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Problemas Gerais I - Aula 08

Problema 1. (OBMEP 2a Fase) A caminhonete do Tio Barnabé pode carregar até 2000
quilos. Ele aceita um serviço para transportar uma carga de 150 sacas de arroz de 60 quilos
cada e 100 sacas de milho de 25 quilos cada.

a) Você acha possı́vel que o Tio Barnabé faça esse serviço em cinco viagens? Por quê?

b) Descreva uma maneira de fazer o serviço em seis viagens.

Solução.

a) Tio Barnabé tem que transportar uma carga total de 150 quilos. Como a carga
máxima da caminhonete é 2000 quilos, em cinco viagens Tio Barnabé poderá trans-
portar no máximo 5×2000 = 10000 quilos, faltando ainda 11500 quilos para completar
o serviço. Logo, não é possı́vel fazer o serviço em apenas 5 viagens.

b) Tio Barnabé pode fazer 5 viagens carregando, em cada uma, 30 sacas de arroz e
8 de milho, totalizando 30 × 60 + 8 × 25 = 1800 + 200 = 2000 quilos. Em cinco
viagens, ele levaria 30 × 5 = 150 sacas de arroz e 5 × 8 = 40 sacas de milho, restando
100 − 40 = 60sacas de milho, pesando 60 × 25 = 1500 quilos, que poderiam ser todas
transportadas na sexta viagem.
Outra solução: Tio Barnabé pode fazer 5 viagens levando, em cada uma, 28 sacos de
arroz e 12 de milho, totalizando 28 × 60 + 12 × 25 = 1980 quilos em cada viagem; na
sexta viagem ele pode levar os 10 sacos de arroz e os 40 de milho restantes, totalizando
10 × 60 + 12 × 25 = 1600 quilos.

Problema 2. (OBMEP 2a Fase) Alberto, Beatriz, Carlos, Dulce e Eduardo ainda dormiam
quando sua mãe saiu e deixou uma vasilha com jabuticabas e a instrução para que fossem
divididas igualmente entre eles. Alberto acordou primeiro, pegou 15 das jabuticabas e
saiu. Beatriz acordou depois, mas pensou que era a primeira a acordar e, por este motivo,
pegou 15 das jabuticabas restantes e também saiu. Os outros três irmãos acordaram juntos,
perceberam que Alberto e Beatriz já haviam saı́do e dividiram as jabuticabas restantes
igualmente entre eles.

a) Que fração do total de jabuticabas coube a Beatriz?


POTI - Aritmética - Nı́vel 1 - Aula 07 - Emiliano Chagas 1 PROBLEMAS

b) Quem ficou com a menor quantidade de jabuticabas? Quem ficou com a maior quan-
tidade de jabuticabas?

c) Ao final da divisão, nenhum dos irmãos ficou com mais do que 20 jabuticabas. Quan-
tas jabuticabas havia na vasilha?

Solução.
1 1 4
a) Alberto, primeiro a acordar, pegou do total de jabuticabas deixando 1 − =
5 5 5
1
para os demais irmãos. Beatriz, segunda a acordar, pegou das jabuticabas deixadas
5
1 4 1 4 4
por Alberto, pegando assim de , ou seja, × = do total de jabuticabas.
5 5 5 5 25
1 1 4
b) Alberto pegou exatamente do total de jabuticabas, deixando 1 − = delas na
5 5 5
vasilha. Como Beatriz dividiu as jabuticabas deixadas por Alberto em cinco partes,
1 3
ela ficou com menos que e deixou mais que das jabuticabas. Os irmãos restantes,
5 5
3 1
dividindo esses em três partes iguais, ficaram com mais de cada. Logo foi Beatriz
5 5
quem ficou com menos jabuticabas e Carlos, Dulce e Eduardo com mais jabuticabas.
1
Podemos também pensar como segue. Alberto ficou com das jabuticabas e deixou
5
1 4 1 4 4
1 − = delas na vasilha. Beatriz ficou então com × = das jabuticabas e
5 5 5 5 25
4 4 16 1 16 16
deixou − = na vasilha. Cada um dos irmãos restantes ficou com × =
5 25 25 3 25 75
1 15 4 12
das jabuticabas. Como = e = , a conclusão segue.
5 75 25 75
16
c) Como Carlos, Dulce e Eduardo ficaram com das jabuticabas cada um e essa fração
75
é irredutı́vel, o total de jabuticabas tem que ser múltiplo de 75; por outro lado, como
cada um dos irmãos ficou com um número inteiro de jabuticabas menor ou igual a
20, o número total de jabuticabas é no máximo 100. O único múltiplo de 75 que é
menor ou igual a 100 é o próprio 75. Logo, havia 75 jabuticabas na vasilha; Alberto
1 4
ficou com × 75 = 15 jabuticabas, Beatriz com × 75 = 12 jabuticabas e Carlos,
5 25
16
Dulce e Eduardo com × 75 = 16 jabuticabas cada um.
75

