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Emerson Gross
TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE EQUIPES
Emerson Gross
1ª Edição
PORTO ALEGRE
2019
PREFÁCIO
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1.2. Proteção seletiva
Com esta filosofia, o sistema tende a desligar o menor trecho com defeito,
independentemente de sua origem: transitória ou permanente.
Principais características:
Interrupções de longa duração, afetando um menor número de clientes;
Aumento no número de interrupções duradouras no trecho protegido;
Maior custo operacional.
Pode ser aplicada em alimentadores protegidos com religadores, operando
apenas pela curva lenta, devidamente seletiva com os demais equipamentos de
proteção existentes no alimentador.
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2. FINALIDADES DA PROTEÇÃO
3. REQUISITOS DA PROTEÇÃO
Seletividade - A proteção deve somente isolar a parte do sistema atingida pelo defeito,
mantendo a continuidade do serviço das demais partes;
Rapidez - As sobre-correntes geradas pelos curtos-circuitos ou sobre-cargas devem ser
extintas no menor tempo possível, reduzindo a probabilidade de propagação dos defeitos;
Sensibilidade - A proteção deve ser suficientemente sensível a defeitos que possam
ocorrer durante a operação do sistema. Por Sensibilidade entende-se como o menor valor
da grandeza (corrente de curto-circuito) capaz de ativar o dispositivo de proteção;
Segurança - O sistema de proteção não deve realizar uma falsa operação sob condições
normais de operação, ou falhar no caso de faltas no sistema;
Economia - O sistema de proteção deve ter sua implantação viável economicamente,
evitando-se um número excessivo de dispositivos de proteção em série.
4. BENEFÍCIOS DA PROTEÇÃO
Maior segurança;
Aumento do faturamento;
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Curto-circuito ocorrido em rede protegida com elos fusíveis tipo “H”, fazem atuar
(romper) o fio de aquecimento série (fio de reforço), conforma a fotografia a seguir.
1 1 1,5 2
2 2 3,0 4
3 3 4,5 6
5 5 7,5 10
10
Elo Fusível Tipo "H" – Olhal
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Elo Fusível Tipo "K" – Botão
6.1.1 Critério para Dimensionamento de Elos Fusíveis
Os elos fusíveis deverão suportar em regime permanente, 20% maior que a
carga máxima do trecho, e sua corrente nominal não deverá ser superior a um
quarto da corrente de curto-circuito fase-terra mínima (3.Rf = 40 Ohms) no trecho a
ser protegido.
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Para ampliar a faixa de seletividade entre os elos fusíveis e reduzir ao mínimo os
tipos dos elos fusíveis, recomendamos utilizar somente os elos fusíveis preferenciais: (6, 10,
15, 25, 40 , 65 e 100K).
8 8 12 16
* 10 10 15 20
12 12 18 24
* 15 15 22,5 30
20 20 30 40
* 25 25 37,5 50
30 30 45 60
* 40 40 60 80
50 50 75 100
* 65 65 97,5 130
80 80 120 160
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Dimensionamento para Bancos de Capacitores
Para bancos de capacitores, adotar o elo recomendado abaixo:
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6.2. Chave tripsaver
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Princípio de funcionamento - Este equipamento possibilita a implantação de uma
operação na curva rápida e outra na lenta, com tempo de religamento de 5s, com curvas e
pickup fixos, sendo possível habilitá-lo para operar somente como fusível (através de
alavanca existente em sua base).
Os modelos empregados na empresa são do tipo 30k e 50k (para aplicação nas
redes de 13,8 kV).
Características
A Autolink possui o “módulo de seteo” que permite definir o número de vezes que a
chave permitirá que passe o curto-cirucuito antes de abrir. Seguindo o padrão adotado na
empresa, o normal é que ela abra no intervalo entre a segunda e a terceira abertura do RA,
isto é, quando o RA religar pela segunda vez, a Autolink terá que estar aberta,
proporcionando que os demais Clientes sejam energizados sem o trecho com provável
defeito.Características
A chave Autolink foi criada para reduzir o número de elos fusíveis queimados;
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6.4. CHAVE SECCIONALIZADORA
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Características
6.5. Religadores
Conceito - É um dispositivo interruptor automático, que abre e fecha os seus
contatos repetidas vezes, nos defeitos transitórios e bloqueia para defeitos permanentes.
