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Semiologia Reumatológica

Estudo dirigido

A principal queixa de um paciente que procura o reumatologista é dor articular. Entretanto,


dor é um sinal de alerta que pode indicar um processo mórbido ocorrendo na estrutura articular ou
em estruturas periarticulares( tendões, bursas, inserção de tendões), ou mesmo ser uma dor
referida em determinada articulação.
Em muitas das doenças da reumatologia a articulação é apenas um dos vários órgãos
alvos atingidos, portanto a busca por sintomas e sinais em outros aparelhos é de fundamental
importância para a elaboração correta do diagnóstico.
Uma anamnese mal conduzida geralmente se caracteriza POR PERGUNTAS FORA DO
CONTEXTO DA QUEIXA DO PACIENTE . Portanto, perguntas diretas seguindo um roteiro
mínimo apresentado a seguir, podem facilitar ao objetivo final de toda anamnese que é a
elaboração de uma hipótese diagnóstica viável para o caso.Os principais componentes da
anamnese e do exame clínico de um paciente com queixa no aparelho locomotor são
relacionados a seguir:

IDENTIFICAÇÃO:

1. SEXO
2. RAÇA
3. IDADE
4. PROFISSÃO

HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL:

É importante explorar a QUEIXA DE DOR do paciente e alguns aspectos


podem revelar padrões que irão auxiliar formulação da hipótese diagnóstica:

1. INTENSIDADE
2. LOCALIZAÇÃO/IRRADIAÇÃO
3. RITMO
4. DURAÇÃO
5. FATORES DESENCADEANTES
6. SINTOMAS ASSOCIADOS
7. PADRÃO DE ENVOLVIMENTO ARTICULAR:
7.1.Número de articulações envolvidas:
Monoartrite/monoartralgia
Oligoartrite/oligoartralgia
Poliartrite/poliartralgia
7.2.Simetria
7.3.Progressão:
Aditiva
Migratória

ANTECEDENTES PESSOAIS:

ANTECEDENTES FAMILIARES:

HABITOS DE VIDA:
INVESTIGAÇÃO SOBRE DIVERSOS APARELHOS:

EXAME FÍSICO

Os princípios gerais do exame reumatológico;

1. Assegure sempre que possível que a articulação a ser examinada está


adequadamente exposta.
2. Assegure que o seu paciente esteja confortável.
3. Lembre-se que dor articular refere-se a articulação em si e as estruturas
periarticulares( cápsula, tendões, ligamentos, bursas)
4. Lembre-se que a dor pode ser referida( infarto/angina com dor em
ombro esquerdo ou cervical; cólica biliar com dor em ombro direito –
coleciscite aguda)
5. Iniciar pela marcha e postura. Tentar estabelecer uma rotina que
sugerimos iniciar pelas mãos seguindo para cotovelos e ombros. Depois
quadris , joelhos e pés e por fim, toda a coluna. Esta seqüência não é,
necessariamente, obrigatória.
6. Os passos no exame físico são: INSPEÇÃO" PALPAÇÃO "
VERIFICAÇÃO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTOS

Inspeção: observar se há
1. sinais inflamatórios (edema, hiperemia)
2. deformidades
3. Trofismo muscular periarticular (atrofias)
4. lesões de pele

Palpação
1. sinais inflamatórios (dor, calor)
 Perceber aumento de volume e a consistência( dura ou macia)
 Perceber as aéreas de maior sensibilidade
 Perceber a temperatura local

2. presença de crepitação (aplicável para algumas articulações)

Amplitude de movimentos:
1. movimento ativo e passivo
2. observar a força muscular

Achados semiológicos em situações clínicas específicas estudar os


conceitos básicos:

1.Osteartrite de Mãos :
Nódulos de Heberden (IFD) e Bouchard (IFP)

2.Osteoartrite de Joelhos:
Deformidades em varo (joelho pra fora < >) e em valgo (joelho pra dentro >
<)
3.Pés:

Hálux Valgo (desvio acentuado do primeiro metatarso)

1. Gota
Doença metabólica caracterizada pela elevação de ácido úrico no sangue
podendo provocar depósito de cristais de monourato de sódio nas articulações
e tecidos periarticulares.
Incidência ocorre entre os 30-50 anos de idade, com predomínio do sexo
masculino (95%). No sexo feminino ocorre geralmente após a menopausa.

QUADRO CLÍNICO
Geralmente manifesta-se como uma artrite iniciada durante a madrugada,
caracterizada por uma inflamação articular evidenciado com calor, rubor,
edema (inchaço) e extrema dor. Mais frequentemente acomete uma única
articulação, principalmente primeira metatarsofalangeana (hálux), dorso do
pé e tornozelo, mas com a evolução da doença qualquer articulação pode ser
acometida.
"Crise" de gota geralmente tem duração de 5 a 7 dias com resolução
espontânea, entrando num período intercrítico (assintomático), até a próxima
crise (período 3 meses a 2 anos). Nos pacientes sem tratamento esse período
intercrítico tende a se tornar progressivamente menor e as crises mais
duradouras; podendo haver acometimento de mais de uma articulação,
podendo se tornar crônica.

