Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
As aplicações da serigrafia
As principais aplicações da serigrafia são em estamparia em tecidos, cartazes para
publicidade, faixas publicitárias, azulejos decorativos, cartões de natal personalizados,
posters, convites, rotular camisetas, flâmulas, chaveiros, etiquetas, panfletos,
embalagens para latas, garrafas, etc., decalques, brindes, placas sinalizadoras ou
publicitárias, cartazes para políticos, placas de circuito impresso para circuitos
eletrônicos, estamparia de CD's personalizados, sacolas plásticas, tapetes, capas de
livros, toalhas de mesa, brinquedos diversos, guardanapos, e tudo aquilo que sua
imaginação possa criar. Além de ser um hobby, pode ser um bom tipo de negócio por
ser altamente lucrativo e que requer poucos investimentos, e principalmente, porque
pode ser iniciado em sua própria casa.
Além de exigir um investimento muito pequeno, não é necessário ser desenhista ou
pintor para fazer estampas, você pode até utilizar os serviços de um desenhista, isto
se você não tiver um computador, e certamente você tem um computador, então
com os desenhos não será preciso se preocupar.
Além disso, você mesmo pode adaptar os vários desenhos existentes em revistas ou
na internet, ou em último caso, criar suas próprias artes para serigrafia.
Se os desenhos, as figuras, as paisagens, as fotografias ou os layout para placas de
circuito impresso, ou o que a sua imaginação pode criar não lhe dá ânimo em relação
a serigrafia, pense nos riscos de bordar, que dão ótimos resultados pois já vem na
medida certa para serem copiados, e que tal uma pequena frase colocada na frente
de uma camiseta de malha?
Como começar
Obviamente deve-se iniciar com algo simples de apenas uma cor para ir pegando
experiência aos poucos.
Na serigrafia, assim como na maioria dos trabalhos, quanto mais é realizado o
trabalho, mais perfeição, por isso, é possível que nos primeiros trabalhos realizados
possam existir pequenas dificuldades que serão superadas, e sem prejuízos, pois a
serigrafia tem uma série de vantagens em relação aos demais processos de
estamparia, a serigrafia é o único processo que possibilita a repetição, pois as
matrizes podem ser guardadas e reutilizadas por várias vezes.
E a aplicação final permite que concorra com gráficos de fábricas sem adquirir
nenhuma máquina cara e perigosa.
Para começar seu negócio de em estampas, ou hobby, somente uma pequena área de
sua casa e equipamentos de pequeno custo, qualquer pessoa, pode imprimir
camisetas, decalques, cartazes, cartões de festas, fronhas, calendários, etc.
Os materiais necessários
Os materiais e instrumentos necessários para a prática de serigrafia são poucos,
porém são indispensáveis.
Para a prática de serigrafia, inicialmente você vai precisar de uma mesa ou uma
superfície plana, de nylon, pedaços de sarrafos para fazer a moldura ou comprar a
moldura pronta, de um puxador ou rodo, de um grampeador de estofador e grampos
de estofaria, de um martelo e pregos pequenos, de uma mesa de luz, um alicate de
bico, emulsão fotográfica, sensibilizante, cola para madeira, fita crepe (opcional)
tintas nas cores a serem aplicadas e saber como utilizar o material mencionado.
Se por acaso o praticante de serigrafia não tiver e não ter como adquirir um
grampeador, podem ser usados percevejos (tachinhas) no lugar dos grampos, e em
último caso, podem ser utilizados preguinhos de sapateiro, desde que obtenha uma
tela bem esticada.
Se forem usados os grampos, não é preciso usar cola especial para manter esticado o
nylon, mas se o nylon for fixado com tachinhas ou preguinhos de sapateiro, é
recomendável que seja usada cola com a finalidade de ajudar a fixar o nylon na
moldura, a cola a que me refiro é do tipo especial para serigrafia, e que pode ser
facilmente encontrada em lojas em produtos para serigrafia.
Como se observa, se forem somados os valores a serem gastos, num primeiro
trabalho para um cliente já poderá ser reavido todo o valor gasto no investimento em
materiais.
Molduras ou quadros
Os quadros ou molduras podem ser feitos de madeira ou alumínio, a função da
moldura é sustentar e manter esticado o nylon.
Quando são utilizadas molduras de madeira, a fixação da tela pode ser feita
preferencialmente com grampos de estofaria, usando um grampeador para isto, mas
na falta dos grampos e grampeador, a fixação da tela pode ser feita usando tachinhas
(percevejos) ou até mesmo usando pregos de sapateiro ou parecidos.
A madeira utilizada na montagem da moldura deve ser bem seca e um pouco macia,
de preferência de pinho ou cedro, a moldura pode ser feita até com pedaços de
sarrafos de 2 x 2 cm, mais adiante será descrito em detalhes os passos para a
confecção do quadro ou moldura.
Caso não saiba como fazer uma moldura por não ter pedaços de madeira, peça a um
marceneiro que faça para você, quando pedir ao marceneiro para fazer a moldura,
não esqueça de informar a ele o tamanho da moldura (quadro) que você deseja, os
sarrafos utilizados na montagem da moldura devem ser de 2 x 2 cm, mas se a
moldura for maior do que 50 x 50, os sarrafos podem ser mais reforçados, aí o
marceneiro pode sugerir a partir dos restolhos que ele possuir.
Um marceneiro, irá cobrar em média R$ 1.00 a R$ 2.00 por quadro, dependendo do
tamanho, já que ele vai utilizar restos de madeira para isso, além disso, você poderá
fazer uma boa parceria com ele, estampando algo produzido por ele.
Para quem trabalha em serigrafia, sabe que é bom ter em mãos vários tamanhos de
molduras para utilizar, conforme o tipo trabalho a fazer, assim será possível utilizar
uma moldura de acordo com as necessidades do trabalho a ser executado.
Caso não desejar ou não souber como fazer, também existe a possibilidade de
comprar molduras feitas nas lojas especializadas ou pedir para que um marceneiro
faça sob encomenda.
Sempre é bom lembrar que um bom trabalho final de impressão depende de uma
moldura bem feita, bem nivelada e bem firme, sem falar que o nylon deve ficar e
estar bem esticado.
A montagem manual não será possível se forem usados tecidos metálicos, neste caso,
devem ser utilizados aparelhos especiais para esticar e fixar as telas.
Montagem do nylon na moldura
Corte o nylon com 5 centímetros maior de cada lado em relação à moldura, isso
significa que se a moldura tiver 20 x 25, o pedaço de nylon ou poliéster deverá ter 30
x 35 centímetros.
Para que sejam colocados os parafusos nos sarrafos, os sarrafos devem ser furadas
previamente, para que não se rachem ao serem colocados os parafusos.
Após ter esticado e fixado bem o nylon, vem o acabamento, que é o corte da sobra
do nylon e a colocação de uma fita adesiva, com a finalidade de vedar o nylon junto a
moldura, de forma que evite o vazamento de tinta entre a moldura e o nylon.
Tensão com o auxílio de alicate especial
Nesse sistema você só precisará ter em mãos um alicate que tenha duas chapas
metálicas de aproximadamente 20 a 25cm de comprimento.
Esse tipo de alicate deve ter garras que possibilite prender o nylon, apoiando-o no
quadro para que seja possível esticá-lo ao máximo e prendê-lo com grampos de
estofador, com este processo é possível montar quatro quadros de uma só vez.
Grampear a outra extremidade do nylon nos outros dois quadros de maneira que o
nylon fique 2 ou 3 centímetros menor que as molduras.
Se for feito conforme descrito, ao esticar o nylon para grampear, as molduras ficarão
ligeiramente levantadas sobre a superfície plana.
Aperte com as mãos os quatro cantos sobre a mesa ou superfície plana e empurre-os
para baixo, fazendo com que fiquem na horizontal em cima da superfície.
Depois vire o quadro de maneira que o nylon fique para baixo e os quadros para
cima, para facilitar, podem ser pregados (provisoriamente) sarrafos para que os
quadros não voltem à sua posição original e o nylon venha a ficar frouxo, ao virar o
quadro e ao ser pressionado para baixo, tende a esticar o nylon para ser possível
grampear o nylon esticado.
Grampeie o nylon em um dos lados que estão soltos e com o auxílio do alicate
especial você fixará o nylon fazendo o esticamento final.
Você deve esticar o nylon ao máximo que seu alicate alcançar e assim esticado
deverá ser grampeado, faça isso até esticar todo o último lado.