1 Problemas
Problemas Gerais I: Problemas Introdutórios

Problema 3. Ariadne brinca com números de dois ou mais algarismos. Ela soma, aos
pares, os algarismos do número, da esquerda para a direita, e escreve os resultados em

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ordem; em seguida, ela repete a brincadeira com o novo número e assim por diante. Se ela
chegar a um número com um único algarismo, a brincadeira acaba. Por exemplo, de 294
ela obtém 1113, pois 2 + 9 = 11 , 9 + 4 = 13, Depois, de 1113 ela obtém 224, pois 1 + 1 = 2,
1 + 1 = 2 e 1 + 3 = 4, e assim por diante. Essa brincadeira acaba com 1 (faça as contas) :
294 → 1113 → 224 → 46 → 10 → 1.
a) Escreva a sequência que começa com 4125.
b) Escreva os seis primeiros números da sequência que começa com 995.

c) Qual é o 103o número da sequência que começa com 33333?


Problema 4. Os alunos do professor Augusto Matraga fizeram quatro provas bimestrais no
ano. O professor pede a cada aluno que escolha três dessas provas e depois calcula a média
10 × A
anual, até a primeira casa depois da vı́rgula, pela fórmula M = , onde M é a média
B
anual, A é o total de questões respondidas corretamente nas três provas escolhidas e B é o
total de questões das três provas escolhidas. Veja os resultados do aluno Quim durante o
ano:

a) Qual será a média anual do Quim se ele escolher as provas dos três primeiros bimes-
tres? E se ele escolher as provas dos três últimos?
b) Faça uma tabela com a porcentagem de acertos do Quim em cada prova para cada
bimestre.

c) Quim acha que sua média anual será a mais alta possı́vel se escolher as três provas
com as maiores porcentagens de acerto. Ele está certo? Por quê?
Problema 5. Joãozinho coleciona números naturais cujo algarismo das unidades é a soma
dos outros algarismos. Por exemplo, ele colecionou 10023, pois 1 + 0 + 0 + 2 = 3.
a) Na coleção de Joãozinho há um número que tem 4 algarismos e cujo algarismo das
unidades é 1. Que número é esse?

b) Qual é o maior número sem o algarismo 0 que pode aparecer na coleção?

c) Qual é o maior número sem algarismos repetidos que pode aparecer na coleção?
Problema 6. Daniela gosta de brincar com números de dois ou mais algarismos. Ela escolhe
um desses números, multiplica seus algarismos e repete o procedimento, se necessário, até
chegar a um número com um único algarismo, que ela chama de número-parada do número
escolhido. Por exemplo, o número-parada de 32 é 6, pois 32 → 3 ×2 = 6 e o número-parada
de 236 é 8, pois 236 → 2 × 3 × 6 = 36 → 3 × 6 = 18 → 1 × 8 = 8.

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POTI - Aritmética - Nı́vel 1 - Aula 07 - Emiliano Chagas 1 PROBLEMAS

a) Qual é o número-parada de 93?

b) Ache um número de quatro algarismos, sem o algarismo 1 cujo número-parada é 6.

c) Quais são os números de dois algarismos cujo número-parada é 2?