A operação do religador não se limita apenas a sentir e interromper defeitos na linha
e efetuar as religações. O religador é dotado também de um mecanismo de temporização.
Assim que o religador sente um defeito na linha, o mesmo dispara rapidamente, dentro de
0,03 a 0,04 segundos. Essa interrupção rápida reduz ao mínimo as possibilidades de danos
ao sistema, evitando ao mesmo tempo a queima de fusíveis entre o local do defeito e o
religador. A religação dar-se-á, para o modelo da empresa, dentro de 1 a 2 segundos,
representando uma interrupção mínima do serviço (abertura rápida).
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Após 1 (uma) ou 2 (duas) interrupções rápidas, o religador automaticamente passa
para o disparo temporizado, proporcionando maior tempo para eliminar defeitos
permanentes e, sua combinação com as interrupções rápidas, permite coordenação com
outros dispositivos de proteção existentes, tais como: fusíveis.
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RA tipo RX RA tipo KF
Controle Eletrônico
As informações para o controle eletrônico são obtidas a partir dos transformadores
de corrente tipo bucha, montados internamente;
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por tratar-se de RAs antigos e, que por ser importados tais acessórios nem sempre
estão disponíveis para aquisição.
RA eletrônico da McGraw Edison Controle eletrônico (tipo ME)
Controle Microprocessado
O grande diferencial deste modelo de controle é sua versatilidade, que permite
grupos de ajustes diferentes, transmite e recepciona ajustes e dados a distância, usando-se
uma de suas plataformas de comunicação, tais como internet, intranet, VHF etc, além do
método tradicional (in locus);
Permitem fluxo de energia de ambos os lados. E de acordo com o grupo de ajustes
neles inseridos, podem se comportarem como uma simples chave de rede ou de linha de
distribuição ou como um religador;
Essa modalidade de controle é um aliado expressivo também para a manutenção do
sistema, pois permite o armazenamento de centenas de ocorrências. Cada uma delas
contendo pelo menos dados tais como o valor do curto-circuito, a fase em que se deu o
sinistro, dia, hora, minuto, segundo, dentre outros. E dependendo da característica do
alimentador e dos dados de alimentação, pode informar inclusive a que distância da
subestação está o defeito.
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RA microprocessado da Cooper Controle microprocessado (Cooper F5)
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Equipamento instalado em Subestação com mais de um alimentador e com
possibilidade de interligação com outros alimentadores de outras subestações
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Ajuste da corrente mínima de disparo de neutro
O ajuste da corrente mínima de disparo de neutro deverá ser menor que a corrente
de curtocircuito fase-terra mínima (3.Rf = 40 Ohms), dividido pelo fator 1,5 dentro da zona
de proteção do equipamento e deverá ser maior que 10% da corrente de carga máxima
medida ou convenientemente avaliada do alimentador, devido a erros admissíveis nos TC’s
e desequilíbrios de carga do Sistema.
Caso seja necessário usar valores maiores do que estes, devido a limitações de
ajuste do equipamento, os mesmos poderão ser utilizados desde que obedeçam aos
critérios de sensibilidade e segurança.
Obs.: Devido a problemas com acionamento indevido do SEF após uma operação manual do
religador, o SEF deverá sempre ser ativado e ajustado, tanto no painel frontal como na ordem de
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proteção, ainda que, com valores de corrente e tempo de atuação superior aos ajustados para neutro
e fase em toda a faixa de corrente.
Tempos de religamento
Os tempos de intervalo de religamento deverão ser definidos em função do tipo do
alimentador ou ramal e da coordenação com as demais proteções instaladas a montante e a
jusante, conforme segue:
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Obs.: Em subestações onde por limitação técnica do disjuntor há necessidade de aguardar
um tempo maior que 5 segundos para o carregamento da mola de fechamento, o ajuste deverá ser de
apenas 1 (um) religamento com tempo de 7s.
c) Para alimentadores e ramais (urbanos ou rurais) que tem sua extensão total
ou parcial em rede compacta, deverão ser ajustados com 2 (dois) religamentos,
sendo:
d) Para alimentadores que tem sua extensão total com rede subterrânea:
Recomendações:
Caso as funções de instantâneo trip, high current lockout e rápida de fase estiverem
bloqueados onde a corrente de curto-circuito fase-fase na barra da subestação é igual ou
superior a 3000 A, o número de religamentos não poderá ser maior que 1 (um) para evitar o
sobre esforço nos transformadores de força, e demais equipamentos do sistema.
