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CURSO ANUAL DE MATEMÁTICA

AULA 17 – Prof. Raul Brito

ESTATÍSTICA I

Variável e Tabelas de Sequências

A estatística é um conjunto de técnicas e métodos de pesquisa que envolve o planejamento do experimento a ser
realizado, a coleta qualificada dos dados, a inferência, o processamento e a análise das informações.
Grande parte das informações divulgadas pelos meios de comunicação provém de pesquisas e estudos estatísticos.
Veja os exemplos.
Exemplo 1:

Exemplo 2:

Exemplo 3:
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2

Exemplo 4:

Os censos demográficos
A estatística também é utilizada para levantar informações sobre uma população inteira, como ocorre nos censos
demográficos.

Os censos produzem informações indispensáveis para a definição de políticas públicas estaduais e municipais e para a
tomada de decisões de investimentos, tanto no âmbito público como no privado. Entre os principais usos dos resultados
censitários, pode ser citados:
 Acompanhar o crescimento, a distribuição geográfica e a evolução de características da população;
 Identificar áreas que requerem investimentos prioritários em saúde, habitação, energia, educação, transporte,
assistência ao idoso etc.;
 Identificar áreas carentes em projetos sociais;
 Fornecer informações precisas à União para o repasse de verbas para estados e municípios;
 Analisar o perfil da mão de obra nos municípios e transmitir essas informações às organizações sindicais e
profissionais, favorecendo decisões acertadas de investimentos do setor privado.

Exemplo 5:
O público em grandes eventos
O brasileiro está acostumado a comparecer e participar de grandes eventos e festas públicas que ocorrem em todo o
país nas mais diversas comemorações. Como exemplo de festas que reúnem um grande público, podem ser citados:
 Réveillon na Praia de Iracema, em Fortaleza.
 Carnaval de rua de Salvador, na Bahia; e de Olinda, em Pernambuco.
 Festa do Círio de Nazaré, em Belém do Pará.
 Festival de Parintins, no Amazonas.
 Festas de São João em Caruaru, em Pernambuco; e em Campina Grande, na Paraíba.

Como saber quantas pessoas estão presentes nesses eventos?


Assim, é necessário fazer estimativas. E como elas são feitas?
Em geral, as dimensões da região ocupada pelo evento são previamente conhecidas e sua área (A) pode ser calculada.
Em seguida, delimita-se uma parte dessa região cuja área (a) também pode ser calculada e, nessa parte menor, é feita a
estimativa do número de pessoas. Essa contagem aproximada pode ser feita, por exemplo, com auxílio de fotografias
tiradas de um helicóptero que sobrevoe o evento. Costuma-se também usar a consagrada aproximação de 4 pessoas
por metro quadrado, ou algo em torno disso, embora, em algumas situações, possa haver mais do que isso.
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a
Por fim, comparando-se a área a com a área total do evento A, obtêm-se uma razão e, por meio dela, é possível
A
estimar o número total de pessoas presentes no evento.
Todos os números divulgados sobre eventos públicos devem ser aceitos com uma margem de erro, uma vez que, além
das incertezas naturais do processo de estimativa, há outros fatores que devem ser considerados:
 O horário em que são feitas as estimativas, já que, em geral, o fluxo de pessoas não é constante durante todo o
evento, havendo horário de pico.
 A suposição de que as pessoas estejam uniformemente distribuídas em toda a região do evento, o que nem sempre
ocorre.
 As divergências entre os processos e as estimativas usadas pela Polícia Militar e pela organização do evento.
De qualquer forma, da próxima vez que você participar de um evento público, pense nessas questões e, se possível,
tente estimar a ordem de grandeza do número de pessoas presentes.

População

Ao fazer uma coleta de dados sobre determinado assunto, chama-se de universo estatístico ou população estatística
o conjunto formado por todos os elementos que possam oferecer dados pertinentes ao assunto em questão. Cada
elemento da população estudada é denominada unidade estatística.
Veja:
População estatística Unidade estatística
100 alunos que estudam em uma escola Cada aluno que estuda nessa escola
Clubes campeões brasileiros de futebol Cada clube campeão brasileiro de futebol.

Amostra

Quando o universo estatístico é muito vasto ou quando não é possível coletar dados de todos os seus elementos, retira-
se desse universo um subconjunto, chamado de amostra, e os dados são coletados nessa amostra.
Exemplo:
Para conhecer a estrutura média da mulher brasileira, adotam-se os critérios a seguir na escolha da amostra:
 Escolhem-se aleatoriamente apenas mulheres adultas;
 Escolhem-se aleatoriamente mulheres em todas as regiões do Brasil;
 A quantidade de mulheres deve ser proporcional à quantidade de mulheres das várias regiões;
 Em cada região, escolhem-se mulheres de todas as classes sociais;
 A quantidade de mulheres em cada região deve ser proporcional à quantidade de mulheres das várias classes
sociais.

Variável

A observação da população é dirigida ao estudo de uma dada propriedade ou característica dos elementos dessa
população. Essa característica pode ser:
 Qualitativa – Se os valores tomados são numéricos, como raça, área de estudo, meio de transporte etc.
 Quantitativa – Se os valores tomados são numéricos, como a altura, o peso, o preço de um produto etc.