Problemas Gerais I: Problemas Propostos

Problema 7. Ana e Cristina estão jogando contra Beatriz e Diana. No inı́cio de cada
partida, elas embaralham nove cartões numerados de 1 a 9 e cada uma pega dois cartões,
sobrando sempre um cartão na mesa. Cada menina calcula seus pontos somando os números
de seus cartões e o número de pontos da dupla é a soma dos pontos das duas parceiras.
Vence a dupla que fizer o maior número de pontos. Veja um exemplo de uma partida na
tabela:

a) Numa partida, Ana e Cristina tiraram somente cartões com números ı́mpares, e
sobrou o cartão de número 7. Qual foi o resultado da partida? Por quê?

b) Uma partida pode terminar empatada se sobrar o cartão de número 8? Por quê?

c) Uma partida pode terminar empatada se sobrar o cartão de número 5? Por quê?

d) Em outra partida, uma das meninas tirou o cartão de número 3. Ana fez um ponto
a menos que Beatriz, que fez um ponto a menos que Cristina, que fez um ponto a
menos que Diana. Quantos pontos fez a dupla que ganhou?

Problema 8. Três tanques iguais contêm, inicialmente, 32, 24 e 8 metros cúbicos de água
e estão ligados por registros, como na figura. Estes registros servem para deixar a água
passar de um tanque (mais cheio) para o outro (menos cheio) até que ambos fiquem com
o mesmo volume de água. Só se pode abrir um registro de cada vez, e ele é fechado assim
que os tanques que ele liga fiquem com o mesmo volume de água.

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POTI - Aritmética - Nı́vel 1 - Aula 07 - Emiliano Chagas 1 PROBLEMAS

Por exemplo, ao abrir o registro R2 na situação inicial, os tanques A, B e C ficarão,


respectivamente, com 32, 16 e 16 metros cúbicos. A seguir, ao fechar R2 e abrir R1 os
tanques A, B e C ficarão, respectivamente, com 24, 24 e 16 metros cúbicos. Representamos
R2 R1
essa sequência por (32; 24; 8) → (32; 16; 16) → (24; 24; 16)

a) A partir da situação inicial, qual será o volume de água nos tanques A e B após
abrirmos o registro R1?

b) A partir da situação inicial, exiba uma sequência de aberturas de registros de modo


que o tanque C fique com exatamente 21 metros cúbicos de água.

c) Explique por que o tanque A sempre vai ficar com mais de 21 metros cúbicos de água,
qualquer que seja a sequência de abertura de registros a partir da situação inicial.

Problema 9. A figura representa o traçado de uma pista de corrida. Os postos A, B, C


e D são usados para partidas e chegadas de todas as corridas. As distâncias entre postos
vizinhos, em quilômetros, estão indicadas na figura e as corridas são realizadas no sentido
indicado pela flecha. Por exemplo, uma corrida de 17 km pode ser realizada com partida
em D e chegada em A.

a) Quais são os postos de partida e chegada de uma corrida de 14 quilômetros?

b) E para uma corrida de 100 quilômetros, quais são esses postos?

c) Mostre que é possı́vel realizar corridas com extensão igual a qualquer número inteiro
de quilômetros.

Problema 10. Juca listou todos os números que podem ser escritos, da esquerda para a
direita, obedecendo as seguintes regras:

• não começar com zero;

• não repetir algarismos;

• acrescentar um novo algarismo somente se for múltiplo ou divisor do último algarismo


escrito;

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• continuar a escrita do número enquanto for possı́vel acrescentar um novo algarismo.