Quando dois religadores estiverem em série, o religador a montante deve ter o tempo de
religamento inicial menor que o tempo de religamento inicial do religador a jusante. Os
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demais tempos de religamento podem ser iguais. Isto garante que o primeiro RA religue
antes que o segundo, em caso de haver descoordenação.
7. CRITÉRIOS DE COORDENAÇÃO/SELETIVIDADE
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7.1. Elo fusível X Elo fusível
Critério de seletividade
A seletividade entre os elos fusíveis é satisfatória, quando o tempo de interrupção do
elo fusível protetor não exceder a 75% do tempo mínimo do elo protegido.
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Coordenação de curvas lentas
A coordenação entre curvas lentas é obtida quando a diferença entre os tempos de
operação das curvas lentas dos equipamentos seja superior a 0,2 segundos (12 ciclos).
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7.4. Coordenação de relé eletromecânico do geral X Religador
Subestações 69KV
São manobras que na maioria das vezes envolvem transferências de carga nos
sistema de 13,8kV e 34,5kV, conforme segue:
By-pass de religadores de trecho;
By-pass de religadores de saídas de subestações;
Desligamentos de trechos de rede e linhas de subtransmissão;
Desligamentos de barras de subestações;
Desligamentos de transformadores de subestações.
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Sensibilidade
Os equipamentos de proteção, deverão ser sensíveis aos menores valores de
curto-circuito fase-fase (dividido por 1,2) e fase-terra mínimo (dividido por 1,5),
considerando os trechos manobrados.
Caso os valores de curto-circuito calculados nos pontos de maior impedância,
não sensibilizem os equipamentos de retaguarda, deverão então ser recomendados
alterações nos valores de corrente mínima de disparo.
Caso o valor de carga não permita a redução destes ajustes, deve-se então
recomendar a instalação de chaves fusíveis para proteção da áreas da rede
denominadas “cegas”. Caso não seja possível a instalação de uma proteção principal,
os trechos deverão ser desligados.
Em caso de manobras no sistema de 34,5kV, a sensibilidade dos religadores
das barras de 13,8kV das subestações 34,5/13,8kV deverão ser verificadas.
Coordenação
Se o período de desligamento for menor que 2 (dois) dias, não será necessário
verificar a coordenação entre os equipamentos envolvidos.
Informações básicas
WEBGEO
É um sistema computacional que nos permite ter uma visão geral do alimentador,
notadamente das chaves (fusíveis, carregamento, número de Clientes etc.), postos,
estradas, bitola etc.
GISPLAN
Trata-se de um sistema computacional que além de permitir visualizarmos a
configuração normal de um sistema elétrico, permite também simulações, interligando um ou
mais alimentadores, com suas implicações sobre os níveis de tensão, carregamento, bem
como fornece os valores de curtos-circuitos em cada chave e extremidade, proporcionando
a quem estuda avaliar se as condições de operação são ideais e, no caso de contingência,
se será possível garantirmos a qualidade mínima definida pela Empresa;
Esse sistema é uma ferramenta de estudo de proteção para o 13,8 kV tendo em vista
que ainda não permite calcular valores de curtos-circuitos no 34,5 kV.
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Modelo de relatório que o Gisplan disponibiliza
ANAFAS
O ANAFAS é um programa para solução de faltas de diversos tipos e composições,
em sistemas elétricos de grande porte. As suas principais características funcionais são:
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PROGRAMA DA COORDENAÇÃO DA PROTEÇÃO - PCP
O Programa de Coordenação da Proteção - PCP, é um sistema computacional
interligado ao cadastro da Empresa e que importa os cálculos de impedâncias e curto-
circuitos elaborados no Gisplan. Permite também a incersão manual dos valores de curtos-
circuitos, bem como o acréscimo de novos equipamentos, mesmo sendo de outras
subestações, com o propósito de facilitar comparações.
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Como resultado o PCP sinaliza se haverá ou não algum trecho descoordenado.
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