Uma característica quantitativa também se chama variável estatística ou simplesmente variável. Cada valor que essa
variável pode assumir é chamado de dado estatístico.

As variáveis estatísticas podem ser:


 Contínuas – Quando podem assumir qualquer valor do intervalo da variação. Por exemplo, na determinação das
alturas dos adolescentes de uma escola, a variável “altura” é contínua.
 Discretas – Quando só podem assumir valores inteiros. Por exemplo, na determinação do número de sócios de um
certo clube, a variável “número de sócios” é discreta.

Distribuição de Frequência

Dados Brutos
Considera-se as notas de 40 alunos de uma classe de 2ª série do Ensino Médio:

1 8 4 9 6,5 6 9 10 2 3
8,5 4 9 6 5 5,5 6,5 9 8 7
4,5 6 6,5 7,5 5 6 5,5 8 9 8
6 7 8 9 10 3 2,5 1,5 4 7
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Colocando esses dados em ordem crescente, obtém-se uma nova tabela, denominada rol:

1 1,5 2 2,5 1 3 4 4 4 4,5


5 5 5,5 5,5 6 6 6 6 6 6,5
6,5 6,5 7 7 7 7,5 8 8 8 8
8 8,5 9 9 9 9 9 9 10 10

Agora, é possível estabelecer a amplitude do rol, que é a diferença entre o maior e o menor valor. No caso, tem-se
10 – 1 = 9 como amplitude do rol.
O número de vezes que um determinado valor se repete é denominado frequência absoluta desse valor. É possível,
então, formular uma nova tabela na qual associa-se cada valor à sua frequência.

Notas Frequência
1 1
1,5 1
2 1
2,5 1
3 2
4 3
4,5 1
5 2
5,5 2
6 5
6,5 3
7 3
7,5 1
8 5
8,5 1
9 6
10 2

A tabela continua ainda muito extensa. Pode-se, então, agrupar as notas em intervalos de 0 a 2 (0 |― 2, fechado em 0 e
aberto em 2, que não é do intervalo), de 2 a 4 (2 |― 4), de 4 a 6 (4 |― 6), de 6 a 8 (6 |― 8) e de 8 a 10 (8 |―| 10 fechado
em 8 e em 10, pois ambos fazem parte do intervalo). Observe:

Notas Frequência
0 |― 2 2
2 |― 4 4
4 |― 6 8
6 |― 8 12
8 |―| 10 14

Chamamos essa tabela de distribuição de frequência com intervalos de classe.

Na distribuição feita há cinco intervalos de classe (0 |― 2, 2 |― 4, ..., 8 |―| 10). Cada intervalo de classe tem amplitude
2 (2 – 0 = 4 – 2 = ... = 10 – 8).
Os extremos de cada classe são chamados de limites, que podem ser inferiores ou superiores. Assim, 0, 2, 4, 6 e 8 são
limites inferiores, e 2, 4, 6, 8 e 10 são limites superiores.
O ponto médio de cada intervalo de classe é obtido pela média aritmética dos limites inferiores e superiores da classe.
São pontos médios os valores 1, 3, 5, 7 e 9.
Há também a frequência relativa ou percentual (Fr), na qual à frequência total. Já a frequência acumulada (Fa) de
cada classe é dada pela soma das frequências de todas as classes, desde a primeira até a classe considerada.
Veja uma tabela com tais frequências:
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Frequência relativa Frequência Frequência relativa


Notas Frequência absoluta
(Fr) % acumulada (Fa) acumulada (Fra)
2
0 |― 2 2  0,05  5% 2 5%
40
4
2 |― 4 4  0,10  10% 4+2=6 10% + 5% = 15%
40
8
4 |― 6 8  0,20  20% 8 + 6 = 14 20% + 15% = 35%
40
12
6 |― 8 12  0,30  30% 12 + 14 = 26 30% + 35% = 65%
40
14
8 |―| 10 14  0,35  35% 14 + 26 = 40 35% + 65% = 100%
40
Total 40 100% 40 100%

Gráficos

Uma distribuição de frequências pode ser representada de várias maneiras. Veja, a seguir, os possíveis tipos de
gráficos.

Histograma
Em um histograma são utilizados retângulos contínuos, um para cada intervalo. A base de cada um deles representa a
amplitude do intervalo considerado, e a altura de cada um deles corresponde à frequência.
Veja, a seguir, o histograma construído a partir das informações dadas no exemplo anterior, no qual se considera as
notas de 40 alunos da 2ª serie do Ensino Médio.

Polígono de Frequência
Em um histograma, se os pontos médios da parte superior de cada retângulo forem ligados e a figura for fechada como
se existissem mais dois intervalos com frequência zero, um antes do primeiro retângulo e outro após o último, o
resultado será uma figura chamada polígono de frequência.
A seguir, há o polígono de frequência construído ainda com as informações dadas no exemplo anterior.
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Gráficos de Setores
No gráfico de setores, também chamado de disco ou pizza, um círculo é dividido em setores circulares, cada um deles
correspondendo a um dos intervalos.
No exemplo que está sendo estudado, há 10 intervalos e, dessa forma, 10 setores. Como o total de alunos é 40 e o
ângulo central total do círculo tem 360º, cada aluno, representa 9º do círculo.
Veja, na tabela a seguir, os cálculos feitos para determinar cada um dos setores circulares.