Por exemplo, o número 2015 está na lista de Juca, pois ele é escrito começando com 2,
que é diferente de 0, depois com 0, que é múltiplo de 2, depois com 1, que é divisor de 0,
e seguido de 5, que é múltiplo de 1. A escrita termina com 5, pois este algarismo não é
múltiplo nem divisor dos algarismos que ainda não foram escritos (3, 4, 6, 7, 8 e 9).
a) O número 1063 não está na lista de Juca, pois é possı́vel acrescentar um último
algarismo na direita do 3. Qual é esse algarismo?
b) Juca escreveu os números de sua lista em ordem crescente. Qual é o primeiro número
que ele escreveu depois do 2015?
c) Qual é o menor número da lista de Juca?
d) Qual é o maior número da lista de Juca?
Problema 11. No Egito Antigo, as frações eram expressas principalmente como somas
de frações distintas com numerador igual a 1. Por isso, frações com numerador igual a
1 1 8
1 são chamadas frações egı́pcias. Por exemplo, eles utilizavam + no lugar de
3 5 15
1 1
(mais precisamente, eles escreviam hieróglifos que representam + ). Os matemáticos
3 5
p
questionaram se era possı́vel representar todo número racional , com 1 ≤ p < q como
q
soma de frações egı́pcias distintas. A resposta é sim, e foi encontrada por Fibonacci (o
mesmo da sequência!). Para isso, pode-se utilizar o algoritmo guloso, que funciona da
p 1 p
seguinte forma: subtraı́mos da fração a maior fração que é menor do que e depois
q n ( q )
4 1 4 1
continuamos o processo com a fração que sobrar. Por exemplo: = + − =
17 5 17 5
1 3 1 1 2 1 1 1 1
+ = + + = + + + . (Utilize calculadora nesse problema).
5 85 5 29 2465 5 29 1233 3039345
3
a) Escreva como a soma de frações egı́pcias distintas.
7
b) O problema do algoritmo guloso é que ele gera frações com denominadores muito gran-
des (como 3039345 no exemplo acima). O próprio Fibonacci sugeriu outro método,
a 1 1
baseado na identidade = + . Por exemplo, o algoritmo guloso gera,
ab − 1 b b(ab − 1)
8 8 1 1 1 1
para a expansão = + + + . Para aplicarmos a ideia de Fibonacci,
11 11 2 5 37 4047
8
escrevemos como soma de frações cujos numeradores são divisores distintos do
11
sucessor do denominador, ou seja, de 11 + 1 = 12, e utilizamos a identidade acima:
8 2 6 1 1 1 1 1 1 1 1
= + = + + + = + + + . Tendo essa ideia em
11 11 11 6 6.11 2 2.11 6 66 2 22
33
mente, escreva como soma de frações egı́pcias distintas, todas com denominadores
119
menores que 2011.

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POTI - Aritmética - Nı́vel 1 - Aula 07 - Emiliano Chagas 1 PROBLEMAS

Problemas Gerais I: Soluções dos Introdutórios

4) (OBMEP 2a Fase)

a) A sequência é 4125 → 537 → 810 → 91 → 10 → 1


b) Os seis primeiros termos são 9951814 → 995 → 1814 → 995 → 1814
c) Os primeiros termos da sequência são 33333 → 6666 → 121212 → 33333 →
6666 · · · e vemos que os termos se repetem de três em três. Como 103 = 3 × 34 + 1,
segue que o 103o termo dessa sequência é 33333.

5) (OBMEP 2a Fase)

a) Se Quim escolher as provas dos três primeiros bimestres, sua média anual será
10 × (20 + 6 + 32) 580
= ≈ 8, 3, já se ele escolher as provas dos três últimos
20 + 10 + 40 70
10 × (6 + 32 + 40) 780
bimestres sua média anual será = ≈ 8, 7.
10 + 40 + 40 90
O sı́mbolo ≈ significa aproximadamente.
20 6 32 40
b) Como = 1 = 100%, = 0, 6 = 60%, = 0, 8 = 80% e = 1 = 100%, a
20 10 40 40
tabela com a porcentagem de acertos do Quim é:

c) As provas com maior porcentagem de acerto são as do 1o , 3o e 4o bimestres, com


porcentagens 100%, 80% e 100% respectivamente. A média anual dessas provas é:
10 × (20 + 32 + 40) 920
= 100 = 9, 2.
20 + 40 + 40
Essa média é maio que a calculada no primeiro item do problema. Entretanto, há
mais uma possibilidade: a média obtida com a escolha das provas do 1o , 2o e 4o
bimestres, que é:
10 × (20 + 6 + 40)
20 + 10 + 40 70 ≈ 9, 4.
= 660
Logo Quim não está certo, porque as prova com porcentagem de acerto 100%, 60%
e 100% são as que proporcionam maior média anual.

