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Instituto Superior Politécnico de Songo

Exame Normal Curso: Engenharia Hidráulica H11


Disciplina: Análise Matemática II Duração: 120 min
Data: 29.11.2018 Ano: Primeiro

Docente: Nabote António Magaia

Nome do aluno:
Atenção!! Resolva os exercı́cios que lhe são colocados e apresente todos os passos de resolução.
É permitido, somente, o uso de material de escrita e a calculadora. Durante a realização do
Exame, o estudante está proibido de falar com os colegas ou pedir emprestado qualquer material.
BOM TRABALHO!

Correcção

1. (2.0 Valores) Achar e representar o campo de existência da função



( ) √ 1 − x2 − y 2
f (x, y) = ln 1 − x2 + 1 − y 2 + 3 .
x2 − y 2
Resolução

Seja f (x, y) = g(x, y) + q(x, y) + h(x, y), onde √


( ) √ 1 − x2 − y 2
g(x, y) = ln 1 − x2 , q(x, y) = 1 − y 2 e h(x, y) = 3 .
x2 − y 2

O campo de existência de f é dado por Df = Dg ∩ Dq ∩ Dh .

Dg = {(x, y) ∈ R2 : 1 − x2 > 0} = {(x, y) ∈ R2 : −1 < x < 1},

Dq = {(x, y) ∈ R2 : 1 − y 2 ≥ 0} = {(x, y) ∈ R2 : −1 ≤ y ≤ 1} e Dh = {(x, y) ∈ R2 : y ̸= ±x}

Portanto, Df =] − 1; 1[×[−1; 1] \ {(k; ±k)}, k ∈ R.

A parte pintada da figura abaixo, excepto à atracejada, representa geometricamente o Df .


2

2. (3.0 Valores). Determine os extremos da função f (x, y) = x3 + y 3 − 3xy .

Resolução
Determinemos o(s) ponto(s) estacionários:


∂f
= 3x2 − 3y = 0 { { {
∂x x2 − y = 0 y = x2 ···
⇐⇒ ⇐⇒ ⇐⇒
 y2 − x = 0 ··· x(x3 − 1) = 0
∂z
∂y = 3y 2 − 3x = 0

Resolvendo a equação x(x3 − 1) = 0 encontramos x1 = 0 e x2 = 1. Substituindo estes


valores na equação y = x2 , obtemos dois pontos: (0; 0) e (1; 1).

Avaliemos o ponto (0; 0).


 ∂2f

 (x, y) = 6x


∂x2

 [ 2 ]2
∂2f ∂2f ∂2f ∂ f
(x, y) = 6y =⇒ (0; 0) · 2 (0; 0) − (0; 0) = 0 − 9 = −9 < 0


∂y 2 ∂x2 ∂y ∂x∂y



 ∂2f
∂x∂y (x, y) = −3

Deste modo, a função dada não atinge nenhum extremo no ponto (0; 0), ou seja, (0; 0) é um
ponto de sela.

Agora avaliemos o ponto (1; 1)


 ∂2f

 (1; 1) = 6>0


∂x2

 [ 2 ]2
∂2f ∂2f ∂2f ∂ f
(1; 1) = 6 =⇒ (1; 1) · 2 (1; 1) − (1; 1) = 36 − 9 = 27 > 0


∂y 2 ∂x2 ∂y ∂x∂y



 ∂2f
∂x∂y (1; 1) = −3

Assim, a função f (x, y) = x3 +y 3 −3xy atinge um mı́nimo local no ponto (1; 1) e fmin = −1 

∫3 ∫
x+1

3. Considere a integral Φ = dx f (x, y)dy


0 x2 −2x+1

(a) (1.0 Valor) Esboçar o campo no qual se estende a integral Φ.


(b) (1.5 Valores) Inverter a ordem de integração de Φ.

Resolução
(a) A recta y = x + 1 e a parábola y = x2 − 2x + 1 intersectam-se nos pontos (0, 1) e (3, 4).
A parte pintada da figura abaixo representa o campo a que se estende a integral Φ:
3

(b) A partir das linhas que limitam o domı́nio de integração, temos:


{ { {
y =x+1 x=y−1 x=y−1
⇐⇒ ⇐⇒ √
y = x − 2x + 1
2 (x − 1) = y
2 x=1± y
Invertendo a ordem de integração de Φ, obtemos:
√ √
∫1 ∫ y
1+ ∫4 ∫ y
1+

Φ= dy f (x, y)dx + dy f (x, y)dx 



0 1− y 1 y−1

I
4. (2.0 Valores). Calcule a integral −y 2 dx + x2 dy , onde C é o contorno do triângulo cujos
C
vértices são os pontos A(0, 0), B(0, 1) e C(1, 0), percorrido no sentido positivo.