Depois que os passos descritos acima foram executados, deve ser passado cola nas
extremidades do nylon.
Também será poderá possível utilizar os grampos para fixar as extremidades, só que
ao invés dos grampos ficarem do lado de fora do quadro, eles ficarão na sua face
frontal, por cima do nylon.
Esticado e preso nylon, poderão ser cortadas as beiradas do nylon que ficaram
sobrando.
Antes de cortar as sobras, se utilizou cola, verifique se a cola está seca, se estiver
seca você poderá passar um estilete no meio dos quadros, tendo assim quatro telas
prontas.
Depois que você terminar esse processo poderá tirar as ripas que tinham sido
pregadas para manter a tela esticada.
Garras de metal
As garras de metal são em forma de um C, e possuem tem um ou dois parafusos
para firmar a moldura, ou seja, a tela.
Existem garras bem simples, um pouco mais estreitas, contendo apenas um parafuso
de aperto.
Também existem garras duplas que são mais compridas e contêm dois parafusos de
aperto.
As garras de metal podem ser encontradas em casas especializadas em materiais
para serigrafia, existe também quem mande fazer garras específicas em tornearia.
Quando a garra tiver a sua espessura um pouco grossa, deve-se usar um material
adicional para nivelar um pouco.
O material para nivelar só deve ser usado quando a diferença for muito grande,
porque na verdade a tela não deve ficar completamente encostada na mesa.
Se a tela ficar encostada na mesa, corre-se o risco de borrar o trabalho impresso.
Entre a moldura com a tela e a mesa, deve ter mais ou menos 3 milímetros de
espaço.
Portanto, não é correto deixar completamente nivelada a tela com a superfície
da mesa, veja na figura abaixo o erro a que estamos nos referindo:
Ao passar o puxador, a tela deverá ceder e após o puxador ter sido passado, a tela
deverá voltar a posição normal.
A tela deverá ser encaixada dentro da garra e usado o parafuso para apertar,
deixando a tela firme.
As garras com dois parafusos de aperto são as mais indicadas, tendo em vista que ela
estará firme em dois pontos, ao invés de apenas um.
Quando existe um só parafuso de aperto, a tela fica sujeita a girar e no caso de
encaixe de cores poderão se desencaixar.
Puxador ou rodo
É muito importante que o serígrafo conheça as características e as influências do
puxador, pois dele e de seu manuseio dependerá a qualidade e a definição da
impressão.
A função do puxador é de puxar a tinta sobre o nylon, pressionando-a, e desta forma,
fazendo-a passar pelos minúsculos furos da trama do nylon.
O puxador é formado de uma peça de madeira e uma lâmina de borracha, podendo
ser comprado ou até mesmo feito em casa.
Tipos De Borrachas
A borracha sintética tem como principal características a cor preta.
Possui boa resistência a solventes e a abrasão, mas possuí o inconveniente de
escurecer a tinta, principalmente as tintas transparentes claras, pois com o atrito na
matriz, ela solta pó de borracha com coloração escura.
Borracha nitrilíca
A borracha nitrilíca tem a coloração cinza chumbo, não escurece a tinta tanto quanto
a sintética, e é mais resistente aos solventes e a abrasão.
Borracha Poliuretano
A borracha de poliuretano está à disposição em diferentes colorações, este tipo de
borracha possui alta resistência a abrasão e isso significa longa durabilidade,
permitindo que o perfil não se altere em longas jornadas de trabalho, além de ser
extremamente resistente a solventes, em grande maioria, é o material utilizado para
os rodos, o único inconveniente da borracha de poliuretano é que ela gera carga
eletrostática.
Fazendo um puxador
Os puxadores são encontrados já prontos para a venda, mas isto não impede que
você possa fazer o seu próprio puxador, existem puxadores com diversos tamanhos,
e o tamanho depende da aplicação, podendo ser de 5 cm a um metro ou maior, mas
é bom saber como é feito, pois podem existir situações em que você mesmo deva
fazer seu puxador, se não precisar, a finalidade passa a ser didática.
É muito simples fazer um puxador e não requer ferramentas sofisticadas, basta um
serrote, martelo, pregos, madeira e a borracha que deve ser comprada em casas
especializadas de materiais para serigrafia.
Precisamos de um pedaço de madeira, de preferência bem seca, com 2 cm de largura
por 8 cm de altura.
Com a lixa, aredonde a parte superior para facilitar o manuseio, esta parte é
chamada de empunhadura.
O corte com cantos arredondados é recomendado nos casos onde se deseja uma
maior descarga de tinta, este tipo de corte não dá uma boa definição, e tende a
borrar um pouco a impressão.
É muito utilizado na estamparia têxtil, onde são necessárias grandes descargas de
tintas, para produzir o efeito desejado.
O rodo com cantos arredondados não se encontra à venda, obter um rodo com cantos
arredondados, deve-se desgastar um rodo novo ao utiliza-lo até atingir as condições
adequadas.
Velocidade
Manutenção
Os puxadores, após terem sido usados, devem ser limpos e serem guardados em
lugares que permitam uma boa ventilação e fácil acesso ao serígrafo.
Desta forma, fazemos o uso de um cabide que permitem serem guardados vários
puxadores de vários tamanhos ao mesmo tempo.
O cabide é muito simples e fácil e até podemos nós mesmos fazê-lo
O cabide pode ser feito de um pedaço de madeira, que pode ser uma tábua com furos
um pouco inclinados para cima, de forma que o puxador não caia.
Nestes furos são colocados pedaços de madeira arredondados.
Lembra um pouco um escorredor de copos desses de parede.
O serígrafo deverá colocar o puxador deitado de modo que a borracha fique paralela
com a lixa.
Feito isto, ele deverá segurar o puxador com as duas mãos firmemente fazendo um
movimento de vai e vem.
Observe a ilustração abaixo, é uma mesa com garras simples e contra peso para
impressão plana com processo manual.
Outro exemplo de mesa, agora uma mesa rotativa para impressão de camisetas com
dois berços simples, este tipo de mesa pode imprimir em quatro cores.
Outro exemplo de mesa para impressão em serigrafia, também é manual com garra
simples e contra peso, este tipo de mesa é utilizado para a impressão de objetos para
brindes.
Veja a seguir alguns mecanismos simples e fáceis de fazer, que você poderão ser
adaptados à sua tela.
É importante lembrar que o peso não deve ser muito leve e nem pesado demais, deve
ter um peso moderado, de acordo com a moldura.
Certamente você iria querer perguntar, mas, qual é a finalidade destes mecanismos ?
Não pode ser perdido tempo quando está sendo executando o trabalho de impressão,
pois corremos o risco da tinta secar na tela, e se a tinta endurecer prejudicará muito
o trabalho, porque será preciso parar a impressão para limpar a tela.
Neste caso, devemos retirar toda a tinta da tela, usando uma espátula ou pedaço de
régua de acrílico ou plástico.
Limpa-se a tela com o solvente natural da mesa, ou seja, se a tinta for a base de
água, naturalmente a limpeza será feita com água e uma esponja macia.
Após a lavagem a tela deve ser seca com o auxílio de um pano seco ou estopa.
Para tirar qualquer dúvida sobre à limpeza dos traços do desenho, coloque a tela
numa mesa de luz ou lhe através da tela contra a claridade, todos os furos onde a
tinta deve passar, devem estar sem obstruções.
Acredito que agora ficou bem clara a importância dos mecanismos de elevação, que
sevem para agilizar o processo de impressão, servem também para evitar que a
moldura encoste no material que está sendo impresso.
Com o descrito até aqui, certamente deu para notar é muito fácil a arte da serigrafia.
Certamente você também observou que a maioria dos instrumentos podem ser feitos
por você mesmo, mas se desejar gastar uns trocados, todo o material pode ser
adquirido em casas especializadas.
Controle do fora de contato na impressão manual
Entendemos por fora de contato a distância entre a malha da matriz e o substrato a
ser impresso.
A finalidade é promover o desprendimento da malha do substrato no ato da
impressão.
A medida em que vamos imprimindo, a malha vai se desprendendo no mesmo ponto
onde o rodo toca o substrato.
Esse percurso permite um perfeito controle de camada de tinta e, ao mesmo tempo,
impede que a imagem borre.
Nas máquinas semi-automáticas ou ainda em muitas mesas de impressão manual, o
fora de contato pode ser ajustado por meio de dispositivos que fazem parte do
equipamento.