Intervalo Frequência Cálculo Setor circular


0  nota < 1 1 1 . 9º 9º
1  nota < 2 2 2 . 9º 18º
2  nota < 3 2 2 . 9º 18º
3  nota < 4 3 3 . 9º 27º
4  nota < 5 5 5 . 9º 45º
5  nota < 6 6 6 . 9º 54º
6  nota < 7 8 8 . 9º 72º
7  nota < 8 6 6 . 9º 54º
8  nota < 9 4 4 . 9º 36º
9  nota  10 3 3 . 9º 27º
Total 40 360º

A seguir, há o gráfico de setores construído a partir das informações apresentadas.

Gráfico de Barras
O gráfico a seguir, formado por barras horizontais, relaciona os países que possuem maior número de usuários de
internet.
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No gráfico seguinte, formado por barras verticais, estão relacionados diversos itens de consumo presentes nos quase
51 milhões de domicílios existentes em todo o país, de acordo com os dados do IBGE.

Ogiva
Trata-se de um gráfico de linha, semelhante ao polígono de frequência, no qual são consideradas as frequências
acumuladas. Veja o exemplo para a distribuição dada a seguir.

Nas ogivas, por indicarem a frequência acumulada, é registrada a frequência nula para o limite inferior da primeira
classe. Em seguida, registram-se os limites superiores de todas as classes, em ordem crescente, da primeira à última.

Pictogramas
Nesse tipo de gráfico, são usadas figuras para ilustrar ou quantificar as informações.
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Mediana

De uma lista de valores, chama-se mediana o valor que tem a seguinte propriedade: metade das observações é maior
ou igual, e a outra metade é menor ou igual a este valor. Em termos intuitivos, a mediana é o valor central entre os
observados.
Veja os exemplos a seguir:

Exemplo 1:
As alturas dos cinco jogadores de basquete de uma escola são: 1,97; 1,76; 1,83; 1,94; 1,81.
Escrevendo o rol desses dados, tem-se: 1,76; 1,81; 1,83;
 1,94; 1,97 . Desse modo a mediana Md = 1,83.
mediana

Exemplo 2:
As alturas dos seis atletas de vôlei de uma escola são: 1,87; 1,79; 1,83; 1,90; 1,81; 1,90.
Escrevendo o rol desses dados, tem-se: 1,79; 1,81; 1,83; 1,87;
 1,90; 1,90. Assim, a mediana é:
valores centrais
1,83  1,87 3,7
Me    1,85
2 2
Considere x1  x2  ...  xn os n valores ordenados de uma variável x.
A mediana desse conjunto de valores – indicados por Md – é definida como se observa a seguir.

 x n  e , se n é ímpar
  
  2 

Me   x    x  , se n é par
  n   n  1
 
 2   2  

 2

Moda
De um conjunto de dados, denomina-se moda o valor que aparece mais vezes no conjunto.
Exemplo: As idades, em anos, dos jogadores de um time de futebol são 16, 17, 18, 17, 20, 18, 19, 16, 19, 19 e 20. Como
a idade que mais aparece é 19 anos, Considera-se que a moda é 19 e a amostra é unimodal.

Quando existem duas modas, diz-se que a amostra é bimodal. Quando existem três modas, a amostra é trimodal.

