim de cada mez os professores deverão entregar ao director a relação das faltas e bem
assim a das notas de applicação e comportamento de cada alumno.
§ 2.º - O numero de faltas, bem como as notas de applicação e comportamento de cada alumno
devem ser mensalmente communicadas ás familias dos alumnos, devendo estas accusar o
recebimento do boletim.
Artigo 20 - As chamadas para a verificação das faltas serão feitas duas vezes, a primeira antes
de se iniciarem os trabalhos, e a segunda logo depois do recreio.
§ unico - Alem das faltas, devem os professores notar os comparecimentos tardios e as retiradas
dos alumnos.
Capitulo IV
Da disciplina
Artigo 21. - A disciplina escholar deverá reposar essencialmente na affeição do professor para
com os alumnos, de modo a serem estes dirigidos não pelo temor, mas pelo conselho e
persuação amistosa.
Artigo 22. Como meio disciplinar sencundario, quer correcional, quer de estimulo, é auctorizada a
applicação de castigos e premios.
Artigo 23. - Podem ser admitidos como premios, alem de outros que melhores pareçam aos
professores:
1.º) A passagem do alumno do logar inferior para o superior na mesma classe;
2.º) O elogio perante a classe;
3.º) O elogio solemne perante as classes reunidas, feito pelo director;
4.º) A inclusão do nome do alumno n'um quadro denominado de Honra (artigos 23, 24 e 25 do
Regimento interno das escholas.)
5.º) O registro do nome dos alumnos nos quadros de comportamento e frequencia, devendo
figurar neste ultimo somente os alumnos que não derem nenhuma falta durante o mez.
Artigo 24. - Os alumnos matriculados nas escholas complementares ficarão sujeitos ás penas
cuja applicação será determinada pelo prudente arbitrio dos professores e directores, conforme a
gravidade das faltas, depois de reconhecidos improficuos os meios suasorios que deverão
proceder sempre a qualquer pena:
a) Admoestação particular;
b) Mas notas nos boletins mensaes;
c) Retirada de boas notas;
d) Privação do recreio, ficando os alumnos punidos sob a vigilancia do adjunto do professor na
propria sala de aula ou isolado no recreio;
e) Reprehensão em communidade;
f) Exclusão de premios escholares;
g) Exclusão do quadro de honra das escholas;
h) Retirada da eschola por incorrigivel, precedendo a suspensão de frequencia por 5 dias.
§ unico - A privação do recreio não deve ser completa, será determinada de modo que o alumno
tenha pelo menos cinco minutos de inteira liberdade.
Artigo 25. - Nenhuma outra punição será permittida, ainda quando reclamada ou auctorisada
pelos paes, tutores ou protectores dos alumnos.
Artigo 26. - O emprego de taes meios deverá ser feito com a maxima prudencia e moderação,
devendo-se notar que, quanto ao ultimo-eliminação, só poderá applicar o director.
1.º) Quando, apesar da applicação das penas anteriores, o alumno continuar a commetter faltas
graves e prejudiciaes á disciplina escholar;
2.º) Depois de admoestado de que a sua conducta será levada ao conhecimento do pae ou
protector legal;
3.º) Depois de aviso ao pae ou protector do alumno, cujo auctoridade sobre este deverá ser
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Capitulo V
Artigo 30. - O pessoal administrativo e docente das escholas complementares constará de (artigo
14 da lei n.88 e artigo 1.º da lei n.374).
Pessoal administrativo
1 Director
1 Auxiliar do director
1 Amanuense e bibliotecario.
1 Porteiro.
Uma servente (para secção feminina.)
1 servente.
Pessoal docente
4 Professores.
4 Professoras.
§ unico - Quando annexa á Eschola Normal, o director desta será tambem director do curso
complementar, sem accrescimo de vencimentos.
Capitulo VI
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§ unico - O tempo para o augmento dos vencimentos acima referidos começara a ser contado de
8 de Setembro de 1892 (artigo 58 § unico da lei n.88.)
§ unico - Os diarios das lições de cada professor deverão ser cosntantemente examinados pelo
director.
Artigo 36. - Os professores ficão sugeitos as penas que serão gradativamente applicadas nos
termos e nos casos do codigo disciplinar, a saber:
1.º) admoestação;
2.º) reprehensão;
3.º) suspensão;
4.º) demissão.
Capitulo VII
SECÇÃO I
DO DIRECTOR
SECÇÃO II
DO AUXILIAR DO DIRECTOR
1.º) Receber, redigir e fazer expedir toda a correspondencia official da eschola de accordo com as
instrucções do director.
2.º) Encaminhar todos os papeis de compentencia da directoria com as necessarias informações.
3.º) Subscrever e assignar os diplomas de habilitação, certidões e editaes.
4.º) Propor ao director tudo quanto possa interessar ao serviço da escripturação escholar.