Resolução

Primeiro método: Considerando que a curva C é fechada, delimitando a região D defi-


nida por D = {(x, y) ∈ R2 : 0 ≤ x ≤ 1, 0 ≤ y ≤ 1 − x}, apliquemos o teorema de Green1 .

I ∫∫ [ ] ∫1 ∫
1−x ∫1
∂ 2 ∂ 2
−y 2 dx + x2 dy = (x ) − (−y 2 ) dxdy = 2 dx (x + y)dy = (1 − x2 )dx = .
∂x ∂y 3
C D 0 0 0

Segundo método: Determinemos as integrais curvilı́neas nos três segmentos:

AC : y = 0, 0 ≤ x ≤ 1; CB : y = −x + 1, 0 ≤ x ≤ 1; BA : x = 0, 0 ≤ y ≤ 1.
I ∫ ∫ ∫
Assim, −y 2 dx + x2 dy = −y 2 dx + x2 dy + −y 2 dx + x2 dy + −y 2 dx + x2 dy =
C AC CB BA
1
Georg Green (1793–1841) — matemático e fı́sico inglês
4

∫0 ∫0 ( ) 0
2x3 2
= [−(−x + 1) − x ]dx =
2 2
(−1 + 2x − 2x )dx = −x + x −
2 2
= 
3 3
1 1 1

5. (2.5 Valores) Resolva a equação (2x − y)dx + (4x − 2y + 3)dy = 0.

Resolução
−2x + y −2x + y
(2x − y)dx + (4x − 2y + 3)dy = 0 ⇐⇒ y ′ = ⇐⇒ y ′ =
4x − 2y + 3 −2(−2x + y) + 3
Seja z(x) = −2x + y =⇒ z ′ = −2 + y ′ ⇐⇒ y ′ = 2 + z ′
−2x + y z 2 3
De y ′ = =⇒ 2 + z ′ = ⇐⇒ − dz + dz = dx ⇐⇒
−2(−2x + y) + 3 −2z + 3 5 5(5z − 6)
2z 3
⇐⇒ − + ln |5z − 6| = x + C
5 25
4x − 2y 3
A partir de z(x) = −2x + y =⇒ + ln | − 10x + 5y − 6| = x + C 
5 25

6. (2.5 Valores) Aplicando o teorema de Ostrogradisk-Gauss, calcule a integral


∫∫
y 3 dydz + x3 dzdx + z 3 dxdy , onde S é a face externa da esfera x2 + y 2 + z 2 = a2 .
S

Resolução

Aplicando o teorema de Ostrogradski2 -Gauss3 , temos


∫∫ ∫∫∫ [ ] ∫∫∫
∂ 3 ∂ 3 ∂ ( 3)
y 3 dydz+x3 dzdx+z 3 dxdy = (y ) + (x ) + z dxdydz = 3 z 2 dxdydz
∂x ∂y ∂z
S V V
Passando às coordenadas esféricas, temos

 x = ρ sin ϕ cos θ
y = ρ sin ϕ sin θ =⇒ x2 + y 2 + z 2 = ρ2 e |J| = ρ2 sin ϕ

z = ρ cos ϕ

O corpo V a que se estende a integral é definido por:

V = {(θ, ϕ, ρ) : 0 ≤ θ ≤ 2π, 0 ≤ ϕ ≤ π, 0 ≤ ρ ≤ a}

Deste modo, obtemos


∫∫ ∫2π ∫π ∫a ∫π
6πa5
y dydz +x dzdx+z dxdy = 3 dθ dϕ ρ cos ϕ sin ϕdρ = −
3 3 3 4 2
cos2 ϕd(cos ϕ) =
5
( 3 ) π
S 0 0 0 0
6πa5 cos ϕ 4πa5
=− · = 
5 3 5
0

2
Mikhail Vassiliovich Ostrogradski (1801–1862) — matemático ucraniano
3
Carl Friedrich Gauss (1777–1855) — matemático alemão
5

7. (3.0 Valores) Resolva a equação yy ′′ + (y ′ )2 = 1.