Leitura Complementar

Jogadores e dados

Certos eventos, como uma partida de vôlei ou de futebol, são imprevisíveis. Mesmo assim, técnicos usam a
estatística para tomar decisões inteligentes e melhorar as chances do time.
Videntes fazem previsões ousadas, mas difíceis de ligar a um evento específico, do tipo “um Sol brilhará na aura
da política brasileira”. Aí quando um político faz alguma coisa bacana, o vidente grita: “Eu avisei!” O estatístico é uma
espécie de vidente também, mas ele faz previsões modestas e técnicas. Em um jogo de vôlei, por exemplo, se no time
do Brasil estiverem os jogadores Murilo Endres e Leandro Vissotto, o estatístico consegue prever: o Murilo deve agir
menos dentro de quadra, e deve fazer menos pontos, mas, na média, ele ajudará mais o time do Brasil – porque errará
menos e dará menos oportunidades ao adversário. O Leandro deve agir mais, e fazer mais pontos, mas ele errará mais
– em média.
O Brasil se tornou uma potência de vôlei: 317 medalhas de ouro, 199 medalhas de prata, 178 medalhas de
bronze. Mas o Brasil só se tornou potência porque usa, desde 1986, as ferramentas da estatística, como conta Sandra
Caldeira, ex-jogadora de vôlei profissional – formada em Estatística.
Até 1986, todo mundo no Brasil avaliava jogadores de vôlei com base em achismos. Mas José Carlos Brunoro,
na época, assistente-técnico da equipe masculina adulta, queria reunir dados sobre os jogadores brasileiros e
estrangeiros, especialmente os jogadores de Cuba, Itália, Rússia e Estados Unidos. Para ganhar os times tão
organizados, dizia José Carlos, era preciso reorganizar o modo como o Brasil administrava seus times. Para mudar a
gestão, era preciso coletar números. E aí Sandra Caldeira aceitou o convite: ela usaria sua experiência como jogadora e
seus conhecimentos de estatísticas para montar um sistema de avaliação de jogadores brasileiros e estrangeiros.
“Naquela época”, diz Sandra, “fazíamos todo o trabalho na calculadora e preenchíamos as planilhas a lápis.”
Hoje, a equipe técnica dos times profissionais usa computadores para estudar duas características de cada
jogador: eficácia e eficiência. Cada jogador em quadra toma iniciativas: saca, bloqueia, levanta, ataca. Quanto mais
eficaz o jogador, mais ele converte suas iniciativas em pontos para seu time. Quando mais eficiente o jogador, menos
ele erra, ou seja, menos pontos ele entrega ao time adversário. Um jogador A pode ser mais eficaz que o jogador B,
porque converte mais iniciativas em pontos; mas pode ser menos eficiente que o jogador B, porque erra mais.
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Murilo Endres, por exemplo, foi eleito o melhor jogador do Campeonato Mundial de Vôlei Masculino de 2010,
realizado na Itália. Durante o campeonato, ele tomou a iniciativa 186 vezes, das quais em 89 vezes ele marcou pontos;
em compensação, errou 22 vezes, ou seja, o adversário marcou 22 pontos por causa de seus erros. Sua eficácia ficou
em 47,85%, e sua eficiência, em 36%.
Seu colega Leandro Vissotto, um dos melhores jogadores da nova safra, tomou iniciativa 201 vezes, e marcou
pontos 101 vezes; mas em compensação, errou 36 vezes. Sua eficácia, de 50,24%, foi maior que a de Murilo Endres,
mas sua eficiência foi menor: 32,34%. Por isso, Murilo embolsou alguns milhares de dólares a mais que Leandro.
Membros da equipe técnica fazem contas assim para cada um dos “fundamentos do jogo”, como eles dizem:
saques, bloqueios, passes, fintas, largadas. Eles contam o numero total de ações (por exemplo, saques), o numero total
de acertos (pontos para o time brasileiro), o numero total de erros (pontos para o time adversário) e fazem as contas,
usando fórmulas de eficácia e eficiência. Os jogadores se revelam mais ou menos eficazes em cada um dos
fundamentos.
Eficácia e eficiência no vôlei profissional
P P E
E1  ,E2 
I I
Em que:
E1 = eficácia
E2 = eficiência
P = pontos para o próprio time
E = erros que resultem em pontos para o time adversário
I = iniciativas dentro de campo

Exemplos do Mundial de Vôlei Masculino 2010:


Murilo Endres (30 anos)
89 89  22
E1   47,85%,E2   36%
186 186
Leandro Vissotto (28 anos)
101 101 36
E1   50,24%,E2   32,34%
201 201
Em linguagem corrente: Leandro Vissotto age mais dentro de campo e, em razão de suas ações, o time faz mais
pontos. Mas o Leandro erra mais, e dá ao time adversário a chance de fazer pontos – por isso ele é menos eficiente que
o Murilo, um jogador que age menos e converte menos ações em pontos, mas, em compensação, erra menos.

Cuidado com as comparações indevidas


Richard Jaeger, um autor americano, diz que existem três personagens importantes na Estatística: quem coleta
os números, quem faz as contas e quem lê.
Coletar números sobre fenômenos complexos é difícil. Se duas pessoas vão ao estádio só para contar o número
de chutes a gol, as duas vão sair com números diferentes. “O quê?! Você contou aquele chute desanimado como chute
a gol? O jogador chutou sem rumo, e a bola foi mais ou menos na direção do gol por coincidência.” A outra pessoa
responderá: “Chute a gol é chute a gol, seja desanimado ou não, seja intencional ou não.” Pronto: dois jeitos de
interpretar a realidade resultam em dois números distintos.
Depois, coletados os números, chega a vez do matemático fazer as contas. Se o matemático for jovem, recém-
saído da faculdade, ele dará preferência para umas ferramentas da estatística. Se for velho e experiente, dará
preferência para outras ferramentas, ou talvez até use ferramentas de outros campos da matemática, como topologia
algébrica ou sistemas dinâmicos.
E aí vem o leitor. Se existem 99% de chances de que o Brasil ganhe da Holanda, um leitor sem noções de
estatística vai achar que o jogo já está ganho. Vuvuzela nos laranjinhas! O leitor com noções, contudo, sabe que 1% de
chance é suficiente para que o Brasil perca o jogo.