SECÇÃO III
DO AMANUENSE BIBLIOTHECARIO
SECÇÃO IV
DO PORTEIRO
Capitulo VIII
Artigo 47. - Para a escripturação da eschola haverá a cargo do director, do seu auxiliar e do
amanuense, os seguintes livros:
2 de matricula, sendo um para cada secção.
1 de termos de compromissos e registros de nomeações.
1 de actas de promoções de alumnos.
1 de registro de certidões de habilitações.
1 do ponto.
1 de registro da correspondencia official.
1 de registro de licenças.
1 de inventario geral da eschola.
1 de resgistro de imposições de penas.
2 de registro de notas mensaes de alumnos, sendo um para cada secção.
Artigo 48 - Para a escripturação da bibliotheca, alem de outros que forem necessarios, haverá os
seguintes livros:
De catalogo
De entrada de novas obras
De cargas de resalva.
De registro de leitura.
Capitulo IX
Da eschola
SECÇÃO 1.ª
Artigo 49. - As escolas complementares serão installadas de preferencia nas cidades, cujas
municipalidades se compromettam a fornecer predios ou terrenos e material para a construcção
dos mesmos.
Artigo 50. - Emquanto não houver edificios apropriados, as escholas complementares poderão
ser installadas em predios alugados, que tenham as seguintes condições:
1.ª) Soalho e forros de madeira e paredes preservadas da humidade;
2.ª) Vãos sufficientes para a penetração da luz e do ar de modo que á renovação seja facil;
3.ª) Entradas e sahidas independentes para cada secção (masculina e feminina);
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§ 1.º - As entradas de cada secção, bem como os recreios devem ser independentes.
§ 2.º - Em cada sala de aula deverá haver mictorios e lavatorios para os alumnos, bem como um
apparelho para fornecimento de agua filtrada.
SECÇÃO II
DO MATERIAL ESCHOLAR
Artigo 52. - Em cada eschola complementar haverá uma pequena bibliotheca, apparelhos de
physica e chimica e historia natural, mais appropriados ao ensino, além de objectos de uso de
cada classe, taes como, mappas louza, etc. (Art. 15 da lei n.88).
Artigo 53. - As officinas de trabalhos manuaes devem ser installadas com o material necessario
para os trabalhos em madeira, torno e marcenarias, em arame e em modelagem.
Artigo 54. A mobilia de cada sala constará de 45 carteiras, 1 carteira para o professor ou
professora, 1 armario commoda (com prateleiras e gavetas), 1 cadeira para o professor, 4
cadeiras avulsas e quadros negros (ou de preferencia louzas de cimento negro nas paredes).
§ 1.º - As carteiras para os alumnos devem ser de pés de ferro, ajustaveis ás alturas de cada
alumno, com as seguintes dimensões 0m80, no maximo de altura e tampa com gaveta, medindo
0m50X0m45.
§ 2.º - Os bancos, tambem de pés de ferro, devem ser ajustaveis na altura, de modo que os
alumnos, quando sentados possam sempre descançar os pés no chão conservando as pernas
perpendiculares a este e as coxas em angulo recto com as pernas e o tronco, tendo encosto que
possa servir de apoio ás costas na região lombar.
Artigo 55. - A disposição da mobilia nas salas das aulas terá por base a projecção da luz,
devendo o alumno recebel-a principalmente do lado esquerdo e do alto.
Artigo 56. No ensino ministrado pelas Escholas Complementares serão adoptados somente os
livros que o Conselho Superior approvar.
Artigo 57. - Os livros e mais objectos destinados ao ensino preliminar serão distribuidos ás
escholas pelo almoxarifado da instrucção publica, que os enviará nos respectivos Directores.
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Artigo 58. - Fica ao criterio do professor permettir que os alumnos levem para suas casas os
livros do que fizerem uzo, tendo em vista, para essa permissão, o cuidado com que tratarem os
mesmos livros.
Artigo 59. - Para resalva de suas responsabildades quanto aos livros, os professores são
obrigados a consignar, no livro de inventario de suas aulas, todas as observações relativas aos
estragos dos livros fornecidos.
Artigo 60. - Os livros serão distribuidos na proporção designada pelo Conselho Superior e
destinando-se ao uso dos alumnos cujos paes ou protectores não puderem fazer acquisição das
obras adoptadas para o ensino.(Art.17 e 21 do Regimento Interno das Escholas).
Capitulo X
Artigo 61. - O logares de professores complementares serão preeenchidos por professores que
tenham o curso sencundario profissional completo de qualquer Eschola Normal do Estado (Art. 29
da lei n.88), competindo a professoras a regencia das aulas da secção feminina.
Artigo 62. - As nomeações para provimento de taes logares serão feitos mediante concurso (Lei
n.169, art. 17).
§ 1.º - Independem de concurso as primeiras nomeações para cada eschola desde que só se
apresente um candidato para cada logar.