6) (OBMEP 2a Fase)

a) Há apenas três maneiras de escrever 1 como soma de três números naturais: 1 =
1 + 0 + 0 , 1 = 0 + 1 + 0 e 1 = 0 + 0 + 1, que nos dão as possibilidades 1001,
0101 e 0011. Os números 0101 e 0011 devem ser descartados, pois não têm quatro
algarismos significativos. Logo na coleção do Joãozinho aparece o número 1001.

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POTI - Aritmética - Nı́vel 1 - Aula 07 - Emiliano Chagas 1 PROBLEMAS

b) Primeiro notamos que se um número com algarismos não nulos está na coleção,
então ele tem no máximo 10 algarismos. De fato, se ele tivesse 11 ou mais algarismos
não nulos então a soma de todos seus algarismos, exceto o das unidades, seria no
mı́nimo 10, o que não é possı́vel pois o maior algarismo é o 9. Logo todos os
números com algarismos não nulos na coleção têm no máximo 10 algarismos, o que
mostra que existe um maior número sem o 0 na coleção.
Vamos supor que a coleção do Joãozinho está completa. O número 2316 está na
coleção; trocando o 3 por 111 obtemos 211116, que também está na coleção e é
maior que 2316, pois tem mais algarismos. Em geral, se um número sem o algarismo
0 está na coleção e tem algum algarismo que não o das unidades diferente de 1,
podemos “espichar” o número, trocando esse algarismo por uma sequência de 1’s
e obtendo um novo número, que está na coleção e é maior que o primeiro. Logo o
maior número com algarismos não nulos na coleção deve ter todos seus algarismos
iguais a 1, com exceção do algarismo das unidades, que é igual ao número de 1’s
que o precedem. Como o maior algarismo das unidades possı́vel é 9, segue que o
número procurado é 1111111119.
Notamos que a coleção pode ter números arbitrariamente grandes com o algarismo
0, como (por exemplo) 101, 1001, 10001 e assim por diante.
c) Um número da coleção não pode ter seis algarismos distintos, pois nesse caso a
soma dos cinco algarismos na esquerda do algarismo das unidades seria no mı́nimo
0+1+2+3+4 = 10 . Por outro lado, a coleção pode ter números de cinco algarismos
distintos como, por exemplo, 25108. Se um destes números tem o algarismo das
unidades diferente de 9, podemos “aumentá-lo” adicionando 1 ao algarismo das
unidades e 1 ao algarismo das dezenas de milhares (que, claramente, não pode
ser 9), sem sair da coleção. Por exemplo, o número 43108 pode ser “aumentado”
para 53109, que também está na coleção. Logo o maior número de cinco algarismos
distintos na coleção deve ter 9 como algarismo das unidades. Basta agora escrever 9
como soma de quatro parcelas distintas em ordem decrescente para “montar“ nosso
número; segue imediatamente que a decomposição procurada é 9 = 6 + 2 + 1 + 0 e
obtemos o número 62109.

7) (OBMEP 2a Fase)

a) O número parada de 93 é 4, pois 93 → 9 × 3 = 27 → 2 × 7 = 14 → 1 × 4 = 4.


b) Escrevendo 3 × 2 = 6 vemos que 32 → 3 × 2 = 6. Como 32 = 4 × 2 × 2 × 2 temos
4222 → 4 × 2 × 2 × 2 = 32 → 3 × 2 = 6 e assim o número-parada de 4222 é 6, bem
como de 2422, 2242 e 2224.
Outra alternativa é escrever 1 × 6 = 6, o que nos dá 16 → 1 × 6 = 6. Como
2222 → 2×2×2×2 = 16, segue que o número parada de 2222 é 6. Pode-se também
pensar a partir de 48 → 4 × 8 = 32 → 3 × 2 = 6. Como 48 = 4 × 12 = 4 × 2 × 2 × 3,
vemos que 2234, 2324, ..., 4322 também possuem 6 como número-parada.
c) Há apenas duas maneiras de obter 2 multiplicando dois algarismos, a saber, 12 →
1 × 2 = 2 e 21 → 2 × 1 = 2. Para obter 12, temos as possibilidades 26 → 2 × 6 = 12,