Os erros mais comuns


 Dizer que um time não ganha do outro há 15 anos, quando, nos últimos 15 anos, os dois times só jogaram duas
vezes.
 Comparar um time de 1970, com Pelé e Tostão, com um time de 2011, com Alexandre Pato e Nilmar. Os dois times
são incomparáveis, ou melhor, só são comparáveis de brincadeira.
 Achar que, se um jogador faz 5 gols a cada 100 chutes a gol, e se ele está para chutar para gol, sua chance de fazer
gol é mínima. Na ponta do lápis, sua chance é de 5% - ou seja, sua chance de fazer gol é de 2.503.193 vezes maior
que sua chance de acertar na Mega Sena, caso tenha jogado.
 Dizer que um jogador está em uma boa fase ou em uma fase ruim quando, fazendo as contas, ele está na média. Se
a eficiência do jogador Murilo Endres é de 36%, significa que, a cada 100 iniciativas, ele pode errar 24 seguidas. Será
execrado pelos torcedores. Mas aí ele pontua 60 vezes seguidas. Será adorado pelos torcedores. O tempo todo, a
taxa de eficiência permaneceu cravada em 36%.
“Jogadores e dados”. Revista Cálculo, São Paulo, Editora Segmento. Ano 1. N. 4. P. 38-43.
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ESTATÍSTICA III

Medidas de Dispersão

As medidas de dispersão têm por objetivo avaliar quão espalhadas estão as observações de uma variável em torno de
seus valores centrais. A medida de dispersão mais utilizada é o desvio padrão, que está relacionado com a média
aritmética; mas também é utilizado outro indicativo, denominado variância.
Desvios

A tabela a seguir mostra o boletim de um aluno com suas notas de Matemática durante o ano letivo.
Bimestre Notas
1º Bimestre 5
2º Bimestre 8
3º Bimestre 6
4º Bimestre 9

Calculando a média aritmética das notas desse aluno, obtém-se:


5  8  6  9 28
x  7
4 4
Serão calculadas, agora, as diferenças entre cada uma das notas e a média. Essas diferenças são chamadas de
desvios.¨
x1  x  5  7   2
x2  x  8  7  1
x3  x  6  7   1
x4  x  9  7  2

Desvio Relativo
Chama-se desvio relativo de um elemento xi, de uma amostra de números x1, x2, x3, ..., xn o número Dr(xi), tal que:
Dr  xi   xi  x , em que x é a média aritmética dos números x1, x2, x3, ..., xn.

Exemplo:
As idades das jogadoras do time de basquete do colégio são: 15, 16, 14, 17 e 18. Dessa amostra, tem-se que:
15  16  14  17  18
 a média aritmética (em anos) é x   16;
5
 o desvio relativo (em anos) do elemento 15 da amostra é Dr(15) = 15 – 16 = –1;
 o desvio relativo (em anos) do elemento 15 da amostra é Dr(18) = 18 – 16 = 2;
 o desvio relativo (em anos) do elemento 15 da amostra é Dr(16) = 16 – 16 = 0.

Tome Nota
Se o desvio relativo de um elemento xi é:
I. positivo, então xi está acima da média;
II. negativo, então xi está abaixo da média;
III. zero, então xi é igual à própria média.

Desvio Absoluto
Chama-se desvio absoluto de um elemento xi de uma amostra de números x1, x2, x3, ..., xn o número Da (xi), tal que:
Da  x i   x i  x .
Exemplo:
As idades das jogadoras do time de basquete do colégio são: 15, 16, 14, 17 e 18. Nessa amostra, observa-se que
x = 16 anos.
Assim, tem-se que:
 o desvio absoluto (em anos) do elemento 15 da amostra é Da(15) = |15 – 16| = |–1| = 1;
 o desvio absoluto (em anos) do elemento 18 da amostra é Da(18) = |18 – 16| = |2| = 2;
 o desvio absoluto (em anos) do elemento 16 da amostra é Da(16) = |16 – 16| = |0| = 0.
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Desvio Médio Absoluto


Chama-se desvio médio absoluto (Dma) de uma amostra de número x1, x2, x3, ..., xn a média aritmética entre os desvios
absolutos de todos os seus elementos. Isto é:
n
 xi  x
i1
Dma 
n

Exemplo:
As idades das jogadoras do time de basquete do colégio são: 15, 16, 14, 17 e 18. Dessa amostra observa-se que
x = 16 anos.
De acordo com a fórmula do desvio médio absoluto, tem-se:
15  16  16  16  14  16  17  16  18  16 1 0  2  1 2
Dma   Dma   1,2
5 5

Logo, o desvio médio absoluto é 1,2 ano.

O desvio médio absoluto é uma medida associada à amostra como um todo. Quando, no exemplo anterior, foi dito que
Dma = 1,2 ano, estava-se afirmando que, em média, os elementos da amostra se afastam 1,2 ano da média aritmética,
para cima ou para baixo.

Desvio Padrão
Uma das medidas mais usadas para aferir a dispersão dos elementos de uma amostra de números em relação à média
aritmética é o desvio padrão, simbolizado pela letra (sigma) e definido da seguinte maneira:

n
 xi  x 
2

i1
 , em que x é a média aritmética entre os números x1, x2, x3, ..., xn.
n

Exemplo:
As idades das jogadoras do time de basquete do colégio são: 15, 16, 14, 17 e 18. Dessa amostra, tem-se:
(15  16)2  (16  16)2  (14  16)2  (17  16)2  (18  16)2
x  16 anos e   
5
(1)2  02  (2)2  (1)2  (2)2
  2    1,41 ano
5

O desvio padrão, assim como o desvio médio absoluto, é uma medida associada à amostra como um todo, e não a cada
elemento individualmente. O desvio padrão, assim como o desvio médio absoluto, mede o quanto os elementos estão
próximos ou afastados da média.