Conceito de podagra: é a inflamação da primeira articulação


metatarsofalangina (hálux = dedão do pé) e é a primeira manifestação clínica
da gota.

Tofos gotosos: com a evolução da doença, formam-se congromerados de


cristais de ácido úrico depositados em alguns tecidos, principalmente na borda
da orelha (pavilhão auricular), ponta do nariz e nas superfície das articulações,
principalmente dos cotovelos, dos joelhos, das mãos e dos pés.
2. Artrite Reumatóide
Doença inflamatória sistêmica na qual as alterações são mais acentuadas no
tecido sinovial (membrana e bainha sinovial). É caracterizada por uma
poliartrite simétrica crônica. Doença autoimune de causa desconhecida. Existe
predisposição genética. Predominante em mulheres, 4ª a 5ª.

QUADRO CLÍNICO:
Manifesta-se inicialmente através do surgimento insidioso de mal estar, febre
(eventualmente), cansaço, perda de peso, dor e enrijecimento muscular,
seguido de dor e edema nas articulações periféricas (predominantemente
articulações proximais das mãos e pés). Gradualmente mais articulações são
comprometidas. Pode haver sintomas menos graves e períodos de
exacerbação ou até enquietação. Em alguns casos o inicio pode ser explosivo
(geralmente idoso). Normalmente com bom prognóstico.

Principais deformidades:
 Desvio ulnar dos dedos devido à subluxações das articulações
metacarpo-falangianas.
 Dedo em casa de botão: flexão da interfalangeana proximal e extensão
da distal.
 Pescoço de cisne: extensão da interfalangeana proximal e flexão da
distal
CRITÉRIOS BÁSICOS PARA O DIAGNÓSTICO:
 1º Poliartrite simétrica crônica.
 2º Acometimento das articulações proximais das mãos e pés.
 3º Duração de pelo menos 6 semanas.

3. LES
Doença reumática, caracterizada por uma reação auto-imune que provoca a
inflamação de diversos tecidos do corpo.

INCIDÊNCIA:
Acomete predominantemente mulheres jovens.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
CUTÂNEA - Lesões eritematosas principalmente nas regiões expostas
ao sol. Classicamente compromete as regiões malares da face e dorso do nariz
(lesão em asa de borboleta – RASH MALAR).
VASCULAR – Manifestação mais comum é o fenômeno de Raynaud. As
vasculites ocorrem mais freqüentemente em artérias de pequeno calibre,
afetando sobretudo mucosa oral (ÚLCERAS ORAIS) ou nasal e polpas digitais;
manifestando-se através de ulceras isquêmicas nestas regiões.
ALOPECIA

4. Esclerose sistêmica / Esclerodermia


Doença auto-imune infamatória crônica sistêmica, que provoca fibrose
(proliferação do tecido conjuntivo) e hipotrofia da pele e de diversos órgãos do
corpo.

FENÔMENO DE RAYNAUD: episódio de constrição de pequenas artérias,


desencadeando alterações da cor da pele das extremidades, ora com palidez,
ora com cianose (extremidades roxas), seguidas ou não de hiperemia reacional
(vermelhidão).

ESPESSAMENTO DE PELE (esclerodermia): inicialmente a pele se


apresenta edematosa com aspecto brilhante, principalmente nas mãos, pés e
rosto. Com algum tempo a pele torna-se “dura”, inelástica, sem pelos e aderida.
Na face ocorrem perdas das rugas de expressão, afinamento nasal e labial e
alterações pigmentares.
ESCLERODACTILIA: espessamento simétrico, enrijecimento e induração dos
dedos, pode se mostrar incapacitante. A rigidez cutânea pode limitar a
mobilidade, em especial dos dedos. A capacidade diminuída de flexionar os
dedos totalmente resulta do aumento da distância entre a ponta dos dedos e a
palma da mão.
TELANGIECTASIA: pequenos vasos sanguíneos dilatados próximo a
superfície da pele (aranhas vasculares), na face, mão e mucosa oral.

5. Síndrome de Sjogren:
É uma doença auto-imune crônica, onde o sistema imune do próprio indivíduo
ataca equivocadamente as glândulas exócrinas, em especial, as salivares e
lacrimais.
Xeroftalmia: olhos secos.
Xerostomia: boca seca.

OBSERVAÇÕES:
Este é apenas um roteiro, com itens que devem ser detalhados UM A UM e
relacionados às principais doenças reumatológicas.

Bibliografia sugerida:
1- Livro SEMIOLOGIA MÉDICA- Celmo Celeno Porto
2- Artigo History and physical examination. Anthony D. Woolf. Best
Practice & Research Clinical Rheumatology. Vol. 17, No. 3, pp. 381-402,
2003

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