Artigo 63. - A epocha dos concursos será determinada pelo governo, precedendo annuncios por
edital, em que se marcará o prazo de 30 dias para inscripção.
Artigo 64. - Completos os 30 dias serão ellas encerradas por termo lavrado no mesmo livro, em
seguida á ultima inscripção, sem linha alguma de intervallo, não podendo mais ninguem ser
admittido a inscrever- se.
Artigo 65. - Será admittido a inscrever-se o candidato que o requerer ao director da eschola,
provando:
1.º) edade superior a 19 annos;
2.º) moralidade;
3.º) ter sido vaccinado ou affectado de variola;
4.º) não padecer de molestia contagiosa ou repugnante, nem ter defeito que o imcompatibilise
com o exercicio de magistrado;
5.º) habilitação profissional.
§ unico - O candidato, si tiver justo impedimento, pode ser representado por procurador no acto
da inscripção.
Artigo 66. - Do despacho que negar inscripção haverá recurso para o secretario do Estado dos
Negocios do Interior, devendo ser interposto dentro de dez dias contados de sua publicação.
§ unico. - O director o fará expedir, sem demora, acompanhado das necessarias informações e
das razões justificadas de seu despacho.
Artigo 67. - Os trabalhos dos concursos deverão começar oito dias depois do encerramento das
inscripções, incumbindo aos professores juntamente com o director a organisação dos pontos
sobre os quaes devem os mesmos versar.
§ unico. - O director com antecedencia de pelo menos 48 horas, designará a hora e logar em que
devam começar os exames, e fará publicar pela imprensa juntamente com a lista dos oppositores
inscriptos.
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Artigo 68. - Os exames de concurso serão feitos perante uma commissão composta do director
do eschola, como presidente, de um delegando do governo, e tres examinadores propostos pelo
director, dentre os professores da eschola.
Artigo 69. - Os trabalhos do concurso constarão de:
Prova escripta. - Desenvolvimento escripto de qualquer dos pontos que a sorte na occasião
designar.
Prova oral. - Arguição reciproca dos candidatos, sobre a materia de que se tratar, circumscripta ao
ponto assignado pela sorte para cada dependente sendo concedidos para organisação dos 30
minutos no minimo, e 45 no maximo.
Artigo 70. - Tanto para a prova escripta como para o prova oral cada ponto deverá conter
questões sobre todas as disciplinas do anno sobre o qual versa o concurso.
Artigo 71. - Para a prova escripta o ponto será commum a todas os cadidatos, aos quaes se
concederá o espaço maximo de tres horas, não sendo, porém, permittido o auxilio de qualquer
recurso extranho ao do preparo intellectual de cada um.
Artigo 72. - No dia e hora assignado para começo dos trabalhos, feita a chamada dos
concurrentes na ordem da inscripção, o primeiro delles extrahirá da urna um ponto para prova
escripta, sobre o qual dissertarão todos , deixando em branco o verso de cada folha.
Artigo 73. - As provas escriptas serão feitas em papel previamente rubricados pelo director e que
será distribuido no acto da prova.
Artigo 74. - Para a ficalisação dos trabalhos estarão sempre presentes dous membros da mesa
examinadora, que deverá reunir-se toda na terminação do prazo concedido para o preparo das
provas.
Artigo 75. - Cada prova escripta será datada e assignada pelo auctor e rubricada pelo pessoal da
mesa e pelos concurrentes que ainda estiverem presentes.
Artigo 76. - Produzidas cada uma das provas escriptas, será pela mesa examinadora fechada em
um envoltorio, que ficará em poder do auxiliar do director previamente rubricada pelo seu autor.
Artigo 77. - No primeiro dia util após o das provas escriptas, proceder-se-a a leitura dellas, que
será feita pelos respectivos autores, em voz alta na ordem da inscripção e sob a inspecção do
oppositor immediato, ficando a do ultimo sob a inpecção do primeiro.
Artigo 78. - A arguição realizar-se-á em um ou mais dias uteis subsequentes ao da prova escripta
conforme o numero dos concurrentes, sendo estes divididos em turmas convenientes, sempre na
ordem da inscripção.
Artigo 79. - Cada candidato, no acto de ser arguido tirará o ponto sobre que deva versar a
arguição e terá cinco minutos para nelle pensar.
Artigo 80. - As provas escriptas serão feitas a portas fechadas: as demais provas inteiramente
publicas.
Artigo 81. - Nenhum motivo poderá justificar a ausencia do candidato inscripto em dia
determinado para qualquer das provas, importando esse facto a perda de direito conferido pela
inscripção.
§ unico. - Na mesma perda incorrerá o candidato que se retirar de qualquer das provas depois de
começada.