Variância

Chama-se variância de uma amostra de números x1, x2, x3, ..., xn o quadrado do desvio padrão, isto é:

n
  xi  x
2

i 1
2 
n

Uma fábrica de aviões possui filiais F1, F2, F3 e a produção destas, de janeiro a junho de um determinado ano,
encontra-se na tabela a seguir.

Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho


F1 6 7 5 5 6 7
F2 2 9 1 4 12 8
F3 6 6 6 6 6 6
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Por meio desse quadro, é possível perceber que, na F1, a quantidade de aeronaves produzidas não é constante a uma
variância entre os meses subsequentes. O mesmo ocorre na F2, porém a diferença entre unidades produzidas de um
mês para outro é maior, e finalmente na F3 a produção se mantém constante nos meses em amostra.
Como saber qual tem uma maior e menor variância?
A variância é a média aritmética dos quadrados dos desvios em relação à média.
Para realizar tal cálculo, primeiro efetua-se a média aritmética da produção de cada filial.

6  7  5  5  6  7 36
F1: x   6
6 6
2  9  1  4  12  8 36
F2: x   6
6 6
6  6  6  6  6  6 36
F3: x   6
6 6

Em seguida, eleva-se ao quadrado cada desvio e calcula-se a média aritmética dos desvios.
(6  6)2  (7  6)2  (5  6)2  (5  6)2  (6  6)2  (7  6)2
F1:  2   0,66
6
(2  6)2  (9  6)2  (1  6)2  (4  6)2  (12  6)2  (8  6)2
F2:  2   15,66
6
(6  6)2  (6  6)2  (6  6)2  (6  6)2  (6  6)2  (6  6)2
F3:  2  0
6
Assim, por meio dos cálculos, é possível concluir que aquela filial que mantém sua produção constante tem uma menor
variância, no caso a F3; já a filial que mantém a produção mais irregular tem uma maior variância.

Exemplo:
Nas amostras 184, 179, 190, 181 e 178 das massas, em gramas, de cinco barras de chocolate, tem-se que:
184  179  190  181  178
2   128,4  x  182,4g e
5
(184  182,4)2  (179  182,4)2  (190  182,4)2  (181  182,4)2  (178  182,4)2
2 
5
(1,6)2  (3,4)2  (7,6)2  ( 1,4)2  (4,4)2
2 
5
2,56  11,56  57,76  1,96  19,36
2   18,64   2  18,64g2
5

A desvantagem em se usar a variância como medida de dispersão é que, se os elementos da amostra se apresentam
em uma unidade u (grama, por exemplo), a variância se apresenta na unidade u2, o que pode causar dificuldade de
interpretação. No exemplo anterior, como interpretar g2? Para contornar essa dificuldade, é mais conveniente, nesse
caso, usar o desvio padrão, cuja unidade de medida é a mesma dos elementos da amostra.
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EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM

Questão 01
Um professor de Educação Física escolheu 30 atletas para
disputar os Jogos Abertos do Interior. Anotou as suas
idades e, com os dados da distribuição de frequência,
construiu o histograma a seguir.

Faça um gráfico de setores de acordo com os dados


apresentados no gráfico de barras anterior.

Questão 02
O gráfico a seguir mostra em quais estados brasileiros os
alunos de uma escola de São Paulo viajaram para
passarem férias.

a) Que estado recebeu o maior número de alunos?


b) Se 120 alunos foram para o Rio de Janeiro, quantos
alunos passaram férias em Minas Gerais?

Questão 03
Uma fábrica de brinquedos de madeira trabalha de forma
artesanal. Para uma determinada peça, colheram-se 20
amostras, que foram medidas em centímetros, encontrando-
se os seguintes comprimentos:

32,3 32,3 32,4 32,9 32,5


32,4 32,6 32,8 32,6 32,4
32,2 32,7 32,8 32,5 32,6
32,5 32,4 32,7 32,5 32,5

Faça uma tabela de distribuição de frequência, utilizando


um intervalo para cada valor distinto encontrado, e a
representação gráfica, por meio de um histograma, do
polígono de frequência e de um gráfico de setores.
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Questão 04
Em um dia de pesca nos rios do Pantanal, uma equipe de
pescadores anotou a quantidade de peixes capturados de
cada espécie e o preço pelo qual eram vendidos a um
supermercado em Campo Grande.

Tipo de peixe Peixe pescado (kg) Preço por quilo


Peixe A 18 R$ 3,00
Peixe B 10 R$ 5,00
Peixe C 6 R$ 9,00

Determine o preço médio do quilograma do peixe vendido


ao supermercado pelos pescadores.

Questão 05
A distribuição dos salários de uma empresa é dada na
tabela a seguir.
Salário (R$) Número de funcionários
500,00 10
1.000,00 5
1.500,00 1
2.000,00 10
5.000,00 4
10.500,00 1
Total 31

Qual é a média, a moda e a mediana dos salários


dessa empresa?

Questão 06
(FUVEST) A distribuição das idades dos alunos de uma
classe é dada pelo seguinte gráfico.

Qual das alternativas representa melhor a média de idade


dos alunos?
a) 16 anos e 10 meses.
b) 17 anos e 1 mês.
c) 17 anos e 5 meses.
d) 18 anos e 6 meses.
e) 19 anos e 2 meses.

