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Para a teoria causal da ação, pratica fato típico aquele que pura e
simplesmente der causa ao resultado, independente de dolo ou culpa na
conduta do agente, elementos esses que, segundo essa teoria, serão
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28/07/2019 Teorias da conduta no Direito Penal (Penal) - Artigo jurídico - DireitoNet
Não havia campo de justi cativa para as condutas praticadas, era uma
simples aplicação das leis da física no campo jurídico e nada mais. Praticada
a conduta de nida como crime, praticou fato típico. Os elementos volitivo e
normativo (dolo e culpa), seriam averiguados na esfera da culpabilidade,
onde aí poderiam ser absolvidos.
Hans Welzel foi o grande defensor dessa teoria que surgiu entre 1920 e 1930,
diante das constatações neoclássicas, onde se observou elementos
nalísticos nos tipos penais. Pela corrente neoclássica, também denominada
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Para a teoria nalista da ação, que foi a adotada pelo nosso Código Penal,
será típico o fato praticado pelo agente se este atuou com dolo ou culpa na
sua conduta, se ausente tais elementos, não poderá o fato ser considerado
típico, logo sua conduta será atípica. Ou seja, a vontade do agente não poderá
mais cindir-se da sua conduta, ambas estão ligadas entre si, devendo-se
fazer uma análise de imediato no “animus” do agente para ns de tipicidade.
A referida teoria adotada leva em conta o valor da ação, o motivo pelo qual
levou alguém a praticar o delito, ao contrário da teoria causal que se contenta
em apenas ver a relação de causa e efeito da conduta. A teoria nalista se
preocupa com o conteúdo da conduta e da norma, pois muitos tipos penais
no seu próprio corpo descrevem elementos que exigem uma nalidade
especí ca, portanto, não poderíamos ignorar essa vontade da lei. Um
exemplo de tipo penal que exige nalidade é o artigo 216-A do Código que
descreve em sem preceito primário:
Ora, está claro que o tipo penal incriminador estabelece uma nalidade
especial do agente para que este se enquadre no mesmo, exigindo-se a
nalidade de “obter vantagem ou favorecimento sexual”, concluindo que
não se pode separar a conduta do agente de sua vontade, deixando claro que
nosso Código Penal adotou a teoria nalista da ação.
Em suma, para a teoria nalista, importa saber se o agente atuou com dolo
ou culpa, não estando presente tais elementos, sua conduta será atípica. Ao
passo que para a teoria causal sua conduta seria típica, porém ele não seria
culpável por ausência de dolo e culpa, elementos estes que, para a teoria
causal, fazem parte da culpabilidade.
Os críticos à teoria social alegam que esta implica num risco à segurança
jurídica, pois caberia ao magistrado decidir se tal conduta é típica ou não de
acordo com os costumes, e , como se sabe, costume não revoga lei, ou seja,
analisando o caso em concreto, se o juiz entender que a ação do agente foi
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Tal teoria não foi concebida pela nossa legislação, entretanto, não se deixa
de avaliar a sociabilidade da ação, podendo esta ser utilizada pelo magistrado
como critério de xação da pena base, com fundamento no artigo 59 do
Código Penal.
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