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Artigo 85. - A prova dos requisitos exigidos para a inscripção será feita do modo seguinte:
§ 1.º - A do 1.º, 2.º, 3.º e 4.º por certidões, attestados ou documentos equivalentes authenticadas
por tabellião, e, quando á moralidade por folha corrida, e attestado do juiz de paz da residencia do
candidado com referencia aos ultimos 3 annos.
§ 3.º - Ficam dispensados das provas referidas no § 1.º, os candidatos recem formados pela
Eschola Normal e os que estejam no exercicio do magisterio publico.
Artigo 86. - As differentes provas do concurso serão classificadas de accordo com a seguinte
tabella de notas:
Artigo 87. - O resultado numerico de todas as provas será reduzido a uma média geral para base
da classificação por merecimento dos concurrentes.
Capitulo XI
Artigo 88. - A passagem de alumnos de anno para anno fica subordinada ao conjuncto de suas
notas de frequencia, de applicação e de exames.
Artigo 89. - E' impedida a promoção dos alumnos que durante o anno tenham dado quarenta
faltas.
Artigo 90. - As notas de applicação, bem como as de comportamento, frequencia e de exames
mensaes serão registradas mensalmente nos livros para esse fim destinados.
§ 2.º - As de exames mensaes serão dadas pelas professoras em relação aos alumnos da secção
masculina e pelos professores em relação ás alumnas.
Artigo 91. - Mensalmente os alumnos de cada anno farão duas provas escriptas.
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§ 1.º - Essas provas versarão sobre duas das disciplinas do programma e sobre pontos que o
director determinar de accordo o resgistro diario das lições de cada professor.
§ 2.º - O trabalho de exames deve ser feito de modo que não se repita o exame escripto de
nenhuma disciplina antes de feita a revisão de todas as disciplinas do programma de cada anno.
§ 3.º - O tempo consagrado a cada prova escripta deverá corresponder ao tempo em o que
horario no dia escolhido consagrar á respectiva materia, de modo que o tempo gasto com essa
prova não prejudique o ensino das demais disciplinas.
Artigo 92. - De todas as notas de applicação e dos exames deverão o director e seu auxiliar
deduzir a media numerica que determinará a classificação do alumno no anno lectivo seguinte,
fazendo-o permanecer nao anno do curso em que se achava ou promovendo-o para curso
superior.
Artigo 93. - O resultado final deste julgamento constará de um boletim annual, que será entregue
ao alumno para base de sua matricula no curso lectivo seguinte.
Capitulo XII
Artigo 94. - Nos logares em que a eschola complementar for annexa a curso normaes, os
alumnos exercerão nos dous ultimos annos de curso a pratica do ensino nas aulas da Escholas
Modelo, sob a directa inspecção dos directores do estabelecimento.
Artigo 95. - Dada a habilitação na eschola complementar, e, tendo em vista a pratica a que se
refere o artigo antecedente, os directores das escholas normaes conferirão ao alumno ou alumna
um diploma de habilitação para o magisterio, segundo a fórma do anexxo n.6.
§ 1.º - Os diplomas serão sellados, devendo o sello occupar o espaço comprehendido entre as
assignaturas do secretario e do diplomado.
§ 2.º - Deverão conter no verso a declaração das notas e graus de approvação obtidos pelo
diplomado em cada anno do curso.
§ 3.º - Serão registrados em livros para esse fim destinados, antes da entrega.
Artigo 96. - Os alumnos das escholas complementares independentes das escholas normaes,
que desejarem obter o diploma de professores, ficam sujeitos a um anno de partica em qualquer
das escholas modelos annexas aos cursos normaes.
§ 1.º - Para serem admittidos a essa pratica deverão os candidatos ao diploma de professores
exhibir a certidão da eschola complementar em que tiverem feito os seus estudos.
Capitulo XIII
Da hygiene escholar
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1.ª) A agua potavel deve ser fervida ou filtrada; deve se evitar que os alumnos deitem na
respectiva talha os restos deixados nos copos.
2.ª) As necessarias não devem ter communicação com as salas de aula.
3.ª) As fóssas devem ser estanques, e, si a agua potavel for fornecida por poços deverão estes
ser afastados o quanto possivel daquelles.
4.ª) Durante o recreio e após a retirada dos alumnos, as salas deverão ser arejadas, abrindo-se
todas as janellas.
5.ª) Não convem varrer a secco o pavimento, sendo preferivel passar panno ou esponja
molhados.
6.ª) O pavimento deverá ser lavado semanalmente com liquido anti-septico, as paredes ao menos
duas vezes por anno, devendo preferir a epocha das férias.
7.ª) A' chegada do alumno á eschola deve-se verifficar o seu asseio.
8.ª) Depois do recreio e antes de ir á classe o alumno deverá lavar as mãos.
9.ª) Convirá combater jo habito á inveterado nos alumnos de levarem á bocca o lapis para
humidecel-o, não sendo elle de uso exclusivo daquelles.
