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XIX e XX
Navarrete começa seu texto pontuando o quão importantes são as relações interétnicas
para a definição dos regimes políticos que aconteceram nos países americanos.
O autor critica as concepções teóricas que dão conta da diversidade dos povos
americanos como conseqüência inevitável de um “pecado original” resultado de
migração, colonialismo e escravismo.
O que Navarrete propõe é que existam diversidades emergentes surgidas das novas
circunstâncias que formaram os Estados-Nações americanos, que não completamente
negam as diferenças originais, mas que lhes dão novos significados.
Dentre vários exemplos destas diferenças emergentes, ele cita o direito ao voto negado
aos povos afrodescendentes. Não se tratava mais da exploração escravista, mas
continuava a ser racismo.
Etnogênese: “[...] inesgotável capacidade que os grupos sociais tiveram, e têm, para
redefinir suas identidades e suas diferenças em meio à complexa interação com outros
grupos e com os Estados-nações.
“A capacidade de cada grupo definir sua própria identidade e os termos de sua relação
cultural e social com os grupos e sistemas com que interatua dependem das
circunstâncias históricas particulares.” (p.99)
Navarrete destacará que não só as elites participarão desse processo como também os
grupos étnicos sob dominância entre conflitos e negociações políticas e ideológicas
com a elite.
O autor proporá períodos divididos por crises em questão de relações interétnicas das
nações americanas, em específico 4 períodos: 1) Nações estamentais; 2) Repúblicas
liberais discriminatórias; 3) Repúblicas integradoras; 4) Regimes multiculturais.