Questão 07
(FUVEST-SP) Cada uma das cinco listas dadas é a relação
de notas obtidas por seis alunos de uma turma em uma
certa prova. Assinale a única lista na qual a média das notas
é maior que a mediana.
a) 5, 5, 7, 8, 9, 10
b) 4, 5, 6, 7, 8, 8
c) 4, 5, 6, 7, 8, 9
d) 5, 5, 5, 7, 7, 9
e) 5, 5, 10, 10, 10, 10
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Questão 08
(PUC-SP) O histograma a seguir apresenta a distribuição de
frequência das faixas salariais em uma pequena empresa.

Com os dados disponíveis, pode-se concluir que a média


desses salários é, aproximadamente:
a) R$ 420,00
b) R$ 536,00
c) R$ 562,00
d) R$ 640,00
e) R$ 708,00

Questão 09
A quantidade de erros de digitação por página de uma
pesquisa escolar com quarenta páginas é dada na tabela
seguinte.

Erros por página 0 1 2


Número de páginas 28 8 4

Determine:
a) as medidas de centralidade (média, mediana e moda)
corresponde à quantidade de erros.
b) as medidas de dispersão (variância e desvio padrão)
correspondentes.

Questão 10
As velocidades máximas das cinco voltas dadas em um
teste de Fórmula 1, em km/h, foram: 190, 198, 196, 204 e
202. Nessas condições, determine:
a) a média das velocidades.
b) a variância.
c) o desvio padrão.
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

Questão 01
O gráfico abaixo representa a quantidade aproximada de
animais adotados ao longo de cinco anos em uma
determinada cidade.

Qual foi a média anual de animais adotados, ao longo dos


cinco anos nessa cidade?
a) 350.
b) 380.
c) 390.
d) 410.
e) 440.

Questão 02
Leia o trecho do artigo publicado no Diário de Pernambuco
em 21/11/2012.

A Copa do Mundo é do Nordeste - A Fifa anunciou a


distribuição geográfica do Mundial em 2014, e o Nordeste é
a região do país que mais receberá jogos. Impulsionados
pelo crescimento econômico e pelo potencial turístico,
1
Recife, Natal, Fortaleza e Salvador vão sediar da
3
competição – incluindo dois ou três jogos da seleção
brasileira – que, no entanto, não atuará em Pernambuco
[...].

De acordo com os dados da reportagem, a distribuição dos


64 jogos da Copa do Mundo pode ser representada pelo
gráfico abaixo:
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Com base nas informações, analise as seguintes


afirmativas:
I. O número de jogos da região Nordeste supera o das
regiões Norte, Sul e Centro-Oeste juntas.
II. O número de jogos da região Centro-Oeste corresponde,
aproximadamente, a 6,3% do total de jogos da Copa do
Mundo.
III. A região Nordeste vai sediar, aproximadamente, 91% de
jogos a mais que a região Centro-Oeste.

Está CORRETO o que se afirma, apenas, em


a) II.
b) III.
c) I e II.
d) I e III.
e) II e III.

Questão 03
A média mínima para um aluno ser aprovado em certa
disciplina de uma escola é 6.
A distribuição de frequências das médias dos alunos de
uma classe, nessa disciplina, é dada abaixo:

A porcentagem de alunos aprovados foi:


a) 62%
b) 63%
c) 64%
d) 65%
e) 66%

Questão 04
O gráfico abaixo mostra o registro das temperaturas
máximas e mínimas em uma cidade, nos primeiros 21 dias
do mês de setembro de 2013.
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18

Assinale a alternativa correta com base nos dados


apresentados no gráfico.
a) No dia 13, foi registrada a menor temperatura mínima do
período.
b) Entre os dias 3 e 7, as temperaturas máximas foram
aumentando dia a dia.
c) Entre os dias 13 e 19, as temperaturas mínimas
diminuíram dia a dia.
d) No dia 19, foi registrada a menor temperatura máxima do
período.
e) No dia 19, foi registrada a menor temperatura do
período.

Questão 05
A professora Maria Paula registrou as notas de sete alunos,
obtendo os seguintes valores: 2, 7, 5, 3, 4, 7 e 8. A mediana
e a moda das notas desses alunos são, respectivamente:
a) 3 e 7
b) 3 e 8
c) 5 e 7
d) 5 e 8

Questão 06
O gráfico abaixo apresenta as quantidades de vinho tipos 1,
2 e 3 vendidas em dois distribuidores A e B, no mês de
outubro:

Os preços de venda de cada unidade dos tipos 1, 2 e 3 são


respectivamente R$ 50,00, R$ 40,00 e R$ 30,00. Em
relação à receita total, a receita do vinho tipo 2 no
distribuidor A representa uma porcentagem de
aproximadamente:
a) 24%
b) 22%
c) 20%
d) 18%
e) 16%
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TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


Um levantamento, realizado pelo IBGE em diversas escolas
das capitais brasileiras, apurou onde a prática de bullying é
mais comum, conforme indicado no gráfico abaixo:

Questão 07
Em relação aos dados obtidos nessa pesquisa é correto
afirmar que a média percentual de estudantes que sofrem
bullying, nas capitais brasileiras, é igual a:
a) 38,65% d) 32,92%
b) 35,89% e) 30,66%
c) 33,94%