Já na impressão manual dependemos de outros recursos para o controle do fora de
contato.
Calços dos mais variados materiais são utilizados para estabelecer fora de contato na
impressão manual.
Esses calços são presos a matriz por meio de fitas adesivas, mas podem provocar um
desnivelamento da matriz quando são usados sem a mesma espessura.
Colocando as tiras entre si, teremos uma escala com variação de 1 a 5 milímetros.
Dependendo da necessidade de cada trabalho, podemos fazer a barra com mais
escalas.
No momento do acerto do fora de contato e ajustes da garra de impressão é
interessante utilizarmos 4 barras, uma para cada canto da matriz.
Dessa forma, teremos um controle preciso do fora da contato em todos os da matriz,
evitando problemas de diferentes depósitos de tinta ou ainda, áreas que apresentem
borrões ou falhas na impressão.
O perfeito paralelismo da tela com o substrato também é fundamental para
impressão de tintas transparentes.
Sem esse controle de paralelismo haverá maior descarga de tinta de um dos lados da
imagem com áreas mais escuras e outras mais claras.
Telas metálicas
As telas metálicas são feitas com um tipo de malha com fios de arame de aço
inoxidável ou bronze usado na indústria serigrafia, quando são exigidas grandes
tiragens na impressão de tintas altamente abrasivas como as da indústria cerâmica.
São indústrias de azulejos, pisos, manufaturados de vidros, e de circuitos impressos
usados na eletrônica.
Como características, tem resistência muito boa, estabilidade ótima; resistem bem
aos álcalis e ácidos fracos, e alta resistência ao calor.
Como inconvenientes, material muito caro e de difícil tensão manual.
O que é o substrato
É definido como substrato, o material que vai receber a impressão.
Suas características químicas e físicas vão definir o tipo de tinta que deverá ser
utilizado.
Os substratos precisam estar em condições de receber tinta e garantir uma boa
aderência, para isto, eles devem estar totalmente livres de pó.
Nos substratos não podem ter qualquer tipo de impurezas em sua superfície, devem
estar totalmente limpos.
As partículas de poeira podem chegar
a entupir malhas finas, ou deixar a
impressão com um relevo indesejável.
Um bom substrato deve estar com a superfície lisa, sem amassados e dobras, pois as
irregularidades podem deixar a impressão com diferentes camadas de tinta ou então
as dobras fazerem surgir faixas sem impressão.
Para certos tipos de impressão, como a impressão em garrafas, é necessário fazer o
aquecimento dos objetos quando a umidade relativa do ar está elevada.
A oleosidade, gordura e graxa, e até mesmo a oleosidade natural de nossas mãos,
podem dificultar a aderência da tinta sobre certos substratos.
Este problema é altamente significativo na impressão de sacolas ou objetos de
polipropileno e de polietileno.
Sua fabricação resulta em uma camada superficial de óleo, que impede a fixação da
tinta.
Nestes casos, utiliza-se um tratamento para eliminar tal camada, chamado de
tratamento corona.
Diapositivo e a serigrafia
Para que a técnica serigráfica esteja entre as mais prefeitas em fidelidade ao original,
muitos cuidados devem ser levados em conta na impressão.
Mas antes, entenda como diapositivo, o que em outras áreas é chamado de arte final
em preto e branco, na serigrafia é mais ou menos a mesma coisa com outro nome,
mesmo porque, impressão tem que ser 100% opaca com papel impresso
transparente, você já viu uma impressão em transparência para retroprojetor, é
exatamente isto.
As características que devem ser avaliadas são:
A espessura da base do material determina a estabilidade dimensional do
diapositivo, pequenas ou grandes variações podem ocorrer dependendo de influências
externas, como as mudanças de temperatura, mudanças na umidade relativa e no
processo de estocagem dos filmes.
Os filmes são considerados termicamente estáveis quando têm uma variação de
dimensão de cerca de 0,020% entre o tempo que forem expostos à luz e o seu uso.
A definição dos contornos da imagem está diretamente relacionado com a
reprodução do original, que deve estar em perfeitas condições.
Quando o diapositivo for manual, os contornos da imagem podem ser prejudicados
pela variação que a tinta pode causar no papel e outros materiais, como encolhimento
ou enrugamento.
Os Bloqueios da luz entre os papéis usados para a confecção dos diapositivos, o
nível de capacidade deve ser considerado.
No caso de fotolitos, o enegrecimento da camada fotossensível deve ser de 100%.
A posição do diapositivo em relação à camada de emulsão no caso específico
da serigrafia, o diapositivo deve ser posicionada de modo perfeito na tela já
emulsionada, para que não exista nenhum espaço entre a camada do diapositivo e a
camada de emulsão.
Havendo um espaço, a luz pode não fazer a gravação com uma definição perfeita, já
que qualquer espaço aberto vai permitir a passagem da luz, direcionando-a a outro
local que não seja o protegido pela camada de imagem do filme.
O diapositivo pode ser feito manualmente e também por processo fotomecânico
(parecido com um processo fotográfico).
Atualmente outros processos se uniram aos dois mais conhecidos, tornando a
confecção de diapositivos muito simplificada, a impressão digital a laser, o recorte do
filme em plotters são exemplos disso.
Existe outra maneira de obter o diapositivo, basta fazer uma cópia (xerox) de boa
qualidade, bem preta e sem serrilhas, e passar vaselina ou óleo mineral no lado de
trás da folha, isso fará com que a cópia fique transparente permitindo que a luz
ultrapasse no momento da gravação.
O fato de sugerir que seja passado o produto no lado de trás da cópia serve para
evitar que passando na frente, o produto venha a borrar a tinta usada pela copiadora,
uma grande vantagem nesse processo é a rapidez na confecção da arte-final, só que
para fazer dessa maneira, é preciso que tenhamos um bom original para assim
conseguirmos uma boa cópia.
Uma desvantagem, é que provavelmente, poderemos utilizar essa arte apenas uma
vez, pois sendo de papel, ela se retorcerá toda hora na gravação devido ao calor das
lâmpadas.
Um detalhe importante é que ao passar o óleo ou vaselina, deve-se colocar a folha no
meio de algum jornal para retirar o excesso, apertando o jornal suavemente.
É bom ter em mãos alguns materiais a fim
de obter um bom desenho, o qual poderá
ser usado num diapositivo na gravação da
tela, entre eles o transferidor, a seguir,
mais alguns que poderão ser necessários,
caso resolva fazer os desenhos para arte
final manualmente.
A caneta nanquim é composta
basicamente de três partes: pena,
reservatório de tinta e corpo. À parte que
chamamos na realidade tem a pena
propriamente dita (que é um filete
metálico por onde a tinta escorre e marca
o papel) dentro dela; o que aparece por
fora é um invólucro de plástico.
Às vezes, quando a tinta fica muito tempo parada dentro da caneta, mesmo lavando
ela continua entupida.
As penas muito finas devem ser deixadas de molho num pote com água, depois de
algumas horas, ou mesmo de um dia para outro, a tinta deve ter desgrudado e,
então, lavamos e guardamos normalmente.
Quando a pena é mais grossa, podemos saltá-la do invólucro de plástico e retira-la
para lavagem, tendo o cuidado de na reposição, encher o invólucro de água e largar a
pena dentro, ela se acomoda sozinha.
Mas isso não é aconselhável fazer muitas vezes, pois sempre existe o risco de
encontrar ou quebrar a pena, estragando a caneta.
Outra opção é o uso de um líquido especial para limpeza de canetas nanquim, que é
comercializado em lojas especializadas.
As canetas nanquins têm espessuras diferentes, como as lapiseiras, sendo
caracterizada cada espessura por uma determinada cor, que varia de fabricante para
fabricante.
Em média, as canetas variam sua espessura de 0,1mm até 2,0mm, sendo
encontradas facilmente no mercado especializado.
Os esquadros têm uma forma
triangular, (errado o nome, deveria
ser triângulo, não?) são feitos em
plásticos ou acrílicos transparentes,
para permitir a visualização do
desenho durante a execução.
É bom ter além do esquadro, duas
réguas acrílicas de boa qualidade.
Estas réguas devem ser uma de
30cm e a outra de 50cm ou 60cm.
Fotolito
Diapositivo Fotomecânico o diapositivo obtido através de um processo conhecido
como fotomecânico que embora tenha características semelhantes ao processo
comum de fotografia, guarda aspectos específicos para a aplicação em artes gráficas.