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POTI - Aritmética - Nı́vel 1 - Aula 07 - Emiliano Chagas 1 PROBLEMAS

62 → 6 × 2 = 12, 34 → 3 × 4 = 12 e 43 → 4 × 3 = 12. Para obter 21, temos as


possibilidades 37 → 3 × 7 = 21 e 73 → 7 × 3 = 21. Como os números 21, 26, 62, 34,
43, 37 e 73 não podem ser obtidos como produto de dois algarismos, concluı́mos
que os números de dois algarismos cujo número-parada é 2 são 12, 21, 26, 62, 34,
43, 37 e 73.

Problemas Gerais I: Soluções dos Propostos

8) (OBMEP 2a Fase)

a) Como sobrou o cartão de número 7 e Ana e Cristina só tiraram cartões ı́mpares,
seus cartões foram 1, 3, 5 e 9; logo, a soma de seus pontos foi 1 + 3 + 5 + 9 = 18
. Beatriz e Diana tiram os cartões 2, 4, 6 e 8, cuja soma é 2 + 4 + 6 + 8 = 20 ;
podemos também ver este total como 45 − 18 − 7 = 20, onde 45 é o total de pontos,
18 os pontos de Cristina e Ana e 7 a carta que ficou na mesa. Logo Beatriz e Diana
ganharam por 20 a 18.
b) A soma dos valores de todos os cartões é 1 + 2 + · · · + 9 = 45; se o 8 fica na mesa
então, para que a partida termine empatada, 45 − 8 = 37 (ou então 1 + 2 + 3 + 4 +
5 + 6 + 7 + 9 = 37 ) pontos devem ser divididos igualmente pelas duas duplas, o
que é impossı́vel pois 37 é um número ı́mpar. Mais geralmente, se sobra um cartão
de número par na mesa, a soma dos pontos das duplas é 45 menos um número par
= número ı́mpar , e não pode haver empate neste caso.
c) Quando sobra o cartão de número 5, a soma dos pontos das duplas é 45 − 5 = 40
, que é um número par. Se nesse caso uma partida termina empatada, cada dupla
deve ter feito 40 ÷ 2 = 20 pontos. Para argumentar que o empate pode realmente
acontecer nessa situação, é necessário exibir uma partida que termine empatada
em 20 a 20; um exemplo é quando uma dupla retira os cartões de números 1, 2, 8e9
e a outra retira os restantes.
d) Uma solução: O cartão com menor número que pode sobrar é 1 e o maior é 9. Logo,
a soma dos pontos feitos pelas duas duplas varia de 45 − 9 = 36 a 45 − 1 = 44 , ou
seja, os pontos das meninas são quatro números consecutivos cuja soma está entre
36 e 44. As possibilidades 1, 2, 3, 4, 2, 3, 4, 5, 3, 4, 5, 6, 4, 5, 6, 7, 5, 6, 7, 8, 6, 7, 8, 9 e
7, 8, 9, 10 não servem pois, em qualquer delas, a soma dos números é menor que 36.
Analogamente 10, 11, 12, 13, 11, 12, 13, 14, 12, 13, 14, 15, 13, 14, 15, 16 e 14, 15, 16, 17
não servem pois, em qualquer caso, a soma dos números é maior que 44. Restam
as possibilidades 8, 9, 10, 11 e 9, 10, 11, 12. No primeiro caso, o cartão que ficou
na mesa é o de número 45 − (8 + 9 + 10 + 11) = 7 e no segundo é o de número
45 − (9 + 10 + 11 + 12) = 3 . Como o cartão que ficou na mesa não foi o de número
3, só resta a primeira possibilidade; concluı́mos que Ana fez 8 pontos, Beatriz fez
9, Cristina fez 10 e Diana fez 11. A dupla que venceu foi Beatriz e Diana, com
9 + 11 = 20 pontos contra 8 + 10 = 18 de Ana e Cristina.

