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Universidade Federal de Pernambuco

Departamento de Engenharia Elétrica


Laboratório de Circuitos Elétricos 1
Relatório de Práticas do Capítulo 7 – Circuitos CA em Regime Permanente
Aluno: Alan Guimarães Caldas / Évelin da Silva Félix Turma: E2
Bancada: 01 Data: 14/11/2017

1) Objetivos Gerais
O capítulo 7 objetiva validar das Leis de Kirchhoff em circuitos de corrente alternada em
regime permanente através da ferramenta matemática fasor. Além disso, o capítulo verifica a
aplicação do teorema de rede de Thévenin em circuitos CA contendo elementos armazenadores de
energia, que nesse caso são os indutores e capacitores.

2) Prática 1
2.1) Objetivos
Esta prática tem como finalidade verificar a aplicação da Lei de Kirchhoff em circuitos de
corrente alternada em regime permanente. Esta prática também visa a introdução do conceito de
ressonância de circuito RLC série, bem como o conceito de impedância em um circuito com
características reativas.
2.2) Metodologia
Dado o circuito modelo para a Prática 1 descrito na Figura 1, cuja a tensão de entrada é
senoidal com amplitude de 2V e frequência de 5kHz, foi solicitada a simulação do mesmo a fim de
obter os valores das tensões nos elementos do circuito em questão. Para isso foi utilizada a
biblioteca SimPowerSystems do MATLAB e, além dos elementos já conhecidos das práticas
anteriores, isto é, fonte de tensão alternada, resistor, indutor, capacitor, voltímetro, fio terra, from,
goto, displays, scopes, multiplexadores e a função discrete do powergui, foi utilizado, também, o
dispositivo Signal RMS, que calcula o valor eficaz do sinal da onda em questão, emulando o
comportamento do multímetro e da função Vrms do osciloscópio. O circuito simulado encontra-se
na Figura 2 e nele estão os valores simulados das tensões eficazes de cada um dos seus elementos.
Figura 1 – Circuito modelo para a Prática 1
Figura 2 – Circuito simulado da Prática 1

Além disso, torna-se necessário verificar o comportamento do circuito de maneira experimental.


Para isso, foi efetuada a montagem do circuito na protoboard que está descrito na Figura 3. No
entanto, um importante detalhe precisa ser levado em consideração. Note que o resistor do circuito
possui resistência de 220Ω, ou seja, sua resistência possui mesma ordem de grandeza da resistência
da fonte e isso pode ocasionar, se não for corrigido de maneira adequada, grandes divergências dos
valores medidos em relação aos simulados. Para eliminar o efeito da resistência da fonte, foi
utilizado um amplificador operacional configurado como buffer, que é essencialmente um
amplificador não-inversor cujo ganho é unitário, não fornecendo, assim, ganho de tensão ao
circuito. Como o circuito em questão possui uma frequência de 5kHz, o uso do multímetro para
obtenção das medidas torna-se inconveniente, já que os mais usuais só medem com precisão
circuitos cuja frequência é de até 2kHz. Sendo assim, obtém-se as medidas através do osciloscópio.
Figura 3 – Circuito na protoboard
2.3) Resultados
Utilizando os conhecimentos prévios da Teoria dos Circuitos com corrente alternada, é possível
fazer uma comparação entre os resultados teóricos e os experimentais e simulados. Através do
Simulink/MATLAB é possível verificar as formas de onda da tensão na fonte e no resistor descritas
na Figura 4 e as formas de onda da tensão no capacitor e no indutor descritas na Figura 5.
Figura 4 – Formas de onda da tensão na fonte e no resistor