O fotolito,é um diapositivo fotomecânico, e
independentemente do tipo, tamanho ou
número de cores, os fotolitos são de uma
qualidade muita boa para a gravação de
uma matriz devido à sua estabilidade
dimensional, transparência na base e
enegrecimento nas áreas do motivo a ser
impresso.
De um modo geral, fotolitos fotomecânico
são de custo alto para muitos tipos de
trabalhos.
Veja ao lado uma copiadora para fotolitos
fotomecânicos.
As variações
Podem existir variações quando existir algum erro ao puxar o filme, pois a imagem é
impressa por meio de linhas, filetes ou superfícies contínuas, mas em condições
normais, tem forma perfeitamente definida, sem meios tons ou sombreados.
O desenho é formado por contrastes preto e branco, e é obtido por meio de
fotografia, diretamente.
Basicamente, xerox em preto e branco atual.
Benday um conjunto de elementos
definidos com pontos, linhas e traços que
apresentam uma distribuição regular na
superfície aplicada, dando a sensação de
uma textura uniforme.
Consegue-se vários efeitos que criam a
sensação de tons mais claros ou mais
escuros, dependendo do tamanho dos
elementos.
Onde o desenho possui áreas mais claras, a luz será refletida com maior intensidade,
vencendo o sombreado da retícula.
Nas áreas mais escuras, a luz será com maior intensidade e conforme a luminosidade
do original podemos reproduzir as imagens em meio tom, com um processo que
imprime áreas definidas.
Após a obtenção do negativo, tiramos um contato (cópia), para invertemos a imagem
e chegarmos ao positivo.
A utilização da retícula é feita pelo processo de fotografia e o material que
proporciona o reticulado é colocado em contato com o filme virgem, pela parte da
frente, na hora da fotografia, de forma que a luz passe por ela, antes de atingir o
filme.
Combinado é o fotolito que foi preparado
com uma combinação das diferentes
características dos fotolitos.
O fotolito reticulado ou benday pode variar
quanto à lineatura, que é a indicação de
quantas linhas de pontos o fotolito
apresenta.
Uma lineatura de 54 linhas, significa que
essa retícula ou benday, possui 54 pontos
por cm linear.
Quanto maior o número de linhas, mas
pontos por cm e, conseqüentemente,
menor o tamanho do ponto.
Quanto menor a lineatura, maior o
número do ponto, por isso, na
encomendar um fotolito, é necessário
indicar a lineatura desejada.
Na realidade, o processo de
preparação prévio da malha envolve
mais que uma simples remoção da
gordura, mas o desengraxe é muito
importante para obter uma boa
matriz.
As áreas que não forem expostas á luz permanecerão solúveis e serão facilmente
removidas com água e formarão o estêncil, que é a mascara que reproduz a
imagem.
Na serigrafia a emulsão funciona como astêncil, isto é, é a emulsão quem define a
imagem, delimitando as áreas por onde deve passar a tinta.
Pode-se dizer que são duas as propriedades exigidas de um material utilizado como
estêncil:
A fidelidade de cópia, que implica em definição e resolução.
A resistência a produtos químicos e ao desgaste físico e também à abrasão.
Uma boa emulsão deve ter fidelidade de cópia e resistência a produtos químicos e ao
desgaste físico e também à abrasão.
As emulsões podem ser encontradas em dois tipos:
Própria para impressão com tinta a base de solvente.
Especial para impressão com tinta a base de água.
As emulsões não sensibilizadas podem ser armazenadas por um bom tempo, já as
sensibilizadas duram até quatro semanas, quando mantidas em ambiente fresco,
ventilado e protegido da luz.
Sensibilização da Emulsão
As emulsões podem ser sensibilizadas com bicromatos ou diazo.
Os bicromatos podem ser sódio, potássio e amônia, destes ou mais usado é o de
sódio.
A mistura à emulsão deve ser na
proporção de 9 partes de emulsão para 1
parte de sensibilizante.
Deve ser usado um copo graduado para
medir corretamente as partes que serão
misturadas.
Na hora da mistura, deve-se ter um
cuidado todo especial, que é não fazer
movimentos rápidos para evitar criar
bolhas na emulsão, o que irá causar
"olhos-de-peixe" ao revelar a tela.
O correto é fazer movimentos lentos em
forma de oito, até a mistura ficar bem
homogênea, depois deixar repousar por
pelo menos 20 minutos antes de usar para
emulsionar a tela.
O diazo possui excelente resistência ao tempo e pode ser armazenado por períodos
mais longos que os bicromatos e também apresenta alto grau de definição de traços
finos.
O diazo necessita de mais tempo de exposição e sua gravação é feita com radiações
luminosas ricas em raios ultravioletas.
A proporção da mistura do foto sensibilizante na emulsão foi indicada para ser em 9
partes de emulsão para 1 parte de sensibilizante, isto é seguido pelos serígrafos, mas
é sempre recomendável ler as instruções do fabricante, tanto da emulsão fotográfica
quanto do foto sensibilizante, pois podem existir variações, neste caso, devem ser de
acordo com as indicações do fabricante.
Outras Emulsões
Existem outros tipos de emulsões, como a emulsão fotopolímera, que é fabricada
com resinas que já são, por si só, sensíveis à luz.
Por isto não precisam ser sensibilizadas, elas já vêm prontas para o uso e
proporcionam excelente fidelidade de cópia, obviamente, devem permanecer
estocadas em ambiente seco, fresco e meio escuro, tem pouco tempo de
armazenagem.
Também existem as emulsões diazo-fotopolímeras, que são emulsões
fotopolímeras que levam uma pequena dose de diazo em sua composição.
São também chamadas de emulsões de dupla-cura, por terem um duplo sistema de
sensibilização.
Estas emulsões reúnem as melhores qualidades dos sistemas diazo e fotopolímero e
são as mais resistentes, porém, muito mais caras.
Muitas delas são universais, o que significa que resistem a todo tipo de tinta utilizada
na impressão serigrafia.
As emulsões emulsões fotopolímeras e as emulsões diazo-fotopolímeras são
menos utilizadas pelo seu alto custo, somente em grandes estamparias podem ser
encontradas.
Definição e Resolução
Entende-se como definição a capacidade da emulsão de recortar com precisão os
limites da imagem.
Quando uma emulsão tem boa resolução, os mais finos reticulados são reproduzidos
com muita perfeição.
As etapas da preparação de uma tela emulsionada são a sensibilização, aplicação da
emulsão e a secagem da emulsão.
Como detalhe muito importante, essas três etapas devem ser feitas em uma sala
escura.
Chama-se sala escura um ambiente com iluminação adequada para o trabalho com
produtos sensíveis à luz, neste caso, a iluminação do ambiente tem que ser tal que
não afete a emulsão.
A luz que impressiona as emulsões serigráficas é a que contem radiações na faixa do
azul, do violeta e do ultravioleta, e isto inclui a luz branca.
Por isso deve ser evitada toda luz que contiver estas radiações, inclusive a luz do dia,
isso apenas antes de revelar a matriz.
Basta manter o ambiente de trabalho sob iluminação de predominância do amarelo
ou vermelho.
Isto é fácil como o uso de lâmpadas amarelas ou vermelhas, hoje em dia, bastante
comuns.
Nas primeiras visitas de amigos, eles estranham, pensam algo estranho, como uma
discoteca ou boate, não ligue, isso aconteceu comigo também.
Aplicação de Emulsões
Para passar a emulsão, coloca-se a tela em posição vertical e aplica-se uma camada
de emulsão de maneira uniforme em toda a extensão da tela.
Se a camada não for uniforme, ficarão espessuras diferentes e causarão diferenças no
depósito e na cobertura de tinta.
E no momento de exposição à luz, se houverem diferenças de espessura na camada
de emulsão, a área com maior quantidade de emulsão precisará de mais tempo de
exposição, e a área com menor espessura ficará tempo demasiado em exposição, isso
vai dificultar a revelação da tela.
Nos dois lados da tela devem ser passadas camadas uniformes, com cuidado muito
especial no lado da tela que entrará em contato com o substrato, a emulsão deverá
ser uma camada bem lisa, pois qualquer qualquer saliência, por menor que seja,
prejudicará a definição da imagem.
