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Período Regencial - Conceito Ilustrado

O período regencial pode ser caracterizado como um período de grande instabilidade e


agitação política.

Após a abdicação de Dom Pedro I, seu sucessor, Pedro de Alcântara (futuro Dom Pedro II),
como era menor de idade não poderia assumir o trono, na época possuía apenas 5 anos. Para
essa ocasião a constituição de 1824 dizia que, o império deveria ser governado por um regente
que fosse parente próximo do Imperador. Porém, não havia ninguém que se encaixasse nesse
perfil naquele momento, então, nessa ocasião, a Constituição de 1824 dizia que deveria ser
formada uma Regência Trina. Essa regência deveria ser formada por três membros eleitos pela
Assembleia Geral, composta pelo Senado e pela Câmara dos Deputados. Porém, no momento
da abdicação a Assembleia estava em recesso, então os poucos parlamentares que estavam
presentes trataram de eleger uma Regência Trina Provisória.

Antes de falar da Regência Trina Provisória, é importante saber os grupos políticos que
predominavam naquela época, esses grupos eram:

Liberais exaltados |Jurujuba |Farroupilha: Defendiam uma maior autonomia das províncias
brasileiras, ou seja, queriam uma descentralização do poder. Nesse grupo haviam
monarquistas e alguns mais radicais chegavam a apoiar o regime republicano. Também
queriam o fim do poder moderador. Eles descendem do antigo grupo político conhecido como
“Partido” Radical.

Liberais moderados |Chimangos: Era um grupo que defendia o atual sistema monárquico,
porém com o poder do imperador limitado. Como esse grupo era formado basicamente pela
elite agrária, ou seja, grandes fazendeiros, eles queriam que as relações políticas vigentes
permanecessem, como por exemplo, queriam a continuação do sistema escravocrata. Eles
também defendiam a descentralização, mas de uma forma mais controlada. Eles descendem
do antigo grupo político conhecido como “Partido” Brasileiro.

Restauradores |Caramurus: Esse grupo defendia a volta de Dom Pedro I como imperador do
Brasil e alguns defendiam até uma monarquia absolutista. Esse grupo acaba em 1834 com a
morte de Dom Pedro I. Eles descendem do antigo grupo político conhecido como “Partido”
Português.

Devido à instabilidade política nesse período, a Regência Trina Provisória (1831) foi formada
buscando um equilíbrio entre os principais grupos políticos. Essa Regência foi formada por
Carneiro de Campos (representante dos restauradores), Senador Campos Vergueiro
(representante dos liberais moderados) e Francisco de Lima e Silva (militar centrista que
atuaria como mediador |Conservador), os liberais exaltados ficaram de fora. De início, os
regentes decidiram pela suspensão do poder moderador.
Posteriormente uma Regência Trina Permanente (1831-1835) foi eleita, essa regência visou
buscar representantes para cada região. Ela foi formada por Bráulio Muniz representando as
províncias do norte, Carvalho Costa representando as províncias do sul e Lima e Silva
continuou como mediador. Como ministro da justiça foi nomeado o padre Diogo Feijó.
Algumas medidas importantes tomadas durante essa regência foram:

Guarda Nacional (1831): Muitas revoltas contra o governo tinham surgido no período de Dom
Pedro I e novas revoltas estavam surgindo no período regencial. Para não ficar dependente
apenas do exército, que naquela época ainda era, de certa forma, precário, o Ministério da
Justiça criou a Guarda Nacional para ajudar a conter as revoltas. Ela consistia em armar os
cidadãos, entre 21 e 60 anos de idade, que possuíssem a renda mínima para serem eleitores,
ou seja, a elite. Quem era recrutado para Guarda Nacional detinha o título de coronel, a
maioria eram grandes proprietários de terra. A criação da Guarda Nacional também teve como
motivo criar forças militares mais leais ao governo central, já que muito dos militares do
exército, principalmente os de baixa patente, se identificavam com as reivindicações das
revoltas que surgiam e acabavam se unindo aos revoltosos.

Ato Adicional (1834): Esse ato fazia com que as províncias tivessem mais autonomia, como por
exemplo, poderiam criar suas próprias leis, desde que não ferisse a constituição de 1824. E
também estabelecia que a regência trina agora passaria a ser una e o regente seria eleito por
voto secreto para um mandato de quatro anos. O Ato Adicional proporcionou uma experiência
republicana no país.

Regência una de Feijó (1835-1837): Feijó venceu as eleições e se tornou regente, ele era um
liberal moderado e durante seu governo várias rebeliões eclodiram no país, como por
exemplo:
- Cabanagem (1835-1840)
- Guerra dos Farrapos (1835-1845)
- Sabinada (1837-1838)
- Balaiada (1838-1841)

Devido à pressão que vinha sofrendo por não conter as revoltas, em 1837 ele renuncia. O
período de 1831 até 1837 ficou conhecido como Avanço Liberal

Com a autonomia que o Ato Adicional tinha dado para províncias isso também tinha
acarretado no aumento das tensões políticas locais. Dessa forma, quem apoiava o Ato
adicional era chamado de progressista (liberais |Descentralizadores) e quem não apoiava era
chamado de regressista (Conservador |Centralizadores).

Os progressistas e regressistas eram basicamente uma divisão do grupo de liberais moderados,


já que os restauradores e liberais exaltados tinham perdido bastante força.

Com a renúncia de Feijó uma nova regência foi estabelecida

Regência Una de Araújo Lima (1837-1840): Ele era um conservador e em sua regência ele criou
a Lei interpretativa do Ato Adicional (1840), que fazia com que a autonomia nas províncias
fosse diminuída. O período que compreende a sua regência (1837 a 1840) ficou conhecido
como Regresso Conservador.

Vendo a instabilidade política no momento, os liberais conseguem dar fim ao período regencial
através do Golpe da Maioridade, que consistiu em reconhecer, Pedro de Alcântara, como
maior de idade aos 14 anos. Desta forma, em 1840, Dom Pedro II tornou-se imperador do
Brasil. O Golpe da Maioridade, foi feito com o assentimento de Dom Pedro II, além disso
grande parte da população clamava pelo retorno da figura do imperador.

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