Artigo 98. - Para a desinfecção das paredes das escholas e das salas das aulas devem ser
observadas as instrucções annexo n. 7.
Artigo 99. - A vaccinação, unico preventivo para o contagio da variola, deve merecer toda a
attenção por parte dos professores, fazendo estes com que seus alumnos sejam vaccinados e
revaccinados de 4 em 4 annos.
Artigo 100. - Os alumnos affectados de molestias contagiosas deverão ser retirados da eschola
até que cessem as causas que motivarem tal medida.
Artigo 101. - O uso do fumo deve ser rigorosamente combatido pelos professores, fazendo estes,
ao mesmo tempo, ver ás creanças que esse vicio muito prejudica á saúde. (arts. 102 e 106 do
regulamento interno das escholas).
Capitulo 14
Disposições geraes
Artigo 108. - As portarias de licença serão apresentadas ao director da eschola para mandar
cumpril-as e ao Thesouro do Estado para averbação.
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14/09/2019 decreto n.400, de 06.11.1896
Artigo 109. - Será permettida aos alumnos a transferencia para qualquer das Escholas
Complementares, comtanto que justifiquem o motivo da transferencia perante o respectivo director
e delle obtenham a necessaria guia que deverá ser apresentada em epocha de matricula.
Artigo 110. - O professor deverá comparecer quinze minutos antes da hora marcada para
começar os exercicios escholares, afim de assistir á entrada dos alumnos.
Artigo 111. - As obrigações dos professores se deduzirão das leis, regulamentos, decissões do
Conselho Superior, aviso e regimentos em vigor.
Artigo 112. - As Escholas Complementares serão creadas e organizadas gratuitamente por
annos, não se permittindo na epocha da installação matriculas, senão no primeiro anno.
Artigo 113. - Como classes preparatorias funccionarão no edificio das Escholas Complementares,
antes de completa a sua organização, aulas do 3.º, 4.º e 5.º annos de ensino preliminar, cujos
alumnos virão a ser successivamente matriculados do 1.º anno Complementar.
Artigo 114. - Para uniformidade do ensino servirá de base á organização dos cursos o programma
constante do annexo n. 1.
Secretaria de Estado dos Negocios do interior, São Paulo, 6 de Novembro de 1896.
A. Dino Bueno.
Annexo n. 1
1º ANNO
MATERIAS DO PROGRAMMA
Portuguez
Francez
Arithmetica
Geographia do Brazil
Calligraphia
Historia do Brazil
Desenho
Musica
Exercicios gymnasticos e militares
Como complemento do programma: revisão e continuação do ensino intituitivo de sciencias
naturaes.
PORTUGUEZ
FRACEZ
Parte theorica. Sem uso de compendio. Alphabeto, sons lettras. Vogaes puras e naturaes.
Dithongos. Consoantes. Syllabas. Accento tonico. Signaes orthographicos. Partes do discurso.
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14/09/2019 decreto n.400, de 06.11.1896
Substantivo, seu genero, numero e formação. Prefixos e suffixos proprios para formar
substantivos. Suffixos diminutivos. Substantivos formados de adjectivos e de verbos. Artigo; elisão
e contracção. Adjectivo e suas especies. Formação do feminino e do plural dos adjectivos
qualificativos. Graus de significação. Formação dos adjectivos, prefixos, formação por derivação
de outros substantivos, adjectivos e de verbos. Adjectivos determinativos, numeraes, possessivos,
demonstratrivos e indefinidos. Pronomes pessoaes, possessivos, demonstrativos, conjunctivos e
indefinidos. Verbos e suas especies. Radical, terminação. Conjugação de verbos. Formação dos
tempos simples e compostos. Verbo etre: origem de seus differentes tempos. Verbos avoir: origem
de seus differentes tempos. Verbos activos, passivos e neutros, reflexos e impessoaes. Verbos
irregulares. Formação dos verbos: composição e derivação.
Adverbios. Preposição; locuções prepositivas.
Conjuncção; locuções conjunctivas. Interjeição.
Parte pratica. Exercicios de leitura, traducção e versão. Dictados. Conjugação e verbos. Exercicios
lexicologicos.
ARITHMETICA
GEOGRAPHIA DO BRAZIL
Preliminares. Limites e superficie do Brazil. Divisão antiga do seu territorio e divisão actual.
Aspecto physico: montanhas e chapadões. Linha divisoria das aguas, rios, portos, ilhas, lagos e
cabos do Brazil. Traçado do mappa do Brazil e do Estado de S. Paulo.
Industria, produção e commercio. Meios de transporte: navegação e vias ferreas. Rede
telegraphica. População do Brazil e seus elementos constituintes.
Instrucção Publica. Forma do Governo do Brazil. Geographia dos Estados do Brazil e em
particular do Estado de S. Paulo.
Exercicios de cartographia com observancia da eschola.