Resolução

Seja y ′ = p(y) =⇒ y ′′ = p′ y ′ = pp′

Substituindo este resultado na equação dada, temos:


1 1
yy ′′ + (y ′ )2 = 1 =⇒ ypp′ + p2 = 1 ⇐⇒ p′ + p = (*)
y py
Multiplicando, em ambos membros de (*), por p, obtemos
1 1
pp′ + p2 = (**)
y y
z′
Seja z(y) = p2 =⇒ z ′ = 2pp′ ⇐⇒ pp′ = .
2
Substituindo este último resultado na equação (**), temos:

z′ 1 1 2 2
+ z = ⇐⇒ z ′ + z = (***)
2 y y y y
∫ dy
= e2 ln |y| = y 2
2
ρ(y) = e y

Multiplicando, em ambos membros de (***), por y 2 , logramos


∫ ∫
′ 2 d ( 2) C1
z y + 2yz = 2y ⇐⇒ zy = 2y ⇐⇒ d(zy ) = 2 y + C1 ⇐⇒ z = 1 + 2
2
dy y
Considerando que z = p2 e p = y ′ , obtemos

C1 √ ydy

p2 = 1 + 2
=⇒ yy = ± C1 + y 2 ⇐⇒ √ = ±dx ⇐⇒ y 2 − (±x + C2 )2 + C1 = 0 
y C1 + y 2

8. (2.5 Valores) Resolva o seguinte problema de Cauchy4


 ′′
 y − 2y ′ + y = xex
y(0) = 1
 ′
y (0) = 0

Resolução

Primeiro método: Aplicando as transformadas de Laplace5 .

y ′′ − 2y ′ + y = xex ⇐⇒ L{y ′′ − 2y ′ + y} = L{xex } ⇐⇒ L{y ′′ } − 2L{y ′ } + L{y} = L{xex }


1
⇐⇒ s2 Y(s) − sy(0) − y ′ (0) − 2[sY(s) − y(0)] + Y(s) = ⇐⇒
(s − 1)2
1 1 1 1
⇐⇒ s2 Y(s) − s − 2sY(s) + 2 + Y(s) = ⇐⇒ Y(s) = − +
{(s − 1) } { s − 1 } (s − 1) (s − 1)4
2 2
{ }
1 1 1
⇐⇒ L−1 {Y(s)} = L−1 − L−1 + L−1 ⇐⇒
s−1 (s − 1)2 (s − 1)4
4
Augustin Louis Cauchy (1789–1857) — matemático francês
5
Pierre Simon de Laplace (1749–1857) — matemático francês
6

( )
x3 x3
⇐⇒ y(x) = e − xe + ex ⇐⇒ y = ex
x x
−x+1 
3! 6

Segundo método: Procuremos uma solução da forma y = yg + yp , onde yg e yp são as


soluções geral e particular, respectivamente.

i) Resolvemos a equação homogênea y ′′ − 2y ′ + y = 0 cuja equação caraterı́stica é

k 2 − 2k + 1 = 0 ⇐⇒ (k − 1)2 = 0 =⇒ k1 = k2 = 1

Portanto, a solução geral da equação homogênea é yg = ex (C1 + C2 x).

ii) Agora procuramos a solução yp da equação não homogênea y ′′ − 2y ′ + y = xex

A função f (x) = xex ≡ x2 ex Pn (x), onde Pn (x) é um polinómio de primeiro grau. Deste modo,

yp = x2 ex (Ax + B) = ex (Ax3 + Bx2 ) =⇒ yp′ = ex [Ax3 + (3A + B)x2 + 2Bx] e

yp′′ = ex [Ax3 + (6A + B)x2 + (4B + 6A)x + 2B]

Substituindo estas derivadas na equação y ′′ − 2y ′ + y = xex e igualando os coeficientes corres-


pondentes, obtemos:

 A − 2A + A = 0 

  A = 61
6A + B − 6A − 2B + B = 0
⇐⇒

 4B + 6A − 4B = 1 
 B=0
2B = 0
x3 ex
Assim, a solução particular é yp = e a solução da equação y ′′ − 2y ′ + y = xex é
6
( 3 )
x
y = yg + yp =⇒ y = ex + C2 x + C1
6
Derivando a solução anterior, temos
( 3 )
′ x x x2
y =e + + C2 x + C1 + C2
2 2
A partir das condições iniciais, alcançamos:
  
 y(0) = 1  C1 = 1  C1 = 1
⇐⇒ ⇐⇒
 ′  
y (0) = 0 C1 + C2 = 0 C2 = −1
( )
x3
Deste modo, a solução do problema de Cauchy é y = e x
−x+1 
6

Typeset by LATEX 2ε

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