Quantidade de Camadas
O pé da mesa é
formado por dois
pedaços de tábuas
As lâmpadas
A fonte de luz deve ser rica em raios ultravioletas que proporcionarão uma reação de
endurecimento da emulsão em maiores níveis.
As lâmpadas mais empregadas em serigrafia são foto "flood" e Fluorescentes, mas
não são as que apresentam melhores resultados.
As lâmpadas Foto Flood são do tipo comum e as
incandescentes possuem pouca, ou quase
nenhuma radiação ultravioleta.
Emulsionamento da tela
Existem várias técnicas para serem preparadas as matrizes.
Mas todas as técnicas partem de um ponto fundamental, este ponto fundamental é a
tela esticada e desengordurada que recebe a aplicação de uma emulsão, e fica
dependendo do restante do processo, que é a gravação futura da matriz.
Somente quando a malha desengraxada estiver bem seca e limpa, estará pronta para
receber a camada de emulsão.
Secagem da emulsão
Dentre as várias etapas que compreendem a gravação de uma matriz, a secagem da
emulsão fotográfica tem um destaque de grande importância.
Depois de aplicarmos a emulsão fotográfica em estado líquido na tela, se requer uma
secagem adequada para que o processo de exposição seja obtido de forma plena e
correta.
Antes da exposição à luz, a emulsão deve estar completamente seca na tela.
Se a camada de emulsão não for uniforme, podemos afirmar que debaixo a película
superficial da emulsão aparentemente seca, podem existir áreas não secas que
causarão muitos problemas na gravação, prejudicando os resultados finais,
Neste caso, o que acontece é que as partes úmidas que possuem sensibilidade
reduzida ao endurecimento através da ação da luz, tornando impossível a secagem
perfeita e uniforme.
A primeira regra para a secagem da emulsão é secar naturalmente ou utilizando um
secador de cabelos, mas sempre longe de qualquer fonte de luz rica em raios
ultravioletas.
Só são obtidos ótimos resultados na secagem da emulsão se for seca em penumbra
durante a aplicação e a secagem da emulsão.
É óbvio que não dá pra trabalhar no escuro, então é recomendável (necessário) secar
a emulsão em sala iluminada com lâmpada amarela ou vermelha, dessas de
decorações natalinas.
Exposição à luz
A fonte de luz deverá ser rica em raios ultra violeta para que seja possível obter a
adequada sensibilização por parte da emulsão.
Enfim, a exposição à luz é uma das etapas mais importantes na confecção de uma
matriz, por isso é requer cuidados e atenção redobrados.
Basicamente, a luz ultra violeta é usada para endurecer as áreas do estêncil que não
correspondem à imagem.
Para isso, deve-se usar a quantidade correta de luz, evitando os com isso os
problemas de má reprodução da imagem ou de má resistência por falta de
endurecimento correto da emulsão.
Para evitar problemas na revelação e na resistência, determine antes o tempo de
exposição ideal para suas necessidades, use um guia, anote seus testes de exposição.
Opte sempre pelo tempo mais longo possível, porém sem que haja perda de
definição.
Para sabermos o tempo necessário para a gravação de uma tela, são necessários
vários testes e provas.
O tempo de exposição ideal permite a revelação de todos os elementos com relativa
facilidade e ao mesmo tempo apresenta um ótimo endurecimento da emulsão
sensibilizada, que não se desprende durante a revelação e mantém a matriz firme.
Você com pouca experiência não vai querer ficar tentando acertar o tempo de
exposição, então lhe informo que eu utilizo sempre 3 minutos exatos de exposição à
luz nas minhas matrizes, que são feitas com nylon de 100 fios, e utilizo em minha
mesa de fabricação caseira, uma lâmpada incandescente comum de 250 watts.
É bom ter em mente alguns pontos fundamentais:
1) O desenho com áreas chapadas pode ter o tempo de exposição ligeiramente
maior.
2) Em retículas ou detalhes muito finos, a exposição pode ser ligeiramente menor,
para garantir a definição dos traços.
Podem e devem ser feitos testes para saber o comportamento de cada mesa de
gravação.
Na primeira gravação, grave uma tela com 3 minutos de exposição e verifique o
resultado.
Depois grave outra com 5 minutos e depois faça outra com 4 minutos.
Analise qual foi a revelação de resultado melhor em termos de facilidade de revelação
e resultado obtido, assim, você saberá qual é o tempo correto de exposição de sua
mesa.
A mesma mesa, se colocada em ambientes diferentes pode apresentar resultados
diferentes, mesmo utilizando-se o mesmo tipo de emulsão e o mesmo tempo de
exposição.
As condições climáticas e de secagem, assim como de preparação e de camadas de
exposição, alteram bastante o tempo de exposição, daí a necessidade de serem feitos
testes.
Recomenda-se manter as mesmas condições, para que o tempo de exposição possa
ser constante em todas as gravações.
Camadas mais espessas de emulsão necessitam maior tempo de exposição, da
mesma forma, precisa de um tempo maior de exposição, se a lâmpada estiver meio
longe do vidro, que deve ser totalmente transparente.
Dentre as várias etapas que compreendem a gravação de uma matriz, a secagem da
emulsão fotográfica tem um destaque de grande importância.
Depois de aplicarmos a emulsão fotográfica em estado líquido na tela, é requerida
uma secagem adequada para que o processo de exposição seja obtido de forma plena
e correta.
Antes da exposição à luz, a emulsão deve estar completamente seca na tela.
Se a camada de emulsão não for uniforme, podemos afirmar que debaixo a película
superficial da emulsão aparentemente seca, podem existir áreas não secas que
causarão muitos problemas na gravação, prejudicando os resultados finais,
Neste caso, o que acontece é que as partes úmidas que possuem sensibilidade
reduzida ao endurecimento através da ação da luz, tornando impossível a secagem
perfeita e uniforme.
A primeira regra para a secagem da emulsão é secar naturalmente ou utilizando um
secador de cabelos, mas sempre longe de qualquer fonte de luz rica em raios
ultravioletas.
Só serão obtidos ótimos resultados na secagem da emulsão se ela for aplicada em
penumbra.
É óbvio que não dá pra trabalhar no escuro, então é recomendável (absolutamente
necessário) secar a emulsão em sala iluminada com lâmpada amarela ou vermelha,
dessas de decorações natalinas.
Insuficiência de luz
A insuficiência de luz ultra violeta causa o que se chama de sub-exposição e reduz a
durabilidade do estêncil, além de prejudicar seu corte e definição.
No caso da sub-exposição, os resíduos podem se depositar em áreas de imagem,
danificando a matriz.
Em matrizes com sub-exposição é comum o aparecimento de furinhos e ao contrário
do que se imagina, a sub-exposição sempre acaba dificultando a recuperação da tela,
na verdade nunca mais ficará boa se não for começado desde o primeiro processo
que o desengraxar.
Além do mais, a emulsão poderá se soltar
por completo na hora da revelação.
É importante saber também que o excesso
de luz ultra violeta resulta no
endurecimento total da emulsão.
A luz difusa se espalha por detrás das
áreas negras do fotolito, atingindo os
limites da imagem.
A revelação se torna difícil e os detalhes
finos desaparecem.
Gravação
Após ter desengraxado e aplicada a emulsão na tela, vamos à gravação propriamente
dita.
Todo esse processo é feito dentro da uma sala escura, desde a mistura da emulsão
com o sensibilizante, até a revelação.
A iluminação dentro desta sala deve ser de luz amarela ou vermelha, pois este tipo de
luz não afeta a emulsão, possibilitando a sua visão durante o processo, e permitindo
a locomoção do serígrafo dentro da sala de gravação.
Bem, vamos começar a gravação, siga os passos seguintes:
1 - Limpe bem o vidro da mesa.
2 - Coloque o diapositivo*** sobre o vidro da mesa.
3 - Sobre o diapositivo, coloque o quadro da tela, de forma que o nylon emulsionado
fique em contato direto com o diapositivo.
4 - Coloque sobre o quadro da tela uma cartolina preta ou pano preto.
5 - Sobre a cartolina ou pano, coloca-se uma placa de vidro, ou na falta, um pedaço
de madeira bem lisa e aplainada, não use nada metálico para esta função.
6 - Por fim, coloque alguns pesos que servem para garantir um completo contato
entre o diapositivo e o nylon emulsionado.
7 - Depois dos passos descritos, é só fazer a exposição, ligando a fonte de luz da
mesa.