HISTORIA DO BRAZIL
Descoberta do Brazil. Seus primeiros exploradores. Povos que habitavam o Brazil na epocha de
sua descoberta. Seus usos e costumes. Systema de colonização empregado por D. João 3.º.
Noções sobre o systhema feudal. Capitanias hereditarias. Governo geral. Thome de Souza e
Duarte da Costa. Mem de Sá.
Divisão do Brazil em dous governos e subsequente reunião em um só. O Brazil sob o dominio
hespanhol: Reinado de Felippe 1.º, Felippe 2.º e Fellipe 3.º e D. João 4.º, Alfonso 6.º, Pedro 3.º e
d. João 5.º.
Guerra dos mascates e dos emboadas.
O Brazil sob d. José 1.º; Marquez de Pombal. Causa e effeitos da expulsão dos jesuitas.
Companhia de Jesus, seus serviços no Brazil.
https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/1896/decreto-400-06.11.1896.html 17/31
14/09/2019 decreto n.400, de 06.11.1896
D. Maria 1.ª. Conspiração mineira, Tiradentes. D. João 6.º. Medidas tomadas por d. João 6.º
depois da transmigração da familia real para o Brazil.
Regencia de d. Pedro.
Independencia do Brazil, José Bonifacio e Pedro 1.º
Assembléia constituinte: a constituição.
Revolução de 1824 em Pernambuco.
Guerra do Rio da Prata.
Sete de Abril de 1831.
Governos regenciaes.
Governo de d. Pedro 2.º, guerra do Uruguay e Paraguay.
Revolução de 15 de Novembro de 1889, Deodoro da Fonseca e Benjamim Constant.
Golpe de Estado de 3 de Novembro de 1891.
Restauração da legalidade, a 23 de Novembro de 1891.
Revolução Rio Grandende. Revolta da Armada a 6 de Setembro de 1893.
Floriano Peixoto e general Carneiro.
Historico do Estado de S. Paulo. Fundação da villa de S. Vicente e outros primeiros povoados de
S. Paulo.
Revisão das materias já estudadas no curso preliminar e ampliação das noções recebidas.
Continuação do ensino intuitivo de sciencias naturaes.
TRABALHO MANUAL
2.º anno
Materias do programma
Portuguez.
Francez.
Algebra e noções de escripturação mercantil.
Geometria plana e no espaço.
Desenho.
Musica.
Exercícios gymnasticos e militares.
Como complemento do programma. Continuação do ensino intuitivo de sciencias naturaes e
revisão de geographia e historia do Brazil.
PORTUGUEZ
Voz activa e voz passiva. Corresppondencia dos verbos. Concordancia de verbo com sujeito.
Verbos impessoaes.
Negações. Regras de syntaxe relativas as palavras invariaveis. Figuras de syntaxe. Particulas de
realce.
Vicios de linguagem. Archaismos, neologismos e hybridismos.
Anomalias grammaticaes: idiotismos, provincialismos, brazileirismos.
Estylo: ordens. Algumas formas de estylistica.
Parte pratica. - Exercicios repetidos de leitura correcta, expressiva com accentuação propria.
Explicação do sentido das palavras menos conhecidas e das phrases que possam offerecer
duvidas ou sejam de difficil interpretação.
Recitação de poesia e prosa. Exercicios de composição sobre assumptos litterarios. Mudança de
redacção do verso para prosa. Estudo da synonimia.
Exercicios correspondentes a cada um dos pontos do programma para deducção dos principios e
regras grammaticaes.
FRANCEZ
GEOMETRIA
superficie da esphera.
ALGEBRA
ESCRIPTURAÇÃO MERCANTIL
Revisão das materias já entradas no curso preliminar e amplicações das noções recebidas por
processos intuitivos.
TRABALHOS MANUAL
Para o sexo femenino
Bordado em branco.
Bordado a matiz.
Corte de roupa branca.
Corte e feitio de camisa, roupinhas de creança etc.
Corte e feito de camisa de homens e de vestidos.
3.º ANNO
MATERIAS DO PROGRAMMA
1.º Portuguez.
2.º Elementos de trigonometria.
3.º Elementos de mechanica.
4.º Cosmographia.
5.º Geographia e historia geral.
Trabalhos Manuaes
Exercicios gymnasticos e militares
PORTUGUEZ
TRIGONOMETRIA
MECHANICA
COSMOGRAPHIA
Movimento geral do céu. A esphera celeste. Lei do movimento diurno. Dia sideral. Definições:
distancias angulares, eixo do mundo, polos, equador, circulos horarios, parallelos, vertical, plano
meridiano, merediana, zenith, nadir; horisonte, azimuth e amplitude. Altura e distancia zenithal.
Ascensão recta e sua medida. Declinação e sua medida.
Instrumentos horarios e angulares usados em astronomia. Aperfeiçoamento por que passaram.