Questão 08
A composição de uma certa população, por faixa etária, é
verificada na tabela abaixo:

CRIANÇAS JOVENS ADULTOS IDOSOS


(O a 14 anos) (15 a 24 anos) (25 a 60 anos) (+ de 60 anos)
32% 24% 38% 6%

Num gráfico de setores, o ângulo central correspondente à


população de jovens medirá, aproximadamente:
a) 86° d) 67°
b) 54° e) 94°
c) 78°

Questão 09
A lâmpada incandescente atravessou o século XX, mas,
hoje, devido à preocupação com o aquecimento global,
tende a se apagar. Nos anos 90, houve a expansão dos
modelos compactos das lâmpadas fluorescentes; e, em
2008, foi patenteada a lâmpada LED.
O quadro abaixo apresenta os gastos estimados, ao longo
de cinco anos, com o uso desses três tipos de lâmpadas,
para uma casa com vinte lâmpadas.

Incandescente Fluorescente LED


Investimento inicial
R$ 36,00 R$ 700,00* R$ 1500,00
com lâmpadas
Potência média de
consumo das 60W 18W 8W
lâmpadas
Consumo de
6.480 kWh 1944 kWh 1080 kWh
energia
Lâmpadas
110 14 zero
queimadas
Gasto com energia R$ 2628,00 R$ 778,00 R$ 348
Gasto com
R$ 195,00 R$ 140,00 zero
lâmpadas
Total R$ 2859,00 R$ 1618,00 R$ 1848,00
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Com base nessas informações, considere as seguintes


afirmações

I. Quarenta lâmpadas incandescentes custam mais que


uma lâmpada LED.
II. O consumo de energia de uma lâmpada LED equivale
1
a do consumo de energia de uma lâmpada
6
incandescente.
III. Em média, o tempo que uma lâmpada fluorescente leva
para queimar é sete vezes maior que o tempo que uma
incandescente leva para queimar.

Quais estão corretas?


a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas II e III.

Questão 10
A média aritmética entre os divisores primos e positivos do
número 2310 é
a) 5,6.
b) 6,0.
c) 6,3.
d) 6,7.
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GABARITO

Resposta da questão 1:
[D]

300  400  400  450  500


 410.
5

Resposta da questão 2:
[B]

[I] Falsa. De acordo com o gráfico, tem-se que 21  4  9  11  24.

[II] Falsa. O número de jogos da região Centro-Oeste corresponde, aproximadamente, a

11
 100%  17,19%
64

do total de jogos da Copa do Mundo.

[III] Verdadeira. A região Nordeste vai sediar, aproximadamente,

21  11
 100%  91%
11

de jogos a mais que a região Centro-Oeste.

Resposta da questão 3:
[E]

O número de alunos que obtiveram média maior do que ou igual a 6 é igual a 15  9  6  3  33. Portanto, como a
33
classe possui 3  4  4  6  33  50 alunos, segue-se que o resultado pedido é igual a  100%  66%.
50

Resposta da questão 4:
[E]

No dia 19, foi registrada a menor temperatura do período.

Resposta da questão 5:
[C]

Ordenando os valores da série, obtemos 2, 3, 4, 5, 7, 7 e 8. Logo, como a série tem sete valores, segue que Md  5. Por
outro lado, como o valor mais frequente é 7, temos que Mo  7.
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Resposta da questão 6:
[A]

Valor da receita total: 150  50   50   200  100   40   300  100   30  34000


Valor da receita do vinho tipo 2 no distribuidor A: 200  40  8000

8000
Em porcentagem:  23,5%
34000

Logo, a melhor aproximação é 24%.

Resposta da questão 7:
[D]

Supondo que a média percentual pedida refere-se apenas aos estudantes das capitais onde o abuso é mais frequente,
vem

35,6  35,3  35,2  33,3  32,6  32,2  31,6  31,4  31,2  30,8  30,8 360

11 11
 32,73.

Portanto, a alternativa que apresenta o valor mais próximo da média é a [D].

Observação: Considerando apenas 10 capitais no cálculo da média, teríamos

35,6  35,3  35,2  33,3  32,6  32,2  31,6  31,4  31,2  30,8 329,2

10 10
 32,92.

Aparentemente, essa foi a interpretação do examinador. Porém, o gráfico apresenta exatamente 11 capitais.

Resposta da questão 8:
[A]

Da tabela fornecida, sabemos que 24% da população é constituída de jovens. Logo, o ângulo central correspondente à
população de jovens mede, aproximadamente, 24%  360  0,24  360  86,4  86 .

Resposta da questão 9:
[B]

I. Falsa:
R$ 1.500,00
2  R$ 36,00   R$ 72,00  R$ 75,00.
20
II. Verdadeira:
1
 6.480 kWh  1.080 kWh.
6
III. Falsa: se t f denota o tempo que uma lâmpada fluorescente leva para queimar e t i denota o tempo que uma
t f 110
lâmpada incandescente leva para queimar, então   t f  8  ti.
ti 14

Resposta da questão 10:


[A]

2310 = 2.3.5.7.11
2  3  5  7  11
Média =  5,6
5

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