Figura 5 – Formas de onda da tensão no capacitor e no indutor

Além disso, foram observadas as mesmas formas de onda pela função Measurements do
osciloscópio e verificou-se que elas são idênticas às simuladas.
Sabendo-se que as reatâncias capacitiva e indutiva são dadas, respectivamente, por:
−𝑗
𝑋𝐶 = 𝑒 𝑋𝐿 = 𝑗𝜔𝐿
𝜔𝐶
Onde j é a unidade imaginaria √−1, conclui-se que a impedância total do circuito será:
𝑍 = 𝑅 + 𝑋𝐶 + 𝑋𝐿
Já que o circuito é do tipo RLC série. Além disso, sabe-se também que as tensões no indutor e
no capacitor estão sempre defasadas de π radianos o que justifica as formas de ondas da Figura 5,
cujas senóides que representam as tensões no indutor e no capacitor estão deslocadas do seu ângulo
de defasagem.
A partir dos cálculos, percebe-se que a magnitude das reatâncias depende da frequência de
modo que, para determinado valor de ω, os módulos são iguais, isto é:
1 1 1
|𝑋𝐿 | = |𝑋𝐶 | ∴ 𝐿𝜔 = ∴ 𝜔2 = ∴ 𝜔= ,𝜔 > 0
𝜔𝐶 𝐿𝐶 √𝐿𝐶
Quando isso ocorre, acontece um fenômeno chamado ressonância, cuja frequência de
ressonância é ω. Sabendo-se que ω = 2πf, obtém-se o valor de f por:
1
𝑓=
2𝜋√𝐿𝐶
Substituindo o valor encontrado de ω na equação da impedância total do circuito, encontra-se
que Z = R. Ou seja, na ressonância, a impedância total do circuito é igual à resistência do mesmo.
Esse fato implica que, quando o circuito opera na frequência de ressonância, a corrente do circuito é
dada por:
𝑉𝑆
𝐼=
𝑅
Onde VS é a tensão da fonte. A tensão no resistor será:
𝑉𝑆
𝑉𝑅 = 𝑅𝐼 = 𝑅 ∙ ∴ 𝑉𝑅 = 𝑉𝑆
𝑅
Ao observar a Figura 4, nota-se que a tensão na fonte e no resistor são iguais e isso implica que
a frequência do circuito é a própria frequência de ressonância. Para verificar isto, basta substituir, na
equação da frequência, os valores da indutância e capacitância do circuito dado. Logo:
1
𝑓= ≈ 5𝑘𝐻𝑧
2𝜋√10−3 ∙ 10−6
De fato, o circuito dado está trabalhando em um valor muito próximo da sua frequência de
ressonância, e, portanto, as tensões na fonte e no resistor são iguais, o que justifica as formas de
onda da Figura 4. Entendidos os comportamentos dos gráficos e observando as semelhanças do
osciloscópio com os mesmos, é importante, também, verificar a proximidade dos resultados
algébricos, cujos valores eficazes simulados e medidos nos elementos do circuito com os seus
respectivos erros estão descritos na Tabela 1. Para uma melhor análise das proximidades dos
valores, torna-se imprescindível o cálculo dos seus erros percentuais, através da seguinte equação:
|𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑠𝑖𝑚𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑜|
𝐸𝑟𝑟𝑜(%) = 100 ∙
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑠𝑖𝑚𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜
Tabela 1 – Valores eficazes simulados e medidos nos elementos do circuito com os seus
respectivos erros
Elemento de Circuito Vrms simulados Vrms medidos Erros
Fonte 1,41V 1,35V 4,26%
Capacitor 204,60mV 182mV 11,05%
Indutor 201,90mV 203mV 0,54%
Resistor 1,41V 1,31V 7,09%

Observando a Tabela 1, é notório que a soma dos valores eficazes de tensão dos elementos do
circuito é diferente de zero, o que, a princípio, iria contra a Lei de Kirchhoff das tensões. No
entanto, é válido salientar que, diferente do que ocorre nos circuitos CC, os circuitos CA satisfazem
a Lei de Kirchhoff das tensões não de maneira algébrica, mas sim fasorial, isto é:
𝑉𝑆 − 𝑉𝑅 − 𝑉𝐶 − 𝑉𝐿 = 0
Onde:
𝑉𝑛 = 𝑉𝑛0 ∙ 𝑒 𝑗𝜔𝑡+𝜑
Para o resistor, indutor e capacitor, as equações de tensão são, respectivamente:
𝑉𝑅 = 𝑅𝐼0 ∙ 𝑒 𝑗𝜔𝑡+𝜑 , 𝑉𝐿 = 𝑗|𝑋𝐿 |𝐼0 ∙ 𝑒 𝑗𝜔𝑡+𝜑 𝑒 𝑉𝐶 = −𝑗|𝑋𝐶 |𝐼0 ∙ 𝑒 𝑗𝜔𝑡+𝜑
Em que:
𝑅𝐼0 = 𝑉𝑅0 , |𝑋𝐿 |𝐼0 = 𝑉𝐿0 𝑒 |𝑋𝐶 |𝐼0 = 𝑉𝐶0
As tensões em cada elemento são medidas como valor eficaz. Então:

𝑉𝑆 + (− 𝑉𝑅0 − 𝑗𝑉𝐿0 + 𝑗𝑉𝐶0 ) ∙ 𝑒 𝑗𝜔𝑡+𝜑 = 0 𝑙𝑜𝑔𝑜 𝑉𝑆0 = √𝑉𝑅0


2
+ (𝑉𝐿0 − 𝑉𝐶0 )2

Como os valores encontrados experimentalmente são sujeitos a erros e interferências externas, o


valor encontrado para a tensão VS0 pela relação acima não é igual ao valor encontrado
experimentalmente como diz a Lei de Kirchhoff para Tensões, embora estes sejam muito próximos.
A diferença entre as tensões eficazes calculada e medida é vista na Tabela 2.

Tabela 2 – Valores eficazes de tensão da fonte


Medido Calculado Erro
1,35V 1,31V 3,05%

2.4) Conclusões
A prática permite a conclusão de que a Lei das Malhas de Kirchhoff é válida para circuitos CA
assim como circuitos CC. No entanto, esta validade é comprovada por meio de fasores, e não
algebricamente. A partir da ferramenta fasorial, foi introduzido o conceito de impedância, que é o
“impedimento” que um elemento de circuito oferece à passagem de corrente. Também se observou
que um circuito RLC traz a tona um parâmetro chamado frequência de ressonância tal que, quando
um circuito deste tipo é excitado por uma frequência f determinada de ressonância, este passa a
apresentar impedância puramente resistiva.

3) Prática 2
3.1) Objetivos
Esta prática tem como finalidade validar o teorema de Thévenin para circuitos fasoriais,
efetuando as mudanças adequadas em relação aos equivalentes obtidos nos circuitos CC. Além
disso, a prática tem como objetivo, também, verificar que os equivalentes dependem da frequência
na qual o circuito está trabalhando.
3.2) Metodologia
Dado o circuito modelo para a Prática 2 descrito na Figura 6, foi solicitado um procedimento
experimental para calcular o módulo da sua impedância de Thévenin, vista dos terminais A-B, para
duas frequências distintas.
Figura 6 – Circuito modelo para a Prática 2

Como no laboratório não há medidores de impedância, torna-se necessário, então, medir os


módulos da tensão de Thévenin e da corrente de Norton, pois:
|𝑉𝑡ℎ |
|𝑉𝑡ℎ | = |𝑍𝑡ℎ | ∙ |𝐼𝑁 | ∴ |𝑍𝑡ℎ | =
|𝐼𝑁 |
Dessa forma, para obter o módulo de Vth, é utilizado o osciloscópio nos terminais AB do
circuito. No entanto, para obter IN, é necessário fazer um curto-circuito nos terminais, tornando,
assim, o resistor de 2,2kΩ desprezível. Todavia, sabe-se que uma das ponteiras do osciloscópio está
obrigatoriamente ligada ao Terra do circuito, então, se a medição for feita com o circuito da forma
que está, haveria um curto-circuito no capacitor, desconsiderando, assim, a sua influência no
circuito em questão. Para anular tal efeito, como o circuito está em série, basta trocar o lugar do
resistor com o do capacitor e medir o módulo da sua tensão com o osciloscópio. Feito isso, para
obter o valor de IN, basta fazer:
𝑉𝑅
|𝐼𝑁 | =
1000
Já que V=RI, pela primeira Lei de Ohm. Assim:
|𝑉𝑡ℎ |
|𝑍𝑡ℎ | = 1000 ∙
|𝑉𝑅 |
O procedimento é feito para dois valores de frequência. Primeiro para 10kHz e depois para
20kHz.
Em seguida, pede-se para fazer os cálculos teóricos do módulo da impedância equivalente para
as duas frequências e comparar os resultados com os encontrados experimentalmente.
3.3) Resultados
Para calcular o valor do módulo da impedância de Thévenin, torna-se necessário utilizar conceitos já
conhecidos da Teoria dos Circuitos. Como já foi proposto anteriormente, esse valor será obtido através
dos módulos da corrente de Norton e da tensão de Thévenin vista dos terminais A-B.
Sabendo-se que a impedância total do circuito é dada por:

𝑗 1 1
𝑍 = 𝑅𝑒𝑞 − ∴ |𝑍| = √𝑅𝑒𝑞 2 + 2 2 ∴ |𝑍| = √𝑅𝑒𝑞 2 + 2 2 2
𝜔𝐶 𝜔 𝐶 4𝜋 𝑓 𝐶

Logo, o módulo da corrente que passa no circuito será:


|𝑉𝑆 | |𝑉𝑆 |
|𝐼| = ∴ |𝐼| =
|𝑍|
1
√𝑅𝑒𝑞 2 +
4𝜋2 𝑓 2𝐶 2

Substituindo os valores para a frequência de 10kHz, obtém-se:


|𝐼| = 1,40𝑚𝐴
Logo:
𝑉𝑡ℎ = 2200 ∙ 1,40 ∙ 10−3 = 3,08𝑉
Agora para se obter o valor da corrente de Norton é necessário fazer um curto-circuito nos terminais
A-B, tornando desprezível a resistência de 2,2kΩ, e a corrente do circuito será a corrente de Norton.
Logo:
|𝑉𝑠 |
|𝐼𝑁 | = ∴ |𝐼𝑁 | = 2,66𝑚𝐴
|𝑍|
Obtidos os valores de |Vth| e |IN|, |Zth| pode ser encontrado por meio de:
|𝑉𝑡ℎ | 3,08
|𝑍𝑡ℎ | = = = 1,16𝑘Ω
|𝐼𝑁 | 2,66 ∙ 10−3
Para encontrar o valor de |Zth| para a frequência de 20kHz, basta efetuar os mesmos cálculos
mudando apenas o valor da frequência f. Os valores medidos e calculados dos parâmetros do
circuito estão descritos na Tabela 3. Para verificar a proximidade dos valores, é imprescindível
calcular seus erros. Os erros percentuais de cada parâmetro são mostrados na Tabela 4.
Tabela 3 – Valores medidos e calculados dos parâmetros do circuito
Frequência |Vth| medido |Vth| teórico |IN| medido |IN| teórico |Zth| medido |Zth| teórico
10kHz 2,87V 3,08V 2,40mA 2,66mA 1,20kΩ 1,16kΩ
20kHz 3,15V 3,34V 3,50mA 3,91mA 900Ω 854,22Ω

Tabela 4 – Erros percentuais de cada parâmetro


Frequência |Vth| |IN| |Zth|
10kHz 6,81% 9,77% 3,45%
20kHz 5,69% 10,48% 5,36%

É válido salientar, comparando os módulos das impedâncias equivalentes de cada frequência,


que devido à relação da reatância capacitiva com a frequência do sinal dada por:
1
|𝑋𝑐 | =
𝜔𝐶
Então, percebe-se que a reatância diminui com o aumento da frequência. Logo a impedância
equivalente também deve diminuir com o aumento da frequência, o que é mostrado nos resultados.
3.4) Conclusões
Pode-se inferir, a partir dos resultados, que o método encontrado para a determinação da
impedância equivalente é válido, pois apresenta resultados próximos aos encontrados teoricamente.
É válido também salientar que, a partir dos resultados, percebe-se a relação dos parâmetros do
circuito, principalmente da impedância de Thévenin, com a frequência do sinal.

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