Determinação do plano meridiano e do eixo do mundo com o theodolito. Verificação da lei do
movimento diurno com o equatorial.
Movimento annual do sol.
Definições: Ecliptica, equinocio solsticio, coluros, via solar, anno, tropico, zodiaco, signaes do
zodiaco. Obliquidade da eclipica. Longitude e latitude dos astros.
Theoria elementar das estações.
Determinação dos equinocios. Altura merediana do sol.
Forma da terra. Primeira medida. Coordenadas geographicas. Medida da longitude e da latitude.
Aspecto do céu em differentes latitudes: esphera obliqua, recta e paralela. Rotação da terra.
Provas.
Medida da terra. Achatamento nos polos. Comprimento do metro.
Refracção atmospherica e parallaxes.
Gnomo. Quadrantes solares.
Otimas.
Crepusculo.
Ventos.
Systema de Ptolomeu, Copernico, Galileu.
Movimento da terra em torno do sol. Leis de Kepler.
Precessão dos equinocios.
A lua. Movimento da lua. Phases. Parallaxe da lua. Grandeza. Distancia.
Eclipses.
Rapidas noções sobre os outros planetas de nosso systhema.
Cometas. Estrellas cadentes.
Calendario.
GEOGRAPHIA GERAL
HISTORIA GERAL
TRABALHO MANUAL
Trabalhos de marcenaria
Corte e feitio de vestidos. Estudo das medidas e traçado do corpo, da manga e da saia.
GYMNASTICA
.
Formaturas diversas, tomar distâncias, formar cadêas, posições fundamentaes.
Exercicios da cabeça e do tronco dos membros superiores, dos membros inferiores.
Gymastica de apparelhos: com Halteres barsões elasticos de tracção, vara de saltos, massas,
barras parallellas, cavallo gymnastico, escada horisontal e barra fixa.
EXERCICIOS MILITARES
Escola de Companhia
https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/1896/decreto-400-06.11.1896.html 23/31
14/09/2019 decreto n.400, de 06.11.1896
ESCHOLA DE BATALHÃO
Comprehende tudo quanto se refere ao ensino da Companhia e mais o que só poderá ser
applicado á formatura de batalhão.
Posição do official como bandeira.
Desposições contra cavallaria.
Escalões.
Modo de batalhão receber a bandeira das formaturas.
Continencia para revista de inspecção.
4.º Anno
MATERIAS DO PROGRAMMA
1.ª - Physica.
2.ª - Chimica.
3.ª - Economia domestica (para o sexo feminino).
4.ª - Historia natural e noções de hygiene.
Exercicios praticos de ensino nas classes do curso preliminar.
Como complemento do programma:
Continuação do ensino de Portuguez pela leitura de auctores classicos revisão da materia
anteriormente estudada e musica.
PHYSICA
ACUSTICA
Som. Ruido. Propagação do som; intensidade; velocidade nos diversos meios, reflexão, refracção,
echos e resonancias, porta-vós, corneta acustica.
https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/1896/decreto-400-06.11.1896.html 24/31
14/09/2019 decreto n.400, de 06.11.1896
THERMOLOGIA
OPTICA
ELECTROLOGIA
METEREOLOGIA
Meteoros aereos
» aquosos.
« luminosos.
Noções de climatologia.
CHIMICA
Caracteres dos phenomenos chimicos, objecto geral da chimica, definição. Analyse e synthese.
Corpos simples e composto. Metaes e metaloides;
https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/1896/decreto-400-06.11.1896.html 25/31
14/09/2019 decreto n.400, de 06.11.1896
Leis geraes das combinações chimicas. Equivalentes. Notações chimica. Formula. Equações
chimicas.
Nomenclatura chimica.
Reações chimicas. Radicaes. Atonucidade.
Estudo das principaes combinações.
Hydratos, acidos, bases e saes.
Acidos, bases e saes, constituição, modos de formação, propriedades physicas e chimicas.
Theorias da combustão. Stahl e Lavoisier.
Classificação dos corpos simples.
Classificação dos corpos compostos.
Estudo geral das ligas.
Ar atmospherico.
Agua.
Hydrogenio.
Oxigenio Ozana.
Enxofre e seus compostos.
Chloro e seus compostos.
Bromo e Iodo e seus principais compostos.
Azoto e seus principais compostos.
O phosphoro e seus principaes compostos
Identico estudo com relação ao arsenico, antimonio, Boro e selicio; carbono, potassio e sodio;
calcio, magnesia, aluminio, Ferro Zinco, Bismutho Chumbo, Cobre, Mercurio Prata, Ouro, Platina.
Alcols, etheres, Chloroformio, Glycerina, corpos gordos e oleos seccativos. Velas, sabães.
Saponificação.
Fermentação. Vinho e cerveja. Vinagre. Algodão polvora.
Tanino. Tinta de escrever. Indigo.