*** arte-final
Processo Capilar
O processo capilar é um sistema onde, ao invés de usar emulsão, usa-se um filme
pré-sensibilizado, que também permite a confecção de matrizes.
Trata-se de uma nova tecnologia de filmes capilares á base de fotopolímero, livre de
diazo, ou seja, que não se degeneram com o calor, que é um fator muito crítico em
nosso país.
Esse processo é extremamente flexível, pois proporciona ótima adesão em tecidos
sintéticos, com qualquer quantidade de fios, o que permite tiragens de até 50.000
impressões, garantindo altíssima definição e resolução, permitindo que os usuários do
processo indireto, possam utiliza-lo eficazmente.
O filme de fotopolímero pré-sensibilizado, baseado em uma nova tecnologia, é ideal
para o trabalho onde se busca camadas planas.
Além de apresentar alta definição e resolução para pequenas e grandes tiragens, é de
ótima resistência a solventes e totalmente recuperável.
O Fotecap Zircon também apresenta ótima adesão sobre os tecidos sintéticos, com
qualquer quantidade de fios.
Dentre suas inúmeras vantagens técnicas, podemos destacar:
a) A camada totalmente plana, mesmo com baixa espessura
b) A vida útil prolongada, mesmo em condições climáticas adversas
c) A revelação rápida de matrizes com camadas finas ou espessas
d) Por não atrair poeira durante a preparação e a adesão do filme.
O filme capilar é ideal para aplicações de retícula e linha finas impressas com tinta a
base de solvente e de cura ultra violeta, proporcionando alta qualidade de impressão
para médias e longas tiragens (20 a 50.000 peças).
Embora descrito aqui o processo capilar, apenas 2% dos serígrafos utilizam este
método, mas como faz parte da serigrafia, foi optado pela inclusão também deste
processo a título de informação.
Passe um rolo de impressão pelo lado interno da matriz, para retirar o excesso de
água e garantir a aderência do filme com o tecido.
Na seqüência, deixe a matriz secar completamente, em um local seco e escuro
(isento de luz branca).
Depois de secar a matriz, retire o suporte plástico e deixe secar por mais alguns
minutos antes da exposição.
Embora descrito aqui o processo capilar, apenas 2% dos serígrafos utilizam este
método, mas como faz parte da serigrafia, foi optado pela inclusão também deste
processo a título de informação.
Adesivos
Adesivos são colocados em cima das mais diversas superfícies como armários,
embalagens, etc.
As matrizes para adesivos devem
ser gravadas normalmente, ou seja,
o diapositivo (a arte final) deve ser
colocado em cima da mesa de
gravação com a parte escrita ou
desenhada voltada para a tela.
Revelação da tela
Terminada a exposição á luz, é preciso revelar a tela propriamente dito.
Para isso deve-se ter preparado e pronto para ser utilizado um pedaço de mangueira
com aproximadamente 2 metros de comprimento, que ficará com uma de suas pontas
presa em uma torneira, e na outra, deveremos colocar um bico especial tipo
jardineiro, que nos permitirá controlar o jato de água.
Se algum traço ainda estiver obstruído por emulsão você deverá insistir, jogando
mais água até que tudo esteja revelado.
Caso contrário, onde ainda existir a emulsão, não passará tinta no momento de
impressão.
Após a revelação a tela vai estar toda molhada, para eliminar a água, coloque alguns
pedaços de papel de jornal em cima de uma mesa e coloque a tela em cima do jornal.
Pegue mais algumas folhas e coloque por dentro da tela, e use quantas folhas forem
necessárias para absorver a água.
Para finalizar a secagem, use ventilador ou secador de cabelos ou deixe secar no sol.
Vedação da tela
A vedação da tela é o acabamento que visa evitar vazamentos de tinta, com a
colocação de uma fita gomada nas bordas da tela, e também por dentro.
Desgravação da tela
Sempre podemos reutilizar o quadro e a tela que se encontra esticada, removendo a
gravação existente com produtos adequados.
Podem ser utilizados na remoção da emulsão, produtos como o removedor de
emulsão Tec 4, o removedor Seristrip gel, o removedor de emulsão HB 52.
Na falta desses produtos, que são relativamente caros (R$ 18.00 o litro), pode ser
utilizada uma forma bem simples, e acima de tudo, barata.
Essa forma é colocar dentro de um tanque água sanitária (R$ 1.00 por litro) ou cloro
(R$ 5.00 por litro) com água, numa proporção de 3 litros de água para 1 litro de água
sanitária ou cloro.
Deixe a tela de molho por
aproximadamente de 5 a 15 minutos para
que a emulsão amoleça solte o nylon.
Depois que a emulsão amolecer, basta
retirar a tela do tanque e jogar água com
bastante pressão, e toda a emulsão sairá.
Use um jato de mangueira.
Se em alguns pontos a emulsão insistir e
não soltar, você deverá pegar duas
estopas embebidas em álcool ou em
solvente e esfregar. Depois passe a
mangueira com jatos de água até a tela
ficar completamente livre da emulsão.
Para esfregar, pode ser fixa a tela, em uma morsa e esfrega-se as estopas uma em
cada lado da tela, até que os retos de emulsão desapareçam.
Deve-se esfregar com cuidado para não afetar a tensão da malha, ao forçar a
remoção destes resíduos.
Observação:
O recorte do filme deve ser feito sempre pelo lado fosco.
O recorte parece simples e fácil, mais vai exigir habilidade e treino.
Atualmente o recorte é uma técnica pouco utilizada, já que com o uso dos
computadores, as artes são feitas por computadores, mas como se trata de um curso
de serigrafia, é interessante que sejam abordadas todas as técnicas.
Recorte do filme
Observação:
O recorte do filme deve ser feito sempre pelo lado fosco.
Conforme já citado, o recorte parece simples e fácil, mais vai exigir muita habilidade
e treino.
Atualmente esta é uma técnica pouco utilizada, já que com o uso dos computadores,
as artes são feitas de outros modos, mas como se trata de um curso de serigrafia, é
interessante que sejam abordadas todas as técnicas.
Colagem do filme na tela
Os materiais utilizados na colagem do
filme na tela são apenas dois, o thinner
recomendado pelo fabricante do filme e
estopa.
Coloque a moldura em cima do filme de
recorte, o filme deve estar com a película
para cima.
Se por acaso a película oferecer uma certa resistência para sair em alguns pontos, a
solução é molhar os pontos que teimam em não se soltar com thinner e esperar pela
secagem e tentar novamente.
Importante:
Quando for trabalhar com produtos químicos, como thinner, solventes e tintas,
recomenda-se o uso de luvas de borracha para proteger as mãos, máscara de
proteção individual e óculos protetores.
Também evite a inalação direta dos produtos, para isso, faça seus trabalhos em áreas
com boa ventilação.
Atenção:
O thinner derrete o filme, por isso, se o thinner for colocado em excesso poderá
danificar a matriz completamente.
O thinner é um solvente natural para a tinta usada na fabricação do filme, isto é, a
película.
A película quando entra em contato com uma quantidade limitada de thinner amole e
se transforma numa semi-tinta, ou seja, uma tinta com densidade gelatinosa.
A película tende a grudar no nylon quando estiver em contato direto e por estar
"meio-mole".
Depois de seca, a película não se desprenderá do tecido a menos que o thinner seja
usado e esfregado com uma estopa bem encharcada de thinner.
Como sugestão, no início, deve-se fazer as matrizes com motivos simples.
É aconselhado para iniciantes os recortes de letras e desenhos sem detalhes, ou seja,
sem traços finos, etc.
É interessante aprender a técnica exata, e praticar exatamente, deixando para depois
desenhos com recortes mais detalhados.
Nos dias atuais, a técnica de corte e colagem do filme é pouco utilizada, já que com o
uso dos computadores, as artes são feitas utilizando computadores, mas como se
trata de um curso de serigrafia, é interessante que sejam abordadas todas as
técnicas.
Modelos de letras
Observação:
Os tipos de letras podem ser os mais diversificados, atualmente este não é um ponto
que dificulte o trabalho, já que com o uso de computador, pelo menos 100 tipos de
fontes (letras) já são instalados, isso é uma variedade razoável.
Modelos de desenhos
Observe que os desenhos mostrados não tem detalhes, facilita o recorte.
Ao recortar um desenho ou letra usando filme de recorte, não é necessário cortar com
força, isso evita que atinja o poliéster.