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POTI - Aritmética - Nı́vel 1 - Aula 07 - Emiliano Chagas 1 PROBLEMAS

Uma solução com variável fica bem mais curta. Se x é a pontuação de Ana, então
x+1, x+2 e x+3 são as pontuações de Beatriz, Cristina e Diana, respectivamente.
Logo a soma dos pontos das duas duplas é x + (x + 1) + (x + 2) + (x + 3) = 4x + 6
, que como vimos no parágrafo anterior é no mı́nimo 36 e no máximo 44. Logo
36 ≤ 4x + 6 ≤ 44 , ou seja, 30 ≤ 4x ≤ 38 e concluı́mos que 7, 5 ≤ x ≤ 9, 5. Logo
x = 8 ou x = 9 são os possı́veis números de pontos de Ana. Se x = 8 estamos
no caso 8, 9, 10, 11, quando sobra o cartão de número 45 − (8 + 9 + 10 + 11) = 7
, e para x = 9 estamos no caso 9, 10, 11, 12, quando sobra o cartão de número
45 − (9 + 10 + 11 + 12) = 3 . O restante do argumento segue como no parágrafo
anterior.

9) (OBMEP 2a Fase) Quando dois tanques são equalizados, o volume total de água desses
tanques é a soma dos volumes antes da equalização; logo, ao final de uma equalização,
o volume de água de cada um dos tanques é a média aritmética dos volumes iniciais.
Em particular, quando dois tanques são equalizados, o tanque com mais água fica com
menos e o com menos fica com mais. Isso mostra que o volume de água do tanque A
será sempre maior ou igual ao de B, que por sua vez será sempre maior ou igual ao
de C; em particular, vemos que o volume de água de A sempre será maior ou igual ao
volume de água dos outros tanques e que o volume de água em C nunca diminui.
32 + 24 56
a) Ao abrir R1, os tanques A e B ficarão com = = 28 metros cúbicos de
2 2
R1
água cada; com a notação do enunciado, temos (32; 24; 8) → (28; 28; 8)
b) Observamos que há apenas duas sequências possı́veis: a que começa com R1 e a
que começa com R2. A segunda delas é a sequência procurada:
R2 R1 R2 R1 R2
(32; 24; 8) → (32; 16; 16) → (24; 24; 16) → (24; 20; 20) → (22; 22; 20) → (22; 21; 21).
c) Mostramos a seguir os termos iniciais das sequências que começam com R1 e R2:
R2 R1 R2 R1 R2 R1
(32; 24; 8) → (32; 16; 16) → (24; 24; 16) → (24; 20; 20) → (22; 22; 20) → (22; 21; 21) →
(21, 5; 21, 5; 21)
R1 R2 R1 R2 R1
(32; 24; 8) → (28; 28; 8) → (28; 18; 18) → (23; 23; 18) → (23; 20, 5; 20, 5) → (21, 75; 21, 75; 20, 5)
Como o volume de água de A é sempre maior ou igual que o de C e o volume
de C não diminui, segue que, o volume de água em A será sempre maior que 21
m3 . Podemos também argumentar que como a média aritmética de um conjunto
de números é menor ou igual que o maior desses números, o volume de água em
A será sempre maior ou igual do que a média aritmética do volume total de água
32 + 24 + 8 64 1
dos três tanques; essa média é = = 21 + metros cúbicos, que é
3 3 3
maior que 21 etros cúbicos.

10) (OBMEP 2a Fase)

a) Uma volta completa em torno da pista tem a extensão de 1 + 2 + 6 + 4 = 13 km.