Essencia de therebentina. Camphora.
Benzina. Phenol.
Acido citrico. Acido salycilico.
Morphina Quinina, Strychnina.
Brusina, cafeina.
HITORIA NATURAL
BOTANICA
Definição e utilidade.
Cellula vegetal e productos cellulares.
Tecidos e orgãos vegetaes.
Morphologia e physiologia da Raiz.
Do Caule.
Das folhas.
Leiva. Alimentação dos vegetaes.
Botões.
A flôr em geral - Inflorescencia.
Fructos e sua classificação.
Sementes e sua dissiminação.
Germinação.
Classificação do Reino Vegetal.
Familias: solamaceas rubiaces, Leguminosas, rosaceas, malvaceas auranteaceas, reiufiras,
grammineas, palmeires e cogumelos: Especies uteis.
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ZOOLOGIA
O reino Vegetal-classificação.
Os elementos anatonicos e os tecidos.
Orgams, systemas e aparelhos.
Systhema osseo. Estudo de esqueleto humano.
Systhema muscular.
Systema nervoso.
Estudo da nutrição e do apparelho digestivo no homem e suas modificações na serie animal.
Identico estudo sobre a circulação e apparelho circulatorio do homem e na serie animal.
Sobre a respiração e apparelho respiratorio.
Sobre os apparelhos de elliminação.
Sobre os orgams do movimento, activos e passivos.
Sobre os orgams do sentidos.
Classificação zoologica.
Estudo da classe dos mamiferos seus caracteres geraes e sua divisão em ordens. Estudo
particular das especies uteis e nocivas mais notaveis.
Identico estudo com relação as aves, reptis, batrachios, peixes, insectos, helmintos, arachindeos,
myriapodes, crústaceos, annelides e rotadores.
Ramo dos moluscos- sua divisão em grupo e em classes.
Ramo dos radiurios e dos protozoários - sua divisão em classes.
Noções geraes de hygiene expostas opportunamente com relação á cada parte do programma.
Economia domestica.
Livro de accento de despeza.
A COSINHA
VESTUARIO
Instrucções sobre as fazendas, segundo sua origem, qualidade, preço, preparação e duração,
linho, algodão, lã e seda.
LAVAGEM
CASA E MOBILIA
EDUCAÇÃO CIVICA
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PODER LEGISLATIVO
Poder executivo
Poder judiciário.
A Constutuição Federal.
A Contituição do Estado.
A Bandeira nacional.
Noções sobre o direito das gentes.
Usos diplomaticos e costumes que regulam as relações internacionaes em tempo de paz.
O direito das gentes na guerra: Os neutros, os beligerantes, os prisionairos. Arbitragem.
TABELA
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14/09/2019 decreto n.400, de 06.11.1896
https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/1896/decreto-400-06.11.1896.html 29/31
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ANNEXO N.7
PRESCRIPÇÕES HYGIENICAS
As paredes das escolas devem ser caiadas pelo menos um vez por semestre, sendo a caiação
feita com agua sublimada, entrando o sublimado (bi-chloureto de mercurio) na proporção de 2 por
1000.
As salas das aulas deverão ser lavadas semanalmente;: o assoalho com uma solução de acido
phenico a 5%, por meio de fricções com vassouras.
Os bancos, carteiras, etc. deverão sel o tambem por meio de pannos embebidos em solução de
acido phenico a 3%.
Cumpre, porém, nestes casos friccionar bem os referidos moveis e enxugal-os após com pannos
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14/09/2019 decreto n.400, de 06.11.1896
limpos.
As fossas deverão ser desinfectadas 3 vezes por semana com a seguinte formula:
Misturado bem, será esta especie de pasta lançada sobre as materias da fossa.
Quando se tratar, porém de latrinas dever ser dissolvido a quente - 1/2 kilo de sulfato de ferro em
2 litros de agua para cada latrina ou exgotto.
A primeiras das formulas, mais deluida servirá tambem para os logares immundos, depositos de
lixo, etc.
Deverão ser empregadas para a dissolução destas substancias, de preferencia, vasilhas ou metal
esmaltado.
ANNEXO N. 8
A illuminação da sala as aulas é preferivel que seja unilateral esquerda (art. 197, do codigo
sanitario).
A posição da cabeça deverá ser: plano vertical das fossas auditivas no plano mediano do corpo.
Os livros deverão estar distante dos olhos 33 centimetos, convindo que a cor do papel seja
amarellada.
A altura das cortinas e bancos deverá ser proporcional ao tamanho dos meninos, afim de não
obrigal-os a torcerem o corpo, a curvarem a columna vertibral, abaixarem muito a cabeça, e terem
os olhos muito proximos ou muito afastados do papel, a terem os pés pendurados.
Secretaria d'Estado dos Negocios do Interior, de S. Paulo, 6 de Novembro de 1896
A.Dino Bueno
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