Neste caso, neste caso, o poliéster é uma espécie de plástico transparente, chamado
de papel suporte.
A impressão serigráfica
A impressão em princípio é muito fácil, apenas requer alguns cuidados.
Em primeiro lugar, o serígrafo deve ter uma base sólida que pode ser uma mesa de
impressão fabricada pela indústria especializada, ou uma mesa comum, desde que
seja plana e bem firme.
As mesas de impressão, fornecidas
pelas indústrias do ramo, já vêm
equipadas com suportes (garras)
metálicas, (molduras).
Essas garras podem ser compradas
separadamente para uso em mesas
comuns.
As garras possuem dobradiças que
devem ser parafusadas na parte
traseira das mesas.
Após a fixação da tela na garra metálica, observe se a tela encontra-se por completo
na base da mesa.
Se o quadro da tela ou a tampa da mesa estiverem empenados, provocarão defeitos
na impressão.
Se o empenamento for do quadro, uma ligeira torção no sentido contrário ao
empenamento resolve este tipo problema.
Mas se o empenamento for na base da mesa ou na tampa, não há outra saída, a não
ser usar outra mesa.
Ao colocar a tela na garra, você vai notar um pequeno espaço produzido pela
espessura da garra de metal que vai ficar por baixo do quadro.
Este espaço produzido pela garra é o que chamamos de fora de contato.
Devemos colocar do lado oposto dois
calços, sobre a superfície da mesa, para
apoiar o quadro da matriz na hora de
fazer a impressão.
O calço pode ser de madeira, cartolina, ou
qualquer material, mas tem que ter a
mesma espessura da altura produzida
pela garra (suporte).
A maioria das impressões são feitas com a matriz calçada conforme já foi mencionado
várias vezes.
ATENÇÃO:
Existem casos em que não devem ser usados os calços, usar ou não os calços vai
depender muito do material a ser impresso.
A escolha certa da tinta também é um fator importante para bons resultados da
impressão.
A tinta muito grossa (viscosa), tem a tendência a entupir o NYLON da tela.
Se a tinta for muito fina (rala), poderá passar através do tecido, borrando a base de
impressão.
OBSERVAÇÃO:
As tintas à base de água, quase sempre precisam ser diluídas com um pouco de
água.
Já no caso das tintas à base de solventes, nem sempre requerem diluição, mas
quando necessitam, deve ser usado o solvente indicado pelo fabricante.
VAMOS A IMPRESSÃO?
A quantidade de tinta é muita relativa, vai depender do seu bom senso, a prática
determina o a quantidade aproximada, é claro que sem prática não há como
determinar, por isso, coloque a quantidade de tinta 20 vezes a mais da quantidade
que que você calcula que usaria se fosse usar um pincel para pintar a figura da
matriz.
Coloque uma quantidade que não seja pouca e nem muita, como já citado, use o seu
bom senso.
Espalhe a tinta na matriz, coloque uma quantidade maior de tinta na matriz do lado
que fica a garra.
As primeiras impressões devem
ser feitas como um teste em papel
jornal ou em outro material que
você tenha disponível.
Após verificar que a impressão
está boa nos testes, é que vamos
imprimir o material desejado.
Coloque o material desejado no
local marcado na base da mesa.
O ângulo do puxador
O puxador muito
reto
(verticalmente):
produz uma fina
camada de tinta,
deixando (à vezes)
muitas falhas,
correndo o risco de
danificar a tela.
O puxador muito
inclinado: provoca
uma quantidade
excessiva de tinta,
prejudicando a
nitidez da
impressão.
Tamanho do puxador
O tamanho ideal do puxador a ser
usado numa impressão é sempre
determinado pela largura interna da
moldura.
Assim, se uma moldura tiver 25
centímetros, o rodo deverá ter 21
centímetros, isto é, 4 centímetros a
menos que tamanho interno da
moldura.
Portanto, primeiro deverá saber o
tamanho da moldura que irá usar,
para depois providenciar o puxador.
Quando tiver experiência, pode ser
usado um rodo com 5 centímetros a
mais que a largura da figura a ser
impressa com os mesmos resultados,
em todo caso, o puxador deve ser
sempre maior que o desenho que
será impresso.
O segundo ponto é que terá que ser gravada uma tela para cada cor, sendo que
numa tela deverá ser gravado o contorno da figura (quando existir), e que será
impresso em primeiro lugar.
Os contornos em figuras, ficam bonitos, mas o principal objetivo do contorno, que
geralmente na cor preta, é de facilitar o acerto para o encaixe das cores seguintes.
É importante lembrar que a impressão deve ser iniciada com a s cores claras, com
exceção do contorno.
Matriz referente a cor preta Matriz referente a cor branca
Sistema de marcação
Na impressão serigráfica é comum o uso de cruzinhas, círculos, e outros tipos de
marcas, com a finalidade de orientar no encaixe das cores.
As cruzes de encaixe deverão ser usadas somente para encaixar uma cor na outra na
hora da impressão, mas quando começar a passar a tinta em seu abstrato, as cruzes
ou as marcas deverão ser tampadas, isso não pode ser esquecido, porque nenhuma
empresa gostaria de ver seu logotipo impresso em uma camiseta com duas cruzes do
lado.
Marcação por batentes (registro de encosto)
O registro por marcação de batentes fundamenta-se no encosto do substrato nos
batentes que estão fixos na base de impressão.
Este registro é usado em substratos que tenham boa estabilidade dimensional, podem
ser citados como substratos de boa estabilidade dimensional papel, papelão,
adesivos, plásticos rígidos, cerâmica, etc.
Um item importante se refere ao tamanho dos substratos, pois todas as peças devem
ser exatamente guias, ou seja, do mesmo tamanho.
Cortes irregulares irão produzir posições diferentes de colocação do substrato, o que
irá produzir uma desorientação do registro.
Tabuleiro
A Serigrafia
Cilíndrica: é
considerada como
serigrafia cilíndrica, o
processo serigráfico
que imprime sobre
uma superfície cônica
ou cilíndrica.
Substratos flexíveis e não flexíveis
A diferença entre os dois processos (substratos flexíveis e não flexíveis) está no
seguinte fato:
No Substrato flexível é necessário que este tipo de substrato fique preso na mesa
de impressão até que sejam impressas todas as cores da imagem.
Caso a impressão da primeira cor seja feita e depois retirarmos o substrato da mesa,
jamais conseguiremos coloca-lo novamente no mesmo local para imprimir as cores e
fazer com que se encaixem com precisão.
Por isso, temos o substrato fixo e as matrizes se movendo.
Existem vários tipos de equipamentos para essa finalidade.
Um exemplo de substrato flexível é o tecido, e uma mesa de impressão em três cores
para substrato flexível é mostrada na figura abaixo, é claro que para iniciar seu
negócio você não irá precisar de uma mesa dessas, mas cabe a explicação para que
quando você tiver seus negócios aumentados, com certeza irá querer produzir cada
vez mais, e o equipamento que você irá precisar para aumentar a produção já é de
seu conhecimento.
Para o substrato não flexível, a matriz será mantida presa num sistema de garra,
tanto na impressão manual como na impressão semi-automática e o substrato será
colocado na mesa e retirado quantas vezes forem necessárias para a impressão das
várias cores.
Isso é possível porque o substrato pode ser colocado novamente no mesmo lugar,
usando um sistema de registro por encosto ou por marcas.
O vidro, o papel, alguns tipos de PVC, entre outros materiais, são exemplos de
substratos não-flexíveis.
Na impressão em início de atividade, o substrato não flexível é o mais utilizado por
quem deseja experimentar as técnicas, assim quando passa para a utilização de
máquinas, já leva uma bagagem considerável, e problemas relacionados a atividade
são facilmente detectados e resolvidos, devido a experiência que veio do início das
atividades.
Serigrafia cilíndrica
É considerada como serigrafia cilíndrica, o processo serigráfico que imprime sobre
uma superfície cônica ou cilíndrica.
Neste processo, não há movimento do rodo, o rodo fica parado e a matriz que se
movimenta, fazendo com que também se movimente o material cilíndrico, como um
copo, por exemplo.
A imagem na tela é gravada como um retângulo.
Assim, com a pressão do rodo e o movimento da tela, é possível imprimir em toda a
circunferência do objeto cilíndrico.
Enquanto que, na serigrafia plana, a matriz serigrafia e o objeto a ser impresso
permanecem imóveis, ficando dinâmico apenas o rodo.