Por isso, para percorrer 14 km precisamos dar uma volta completa e percorrer
mais 1 km. A única forma de percorrer 1 km, respeitando-se o sentido da corrida,

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POTI - Aritmética - Nı́vel 1 - Aula 07 - Emiliano Chagas 1 PROBLEMAS

Extensao (em km) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13


Posto de Partida A B A D D C D B A C C B Qualquer
Posto de Chegada B C C A B D C D D A B A O mesmo

é começando em A e terminando em B. Portanto a corrida deve começar em A,


dar uma volta completa, e terminar em B.
b) Como 100 = 7×13+9, uma corrida de 100 km corresponde a dar 7 voltas completas
na pista e percorrer mais 9 km. A única forma de percorrer 9 km, respeitando-se
o sentido da corrida, é começando em A e terminando em D. Portanto a corrida
deve começar em A, dar 7 voltas completas, e terminar em D.
c) Como sugerido nos itens acima, a solução do problema está baseada na idéia de dar
tantas voltas completas sem exceder o comprimento da corrida e depois localizar
estações convenientes para percorrer o que falta. Como uma volta completa possui
13 km, estamos interessados nos possı́veis restos da divisão por 13, que são os
elementos do conjunto 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12.
Inicialmente, vejamos como podemos realizar corridas de 1 a 13 km, isto é feito
por inspeção direta e o resultado está na tabela abaixo.
A partir dessa tabela, podemos concluir que é possı́vel realizar corridas cuja ex-
tensão é qualquer número inteiro de quilômetros maior do que 13.

11) (OBMEP 2a Fase)

a) Como não é possı́vel repetir algarismos, os algarismos que podem ser acrescentados
na direita de 1063 são 2, 4, 5, 7, 8 e 9; desses, o único que é múltiplo ou divisor de
3 é o algarismo 9. O número 10639 está na lista de Juca, não é possı́vel acrescentar
um novo algarismo pois 2, 4, 5, 7 e 8 não são múltiplos nem divisores de 9.
b) O número natural sucessor de 2015 é 2016, entretanto ele não está na lista de
Juca, pois os números dessa lista devem ser acrescidos de algarismos enquanto for
possı́vel colocar múltiplo ou divisor do último algarismo escrito, ou seja 2016 pode
ser completado a 201639. O próximo número que vem depois do 2016 é 2017, e este
sim está na lista de Juca, j’a que 3, 4, 5, 6, 8 e 9 não são múltiplos nem divisores
de 7.
c) Como qualquer número é múltiplo de 1 e divisor de 0, todos os números listados
por Juca vão conter os algarismos 0 e 1 e sempre será possı́vel acrescentar outro
algarismo disponı́vel na direita desses dois algarismos. Assim, todos os números
listados por Juca têm pelo menos três algarismos. Os primeiros números com três
algarismos distintos são 102, 103 e 104, que não estão na lista de Juca, pois é
possı́vel acrescentar 4 ou 8 na direita do 2, 6 ou 9 na direita do 3 e 2 ou 8 na direita
do 4. Como 105 está na lista de Juca, pois não é possı́vel acrescentar os algarismos
2, 3, 4, 6, 7, 8 e 9 na direita do 5, segue que esse é o menor número na lista de
Juca.
d) O maior número da lista de Juca é o 9362841705. Ele é o maior porque contém

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POTI - Aritmética - Nı́vel 1 - Aula 07 - Emiliano Chagas 1 PROBLEMAS

todos os algarismos, começa com 9 e sempre é acrescentado, a cada vez, o maior


algarismo possı́vel que seja múltiplo ou divisor do último algarismo escrito.

12) (OPM Fase Final)


1 3 3 1 3 1 2
a) A maior fração que é menor que é = , portanto fazemos − = ⇐⇒
n 7 9 3 7 3 21
3 1 2 2 1
= + . Repetimos o procedimento com . A maior fração que é menor
7 3 21 21 n
2 2 1 2 1 1 2 1 1
que é = , logo temos − = , ou seja, = + . Finalmente
21 22 11 21 11 231 21 11 231
3 1 2 1 1 1
= + = + + .
7 3 21 3 11 231
33 8 10 15
b) Como 33 = 8 + 10 + 15 (existem outras partições) temos = + + =
119 119 119 119
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
+ + + + + = + + + + + .
15 15.119 12 12.119 8 8.119 15 1785 12 1428 8 952

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