Na impressão cilíndrica, ocorre o
contrário, o rodo permanece
estático, enquanto que a tela e o
objeto que recebem a impressão
tornam-se dinâmicos, permitindo
imprimir, com uma matriz plana,
em toda a circunferência de um
objeto cilíndrico.
Muitos materiais podem ser utilizados na confecção das formas (cola de borracha,
durepoxi, gesso, borracha de silicone, madeira, etc.).
Um exemplo desta utilização é a impressão de isqueiros.
Neste caso, utiliza-se a borracha de silicone, para a confecção da forma, em razão da
sua estabilidade dimensional e excelente resistência.
As fôrmas são
confeccionadas usando
uma peça de material
a ser impresso como
molde, a peça será
envolvida por uma
borracha de silicone,
dessa maneira,
possibilita a colocação
e a retirada do
material a ser
impresso e também o
mantendo firme no
momento da
impressão.
Métodos
Chamamos de métodos, os diferentes recursos envolvidos no processo de estamparia
têxtil.
Dentre eles, destacamos os seguintes processos:
1) Mesa rotativa
2) Mesa corrida
3) Sistema de placas
Geralmente, o uso desses métodos varia de acordo com as condições de espaço físico
e a necessidade de produção.
Mesa rotativa
No Brasil, as máquinas do tipo carrossel se dividem, basicamente, em dois tipos: as
manuais e semi-automáticas.
Consistem num processo de um ou vários berços presos a sistema circular, onde as
matrizes procedem sobre ele em um movimento rotatório.
As matrizes também são presas a um sistema de garras que giram sobre os berços e
efetuam a estampagem, conforme já explicado.
Trata-se de um sistema bastante empregado para a estampagem de peças fechadas.
Isto não deve ser problema genérico de todos equipamentos, mas é um ponto
importante a ser observado, caso você tenha interesse em adquirir um equipamento
rotativo do tipo manual.
Já as mesas rotativas automatizadas geralmente são precisas, só é preciso avaliar
alguns critérios, como o tipo de tinta que vamos utilizar, o sistema de secagem, a
manutenção do equipamento, assim como os detalhes relacionados à assistência
técnica.
O processo das matrizes girando por meio de um sistema em carrossel foi
desenvolvido com o propósito de permitir que uma peça seja estampada logo após a
outra.
Para isto, muitos fabricantes desenvolveram sistemas de secagem intermediária, para
que fosse possível, além de trabalhar sobre fundos claros, trabalhar também sobre
fundos escuros.
Em se tratando de registro, para que se entenda melhor a colocação anterior, é
importante saber que o registro das máquinas rotativas manuais é feito por meio de
um sistema que segura os braços quando estão abaixados sobre os berços.
Este provavelmente é o maior problema encontrado nas máquinas rotativas do tipo
carrossel.
Quanto ao sistema de secagem intermediário aplicado nestes equipamentos, é
importante dizer que apenas os sistemas automatizados apresentam sistema de
secagem intermediária.
No caso dos equipamentos manuais, geralmente a secagem fica por conta de um
soprador térmico ou ao ar natural.
Mesa Corrida
As mesas corridas também são divididas em dois grupos, as do tipo corrida aberta e
as do tipo corrida com berço.
No caso das do tipo corrida aberta, o processo consiste na utilização de uma mesa
larga e comprida, forrada com espuma e revestida com um oleado, material similar
ao corvin.
Sobre este oleado, é aplicada uma cola permanente para manter a peça presa
durante o processo de estampagem.
Este processo consiste em um estampador que posiciona a matriz no sistema de
registro, feito por meio de trilho preso na mesa.
Ao trilho, são presos morcetes que permitirão o encosto da matriz para um controle
vertical da imagem.
Na matriz são colocados dois parafusos com contra-porca para controlar o encosto no
trilho na forma horizontal da imagem.
E ainda é colocado, entre estes parafusos, um parafuso transversal conhecido como
chaveta da imagem a ser estampada.
No caso da mesa corrida com berço, é colocada uma série de berços presos a um
sistema de trilho.
O sistema de berço pode ter os berços construídos em base de oleado, como na mesa
aberta, ou em alumínio, onde se utiliza um sistema de secagem térmico.
O sistema de secagem térmico também vem sendo utilizado nas mesas abertas, o
sistema de secagem consiste na colocação de resistência elétrica (dessas de
aquecedores de ambiente) embaixo da espuma e do oleado, proporcionando um
aquecimento na mesa.
Veja na figura abaixo um modelo de mesa corrida com secador calorífico.
Sistema de placas
O sistema de placas consiste na utilização de placas de cartão grosso ou materiais
como, por exemplo, placas de poliestireno, sobre os quais são presas as peças a
serem estampadas, por meio de cola permanente.
Assim, as peças são colocadas, depois levadas à mesa de estampar e presas por meio
de registro de encontro.
O sistema de impressão é o mesmo utilizado na serigrafia gráfica, que funciona por
meio de garras em que se prende a matiz.
Em termos de registro das cores, apesar de ser feito através de um procedimento
manual, o sistema de placas proporciona bastante precisão.
As placas são posicionadas na mesa por meio de encosto.
Neste caso, a qualidade do trabalho tem grande dependência na habilidade do
operador mas, mesmo assim, geralmente apresenta resultados muito satisfatórios.
A secagem intermediária deste processo também é bastante simples e confortável,
pois, uma vez que a tinta foi depositada no tecido, a placa pode ser retirada da mesa
e colocada em um lugar especial, para que processe a secagem de maneira
horizontal.
Veja um demonstrativo do sistema de placas.
As placas podem ser usadas para estampagem de peças abertas e fechadas.
Impressão de camisetas
No caso da impressão de camisetas devemos usar uma mesa térmica que possua
berços térmicos de secagem automática.
Embora exista a indicação de mesa térmica, pode ser uma mesa comum e a secagem
ser feita ao ar livre, mas neste caso, a impressão deverá ser feita em dias de sol.
Ou usar uma mesa rotativa de 2,
4 ou 6 cores, onde em cada garra,
fique presa a matriz
correspondente a uma
determinada cor.
Impressoras de bonés
As impressoras de bonés são equipamentos especialmente desenvolvido para
impressão serigrafia de bonés.
Como exemplo, citamos a impressora manual de Boné da Otiam, essa impressora
possui estação única de impressão a quatro cores e é capaz de imprimir os mais
diversos tipos de bonés fechados.
São três as partes principais da impressora:
1) A base que suporta todas as partes
2) A cabeça da impressora, que segura as telas e gira para o lugar da impressão.
3) O fixador do boné, que sincroniza o movimento dos rodos através da superfície do
boné.
Os grampos de telas (as garras) são em alumínio com exclusivo sistema de micro
ajuste, que permite a movimentação precisa da matriz em todas as direções para
encaixe das cores.
Possui ainda, o ajuste do paralelismo da moldura e da altura da tela, e o tensionador
de ar, que permite a fácil colocação e perfeito encaixe do boné.
Vamos ver como é o aspecto de algumas máquinas usadas em estamparias
serigráficas.
Ao lado a impressora
Manual de Bonés Otiam.
Este é um tipo de máquina
que requer pouca
manutenção por ter sua
construção robusta e guias
lineares que possibilitam
um tempo de vida maior
com performance sem
falhas.
Máquina para impressão de
camisetas de 1, 2, 4 3e 6
cores com e sem gabinete.
Limpeza
Após a impressão, pegue o restante da tinta que sobrou na matriz e coloque na lata.
A limpeza dos materiais usada sempre deverá ser feita com o solvente da tinta usado.
Quando usar as tintas a base de água, a limpeza será feita com água, em um local
apropriado, onde tenha água corrente, se julgar necessário, use uma esponja para
esfregar.
A limpeza com solvente torna-se mais demorada e difícil, devendo ser usada uma
estopa de algodão embebida no solvente.
Esfregue a estopa dos dois lados da tela, assim que a estopa for absorvendo a tinta,
troca-se, pegando outra.
Use quantas estopas forem necessárias, até limpar completamente a tela.
Água e solvente não combinam, mas pode ser usada a técnica de amolecer a tinta
com solvente, e com jatos de água lavar a matriz, e em seguida limpar o restante
com solvente.
Isso é o mesmo que dizer que pode ser misturado solvente da tinta na água afim de
aumentar a durabilidade do solvente e conseqüentemente economizar alguns
trocados.